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CAPÍTULO 1
FORMAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS E O PROCESSO DA INDEPENDÊNCIA
AMERICANA
Nesse contexto as 13 colônias inglesas foram pioneiras em
contestar o domínio europeu, promovendo uma guerra contra a maior
potência da época: a Inglaterra. Com o sucesso da Revolução Americana
das 13 colônias as outras áreas do continente iniciam seus processos de
libertação colonial, fazendo com que grande parte do continente se visse
livre do jugo político do Velho Mundo até o final do primeiro quartel do século
XIX.
Colonização diferenciada no período colonial, quando as Treze Colônias tiveram mais autonomia do que
o restante de nosso continente;
Desenvolvimento do Comércio Triangular, que permitiu às 13 Colônias o crescimento comercial e
econômico;
Desenvolvimento da Revolução Industrial na Inglaterra, que passava a buscar mercados consumidores e
via nas 13 Colônias uma boa possibilidade.
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A Revolução Industrial: com o advento da Indústria na Inglaterra, este país buscava maiores
mercados consumidores. Um mercado desenvolvido e propício eram as próprias colônias.
A Guerra dos Sete Anos (1756-63): Conflito que envolveu várias nações europeias e opôs França e
Inglaterra em disputa por possessões coloniais. A Inglaterra venceu a guerra e recebeu o Canadá, as
Antilhas, o Vale do Ohio e parte da Luisiana. Para sanar as dívidas contraídas com a guerra, a Inglaterra
criou novos e pesados tributos sobre as colônias.
A Guerra
Inicialmente as 13 colônias lutaram sozinhas contra a Inglaterra, conseguindo consideráveis
vitórias. A partir de 1777, França e Espanha, interessadas em acabar com o poderio inglês, se aliaram
na luta ao lado das colônias. Em 1781, os ingleses tiveram seu último exército em terras americanas
derrotado. Em 1783, com o Tratado de Versalhes (ou Tratado de Paris), a Inglaterra reconhecia a
independência das 13 colônias.
concessões. No caso norte americano o grande destaque foi a manutenção da escravidão, que
contrastava com o fato de os EUA serem considerados a “primeira democracia moderna”. O entrave
escravista seria apenas removido à época da Guerra de Secessão, em 1865.
“Quando, no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário um povo dissolver laços políticos que o
ligavam a outro, e assumir, entre os poderes da Terra, posição igual e separada, a que lhe dão direito as leis da
natureza e as do Deus da natureza, o respeito digno às opiniões dos homens exige que se declarem as causas
que os levam a essa separação.
Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens foram criados iguais, foram
dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da
felicidade.
Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes
do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins,
cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e
organizando lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar lhe a segurança e a
felicidade. Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por
motivos leves e passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais
dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas a que se
acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo
objeto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de
abolir tais governos e instituir novos-Guardas para sua futura segurança. Tal tem sido o sofrimento paciente
destas colônias e tal agora a necessidade que as força a alterar os sistemas anteriores de governo. A história
do atual Rei da Grã-Bretanha compõe-se de repetidos danos e usurpações, tendo todos por objetivo direto o
estabelecimento da tirania absoluta sobre estes Estados. Para prová-lo, permitam-nos submeter os fatos a um
cândido mundo”.
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ATIVIDADES
1. (Puccamp) As ordens já são mandadas, já se apressam os meirinhos. Entram por salas e alcovas,
relatam roupas e livros:
(...)
Compêndios e dicionários, e tratados eruditos sobre povos, sobre reinos, sobre invenções e Concílios...
E as sugestões perigosas da França e Estados Unidos, Mably, Voltaire e outros tantos, que são todos
libertinos...
(Cecília Meireles, Romance XLVII ou Dos sequestros. "Romanceiro da
Inconfidência")
A Independência dos Estados Unidos teve grande repercussão no século XVIII porque
I. pela primeira vez princípios iluministas foram incorporados a uma Constituição contribuindo para
acelerar a derrocada do Antigo Regime.
II. instituiu oficialmente a República Federativa Presidencialista, a divisão em três poderes e a abolição
da escravidão.
III. significou a primeira emancipação de uma colônia no Continente Americano, servindo de modelo para
outras lutas por independência.
IV. disseminou a postura anticolonialista ao se configurar como um movimento pacífico que contou com
o apoio da França e da Espanha.
2. (Ufrgs) A partir da segunda metade do século XVIII, o chamado antigo sistema colonial, baseado nas
práticas e nos princípios mercantilistas, enfrentou uma profunda crise. Desta crise resultou um conjunto
de movimentos de independência nas áreas coloniais da América Latina. Considere os seguintes
elementos.
I - A Revolução Industrial na Inglaterra.
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4. (Mg) Uma forma de arrecadação de imposto e de censura foi imposta pela metrópole inglesa aos
colonos das Treze Colônias, em 1765, através da(s): a) leis denominadas, pelos colonos, intoleráveis;
b) Lei do Selo;
c) Lei Townshend;
d) criação de um tribunal metropolitano de averiguação de preços e documentos na colônia.
e) permissão de circulação exclusiva de jornais ingleses metropolitanos.
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5. (Fgv) As disputas entre França e Inglaterra mantiveram-se fora do continente europeu. A Guerra dos
Sete Anos (1756-1763) é um desses momentos que teve por origem a(s):
a) solução para o impasse do trono irlandês sob tutela de Elizabeth I desde a morte de
Mary Stuart desaprovada pelo governo francês;
b) áreas na América do Sul - as Guianas;
c) intolerância religiosa praticada pelos colonos ingleses;
d) autonomia das Treze Colônias Inglesas não reconhecida pela França;
e) áreas na América do Norte, principalmente a leste do Mississipi.
CAPÍTULO 2
A REVOLUÇÃO FRANCESA
As instituições feudais do Antigo Regime iam sendo superadas à medida que a burguesia, a partir
do século XVIII, consolidava cada vez mais seu poder econômico.
O descontentamento era geral, todos achavam que essa situação não podia continuar.
Entretanto, um movimento iniciado há alguns anos, por um grupo de intelectuais franceses, parecia ter a
resposta. Esse movimento criticava e questionava o regime absolutista. Eram os iluministas, que achavam
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que a única maneira possível de a França se adiantar em relação à Inglaterra era passar o poder político
para as mãos da nova classe, isto é, a burguesia (comerciantes, industriais, banqueiros). Era preciso
destituir a nobreza que, representada pelo Rei, se mantinha no poder.
A monarquia absoluta que, antes, tantos benefícios havia trazido para o desenvolvimento do
comércio e da burguesia francesa, agora era um empecilho. As leis mercantilistas impediam que se
vendessem mercadorias livremente. Os grêmios de ofício impediam que se desenvolvessem processos
mais rápidos de fabricação de mercadorias. Enfim, a monarquia absoluta era um obstáculo, impedindo a
modernização da França. Esse obstáculo precisava ser removido. E o foi pela revolução.
Um comerciante, para transportar suas mercadorias de um lado para outro do país, teria que
passar pelas barreiras alfandegárias das propriedades feudais, pagando altíssimos impostos, o que
impedia os comerciantes de venderem livremente suas mercadorias.
Para piorar a situação, parece que até a natureza ajudou a revolução: entre os anos de 1784 a
1785 houve inundações e secas alienadamente, fazendo com que os preços dos produtos ora subissem,
não dando condições para que os pobres comprassem, ora descessem, levando alguns pequenos
proprietários à falência.
A situação da indústria francesa não era melhor, pois parte dela ainda estava sob o sistema rural
e doméstico, e as corporações (grêmios) impediam o desenvolvimento de novas técnicas. Como se não
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bastasse, o governo francês assinou o seguinte tratado com o governo inglês: os franceses venderiam
vinhos para os ingleses, e estes venderiam panos para os franceses, sem pagar impostos, o que levou
as manufaturas francesas a não suportarem a concorrência dos tecidos ingleses, entrando numa grave
crise.
A sociedade
A sociedade francesa, na época, estava dividida em três partes, conhecidas como Estados:
• Primeiro Estado - era o clero francês e estava dividido em alto e baixo. O alto clero era composto por
elementos vindos das ricas famílias da nobreza, possuindo toda a sorte de privilégios, inclusive o de não
pagar impostos. O baixo clero era o pobre, estando ligado ao povo em geral e não à nobreza, como o
primeiro.
• Segundo Estado - era a nobreza em geral. Os privilégios eram incontáveis, sendo que o mais
importante era a isenção de impostos. Ha que se salientar aqui que a nobreza também estava dividida: a
nobreza cortesã, que vivia no palácio, e outros setores da nobreza, que viviam na corte, recebendo
pensões do Rei, onerando os seus castelos, no campo, as custas do trabalho de seus servos. À medida
que a crise aumentava, essa nobreza que viviam no campo aumentava a pressão sobre seus servos,
favorecendo o clima de insatisfação.
• Terceiro Estado - era constituído de todos aqueles que não pertenciam nem
ao Primeiro nem ao Segundo Estado. Afinal, o que era o Terceiro Estado?
Era o setor da sociedade francesa composto pela maioria
esmagadora da população, sobre cujos ombros recaia todo o peso de
sustentação do reino francês. Esse setor era composto, na sua maioria, pelos
camponeses que, com um árduo trabalho, forneciam os alimentos para toda a
França, além de terem de pagar pesadíssimos impostos.
Finalmente, os membros mais destacados do Terceiro Estado, quanto a
liderança: a burguesia. Esta se dividia em pequenos burgueses (pequenos
comerciantes, artesãos), uma camada média (composta de lojistas, profissionais
liberais) e a alta burguesia (grandes banqueiros, comércio exterior).
O Terceiro Estado será aquele que, pelo peso das responsabilidades, se levantará contra a
opressão do Estado Absolutista. Os camponeses terão papel importante, os pobres das cidades
também, mas a liderança e os frutos dessa revolução caberão a uma fração do Terceiro Estado: a
burguesia.
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Os antecedentes da revolução
O Rei, diante dessa situação, tenta alguns expedientes para resolver a questão. Convidou um
iluminista de nome Neckerque começou a trabalhar imediatamente, pois queria ver sanado o mal do país.
Necker, um homem de confiança do Rei, que pensa numa solução para a crise, era preciso que todos
pagassem impostos na França.
Necker faz seu primeiro ato: manda publicar as contas do Estado, onde fica claro o enorme Déficit
de 126 milhões de libras Em seguida, com a anuência do Rei e da nobreza, convoca os Estados Gerais,
única solução encontrada para discutir uma saída.
Os Estados Gerais, uma assembleia de todos os Estados que desde 1614 não eram convocados,
deveriam discutir mais ou menos abertamente uma solução para a crise financeira e achar uma saída
para que todos pagassem impostos iguais. Todavia, o Terceiro Estado não pensava só nisso, mas
também em aproveitar a oportunidade e fazer exigências de caráter político.
A notícia da convocação dos Estados Gerais caiu como uma bomba sobre a França. Da noite
para o dia todo o país foi invadido por milhares de jornais, panfletos e cartazes. Os bares e os cafés
tornaram-se centro de agitação, como o famoso Café Procope. A nobreza e o Rei viam isso tudo
apavorados:
“Já se propõe a supressão dos direitos feudais... Vossa Majestade estaria acaso
determinado a sacrificar e humilhar sua brava e antiga ... nobreza?”; este era um
desesperado apelo da nobreza ao Rei.
O Terceiro Estado reagiu prontamente, exigindo a qualquer custo que as reuniões fossem
conjuntas e não separadamente por Estados. Diante da negação, o Terceiro Estado proclama-se em
Assembleia Geral Nacional. O Rei, desesperado diante do atrevimento dos representantes populares,
manda fechar a saia de reuniões. Mas o
Terceiro Estado não se dá por vencido e seus deputados se dirigem para um salão que a nobreza utilizava
para jogos. Lá mesmo fizeram uma reunião, onde ficou estabelecido que permaneceriam reunidos até
que a França tivesse uma Constituição. Esse ato ficou conhecido com o nome de O Juramento do Jogo
de Pela.
A burguesia francesa, por sua vez, apelou para o povo. No dia 14 de julho de 1789, toda a
população parisiense avança, num movimento nunca visto, para a Bastilha, a
prisão política da época, onde o responsável pela prisão foi preso e enforcado.
A burguesia, preocupada em estabelecer as bases teóricas de sua revolução, fez aprovar, no dia
26 de agosto do mesmo ano, um documento que se tornou mundialmente famoso: A Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão.
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O processo revolucionário
1o Fase - Assembleia Nacional Constituinte
Um dos atos mais importantes da Assembleia foi o confisco dos bens do clero francês, que
seriam usados como uma espécie de lastro para os bônus emitidos para superar a crise financeira. Parte
do clero reage e começa a se organizar
Como resposta, a Assembleia decreta a Constituição Civil do Clero, isto é, o clero passa a ser
funcionário do Estado, e qualquer gesto de rebeldia levara a prisão.
A situação estava muito confusa. A Assembleia não conseguia manter a disciplina e controlar o
caos econômico. O Rei entra em contato com os emigrados no exterior (principalmente na Prússia e na
Áustria) e começam a conspirar para invadir a França, derrubar o governo revolucionário e restaurar o
absolutismo.
Para organizar a contrarrevolução, o monarca foge da França para a Prússia, mas no caminho e
reconhecido por camponeses, é preso e enviado à Paris. Na capital, os setores mais moderados da
Assembleia conseguiram que o Rei permanecesse em seu posto.
A partir daí uma grande agitação tem início, pois seria votada e aprovada a Constituição de 1791. Esta
constituição estabelecia, na França, a Monarquia Parlamentar, ou seja, o Rei ficaria limitado pela
atuação do poder legislativo (Parlamento).
Neste poder legislativo era escolhido através do voto censitário e isso equivalia dizer que o poder
continuava nas mãos de uma minoria, de uma parte privilegiada da burguesia. Resumindo, o que temos
é uma Monarquia Parlamentar dominada pela alta burguesia e pela aristocracia liberal, liderada, por
exemplo, pelo famoso La Fayette, é o total afastamento do povo francês.
Os setores populares estavam descontentes, porque continuavam ainda sob o despotismo, não
o da monarquia absoluta, mas o despotismo dos homens do dinheiro, setores tradicionais da nobreza e
do clero conspiravam, com a anuência do Rei, para tentar restaurar o antigo regime.
constitucionalistas, defensores da alta burguesia e a nobreza liberal, grupo que mais tarde ficará
conhecido pelo nome de planície; à direita, ficava um grupo que mais tarde ficará conhecido como
Girondinos, defensores dos interesses da burguesia francesa e que temiam a radicalização da
revolução; na extrema direita, encontram-se alguns remanescentes da aristocracia que ainda não
emigrara, conhecidos pelo nome de negros ou aristocratas, que pretendiam a restauração do poder
absoluto.
Quanto a situação externa, o clima era de total apreensão. As monarquias absolutas vizinhas
olhavam para o que estava acontecendo na França com grande temor. Tanto é verdade, que alguns
elementos emigrados da nobreza francesa pretendiam que países como a Áustria e a Prússia iniciassem
imediatamente uma guerra contra a França. A Assembleia Legislativa, sabedor dessa situação,
raciocinava da seguinte forma: ou expandimos o ideal revolucionário para esses países ou, então, a
França Revolucionaria ver-se-á isolada e condenada ao fracasso. Daí a Assembleia também pensar na
guerra.
Luís XVI exultava, pois esperava que os exércitos franceses fossem derrotados para que ele pudesse
voltar ao poder como Rei absoluto; dessa forma, o Rei e a Rainha, a famosa Maria Antonieta, entram em
contato com os inimigos, passando-lhes segredos de guerra.
Na assembleia, Robespierre denuncia a traição do Rei e dos generais ligados a ele, que também
estavam interessados na derrota da França Revolucionaria. Num discurso aos jacobinos, Robespierre
dizia:
“Não! Eu não me fio nos generais e, fazendo exceções honrosas, digo que quase todos
têm saudades da velha ordem, dos favores de que dispõe a Corte. Só confio no povo,
unicamente o povo.”
Nas ruas de Paris e das grandes cidades, os sans culottes (maneira como os pobres das cidades
se identificavam) se agitavam pedindo a prisão dos responsáveis pelas derrotas da França diante dos
exércitos austríacos e prussianos.
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À direita, o grupo dos girondinos defendendo os interesses da burguesia, que nesse momento
estava dominando a Convenção.
No centro, o grupo da planície (ou pântano), defendendo os interesses da burguesia financeira,
mas tendo uma atitude oportunista dizia-se estar do lado de quem estava no poder.
À esquerda e no alto, a montanha (jacobinos), defensores dos interesses da burguesia e do
povo.
O que fazer com o Rei? Os girondinos queriam mantê-lo vivo, pois temiam que sua execução
fizesse com que o povo quisesse mais reformas, o que ia contra seus interesses. Os jacobinos queriam
que o Rei fosse julgado e executado como traidor da pátria. A proposta jacobina saiu vencedora e o Rei
foi executado. Os jacobinos tornavam-se cada vez mais populares e eram apoiados pelos sans culottes.
Por sua vez, os exércitos franceses aproveitavam suas vitorias para propagar os ideais da
revolução, e os países de governos absolutistas se sentiam cada vez mais sujeitos à propaganda liberal.
O novo governo revolucionário francês fez reformas de vários níveis, mas todas elas
extremamente moderadas, de tal forma que não questionassem o poder dos girondinos.
Entretanto, os girondinos no poder viam na guerra uma forma de aumentarem suas fortunas e, por isso,
quanto mais altos os preços dos produtos (alimentos, roupas), melhor para eles. Na verdade, eram eles
que os vendiam e quem os comprava era o povo que, em sua extrema pobreza, não podia comprar
mercadorias caras. E nessa contradição que vamos entender o porquê da queda do governo da
Convenção dos jacobinos.
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Os sans culottes, nas ruas de Paris, exigiam reformas, controle dos preços, mercadorias
baratas, salários altos, e os girondinos exigiam exatamente o contrário. Nesse momento, os jacobinos
(montanheses) começam a liderar as reivindicações e conseguem que se forme a Comissão de
Salvação Publica, tendo por obrigação controlar os preços e denunciar os abusos feitos pelos altos
comerciantes girondinos.
A agitação aumenta, os girondinos ficam cada vez mais temerosos diante das manifestações dos
sans culottes. Aumentando a crise, uma região inteira da França, chamada Vendéia, instigada pelo clero
e pelos ingleses, levanta-se num movimento contrarrevolucionário.
Entre maio e junho de 1793, o povo se levanta em Paris, cerca o prédio da Convenção e exige a prisão
dos Deputados traidores, isto é, dos girondinos. Os jacobinos (montanheses) aproveitaram as
manifestações de apoio dos sans culottes e depuseram os girondinos, instaurando um novo governo.
Reformas imediatas são feitas: a principal foi a redistribuição da propriedade, surgindo condições
para o aparecimento de três milhões de pequenas propriedades na França. As reformas atingem até
mesmo o calendário oficial, que adquire características marcadas e anticlericais e passa a basear-se
nos fenômenos da natureza. Por exemplo, o mês do calor (julho, na Europa) transforma-se no mês do
Termidor; dezembro, o mês das neves (inverno), transforma-se no Nevoso.
Robespierre tenta, com alguma habilidade inicial, manter-se no centro para governar. Aos poucos
começa a atacar seus aliados da esquerda: foram presos e executados elementos como Hebert e
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Jacques Roux. Com a liquidação dos elementos de extrema esquerda, Robespierre não pode contar
com um apoio seguro dos sans culottes. Quer, a todo custo manter-se no meio da esquerda,
incorruptivelmente. Golpeia depois seus companheiros que tinham uma posição mais próxima da direita
moderada; como exemplo, temos a execução de Danton.
Robespierre, durante a ditadura dos jacobinos, consegue uma série de êxitos: liquida a
contrarrevolução da Vendeia e obtém várias vitórias contra os inimigos externos da revolução (entre esses
inimigos, contava-se não só a Prússia e a Áustria, mas também a poderosa Inglaterra); acelera os
processos do segundo terror, que executa, na guilhotina, vários contrarrevolucionários.
Mas o problema persistia. Robespierre tomava algumas medidas que, ao povo, pareciam
antipopulares, e outras, que desagradavam a burguesia (como, por exemplo, o fato de não haver
liberdade de comércio). Conspirava-se. A alta burguesia financeira, que na sua posição oportunista dentro
do partido da planície, conseguiu sobreviver ao período do terror, conspirava contra o governo jacobino.
Robespierre apela para os sans culottes, a fim de salvar seu governo. Mas onde estavam os líderes que
podiam mobilizá-los? Todos executados. O governo jacobino estava só.
Aos poucos, o partido da planície vai dominando a situação, e uma das primeiras medidas foi
executar Robespierre e todos os seus adeptos, sem ao menos julgá-los. A guilhotina funcionou sem parar:
todos os elementos que poderiam exercer alguma liderança junto ao povo eram sumariamente
executados. Jovens de famílias ricas organizavam-se em bandos para perseguir todos aqueles que eram
considerados suspeitos de atividades revolucionarias.
Que estava fazendo esse movimento antipopular? “Financistas, banqueiros, municiona dores,
agiotas contidos antes pelo Terror voltaram à preeminência, enquanto os nobres, os grandes burgueses
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O novo governo apressa-se em tomar uma série de medidas para salvaguardar seus interesses:
restaura a escravidão nas colônias (havia sido abolida anteriormente), acaba com a Lei do Máximo, que
regulava os preços das mercadorias,(agora, poder-se-ia vender as mercadorias a preços os mais altos
possíveis), e proíbe que se cante nas ruas a Marselhesa, o hino da revolução.
4o fase - O Diretório
Em setembro de 1795, prepara-se a nova Constituição. A Convenção Revolucionaria
desaparecia e cedia lugar a um tipo de governo exercido por um Diretório, composto por cinco membros
representando o poder executivo, e duas Câmaras; uma delas era o Conselho dos Anciãos, e a outra, o
Conselho dos Quinhentos, ambos representando o poder legislativo. O governo do Diretório suprimiu o
voto universal, implementado pela Convenção e restabeleceu o voto censitário. Isto significa que todos
os esforços feitos pela maioria do povo francês foram aproveitados pelas novas classes ricas.
Alguns antigos militantes jacobinos, liderados por Gracus Babeuf, exprimiam suas insatisfações
no jornal A Tribuna do Povo, de propriedade do líder. Esse jornal clamava pela volta da Constituição
de 1793 e pelo fim dos privilégios. Pedia também que o que fora proposto na Declaração dos Direitos do
Homem não continuasse só no papel, como até então. Babeuf começa a conspirar e a organizar uma
grande rebelião popular para tomar o poder e estabelecer uma sociedade mais justa e sem privilégios.
Mas, um dos seus agentes militares denunciou a Conjuração dos Iguais (movimento assim
conhecido). No dia l0 de maio de 1796, imediatamente, Babeuf e seu companheiro Buonarotti foram
presos. Depois de um ano, Babeuf foi condenado à morte pela guilhotina. Esta tentativa de estabelecer
um governo popular na França foi violentamente reprimida pelas altas classes enriquecidas.
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ATIVIDADES
2) A Revolução Francesa representou um marco da história ocidental pelo caráter de ruptura em relação
ao Antigo Regime. Dentre as características da crise do Antigo Regime, na França, está
(a) a crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado pela burguesia contra os privilégios do clero e
da nobreza.
(b) o desequilíbrio econômico da França, decorrente da Revolução Industrial.
(c) a retomada da expansão comercial francesa, liderada por Colbert.
(d) o apoio da monarquia às sucessivas rebeliões camponesas contrárias à nobreza.
3) Observe a imagem:
A charge acima retrata que
(a) havia privilégio para o Terceiro Estado.
(b) o Terceiro Estado sustentava todos os privilégios da
Nobreza e do alto Clero.
(c) o Primeiro e Segundo Estados se preocupavam com o
bem-estar do Terceiro Estado
(d) os impostos eram pagos pela nobreza, deixando isento
o clero e a burguesia
5) Observe a imagem:
Um dos fatos históricos mais importantes e tida como o início da
Revolução Francesa, retratado na imagem, foi
(a) a decretação de leis que garantiam igualdade de direitos na
França em 1789.
(b) a união do clero e da burguesia em prol da derrubada da
monarquia e implantação da República.
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(c) a Queda da Bastilha (principal prisão política da monarquia francesa) em 14 de julho de 1789.
(d) o apoio de Napoleão Bonaparte ao governo do monarca Luís XVI.
6) No período antecedente à Revolução Francesa, uma das classes sociais era o clero, que se
apresentava
(a) como uma classe homogeneamente em oposição à monarquia absoluta, em nome dos direitos
humanos.
(b) dividido em um clero alto e rico, comprometido com a monarquia absoluta e um baixo clero pobre.
(c) cindido em um segmento alto, de oposição ao governo absoluto e um segmento baixo, que o apoiava.
(d) dividido em relação ao poder absoluto, mas à margem dos privilégios do Antigo Regime.
CAPÍTULO 3
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Usamos essa expressão para nos referirmos a todas
as mudanças no trabalho industrial, que se deram a partir dos
meados do século XVIII. A mais importante dessas
alterações, ocorridas em primeiro lugar na Grã-Bretanha, foi
a invenção de máquinas que produziam muito mais que o
trabalho manual. As primeiras foram as máquinas de fiação e
tecelagem. Homens, mulheres e até mesmo crianças
trabalhavam nas novas fábricas, onde grande parte das
máquinas funcionavam, a princípio, pela força hidráulica,
passando depois a ser movida a vapor. Newcomen inventou
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Surgiram então, no séc. XIX, as estradas de ferro, que facilitaram muito o transporte dos produtos
manufaturados, tomando-os mais baratos. A invenção dos autoformo desenvolveu muito as indústrias de
ferro e aço. A população das cidades aumentou demais: um número cada vez maior de pessoas deixava
o campo para trabalhar nas fábricas. O povo sofreu bastante com os vários problemas ligados a salários
e condições de vida, tendo a Grã-Bretanha que importar cada vez mais gêneros alimentícios para suprir
sua população sempre crescente.
A explosão tecnológica conheceu um ritmo ainda mais frenético com a energia elétrica e os
motores a combustão interna. A energia elétrica aplicada aos motores, a partir do desenvolvimento do
dínamo, deu um novo impulso indústria l. Movimentar máquinas, iluminar ruas e residências, impulsionar
bondes. Os meios de transporte se sofisticam com navios mais velozes. Hidrelétricas aumentavam, o
telefone dava novos contornos à comunicação (Bell/1876), o rádio (Curie e Sklodowska/1898), o telégrafo
sem fio (Marconi/1895), o primeiro cinematógrafo (irmãos Lumière/1894) eram sinais evidentes da nova
era industrial consolidada. E, não podemos deixar de lado, a invenção do automóvel movido à gasolina
(Daimler e Benz/1885) que geraria tantas mudanças no modo de vida das grandes cidades. O motor à
diesel (Diesel/1897) e os dirigíveis aéreos revolucionavam os limites da imaginação criativa e a tecnologia
avançava a passos largos.
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A indústria química também se tornou um importante setor de ponta no campo fabril. A obtenção
de matérias primas sintéticas a partir dos subprodutos do carvão- nitrogênio e fosfatos. Corantes,
fertilizantes, plásticos, explosivos, etc. Entrava-se no século XX com a visão de universo totalmente
transformada pelas possibilidades que se apresentavam pelo avanço tecnológico.
Etapas da industrialização
O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o
renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios
de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão
realizava todas as etapas da produção.
O pioneirismo inglês
Na base do processo, está a Revolução Inglesa do século XVII. Depois de vencer a monarquia,
a burguesia conquistou os mercados mundiais e transformou a estrutura agrária. Os ingleses avançaram
sobre esses mercados por meios pacíficos ou militares. A hegemonia naval lhes dava o controle dos
mares. Era o mercado que comandava o ritmo da produção, ao contrário do que aconteceria depois, nos
países já industrializados, quando a produção criaria seu próprio mercado.
Até a segunda metade do século XVIII, a grande indústria inglesa era a tecelagem de lã.
Mas a primeira a mecanizar-se foi a do algodão, feito com matéria-prima colonial (Estados Unidos, Índia
e Brasil). Tecido leve, ajustava-se aos mercados tropicais; 90% da produção ia para o exterior e isto
representava metade de toda a exportação inglesa, portanto é possível perceber o papel determinante
do mercado externo, principalmente colonial, na arrancada industrial da Inglaterra. As colônias
contribuíam com matéria-prima, capitais e consumo.
Mecanização da Produção
Para alguns historiadores, a Revolução Industrial começa em 1733 com a invenção da lançadeira
volante, por John Kay. O instrumento, adaptado aos teares manuais, aumentou a capacidade de tecer;
até ali, o tecelão só podia fazer um tecido da largura de seus braços. A invenção provocou desequilíbrio,
pois começaram a faltar fios, produzidos na roca. Em 1767, James Hargreaves inventou a spinning jenny,
que permitia ao artesão fiar de uma só vez até oitenta fios, mas eram finos e quebradiços. A water frame
de Richard Arkwright, movida a água, era econômica, mas produzia fios grossos. Em 1779, S Samuel
Crompton combinou as duas máquinas numa só, a mule, conseguindo fios finos e resistentes. Mas agora
sobravam fios, desequilíbrio corrigido em 1785, quando Edmond Cartwright inventou o tear mecânico.
Cada problema surgido exigia nova invenção. Para mover o tear mecânico, era necessária uma
energia motriz mais constante que a hidráulica, à base de rodas d’água. James Watt, aperfeiçoando a
máquina a vapor, chegou à máquina de movimento duplo, com biela e manivela, que transformava o
movimento linear do pistão em movimento circular, adaptando-se ao tear.
Para aumentar a resistência das máquinas, a madeira das peças foi substituída por metal, o que estimulou
o avanço da siderurgia. Nos Estados Unidos, Eli Whitney inventou o descaroçador de algodão.
Revolução Social
Uma das primeiras manifestações da Revolução foi o desenvolvimento urbano. Londres chegou
ao milhão de habitantes em 1800. O progresso deslocou-se para o norte; centros como Manchester
abrigavam massas de trabalhadores, em condições miseráveis. Os artesãos, acostumados a controlar o
ritmo de seu trabalho, agora tinham de submeter-se à disciplina da fábrica. Passaram a sofrer a
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A situação difícil dos camponeses e artesãos, ainda por cima estimulados por ideias vindas da
Revolução Francesa, levou as classes dominantes a criar a Lei Speenhamland, que garantia subsistência
mínima ao homem incapaz de se sustentar por não ter trabalho. Um imposto pago por toda a comunidade
custeava tais despesas.
PIONEIRISMO INGLÊS
1) Políticos:
Parlamentarismo: Desde 1688 foi instalado na Inglaterra o sistema parlamentarista de governo, que
abriu espaço para a ação da burguesia, dando fim ao Absolutismo Monárquico.
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2) Econômicos:
Reservas Minerais de carvão e ferro: a Inglaterra encontrava em seu território reservas abundantes
de carvão e ferro, matérias-primas essenciais para a primeira fase da Revolução Industrial.
3) Geográficos: A Inglaterra estava afastada, no sentido territorial, da maioria dos grandes conflitos
europeus, tendo, por isso, um desenvolvimento interno melhorado. Facilidade de transporte naval interno
e internacional.
Este movimento não obteve sucesso imediato, sendo que apenas no final do século XIX algumas de
suas reivindicações seriam atendidas.
A energia elétrica está para a segunda revolução industrial assim como a máquina a vapor
esteve para a primeira e com a luz elétrica as taxas de lucratividade foram elevadas, permitindo o
acelerado crescimento industrial. Motores e máquinas menores e toda a parafernália eletrônica
subsequente permitiram o desenvolvimento de um grande número de utilidades domésticas, que
seriam os bens de consumo duráveis que, juntamente com o automóvel, constituem os maiores
símbolos da sociedade moderna.
Uma segunda concepção teórica, conhecida como fordismo, acelera o conceito de produto
único de forma a intensificar as possibilidades de economia de escala no processo de montagem e se
obter preços mais baixos. Com seu tradicional exemplo do Ford T, ao se valer da moderna tecnologia
eletromecânica, ele desenvolve peças intercambiáveis de alta precisão que elimina a necessidade de
ajustamento e, consequentemente do próprio mecânico ajustador. Sem a necessidade de ajuste, a
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Por fim, com a expansão das escalas e dos ritmos de produção, o avanço da mecanização
em sistemas dedicados se intensificará também nas unidades fornecedoras de peças, assim como
nos fabricantes de matérias-primas e insumos.
ATIVIDADES
1. (Enem 2001)
“... Um operário desenrola o arame, o outro o endireita, um terceiro corta, um quarto o afia nas pontas
para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer a cabeça do alfinete requerem-se 3 ou 4 operações
diferentes; ...” (SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Investigação sobre a sua Natureza e suas
Causas. Vol. I. São Paulo: Nova Cultural, 1985. Jornal do Brasil, 19 de fevereiro de1997.)
III. Ambos contêm a ideia de que o produto da atividade industrial não depende do conhecimento
de todo o processo por parte do operário.
2. (Enem 2009) A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia uma
acentuada perda de prestígio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões temporários,
passaram a ser denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais. Exceto em alguns
ramos especializados, os velhos artesãos foram colocados lado a lado com novos imigrantes,
enquanto pequenos fazendeiros-tecelões abandonaram suas pequenas propriedades para se
concentrar na atividade de tecer. Reduzidos à completa dependência dos teares mecanizados ou dos
fornecedores de matéria-prima, os tecelões ficaram expostos a sucessivas reduções dos rendimentos.
THOMPSON, E. P. The making of the english working class. Harmondsworth: Penguin Books, 1979
(adaptado).
Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a forma de trabalhar alterou-se
porque
e) os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesãos nas
fábricas.
3. (Enem 2010) A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, tudo se transformava em lucro. As cidades
tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa,
sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-fornos eram
como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder.
4. (Enem 2012)
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Na imagem do início do século XX, identifica-se um modelo produtivo cuja forma de organização fabril
baseava-se na a) autonomia do produtor direto.
5. ( Enem 2013) Na produção social que os homens realizam, eles entram em determinadas relações
indispensáveis e independentes de sua vontade; tais relações de produção correspondem a um
estágio definido de desenvolvimento das suas forças materiais de produção. A totalidade dessas
relações constitui a estrutura econômica da sociedade — fundamento real, sobre o qual se erguem as
superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de consciência
social.
MARX, K. Prefácio à Crítica da economia política. In: MARX, K.; ENGELS, F.Textos 3. São Paulo: Edições Sociais, 1977 (adaptado).
Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no sistema capitalista faz com que
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