Os Direitos Humanos são direitos fundamentais da pessoa humana. Esses
direitos são considerados fundamentais porque, sem eles, a pessoa não é capaz de se desenvolver e de participar plenamente da vida. O direito à vida, à alimentação, à saúde, à moradia, à educação, o direito ao afeto e à livre expressão da sexualidade estão entre os Direitos Humanos fundamentais. Não existe um direito mais importante que o outro. A intenção nesta parte é de compreendermos a temática, a fim de possibilitar o apoio de toda sociedade por meio do entendimento do assunto e também de sua necessidade. Para esse entendimento, vejamos a contribuição da socióloga Maria Vitória Benevides (2000, p. 03), que nos define que os direitos humanos “[...] são aqueles direitos considerados fundamentais a todos os seres humanos, sem quaisquer distinções de sexo, nacionalidade, etnia, cor da pele, faixa etária, classe social, profissão, condição de saúde física e mental, opinião política, religião, nível de instrução e julgamento moral.”
Dessa forma, conscientizar a sociedade passa a ser de fundamental importância,
pois com isso provocamos e instigamos o povo no tocante às demandas atendidas por esse modelo de ensino. Isso se faz de grande valia, pois devemos levar em conta as diferenças de gênero étnicas, raciais e de religião e ter e mente que os pilares igualdade de oportunidades e condições devem estar disponíveis a todos os seres humanos, mas também a equidade de se ter conhecimento das diferenças para assim possibilitar uma inclusão de modo que respeite as particularidades de cada um, sejam elas intelectuais à financeiras. Isto nos faz refletir sobre a efetivação dos direitos humanos de forma democrática e como verdadeiramente um direito de todos.
A compreensão dos direitos humanos tem o intuito de efetivar o princípio da
alteridade, que significa compreender a alteridade como o exercício da capacidade de respeitar e reconhecer a cultura e os direitos do outro, colocando-se no lugar deste outro, a fim de melhor compreendê-lo, considerando que cada pessoa afeta e é afetada pelo contexto sociocultural, econômico, político e histórico, em que se encontra inserida.
“Cabe, então, considerar que a escola é um espaço privilegiado para oportunizar
situações de vivências e de aprendizagens, tanto pelo currículo formal em articulação com as atividades da jornada ampliada, por meio de oficinas, debates, palestras, sessões de cinema, exposição de cartazes e fotos, apresentação de peças teatrais, festivais de dança e grupos musicais, quanto por meio de visitas a diferentes espaços como feiras, museus, memorial da justiça, câmara de vereadores, assembleia legislativa, etc. Espaços que possibilitem pensar como os direitos humanos e, de forma singular, os direitos promulgados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – Lei 8069/1990, possam se tornar presentes na realidade de cada indivíduo, problematizando temas do nosso dia a dia como educação, saúde, alimentação, moradia, não violência, lazer, trabalho, cultura, esporte, transporte, etc., que possam tornar a vida a ser vivida mais digna e menos injusta.”
A escola é o local de maior socialização na infância e o ambiente que possui a
maior diversidade social, assim, trabalhar a educação e direitos humanos nesse contexto torna-se a melhor forma de trabalhar todos os preceitos trazidos de uma sociedade e fazer do aluno, futuro cidadão cumpridor de deveres e respeitador dos direitos, a entender que as diferenças existem sim e devem ser respeitadas, entendidas e nunca alvo de diminuição de qualquer que seja o âmbito.
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2006, caderno nº 2.