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Bases Filosóficas da GT
Existencialismo
Ênfase na vivência concreta; a experiência humana é singular e intransferível; cada pessoa é
responsável pelo seu projeto existencial e assim cria sua liberdade relativa.
Fenomenologia
A descrição é mais importante do que a explicação; a percepção corporal da vivência
imediata é essencial; o processo fundamental é o que se desenvolve aqui-agora.
Bases teóricas
As mais importantes são: A Psicologia da Gestalt, a Teoria de Campo de Kurt Lewin e a
Teoria Organísmica de Kurt Goldstein (já citadas anteriormente).
Pressupostos básicos
1 - Self-suporte como conceituação básica (o ser humano dispõe de todo o equipamento
necessário para enfrentar a vida, precisando apenas de tomar consciência de sua força).
2 - Totalidade e integração:
. entre o sentir, o pensar e o agir
. entre o passado, o presente e o futuro
3 - A unidade do se aceitar e do se modificar (a mudança depende da aceitação temporária
do estado momentâneo).
4 - A unidade do ser humano como determinante e determinado (todo problema encerra
uma parcela individual e outra social).
5 - O ser humano como unidade indivíduo-meio
. assumir compromissos sem renunciar a independência pessoal.
. responsabilizar-se pela aceitação ou rejeição dos limites impostos pela sociedade.
Principais conceitos
. Contato, fronteira de contato
Considerando que o indivíduo não pode ser analisado fora do seu meio psicológico e que
ele não está “diluído” nesse meio, todos os fenômenos importantes ocorrem num limite, numa
fronteira de contato entre o corpo e os estados internos ou entre a pessoa e o seu meio (animado ou
inanimado). O contato pode ocorrer nos níveis cognitivo, emocional e comportamental.
Os mecanismos de evitação do contato são chamados de disfunções de contato e, embora,
outros teóricos da GT tenham acrescentado novos tipos, Perls considera a introjeção (aceitação de
atitudes, sentimentos e valores de outros, sem questionamento), a projeção (atribuir aos outros
aspectos indesejados em nós mesmos), a confluência (tentativa de eliminação de conflitos pela perda
de limites individuais) e a retroflexão (fazer para si o que gostaria de fazer para os outros) como
sendo as principais.
. Awareness - “dar-se conta”
Termo erroneamente traduzido como consciência - inclui a consciência, mas vai além dela,
em outras palavras, envolve não apenas a percepção de uma situação mas, fundamentalmente, a
compreensão da totalidade dos aspectos envolvidos nessa situação.
Refere-se à resposta a quatro perguntas-chave:
O que estou fazendo agora?
O que sinto agora?
O que tento evitar agora?
O que quero ou espero?
. Figura-fundo
Em GT, qualquer totalidade considerada (organismo, comportamento, situação, etc.) tem
como processo básico de sua dinâmica o de figura-fundo.
Tendo em vista que a figura diferencia-se do fundo, mas nunca dele se isola, estabelecendo
assim uma relação de interação permanente entre parte e todo, a GT considera que ao trabalharmos
a figura estaremos interferindo no fundo e modificando a dinâmica do todo considerado.
Assim, em GT, a orientação é dada pelas figuras, pelo que emerge, sejam palavras, gestos,
sentimentos, uma pessoa dentro de uma situação, etc, pois cada uma dessas figuras estará
sinalizando uma necessidade não satisfeita, importante para o equilíbrio do todo considerado.
. Aqui-agora (Fenomenologia)
“A experiência imediata, a vivência imediata, representam o momento da entrada da
realidade, contém a chave do passado e do futuro e respondem às questões mais sutis de como o
tempo se concretiza e o espaço se temporaliza (Ribeiro, 1994)”.
. Polaridade
Dicotomização das percepções, emoções e atributos que orienta o processo existencial do
indivíduo.
Há polarização, por exemplo, no fato do indivíduo perceber somente sua fragilidade e não
se dar conta de sua força.
O objetivo da GT é integrar tais polaridades.
Principais técnicas
. Exercícios de Awareness
Utilização das perguntas mencionadas, anteriormente, no item awareness.
. Cadeira vazia
Cadeira ou almofada onde o sujeito projeta um personagem com o qual deseja se
relacionar.
. Dramatização
Experimentar uma situação vivida ou fantasiada para explorar sentimentos mal
identificados, esquecidos, recalcados ou desconhecidos.
É proibida a exteriorização violenta ou sexual e permitidas manifestações físicas de
agressividade controlada ou ternura.
. O monodrama
Variação do psicodrama de Moreno, onde o indivíduo representa, alternadamente, vários
papéis da situação evocada.
. A amplificação
Exagerar os indícios de reações emocionais subjacentes (mudanças na respiração, no tom
de voz, no olhar, nos movimentos do corpo, etc.). Objetiva explorar os sentimentos, revelando
aspectos imperceptíveis do processo do cliente.
. O trabalho com sonho
“Em GT, não se aborda o sonho por livres associações ou interpretações, mas por uma
descrição, seguida da "dramatização" sucessiva dos diversos elementos do sonho, com os quais o
cliente é convidado a se identificar sucessivamente - em palavras e gestos - sendo cada um desses
elementos considerado uma “gestalt inacabada” ou uma expressão parcial do próprio
sonhador.”(Ginger, 1995)
. A expressão metafórica
Uso de expressão artística (desenho ou pintura, modelagem, dança, música, etc.), com o
qual o cliente deverá estabelecer uma relação simbólica.
. Viagem de fantasia
Vivências fantasiadas onde o cliente projeta necessidades, desejos, medos, etc. A
identificação com as vivências possibilita a conscientização das necessidades.
Método
Experimento
Vivenciar, sentir ou provar, geralmente de um modo simbólico, uma situação temida ou
esperada. Afirma o caráter experiencial da GT
Observações Finais
Partindo dos pressupostos de que a dinâmica da personalidade só pode ser entendida no
processo figura-fundo e que o que importa são os fenômenos que ocorrem numa fronteira de
contato (vide figura-fundo e fronteira de contato):
. O Self em GT não é uma entidade fixa nem uma instância psíquica e sim um processo - O
indivíduo não “é”, ele está sempre “sendo”.
. Qualquer aspecto a ser examinado, seja movimento corporal, pessoa ou instituição deverá
sê-lo em função de um todo maior ao qual pertença.
. A GT aceita a existência de processos inconscientes (reconhecidos como fundo).
Contudo, rejeita a noção de inconsciente estrutural de Freud. O inconsciente gestáltico , como todos
os demais conceitos em GT, é relacional.
. Transferência e contratransferência são conceitos relacionados à consistência interna da
teoria psicanalítica, portanto não existem como conceitos em GT. Todavia, as situações concretas,
explicadas em Psicanálise, através da utilização desses conceitos, são explicadas como meras
projeções que atuam no relacionamento humano, sem que lhes seja dado maior destaque.
O objetivo central da GT é o de ajudar o indivíduo a tornar-se congruente em relação ao
seu pensar, sentir e agir.
QUESTÕES EM GT
4. Podemos resumir a influência de Jung, Reich e Rogers no desenvolvimento da GT, através dos
respectivos conceitos de:
(A) polaridades, couraça muscular, self ideal.
(B) inconsciente coletivo, caráter genital, self ideal.
(C) arquétipos, self, aceitação incondicional.
(D) inconsciente coletivo, bioenergia, aceitação incondicional.
(E) polaridades, couraça muscular, congruência-incongruência.
5. Efeito descoberto em pesquisa experimental que sustenta o conceito de Gestalt aberta e diz
respeito a persistência de tensão causada por uma tarefa inacabada, que gera uma “quase
necessidade para completá-la”:
(A) efeito Von Restorff.
(B) efeito de reminiscência.
(C) efeito Zeigarnik
(D) efeito de interferência.
(E) efeito de retenção.
6. As características do Self em GT são:
(A) pessoal, estrutural e variável.
(B) pessoal, estrutural e fixo.
(C) pessoal, processual e variável.
(D) pessoal, processual e fixo.
(E) pessoal, processual e estrutural.
7. Awareness ou dar-se conta se refere a:
(A) estar atento a uma situação.
(B) Contato, no momento presente, com as sensações, sentimentos, pensamentos e
ações no ambiente.
(C) estar consciente de uma situação
(D) estar atento aos sentimentos em uma situação.
(E) estar atento às imposições do meio.
10. De acordo com Kurt Goldstein, e aceito pela GT, a organização do funcionamento
organísmico é de:
(A) figura-fundo.
(B) aqui-agora.
(C) todo.
(D) contemporaneidade.
(E) Constância
RESUMO
A Gestalt-Terapia (GT) é uma prática clínica da Psicologia que tem como objetivo a busca
da congruência entre os pensamentos, os sentimentos e as ações, estando toda a utilização de suas
técnicas subordinada a tal objetivo.
Suas bases filosóficas são Humanismo, o Existencialismo e a Fenomenologia.
As principais influências teóricas são: a Psicologia da Gestalt; a teoria de campo de Kurt
Lewin e a teoria organísmica de Kurt Goldstein.
A GT enfatiza os aspectos conscientes e a experiência no presente do indivíduo.
Nessa abordagem, todo e qualquer objeto de investigação deve ser analisado dentro de uma
relação figura-fundo ou parte-todo.
Atualmente, chama-se de abordagem gestáltica à utilização dos princípios da GT em outras
áreas da Psicologia, além da clínica.
BIBLIOGRAFIA:
3 - KIYAN Ana Maria, M. E a Gestalt emerge. Editora Altana, São Paulo, 2001.