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TUMORES HEPÁTICOS
O fígado é um alvo frequente de metástases de cânceres de outros lugares. Portanto, nem todo
tumor maligno no fígado é um tumor primário do fígado. Como tumor primário do fígado, foi falado
sobre o carcinoma hepatocelular.
ADENOMA HEPATOCELULAR
Trata-se, portanto, de uma versão benigna do carcinoma hepatocelular. Observe que ele ocorre
em fígado não cirrótico e que possui múltiplos focos de hemorragia.
Adenoma hepatocelular. Note as diferenças de coloração e textura do tumor com o parênquima adjacente.
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Dr. Tiago Leitão
Karina Almeida
Anatomia Patológica
Portanto, sob o ponto de vista histológico, ele se assemelha ao fígado normal. Observa-se as
traves de hepatócitos sendo formadas e os sinusoides entre as traves. Entretanto, não tem
espaço porta. Então, é uma neoplasia verdadeira.
Adenoma
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Complementando...
Nos últimos anos tem-se acumulado evidência científica que conduziu à proposta de classificação dos adenomas
hepáticos com base nas suas características genotípicas e fenotípicas: (1) AHC com inativação do fator HNF1α
(somática ou germinativa), podendo os tumores com mutação germinativa associar-se a diabetes do tipo MODY3;
neste contexto, é frequente o aparecimento de adenomatose, os tumores apresentam esteatose e o risco de
transformação maligna é pequeno; (2) AHC com ativação da β-catenina, mais frequentes em homens, associados
a fatores específicos (utilização de androgénios exógenos e glicogenoses); o risco de transformação maligna é
maior que nos outros AHC; (3) AHC inflamatórios, cujas lesões se caracterizam pela presença de infiltrado
inflamatório abundante, vasos distróficos, dilatação sinusoidal e reação ductular; um subgrupo destes tumores
associa-se a mutação do gene que codifica a β-catenina, com o inerente risco de progressão neoplásica; (4) AHC
não classificável.
Entidade que não se sabe se é uma neoplasia verdadeira. Hipótese que seja uma resposta
hiperplásica e fibrótica no fígado à presença de um vaso anômalo no centro da lesão.
Entretanto, se comporta como tumor benigno. É vista pequena área central estrelada que tende
a se impregnar nas fases tardias (cicatriz central), composta por vasos malformados.
• Segundo tumor sólido mais comum (após hemangioma – tumor mais comum no fígado).
• Mulheres na terceira ou quarta década.
• Sem relação com anticoncepcionais.
• Achado geralmente incidental. Geralmente encontrado num exame de imagem realizado
por outra razão.
• Resposta hiperplásica a isquemia com artéria anômala.
• Não sangra nem evolui para câncer hepatocelular. Diagnóstico diferencial com adenoma
hepatocelular, que também pode se apresentar com cicatriz fibrótica no meio do tumor.
Diagnóstico diferencial com carcinoma hepatocelular do tipo fibrolaminar que se
apresenta também com uma cicatriz central. Essas três entidades surgem em fígado não
cirrótico.
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Se você fizer uma biópsia e não disser que está suspeitando de hiperplasia nodular focal, pode
ser que o patologista interprete como cirrose: diversos nódulos com uma fibrose delimitando
esses nódulos. Acredita-se que os vasos presentes na cicatriz seja o vaso anômalo que gerou o
processo reacional. Portanto, o centro desse tumor é multinodulado por causa da fibrose que
irradia a partir da cicatriz central.
Parênquima hepático que forma a lesão com aspecto nodular, com nódulos envolvidos por tecido fibroso.
É uma tumoração que não se sabe se é uma neoplasia ou não, mas concorda-se que tem
comportamento de neoplasia benigna.
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Hemangioma
O hemangioma é o tumor hepático benigno mais comum, representando achado incidental muito
frequente em exames de imagem, particularmente na US. Na maioria dos casos são pequenos
(até 3,0 cm) e podem ser múltiplos em até 50% dos pacientes. Microscopicamente, consistem
de espaços vasculares de tamanhos variados, revestidos por uma única camada de
células endoteliais e separados por septos de tecido conjuntivo.
Hemangioma cavernoso. Espaços vasculares bastante dilatados de formas irregulares, repletos de hemácias. Ausência
de atipias em células endoteliais.
Referencias
1. BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo - Patologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Gen, Guanabara Koogan, 2011.
2. KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N.; MITCHELL, R. N. Robbins. Bases patológicas das doenças. 7. ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
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