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Módulo de Direito Tributário – Professor Érico Teixeira

Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie


Aula 1
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.

Assuntos tratados:
 Introdução ao Direito Tributário / Noções Históricas
 Conceito de Tributo / Críticas ao Conceito Legal do art. 3º, CTN / Análise do
Conceito de Tributo / Prestação / Pecuniária / Em Moeda ou Cujo Valor Nela se Possa
Exprimir / Dação em Pagamento / Compulsória / Que Não Constitua Sanção de Ato
Ilícito / Extrafiscalidade / Princípio do Non Olet / Direito Penal Tributário e Direito
Tributário Penal / Instituída em Lei / Cobrada Mediante Atividade Administrativa
Plenamente Vinculada
 Espécies Tributárias / Histórico / Classificação Tripartite / Classificação dos
Tributos Segundo a Constituição de 1988 / Notas Sobre o Pedágio / Selo-pedágio

1. Introdução ao Direito Tributário


1.1. Noções Históricas
A palavra tributo vem do latim tribuere, que significa “dividir por tribos,
repartir, distribuir, atribuir” (Luciano Amaro), representando o tributum “o resultado
da atuação estatal, indicando o ônus distribuído entre os súditos”.
Nessa acepção bastante ampla pode-se afirmar que a noção de tributo se perde
no tempo e no espaço, de modo que a sua noção mais primitiva não se amolda aos
contornos atuais do instituto. O termo lembra Luciano Amaro, já foi utilizado para
conceituar “desde os pagamentos em dinheiro ou bens, exigidos pelos vencedores aos
povos vencidos (à semelhança das modernas indenizações de guerra) até a cobrança
junto aos próprios súditos, ora sob o disfarce de donativos, ajudas, contribuições para
o soberano, ora como um dever ou obrigação”.
O tributo pode ser considerado, assim, tão antigo quanto a própria comunidade
humana.
Nesse sentido, destaca Bernardo Ribeiro de Moraes, que “Tributo, assim,
oferece a ideia da carga pública distribuída entre o povo (tribo), podendo ser
caracterizado, também, como uma exigência da autoridade para com os seus
subordinados, a fim de atender o interesse coletivo. O objeto dessa exigência não é
representado, no tempo e no espaço, apenas por uma prestação in pecunia (moeda ou
dinheiro), abrangendo, também, os demais tipos de prestações: in natura ou in specie
(frutos, cereais, milho, animais, peixes, metais, cobre, vinho, azeite, forragens para
animais, gêneros alimentícios etc.) e in labore (qualquer serviço não remunerado
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prestado obrigatoriamente, fazer farinha, alojar nobres e militares, fazer comida para
as tropas, trabalhar na construção de prédio sagrado, reparar pontes etc.)”.
No Brasil, o início da atividade tributária do Estado se deu logo no início da
exploração econômica da colônia, em especial do pau-brasil. A atividade extrativa da
madeira nobre, desde logo, despertou o interesse da Coroa Portuguesa que o
considerou “bem de monopólio real” e proibiu os particulares, sem licença expressa,
de cortar a madeira, sob pena de morte e confisco dos bens.
A partir de então, somente através de contrato expresso com a Coroa
Portuguesa é que o particular poderia obter a concessão para explorar o pau-brasil,
sendo-lhe exigido em troca que erguesse fortificações ao longo da costa, iniciasse a
colonização da nova terra – prestações in labore, portanto – e que entregasse a Coroa
a quinta parte do produto da venda da mercadoria. Como em Portugal a moeda era o
Real, não utilizado no Brasil, o quinto do pau-brasil era pago em madeira (prestação in
natura).

2. Conceito de Tributo
A existência de um sistema tributário racional requer a definição e a
delimitação exata do conceito de tributo e das espécies tributárias que compõem o
seu ordenamento (natureza jurídica e regime jurídico aplicável).
Conforme Geraldo Ataliba “o conceito de tributo é nitidamente um conceito
jurídico-positivo, em torno do qual irá se formar o Direito Tributário”.
A construção de um conceito jurídico-positivo de tributo só é possível pela
análise das normas jurídicas constitucionais, de modo que boa parte da doutrina
sustenta que o conceito (a ideia) de tributo é, sobretudo, um conceito constitucional.
De acordo com Ricardo Lobo Torres, o tributo pode ser entendido como dever
fundamental estabelecido pela Constituição no espaço aberto pela reserva de
liberdade e pela Declaração dos Direito Fundamentais, sendo por eles delimitado e ao
mesmo tempo servindo-lhes de garantia, sendo por isso o preço da liberdade, ou
melhor, forma de custeio desta
A Carta Política de 1988, além de ter estruturado o sistema tributário nacional,
com a previsão de princípios constitucionais, de regras de competência e da previsão
de direitos e garantias individuais, estabeleceu no seu artigo 146, III, ‘a’, que cabe à lei
complementar definir tributo.
CRFB, Art. 146. Cabe à lei complementar:
III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre:
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a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de
cálculo e contribuintes;
c/c
CTN, Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em
lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Na doutrina, há quem sustente que esta definição teria sido incorporada


(constitucionalizada) pela Constituição de 1988 (sendo assim uma definição
constitucional de tributo) – Ricardo Lobo Torres. Os autores que não chegam a tanto
consideram que a definição do CTN é compatível com a Constituição e com a definição
doutrinária de tributo Assim, dado o fato de que tal definição está contida no artigo 3º
do CTN, este dispositivo foi recepcionado como lei complementar.

2.1. Críticas ao Conceito Legal do art. 3º, CTN


Para parte da doutrina, não é papel de lei estabelecer a definição de institutos
jurídicos. Tal atribuição seria da doutrina (Hugo de Brito Machado).
Segundo as lições de Geraldo Ataliba, a existência de uma definição legal pode
dar a impressão – inadequada – de que o legislador seria livre para definir tributo
como bem entendesse.
Conforme destaca Paulo de Barros Carvalho, o art. 3º não tem uma função
meramente descritiva (papel que caberia à “ciência do direito”), pois, ao mesmo
tempo que define, o dispositivo também prescreve como devem ser os tributos no
Brasil (função prescritiva do direito positivo).
Não obstante, no Brasil, a própria Constituição estabelece ser papel da lei
complementar definir tributo, sendo a definição legal atualmente em vigor a contida
no art. 3º do CTN.
A doutrina mais moderna sustenta a existência de parâmetros constitucionais
de tributo, o que limita a função do legislador infraconstitucional.
Para Ricardo Lobo Torres, o conceito do CTN corresponde ao próprio conceito
(e à definição)1 constitucional de tributo, pois a Constituição, ao mencionar “tributo”,
o fez levando em consideração tal dispositivo legal.

1
Conceito e definição não se confundem. Conceito é uma ideia, são parâmetros, e não a definição de
um instituto, que é a sua delimitação.

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Destarte, em que pesem as críticas acima apontadas, bem como as
ponderações de Luciano Amaro, a doutrina majoritária entende adequada e
compatível com a CRFB/88 a definição legal.
O art. 3º do CTN, portanto, foi recepcionado pela constituição de 67 (EC 01/69)
e pela CRFB/88 com status de lei complementar.

2.2. Análise do Conceito de Tributo


No Brasil, qualquer exigência, cobrança, obrigação que preencha todos os
requisitos do art. 3º é tributo. Por outro lado, se faltar algum dos requisitos do art. 3º,
a obrigação não poderá ser qualificada validamente como tributo.
CTN, Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

2.2.1. Prestação
O tributo, para ser validamente instituído, deve ser objeto de uma relação
jurídica de caráter obrigacional – a relação jurídica tributária (Ricardo Lobo Torres).
A relação jurídica tributária é a que, estabelecida por lei, une o sujeito ativo
(Fazenda Pública) ao sujeito passivo (contribuinte ou responsável) em torno de uma
prestação pecuniária (tributo) ou não-pecuniária (deveres instrumentais) – definição
de Ricardo Lobo Torres.
De acordo com o professor Paulo de Barros Carvalho, a lei descreve, de
maneira genérica e abstrata, determinadas hipóteses (aspecto material, temporal e
espacial) que, ocorrendo na prática, geram o poder-dever do Estado de constituir o
crédito tributário e cobrar o tributo do sujeito passivo ou o dever do contribuinte de
declarar e constituir o crédito tributário e pagá-lo ao sujeito ativo.
As leis tributárias preveem, portanto, de um antecedente e consequente.
Exemplo: Ser proprietário de um imóvel (aspecto material), no dia 1º de janeiro
(aspecto temporal), na zona urbana do Município do Rio de Janeiro (aspecto espacial)
é o antecedente da regra jurídica tributária relativa ao IPTU, ou seja, é uma situação à
qual a lei atribui como consequência o poder-dever do Fisco de constituir o crédito
(lançamento) e consequentemente ao sujeito passivo (aspecto subjetivo) o dever de
pagar uma determinada quantia (aspecto quantitativo) a título de IPTU. Em um sentido

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mais amplo, o tributo pode representar toda a norma jurídica tributária. Em uma
acepção bem mais estrita, o montante a ser pago pelo contribuinte2.

2.2.2. Pecuniária / Em Moeda ou Cujo Valor Nela se Possa Exprimir


Prestação pecuniária significa prestação em dinheiro. Por isso, esse requisito
pode ser conjugado com o contido na expressão utilizada pelo CTN “em moeda ou cujo
valor se possa exprimir”.
Há quem alegue ter havido um pleonasmo do legislador, uma redundância, não
tendo a expressão valor algum (Luciano Amaro).
Outros autores entendem que essa expressão admitiria a indexação do tributo
a determinado índice. Exemplo: UFIR. Desse modo, bastaria corrigir o valor da unidade
de referência para que se alterasse o valor de todos os tributos previstos na referida
unidade fiscal.
Para outros autores, a expressão admitiria a instituição de prestações
tributárias in labore e in natura, ou, pelo menos, serviria como base para a previsão da
dação em pagamento em matéria tributária.
Tributo in natura e in labore seriam aqueles instituídos por lei, sem qualquer
referência a moeda, ou seja, aqueles cuja prestação devida seria a prestação de
entregar um bem (diverso de dinheiro) ou prestar um serviço ao Estado. Não é
possível a instituição do tributo in natura ou in labore no Brasil.
Nosso ordenamento até prevê alguns casos de prestação in labore: atuar como
mesário nas eleições, atuar como jurado no Tribunal do Júri e o serviço militar
obrigatório. Não são, contudo, prestações tributárias.
No passado, conforme destaca Bernardo Ribeiro de Morais, existiram diversas
prestações não pecuniárias que tinham natureza tributária. Exemplo: construir pontes,
alojar e alimentar tropas, entregar parte da produção, etc. No Brasil, por exemplo,
existiu o “quinto” do pau-brasil e do ouro.
Atualmente, embora o art. 3º do CTN possa ser interpretado de maneira mais
ampla (como, por exemplo, faziam alguns autores no passado, dentre eles Alfredo
Augusto Becker), prevalece o entendimento no sentido de que a lei, ao instituir um
tributo, deve necessariamente estabelecer como objeto da relação jurídica uma
prestação pecuniária, ou seja, em dinheiro, ainda que o seu cumprimento possa se dar
de outra forma – por exemplo, através da dação em pagamento.

2
O professor Paulo de Barros Carvalho trata em seu Curso de Direito Tributário das diversas acepções
da palavra tributo no Brasil – vide ANEXO I.

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Nesse sentido, a afirmação de Hugo de Brito Machado de que “o direito
brasileiro desconhece os tributos in natura e in labore”. Se houver previsão legal de
outras prestações que não pecuniárias, estas não se enquadrarão no conceito de
tributo. É dizer: a norma tributária não pode estabelecer uma prestação diversa de
dinheiro, mas pode prever que o contribuinte se exonere através da entrega de um
bem.

2.2.2.1. Dação em Pagamento


Tributo in natura ou in labore não se confunde com a figura da dação em
pagamento. Tributo in natura, como já visto, significaria a imposição por lei de uma
prestação de fazer algo ou de entregar um bem diverso de dinheiro. A dação em
pagamento, por sua vez, significa a possibilidade de se extinguir uma obrigação
(prestação pecuniária) mediante a entrega de um bem diverso de dinheiro.
O art. 3º do CTN trata, na verdade, da prestação, e não da forma de sua
extinção (dação em pagamento), mas já foi muito invocado como fundamento para a
dação em pagamento antes de sua previsão no rol do art. 156 do CTN.
CTN, art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do
disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições
estabelecidas em lei. (Incluído pela LC nº 104, de 10-1-2001)

Até 2001, não havia previsão da dação em pagamento no rol do art. 156 do
CTN. Com a LC 104/01, passou a haver a previsão da dação em pagamento mediante a
entrega de bens imóveis.
 Antes da LC 104/01: a doutrina majoritária entendia possível a dação em
pagamento, pois:

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a) O art. 3º do CTN a autorizaria (“em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir”);
b) O rol do art. 156 seria exemplificativo;
c) Quem pode o mais (remissão – perdão), pode o menos (dação);
d) A dação de pagamento seria forma de pagamento, prevista no art. 156,
I.
 Após a LC 104/01: a dação passou a estar prevista, mediante a entrega de
bens imóveis.
Indaga-se, portanto, se é possível a dação em pagamento mediante a entrega
de bens móveis.
Há julgado do STF entendendo que não, ao argumento de que haveria violação
ao art. 156 do CTN (art. 146, III da CRFB) e à necessidade de licitação.
Informativo nº 136, STF
Extinção de Crédito Tributário
Deferida medida cautelar em ação direta ajuizada pelo Governador do Distrito
Federal para suspender a eficácia da Lei 1.624/97, do Distrito Federal, que prevê o
pagamento de débitos tributários das microempresas, das empresas de pequeno
porte e das médias empresas, mediante dação em pagamento de materiais
destinados a atender a programas de Governo do Distrito Federal. O Tribunal
considerou juridicamente relevante a alegação de inconstitucionalidade
sustentada pelo autor da ação por aparente ofensa à reserva de lei
complementar para a definição das formas de extinção do crédito tributário (CF,
art. 146, III, b) e à exigência de processo de licitação para a contratação de
obras, serviços e compras pela administração pública (CF, art. 37, XXI). ADInMC
1.917-DF, rel. Min. Marco Aurélio, 18.12.98.

A ADIn veiculada no Informativo 136, acima destacado, data de 1998, e um dos


argumentos apontados para afastar a lei distrital foi a ausência de previsão da dação
em pagamento em lei complementar, nos termos do art. 146, III, b da CRFB.
Mais adiante, no Informativo 464, dando continuidade à ADIN, o STF voltou a
afirmar a taxatividade do rol do art. 156 do CTN.
Informativo 464, STF
ADI e Pagamento de Débitos Tributários mediante Dação em Pagamento
O Tribunal julgou procedente pedido formulado em ação direta ajuizada pelo
Governador do Distrito Federal para declarar a inconstitucionalidade da Lei
distrital 1.624/97, que dispõe sobre o pagamento de débitos das microempresas,
das empresas de pequeno porte e das médias empresas, mediante dação em
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pagamento de materiais destinados a atender a programas de Governo do
Distrito Federal. Entendeu-se que a norma impugnada viola o art. 37, XXI, da CF,
porquanto afasta a incidência do processo licitatório, por ele exigido, para
aquisição de materiais pela Administração Pública, bem como o art. 146, III, da
CF, que prevê caber à lei complementar o estabelecimento de normas gerais em
matéria de legislação tributária, eis que cria nova causa de extinção de crédito
tributário.
ADI 1917/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 26.4.2007. (ADI-1917)

Por outro lado, há outro julgado do STF admitindo de forma genérica a dação
em pagamento ao argumento de que o rol do art. 156 seria exemplificativo. Nos
Informativos 260, 288 e 289, o STF admitiu a possibilidade de uma lei sul-rio-grandense
estabelecer outras formas de extinção dos créditos tributários daquele Estado, além
das previstas no art. 156 do CTN.
Informativo nº 260, STF
Crédito Tributário e Dação em Pagamento
Iniciado o julgamento de medida liminar em ação direta ajuizada pelo Governador
do Estado do Rio Grande do Sul contra a Lei 11.475/2000 do mesmo Estado, que
introduz alterações em leis estaduais relativas ao procedimento tributário
administrativo e à cobrança judicial de créditos inscritos em dívida ativa da
fazenda pública estadual. Inicialmente, o Tribunal, por maioria, indeferiu a
suspensão cautelar do inciso III do art. 1º da Lei atacada, que cria, como
modalidade de extinção de crédito tributário, a dação em pagamento. O Tribunal,
alterando o entendimento proferido na ADInMC 1.917-DF (v. Informativo 136),
considerou ausente a relevância jurídica da alegação de inconstitucionalidade por
ofensa ao art. 146, III, b, da CF (“Art. 146. Cabe à lei complementar: ... III -
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: ... b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;”),
por entender que o Estado-membro pode estabelecer regras específicas de
quitação de seus próprios créditos tributários. Vencidos os Ministros Maurício
Corrêa e Marco Aurélio que, reafirmando o que decidido na ADInMC 1.917-DF,
deferiam a suspensão cautelar do dispositivo mencionado. Em seguida, o Tribunal,
também por maioria, indeferiu o pedido de medida liminar quanto ao art. § 1º do
art. 114 da Lei estadual 9.298/73, na redação dada pela Lei 11.475/2000 — que
determina, quando feita a dação em pagamento e o bem oferecido não for
suficiente para cobrir o débito, “o saldo eventualmente remanescente deverá ser
pago de uma só vez, integralmente ou mediante moratória” — por considerar
juridicamente irrelevante a alegada ofensa aos arts. 150, § 6º, e 155, § 2º, XII, g,
da CF, por se tratar de norma pendente de regulamentação por meio de lei
específica e por não ser a moratória hipótese de favor fiscal. Vencidos o Min.
Maurício Corrêa, que deferia a liminar com base no precedente citado, e o Min.

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Marco Aurélio, que também deferia a liminar para suspender a expressão “ou
mediante moratória”, contida no mencionado § 1º do art. 114 por entender que a
moratória é um benefício que instala a guerra fiscal, ofendendo, aparentemente, o
art. 155, § 2º, XII, g, da CF — que exige, em se tratando de ICMS, a celebração de
convênio entre os Estados para a concessão de isenções, incentivos e benefícios
fiscais. Em seguida, verificada a quebra do quorum, o julgamento foi suspenso.
ADInMC 2.405-RS, rel. Min. Ilmar Galvão, 14.3.2002. (ADI-2405)

Resta saber se, diante do que estabelece o art. 146, III, b da Constituição, o rol
do art. 156 o CTN é ou não taxativo.
CRFB, art. 146. Cabe à lei complementar:
III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre:
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

Como se viu, a questão é controvertida, e há julgados contraditórios do próprio


STF a respeito da matéria. Podemos resumir o tema da dação em pagamento em três
perguntas básicas.
 É possível o pagamento de tributos:
(i) Mediante dação em pagamento de bens imóveis? – Sim, desde que
haja uma lei própria (federal, estadual ou municipal) que a autorize.
(ii) Mediante a entrega de bens móveis? – Não, pois, além de não estar
prevista no rol do art. 156 do CTN, tal modalidade de extinção do
crédito tributário violaria a necessidade de licitação.
(iii) Através da prestação de serviços? – Não há decisão do STF. Em tese,
não é possível, por não representar a forma de contratação de serviços
pelo Estado prevista na Constituição.

2.2.3. Compulsória
Para Luciano Amaro, toda relação jurídica de caráter obrigacional envolve uma
prestação compulsória. Para este autor, houve uma impropriedade do legislador, na
medida em que “prestação” e “compulsória” são expressões redundantes.
Não obstante isso, a maioria da doutrina utiliza a expressão para justificar que a
obrigação tributária tem natureza ex lege, e não ex voluntate. Assim compreende, por
exemplo, Bernardo Ribeiro de Morais.

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A obrigação tributária decorre da lei, ou seja, a lei prevê uma determinada
situação que, ocorrendo na prática, gera o dever do contribuinte de efetuar o
pagamento do tributo.
A doutrina costuma mencionar a compulsoriedade (natureza ex lege) como
critério para distinção entre as taxas (natureza tributária) e os preços públicos e tarifas
(natureza contratual). Os regimes jurídicos são distintos, vide Súmula 545 do STF.
Súmula 545
PREÇOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS E TAXAS NÃO SE CONFUNDEM, PORQUE ESTAS,
DIFERENTEMENTE DAQUELES, SÃO COMPULSÓRIAS E TÊM SUA COBRANÇA
CONDICIONADA À PRÉVIA AUTORIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA, EM RELAÇÃO À LEI
QUE AS INSTITUIU.

Tabela comparativa entre taxa e preço público3

Taxa Preço público (tarifa)

Regime jurídico de direito público; Regime jurídico de direito privado;

O vínculo obrigacional é de natureza O vínculo obrigacional é de natureza legal.


tributária (legal), não admitindo rescisão; Admite rescisão;

O sujeito ativo é uma pessoa jurídica de O sujeito ativo pode ser uma pessoa jurídica
direito público; de direito público ou privado;

O vínculo nasce independentemente da Há necessidade de válida manifestação de


manifestação de vontade (compulsório); vontade para o surgimento do vínculo
(facultativo);

Pode ser cobrada em virtude de utilização Somente pode ser cobrado em virtude da
efetiva ou potencial do serviço público; utilização efetiva do serviço público;

A receita arrecada é derivada; A receita arrecadada é originária;

Sujeita-se aos princípios tributários Não se sujeita aos princípios tributários.


(legalidade, anterioridade, noventena, etc.).

3
ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado. 3. ed. rev., atual. ampl. Rio de Janeiro:
Forense. São Paulo: Método, 2009.
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2.2.4. Que Não Constitua Sanção de Ato Ilícito
Para Geraldo Ataliba, esse trecho do conceito é fundamental, pois permite
diferenciar tributo de multa. Tributo e multa se distinguem tanto em relação à
finalidade quanto em relação à forma.
A finalidade da multa é punitiva. A finalidade do tributo é arrecadar (finalidade
fiscal) ou estimular/ desestimular (finalidade extrafiscal) uma conduta por parte do
contribuinte.
No que diz respeito à forma, a lei, ao instituir um determinado tributo,
descreve uma determinada ação ou omissão como sendo contrária àquela conduta
que o contribuinte deveria adotar (infração) e prescreve, como consequência, a
aplicação de uma multa (sanção). Nos tributos, a lei descreve uma determinada
conduta lícita que, uma vez praticada pelo contribuinte, gera como consequência o
dever de pagar uma quantia ao Estado. Exemplo: não emitir nota fiscal gera, como
consequência para o contribuinte, a imposição de uma multa tributária.

2.2.4.1. Extrafiscalidade
Há uma situação limite que é a utilização dos tributos com um caráter
extrafiscal. A extrafiscalidade significa a utilização de um tributo com finalidade
diversa da simples arrecadação. O que se pretende é estimular ou desestimular
condutas lícitas e desejáveis ou indesejáveis. É o que se observa na tributação elevada
do fumo (IPI) ou das aplicações financeiras de curto prazo (IR).
A extrafiscalidade não se confunde com a sanção de ato ilícito. A sanção
representa punição a uma infração (conduta ilícita). Na extrafiscalidade, há condutas
lícitas que são desestimuladas.
Há divergência na doutrina a respeito do IPTU progressivo no tempo (art. 182,
§4º da CRFB). Para a doutrina majoritária, trata-se de extrafiscalidade - um meio para
os Municípios organizarem e planejarem a ocupação de suas regiões metropolitanas.
Para Hugo de Brito Machado, trata-se de uma hipótese de sanção de ato ilícito. Estaria
o constituinte expressamente prevendo a utilização da tributação como sanção de ato
ilícito, a atingir o proprietário de propriedade que descumpre com a sua função social.
CRFB, art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder
Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o
bem‑estar de seus habitantes.
§ 4º. É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo

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Aula 1
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urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no
tempo;

2.2.4.2. Princípio do Non Olet4


É preciso diferenciar a sanção de ato ilícito da tributação de condutas ilícitas.
Como explicita Hugo de Brito Machado, “a lei não pode incluir na hipótese de
incidência tributária o elemento ilicitude. Todavia, um fato gerador de tributo (fato
imponível, para Geraldo Ataliba5) pode ocorrer em circunstâncias ilícitas”.
O STF teve a oportunidade de se manifestar duas vezes sobre o tema, tendo
invocado o princípio do non olet (ou pecunia non olet). A primeira delas no HC 77.530-
4/RS, em caso de sonegação fiscal perpetrada por narcotraficantes, e no Informativo
637, em caso relacionado ao jogo do bicho.
EMENTA: Sonegação fiscal de lucro advindo de atividade criminosa: "non olet".
Drogas: tráfico de drogas, envolvendo sociedades comerciais organizadas, com
lucros vultosos subtraídos à contabilização regular das empresas e subtraídos à
declaração de rendimentos: caracterização, em tese, de crime de sonegação fiscal,
a acarretar a competência da Justiça Federal e atrair pela conexão, o tráfico de
entorpecentes: irrelevância da origem ilícita, mesmo quando criminal, da renda
subtraída à tributação. A exoneração tributária dos resultados econômicos de
fato criminoso - antes de ser corolário do princípio da moralidade - constitui
violação do princípio de isonomia fiscal, de manifesta inspiração ética. (HC
77530, Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Primeira Turma, julgado em
25/08/1998, DJ 18-09-1998 PP-00007 EMENT VOL-01923-03 PP-00522)

Informativo 637, STF


“Non olet” e atividade ilícita
É possível a incidência de tributação sobre valores arrecadados em virtude de
atividade ilícita, consoante o art. 118 do CTN (“Art. 118. A definição legal do fato
4
“Todos conhecem a passagem histórica de Vespasiano com o seu filho Tito. Tendo Vespasiano criado
um tributo sobre mictórios públicos (ditos cloacas) seu filho Tito sugeriu-lhe a extinção do imposto, em
razão da origem do mesmo. Vespasiano, no mesmo momento, tomou uma moeda e fez Tito cheirá-la,
indagando: ‘fede?’ Incontinenti seu filho respondeu: ‘non olet’ (não fede). Após o fato, Vespasiano
mostrou ao seu filho que o dinheiro arrecadado com a tributação, na sua materialização, não é
acompanhado com o cheiro do fato tributado” (Bernardo Ribeiro de Moraes, Compêndio de Direito
Tributário, Segundo Volume, p. 352 e 353).
5
Segundo a divisão proposta por Geraldo Ataliba, a hipótese de incidência corresponde à previsão
genérica e abstrata de situações lícitas passíveis de tributação, ao passo que o fato imponível
corresponde à concretização, no mundo dos fatos, de uma determinada situação que se enquadra na
definição legal. A lei não descreve situações ilícitas, como hipótese de incidência de tributos, mas é
possível a tributação ainda que o fato imponível decorra de situações ilegais.
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gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como
da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos efeitos dos fatos
efetivamente ocorridos”). Com base nessa orientação, a 1ª Turma conheceu
parcialmente de habeas corpus e, na parte conhecida, por maioria, denegou a
ordem. Na espécie, o paciente fora condenado pelo crime previsto no art. 1º, I, da
Lei 8.137/1990 (“Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou
reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes
condutas: I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades
fazendárias”) e sustentava a atipicidade de sua conduta, porque inexistiria
obrigação tributária derivada da contravenção penal do jogo do bicho (Decreto-Lei
6.259/44, art. 58). O Min. Dias Toffoli, relator, assinalou que a definição legal do
fato gerador deveria ser interpretada com abstração da validade jurídica da
atividade efetivamente praticada, bem como da natureza do seu objeto ou dos
seus efeitos. Ressaltou que a possibilidade de tributação da renda obtida em
razão de conduta ilícita consubstanciar-se-ia no princípio do non olet. Assim,
concluiu que o réu praticara sonegação fiscal, porquanto não declarara suas
receitas, mesmo que resultantes de ato contravencional. O Min. Luiz Fux aludiu ao
caráter sui generis da teoria geral do direito tributário. Acrescentou que seria
contraditório o não-pagamento do imposto proveniente de ato ilegal, pois
haveria locupletamento da própria torpeza em detrimento do interesse público
da satisfação das necessidades coletivas, a qual se daria por meio da exação
tributária. Vencido o Min. Marco Aurélio, que concedia a ordem por entender que
recolhimento de tributo pressuporia atividade legítima. Precedente citado: HC
77530/RS (DJU de 18.9.98).
HC 94240/SP, rel. Min. Dias Toffoli, 23.8.2011. (HC-94240)

2.2.4.3. Direito Penal Tributário e Direito Tributário Penal


Outro ponto importante é diferenciar o direito penal tributário e o direito
tributário penal.
Não há consenso na doutrina quanto à nomenclatura a ser utilizada. No âmbito
tributário, atualmente, prefere-se a expressão “direito tributário sancionador”. O
direito penal tributário trata dos crimes contra a ordem tributária, nos quais a
responsabilidade é subjetiva (dolo ou culpa). O direito tributário penal trata das
infrações administrativas (de natureza não criminal), nas quais a responsabilidade é,
em regra, objetiva (art. 136 do CTN).
CTN, Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por
infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do
responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

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O STJ, porém, mitiga o rigor do art. 136 e entende que, quando não há a
intenção de lesar o erário e nem prejuízo para a Fazenda, não se justifica a imposição
de multa.
 Quanto à responsabilidade prevista no art. 136 do CTN, há diversas
posições:
1. O artigo não estabeleceu a responsabilidade objetiva, apenas afasta a
necessidade do dolo (mas não da culpa);
2. O dispositivo é inconstitucional, pois não pode haver punição sem dolo, ou,
pelo menos, culpa;
3. O dispositivo é constitucional e deve ser aplicado como regra.

2.2.5. Instituída em Lei


Trata-se de expressão do princípio da legalidade6.
CRFB, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
c/c
CTN, art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I – a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II – a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21,
26, 39, 57 e 65;
III – a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o
disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV – a fixação da alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o
disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V – a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus
dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI – as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de
dispensa ou redução de penalidades.

A lei deve tratar de todos os elementos necessários para que o tributo possa
incidir e ser cobrado no caso concreto.

6
O princípio em comento será estudado, mais adiante, em profundidade, quando se tratar dos
princípios constitucionais tributários.
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2.2.6. Cobrada Mediante Atividade Administrativa Plenamente Vinculada
Uma vez ocorrido o fato gerador do tributo, não há discricionariedade do Fisco
no sentido de exigir ou não o tributo.
Segundo Leandro Paulsen, ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a
autoridade administrativa tem o dever de apurá-lo, de constituir o crédito tributário,
através do lançamento, e de exigir o cumprimento da obrigação pelo contribuinte.
Cumpre esclarecer que a administração tributária também pratica atos
discricionários, principalmente porque a lei não pode prever e estabelecer as
consequências de todas as situações que possam vir a ocorrer no dia-a-dia da
Administração. Entretanto, as atividades de lançamento e cobrança normalmente
envolvem atos vinculados, pois, salvo previsão legal, as autoridades administrativas
não podem deixar de constituir e cobrar os créditos tributários.

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3. Espécies Tributárias
3.1. Histórico
Da Constituição de 1891 à EC 18/65, havia uma classificação bipartida de
tributos: em impostos ou taxas. A distinção levava em consideração basicamente a
destinação do produto da arrecadação. Os impostos eram os tributos destinados a
custear as despesas gerais do Estado, e as taxas, os tributos destinados a custear
despesas específicas.
Essa classificação deixava de fora as contribuições de melhoria e os
empréstimos compulsórios. A contribuição de melhoria, embora já existisse, não era
considerada tributo, conforme decidira o STF em 1957, no RE 207945. Na ocasião,
entendeu-se como não aplicável à espécie o princípio da anualidade, reservado apenas
aos tributos.
O mesmo se dava em relação ao empréstimo compulsório, chamado pelo
Supremo Tribunal Federal de contrato coativo de direito público.
Súmula 418, STF7
O empréstimo compulsório não é tributo, e sua arrecadação não está sujeita à
exigência constitucional da prévia autorização orçamentária.

3.2. Classificação Tripartite


De acordo com o CTN, as espécies tributárias são impostos, taxas e
contribuições de melhoria (art. 5º).
CTN, Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.

O critério utilizado pelo Código é o critério do “fato gerador”. A expressão fato


gerador significa, aqui, a situação definida em lei como suficiente e necessária ao
nascimento da obrigação tributária (art. 114), que a doutrina prefere denominar
hipótese de incidência tributária.
CTN, Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei
como necessária e suficiente à sua ocorrência.

Segundo o critério do fato gerador, se o dever de pagar o tributo decorre de


uma atividade exercida pelo Estado, o tributo é vinculado a uma atividade estatal. Se o

7
Cancelada.
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dever de pagar o tributo não pressupõe qualquer atuação do Estado, o tributo é não
vinculado. Sendo assim, o código divide os tributos em:
a) Tributos não vinculados a qualquer atuação do Estado, pois a lei que o
institui prescreve que o dever de pagar não decorre de uma atuação
estatal, de um fato do Estado, mas sim de uma situação relacionada ao
contribuinte (patrimônio, rendimentos ou atividade do contribuinte).
Exemplo: IR (renda); IPVA (propriedade - patrimônio); ISS (prestação de
serviços - atividade do contribuinte).
CTN, Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.

b) Taxas: tributos vinculados a uma atuação estatal, pois a lei, ao estabelecer


a situação que gera o dever de pagar, estabelece que a obrigação tributária
decorre de uma atuação estatal – prestação de um serviço público ou
exercício do poder de polícia. Exemplo: taxa de coleta domiciliar de lixo (o
fato gerador é a prestação do serviço público de coleta domiciliar de lixo,
que é uma atuação estatal).
CTN, Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição.

c) Contribuições de melhoria: são tributos vinculados, pois pressupõem a


atuação do Estado (realização de uma obra pública), da qual decorra
valorização imobiliária (fato do contribuinte)8.
CTN, Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é
instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

8
Embora tratadas pela doutrina como tributos vinculados, as contribuições de melhoria também
pressupõem um dado do contribuinte, que é a valorização imobiliária. Pode-se dizer, assim, que se
encontram numa posição intermediária, mista.

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Atenção:
1. De acordo com o CTN, eram irrelevantes a denominação do tributo e a
destinação legal do produto da arrecadação;
CTN, Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato
gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

2. Os empréstimos compulsórios tinham (desde o CTN) natureza tributária, e


eram geralmente uma modalidade de imposto restituível, pois incidiam
sobre o patrimônio, o rendimento e as atividades do contribuinte;

3. As contribuições nem sempre tiveram natureza tributária, mas, quando


consideradas tributos, eram classificadas geralmente como impostos com
finalidade e destinação específica.

3.3. Classificação dos Tributos Segundo a Constituição de 1988


Embora haja doutrina em sentido contrário (Geraldo Ataliba, Paulo de Barros
Carvalho, Roque Carrazza, dentre outros) prevalece o entendimento de que a
Constituição de 88 estabeleceu uma classificação quinquipartite ou pentapartite das
espécies tributárias, na qual devem ser incluídos, além dos tributos previstos no art.
145 (impostos, taxas e contribuições de melhoria – tributos de competência comum,
que podem ser instituídos por todos os entes políticos) os tributos de competência
exclusiva da União, que são: o empréstimo compulsório (art. 148) e as contribuições
especiais (art. 149).
CRFB, Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

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Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de


intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

A Constituição prevê um regime jurídico próprio para os empréstimos


compulsórios e contribuições especiais, no qual se destaca a finalidade e a destinação
do produto da arrecadação de tais tributos. São tributos finalísticos, pois instituídos
para atender a um determinado fim, objetivo. O montante arrecadado através desses
tributos é constitucionalmente destinado a atender às finalidades que deram causa à
sua instituição e cobrança.
Atenção:
De acordo com essa classificação, o critério estabelecido pelo art. 4º e a
classificação do art. 5º do CTN estão superadas pela Constituição de 88.

No STF, já foram adotadas duas classificações:


a) Quadripartite (impostos, taxas, contribuições e empréstimos compulsórios)
– Min. Carlos Velloso;
“... Quanto a essas contribuições, a sua característica está justamente na sua
finalidade, ou na destinação do produto de sua arrecadação. É dizer, o elemento
essencial para a identificação dessas espécies tributárias é a destinação do
produto de sua arrecadação”. (trecho do voto Min. Carlos Velloso na ADIN 2925-
8/DF)

b) Pentapartite (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos


compulsórios e contribuições especiais) – Min. Moreira Alves.
“... De fato, a par das três modalidades de tributos (os impostos, as taxas e as
contribuições de melhoria), a que se refere o art. 145, para declarar que são
competentes para instituí-los a União, os Estados, o Distrito Federal e os
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Municípios, os arts. 148 e 149 aludem a duas outras modalidades tributárias, para
cuja instituição só a União é competente: o empréstimo compulsório e as
contribuições sociais9, inclusive as de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas”. (RE 146.733-9/SP. Rel Min
Moreira Alves, julg em 20.06.1992)

Existem algumas classificações menos relevantes para fins de prova, como a de


Bernardo Ribeiro de Moraes, que inclui o empréstimo compulsório com espécie de
imposto restituível. Já a classificação didática de Leandro Paulsen merece atenção,
devendo ser realizada sua leitura em confronto com os dispositivos constitucionais10.
Diz Luciano Amaro que, com a Constituição de 1988, “a destinação legal do
produto da arrecadação passou a ser aspecto relevante para a determinação da natureza
jurídica do tributo”. Também para o STF, a finalidade e a destinação, além da hipótese
de incidência (fato gerador em abstrato), são relevantes para a definição da natureza
jurídica do tributo. Mas o critério atualmente adotado – conjugação do fato gerador
com a finalidade e destinação do produto da arrecadação – não é absoluto, e
comporta algumas exceções. São elas:
1. O imposto extraordinário de guerra, cujo montante deve ser destinado para
uma finalidade específica;
CRFB, Art. 154. A União poderá instituir:
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários,
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos,
gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

Além disso, a CRFB prevê:


2. A vinculação da receita de impostos a despesas com saúde e educação,
dentre outras (vide art. 167, IV); e
CRFB, Art. 167. São vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158
e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, §
2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por

9
O Ministro chamava de “contribuições sociais” o gênero que hoje se tem por “contribuições especiais”,
das quais são espécies as contribuições sociais, a CIDE, CICPE e a CILP (EC 39/2002).
10
Inserimos, para fins didáticos, tal classificação na forma de anexo ao presente material. Vide ANEXO
II.
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antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º
deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

3. A desvinculação de receitas de contribuições (DRU – ADCT).


ADCT, Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro
de 2015, 20% (vinte por cento) da arrecadação da União de impostos,
contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, já instituídos ou que
vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos
legais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 68, de 2011).

 Para fins de prova, atenção:


1. O CTN estabeleceu uma classificação tripartite com base no fato gerador.
2. Essa classificação está superada pela CRFB/88. De acordo com a Constituição,
é necessário verificar também a finalidade e a destinação do produto da arrecadação.
3. Alguns autores mantêm, até hoje, a classificação tripartite (Paulo de Barros
Carvalho e Roque Carrazza, por exemplo), que, para fins de prova, somente deve ser
adotada se a questão mencionar expressamente o CTN.
4. Não é possível diferenciar um imposto de uma contribuição especial com
base no CTN, pois, pelo critério do CTN, o imposto de renda e a COFINS (por exemplo)
seriam impostos (art. 16 do CTN), pois ambos são cobrados independentemente de
uma atuação estatal relacionada ao contribuinte. As contribuições especiais e os
empréstimos compulsórios têm fatos geradores próprios de impostos. O que os difere
é a finalidade e a destinação.
5. Tirando a contribuição previdenciária paga pelo empregado, em que há uma
certa peculiaridade (a contrapartida consistente na existência de um seguro social),
nos demais casos, as contribuições são pagas independentemente de uma atuação
específica relativa ao contribuinte. Ressalte-se que, mesmo nas contribuições
previdenciárias pagas pelo empregado, o fato gerador é próprio de imposto (segundo
o critério do CTN), pois o fato gerador é ser devida e paga ao trabalhador quantia em
dinheiro, pelo serviço prestado, e não a prestação de um serviço pelo Estado.

3.3.1. Notas Sobre o Pedágio / Selo-Pedágio


O STF tem um julgado no sentido de que o pedágio instituído pela lei 7.712/88
tinha natureza tributária (taxa de serviço). Há discussão na doutrina. Há quem entenda
que seria:

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1. Preço público;
2. Taxa;
3. Um tributo autônomo;
4. Taxa ou preço público, conforme o caso.
Para alguns autores, se for cobrado pelo próprio Estado, o pedágio tem que ser
necessariamente tributo (Roque Carrazza). Para outros, será tributo se não houver
uma via alternativa para o contribuinte. Atualmente, porém, o pedágio é cobrado
como modalidade de preço público (tarifa), regulada pelo contrato de concessão
celebrado com o poder público (Lei 10.233/01, art. 26, IV e §2º).
EMENTA: - CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PEDÁGIO. Lei 7.712, de 22.12.88. I.-
Pedágio: natureza jurídica: taxa: C.F., art. 145, II, art. 150, V. II.- Legitimidade
constitucional do pedágio instituído pela Lei 7.712, de 1988. III.- R.E. não
conhecido. (RE 181475/RS. Rel Min Carlos Velloso. Julg em 04.05.1999)

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ANEXO I
Acepções do Vocábulo “Tributo” (Paulo de Barros Carvalho)

1. Acepções Do Vocábulo “Tributo”


O vocábulo “tributo” é utilizado pelos textos do direito positivo, pela doutrina e
pela jurisprudência com seis significações diversas:

a) quantia em dinheiro;
b) prestação correspondente ao dever jurídico do sujeito passivo;
c) direito subjetivo de que é titular o sujeito ativo;
d) sinônimo de relação jurídica tributária;
e) norma jurídica tributária
f) norma, fato e relação jurídica.

a) Tributo como quantia em dinheiro. A palavra tributo é utilizada para


expressar uma importância pecuniária. Essa menção corriqueira é veiculada não só no
“falar comum dos leigos”, mas também nas leis, regulamentos e portarias, como, por
exemplo, no art. 166 do Código Tributário Nacional: “A restituição de tributos que
comportem...”. O vocábulo tributo é utilizado, portanto, para indicar o objeto da
prestação, ou seja, o conteúdo do dever jurídico cometido ao sujeito passivo,
conforme a seguinte representação gráfica:

Sujeito Ativo _______________ $ _______________ Sujeito Passivo.



(TRIBUTO)
→ ←
Direito subjetivo Dever jurídico

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b) Prestação correspondente ao dever jurídico do sujeito passivo. O vocábulo é


utilizado para mencionar o “comportamento de certa pessoa, física ou jurídica, que se
consubstancia no pagamento de determinada importância pecuniária”. A ênfase é
colocada na prestação pecuniária, no dever jurídico do sujeito passivo e fica nítida na
exposição de Arnaldo Borges: “Tributo é conduta humana. Esta conduta é conceituada
por uma endonorma que estabelece o dever de alguém dar ao Estado certa soma de
dinheiro...”. Assim, ressalta-se o comportamento do sujeito passivo, ao satisfazer o
dever jurídico que lhe fora atribuído, conforme a seguinte representação gráfica:

(TRIBUTO)

______________
Sujeito Ativo _______________ $ _______________ Sujeito Passivo.

→ ←
Direito subjetivo Dever jurídico

c) Direito subjetivo de que é titular o sujeito ativo. O acento é posto na


exigibilidade que o liame jurídico provoca em favor do sujeito ativo. O núcleo
semântico é o do direto subjetivo de que está investido o sujeito ativo para exigir o
objeto da prestação, conforme a seguinte representação gráfica:

(TRIBUTO)

______________
Sujeito Ativo _______________ $ _______________ Sujeito Passivo.
→ ←
Direito subjetivo Dever jurídico

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d) Sinônimo de relação jurídica tributária. O quarto âmbito de significação
cogita do vínculo como um todo, isto é, “tributo” como equivalente a obrigação
tributária, relação jurídica tributária. A significação repousa no laço obrigacional como
uma entidade integral. Tributo, nessa acepção, é a relação jurídica que se instaura por
virtude do acontecimento do fato previsto no antecedente da norma. Abrange o
complexo formado pelo direito subjetivo, pelo dever jurídico e pelo objeto da relação,
conforme a representação gráfica a seguir:

(TRIBUTO)

_________________________________
Sujeito Ativo _______________ $ _______________ Sujeito Passivo.
→ ←
Direito subjetivo Dever jurídico

e) Norma jurídica tributária. O termo tributo assume a grandeza semântica de


regra de direito, preceito normativo. É o que ocorre quando a Constituição estabelece
que compete à União instituir o imposto sobre a renda e proventos de qualquer
natureza. Instituir, criar, decretar um tributo é tarefa legislativa que se contém na
edição de normas jurídicas, determinadas e peculiares, cuja estrutura ante-supõe a
descrição de um fato a que o legislador associa o surgimento de um vínculo jurídico.

f) Norma, fato e relação jurídica. O termo exprime toda a fenomenologia da


incidência, desde a norma instituidora, passando pelo evento concreto, nela descrito,
até o liame obrigacional que surde à luz com a ocorrência daquele fato. É com esse
conteúdo que o art. 3.º da Lei n. 5.172/66 se propõe determiná-lo.

2. A Definição do art. 3.º do Código Tributário Nacional


Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

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A menção à norma jurídica que estatui a incidência está contida na cláusula
“instituída em lei”, firmando o plano abstrato das formulações legislativas. Ao
explicitar que a prestação pecuniária compulsória não pode constituir sanção de ato
ilícito, deixa transparecer que haverá de surgir de um evento lícito e, por via oblíqua,
faz alusão ao fato concreto, acontecido segundo o modelo da hipótese. Finalmente,
por três insinuações diretas dá os elementos que integram a obrigação tributária,
enquanto laço jurídico que se instala ao ensejo da ocorrência fática.

Norma Jurídica

Fato Jurídico Sujeito Ativo ____________ $ ____________ Sujeito Passivo


Tributário → ←
Direito subjetivo Dever jurídico

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ANEXO II - Classificação Analítica de Tributos Segundo Leandro Paulsen

IMPOSTOS (i) Nominados (arts. 145, I, 153, 155 e 156, CRFB)

(ii) Residuais (art. 154, I, CRFB)

(iii) Extraordinários de guerra (art. 154, II, CRFB)

TAXAS (i) De poder de polícia (art. 145, II, primeira parte, CRFB)

(ii) De serviços públicos específicos e divisíveis (art. 145, II,


segunda parte, CRFB)

CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (art. 145, III, CRFB)

CONTRIBUIÇÕES (i) Sociais Gerais


ESPECIAIS (art. 149, 1ª parte, CRFB)

Nominadas (art. 149, 1ª parte,


c/c art. 195, I, II, III e IV, CRFB)

De Residuais (art. 149, 1ª parte, c/c


Seguridade art. 195, §4º, CRFB)
Social
De previdência do funcionalismo
público estadual, distrital e
municipal (art. 149, §1º, CRFB)

(ii) De intervenção no domínio econômico (art. 149, 2ª


parte, CRFB)

(iii) Do interesse de categorias profissionais ou econômicas


(artigo 149, 3ª parte, CRFB)

(iv) De iluminação pública municipal ou distrital (art. 149-A,


CRFB)

EMPRÉSTIMOS (i) Extraordinários de calamidade ou guerra (art. 148, I, CRFB)


COMPUSLÓRIOS
(ii) de investimento (art. 148, II, CRFB)”

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ANEXO III - Caderno de Questões

Banca CESPE

Prova: CESPE - 2009 - ANTAQ - Especialista em Regulação - Economia


1) Taxas sujeitam-se aos princípios tributários, o que não ocorre com preços públicos.
Certo Errado

Prova: CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios - Advogado


2) Julgue os itens a seguir, acerca do Sistema Tributário Nacional, da competência
tributária e dos tributos. Tributo, definido como prestação pecuniária compulsória
em moeda, pode constituir sanção de ato ilícito, cobrada mediante atividade
judicial ou administrativa.
Certo Errado

Prova: CESPE – 2004- Concurso Público Nacional. Delegado de Polícia Federal


3) A fiscalização tributária apreendeu em estabelecimento farmacêutico controle
paralelo de vendas de três anos anteriores à fiscalização, sem emissão de notas
fiscais, de cápsulas para emagrecimento compostas de substância capaz de causar
dependência psíquica e acionou imediatamente a polícia, que efetuou a prisão em
flagrante do sócio-gerente por tráfego de entorpecente, já que tal substância
estava estocada em prateleira, vindo a ser proferida sentença condenatória com
trânsito em julgado. Com base na situação hipotética acima, julgue os itens a
seguir:
O proprietário do estabelecimento cometeu, em tese, crime contra a ordem
tributária.
Certo Errado

Prova: CESPE – 2004- Concurso Público Nacional. Delegado de Polícia Federal


4) A responsabilidade penal tributária e a tributária penal não se confundem, apesar
de ambas adotarem a responsabilidade subjetiva.
Certo Errado

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Prova: CESPE – 2006 - ADVOGADO DA UNIÃO
5) Com relação às espécies de tributos existentes no âmbito federal, o CTN trouxe
uma distribuição tripartite, que foi mantida pela Constituição Federal.

Certo Errado

Prova: CESPE - 2008 - SERPRO - Analista - Advocacia


6) A definição de tributo depende da destinação legal do produto de sua
arrecadação.
Certo Errado

Prova: CESPE - 2009 - ANTAQ - Especialista em Regulação - Economia


7) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva obrigação, devendo-se considerar, necessariamente, para qualificá-la, a
destinação legal do produto de sua arrecadação.
Certo Errado

Prova: CESPE – 2006- TRF – 5ª REGIÃO – JUIZ FEDERAL


Apesar da proibição constitucional de vinculação da receita de imposto a órgão,
fundo ou despesa, Geraldo Ataliba manteve sua classificação dos impostos em dois
grupos: os vinculados e os não-vinculados. Para aquele jurista, as contribuições
especiais corresponderiam aos impostos vinculados e os tributos denominados
constitucionalmente de impostos seriam os impostos não-vinculados.
Relativamente ao fragmento de texto acima e a aspectos associados ao tema por
ele abordado, julgue os itens a seguir.
8) A partir do texto, é correto afirmar que, se determinadas regras constitucionais
transitórias impõem a desvinculação da receita da União (DRU) de parcelas das
contribuições sociais, essas parcelas passam a ser classificadas como impostos não
vinculados, ou seja, entram no conceito formal de imposto previsto na
Constituição Federal e no Código Tributário Nacional (CTN), dado que o único
critério que distingue as contribuições sociais, exceto as previdenciárias, dos
impostos é exatamente a vinculação à seguridade social.
9) As contribuições previdenciárias dos empregados e autônomos, diferentemente
das demais contribuições sociais, distinguem-se dos impostos formais não apenas
por terem vinculação de suas receitas à seguridade social, mas também por
financiarem um sistema de seguro social para o qual se contribui com expectativa
de benefício pessoal.

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10) Consoante o CTN, a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato
gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes, para qualificá-la, tanto a
denominação e demais características formais adotadas pela lei quanto a
destinação legal do produto da sua arrecadação. Todavia, com o advento da
Constituição de 1988, os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais
assumiram o status de espécies tributárias. Algumas dessas exações, todavia, têm
fato gerador idêntico ao dos impostos, o que torna inaplicável a citada regra do
CTN.

Prova: CESPE - 2009 - ANTAQ - Especialista em Regulação - Economia


11) Ao contrário do que ocorre com os impostos, as taxas são conhecidas como
tributos não-vinculados.
Certo Errado

Prova: CESPE – 2004- PROCURADOR FEDERAL


12) De acordo com o Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária
compulsória instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
vinculada. Com referência aos tributos existentes no ordenamento jurídico
brasileiro e à repartição da receita deles decorrente, julgue os seguintes itens: O
exercício de atividades de fiscalização, por ser decorrente do poder de polícia,
poderá ensejar a instituição de uma taxa.
Certo Errado

Prova: CESPE – 2004- PROCURADOR FEDERAL


13) Os empréstimos compulsórios não têm natureza tributária, uma vez que não
transferem definitivamente recursos dos particulares para o Estado, devendo ser
restituídos nos termos da lei.
Certo Errado

Bancas Diversas

Prova: Prova: ESAF - 2010 - SMF-RJ - Agente de Fazenda


14) O conceito de tributo, nos termos do Código Tributário Nacional, traz as
seguintes conclusões, exceto:

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a) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas
ações no interesse da sociedade.
b) não constituindo sanção por ato ilícito, pouco importa para a legislação do imposto
sobre a circulação de mercadorias e serviços, por exemplo, a origem lícita ou ilícita de
determinadas mercadorias, desde que reste configurada a hipótese de incidência do
referido tributo, qual seja, a circulação dessas mercadorias, para que possa ele ser
exigido.
c) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas somente
aquelas que reúnam o conjunto dos requisitos previstos na definição de tributo,
consoante o Código Tributário Nacional.
d) o Estado exige os tributos compulsoriamente das pessoas, portanto, a obrigação de
pagar tributos não decorre da vontade do contribuinte, sendo esta, aliás, irrelevante
nessa matéria.
e) embora sendo uma obrigação de direito público, absolutamente indisponível por
parte da administração, admite-se, desde que haja a respectiva previsão legal, a
delegação dessa obrigação a outras pessoas jurídicas, como empresas públicas e
sociedades de economia mista.

Prova: ESAF - 2009 - MF - Assistente Técnico-Administrativo


15) A determinação da natureza jurídica do tributo de acordo com o Código Tributário
Nacional, decorre, especificamente:
a) do fato gerador da respectiva obrigação.
b) da destinação legal do produto da arrecadação.
c) da denominação.
d) da fixação do agente arrecadador.
e) das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação.

Prova: ESAF - 2007 – PFN – PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL


16) Contribuição previdenciária classifica-se como:
a) contribuição de intervenção no domínio econômico.
b) taxa vinculada à prestação de benefícios previdenciários de natureza
continuada.
c) contribuição corporativa.
d) contribuição social.

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e) contribuição de seguridade vinculada ao tesouro da União, em razão da
universalidade de cobertura e de atendimento.

Prova: FCC - 2012 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município - Gestão
Tributária - Prova 1
17) Um contribuinte deixou de emitir o documento fiscal referente a uma prestação
de serviço tributada pelo ISS, tributo de competência municipal, e, como
consequência, foi-lhe aplicada penalidade pecuniária pelo descumprimento dessa
obrigação acessória (art. 230, caput, inciso V, alínea "a" do Decreto Municipal
52.703/11)
Essa penalidade pecuniária
a) é imposto, pois está prevista na legislação do ISS.
b) não é imposto, mas é tributo, em sentido amplo, pois tem natureza
compulsória.
c) é tributo, porque é cobrado por meio de atividade vinculada, conforme
estabelece o Código Tributário Nacional.
d) não é tributo, pois sanção pelo cometimento de ato ilícito não pode ser definida
como tributo.
e) é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o erário pelo dano causado pelo
descumprimento de uma obrigação acessória.

Prova: FCC - 2005 - PGE-SE - Procurador


18) Sobre o conceito de tributo construído a partir da definição do Código Tributário
Nacional, é correto afirmar que o tributo
a) pode constituir sanção de ato ilícito.
b) está submetido à reserva legal.
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer natureza.
d) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionária.
e) é toda prestação pecuniária facultativa.

Prova: FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal


19) Um tributo que tenha por características ser não vinculado a uma atividade
estatal, admita, por expressa e excepcional previsão constitucional, destinação
específica do produto da arrecadação e não admita previsão de restituição ao final
de determinado período classifica-se como
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a) taxa.
b) contribuição de intervenção no domínio econômico.
c) imposto.
d) empréstimo compulsório.
e) contribuição social.

Prova: COPS-UEL - 2011 - PGE-PR - Procurador - do Estado


20) Dentre as alternativas abaixo, aponte aquela que estiver correta:
a) somente os impostos são classificados como tributos vinculados;
b) as taxas são tributos que podem ser instituídos tanto em razão do exercício do
poder de polícia quanto somente pela efetiva utilização de serviços públicos
específicos e divisíveis;
c) as contribuições de melhoria são classificadas como tributos não vinculados
porque não decorrem da utilização de serviços públicos, específicos e divisíveis, e
sim de obras públicas;
d) compete à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, instituir contribuições
sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas
áreas;
e) n. d. a.

GABARITO:
1) Certo
2) Errado
3) Certo
4) Errado
5) Errado
6) Errado (a questão levou em consideração a redação literal do CTN)
7) Errado (a questão levou em consideração a redação literal do CTN)
8) Certo
9) Certo

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10) Certo
11) Errado
12) Certo
13) Errado
14) Letra E
15) Letra A
16) Letra D
17) Letra D
18) Letra B
19) Letra C
20) Letra E

QUESTÕES MAGISTRATURA FEDERAL – ANTIGAS

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL – 1ª REGIÃO X CONCURSO PÚBLICO PARA


PROVIMENTO DE CARGO DE JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

77. Instituído o imposto, por lei:


a) o contribuinte pode exigir do governo a contraprestação em serviços públicos
pertinentes.
b) o Estado não pode ser coagido à realização de serviços públicos, por
desvinculado, o imposto, de qualquer atividade estatal específica.
c) o contribuinte pode reter o pagamento por falta de cumprimento das
obrigações estatais básicas, como segurança, conservação de estradas, saúde,
educação etc.
d) em qualquer hipótese, pode ser cobrado no exercício financeiro em que
publicada a lei.

Gabarito: letra b

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
3º CONCURSO. 26ª Questão: Qual a diferença entre "taxa" e "tarifa"?
8º CONCURSO. 1ª QUESTÃO: É possível o pagamento de tributo in natura ou in
labore? E mediante dação em pagamento? Justifique a resposta, indicando a base
legal.
8º CONCURSO.2ª QUESTÃO: É possível que rendimento auferido em atividade
ilícita esteja sujeito a tributo? Justifique a resposta, indicando a base legal.

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3 REGIÃO

DIREITO TRIBUTÁRIO
I CONCURSO – Questões: de 80 a 94
93. Assinale a alternativa correta.
Lei municipal estabelece que casas residenciais, construídas em desacordo com as
posturas municipais aplicáveis, ficam sujeitas ao imposto sobre a propriedade
predial e territorial urbana em dobro, até que se façam as devidas correções. A
cobrança deste imposto em dobro, na circunstância apontada:
a) é possível, pois os impostos podem ter fins extrafiscais;
b) é possível porque a definição legal do fato gerador do imposto é interpretada
com abstração da validade jurídica dos atos praticados pelo contribuinte;
c) é possível, pois a parcela que excede o valor normal do imposto é uma taxa que
corresponde ao exercício, pela Prefeitura, do seu poder de polícia, até que a
correção seja feita;
d) não é possível porque tributo não pode constituir sanção de ato ilícito;
e) é possível, pois o imposto em dobro é sucedâneo da multa que a Prefeitura
poderia aplicar ano após ano, até que a situação fosse corrigida.

GABARITO: letra d

II CONCURSO – Questões: de 71 a 83
71. Assinale a alternativa correta.
Tributo cuja base de cálculo seja o valor de uma coisa de propriedade do
contribuinte é:
a) imposto;

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b) taxa de serviço;
c) contribuição;
d) taxa de polícia.

Gabarito: letra a

72. Assinale a alternativa correta.


Lei que crie tributo tendo por base de cálculo o embelezamento de uma área
urbana é:
a) contribuição de melhoria;
b) imposto com destinação específica;
c) taxa;
d) imposto inconstitucional.

Gabarito: anulada

73. Assinale a alternativa correta.


Lei ordinária que crie imposto federal destinado à seguridade social:
a) deverá ter como hipótese de incidência atividade previdenciária;
b) poderá ter hipótese de incidência de impostos federais previstos na
Constituição Federal;
c) terá eficácia no exercício seguinte;
d) será inconstitucional por não ser lei complementar.

Gabarito: letra d

77. Assinale a alternativa correta.


Taxa, cuja obrigação tributária nasce de prestação de serviços públicos, tem por
base de cálculo o valor de coisa pertencente ao contribuinte e é designada tarifa:
a) é devida, por ser constitucional;
b) é indevida por designar-se tarifa;
c) é devida por fundar-se em serviço público;
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d) é indevida por impropriedade da base de cálculo.

Gabarito: Letra d

XII CONCURSO – Questões: de 26 a 35


26. Impostos, taxas, contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no
domínio econômico e empréstimo compulsório podem ser instituídos:
a) Os três primeiros pelos Estados e os dois últimos pelo Distrito Federal e pela
União;
b) Os cinco enumerados pela União;
c) Os dois primeiros pelos Municípios e os três últimos pelo Distrito Federal e pela
União;
d) Os quatro primeiros pelo Distrito Federal e os dois últimos pela União.

Gabarito: Letra b

XIII CONCURSO – Questões: de 21 a 30

22. O artigo 149 da Constituição diz que compete exclusivamente à União instituir
contribuições de intervenção no domínio econômico. A natureza jurídica do
gênero contribuição de intervenção no domínio econômico é determinada:
a) pela denominação que for dada a cada contribuição quando de sua criação;
b) pelo fato gerador da respectiva obrigação tributária;
c) pela destinação legal do produto de sua arrecadação;
d) pelo fato de sua arrecadação e aplicação do produto desta serem atribuídos a
ente autárquico.

Gabarito: letra c

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIÃO

XIII CONCURSO PARA JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO DA 4ª REGIÃO Ano de realização:


2007/2008 Nº de candidatos aprovados: 22

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Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Aula 1
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
26. Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.
I. A sinonímia existente entre taxa e preço público torna acadêmica e
juridicamente irrelevante a discussão sobre classificação de determinada exigência
fiscal em uma ou outra dessas figuras jurídicas.
II. É inviável a cobrança de taxa para cobrir gastos de fiscalização sanitária.
III. Segundo o princípio da indelegabilidade, é vedado pela Constituição que a
União arrecade determinado tributo para, posteriormente, repassá-lo em cotas de
fundo para Estados e Municípios.
IV. A dívida não-tributária da União não pode ser inscrita em dívida ativa, carente o
título que a represente de presunção juris tantum de liquidez e certeza.
(a) Está correta apenas a assertiva I.
(b) Está correta apenas a assertiva III.
(c) Estão corretas apenas as assertivas II e IV.
(d) Estão incorretas todas as assertivas.

GABARITO: letra d

33. Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.


I. Tanto a taxa quanto o preço público têm sua existência condicionada à prévia
autorização orçamentária em relação às leis que lhes dão gênese.
II. É perfeitamente lícita, conforme sempre entendeu o Supremo Tribunal Federal,
a destinação da receita proveniente de taxas à Caixa de Assistência dos
Advogados.
III. É ilícita a cobrança do tributo que houver sido aumentado após o orçamento,
mas antes do início do respectivo exercício financeiro.
IV. A interdição de estabelecimento constitui meio próprio e eficaz para compelir a
empresa inadimplente ao pagamento de débitos tributários.
(a) Estão incorretas apenas as assertivas I e IV.
(b) Estão incorretas apenas as assertivas I, II e III.
(c) Estão incorretas apenas as assertivas II, III e IV.
(d) Estão incorretas todas as assertivas.

GABARITO: letra d

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37. Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.


I. Em matéria tributária, o Ministro da Fazenda pode expedir decretos, inclusive
restringindo o texto legal regulamentado.
II. As multas, porque constituem sanção ao inadimplemento da obrigação
tributária, abrangem-se no conceito de tributo, aplicando-se-lhes, em
conseqüência, os princípios constitucionais limitadores do poder de tributar.
III. Deixar de apresentar ao Congresso Nacional proposta de orçamento da
República no prazo legal é atitude que traz como única conseqüência o atraso na
liberação de verbas públicas; mas em si mesma não gera qualquer espécie de
sanção.
IV. A sonegação é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar,
total ou parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, ou a
excluir ou modificar as suas características essenciais, de modo a reduzir o
montante do imposto devido, ou a evitar ou diferir o seu pagamento.
(a) Está correta apenas a assertiva IV.
(b) Estão corretas apenas as assertivas I e IV.
(c) Estão corretas apenas as assertivas II e III.
(d) Estão incorretas todas as assertivas.

GABARITO: letra d

XII CONCURSO PARA JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO DA 4ª REGIÃO Ano de realização:


2005/2006 Nº de candidatos aprovados: 43
27. Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.
I. O princípio da irretroatividade, que a Constituição vigente adota, impede que se
aumentem alíquotas do imposto de renda em pleno curso do exercício financeiro,
alcançando situações de fato já ocorridas.
II. O estabelecimento de normas gerais em matéria de obrigação, lançamento,
crédito, prescrição e decadência, em âmbito tributário, somente pode ser feito por
lei complementar.
III. A Constituição, ao elencar as espécies tributárias existentes, nada refere sobre
a contribuição de melhoria, contemplando apenas as contribuições sociais.

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IV. O princípio da capacidade contributiva foi suprimido nas Constituições de 1967
e 1969, e não voltou a ser constitucionalmente contemplado na Lei Maior de 1988.
a) Estão corretas apenas as assertivas I e II.
b) Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV.
c) Estão corretas apenas as assertivas II, III e IV.
d) Todas as assertivas estão corretas.

GABARITO: letra a
31. Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.
I. Em razão de sua peculiar natureza, porquanto implica posterior obrigação de
ressarcimento, o empréstimo compulsório refoge ao rol dos tributos.
II. A decadência, atingindo o próprio direito substantivo, impede o lançamento.
III. Diferentemente da legislação tributária de outros países, nosso sistema não
alberga o instituto da dação em pagamento como forma extintiva do crédito
tributário.
IV. Dependendo da data em que instituída a contribuição social, a apelidada
anterioridade mitigada pode oferecer garantia mais efetiva ao contribuinte do que
aquela relativa aos tributos em geral.
a) Está correta apenas a assertiva II.
b) Estão corretas apenas as assertivas II e IV.
c) Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV.
d) Todas as assertivas estão incorretas.

GABARITO: anulada

37. Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.


I. Assim como o juiz não pode, por iniciativa própria, dar gênese à ação, também a
autoridade administrativa enfrenta vedação absoluta de efetuar lançamento ex
officio.
II. No âmbito do Direito Tributário, taxa e tarifa são termos que guardam
sinonímia.
III. Há precedentes no Supremo Tribunal Federal no sentido de que o pedágio
constitui taxa de serviço.

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IV. Constitui preço público a prestação pecuniária compulsória exigível de
proprietários de imóveis particularmente beneficiados por obra pública.
a) Está correta apenas a assertiva I.
b) Está correta apenas a assertiva III.
c) Estão corretas apenas a assertivas II e III.
d) Estão corretas apenas as assertivas III e IV.

GABARITO: letra b

.A 28.C 29.A 30.B 31.Anulada 32.B 33.A 34.A 35.C 36.C 37. B

XI CONCURSO PARA JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO DA 4ª REGIÃO Ano de Realização:


2004 Nº de candidatos aprovados: 38
30. Assinalar a alternativa correta.
I. Diz-se que a obrigação tributária é ex lege, porque vincula o sujeito passivo ao
cumprimento da prestação correspondente ao seu objeto.
II. As obrigações tributárias acessórias dependem da existência da obrigação
tributária principal.
III. A Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), obrigação
tributária e acessória, é fundamento para entender-se como tributo as
contribuições sociais.
IV. A obrigação tributária acessória extingue-se, sempre, com o adimplemento da
obrigação tributária principal.
a) Estão corretas apenas as assertivas I e III.
b) Estão corretas apenas as assertivas I e IV.
c) Estão corretas apenas as assertivas III e IV.
d) Todas as assertivas estão incorretas.

GABARITO: letra d

X CONCURSO DE JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO DA 4ª REGIÃO Ano de realização: 2001


Nº de candidatos aprovados: 45 (quarenta e cinco)
36. Assinalar a alternativa correta.

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a) Tratando-se de rendimentos produzidos por atividade ilícita, decorrendo a
validade dos atos jurídicos dos requisitos de agente capaz, objeto lícito e forma
prescrita ou não defesa em lei, é inadmissível o poder tributante exigir imposto
cuja obrigação tem por fato imponível situação penalmente reprovável.
b) Tratando-se de rendimentos produzidos por atividade ilícita, não incide Imposto
de Renda, porquanto não descrito pelo legislador ato ilícito como elemento de
hipótese de incidência.
c) Tratando-se de rendimentos produzidos por atividade ilícita, a exigência
tributária fica sobrestada até o pronunciamento declaratório da licitude da
atividade.
d) Tratando-se de rendimentos produzidos por atividade ilícita, é exigível o
imposto, visto que a ilicitude dos atos praticados não interfere na relação
tributária.

GABARITO: letra d

TRF 4 – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO (11º CONCURSO)


29. Assinalar a alternativa correta.
III. Ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa
tem discricionariedade e faz um juízo de oportunidade e conveniência para
constituir o crédito tributário. (incorreto)
30. Assinalar a alternativa correta.
I. Diz-se que a obrigação tributária é ex lege, porque vincula o sujeito passivo ao
cumprimento da prestação correspondente ao seu objeto. (incorreto)
31. Assinalar a alternativa correta.
III. É impossível tributar o produto financeiro resultante de atividades criminosas.
(incorreto)

TRF 4 – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO (12º CONCURSO)


28. Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.
II. É competência privativa da autoridade administrativa realizar o procedimento
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar
o sujeito passivo e, se for o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
(correto)
35. Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.
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IV. Razão assiste à empresa embargante, no que tange a ser o lançamento
impositivo e vinculado. (correto)

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5 REGIÃO (CESPE/UNB)

TRF 5 – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO (5º CONCURSO)


21. Em nosso sistema tributário, é correto afirmar que
(C) os tributos e multas são prestações pecuniárias compulsórias de caráter
sancionatório. (incorreto)

TRF 5 – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO (6º CONCURSO)


21. A apuração do lucro das sociedades não-registradas, para fins de incidência do
imposto de renda, segue as mesmas regras previstas para pessoas individuais e
pessoas jurídicas. (correto)

Apesar da proibição constitucional de vinculação da receita de imposto a órgão,


fundo ou despesa, Geraldo Ataliba manteve sua classificação dos impostos em dois
grupos: os vinculados e os não-vinculados. Para aquele jurista, as contribuições
especiais corresponderiam aos impostos vinculados e os tributos denominados
constitucionalmente de impostos seriam os impostos não-vinculados.
Relativamente ao fragmento de texto acima e a aspectos associados ao tema por
ele abordado, julgue os itens a seguir. (TRF 5/2006)

27 A partir do texto, é correto afirmar que, se determinadas regras constitucionais


transitórias impõem a desvinculação da receita da União (DRU) de parcelas das
contribuições sociais, essas parcelas passam a ser classificadas como impostos não
vinculados, ou seja, entram no conceito formal de imposto previsto na
Constituição Federal e no Código Tributário Nacional (CTN), dado que o único
critério que distingue as contribuições sociais, exceto as previdenciárias, dos
impostos é exatamente a vinculação à seguridade social.
(CORRETO)

28 As contribuições previdenciárias dos empregados e autônomos, diferentemente


das demais contribuições sociais, distinguem-se dos impostos formais não apenas
por terem vinculação de suas receitas à seguridade social, mas também por

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financiarem um sistema de seguro social para o qual se contribui com expectativa
de benefício pessoal.
(CORRETO)

29 Consoante o CTN, a natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo


fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes, para qualificá-la, tanto a
denominação e demais características formais adotadas pela lei quanto a
destinação legal do produto da sua arrecadação. Todavia, com o advento da
Constituição de 1988, os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais
assumiram o status de espécies tributárias. Algumas dessas exações, todavia, têm
fato gerador idêntico ao dos impostos, o que torna inaplicável a citada regra do
CTN.
(CORRETO)

QUESTÕES MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

MPF – 20º CONCURSO


29. É correto dizer que o direito penal tributário e o direito tributário penal:
(a) ( ) constituem um só subsistema do direito tributário; (incorreto)
(b) ( )constituem um só subsistema do direito penal; (incorreto)
(c) ( ) não ostentam divergência dos conceitos que neles se contêm; (incorreto)
(d) ( ) apesar da similaridade entre as duas expressões, há ampla divergência dos
conceitos que nelas se contêm (correto);

MPF – 21º CONCURSO


38. Preço público constitui receita do estado:
a. dotado de força compulsória se a sua cobrança advém de prévia autorização
orçamentária; (incorreto)
b. e encerra relação de direito público; (incorreto)
c. e tem natureza contratual; (correto)
d. dotado de natureza mista: de direito público em razão do poder intervencionista
do Estado na atividade e de direito privado em decorrência da efetiva utilização do
serviço público por particular. (incorreto)

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MPF - 24 CONCURSO 29. PRECONIZAM OS ARTS. 4o E 5o DO CÓDIGO


TRIBUTÁRIO NACIONAL:

“Art. 4o - A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador


da respectiva obrigação, sendo irrelevante para quaiificá-lo: I - a denominação e
demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto
da sua arrecadação” .
“Art. 5o - Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria” .
Segundo o Sistema Tributário Brasileiro, os transcritos artigos 4o e 5o, acima, são
inteiramente aplicáveis quando consideram que:
a)( ) a natureza jurídica específica de um tributo pode ser determinada
exclusivamente pelo exame do seu fato gerador;
b) ( ) são 3 (três) as espécies tributárias: impostos, taxas e contribuições de
melhoria;
c) ( ) estar o produto de arrecadação afetado ou não a finalidades específicas é que
define a natureza do tributo;
d) ( ) os transcritos artigos 4o e 5o, sob exame, acham-se superados.

Gabarito: Letra d

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QUESTIONÁRIO DE CONTROLE– AULA 01
1) Existe um conceito legal de tributo? Reproduza.
2) Este conceito tem base na Constituição?
3) Qual a natureza da relação tributária?
4) Qual a natureza da prestação?
5) Podem existir prestações in natura ou in labore criadas pelo Estado?
6) Essas prestações possuem natureza tributária? Por quê?
7) É possível a extinção do crédito tributário mediante entrega de coisa diversa do que a
devida?
8) Em que casos? Exemplifique.
9) É possível a dação em pagamento? Quais os requisitos?
10) Segundo o atual entendimento do STF, é possível que determinado Estado da Federação
estabeleça, por lei, a dação de bens móveis? Por quê?
11) O que significa “natureza ex lege” da obrigação tributária?
12) Existe diferença entre taxa e preço público? Ambos são tributos?
13) As multas e os tributos se confundem? Quais as diferenças entre tributos e multas?
14) E a multa tributária? É tributo?
15) Um tributo com finalidade extrafiscal é equiparável a uma multa?
16) Um tributo com finalidade extrafiscal tem finalidade sancionatória?
17) O que é o princípio do non let?
18) Há base legal no CTN em relação a esse princípio?
19) Segundo o entendimento do STF, é possível que o tributo incida sobre rendimentos
provenientes do tráfico de entorpecente? Por quê?
20) Essa tributação é imoral?
21) Existe diferença entre direito penal tributário e direito tributário penal? Qual?
22) A responsabilidade nas sanções tributárias é subjetiva ou objetiva? Sempre?
23) A aplicação das multas em matéria tributária pressupõe dolo ou culpa? É relevante a
intenção do agente? Qual a base legal?
24) Segundo o STJ, esse mesmo raciocínio se aplica ao Direito Penal Tributário?
25) O que significa a afirmação de que o tributo deve ser instituído por lei?
26) Em relação aos aspectos materiais da incidência tributária, há espaço para a atuação
discricionária por parte da administração?

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Conceito de Tributo, Espécies Tributárias e Tributos em Espécie
Aula 1
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doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
27) Qual o critério adotado pelo CTN para se verificar a natureza de um determinado tributo?
Indique o artigo.
28) Quais os tributos existentes segundo essa classificação?
29) O que são tributos vinculados ou não vinculados, segundo o CTN?
30) O que significa a afirmação de que o imposto é um tributo não vinculado?
31) Qual o tributo cujo fato gerador é a propriedade do contribuinte?
32) Qual o fato gerador da taxa?
33) A taxa é um tributo vinculado ou não vinculado? Por quê?
34) A taxa pode ter por fato gerador o patrimônio ou o rendimento do contribuinte? Por quê?
35) E a contribuição de melhoria? Qual o fato gerador? É tributo vinculado ou não vinculado?
36) Segundo essa classificação do CTN, o empréstimo compulsório é um tributo?
37) E as contribuições especiais?
38) Adotando a classificação tripartite, como tais espécies tributarias seriam classificadas?
39) Quais são as espécies tributárias segundo a Constituição de 1988, conforme o atual
entendimento do STF?
40) O critério do fato gerador estabelecido pelo CTN é suficiente para estabelecer a distinção
entre uma contribuição e um imposto como espécie tributária?
41) Como o empréstimo compulsório seria classificado se adotada a classificação tripartite?
42) E a CPMF e a CSLL?
43) Segundo o STF, o artigo 4º do CTN encontra-se superado pela Constituição de 1988?
44) Qual o critério adotado pelo STF para que seja efetuada a distinção entre um imposto e
uma contribuição? Esse critério tem previsão no CTN?
45) O que são tributos finalísticos?
46) Como os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais podem ser considerados
tributos finalísticos?
47) A destinação do produto da arrecadação de uma contribuição social pode ser desvinculada
da área social e destinada a formação de reservas cambiais?
48) Existem exceções na Constituição?
49) É possível a instituição de um adicional progressivo do IPTU, incidente quando houver
alguma irregularidade no imóvel do contribuinte? E de uma multa?
50) Classifique as espécies tributárias existentes em nosso ordenamento jurídico, apontando
os dispositivos constitucionais relativos a matéria.

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