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conquistar
jornal.puc-campinas.edu.br/universalizacao-do-acesso-a-internet-o-longo-caminho-a-conquistar/
De lá para cá, o desenvolvimento das sociedades levou a ONU a incorporar novas questões.
Com a expansão da internet e das tecnologias de informação e comunicação na década de
1990, a perspectiva era da propagação do acesso à informação, ao conhecimento e aos
novos meios de comunicação numa velocidade nunca vista.
Infelizmente, a difusão dessa revolução não ocorreu de forma global, levando a ONU a
declarar, em 2011, o acesso à internet como direito básico.
Embora o acesso à internet venha crescendo nos últimos anos, ainda há milhares de
cidadãos desconectados mundo afora. Dados da União Internacional das Telecomunicações
(UIT – agência da ONU para tecnologias da comunicação e informação) mostram que no
início de 2015, dos mais de sete bilhões de habitantes do nosso planeta, pouco mais de três
bilhões acessavam a internet.
Uma tentativa do governo brasileiro de garantir o acesso à internet como direito básico está
na promulgação do Marco Civil da Internet em abril de 2014. Fundamentado no respeito à
liberdade de expressão, também dispõe sobre as responsabilidades do poder público
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quanto aos investimentos para assegurar o acesso e uso das tecnologias no país, visando
reduzir as desigualdades regionais.
No mesmo ano da publicação do Marco Civil, dados da UIT apontavam 57,6% da população
brasileira conectada, deixando o país na 80ª posição no mundo. Embora em comparação a
países mais pobres esse percentual seja elevado (em muitos países da África não passa de
2%), não podemos perder de vista que dada a importância da internet nos dias atuais, deixar
mais de 42% da população desconectada mostra o quanto ainda é longo o caminho a se
conquistar.
Profª Drª Camilla Marcondes Massaro – Professora do curso de Ciências Sociais da PUC-
Campinas.
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