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Disciplina: Direito Civil

Professor: Christiano Cassettari


Aula: 59 | Data: 26/04/2019

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

CONTRATOS EM ESPÉCIE
1. Contrato de compra e venda

CONTRATOS EM ESPÉCIE

1. Contrato de compra e venda

Efeitos da compra e venda:


(i) Risco (de perecimento): “res perit domino” – o risco na compra e venda que tem o dever da coisa e do
preço. Ou seja, o risco de perecimento das coisas até a tradição é do vendedor, já o risco do
perecimento do preço até a tradição é do comprador. Trata-se de perecimento sem culpa. Exemplo de
perecimento de preço: assalto enquanto vendedor está contando o dinheiro. Enquanto a conferência
do dinheiro não é finalizada, não há tradição e há perecimento para o comprador.

INCOTERMS: são as cláusulas da compra e venda internacional, onde se pactua a responsabilidade pelo risco da
coisa. Ex.: FOB – free on board.

(ii) Despesas: de tradição e de escritura e registro. O art. 490 do CC autoriza a divisão das despesas. Na
omissão contratual, a despesa de tradição é do vendedor – ex.: frete. As despesas de escritura e registro
são do comprador.

Restrições à compra e venda:


(a) Venda de ascendente para descendente: Relembre-se que a linha reta do Direito de Família pode ser
ascendente (pra cima) ou descendente (para baixo) e ela é infinita. Logo, a restrição não é só para pai e
filho, mas também avô-neto, bisavô-bisneto etc. A restrição se justifica pelo temor de que um ascendente
favoreça um descendente pela compra e venda. Ex.: burlando a restrição da doação – simulação ou até
mesmo vendendo para um dos descendentes o melhor imóvel por um baixo preço (venda por preço vil). O
art. 496 estabelece a restrição: “venda de ascendentes para descendentes precisa ser autorizada pelos
demais descendentes e pelo cônjuge do alienante”. O STF julgou inconstitucional o art. 1.790 do CC que
tratava da sucessão do companheiro. A ideia foi de equiparar o direito sucessório do companheiro ao do

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CARREIRAS JURÍDICAS
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cônjuge. Deveria ser aplicado o art. 1.829 a ambos. Foi estabelecida igualdade sucessória entre cônjuge e
companheiro. Se assim é, a compra e venda também deve ser autorizada pelo companheiro do alienante,
pois como pode concorrer com os descendentes, pode ser prejudicado.

Quem são os demais descendentes?

Ex.: uma pessoa possui filhos, netos e bisnetos. De quem ela precisará de autorização? A preocupação é a questão
sucessória, logo, deve-se aplicar analogicamente regra sucessória: o de grau mais próximo exclui o de grau mais
remoto. Os descendentes que devem autorizar são os de grau mais próximo. Na hipótese de um dos filhos ser pré-
morto com herdeiros (netos), a autorização deve só ocorrer pelos herdeiros do pré-morto, pois herdariam por
representação.

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