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ANUÁRIO PINI 2011
abril 2011

■ 61 reportagens técnicas
Orientações de compra e locação
COMPRA DE MATERIAIS LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS EXECUÇÃO PASSO-A-PASSo

■ Cuidados contratuais
■ Passo-a-passos de execução
Suplemento da revista Guia da Construção. Não pode ser comercializado separadamente

E mais de 260 notas de produtos e serviços


■ Acessórios e equipamentos elétricos ■ Aditivos e adições ■ Alojamentos ■ Andaimes ■ Aquecedores de água ■ Ar condicionado
■ Argamassas ■ Blocos de concreto ■ Cimento ■ Coberturas e subcoberturas ■ Contenções ■ Demolições ■ Drywall ■ Elevadores
■ Ensaios e testes ■ Esquadrias e portas ■ Estruturas metálicas ■ Fechaduras ■ Fios e cabos ■ Fôrmas e escoramentos ■ Fundação
■ Gruas e guindastes ■ Impermeabilização ■ Juntas ■ Metais sanitários ■ Pisos ■ Pré-fabricados de concreto ■ Reservatórios e caixas-d’água
■ Revestimento cerâmico e pastilhas ■ Saneamento ■ Telas para fissuras ■ Terraplenagem ■ Tubos e conexões ■ Vergalhões ■ Vidros
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SUMÁRIO
SUMÁRIO

uri adriano

C A RTA A O L E I T O R

O crescimento generalizado da indústria da construção civil


impõe uma série de desafios às áreas técnicas das empresas
construtoras, tais como qualificar mão de obra, lidar com oscilações
de preços, contornar gargalos de fornecimento, reduzir prazos e –
não fosse tudo isso – ainda enxugar custos. Somado a isso há
também a urgência das questões de sustentabilidade, seja por res-
ponsabilidade empresarial, exigências da legislação ou preferência
SUPRIMENTOS
dos consumidores, cada vez mais exigentes. Acomodar todas essas
Compra segura demandas não é fácil. E, se não existem fórmulas prontas, uma
Conheça os principais cuidados na coisa é certa: passam por um relacionamento de qualidade entre
hora de locar equipamentos, comprar contratantes e contratados, seja na compra de materiais, locação de
materiais e contratar serviços pág. 8 equipamentos ou contrata-
ção de serviços. Boas práti- Agora como uma
publicação independente
cas nessas áreas são essen- e complementar ao
VARIAÇÃO DE PREÇOS
ciais, dentre as quais se Guia da Construção
mensal, o Anuário PINI
16 > As variações de preços de oito insumos destacam a seleção adequa-
da Construção 2011
em 20 Estados brasileiros da de fornecedores, adoção
(...) tem como principal
de critérios técnicos para objetivo oferecer
AGENDA compra de materiais, defini- aos profissionais um
28 > Os dados dos principais eventos ção clara das responsabili- conjunto relevante de
da construção referências de materiais,
dades dos contratados e equipamentos e serviços
COMO CONSULTAR controle da execução dos
38 > Anuário PINI da Construção – Conheça os serviços. Agora como uma publicação independente e complemen-
principais conteúdos do Anuário e saiba tar ao Guia da Construção mensal, o Anuário PINI da Construção
como consultá-los 2011 se encaixa como uma luva nesse cenário, pois tem como
principal objetivo oferecer aos profissionais um conjunto relevante
ÍNDICE DE ANUNCIANTES
358 > A relação de anunciantes e as páginas de referências de materiais, equipamentos e serviços. Em resumo:
dos anúncios com contatos das empresas uma ferramenta perene para o necessário aprimoramento das rela-
ções entre compradores e fornecedores, sob parâmetros cada vez
ÍNDICE REMISSIVO mais sofisticados de desempenho, sustentabilidade e responsabili-
359 > Localize no Anuário as notas de materiais, dade técnica. Boa consulta!
máquinas e serviços
Gustavo Mendes
editor
Capa: Daniel Beneventi

ABRIL 2011 – anuário pini – 1

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SUPRIMENTOS

Compra segura
Os principais cuidados na hora de locar equipamentos,
comprar materiais e contratar serviços

A
compra de insumos para a constru-
ção civil é processo complexo e de im-
portância estratégica para o negócio
das empresas construtoras. O profissional
de suprimentos tem a responsabilidade de
aliar o menor custo à melhor solução de
engenharia possível, equilibrando variáveis
técnicas e comerciais que balizam a decisão
de compra. Seja na aquisição de materiais,
na locação de equipamentos ou na contrata-
ção de serviços terceirizados, a boa compra
começa sempre pela escolha do fornecedor.
Segundo o professor Eduardo Luis
uri adriano

Isatto, do Norie (Núcleo Orientado para


Inovação da Edificação) da UFRGS (Uni-
versidade Federal do Rio Grande do Sul),
na hora de qualificar os fornecedores, isto
é, inseri-los no cadastro da empresa com-
pradora reconhecendo-os como aptos para
o fornecimento de insumos, o mínimo a
ser exigido é o atendimento às normas
técnicas brasileiras. Além disso, a empresa
deve incluir nos requisitos outros itens que
julgar imprescindíveis, como questões re-
lacionadas à regularidade jurídica e fiscal e
a exigência de um acervo técnico mínimo.
Num segundo momento, na ocasião
de uma compra, as empresas qualificadas
serão comparadas entre si, adotando-se ou-
tros critérios adicionais, por exemplo, preço,
condições de pagamento, velocidade de for-
necimento etc. Para Gilbert Kenj, gerente de O atendimento às normas técnicas é exigência mínima para inclusão de fornecedores
suprimentos da construtora e incorporadora e produtos no cadastro das construtoras
Conx, uma boa qualificação de fornecedores
deve ser feita com pesquisa junto aos clientes,
por telefone ou por meio de visita à obra, armazenamento, laboratórios de contro- belecer uma ponte entre o departamento
para analisar atendimento, qualidade do pro- le de qualidade, segurança do trabalho e de compras e o departamento técnico das
duto ou serviço, prazo, eventuais patologias e sustentabilidade. Tudo isso se soma ainda construtoras. É importante compreender
atendimento pós-obra. à pesquisa sobre a saúde financeira da em- que a função compras deve ser um meio, e
Também é recomendável uma visita presa nas entidades correspondentes. não um fim. Ela existe para apoiar a produ-
às instalações do fornecedor para avaliar A escolha do fornecedor certo deve estar ção, seu principal cliente. Conforme explica
construção, maquinário, escritório etc., também aliada à escolha da melhor alter- Isatto, a estreita ligação entre os dois depar-
além da capacidade de produção, logística, nativa tecnológica. Para isso, deve-se esta- tamentos é importante não somente para a

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marcelo scandaroli
definição das tecnologias, mas também para cluído no pacote de fornecimento”, explica
estabelecer prazos de fornecimento e outras Mário Humberto Marques, vice-presidente
opções de abastecimento. No caso específico da Sobratema (Associação Brasileira de Tec-
da escolha tecnológica, é importante que es- nologia para Equipamentos e Manutenção).
sas decisões sejam tomadas nos estágios ini- Os contratos precisam conter, entre
ciais dos empreendimentos, pois, se forem outros itens, a qualificação completa das
tardias, podem acarretar custos elevados. partes, a especificação técnica detalhada do
A ponte entre os dois departamentos, equipamento, custos unitário e global, índi-
recomenda Kenj, deve ser construída com ce de reajuste, prazo de devolução e forma
ações diversas. Entre elas, ter profissionais de pagamento. Também deve constar em
com conhecimento técnico, que consigam contrato a matriz de responsabilidades, ou Uma das dificuldades
avaliar as necessidades do projeto e da seja, mobilização, montagem, desmobiliza- enfrentadas pelas empresas
obra. Além disso, é necessário estar atento ção, seguro, pagamento de tributos e con- é a tendência de o setor
ao mercado, buscando sempre conhecer tribuições, manutenção e prazos para subs-
de compras orientar suas
o que ele oferece e selecionando o que se tituição, segundo explica Manoel­Aguiar,
encaixa nas necessidades da empresa. diretor de construção da OAS Empreendi- decisões com base no
“Uma das dificuldades enfrentadas mentos. É recomendável que o construtor que é bom para ele, e não
pelas empresas é a tendência de o setor atente, ainda, para as fichas de manutenção necessariamente pelo que é
de compras orientar suas decisões com preventiva do equipamento, que devem es- bom para a empresa
base no que é bom para ele, e não neces- tar atualizadas, e para a Anotação de Res-
Eduardo Luis Isatto
sariamente pelo que é bom para a em- ponsabilidade Técnica recolhida por enge- professor do Norie (Núcleo Orientado para Inovação
da Edificação) da UFRGS (Universidade Federal do
presa”, declara Isatto. Isso muitas vezes nheiro habilitado quando exigida. Rio Grande do Sul)
ocorre porque as empresas não definem O recebimento dos equipamentos deve
claramente, por meio da explicitação de ser acompanhado de uma “entrega técni-

Marcelo Vigneron
estratégias competitivas ou políticas de ca”, que consiste na comprovação do bom
fornecedores, qual o perfil de fornecedor estado de cada máquina. Nessa etapa, o
que elas desejam. “Uma vez existindo essa contratante deve verificar o estado do equi-
definição, será muito mais fácil coordenar pamento e observar possíveis danos. Caso
os diversos setores da empresa em torno algum item não esteja em condições ade-
de um objetivo comum”, conclui. quadas, o equipamento poderá ser rejeita-
do. Outra opção, caso seja detectada algu-
Máquinas e equipamentos ma inadequação, é especificar a ocorrência
Para locação de máquinas e equipa- no Termo de Recebimento assinado tanto
mentos, alguns cuidados especiais devem pela construtora, quanto pela locadora.
ser tomados na hora de escolher o forne- O mesmo tipo de vistoria deve ser rea- O locador precisa saber
cedor. De acordo com Fábio Viccari, su- lizado no momento da devolução, ocasião exatamente como e onde
perintendente da área de suprimentos e em que divergências em relação ao desgaste o equipamento vai ser
assistência técnica da Matec, por seu porte do equipamento podem aparecer. No en-
utilizado para definir o
e importância, gruas, guindastes e máqui- tanto, isso só se torna um problema real se
nas de demolição e de escavação podem não houver no contrato a definição clara que será incluído no pacote
se tornar críticos para a construtora se a das responsabilidades de cada um. Entre os de fornecimento
empresa a ser contratada não for idônea. temas a serem previamente discutidos estão
Mário Humberto Marques
Nesse sentido, o contratante deve atentar as práticas e sanções caso o prazo de locação vice-presidente da Sobratema (Associação Brasileira
de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção)
para a regularização do prestador de servi- precise ser estendido. Em geral os contratos
ços junto às entidades de classe e pesquisar preveem a possibilidade de prorrogação,
se a contratada tem histórico de problemas mas o fornecedor deve ser avisado com al- equipamento locado, podem surgir en-
relativos à segurança, ao respeito às normas guns dias de antecedência, para que possa se tendimentos diferentes sobre a causa do
e ao cumprimento de prazos.  programar para atender aos demais clientes. problema, se por má utilização ou defeito.
“Além disso, para segurança de todos, Outros pontos que costumam gerar Já a ocorrência de greve na construção ci-
locador e locatário têm que se esforçar para conflitos e que, por isso mesmo, merecem vil, por exemplo, pode acarretar discussão
definir adequadamente o escopo do servi- ser detalhados durante a negociação do sobre o pagamento das horas locadas e não
ço. O locador, por exemplo, precisa saber contrato, são a assistência técnica e o pa- utilizadas”, ressalta Manoel Aguiar, da OAS.
exatamente como e onde o equipamento gamento de horas em que o equipamento Aguiar informa que a agilidade e os cus-
vai ser utilizado para definir o que será in- esteve parado. “Diante de uma falha no tos envolvidos na reposição de equipamentos

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SUPRIMENTOS

ou peças também são motivos de discussões serviços específicos com tais equipamentos, segurança da Patrimar, lembra, porém, que
frequentes entre contratantes e locadoras de inviabilizando a contratação de operadores o seguro de engenharia realizado por em-
equipamentos. A orientação para os cons- próprios. Caso a opção seja por contar com preendimento nem sempre cobre todos os
trutores evitarem desgastes é observar se o terceirizados, é importante que o contra- sinistros ocorridos nos canteiros. A orien-
locador está estabelecido em cidade diferente tante não se esqueça da sua responsabilida- tação é checar a apólice e, caso necessário,
daquela do canteiro, já que a necessidade de de solidária. O construtor deve garantir o contratar cobertura adicional.
deslocamento pode elevar sensivelmente os cumprimento de todas as exigências legais “Considerando que a responsabilidade
custos da assistência técnica. estipuladas nas legislações trabalhistas, tri- do seguro seja da locadora, o construtor
Independente do equipamento e de sua butárias e fiscais por parte da locadora em deve exigir o certificado de propriedade
forma de contratação, os operadores das relação aos seus operadores. dos equipamentos e ratificar as coberturas
máquinas devem ser adequadamente habili- a serem consideradas na apólice”, explica
tados. Em geral, pela necessidade de garantia Seguros na locação Manoel Aguiar. Ele sugere que os constru-
de capacitação técnica, costuma ser mais O alto custo dos equipamentos e a sus- tores utilizem também o seguro de riscos
vantajosa a utilização de operadores tercei- cetibilidade a danos e roubos fazem com de engenharia para contemplar todos os
rizados, indicados pelo próprio locador, do que contratação de seguros seja pratica- equipamentos envolvidos na obra, sejam
que a utilização de mão de obra própria. mente obrigatória durante a locação de eles próprios ou locados. “Embora pareça
Nelson Dudas Junior, engenheiro da Thá equipamentos. Na maior parte das vezes, denotar dupla cobertura, essa medida é
Engenharia, conta que a vantagem da sub- a própria locadora dispõe de seguro para prudente, já que o seguro da construtora
contratação é ainda maior se levada em con- suas máquinas. Além disso, equipamentos é mais abrangente e, consequentemente,
ta a maior facilidade para substituir o ope- como gruas, elevadores de transporte de apresenta valores segurados mais expressi-
rador quando for preciso. Ele lembra que materiais e retroescavadeiras podem ser vos. Sem contar que, dessa forma, garante-
também é preciso considerar que, muitas incluídos pelas construtoras no próprio -se efetivamente que durante toda a obra o
vezes, a construtora tem descontinuidade de seguro da obra. Darci Vieira, engenheiro de seguro será válido”, conclui.

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Contratos de serviços

marcelo scandaroli
Outro ponto importante na relação entre
construtoras e fornecedores é a elaboração
dos contratos, em especial para fornecimen-
to de serviços. Além de estabelecer a divisão
de responsabilidades, prazos, condições de
garantia e preço, os contratos são um im-
portante instrumento que auxilia a gestão
da obra. Eles servem, entre outras coisas,
para esclarecer de que forma as expectativas
e necessidades de cada parte envolvida se-
rão atendidas. Uma vez definidos de forma
clara e coerente os direitos e obrigações de
cada um, evita-se que conflitos tenham de
ser solucionados na base da conversa e da boa
vontade, ou pior ainda, que culminem em
disputas judiciais dispendiosas para as partes.
Independente do objeto contratual,
alguns pontos devem ser discutidos com
minúcia e definidos com transparência nos
contratos envolvendo construtoras e empre-
sas prestadoras de serviço. “De forma algu- Contratação de serviços deve definir metodologia executiva, materiais utilizados e condições mínimas
ma podem deixar de constar nos contratos de canteiro para início dos trabalhos

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SUPRIMENTOS

Escolha com critérios sustentáveis

O Comitê de Materiais do CBCS consulta por meio do nome da empresa de responsabilidade socioambiental e analise
(Conselho Brasileiro de Construção e unidade da federação, outros exigem o a qualidade do mesmo junto com o site e o
Sustentável) desenvolveu número do processo. Se for o caso, solicite catálogo de produtos e serviços.
uma ferramenta para auxiliar ao fabricante uma cópia da licença ou
os contratantes na seleção de número do protocolo. 5 Cuidado com “verniz verde”
fornecedores com critérios de (green washing)
sustentabilidade. São seis passos, que 3 Qualidade do produto: respeito às Confirme a consistência e relevância das
você confere a seguir: normas técnicas afirmações de ecoeficiência declaradas pelos
Produtos de baixa qualidade não fornecedores. Mesmo produtos certificados
1 Verificação da formalidade dos apresentam desempenho adequado e podem levar a erros: qual o critério da
fornecedores muitos acabam sendo substituídos, certificação? Estes critérios são públicos?
Para o CBCS, não existe gerando custos e resíduos. Verifique Qual a seriedade do processo? Procure julgar
sustentabilidade sem formalidade. Se se o fornecedor está na lista de a ecoeficiência global da empresa e não
o CNPJ (Cadastro Nacional de empresas qualificadas pelo PBQP-H apenas do produto de interesse.
Pessoa Jurídica) de uma empresa (Programa Brasileiro da Qualidade e
não é válido, significa que o imposto Produtividade do Habitat), consulte a 6 Analise a durabilidade do produto
não está sendo recolhido ou que a relação dos fabricantes que produzem em nas condições do seu projeto
empresa não tem existência legal. A conformidade e não conformidade com as A vida útil do produto determina seu
verificação deve ser feita no site da normas técnicas da ABNT. impacto ambiental: se ela for menor que
Receita Federal. a da construção, o produto terá que ser
4 Análise do perfil de responsabilidade substituído, gerando custos, resíduos
2 Verificação da licença socioambiental da empresa e impactos ambientais repetidos. A
ambiental da unidade fabril Privilegie empresas com políticas de durabilidade depende das condições
Nenhuma atividade industrial pode responsabilidade socioambiental coerentes. de uso, manutenção e da exposição às
operar legalmente sem licença ambiental Certificados de terceira parte como ISO intempéries, por isso um mesmo produto
concedida pelo órgão ambiental 14001 e OHSAS 18001 são importantes, mas pode ter durabilidades diferentes em
estadual. Alguns órgãos permitem a sempre verifique se a empresa tem relatório contextos diferentes.

Fonte: www.cbcs.org.br/hotsite
marcelo scandaroli

os prazos de início e término do serviço, as a execução. Não à toa esses costumam ser


multas e retenções cabíveis, a obrigatorie- grandes motivadores de insatisfações entre
dade de atendimento às normas técnicas, contratantes e contratados.
o recolhimento de impostos sobre serviços Por isso, uma recomendação pertinen-
e o fornecimento de equipamentos e ferra- te é buscar acrescentar o maior número de
mentas”, menciona Angelo Labadia, enge- informações possíveis sobre o serviço, quer
nheiro responsável pelo departamento de seja dentro do próprio contrato, quer seja
suprimentos da Eztec. Além disso, impasses por meio de anexos referendados no texto
e aditivos contratuais podem ser evitados principal do contrato. Exemplos de ane-
com escopos bem definidos, deixando cla- xos são projetos executivos, desenhos de
ro para o contratante e o contratado o que piso e de fachadas, planilhas descritivas de
efetivamente será feito. medidas e tipos de material a serem aplica-
Algumas cláusulas, como as que defi- dos por área etc. Para bom andamento das
nem preço e forma de pagamento, dificil- operações no canteiro, também merecem
mente são esquecidas ou negligenciadas constar nos contratos a explicitação das
nos contratos. O mesmo não se pode dizer tarefas auxiliares de transporte, como o
das cláusulas que caracterizam correta- horário para a utilização de determinados
mente a metodologia de execução, a quan- O contrato deve definir critérios para extensão equipamentos, por exemplo, bem como a
tidade de serviço, os materiais a serem em- do prazo de locação, responsabilidades da definição de corresponsabilidades no caso
pregados, os equipamentos necessários e as assistência técnica e regras para pagamento de atrasos e retrabalhos com outros forne-
instalações imprescindíveis para viabilizar de horas de equipamento parado cedores de serviços. 

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De acordo com a realidade de cada
Destinação de resíduos
obra, o contrato de prestação de servi-
ços pode precisar contemplar cláusulas

marcelo scandaroli
adicionais, como as que estabelecem as
condições de rescisão contratual para
qualquer uma das partes. Além disso, as
garantias que o executor dará e a forma
da construtora receber e aceitar o servi-
ço são pontos que não devem deixar de
serem discutidos entre as partes e colo-
cados no papel. Isso inclui, por exemplo,
os ajustes nos serviços, como os eventos
fortuitos da natureza que possam im-
pactar o prazo, e os casos de força maior,
como greves, paralisações etc.
Dependendo do tipo de serviço em
questão, a responsabilidade sobre a defi-
nição do escopo pode ser feita mais pelo
subempreiteiro do que pelo contratante. É recomendável estabelecer em contrato que a tarefa dos profissionais terceirizados só termina
Isso vale principalmente para serviços que com a devida segregação dos resíduos
envolvem alto grau de especialização e ino-
vação, para os quais os subempreiteiros pos- Na seleção de fornecedores, os profissionais de suprimentos devem levar em consideração a
suem um procedimento executivo próprio. gestão e destinação correta dos resíduos gerados na obra. Dessa forma, o departamento de
Mas, em todos os casos, o contrato de ser- suprimentos acumula atribuições, como o cadastramento de transportadores e destinatários
viços deve ser compatível com os procedi- de resíduos e a seleção de empresas que incorporam o cuidado ambiental às suas práticas.
mentos internos da construtora contratante. Confira algumas orientações para gestão desses materiais:
A professora Sheyla Mara Baptista Ser- > A formalização da destinação dos resíduos deve ser iniciada por meio da identificação
ra, do departamento de engenharia civil e e cadastramento dos destinatários de resíduos.
do programa de pós-graduação em constru- > Para evitar que resíduos sejam despejados em lugares impróprios, levando a multas,
ção civil da UFSCar (Universidade Federal processos criminais e danos à imagem da construtora, faz-se necessário o CTR (Controle
de São Carlos), conta que algumas empresas de Transporte de Resíduos). Este documento, emitido em três vias, especifica a quantidade
procuram desenvolver modelos de contra- de material retirado e o seu destino. A construtora deve guardar uma via assinada
tos padronizados que contêm as principais pelo transportador e pelo destinatário dos resíduos, como garantia de que destinou
diretrizes assimiladas ao longo de sua práti- corretamente seus despojos.
ca empresarial. É uma solução viável, prin- > Considerando que os CTR podem eventualmente ser burlados, outra recomendação é
cipalmente para as empresas que mantêm promover periodicamente visitas e auditorias nos locais de destino para certificar-se de
em execução um mesmo tipo de sistema que o resíduo, de fato, está sendo despejado no local combinado.
construtivo e padrão de obra. Dessa forma, > Construtores devem estar atentos também ao tipo de veículo utilizado para a remoção dos
conferem mais dinamismo ao processo. resíduos (caminhões com equipamento poliguindaste ou caminhões com caçamba basculante).
No entanto, ela recomenda que quando Eles devem ser cobertos com lona, para evitar derramamento do material em vias públicas.
forem almejadas condições diferenciadas > Em relação à mão de obra, principalmente quando se trata de equipes terceirizadas e de
ou especiais, tal como o desenvolvimento alta rotatividade, a recomendação é estabelecer em contrato que a tarefa do terceirizado só
de determinada tecnologia, deve-se fazer termina com a segregação adequada do material e limpeza do local.
uma discussão mais específica a respeito das > É importante também dar preferência aos fornecedores de insumos que fazem a logística
expectativas da implantação, da necessidade reversa: prática que prevê a retirada das embalagens dos produtos pelo próprio fornecedor
de se mudar a forma tradicional de execu- após o uso.
ção e do compromisso com os requisitos es-
tabelecidos. Com isso, pretende-se analisar
Fontes
antecipadamente todos os condicionantes balhar com contratos que, além da execução Guia da Construção 89 (dez/2008), reportagem de capa
necessários de modo a não restarem dúvidas dos serviços, contemplem o fornecimento “Aquisição estratégica”.
Guia da Construção 108 (jul/2010), reportagem de capa
sobre o processo e, da mesma forma, para de materiais e equipamentos. Nesses casos, “Preto no Branco”.
que sejam destacadas as penalidades e ati- o contrato deverá considerar o recolhimento Guia da Construção 109 (ago/2010), reportagem de capa
“Locação sem susto”.
tudes no caso de inconformidades. dos tributos e os reajustes dos preços dos ser- Guia da Construção 110 (set/2010); reportagem de capa
Vale lembrar que é possível, também, tra- viços e materiais de forma diferenciada. < “Destinação de resíduos”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 13

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14 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 15

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> VARIAÇÃO DE PREÇOS

Argamassa pré-fabricada
de cimento colante
Na maioria dos Estados preço inflaciona
ACUMULADO
jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 12 MESES (%)

Amazonas 13,80 13,80 14,22 14,22 14,28 13,97 14,28 14,28 14,28 14,28 14,28 14,62 14,62 5,92

Bahia 8,38 8,38 8,46 8,46 8,51 8,74 8,73 8,88 8,88 8,88 8,88 8,88 8,88 5,97

Ceará 8,89 8,89 8,89 8,89 8,89 9,12 9,12 9,00 9,00 9,05 9,15 9,15 9,15 2,93

Distrito Federal 7,97 7,97 7,97 7,97 7,79 7,90 7,91 8,03 8,03 8,03 8,24 8,25 8,25 3,54

Espírito Santo 9,63 9,63 9,63 9,74 9,83 9,83 10,15 10,15 10,15 10,15 9,47 9,47 9,47 -1,67

Goiás 8,72 8,72 8,72 8,61 8,60 8,60 8,35 8,35 8,35 8,35 8,35 8,35 8,35 -4,21

Maranhão nd nd 5,68 5,68 5,68 5,68 5,68 5,68 5,68 5,43 5,43 5,43 5,43 -4,41

Mato Grosso 8,84 8,84 8,84 8,77 8,71 8,71 8,76 8,76 8,76 8,76 8,85 8,85 8,85 0,10
Mato Grosso
do Sul 8,55 8,70 8,83 8,83 8,83 8,79 8,79 8,79 8,79 8,79 8,40 8,40 8,40 -1,82

Minas Gerais 9,16 9,16 9,37 9,37 9,24 9,54 9,44 9,56 9,53 9,50 9,55 9,65 9,65 5,35

Pará 9,60 9,60 9,43 9,43 9,43 9,88 9,31 9,31 9,31 9,31 9,31 9,31 9,31 -2,99

Paraíba 4,75 4,75 4,75 4,75 4,75 4,75 4,67 4,67 4,50 4,50 4,50 4,50 4,50 -5,26

Paraná 6,86 6,86 7,43 7,43 7,43 7,71 7,34 7,41 7,41 7,42 7,50 7,50 7,50 9,20

Pernambuco 7,55 7,55 7,55 7,55 7,55 8,23 8,41 8,26 8,19 8,23 8,37 8,37 8,37 10,95

Piauí 6,20 6,23 6,23 6,23 6,23 6,50 6,50 6,50 6,50 6,47 6,47 6,60 6,60 6,37

Rio de Janeiro 8,38 8,38 8,41 8,41 8,59 8,80 9,06 9,09 8,84 8,84 8,86 8,92 8,92 6,46
Rio Grande
do Norte 5,66 5,79 5,79 5,87 5,87 5,94 5,94 5,97 5,97 5,97 5,97 5,97 5,97 5,60
Rio Grande
do Sul 7,01 7,01 6,96 6,96 6,96 6,89 6,91 6,91 6,95 7,20 7,19 7,19 7,19 2,68

Santa Catarina 7,23 7,23 7,23 7,23 7,23 7,28 6,88 6,88 6,88 6,88 6,88 6,95 6,95 -3,87

São Paulo 7,51 7,63 7,54 7,47 7,47 7,52 7,55 7,62 7,69 7,71 7,78 7,84 7,84 4,41

Argamassa pré-fabricada de cimento colante para assentamento de peças cerâmicas – Acabamentos

16 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 17

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> VARIAÇÃO DE PREÇOS

Chapa compensada resinada


No Sudeste, preço sofre pequenas altas
ACUMULADO
jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 12 MESES (%)

Amazonas 42,62 42,28 42,76 43,06 42,51 42,07 45,58 47,44 47,44 48,10 48,10 48,10 48,10 12,85

Bahia 24,31 24,40 24,86 24,65 24,65 24,81 25,47 25,47 25,82 27,07 26,60 26,60 26,60 9,42

Ceará 22,83 22,82 23,36 23,36 23,36 23,37 22,83 22,56 21,49 21,49 21,23 21,23 21,23 -6,98

Distrito Federal 23,48 23,55 23,77 23,45 23,60 24,03 24,17 24,88 23,97 24,20 24,13 24,32 24,32 3,54

Espírito Santo 24,91 24,91 24,91 25,88 25,11 25,11 25,51 25,51 25,51 25,51 25,87 25,87 25,87 3,86

Goiás 21,88 21,87 21,87 21,63 21,62 21,62 21,62 21,61 21,61 21,61 21,61 21,60 21,60 -1,26

Maranhão 29,91 26,80 26,80 27,22 27,21 28,06 28,06 28,50 28,49 28,49 28,49 28,48 – -4,79

Mato Grosso 25,40 25,40 25,40 25,57 25,43 25,43 25,16 25,16 25,16 25,17 25,39 25,39 25,39 -0,04
Mato Grosso
do Sul 18,62 18,78 19,59 19,59 19,59 19,72 19,72 19,72 19,73 19,73 19,79 19,79 19,79 6,24

Minas Gerais 16,69 15,86 15,54 15,54 15,95 16,32 16,32 16,74 16,71 16,48 17,32 17,32 17,32 3,77

Pará 22,39 22,39 22,39 22,39 23,07 21,68 21,68 20,81 20,81 20,81 21,21 21,21 21,21 -5,31

Paraíba 26,37 26,37 27,18 27,18 26,37 26,37 26,37 26,37 26,37 26,37 26,37 26,37 26,37 0,00 –

Paraná 17,69 18,15 18,30 17,72 18,84 20,68 20,92 20,59 21,39 21,04 20,86 20,99 20,99 18,71

Pernambuco 22,99 23,19 23,19 23,19 23,20 23,20 22,84 22,38 21,48 22,20 22,41 22,85 22,85 -0,59

Piauí 25,17 25,17 25,18 25,18 25,18 23,71 23,70 24,03 24,02 24,44 24,02 24,41 24,41 -3,02

Rio de Janeiro 18,97 18,70 18,49 18,46 18,91 19,18 19,61 19,45 19,45 19,80 19,53 19,32 19,32 1,83
Rio Grande
do Norte 23,65 23,65 22,28 22,98 20,80 22,85 22,90 22,91 22,91 23,84 23,98 24,68 24,68 4,37
Rio Grande
do Sul 24,10 24,10 24,10 23,89 23,88 21,54 21,54 22,00 22,00 22,00 22,00 22,00 22,00 -8,70

Santa Catarina 22,71 22,28 22,71 23,14 22,93 23,14 23,53 23,62 23,02 23,96 23,96 23,79 23,79 4,73

São Paulo 19,43 19,41 19,28 19,28 19,43 19,56 19,47 19,41 19,66 19,78 19,65 19,62 19,84 2,07

Chapa compensada resinada (esp=10 mm) – materiais básicos

18 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 19

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> VARIAÇÃO DE PREÇOS

Cimento Portland
Em 12 meses, o Estado de Mato Grosso registra maior alta
ACUMULADO
jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 12 MESES (%)

Amazonas 24,75 24,71 24,71 23,99 24,00 24,70 25,20 24,93 24,75 24,25 24,25 24,25 24,25 -2,02

Bahia 18,45 18,38 18,42 18,62 18,52 18,85 18,85 19,12 19,28 19,06 18,66 18,69 18,69 1,29

Ceará 21,33 22,11 22,33 22,00 21,50 21,50 23,11 23,33 23,33 23,06 22,83 23,17 23,17 8,59

Distrito Federal 16,45 16,78 17,25 17,62 17,78 18,11 18,38 18,22 17,77 17,76 17,78 17,72 17,72 7,74

Espírito Santo 20,17 20,17 20,17 20,15 20,25 20,25 20,63 20,63 20,63 20,63 20,71 20,71 20,71 2,68

Goiás 19,06 19,06 19,06 19,39 19,25 19,25 19,50 19,50 19,50 19,50 19,50 19,50 19,50 2,33

Maranhão 24,50 26,25 26,25 25,50 25,50 25,00 25,00 24,75 24,75 27,00 27,00 27,00 26 6,12

Mato Grosso 21,40 21,40 21,40 19,90 20,08 20,08 25,20 25,20 25,20 25,20 26,24 26,24 26,24 22,60

Mato Grosso
do Sul 20,17 20,50 20,17 20,17 20,17 20,67 20,67 20,67 20,67 20,67 22,30 22,30 22,30 10,58

Minas Gerais 18,72 18,72 18,30 18,30 18,51 18,86 19,05 19,06 19,06 19,21 19,00 19,00 19,00 1,49

Pará 26,46 27,21 26,89 26,78 26,92 26,80 26,80 27,15 27,10 27,21 27,21 27,21 27,21 2,86

Paraíba 19,75 19,75 19,38 19,38 19,25 19,25 20,75 20,75 20,75 20,75 20,75 20,75 19,875 0,63

Paraná 19,75 19,77 19,78 19,78 20,10 20,10 20,40 20,43 20,40 20,10 20,40 20,07 20,07 1,60

Pernambuco 19,30 18,90 19,40 20,00 19,70 19,70 19,70 20,00 20,00 20,00 20,00 20,60 20,60 6,74

Piauí 20,48 21,59 21,59 21,59 21,59 21,84 21,84 22,11 22,11 22,36 22,86 23,11 23,11 12,88

Rio de Janeiro 22,26 22,07 22,01 22,01 22,01 22,77 22,79 22,81 23,04 23,07 23,23 22,86 23,00 3,34
Rio Grande
do Norte 21,17 21,06 21,06 20,69 20,69 21,00 21,00 21,83 21,83 21,72 21,72 21,72 21,72 2,62
Rio Grande
do Sul 17,93 17,93 17,90 17,77 17,77 18,07 18,07 18,23 18,27 18,77 19,43 19,43 19,43 8,36

Santa Catarina 18,50 18,50 18,50 18,50 18,83 19,00 19,00 18,83 19,13 20,33 20,33 20,33 20,33 9,91

São Paulo 19,39 19,36 19,26 19,28 19,84 20,66 20,66 20,66 20,81 20,93 20,64 20,74 20,90 7,79

Cimento Portland CP II (posto obra) – Materiais Básicos

20 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 21

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> VARIAÇÃO DE PREÇOS

Concreto dosado em central


Em São Paulo, matéria-prima influencia alta dos preços
ACUMULADO
jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 12 MESES (%)

Amazonas 460,00 460,00 440,00 420,00 434,67 434,67 434,67 433,00 431,33 431,33 444,67 444,67 444,67 -3,33

Bahia 295,80 296,51 285,55 286,37 286,37 301,45 306,49 303,75 300,08 301,45 308,84 308,84 308,84 4,41

Ceará 252,46 249,58 257,62 257,25 257,25 257,26 292,34 292,34 288,65 295,23 302,54 302,54 302,54 19,84

Distrito Federal 260,91 260,91 260,91 271,00 278,21 278,21 283,49 283,49 283,49 283,49 283,49 283,49 283,49 8,66

Espírito Santo 255,00 255,00 255,00 255,00 255,00 255,00 255,00 255,00 255,00 255,00 238,75 238,75 238,75 -6,37

Goiás 231,67 231,67 231,67 230,00 235,00 235,00 236,67 236,67 236,67 236,67 236,67 236,67 236,67 2,16

Maranhão 326,67 330,00 330,00 330,00 330,00 333,33 333,33 330,00 330,00 330,00 330,00 330,00 330,00 1,02

Mato Grosso 257,50 257,50 257,50 257,50 258,23 258,23 292,50 292,50 292,50 292,50 300,00 300,00 300,00 16,50
Mato Grosso
do Sul 276,00 272,50 270,00 270,00 270,00 253,33 253,33 253,33 253,33 253,33 265,00 265,00 265,00 -3,99

Minas Gerais 235,67 235,67 241,15 241,15 241,15 241,15 241,15 241,15 241,15 241,15 241,15 241,15 241,15 2,33

Pará 320,05 320,05 316,03 317,87 317,87 317,87 324,08 331,38 331,38 324,08 337,96 337,96 337,97 5,60

Paraíba 243,33 243,33 235,00 235,00 246,67 246,67 248,33 248,33 248,33 248,33 248,33 248,33 248,33 2,05

Paraná 242,79 234,46 234,46 241,58 238,84 238,84 244,32 250,41 249,37 254,85 260,33 260,33 260,33 7,22

Pernambuco 250,35 250,72 250,35 246,70 247,79 247,79 245,97 245,97 255,84 255,84 259,50 259,50 259,50 3,65

Piauí 266,50 274,00 274,00 274,00 274,00 305,50 305,50 311,00 311,00 311,00 311,00 311,00 311,00 16,70

Rio de Janeiro 280,59 280,59 280,59 280,59 280,59 290,46 290,46 290,46 290,46 290,46 290,46 290,46 290,46 3,52
Rio Grande
do Norte 235,67 239,33 239,33 239,33 239,33 243,67 243,67 245,33 245,33 245,33 245,33 245,33 245,33 4,10
Rio Grande
do Sul 236,76 236,76 236,76 236,76 242,24 242,24 242,24 250,46 250,46 253,20 253,20 253,20 253,20 6,94

Santa Catarina 263,11 268,60 268,60 271,34 274,08 274,08 274,08 268,60 268,60 268,60 279,56 279,56 279,56 6,25

São Paulo 236,45 237,82 247,41 247,41 254,26 262,20 262,20 273,16 270,69 270,69 270,69 270,69 270,69 14,48

Concreto dosado em central convencional brita 1 e 2 de 25 MPa e abatimento de 5±1 cm – Materiais Básicos

22 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 23

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> VARIAÇÃO DE PREÇOS

Pedra britada
Custo com fretes influencia alta de preços
ACUMULADO
jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 12 MESES (%)

Amazonas 202,00 205,00 207,88 207,88 207,88 208,00 208,00 208,00 208,00 208,00 208,00 208,00 212,5 5,20

Bahia 63,33 66,67 66,67 66,67 66,67 66,67 66,67 66,67 67,67 67,67 67,67 69,33 69,33 9,47

Ceará 47,00 52,33 50,73 50,73 50,73 54,00 54,00 55,00 56,67 55,00 56,67 56,67 56,67 20,57

Distrito Federal 64,70 66,75 67,53 69,25 66,05 66,48 66,98 69,80 69,87 70,02 68,98 69,63 69,44 7,32

Espírito Santo 49,12 49,12 49,12 51,48 53,48 53,48 51,32 51,32 51,32 51,32 51,32 49,41 49,41 0,61

Goiás 41,88 41,88 41,88 47,75 46,80 46,80 46,80 46,80 46,80 46,80 46,80 46,80 46,80 11,76

Maranhão 158,75 160,00 160,00 162,50 162,50 161,25 161,25 162,00 162,00 162,00 162,00 162,00 160,00 0,79

Mato Grosso 80,50 80,50 80,50 83,50 83,25 83,25 82,50 82,50 82,50 82,50 83,50 83,50 83,50 3,73
Mato Grosso
do Sul 42,78 42,78 46,11 46,11 46,11 46,88 46,88 46,88 46,88 46,88 47,78 47,78 47,78 11,69

Minas Gerais 45,69 46,35 47,37 47,37 50,02 50,53 49,93 51,28 53,12 55,21 55,26 55,26 55,18 20,76

Pará 78,33 79,33 80,00 81,00 81,00 81,00 80,00 80,00 80,33 80,33 82,00 82,33 82,33 5,11

Paraíba 85,00 85,00 87,50 87,50 87,50 87,50 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 92,5 8,82

Paraná 41,33 42,17 44,08 43,50 42,75 43,83 43,83 43,75 43,93 43,19 43,41 43,33 43,33 4,84

Pernambuco 66,00 67,25 67,25 67,25 67,25 67,25 67,25 67,25 69,75 71,00 71,23 72,25 72,25 9,47

Piauí 59,33 61,67 61,67 61,67 61,67 63,33 63,33 63,33 63,33 60,00 60,00 60,00 60,00 1,12

Rio de Janeiro 54,57 53,80 54,40 54,30 54,30 55,20 60,33 61,17 62,83 65,90 66,73 68,90 69,07 26,56
Rio Grande
do Norte nd nd nd 101,75 101,75 101,75 101,75 100,75 100,75 99,50 99,50 99,50 99,50 -2,21
Rio Grande
do Sul 48,60 48,60 47,80 47,80 48,20 48,60 49,00 49,00 48,60 49,00 49,20 49,20 49,20 1,23

Santa Catarina 40,54 41,75 41,77 41,50 41,43 42,35 43,17 42,33 42,50 43,83 43,88 43,38 43,38 7,02

São Paulo 80,18 80,98 80,18 80,18 79,78 79,58 81,18 84,38 84,38 84,38 86,78 86,38 86,18 7,48

Pedra britada 2 – Materiais Básicos

24 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 25

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> VARIAÇÃO DE PREÇOS

Tubo soldável de PVC marrom


Maior alta registrada no Amazonas
ACUMULADO
jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 12 MESES (%)

Amazonas 11,42 11,93 11,93 11,93 11,94 11,97 12,81 12,80 13,76 13,76 13,76 13,84 13,84 21,17

Bahia 13,48 13,51 13,40 13,40 13,49 13,49 13,49 13,74 13,55 13,55 13,43 13,43 13,43 -0,33

Ceará 12,44 13,15 13,15 13,11 13,26 13,26 13,26 13,15 13,24 13,24 13,62 13,68 13,68 9,95

Distrito Federal 12,97 13,11 13,05 12,25 12,90 12,96 13,16 13,16 13,16 13,16 13,22 13,87 13,87 7,00

Espírito Santo 13,26 13,26 13,26 13,34 13,28 13,28 13,87 13,87 13,87 13,87 13,78 13,78 13,78 3,96

Goiás 11,82 11,82 11,82 12,45 11,82 11,82 13,17 13,17 13,17 13,17 13,17 13,17 13,21 11,80

Maranhão 14,05 13,92 13,92 13,92 13,92 14,35 14,35 14,58 14,58 14,58 14,58 14,58 14,58 3,79 –

Mato Grosso 13,37 13,37 13,33 13,33 13,33 11,81 11,81 11,81 11,81 11,81 12,38 12,38 12,38 -7,36
Mato Grosso
do Sul 11,44 11,44 11,44 11,90 12,30 12,30 12,40 12,40 12,40 12,40 12,25 12,25 12,25 7,04

Minas Gerais 12,38 12,38 12,19 12,16 12,20 12,48 12,64 12,59 12,43 12,39 11,37 11,37 11,37 -8,16

Pará 11,42 11,50 11,56 11,56 11,56 11,56 12,14 12,14 12,14 12,14 12,14 13,24 13,24 15,89

Paraíba 14,28 14,28 14,26 14,26 14,16 14,16 13,66 13,66 13,66 13,66 13,66 13,66 13,66 -4,37

Paraná 10,71 10,83 10,58 10,91 10,49 11,01 11,01 11,01 11,01 11,01 10,98 10,98 10,98 2,57

Pernambuco 10,76 10,69 11,06 11,06 11,05 11,05 11,05 10,91 11,13 11,13 11,26 11,26 11,26 4,59

Piauí 12,59 12,49 12,49 12,49 12,49 12,58 12,58 12,95 12,95 12,85 12,85 12,85 12,85 2,04

Rio de Janeiro 11,15 11,29 11,23 11,29 11,60 11,55 11,79 11,80 11,99 11,99 12,47 12,67 12,67 13,65
Rio Grande
do Norte 11,25 11,25 11,25 11,52 11,52 11,59 11,59 12,02 12,02 12,02 12,02 12,02 12,02 6,84
Rio Grande
do Sul 11,45 11,54 11,53 11,60 11,11 10,91 10,91 10,91 11,02 11,02 11,25 11,25 11,25 -1,82

Santa Catarina 9,90 9,90 10,11 10,84 10,95 10,83 10,83 10,83 10,83 10,83 10,83 10,83 10,83 9,35

São Paulo 10,87 10,87 10,76 10,77 10,93 10,94 10,99 11,10 11,11 11,16 11,36 11,56 11,58 6,57

Tubo soldável de PVC marrom para água fria (Ø=25 mm) – Hidraulica

26 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 27

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> AGENDA

FEIRAS E EXPOSIÇÕES Revestimentos divulga novos lançamentos reúne indústrias internacionais


19a Feicon Batimat de produtos utilizados no revestimento dos do setor da construção civil e apresenta
15 a 19/3/2011 empreendimentos, como mármore, granito e as novidades em equipamentos, produtos,
São Paulo rochas ornamentais. serviços e tecnologias. Segundo
A Feira Internacional da Indústria da info@exporevestir.com.br a organização, são mais de
Construção apresenta 730 expositores www.exporevestir.com.br dois mil expositores.
nacionais e internacionais de produtos e info@conexpoconagg.com
serviços para a construção civil. A feira Kitchen & Bath www.conexpoconagg.com/PT
é direcionada a arquitetos, engenheiros, 22 a 25/3/2011
construtores, lojistas, representantes de home São Paulo Brazil Road Expo
centers e compradores do exterior, além de A Feira Internacional de Produtos e Acessórios 4 a 6/4/2011
consumidores interessados em construir para cozinha e banheiro é um evento que traz São Paulo
e reformar. Paralelamente ao evento serão estandes de fornecedores de eletrodomésticos Direcionada aos profissionais do
apresentados debates e palestras sobre temas usados em banheiros e cozinhas. O evento ocorre segmento de infraestrutura viária e
pontuais de interesse do setor. em conjunto com a Expo Revestir e o Fórum rodoviária, apresenta tecnologias em
(11) 3060-5000 Internacional de Arquitetura e Construção. equipamentos, produtos e serviços para
info@feicon.com.br kbexpo@nm-brasil.com.br pavimentação, construção de pontes,
www.feicon.com.br www.kitchenexpobrasil.com.br túneis e viadutos, entre outros. Em
paralelo, será realizado o Brazil Road
Expo Revestir Conexpo – CON/AGG Meetings com congressos, seminários,
22 a 25/3/2011 22 a 26/3/2011 palestras e workshops.
São Paulo Las Vegas (EUA) info@brazilroadexpo.com.br
A 9a edição da Feira Internacional de O evento, que é realizado a cada três anos, www.brazilroadexpo.com.br

28 – anuário pini – ABRIL 2011

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Manutenção 2011
12 a 15/4/2011
Blumenau (SC)
A 3a edição da Feira de Manutenção e
Equipamentos Industriais traz expositores
que irão divulgar as novas tecnologias em
maquinários para diversos setores,
como o da construção civil, além
de suprimentos industriais, processos
e serviços.
(47) 3028-0002
eurofeiras@eurofeiras.com.br
www.eurofeiras.com.br

Casa & Construção


12 a 16/4/2011
Pato Branco (PR)
A 4a edição da feira deve reunir cerca
de 70 expositores de lançamentos
imobiliários da região sudoeste do
Paraná. Organizado pela Associação
Comercial e Empresarial de Pato Branco,
o evento reúne comerciantes, fabricantes
e prestadores de serviços de construção.
contato@feiracasaeconstrucao.com.br
www.feiracasaeconstrucao.com.br

Fenahabit
29/6 a 3/7/2011
Blumenau (SC)
A 7a edição da Feira Nacional das
Tecnologias da Construção e Habitação
é direcionada, principalmente, para
empresas da área de habitação. Para
atender à demanda da área de construção
civil foi criada a Fabricon (Feira Brasileira
de Fabricantes da Construção Civil), que
acontecerá paralelamente à Fenahabit de
forma totalmente integrada.
(47) 3336-3314
viaapia@viaapiaeventos.com.br
www.fenahabit.com.br

Construsul
3 a 6/8/2011
Porto Alegre
A 14a Feira Internacional da Construção
vai divulgar produtos e serviços para o
setor, além de oportunidades de negócio
durante o evento. Esta edição, de acordo
com a organização, terá cerca de 540
expositores.
marly@suleventos.com.br
www.feiraconstrusul.com.br/construsul

ABRIL 2011 – anuário pini – 29

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> AGENDA

6a ExpoMáquinas representando construtoras e entidades Construir Bahia


3 a 6/8/2011 do setor de todo o País. O evento é 17 a 20/8/2011
Porto Alegre promovido pela CBIC (Câmara Brasileira Salvador
A edição deste ano da feira de Máquinas da Indústria da Construção). O evento Construir Bahia foi criado com
e Equipamentos para Construção foi (51) 3061-3000 o objetivo de reunir todos os segmentos
ampliada para atender novas empresas www.enic.org.br da construção civil da região Nordeste
expositoras, segundo a organização do e divulgar os principais lançamentos e
evento. São esperados engenheiros do Construction Expo 2011 tendências do setor. Este ano, a feira está em
setor de equipamentos para obras de 10 a 13/8/11 sua 11a edição e espera receber mais de 30
infraestrutura, engenheiros mecânicos, São Paulo mil visitantes. O evento, que na última edição
construtoras, investidores, prefeituras A Feira Internacional de Soluções para movimentou aproximadamente
e suas secretarias, incorporadoras, Obras & Infraestrutura pretende mostrar R$ 78 milhões, é aberto ao público em geral.
concessionárias de rodovias, tendências e novidades de métodos (21) 3035-3100
entre outros. construtivos, fabricantes de produtos, feiraconstruir@fagga.com.br
www.expomaquinas.com.br matérias-primas, insumos e fornecedores www.feiraconstruir.com.br/ba
de serviços para a execução de obras em
Enic rodovias, ferrovias, metrôs e hidrovias, Construfair
10 a 12/8/2011 portos e aeroportos, entre outros 24 a 28/8/2011
São Paulo segmentos. Florianópolis
A organização espera receber, durante (11) 3662-4159 A Feira de Produtos para a Construção
o 83o Encontro Nacional da Indústria da contato@constructionexpo.com.br Civil e Mercado Imobiliário reunirá em
Construção, mais de 1.500 participantes, www.constructionexpo.com.br sua 18a edição empresas do setor como

30 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 31

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> AGENDA

construtoras, imobiliárias e fornecedores acabamento, alvenaria, iluminação e sistemas Cersaie


de materiais. construtivos de edifícios. A feira é direcionada 20 a 24/9/2011
comercial@acfeiras.com.br a engenheiros, arquitetos e profissionais Bologna (Itália)
www.construfairsc.com.br que atuam em construtoras, consultorias Evento voltado ao setor de arquitetura e
imobiliárias e prestadoras de serviço em design de interiores, que apresenta ao
Concrete Show South America canteiros de obra. mercado os lançamentos em revestimentos,
31/8 a 2/9/2011 (21) 3035-3100 metais e louças de fachadas, pisos, banheiros
São Paulo feiraconstruir@fagga.com.br e cozinhas. A feira reúne diversas empresas
As novidades do mercado e as tecnologias www.feiraconstruir.com.br/mg internacionais, inclusive brasileiras,
recém-desenvolvidas em produtos à base e é destinada a arquitetos, designers,
de concreto serão mostradas durante a feira, Intermach 2011 engenheiros e consumidores em geral.
que também tem expositores de softwares, 12 a 16/9/2011 cersaie@cersaie.it
maquinário e serviços para a construção Joinville (SC) www.cersaie.it
civil. A Feira e Congresso Internacional de
(11) 4689-1935 Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Sisp
concrete@concreteshow.com.br Automação e Serviços para a Indústria 22 a 25/9/2011
www.concreteshow.com.br Metal-Mecânica vai trazer os lançamentos São Paulo
em produtos e serviços do segmento. A O 6o Salão Imobiliário de São Paulo contará
Construir Minas última edição contou com 500 expositores com a participação de construtoras, imobiliárias
7 a 10/9/2011 de diversos países ao redor do mundo. e empresas do mercado imobiliário. Durante
Belo Horizonte (47) 3451-3000 o evento, os visitantes poderão conferir
A edição do evento Construir no Estado intermach@messebrasil.com.br lançamentos de empreendimentos residenciais,
de Minas Gerais lança produtos para feiras.messebrasil.com.br/intermach/ além de produtos e serviços. O evento integra a

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Semana Imobiliária, realizada pelo Secovi-SP por arquitetos, designers, revendedores, O Salão do Imóvel Balneário Camboriú será
(Sindicato da Habitação de São Paulo). construtores, decoradores e administradores de palco de negociações de novos produtos
(11) 3060-5000 condomínios. e tecnologias construtivas, como linhas de
www.reedalcantara.com.br (51) 3222-0011 vidro e PVC. O evento também apresenta
www.expoacabamento.com.br alternativas de captação de recursos para
FEICCAD compra e venda de empreendimentos.
22 a 25/9/2011 Batimat Paris (48) 3249-0825
Jundiaí (SP) 7 a 12/11/2011 comercial@cfeiras.com.br
Em uma área de 3 mil m², expositores de Paris (França) www.acfeiras.com.br
produtos e serviços para a construção civil e Realizada a cada dois anos em Paris, o Salão
arquitetura participaram da oitava edição da Internacional da Construção é um evento Construir Rio
Feira do Imóvel, Construção, Condomínios, especializado em tecnologia, equipamentos 16 a 19/11/2011
Arquitetura e Decoração de Jundiaí. e materiais para construção em geral. Rio de Janeiro
(11) 4526-2637 Nesta edição, a feira será dividida em sete A Feira Internacional da Construção
www.feiccad.com.br setores: estrutura, carpintaria, acabamentos no Estado do Rio de Janeiro, que
e decoração, materiais e ferramentas, recebeu mais de 60 mil visitantes em
ExpoAcabamento durabilidade dos edifícios, informática e 2010, chega à sua 16a edição com o
27 a 30/10/2011 serviços empresariais. objetivo de apresentar as principais
Porto Alegre www.batimat.com novidades e tendências em produtos
A Feira de Materiais para Acabamento tem como e serviços para o setor. Paralelamente
objetivo apresentar tendências para projetos 3o SIBC à feira, acontece o Fórum Construir
em arquitetura. A organização do evento espera 11 a 20/11/2011 que discute assuntos atuais para
receber um público diversificado, formado Balneário Camboriú (SC) a construção civil. O evento é

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> AGENDA

destinado a arquitetos, engenheiros, CONGRESSOS E CONFERÊNCIAS do congresso organizado pelo Instituto


administradores de condomínio, 12a Conferência Internacional de de Ciências da Construção de Madri.
designers de interiores, decoradores, Durabilidade dos Materiais de Estudiosos e profissionais de todo o mundo
construtores, empreiteiros, entre outros. Construção e Componentes estarão reunidos para discutir as novas
(21) 3035-3100 12 a 15/4/2011 tendências da produção e uso do concreto.
feiraconstruir@fagga.com.br Porto (Portugal) info13iccc@ietcc.csic.es
www.feiraconstruir.com.br/rj A conferência discutirá a física dos materiais www.icccmadrid2011.org
de construção, partindo dos mecanismos
Expo Estádio para a decomposição e análise das patologias 53o Congresso Brasileiro do Concreto
22 a 24/11/2011 encontradas durante ou após a edificação das 1o a 4/9/2011
São Paulo estruturas prediais. Ao todo, serão nove temas Florianópolis
A feira e conferência para design, aprovados pelo comitê organizador, integrado Organizado pelo Ibracon (Instituto
construção, equipamento e gestão de por especialistas do mundo inteiro. Brasileiro do Concreto), o evento
estádios e instalações esportivas chega 2dbmc@fe.up.pt tem como objetivo debater questões
à sua 3a edição. Com as reformas e www.fe.up.pt/12dbmc relacionadas ao concreto, suas aplicações
construções de estádios visando à Copa em obras civis e as recentes inovações
do Mundo de 2014, os organizadores 13o Congresso Internacional de Química tecnológicas aplicadas na produção
esperam receber arquitetos, construtoras do Cimento desse suprimento. Entre os temas a serem
e engenheiros interessados 3 a 8/7/2011 abordados estão: gestão e normalização,
no assunto. Madri (Espanha) projeto de estruturas, métodos
(21) 2233-3684 A química e a engenharia do processo de construtivos e análise estrutural.
info@real-alliance.com fabricação, além da veiculação de novas (11) 3735-0202
www.expoestadio.com.br matrizes para o concreto serão enfoques www.ibracon.org.br

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ABRIL 2011 – anuário pini – 35

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36 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 37

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> COMO CONSULTAR

Anuário PINI da Construção


Conheça os principais conteúdos e saiba como consultá-los
1
reportagens técnicas
O Anuário reúne os melhores conteúdos técnicos
sobre materiais, máquinas, equipamentos e
serviços publicados nas revistas da PINI. Todo
o material foi revisado, atualizado e reeditado, e
deu origem a 61 reportagens, classificadas por
categorias de insumo, em ordem alfabética 1 .
Ao final de cada texto o leitor encontra a relação
de conteúdos da PINI – revista, edição, mês e ano
– utilizados como base para a reportagem 2 .
Todas as reportagens têm por objetivo apresentar
referências às empresas de construção na relação
com seus fornecedores e prestadores de serviços.
Os enfoques, no entanto, são variados e podem
ser agrupados em quatro grandes grupos:
> Especificação, compra e recebimento de materiais.
> Locação de máquinas e equipamentos.
> Cuidados contratuais. 2
> Execução de serviços passo-a-passo. 3

PRODUTOS E SERVIÇOS
São mais de 260 notas de materiais e serviços
reunidas no Anuário. Elas apresentam uma breve
descrição do produto 1 , seguida dos contatos
da empresa 2 . As notas estão classificadas por 1
categoria de insumo 3 , em ordem alfabética. 2
(Por exemplo: Aditivos e Adições, Blocos de
Concreto etc). Os anúncios do Anuário também 4
estão classificados por categorias 4 .
ALOJAMENTO PARA CANTEIRO
ÍNDICE REMISSIVO
Para facilitar a consulta, na página 359 há um
índice remissivo com todas as categorias de
insumos presentes no Anuário. E na página 358
está disponível um índice de anúncios.

Conteúdo das reportagens


As reportagens do Anuário são feitas a partir
da junção e edição de duas ou mais matérias
publicadas nas revistas da PINI, além de
algumas reportagens inéditas. O material

techne
passou por um cuidadoso trabalho de edição
e revisão técnica, além da atualização dos
dados. Confira, ao lado, de quais revistas foram
coletados conteúdos para o Anuário:

38 – anuário pini – ABRIL 2011

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Índice de 42 Aditivos e adições
44 Alojamentos para canteiro de obra
204 Grupo gerador
208 Guindaste sobre rodas

reportagens 56 Andaimes
58 Aquecedor de água a gás
214 Impermeabilização rígida
218 Interruptor e tomada elétrica
60 Aquecedor solar de água 224 Junta de dilatação
66 Ar condicionado 228 Laje pré-moldada
70 Argamassa de revestimento 232 Laje treliçada
78 Balancim (andaime suspenso motorizado) 242 Manta de subcobertura
86 Blocos de concreto 256 Metal sanitário
90 Caixa-d’água 258 Painel arquitetônico para fachada
92 Cimento 260 Parede de drywall
98 Controle tecnológico 264 Pastilha de revestimento
106 Demolição 272 Piso elevado
112 Disjuntor 274 Piso esportivo
116 Elevador de cremalheira 280 Piso intertravado
118 Elevador de passageiro 284 Porta pronta
124 Escoramento metálico 288 Reservatório de água (concreto e
134 Esquadria de PVC metálico)
138 Estacas pré-moldadas de concreto 294 Revestimento cerâmico
142 Estação compacta de tratamento de esgoto 298 Sondagem
144 Estrutura metálica 304 Steel frame
150 Estrutura pré-fabricada de concreto 310 Tela para amarração de alvenaria
152 Fechadura 316 Telhas onduladas de fibrocimento
160 Fios e cabos elétricos 318 Telhas termoisolantes
162 Fôrma de alumínio 326 Terraplenagem
166 Fôrma de madeira 330 Topografia
170 Fôrma metálica 334 Tubos de concreto
188 Fundação com hélice contínua 340 Tubos e conexões para água fria
194 Gabiões 342 Tubos e conexões para água quente
198 Geogrelhas 348 Vergalhão (armação para concreto)
202 Grua 354 Vidros para fachada
ACESSÓRIOs DE FIXAÇÃO > ADITIVOs E ADIÇÕES

FIXAÇÃO a pólvora ADITIVO PARA assentamento


O PAT– Sistema de Fixação a O Avacal é um aditivo usado em
Pólvora fixa estruturas de concreto argamassa para assentamento de
e aço que exigem muitos pontos tijolos e revestimentos. Com sua massa
de fixação feitos ao mesmo tempo. flexível, diminui a retração, deixando
A ferramenta dispara somente em uma superfície sem trincas e fissuras,
contato com a superfície, e não segundo o fabricante. Na maioria dos
funciona no ar. casos, o produto dispensa o chapisco.
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pó inorgânico
O AD-Titanium é um pó inorgânico sintético
com nanopartículas quimicamente estáveis
e isento de sais. Sua granulometria é
Fixador não expansivo balanceada, preenchendo os espaços
O chumbador mecânico não expansivo vazios do concreto. Segundo o fabricante,
Wedge-bolt é a novidade que a Hard seu uso eleva as propriedades mecânicas
apresenta no mercado brasileiro. Removível do concreto, diminui a retração e a
e reutilizável, é indicado para cargas permeabilidade, e reduz a desforma e
vibratórias e dinâmicas. Com instalação acabamento em até 20% do tempo.
rápida, o produto é disponibilizado nas Effectus
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40 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 40 25/02/2011 16:42:18


ADITIVOS E ADIÇÕES

Impermeabilização para
estrutura
Plastificante economizador O Radcon Formula #7 forma uma barreira
O Mètre Mix Plus é um blend de aditivos. flexível no interior do concreto e impede a
De acordo com a fabricante, agrega passagem de água e elementos químicos
alta tecnologia e foi desenvolvido após agressivos, sem a necessidade de camadas
muitos anos de pesquisas e ensaios. É de regularização ou de proteção mecânica.
comercializado em saquinhos de 50 g e O Radcon impermeabiliza fissuras
utilizado como plastificante de argamassas existentes (2 mm) e microfissuras futuras
empregadas em assentamento de e pode ser utilizado em reservatórios, lajes
alvenaria convencional e estrutural e em de cobertura e estacionamentos, fachadas,
revestimentos internos e externos. A Mètre pontes e estruturas marinhas.
afirma que o produto proporciona tempo (41) 3551-1493
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adequado de cura, evitando fissuras além
de produzir traços mais econômicos.
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ABRIL 2011 – anuário pini – 41

Livro 1.indb 41 25/02/2011 16:42:23


> ADITIVOS E ADIÇÕES

Superconcretos
Seleção de aditivos e adições deve ser respaldada por
estudo cuidadoso das interações entre os materiais

O s aditivos para concreto foram intro-


marcos lima

duzidos no País na década de 1970


sob certa desconfiança do mercado. Eram
produtos que exigiam cuidados especiais e
que deviam ser utilizados em casos mui-
to específicos. Quase 40 anos depois, esses
componentes viraram itens comuns nas
concreteiras, a ponto de já serem chamados
de “o quarto elemento” do concreto, depois
da água, do cimento e dos agregados.
A função desses aditivos é alterar
propriedades do concreto, como a con-
sistência e o tempo de pega, permitindo,
por exemplo, a criação de concretos mais
fluidos e a realização de concretagens mais
rápidas e econômicas. A NBR 11.578:1997
– Cimento Portland Composto – Especifi-
cação classifica nove tipos de aditivos para
concretos pelas suas funções: plastificante,
retardador, acelerador, plastificante retar-
dador, plastificante acelerador, incorpora-
dor de ar, superplastificante, superplastifi-
cante retardador e superplastificante ace-
lerador (ver boxe). Além desses, há, ainda,
os aditivos hiperplastificantes de última
geração – utilizados em concretos autoa-
densáveis e em concretos com resistências
superiores a 100 MPa – e os redutores de
retração, que minimizam os efeitos da re-
tração promovida pela evaporação da água
de amassamento.

Como especificar?
Antes de definir o tipo de aditivo a ser
utilizado, é preciso especificar quais são as
características que se desejam do concreto,
definindo abatimento, consistência etc. A
partir da especificação é possível filtrar
grande parte dos aditivos necessários. De-
pois é questão de refinar a escolha com
testes em amostras.
Um aspecto crítico diz respeito a
problemas de compatibilidade entre os
cimentos e os aditivos por conta da rea- Uso de adições no concreto não pode prescindir de ensaios tanto laboratoriais quanto no canteiro

42 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 42 25/02/2011 16:42:24


Classificação

Os aditivos são classificados pela sua função principal, água de amassamento para produzir um concreto com
embora devam ser mencionadas também suas funções determinada consistência
secundárias. A ABNT (Associação Brasileira de Normas Superplastificante retardador (tipo SPR): combina os efeitos dos
Técnicas), por meio da NBR-11768, estabelece a classificação aditivos superplastificante e retardador
a seguir para os aditivos. Superplastificante acelerador (tipo SPA): combina os efeitos dos
Plastificante (tipo P): aumenta o índice de consistência do aditivos superplastificante e acelerador
concreto, mantida a quantidade de água de amassamento,

marcelo scandaroli
ou possibilita a redução de, no mínimo, 6% da quantidade
de água de amassamento para produzir um concreto com
determinada resistência
Retardador (tipo R): aumenta os tempos de início e fim de pega
Acelerador (tipo A): diminui os tempos de início e fim de
pega do concreto e acelera o desenvolvimento das suas
resistências iniciais
Plastificante retardador (tipo PR): combina os efeitos dos
aditivos plastificantes e retardadores
Plastificante acelerador (tipo PA): combina os efeitos dos
aditivos plastificantes e aceleradores
Incorporador de ar (tipo IAR): incorpora pequenas bolhas de ar
ao concreto
Superplastificante (tipo SP): aumenta o índice de consistência
do concreto, mantida a quantidade de água de amassamento,
ou possibilita a redução de, no mínimo, 12% da quantidade de

ção dos sulfatos e aluminatos no proces- Universidade Federal de Santa Catarina, Outras características que podem ser
so de hidratação. Como o desempenho explica que no caso dos plastificantes e aproveitadas são a maior resistência ao
de cada componente químico é muito superplastificantes, por exemplo, dois dos ataque por sulfatos e a maior resistência à
particular para cada tipo de cimento, no tipos mais utilizados nos dias de hoje, os compressão em idades mais avançadas.
Brasil isso acaba se tornando ainda mais ensaios precisam determinar o ponto de O emprego dos cimentos com escórias
sério diante da ampla gama de cimentos saturação, ou seja, a máxima quantidade de alto-forno e pozolânicos, contudo, deve
disponíveis, com diferentes proprieda- de aditivo acima da qual não se observam ser cauteloso em pré-moldados com cura
des físicas e químicas. melhoras na fluidez da pasta de cimento. normal. Da mesma forma recomenda-se
Para complicar, não são raras as situ- evitar as concretagens com esses cimentos
ações que demandam a combinação de Adições em ambientes muito secos ou em tempe-
dois ou mais aditivos para se obter um O aperfeiçoamento da manipulação raturas baixas.
concreto com determinadas caracterís- das adições – escórias, pozolanas e fíleres Os concretos com adições requerem
ticas. A interação entre esses materiais – também vem evoluindo, acompanhando também cuidados maiores com a cura.
também deve ser cuidadosamente estu- algumas demandas da construção, como Além disso, por serem de reatividade mais
dada. Por isso, segundo Vladimir Antonio necessidade por durabilidade, menor exi- lenta que o clínquer, as adições podem
Paulon, professor da Faculdade de Enge- gência de mão de obra e redução do im- resultar em queda de resistência inicial
nharia Civil da Unicamp (Universidade pacto ambiental. quando em altos teores. Em algumas situ-
de Campinas), é temeridade abrir mão Alguns cimentos modificados têm ações isso pode ser solucionado com o uso
da realização de ensaios de desempenho aplicações e desempenho comparáveis aos de aditivos aceleradores do endurecimento
para respaldar a seleção do aditivo e a dos cimentos convencionais e, em alguns ou por compensações na dosagem do con-
definição do traço. casos, podem até agregar vantagens. Com creto. Tudo vai depender de uma análise
Problemas de compatibilidade podem os cimentos de alto-forno e pozolânicos, técnica e de custo-benefício criterioso. <
estar associados, ainda, a erros na dosa- por exemplo, ganhos podem decorrer da
gem de cada ingrediente da composição maior estabilidade, durabilidade e imper- Fontes
Téchne 150 (set/2009) “Concreto modificado”.
do concreto. Wellington Repette, professor meabilidade conferida ao concreto, bem Construção Mercado 62 (set/2006). “Aditivos e adições –
do Departamento de Engenharia Civil da como ao calor de hidratação mais baixo. Desempenho aditivado”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 43

Livro 1.indb 43 25/02/2011 16:42:27


> ALOJAMENTOS PARA CANTEIROS DE OBRAS (FIXO E MÓVEL)

Conforto normalizado
Alojamentos devem assegurar o bem-estar de seus
usuários e seguir à risca as diretrizes da NR-18

D esde 1995, com a reformulação da


Norma Regulamentadora 18 pelo Mi-
nistério do Trabalho, os alojamentos des-
tinados aos funcionários de canteiros de
obras vêm ganhando atenção especial por
parte dos construtores. A NR-18 estabele-
ce, entre outras determinações, requisitos
mínimos para alojamentos, refeitórios
e escritórios provisórios, especificando
tamanho, número de janelas, pé-direito,
dimensão dos móveis internos, condições
de ventilação e iluminação etc.
Paralelamente, algumas empresas des-
cobriram que as instalações provisórias são
também peças-chave para obter melhor ren-
dimento das equipes, além de funcionarem
como ferramenta de marketing, na medida
em que um canteiro de boa aparência está
Marcelo Scandaroli

frequentemente associado a valores como


credibilidade, organização e competência.
Além de seguir os preceitos da NR-18, na
hora de planejar os alojamentos é essencial
saber com precisão quantas pessoas utilizarão
o espaço no decorrer das obras. O dimensio-
namento também deve levar em conta qual
será o pico de mão de obra e qual o prazo de
utilização. Os alojamentos podem ser dividi-
dos em dois grandes grupos, fixos e móveis.

Alojamentos fixos
No caso de alojamentos fixos de ma-
deira, fazer um projeto detalhado é impe-
rativo e nele devem constar, além da arqui-
tetura, a estrutura, o sistema hidráulico e
as instalações elétricas.
As demandas de utilização (pico de mão
de obra, prazos de utilização etc.) devem
nortear não apenas a planta e o cálculo da
estrutura, mas também a escolha da matéria-
-prima que irá compor o alojamento. Obras
com cronograma mais extenso, por exemplo,
demandam o uso de madeiras mais resis-
tentes. Para uma compra bem-sucedida é
Alojamento fixo de madeira (no alto) e móvel metálico essencial conhecer o fornecedor ou buscar

44 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 44 25/02/2011 16:42:30


Checklist

referências anteriores, ressalta Luiz Sérgio Alojamentos fixos


Coelho, professor de tecnologias da cons- > Os alojamentos devem obedecer às exigências da NR-18 com relação às medidas,
trução e urbanismo da FEI (Fundação Edu- ventilação, iluminação, número de camas, regras de utilização, entre outras.
cacional Inaciana Pe. Saboia de Medeiros). > Para evitar erros no dimensionamento, é preciso levar em conta qual será o pico de
Antes de iniciar a instalação dos alo- mão de obra e o prazo de utilização das instalações.
jamentos, é preciso verificar se o terreno > O projeto do alojamento deve abranger a arquitetura, a estrutura e os sistemas
está preparado para receber tais estruturas. hidráulico e elétrico.
No momento da chegada do material, vale > É importante escolher um local de fácil acesso e que não atrapalhe a produção e a
conferir a qualidade da madeira, a integri- circulação no canteiro.
dade das peças e, durante a montagem, se > Antes da instalação é necessário providenciar sistema de água, coleta de esgoto,
os caixilhos estão bem feitos e vedam con- instalações elétricas e nivelamento do terreno.
tra a chuva.
Também é importante ter atenção à Alojamentos móveis
localização dos alojamentos. “O posicio- > Os alojamentos dividem-se em áreas operacionais e de vivência (escritórios, refeitórios,
namento deve ser pensado para dar acesso vestiários etc.).
rápido ao local de trabalho sem dificultar > Não há normas técnicas que regulamentem a sua fabricação, porém o uso deve atender
o deslocamento de pessoal, equipamentos à NR 18, do Ministério do Trabalho, e às necessidades da administração da obra.
e o trânsito dos veículos”, alerta o professor > Ao comparar diferentes alojamentos, deve-se avaliar: tipo de material empregado na
Márcio Estefano de Oliveira, da faculdade de fabricação, espessura da chapa utilizada, tratamento contra ferrugem, pintura, proteção
engenharia do Instituto Mauá de Tecnologia. térmica, qualidade dos acabamentos, instalações elétricas e hidráulicas, entre outros.
Durante a utilização do alojamento, > Podem ser transportados montados ou desmontados.
a atenção a alguns cuidados ajuda a con- > Para receber os alojamentos, o solo do terreno deve estar nivelado e sem riscos de
servar as edificações e a evitar acidentes. A afundamento ou escorregamento.
precaução contra incêndios é fundamen-
tal. Os funcionários devem ser orientados
a não utilizar material inflamável e não
acender fogareiros dentro do alojamento. originalmente utilizados para o transporte Normas técnicas
Os fornecedores de alojamentos para de carga, mas que podem acomodar pesso-
canteiro se concentram principalmente no as desde que disponham de laudos contra
relacionadas
Sul e Sudeste do País, mas é possível con- riscos químicos e biológicos. Esse tipo não é
tratar o serviço para todas as regiões. Luiz desmontável e deve ser transportado apenas NR-18 – Condições e Meio Ambiente
Coelho afirma que, embora a disponibili- em carretas. de Trabalho na Indústria da Construção
dade seja variável, é válido checar com pelo Ao comparar diferentes alojamentos, NR-24 – Condições Sanitárias e de
menos dois meses de antecedência, para é importante avaliar tipo de material em- Conforto nos Locais de Trabalho
evitar contratempos. A garantia deve ser pregado na fabricação, espessura da cha- NR-23 – Proteção Contra Incêndios
exigida e o alojamento deve estar incluído pa utilizada, tratamento contra ferrugem, NBR 12284:1991 – Áreas de Vivência
no seguro de responsabilidade civil do em- pintura, proteção térmica, qualidade dos em Canteiros de Obras
preendimento. acabamentos, instalações elétricas e hidráu-
licas, entre outros. Até o momento não há
Alojamentos móveis normas técnicas que regulamentem a fabri-
Os alojamentos móveis para canteiros de cação de alojamentos móveis. De qualquer mento do material na carroceria, evitando
obras são instalações provisórias que servem forma, o uso dessas instalações deve atender problemas com frenagem e curvas.
à realização de serviços complementares à à NR-18, do Ministério do Trabalho, e ob- Antes do recebimento no canteiro de
construção dos empreendimentos. Segundo viamente às necessidades da administração obras, o construtor deve verificar se as di-
Carlos Aransanz Loeche, diretor da Alec (As- de cada obra. mensões estão de acordo com o que foi
sociação Brasileira das Empresas Locadoras O transporte dos alojamentos móveis é pedido, o funcionamento das instalações
de Bens Móveis), há dois tipos de alojamen- feito pelos próprios fornecedores do produ- elétricas e hidráulicas, se há falhas na pin-
tos móveis oferecidos pelo mercado. Ambos to, caso isso seja contratado. Se transporta- tura e como está o funcionamento da cai-
podem ser alugados ou comprados. dos montados, o ideal é que seja levada uma xilharia dos alojamentos. <
Um deles é composto por módulos unidade por caminhão ou duas unidades
metálicos habitacionais, fabricados exclu- por carreta. Já se estiverem desmontados, de- Fontes
sivamente para uso de pessoas e que podem pendendo do caso, podem ser entregues até Guia da Construção 101 (dez/2009). “Como comprar –
Alojamento fixo de madeira”.
ser acoplados nos sentidos lateral e longi- sete unidades por caminhão e 14 unidades Construção Mercado 91 (fev/2009). “Como comprar –
tudinal formando um único ambiente. Já por carreta. É importante utilizar cordas ou Alojamento móvel para canteiro de obras”.
Construção Mercado 44 (mar/2005). “Como comprar –
o segundo tipo são os módulos marítimos, cintas com catracas para melhorar o trava- Alojamento de obra”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 45

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46 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 47

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AlojamentoS para canteiros de obras (fixo e móvel)
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Construção temporária Contêineres Alojamento transportável


Escritórios provisórios, almoxarifados, Os contêineres da Soldatopo são Segundo a Papycom, seus contêineres
sanitários, refeitórios, alojamentos para fabricados com chapas de aço zincadas oferecem a praticidade da mobilidade.
operários de obras de grande porte – ou a fogo, garantidas pelo fabricante Assim, o alojamento pode ser totalmente
mesmo em áreas urbanas para construção contra qualquer tipo de corrosão. Seu transportado de uma obra a outra. Se
de edifícios são atendidos pela Canteiro. A sistema construtivo modulado permite a necessário, pode conter banheiros, chuveiros,
empresa é especializada na construção de modificação rápida de layouts. pias para cozinhas ou ambulatórios.
edificações racionalizadas em painéis de Soldatopo Papycom
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madeira e, afirma, oferece baixos custos e www.soldatopo.com.br falecom@papycom.com.br
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de segurança.
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48 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 49

Livro 1.indb 49 25/02/2011 16:42:39


AlojamentoS para canteiros de obras (fixo e móvel)

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Madeira reflorestada Módulos Algeco
Atuando há mais de 50 anos com soluções O processo construtivo dos módulos
em canteiros de obras, a Manoel Marchetti habitáveis Algeco permite o acoplamento
constrói edificações pré-fabricadas em frontal, lateral e superior. Construídos no
madeira. A empresa assegura que o sistema monobloco, de montagem rápida
produto está totalmente baseado em e fácil acoplamento, os módulos têm
normas técnicas, com destaque pelo uso suas dimensões horizontais e verticais
de matérias-primas sustentáveis. Ou seja, ampliadas, além da superposição de até
madeira renovável reflorestada. A Marchetti três pavimentos, informa a Algeco. A
conta com certificação ISO 9001. empresa, fundada em 2001, é brasileira e
Manoel Marchetti atende ao mercado nacional e internacional
(47) 3357-8180
prefab@marchetti.ind.br nos segmentos de projetos, fabricação,
www.marchetti.ind.br locação e venda de módulos habitáveis.
Algeco
(71) 3594-4677
www.algeco.com.br

MÓDULOS HABITÁVEIS
A NHJ do Brasil vende e aluga contêineres
e módulos habitáveis para acomodação
temporária. Seus contêineres marítimos,
por exemplo, podem ser utilizados como
unidades para alojamentos de construção
civil. Os módulos podem ter acabamentos
opcionais e alguns modelos já vêm
equipados com parte elétrica e hidráulica,
suporte para ar-condicionado e janelas.
NHJ do Brasil
(21) 3094-4400
www.nhjcontainer.com.br

50 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 50 25/02/2011 16:42:42


Alojamentos para canteiro de obra (fixo e móvel)

ABRIL 2011 – anuário pini – 51

Livro 1.indb 51 25/02/2011 16:42:43


Alojamentos para canteiros de obras (fixo e móvel) > análise de estrutura de concreto

Armazenagem temporária
A novidade apresentada pela Rentank é sua
linha de contêineres desmontáveis destinada
à locação para obras e indústrias.Como
diferencial, a empresa aposta no menor custo Alojamento no canteiro
de transporte, propiciado pela possibilidade O Grupo Zap/Brasmódulos fabrica
de desmontar e empilhar os contêineres. e comercializa módulos metálicos
Tudo sem a utilização de máquinas. habitacionais tipo contêiner para projetos
Rentank de canteiros de obras, áreas de vivência e
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armazenamento de materiais na construção
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www.rentank.com.br civil e indústrias. Com uma linha
diversificada de modelos, a empresa produz
módulos padronizados ou customizados de
acordo com a necessidade de cada cliente.
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www.brasmodulos.ind.br
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Contêineres habitáveis Alojamentos multiuso


A Embraloc oferece contêineres para Os alojamentos da Delta destinam-se
escritórios, almoxarifados e banheiros de a usos como almoxarifado, refeitórios,
canteiros de obras, estandes de vendas escritórios e vestiários, dentre outras
e laboratórios. Disponíveis em diversas aplicações. A empresa também atende
dimensões, como 12 m x 5 m e 6 m x 5 m, a solicitações específicas, com projetos
podem ser modulados de acordo com sob medida para cada cliente. Além
as necessidades do cliente. A dimensão da montagem e da desmontagem
mínima é de 6 m x 2,5 m. Conforme a dos alojamentos, a empresa realiza a
empresa, proporcionam conforto térmico, manutenção em canteiros de obras.
estético e acústico. Delta Alojamentos
Embraloc (11) 4991-2777
(81) 3471-6641 delta@alojamentos.com.br
embraloc@embraloc.com.br www.alojamentos.com.br
www.embraloc.com.br

52 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 52 25/02/2011 16:42:45


ANDAIMEs

Movimentação vertical Viatrade Andaime multidirecional


Fabricado na Itália e trazido para o Brasil Recomendado para diversas aplicações
pela Viatrade, o Andaime Fachadeiro nas áreas industrial, de mineração e
Europeu possui assoalho e rodapé em aço siderúrgica, o andaime multidirecional
galvanizado. O importador explica que o Mecanflex pode ser montado nos mais
equipamento, indicado para a realização diversos formatos, inclusive sem a
de serviços diversos em fachadas, não utilização do solo como base.
apenas atende à norma de segurança NR- É constituído por uma pinça com chaveta
18, como também excede alguns requisitos rápida autobasculante, encaixada em
como espessura e diâmetro dos tubos. A uma peça de engate chamada estribo.
montagem pode ser realizada por apenas Esse engate exclusivo, além de travar
duas pessoas. o sistema, propicia uma montagem
Viatrade praticamente automática.
(47) 3366-0155 Mecan
www.escorasmetalicas.com.br www.mecan.com.br
(31) 3629-4000

ABRIL 2011 – anuário pini – 53

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ANDAIMEs

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Braçadeira reforçada
A Mitti Andaimes e Equipamentos oferece
braçadeiras fixas para acoplamento de tubo
galvanizado de 1½”, ref. 1/49N, em aço
mola forjado, temperado e revenido, com
peso de 1,140 kg, com parafuso curvo,
porcas e arruelas. As porcas são do modelo
reforçado para uso da chave de catraca
de 7/8”. A carga admissível, limitada pelo
escorregamento no tubo, é de 800 kgf. A
classificação fiscal é 7308.4000.
Mitti Andaimes e Equipamentos Ltda.
(71) 3390-4999
www.mitti.com.br

54 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 54 25/02/2011 16:42:50


ANDAIMEs

Andaimes de serviço
Em seu catálogo de produtos, a TRC
Metalvários oferece sistemas de andaimes de
serviço (Fachadex, tubular com braçadeiras,
leblok G1 ou G2) que atendem áreas de
construção civil, manutenção industrial e
outros eventos. Todos os sistemas estão
de acordo com as normas vigentes, tendo
a opção de pisos em pranchões de madeira
com contraforte metálico ou de alumínio. Os
sistemas são fabricados em várias medidas,
formando andaimes de diversas formas,
tamanhos e alturas.
TRC Metalvários
(11) 5515-0555
trcm@uol.com.br
www.trcm.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 55

Livro 1.indb 55 25/02/2011 16:42:52


> Andaimes

Estruturas elevadas
Locação de andaimes deve considerar tempo para
montagem e desmontagem dos equipamentos
fotos: marcelo scandaroli

Antes de assinar o contrato de locação, é preciso verificar as condições das peças

O andaime é uma estrutura provisória


para acesso a áreas elevadas, utiliza-
do em serviços de acabamento de peças
triais, devido ao método de montagem
baseado na fixação de tubos galvanizados
por abraçadeiras. Como os acessórios que
comerciais; também pode ser utilizado
na manutenção de fachadas na indústria
e em algumas obras de infraestrutura.
verticais, fachadas e estruturas. Existem compõem esse andaime não são painéis Permite acesso a todo o perímetro da
quatro tipos: tubular, multidirecional, pré-montados, é possível armá-lo em es- fachada ou área de trabalho sem inter-
tubo equipado e fachadeiro. O tubular é paços de difícil acesso. O segundo, mul- ferências entre as torres. Normalmente
mais usado em construções e reformas re- tidirecional, é composto por acessórios montado em módulos, deixa um corre-
sidenciais, além de pequenas manutenções como rosetas ou estribos multidirecionais, dor livre, pois seus painéis têm largura
em prédios. com flexibilidade de instalação e medidas e altura adequadas para o trânsito de
O tubo equipado e o multidirecional pré-definidas. pessoas e materiais.
têm montagem mais complexa e são uti- Já o fachadeiro é opção mais comum O mais usual dentre os fachadei-
lizados em casos específicos. O primeiro para serviços de alvenaria e acabamento ros é o modular, composto por painéis
é comum em empreendimentos indus- de fachadas de edifícios residenciais e metálicos simples e/ou com escada tipo

56 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 56 25/02/2011 16:42:53


Montador de andaime

O que faz um montador de andaimes? Responsabilidades desse profissional


Realiza atividades de montagem para Garantir que a montagem seja realizada de
permitir a execução de trabalhos de acordo com as especificações do projeto,
construção nas partes elevadas das verificar a qualidade dos equipamentos,
obras; modifica andaimes, alterando conferir os apertos de abraçadeiras ou
e ampliando armações, plataformas dos encaixes necessários a cada modelo,
e outros elementos, para adaptá-los providenciar a amarração da estrutura
à progressão das tarefas; desmonta da edificação e reportar ao supervisor
os andaimes depois de concluídos direto qualquer problema observado na
os trabalhos, desarmando as montagem do material.
plataformas, módulos, corrimãos e
demais acessórios. Experiência
A experiência anterior é desejável, porém
Quais tipos de andaimes que o é difícil encontrar mão de obra qualificada
montador pode instalar? nesse setor.
Tubular, fachadeiro, equipado e
multidirecional. Onde aprender a profissão? Os andaimes geralmente são locados por metro
São poucas as instituições que formam quadrado de fachada
O que é necessário para ser um profissionais na área de montagens de
bom montador? andaimes, um exemplo é o Senai (Serviço
Esse profissional deve ter domínio de Nacional de Aprendizagem Industrial), dade de São Paulo), o andaime fachadeiro é
montagem e conhecer todos os tipos e mas o curso não está disponível em todas boa opção tanto na construção de sobrado
modelos de andaimes existentes. as unidades quanto de edifício. No entanto, é mais van-
tajoso quando o tempo de permanência
Onde o montador pode trabalhar? Mercado de trabalho na obra não é muito longo. “Se o edifício é
Em manutenção e construção de O montador é muito requisitado e, com muito alto, a estrutura montada no primei-
novas instalações, na infraestrutura de o aquecimento da área de edificações, ro andar pode ficar ociosa muito tempo, o
rodovias, estações de tratamento de a procura por contratação desse tipo de que eleva o custo de locação. Nesse caso, o
água e esgoto. profissional tende a aumentar. balancim torna-se melhor opção.” Espinelli
lembra que, ao programar o uso desse tipo
de equipamento, deve-se levar em conta o
tempo de montagem. “Para uma estrutura
marinheiro acoplada, diagonal X de Como locar de 100 m2 são necessários dois homens e
travamento, guarda-corpo horizontal, Acessórios, metragem e complexidade um dia de trabalho.”
barras de ligação, pisos metálicos e/ou definem preço. Normalmente são aluga- Antes de fechar o contrato de loca-
elementos horizontais que servem para dos por metro quadrado de fachada. No ção, é preciso checar as condições do
suportar o apoio do piso em madeira, entanto, há projetos específicos conside- equipamento. “Se optar por pranchas
além de escada interna com alçapão, que rando interferências e soluções técnicas de madeira, não escolha as pintadas,
possibilita ao operário alcançar qualquer que podem ser cobrados. Nesse caso, o pois podem camuflar problemas como
nível da estrutura sem precisar utilizar a preço passa a ser global. rachaduras ou deterioração”, alerta. O
escada marinheiro. É preciso avaliar se o andaime utilizará professor explica que pranchas vazadas
Há, ainda, os andaimes fachadeiros sapatas ajustáveis, pisos metálicos e/ou pran- pré-fabricadas podem ser boa opção
multidirecionais compostos por postes chões em madeira, escada de acesso interna por serem mais leves. Deve-se observar
com rosetas e/ou estribos multidirecio- etc. Deve-se também ver se a empresa forne- o número de fixações mínimas tanto na
nais, travessa horizontal de travamento cedora entregará projeto de montagem, se vertical quanto na horizontal para evitar
com engate e pinças, travessa diagonal dispõe de equipe de técnicos e se está regu- a flambagem da estrutura. <
(vertical e horizontal) com engate e pin- larizada junto ao Crea (Conselho Regional
ças, piso metálico e/ou apoios para forra- de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).
Fontes
ção em piso de madeira, além da opção de Para Ubiraci Espinelli, professor da Téchne 159 (jun/2010), “ Parceiro de fachada”.
escada interna. Poli-USP (Escola Politécnica da Universi- Equipe de Obra 27 (jan/2010), “Perfil Montador de andaime”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 57

Livro 1.indb 57 25/02/2011 16:42:55


> AQUECEDOR DE ÁGUA A GÁS

Passagem ou acumulação?
Escolha do tipo de aquecedor a gás depende da vazão de
água necessária, da pressão de água do local e da distância
do aquecimento para o ponto de consumo

A água quente é um conforto cada vez


bruno loturco

mais exigido pelo morador. Por isso, a


praticidade do sistema adotado e o custo
operacional são itens importantes na hora
da escolha do sistema. Entretanto, o di-
mensionamento correto exige atenção ao
perfil do usuário e à quantidade de pontos
de uso simultâneos.
Por muito tempo, a segurança dos
sistemas de aquecimento de água a gás
foi questionada e chegou, inclusive, a
impor restrições ao sistema, como a
proibição de instalar esse tipo de aque-
cedor dentro de banheiros. No entan-
to, atualmente os sistemas são seguros
graças à evolução da tecnologia e à
existência de válvulas de bloqueio, que
impedem que a chama do aquecedor se
apague e provoque vazamentos.
Não basta, porém, especificar e proje-
tar corretamente o sistema de aquecimen-
to se a interface com os demais sistemas
estiverem mal resolvidas. Erros nessa etapa Desempenho do aquecedor a gás está totalmente ligado ao projeto hidraúlico, que deve considerar as
se traduzem em grande comprometimen- perdas decorrentes da distância entre o queimador e o ponto de consumo
to da eficiência da solução.
Como o desempenho do aquecedor está (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Em peratura. Quando o tempo programado
relacionado ao projeto hidráulico, é bom geral, essa pressão deve ter, no mínimo, en- diminui, o sistema aciona um pressuri-
observar alguns aspectos. Perda de calor por tre 5 e 20 mca, dependendo do fabricante. zador que circula a água acumulada por
falta de isolamento térmico adequado das Já o volume de água é dimensionado pelo um aquecedor de passagem interligado ao
tubulações, por exemplo, prejudica o siste- próprio aparelho e pode variar entre 50 e sistema para manutenção da temperatura.
ma. Dependendo da distância entre o aque- 500 l/min para o de acumulação e 6 e 34 l/ Em geral, os equipamentos a gás são
cedor e o ponto de consumo, um dispositivo min para o de passagem. alimentados com energia elétrica para ig-
de recirculação da água quente pode ser a Além dos tradicionais modelos de nição do sistema, sempre em baixa tensão,
solução para manter a temperatura. passagem e acumulação, há como opção e a entrada é sempre mono (São Paulo) ou
alternativa de aquecedor a gás o sistema bifásica (sul do País). É preciso prever o sis-
Sistemas alternativos conjugado, misto das duas soluções que tema no projeto elétrico, exceto para aque-
Em aquecedores de passagem, a pressão pretende proporcionar tanto a economia cedores residenciais com sistema de chama
na entrada de água fria precisa ser contro- do aparelho de passagem quanto a capa- piloto automática convencional. O do tipo
lada, assim como é preciso prever disposi- cidade de armazenar maiores volumes de eletrônico precisa apenas de uma tomada
tivos limitadores à alta pressão em sistemas água quente dos acumuladores. próxima ao local de instalação.
de aquecimento por acumulação, conforme Nesse sistema, a água fica acumulada As tubulações ideais para a condução
salienta Douglas Barreto, pesquisador do em um reservatório com isolamento tér- de gás são as metálicas como aço gal-
laboratório de instalações prediais do IPT mico e é monitorada por sensor de tem- vanizado e cobre, com espessura acima

58 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 58 25/02/2011 16:42:57


Como funcionam os aquecedores a gás

Passagem chuveiro, assim como o conforto do banho, aciona o queimador no caso de queda
Por exigir rede de água pressurizada, mas exige misturador. O aquecimento se dá em na temperatura, exige infraestrutura para
não é comum em residências. Teve o câmara com queimador envolta em serpentina, instalações de gás e para passagem de água
uso proibido em banheiros devido à por onde passa a água. Sensores indicam quente, além de misturador. Assim como
necessidade de ser instalado em local a passagem de água e iniciam a queima. a caldeira elétrica, apresenta o risco, no
ventilado, com chaminé para dispersão dos Apresenta perda de calor decorrente da caso de dimensionamento equivocado, de
gases resultantes da queima. Ainda assim, distância entre o aquecimento e o consumo. não prover água quente suficiente para as
tem aumentado a participação no mercado, necessidades da edificação. Prédios podem
por ser mais compacto e econômico Acumulação contar com um único equipamento para
que os sistemas por acumulação, já que Perdendo espaço para seu semelhante em todos os apartamentos, o que evita perda
só é ligado no momento do uso. É dos combustível, mais barato e eficiente em de espaço dentro do imóvel e centraliza
equipamentos mais comuns em todo o consumo de gás, ainda é o equipamento a manutenção. No entanto, a cobrança
mundo para aquecimento de água. São de aquecimento de água mais tradicional. individualizada é mais complexa. A mesma
indicados para um máximo de três pontos Indicado para locais em que são demandados água, em instalações mais sofisticadas, pode
de uso simultâneo. Sua potência e volume grandes volumes de água com temperaturas ser usada para calefação de ambientes ou
de vazão de água são maiores que a do de até 60oC. Dotado de termostato que mesmo em piscinas.

1 1
2
3
1 Água fria
4 2 Água quente
3 Registro 3
4 Válvula de pressão 2
7 e temperatura 1 Chaminé
5 Isolamento térmico 4 2 Gases de combustão
5 5
6 Chapa externa 3 Regulador de tiragem
7 Ânodo 4 Câmara de combustão
6 5 Chapa externa
13 11 8 Termostato
9 Dreno 6 Serpentina
6
12 15 10 Controle de gás 7 Queimador
11 Tubo profundo 8 Entrada de gás
9 12 Ladrão 9 Entrada de água fria
7 10 Saída de água quente
8 13 Tanque de aço
14 14 Queimador
10 15 Chaminé
8 9
10

de 0,8 mm. As ligações geralmente são feitas por tubos rígidos e a do gás por água com uma temperatura máxima de 70oC.
feitas por rosca ou solda, dependendo tubos flexíveis ou rígidos. A vantagem das tubulações de CPVC é a du-
do tipo de tubo utilizado. A ligação do Para conduzir água quente podem ser rabilidade: cerca de 50 anos, como o PVC. <
aquecedor entre os pontos, no equipa- usadas tanto tubulações de cobre quanto PEX
mento do tipo de passagem, é feita por (polietileno reticulado). Outra opção são os Fontes
Téchne 88 (jul/2004)”Aquecedores residenciais a gás”.
flexíveis. No do tipo acumulador as liga- tubos e conexões de CPVC (Cloreto de Poli- Téchne 117 (dez/2006) “Vazão Quente”.
ções das redes de água fria e quente são vinila Clorado). Esse material pode conduzir Construção Mercado 58 (jan/2009) “Aquecedores”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 59

Livro 1.indb 59 25/02/2011 16:42:58


> AQUECEDOR SOLAR DE ÁGUA

Incentivo solar
Com programas governamentais, os sistemas
solares para aquecimento de água têm ganhado
cada vez mais espaço no mercado
fotos: marcelo scandaroli

Programa Procel é o agente certificador de reservatórios térmicos e coletores planos solares

I ncentivos governamentais e programas


de eficiência energética têm expandido o
uso de aquecedores solares, especialmente
especialistas, os sistemas individualizados
são os mais indicados para habitações uni-
familiares. Nesse modelo, cada moradia
dos reservatórios térmicos e dos coletores
planos solares.

em habitações de interesse social. Para o recebe um reservatório de água quente e Lei solar
governo, o benefício é a redução das cifras um coletor solar, cuja área pode variar de Em São Paulo, o debate sobre esse
investidas no setor de energia elétrica. Para 1,5 m2 a 2 m2. tipo de aquecimento ganhou força com a
os moradores, a economia nos gastos com Atualmente, construtores e fabricantes aprovação, em 2007, da lei 14.459, também
luz elétrica. contam com o respaldo do Inmetro (Insti- conhecida como “Lei Solar”. Ela determina
Nesse contexto, as construtoras podem tuto Nacional de Metrologia, Normaliza- que todas as novas edificações construídas
receber estímulos para instalar equipa- ção e Qualidade Industrial), por meio do na capital paulista recebam a infraestru-
mentos em suas unidades. De acordo com programa Procel, como agente certificador tura para instalação do sistema de aqueci-

60 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 60 25/02/2011 16:43:00


Checklist Normas técnicas
> NBR 15569 – Sistema de
Projeto Aquecimento Solar (SAS) – Concepção,
> Para garantir o dimensionamento correto e o bom desempenho dos sistemas de Dimensionamento, Arranjo Hidráulico,
aquecedores solares, a recomendação é que os equipamentos sejam previstos ainda na Instalação e Manutenção.
fase de projeto > NBR-5626 – Instalação predial de
água fria.
Escolha do fornecedor > NBR-7198 – Projeto e Execução de
> Durante a escolha do fornecedor, verifique se os produtos são certificados pela etiqueta Instalações Prediais de Água Quente.
do Inmetro ou pelo selo Procel > NBR-5410 – Instalações Elétricas de
> Verifique se o fabricante oferece garantia e profissionais capacitados para executar a Baixa Tensão.
instalação

Na obra
> Para uma perfeita instalação dos dutos e equipamentos, siga o projeto nas diversas regiões do edifício e nas bom-
> No canteiro, os equipamentos, sobretudo o coletor solar (que possui superfície de bas que viabilizam a recirculação da água
vidro), devem ser armazenados e manejados com cuidado quente do sistema.
A instalação de sistemas de aqueci-
Instalação mento solar também impacta a concepção
> Conte sempre com profissionais capacitados em cursos de instalação de sistema de dos produtos imobiliários. Se não houver
aquecimento solar ou técnico em hidráulica ou mecânica para fazer esse serviço espaço livre disponível no terreno em que
> A soldagem deve ser bem-executada para que não haja risco de vazamentos ou a construção será erguida – o que é co-
problemas de vedação. Para não prejudicar o sistema, confira se a tubulação está livre de mum em áreas urbanas adensadas –, os co-
esmagaduras letores deverão ser instalados na cobertura
> O transporte e a instalação das barras de tubulações devem ser feitos de maneira do edifício. E isso tira dos construtores a
cuidadosa para evitar acidentes possibilidade de explorar um espaço nobre
> No momento da instalação, os funcionários devem usar todos os EPIs (Equipamentos do imóvel, reduzindo a margem de lucro
de Proteção Individual) indicados, conforme a determinação das normas brasileiras do empreendimento.

Redes de distribuição
mento solar de água. Além disso, algumas Existem quatro tipos de distribuição
edificações deverão ser entregues inclusive de água quente, divididos em duas catego-
com os captadores solares, reservatórios rias. Nos sistemas diretos, a água aquecida
térmicos e aquecedores auxiliares. Nessas é a mesma que sai no ponto de consumo.
edificações, o sistema de aquecimento so- Nos indiretos, a água aquecida funciona
lar deverá ser dimensionado para suprir apenas como uma fonte de energia para
40% da demanda anual de energia neces- aquecer a água fria das próprias unidades
sária para o aquecimento de água sanitária – o que ocorre num dispositivo chamado
e de piscinas. trocador de calor.
A novidade pegou projetistas de sis- Dentro dessas categorias, pode-se op-
temas prediais e construtores de surpresa. tar pelo aquecimento complementar co-
Até hoje, a maior parte das empresas bra- letivo ou individual da água proveniente
sileiras estava acostumada a projetar e exe- Quando não há espaço disponível no terreno, os dos coletores solares. A opção pelo melhor
cutar sistemas simples, como casas e hotéis. painéis solares acabam ocupando a cobertura sistema dependerá das características do
Eram geralmente imóveis pertencentes a edifício. Há uma tendência de retirar os
um único proprietário, o que dispensava reservatórios e aquecedores auxiliares das
qualquer tipo de divisão de conta de água e mas prediais desafios técnicos, como conci- áreas comuns dos edifícios. <
gás entre vários consumidores. No entanto, liar distribuição de água quente e medição
a imposição da necessidade de instalação de individualizada de consumo de água e gás. Fontes
Construção Mercado106 (mai/2010), “Aquecimento solar para
aquecimento solar em condomínios, por Em estruturas muito altas, surge também habitações econômicas”.
exemplo, colocou aos projetistas de siste- a necessidade de calibrar a pressão da água Téchne 147 (jun/2009), “Aquecedores solares”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 61

Livro 1.indb 61 25/02/2011 16:43:01


Aquecedor solar de água

62 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 62 25/02/2011 16:43:04


ABRIL 2011 – anuário pini – 63

Livro 1.indb 63 25/02/2011 16:43:05


Aquecedor solar de água
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Aquecimento a vácuo Temperatura sob controle


Aquecedores Cumulus A Eco Comfort oferece soluções em Capazes de fornecer 25 l, 30 l ou 35 l de
Dotados de controle automático de energia renovável e está lançando seu água quente por minuto, a depender do
temperatura da água, os aquecedores a novo aquecedor solar de tubos de vidro modelo, os novos aquecedores de água
gás da Cumulus podem atingir até 60oC a vácuo. De acordo com o fabricante, a gás instantâneos da Rheem operam
± 5oC. Sua configuração normal suporta essa tecnologia já é largamente por exaustão forçada com controle
pressurização equivalente a 40 m de coluna utilizada em países desenvolvidos e digital de temperatura. Eletrônicos,
d’água. Disponíveis em capacidades de chega agora ao Brasil. permitem programação da temperatura
armazenagem de 75 l a 400 l. Podem Eco Comfort ideal do banho e contam com sistema
(11) 2425-2818
utilizar GLP (gás liquefeito de petróleo) vendas@ecocomfort.com.br de segurança que desliga o aparelho no
ou GN (gás natural), havendo sempre um www.ecocomfort.com.br/aquecedores caso de elevação no nível de monóxido de
queimador específico para cada tipo de gás. carbono ou de combustão.
Cumulus Rheem do Brasil
0800-770-1450 (11) 3021-7055/3025-0707
vendas@cumulus.com.br michele.zocchi@rheem.com.br
www.cumulus.com.br www.rheem.com.br

64 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 64 25/02/2011 16:43:09


ar condicionado

Climatização de ambientes Ar condicionado e


Com matriz em Santana de Parnaíba (SP) sustentabilidade
e três filiais Londrina (PR), Bauru (SP) Há mais de 30 anos, a Enthal Engenharia
e Porto Alegre (RS), a Frescar oferece oferece soluções para o conforto
soluções para climatização de ambientes. térmico e qualidade do ar no interior de
A empresa dispõe de uma estrutura de edifícios corporativos, hospitais, hotéis
mais de 100 funcionários, entre eles e indústrias. Em projetos de sistemas
instaladores, empreiteiros de obras e de condicionamento de ar sustentáveis,
representantes comerciais. a empresa atua com elementos pré-
Frescar fabricados e pré-montados fora do
(11) 4622-8066
www.frescar.com.br
canteiro de obras.
Enthal Engenharia
(11) 3752-2330
comercial@enthal.com.br
www.enthal.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 65

Livro 1.indb 65 25/02/2011 16:43:11


> AR CONDICIONADO

Ar compacto
Solução simples, ar condicionado split requer especificação pautada
em fina sintonia entre arquitetura e projetistas. Compatibilização
com projetos de elétrica e hidráulica é ponto crítico

P ara atender à demanda por sistemas


divulgação: LG Artcoal

mais silenciosos e compactos, os con-


dicionadores de ar do tipo split entraram
no mercado brasileiro há cerca de duas
décadas como substitutos naturais dos
aparelhos de janela, que são mais ruido-
sos e causam maior interferência na edi-
ficação. Desde então, os equipamentos
vêm sendo aperfeiçoados e a participação
desse tipo de solução é crescente, princi-
palmente em aplicações com baixas po-
tências nominais.
Tal desempenho justifica-se, em gran-
de parte, pela simplicidade do equipa-
mento. Composto por dois módulos – o
evaporador e o condensador –, o sistema
split funciona pela circulação de fluido
refrigerante nas tubulações de cobre que
interligam as unidades. Há, ainda, o fator
econômico. Calcula-se que a diferença
de preço entre o split e o sistema de con-
dicionamento central é de aproximada-
mente 25%.

Especificação
Em geral, os splits são indicados para
pequenos ambientes, onde não é viável
a instalação de aparelhos de janela. É o
caso de consultórios, pequenos escri-
tórios, dormitórios e salas de estar. Em
edifícios residenciais, equipamentos
como os minisplits, com menores capa-
cidades térmicas e pequenos trechos de
dutos, permitem a instalação da unidade Sistema split é composto por dois módulos – o evaporador, instalado no ambiente
condensadora na varanda, área de servi- a ser climatizado, e o condensador
ço ou área externa próxima ao ambien-
te condicionado. Outra aplicação típica
desse tipo de equipamento ocorre em comando eletrônico, salas de telemática do calculado por consultor ou projetista
locais de pouca área e que necessitam e CPDs. levando em conta a carga térmica do am-
de climatização devido ao calor gerado Como ocorre com outros sistemas biente, as solicitações do proprietário e as
pelos equipamentos que abrigam, como de condicionamento de ar, o split tende particularidades da arquitetura. Em novas
casas de máquinas de elevadores com a apresentar melhor desempenho quan- instalações, o projeto arquitetônico deve

66 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 66 25/02/2011 16:43:14


Cuidados na instalação
Cada modelo possui características Unidade
evaporadora
próprias que devem ser analisadas
individualmente. Porém, é possível listar
algumas recomendações gerais para
instalação dos condicionadores split,
seja com evaporadoras em parede, piso, Ar
quente
teto ou embutidas:
Posicionamento: o aparelho deve Ar frio
Ambiente Unidade
ser instalado com o insuflamento no externo condensadora
sentido da maior dimensão do ambiente
e no nível mais alto possível, atendendo
às normas de cada modelo.
Ambiente
Drenagem: recomenda-se a escolha de interno
Ar
locais onde seja possível a interligação
quente
da tubulação do dreno à rede de
drenagem ou áreas externas tais como ponto de saída de tubulação da evaporadora
varandas ou áreas de serviço. ao local destinado à condensadora.
Energia: é necessário prever um ponto Evaporadora: deve ficar livre de quaisquer
de força para a unidade interna ou para a tipos de obstruções das tomadas de ar de
externa dependendo do modelo utilizado. retorno ou insuflamento.
Tubulação de interligação: para Condensadora: deve ser instalada em local
Ar frio
previsão de instalação, deve-se deixar onde não haja circulação de pessoas, com
uma tubulação de PVC (50 mm para pouca ou nenhuma insolação, bem ventilado, grama. No caso da instalação de duas
modelos até 30 mil Btu/h e 75 mm seco e aberto, onde a tomada de ar seja ou mais condensadoras, elas devem
para modelos acima de 30 mil Btu/h) satisfatória e, de preferência, não diretamente ficar paralelas umas às outras e jamais
já embutida na parede interligando o no solo ou sobre superfície macia, como frente a frente.

Checklist – Compra de ar condicionado prever área destinada à instalação da uni-


dade condensadora sob o risco de perder
> Contrate projetista idôneo e experiente, que não mantenha vínculos comerciais com espaço em sacadas ou inserir o aparelho
empresas instaladoras e fabricantes em forros ou outros lugares apertados, ge-
> Discuta as alternativas, mas sem levar em conta somente o custo rando dificuldade de acesso para manu-
> Certifique-se de que o projeto de ar condicionado passou por um processo de tenção. Além disso, como a evaporadora
compatibilização com os demais projetos produz água na função de refrigeração, o
> Verifique a qualidade do projeto, que deverá ser composto por desenhos detalhados de projeto deve prever a colocação de ponto
todas as áreas beneficiadas e especificações de todos os equipamentos de drenagem.
> Solicite o orçamento da instalação de empresas idôneas, com experiência prévia no O ideal é que a definição do sistema
serviço que será executado aconteça ainda em projeto, quando é pos-
> Analise as propostas de fornecimento da instalação verificando se atendem a todos os sível prever soluções mais eficientes para
requisitos estipulados no projeto. Se for necessário, contrate um assessor especializado a saída de dreno e tubulação de gás. Devi-
> Não aceite alternativas sem antes consultar o projetista, que poderá analisar as do à implicação sobre os demais projetos,
consequências das alterações o engenheiro responsável pela instalação
> Caso necessário, contrate assessoria especializada para acompanhar os trabalhos do ar condicionado deve interagir de for-
de execução das instalações e verificar se os equipamentos e componentes fornecidos ma sistemática com todos os demais ins-
atendem às especificações do projeto taladores, principalmente os de elétrica
> Exija da empresa contratada, na entrega da instalação, relatório comprovando o e hidráulica. <
desempenho da instalação, em conformidade com as premissas de projeto. É preciso
lembrar que o resultado final somente poderá ser avaliado com a edificação ocupada Fontes
Construção Mercado 50 (set/2005) “Preço contra a qualidade”.
Arquitetura & Urbanismo 125 (ago/2004) “Ar fresco com
Fonte: Carlos Massaru Kayano, diretor da Thermoplan Engenharia Térmica. menor investimento”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 67

Livro 1.indb 67 25/02/2011 16:43:14


68 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 68 25/02/2011 16:43:18


ABRIL 2011 – anuário pini – 69

Livro 1.indb 69 25/02/2011 16:43:21


> ARGAMASSA DE REVESTIMENTO

Adesão perfeita
Seleção de componentes, boas práticas de execução
e mecanismos de controle de qualidade são cruciais
para o desempenho da argamassa

O
marcelo scandaroli

revestimento de argamassa ajuda na


proteção, estanqueidade e conforto
térmico da edificação, além de servir como
base para os mais variados tipos de acaba-
mento. Quando o serviço é bem realizado,
a argamassa também serve para absorver
as tensões de cisalhamento do conjunto,
evitando o seu desplacamento.
A mistura à base de cimento, areia e
água pode ser fabricada em obra ou ser
industrializada. Neste caso, a argamassa é
dosada na fábrica, o que confere uniformi-
dade às várias utilizações, além de minimi-
zar o desperdício e padronizar a qualidade.
Mas nada impede que a argamassa virada
em obra seja eficiente, desde que elaborada
com material de qualidade e dosada por
profissional especializado.
O traço deve variar em função das ne-
cessidades de cada aplicação, e o mercado
oferece produtos específicos para cada fi-
nalidade. A composição do chapisco, por
exemplo, costuma ser mais rica em cimen-
to e mais fluida do que o emboço e reboco,
pois tem a função de criar uma ponte de
aderência entre a superfície e as camadas
de argamassa subsequentes.

LOGÍSTICA E RECEBIMENTO
A argamassa pode ser adquirida em Argamassa aplicada com projetores aumenta a produtividade e garante revestimentos mais uniformes
sacos ou a granel, neste último caso, arma-
zenada em silos. Para o armazenamento Como a argamassa industrializada tem bem como em equipamentos que auxiliem
dos sacos, o primeiro cuidado é observar um prazo limite de armazenamento de essa atividade. No caso da argamassa “vi-
o empilhamento máximo permitido, que cerca de 90 dias, o planejamento é muito rada” em obra, essa especialização é ainda
não deve ultrapassar 15 unidades. importante quando se utiliza esse material. mais necessária.
Os sacos devem ser mantidos em local No preparo da argamassa industria-
seco, ventilado e protegido da umidade. CUIDADOS DURANTE A EXECUÇÃO lizada, basta adicionar à mistura a quan-
O piso deve ser impermeabilizado, e as A execução da argamassa é um dos tidade recomendada de água limpa, lem-
pilhas, estar a pelo menos 20 cm do solo. serviços que geram impactos sensíveis na brando que não é necessário acrescentar
É importante não encostá-las nas paredes, produtividade do canteiro. Por isso, vale outros produtos, pois os aditivos já foram
nem deixá-las próximas a objetos pontia- a pena investir em capacitação da mão de dosados em fábrica. Ler as instruções da
gudos que possam rasgar a embalagem. obra que prepara e aplica o revestimento, embalagem é fundamental, bem como res-

70 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 70 25/02/2011 16:43:22


Cálculo da quantidade da cal

Como calcular a quantidade necessária da cal na oferecendo rendimento na aplicação e contribuindo para a redução
composição da argamassa para revestir paredes do custo por metro cúbico. O produto é encontrado em sacos de
internas? 15 kg ou 20 kg e o preparo da massa pode ser feito na hora, para
aplicação geralmente de duas ou três camadas. Como as proporções
A cal hidratada é um aditivo muito utilizado nas argamassas da argamassa são indicadas em volume, uma forma de dosar os
mistas para revestimentos internos e externos. O material componentes no canteiro é tomando-se como base uma lata de 18 l
facilita a “liga” na mistura com a areia, a água e o cimento, ou o próprio saco de cada produto.

Conversão de volume para latas


1 volume = 1 lata de 18 l

Rendimento:
cobertura de cerca
1 lata de cimento (18 l) 2 latas de cal (36 l) 9 latas de areia (162 l) de 8 m² de revestimento

Rendimento: aproximadamente 0,16 m³ de argamassa fresca, suficiente para a cobertura de


cerca de 8 m² de revestimento com espessura média de 2 cm.

Cálculo de volume para sacos de papel kraft

1 saco de cimento (50 kg) = 42 l de material =


2 latas + 1/3 de lata.
1 saco de cal hidratada (20 kg/CH-III ou 15 kg/CH-I) =
28 l a 30 l de material = 1 lata + 2/3 de lata.

Rendimento:
cobertura de cerca
1 saco de cimento (42 l) 3 sacos de cal (84 a 90 l) 21 latas de areia (378 l) de 19 m² de revestimento

Rendimento: aproximadamente 0,38 m³ de argamassa fresca, suficiente para cobertura de cerca de 19 m² de revestimento com espessura média de 2 cm.
Revestimento externo: 1 saco de cimento (42 l) + 1 ½ saco de cal hidratada (42 a 45 l) + 14 latas de areia (252 l).

peitar os tempos de preparo e o prazo de 13.528:2010 – Revestimentos de Paredes e bre o substrato. A norma permite a realiza-
utilização depois do contato com a água. Tetos de Argamassas Inorgânicas – Determi- ção do ensaio em outra idade, caso seja do
nação da Resistência de Aderência à Tração. interesse do construtor, mas, nesses casos,
CONTROLE DE QUALIDADE O teste visa auxiliar na definição do tipo de a idade deverá ser registrada em relatório.
A lista de fatores que interferem no de- preparo da base, bem como da argamassa Mesmo que os laudos levem dois ou
sempenho dos revestimentos de argamassa que melhor funciona sob condições especí- três dias para serem liberados, a preparação
é enorme e inclui desde as características ficas existentes, especialmente do substrato. dos corpos de prova permite obter algumas
da base e os materiais empregados até as Ainda no início do assentamento das informações preliminares. “No momento
condições ambientais e os métodos de alvenarias, as amostras são retiradas da do corte podemos fazer uma primeira ava-
aplicação utilizados. Importante parâme- fachada, área mais exposta a intempéries, liação quanto à rigidez do revestimento,
tro de qualidade do revestimento, a ade- utilizando-se um ou mais tipos de arga- dependendo da maior ou menor dificulda-
rência da argamassa ao substrato (blocos massas pré-selecionadas, industrializadas de encontrada durante a manobra de pene-
cerâmicos, de concreto ou sílico-calcário) ou produzidas no canteiro. tração”, conta o gerente técnico da Tecmix,
também varia de acordo com fatores como O teste deve ser realizado no revesti- Horácio de Almeida Júnior. <
rugosidade, teor de umidade etc. mento com idade de 28 dias, no caso de Fontes
O instrumento que permite avaliar a argamassas mistas ou de cimento e areia, Guia da Construção 105 (abr/2010) “Revestimento planejado”.
Téchne 159 (jun/2010) “Teste padrão”.
qualidade dessa união é o ensaio de aderên- e de 56 dias para argamassas de cal e areia, Equipe de Obra 30 (julho/2010) “Cal hidratada para argamassa
cia, realizado conforme prescrito na NBR contados após a aplicação da argamassa so- de revestimento”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 71

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72 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 73

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argamassa de revestimento > Argamassa de Revestimento Interno

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Rejuntamento epóxi
O rejuntamento epóxi da Argamassa
Brasil tem, segundo a empresa, alta revestimento projetável
resistência química com formulação que A Pavmix produz argamassa de revestimento
garante um rejunte impermeável e imune projetável para atender às necessidades
a manchas, fungos e bactérias. Pode das empresas que visam desempenho e
ser usado em residências, comércio, produtividade. Segundo o fabricante, o
indústria e no ramo hospitalar. É bombeamento de argamassa traz vantagens
indicado para aplicação em áreas que como a eliminação do transporte vertical,
vão de úmidas a muito molhadas – como a redução das perdas por desplacamento
em cozinhas e banheiros – ou mesmo ou por respingo e a melhor aderência do
submersas, como em piscinas. Há várias revestimento ao substrato, proporcionado
opções de cores. pela pressão constante na aplicação,
Argamassa Brasil eliminação dos espaços vazios e a expulsão
faleconosco@argamassabrasil.com.br
das bolhas de ar.
www.argamassabrasil.com.br
Pavmix
(19) 3289-4122
www.pavmix.com.br

74 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 74 25/02/2011 16:43:35


ABRIL 2011 – anuário pini – 75

Livro 1.indb 75 25/02/2011 16:43:36


argamassa de revestimento > Argamassa de Revestimento Interno
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Argamassas e
rejuntamentos
A Rejuntabrás atua há 25 anos no
mercado e fornece argamassas,
rejuntamentos, selantes e
Argamassa para assentamento hidrofugante. Entre os rejuntamentos, Acabamento final
A argamassa colante da Construcola há o acrílico, o anticorrosivo, o Reboco Fino é uma argamassa para
tem como característica alto teor de cimentício e o epóxi. Os produtos revestimento de paredes estruturadas
adesividade e flexibilidade e propriedades ganharam novas embalagens, o com blocos de concreto. Seu preparo é
que diminuem as interferências da que, segundo a empresa, facilita a instantâneo, bastando adicionar água. A
temperatura. É indicada para assentamento identificação do material. aplicação é simples, direto no bloco, o
de revestimento cerâmico de até 20 x 20 Rejuntabrás que permite eliminar sujeira nas calçadas,
(11) 4645-1366
cm em fachadas com absorção de água de jardins e garagens. O produto, segundo
www.rejuntabras.com.br
0,5 a 6%, porcelanato, granitos, ardósia, o fabricante, foi desenvolvido com alta
sobreposição de peças, saunas úmidas e tecnologia, o que elimina a etapa do
secas, piscinas e áreas de tráfego intenso. chapisco, reduz o custo, diminui o tempo
Construcola da obra e proporciona um acabamento final
(21) 2445-0062
contrucola@construcola.com.br com apenas 4 mm de espessura.
www.construcola.com.br Cal Hidra
(41) 3657-1352
www.calhidra.com.br

76 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 76 25/02/2011 16:43:40


ABRIL 2011 – anuário pini – 77

Livro 1.indb 77 25/02/2011 16:43:42


> BALANCIM (Andaime suspenso motorizado)

Elevação segura
Próprios ou alugados, utilização de balancins elétricos exige
planejamento logístico das rotinas de execução da construtora

T
fotos: marcelo scandaroli

ambém conhecido como andaime sus-


penso, o balancim é uma plataforma
metálica ou de madeira, sustentada por ca-
bos de aço, que se movimenta no sentido
vertical com auxílio de guinchos. O equi-
pamento é usado na execução de serviços
na área externa de edifícios como revesti-
mento, acabamento e pintura de fachadas;
aplicação de esquadrias e vidros; limpeza e
manutenção; instalação de prumadas exter-
nas, como a de gás; entre outros.
Existem três tipos principais de balan-
cins: o mecânico leve, que pode ser movi-
mentado por sistema de catraca ou por cabo
passante e geralmente é usado para serviços
de reparo, pintura e manutenção; o mecâ-
nico pesado, com dimensão e capacidade
para cargas maiores que o leve, empregado
principalmente no revestimento externo; e
o elétrico, que se movimenta por meio de
motores. A especificação do modelo depen-
de do tipo de serviço que será executado e da Especificação do tipo de balancim leva em conta a capacidade de carga e a velocidade de movimentação
velocidade de movimentação necessária para
atender aos prazos do cronograma.
Para alguns serviços como limpeza, limpeza, lubrificação das peças e verificação compra nos casos em que a construtora
ensaios, instalação de molduras e apliques periódica do sistema de movimentação e tem uma sequência considerável de serviços
nas fachadas, entre outros, uma velocidade dos componentes de sustentação e fixação com as mesmas características, já que cada
de movimentação maior pode significar são práticas necessárias ao perfeito funcio- obra demanda equipamentos com especi-
ganho de produtividade, justificando o namento do equipamento. ficações diferentes.
uso do balancim elétrico. O custo de manutenção – geralmente
A instalação deve ser feita por equipe Logística terceirizada – também entra na conta da
qualificada sob supervisão e responsabilida- Para evitar que o equipamento fique aquisição do andaime suspenso. Devem
de técnica de profissional legalmente habili- parado devido à interferência de outras ser considerados também os gastos com as
tado e obedecendo às especificações técnicas atividades, o planejamento do posiciona- equipes de produção enquanto são feitas
do fabricante. Antes da montagem é necessá- mento e dos serviços executados com o as manutenções e reparos. Na locação, os
rio verificar se as instalações elétricas do can- balancim deve levar em conta outros sis- custos com paralisações superiores a 48
teiro são compatíveis com o equipamento. temas construtivos da obra. Vale lembrar horas podem ser compartilhados.
Além da manutenção periódica, alguns que o treinamento da equipe reduz riscos
cuidados no uso ajudam a conservar e ob- de acidente e danos ao equipamento. Locação
ter melhor desempenho do balancim. Para A decisão entre comprar ou locar de- Para alugar balancim, os cuidados de-
tanto, o ideal é que sejam definidas práticas pende do fluxo de trabalho da construtora. vem começar com a seleção das fornece-
rotineiras de avaliação e manutenção pre- Algumas empresas consideram que locar doras. Um cuidado que o contratante deve
ventiva dos componentes. Processos como é a melhor opção, considerando viável a ter é com a regularização do prestador de

78 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 78 25/02/2011 16:45:23


Montagem de balancim elétrico

Fixação dos cavaletes Montagem da plataforma Cabos de aço


Posicionar e fixar os cavaletes frontal Em solo, montar as partes integrantes do Introduzir o cabo de aço com ponta
e traseiro, de acordo com a orientação balancim, que incluem plataforma, guarda- vermelha (tração) no olhal de cada
do projeto. O engenheiro responsável corpos, montantes de fechamento, máquinas uma das máquinas de tração e acionar
deve apontar os locais exatos de de tração, painel de controle e blockstop (freio o botão “Sobe”. O cabo começará a
fixação e analisar a carga solicitada de segurança). Posicionar e parafusar um passar por dentro das engrenagens e
pelo balancim, garantindo e assumindo blockstop e uma máquina de tração em cada dar o primeiro sinal de subida. Depois
a responsabilidade técnica do projeto. montante e fixar o painel de controle no centro introduzir o cabo de aço com ponta
de um dos guarda-corpos. amarela (segurança) no olhal localizado
no blockstop.

Cabos
Instalação das vigas Os quatro cabos – dois de tração e dois de
Instalar e fixar as duas vigas “I” sobre segurança – sempre vêm com uma sobra Nivelamento e testes de subida
os cavaletes, observando o paralelismo na sua metragem total. Essa sobra deve ser Nivelar a plataforma e iniciar os testes
entre elas e determinando o balanço enrolada nos carretéis que acompanham de subida e descida a uma altura de 1 m,
(afastamento entre o balancim e a face o equipamento, pendurados por baixo do já com seus operadores a bordo. Após
da parede) necessário para a execução assoalho da plataforma e elevados a 30 cm algumas tentativas de subida e descida o
do serviço. do solo. balancim estará pronto para o trabalho.

serviços junto às entidades de classe. Os contrato a matriz de responsabilidades, devem estar atualizadas, e para a Anotação
contratos precisam conter, entre outros ou seja, mobilização, montagem, desmo- de Responsabilidade Técnica recolhida por
itens, a qualificação completa das partes, bilização, seguro, pagamento de tributos e engenheiro habilitado, quando exigida. <
a especificação técnica detalhada do equi- contribuições, manutenção e prazos para
pamento, custos unitário e global, índice substituição. É recomendável que o cons- Fontes:
Téchne 147 (jun/2009), “Montagem de balancim elétrico”.
de reajuste, prazo de devolução e forma de trutor atente, ainda, para as fichas de ma- Guia da Construção 100 (nov/2009), “Como comprar balancins”.
pagamento. Também devem constar em nutenção preventiva do equipamento, que Guia da Construção 109 (jul/2010), “Locação sem susto”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 79

Livro 1.indb 79 25/02/2011 16:45:33


80 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 80 25/02/2011 16:45:38


ABRIL 2011 – anuário pini – 81

Livro 1.indb 81 25/02/2011 16:45:42


BALANCIM (andaime suspenso motorizado) > BLOCOs DE CONCRETO
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Balancim Elétrico
Içamento de cargas O Grupo Baram atua há dez anos no
A Pórtico Real é uma empresa de mercado fabricando equipamentos para
serviços em içamento de cargas. Possui a construção civil no Brasil. Oferece
equipamentos como gruinhas, transferros ao mercado produtos como: balancim
ascencionais e pórticos de carga. A elétrico, balancim manual, duto para
empresa também projeta equipamentos entulho, guarda-corpo para periferia
específicos para atender à necessidade da de lajes, dispositivo para elevação e
obra. Entre as soluções apresentadas pela tapume ecológico.
Pórtico, está o içamento de 12 t, a 100 m Baram
(51) 3033-3133
de altura, sem guindaste ou grua. vendas@baram.com.br
Pórtico Real
www.baram.com.br
(11) 4161-1515/(21) 3338-8783
www.porticoreal.com.br

Blocos de concreto Pinguim Alvenaria total


Atuando na construção civil desde Os blocos estruturais da Prensil, tanto
1977, a Pinguim conta com linha para alvenaria autoportante (Linha DIN)
completa de blocos de concreto, seja quanto para alvenaria armada (Linha SC),
para alvenaria de vedação, aparente ou dispensam vigas, pilares, aço, fôrmas e
estrutural. Para atender rigorosamente toda mão de obra correspondente, afirma
às normas técnicas, afirma trabalhar a empresa. Além disso, devido à precisão
com equipamentos modernos na linha dimensional alegada pela Prensial, são
de produção, que, explica, propiciam capazes de reduzir significativamente
rigoroso controle de qualidade. a espessura dos revestimentos,
Pinguim propiciando economia de até 30% do
(11) 2929-0648
www.blocospinguim.com.br custo final da obra.
Prensil
(11) 3060-9530
www.prensil.com.br

82 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 82 25/02/2011 16:45:45


BLOCOs DE CONCRETO

ABRIL 2011 – anuário pini – 83

Livro 1.indb 83 25/02/2011 16:45:46


BLOCOs DE CONCRETO

84 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 84 25/02/2011 16:45:48


BLOCOs DE CONCRETO

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Bloco certificado
A Casalit fabrica blocos de concreto tipo
vedação e estrutural, todos de acordo com Blocos para habitação popular
a NBR:6136. Ainda entre os concretos, a A Glasser desenvolveu os Blocos de
empresa tem pisos intertravados do tipo Concreto Classe C, normatizados pela
16 faces, formatos retangular e raquete, NBR 6136, para aplicação em construções
normatizados pelas NBR:9780 e NBR:9781. populares. Possuem paredes mais
A fabricante, que informa ter o selo de esbeltas, em comparação aos blocos
qualidade da ABCP (Associação Brasileira estruturais convencionais classes A e B,
de Normas Técnicas), também fabrica o que segundo a Glasser proporciona
caixas d’água de polietileno. economia de 10% a 15% no custo da
Casalit obra. Disponíveis nas espessuras: 14 cm
(21) 2677-5000
(para edifícios em alvenaria estrutural
www.casalit.com.br
de até cinco pavimentos), 11,5 cm
(sobrados) e 9 cm (casas térreas).
Glasser
(11) 2488-9199
www.glasser.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 85

Livro 1.indb 85 25/02/2011 16:45:50


> BLOCOS DE CONCRETO

Fabricação com qualidade


controlada
Entenda como são fabricados os blocos de concreto, do
controle dos agregados ao controle tecnológico, e conheça
as revisões recentes de normas técnicas

P ara a execução de blocos de concreto


fotos: marcelo scandaroli

é necessário obedecer a critérios de


desempenho, como, por exemplo, os pre-
vistos em sua utilização e também pelo
projeto de alvenaria estrutural. Assim, to-
das as fases da execução, desde a escolha
da matéria-prima, devem ser cuidado-
samente controladas. Confira a seguir as
principais etapas.

ENTREGA DOS MATERIAIS


O cimento é entregue em carretas
e estocado em silos, sendo liberado
imediatamente para uso. Na sequência,
é realizada a pesagem do material. Os
agregados – ou seja, areia, pó de pe-
dra e pedrisco – chegam por caminhão,
onde é feita a cubicagem (estimativa de
quantos metros cúbicos de material tem Antes da venda ou utilização em obra, os blocos ficam estocados sobre paletes, em até seis fiadas
no caminhão).

CONTROLE DE AGREGADOS
No laboratório é dado início ao con-
trole de agregados, quando os técnicos
verificam, com um jogo de peneiras, se a
granulometria e homogeneidade dos agre-
gados estão ideais. Concluído o controle
dos materiais, é hora de efetuar a prepa-
ração do concreto. Os materiais chegam
por esteiras até o misturador. Cada tipo
de bloco tem um traço, que é a proporção
entre água, cimento e agregados.

PRENSAGEM E CURA
A prensagem dos blocos ocorre quando,
depois de preparado, o concreto é levado até
a vibroprensa por caçambas. Devidamente
constituídos, chega o momento de embalar Após serem embalados, os blocos são levados, por empilhadeira, até a câmara a vapor a 80oC e
e preparar os blocos para envio ao local da umidade 100%

86 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 86 25/02/2011 16:45:52


Blocos normatizados

No meio do ano de 2010, entre os meses de julho e pequenas paredes; resistência de tração na flexão de prismas; e
agosto, as normas NBR 10837 – Cálculo de Alvenaria resistência à compressão de argamassa em cubos de 4 cm.
Estrutural de Blocos Vazados de Concreto e NBR Para Parsekian, no entanto, a maior inovação é referente
8798 – Execução e Controle de Obras em Alvenaria ao controle de obras, totalmente desenvolvido pelo CB-
Estrutural de Blocos Vazados de Concreto passaram 02 e, segundo ele, com potencial para se tornar referência
por procedimento completo de revisão e foram internacional. “O setor ganha em qualidade, clareza e
substituídas por texto único. A publicação ocorreu no possibilidade de novos tipos de construções”, aposta. Como o
último mês de dezembro de 2010, com a expectativa desenvolvimento do texto atual se deu em conjunto com o comitê
de facilitar o cumprimento das exigências e favorecer de blocos cerâmicos, a previsão é que o próximo passo seja a
o uso do material. “Fica clara a ideia de que o projeto junção das normas para blocos de concreto e cerâmicos em um
não pode ser realizado sem contemplar a execução único texto.
e o controle, e vice-versa”, explica o engenheiro Confira as exigências da NBR 6136:2007 – Blocos Vazados de
Guilherme Parsekian, coordenador da comissão Concreto Simples para Alvenaria – Requisitos para Uso de Blocos
do CB-02 – Comitê Brasileiro da Construção Civil, Estruturais de Concreto em Edificações Multipavimentos.
que trata do tema no âmbito da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas). Blocos de concreto – NBR 6136 – Classes e usos
As normas estão divididas em duas partes. A primeira, Classe Resistência Módulo (cm) Espessura das Uso
paredes (mm)
voltada ao projetista, passa a contemplar o Método
A ≥ 6 MPa M 15 e 20 25 e 32 Estrutural – abaixo e
dos Estados Limites, permitindo procedimentos mais
acima do nível do solo
precisos, conforme explica Parsekian. Ele conta que os B ≥ 4 MPa M 15 e 20 25 e 32 Estrutural – acima do
requisitos de segurança não foram alterados. “Como nível do solo
o histórico recente de edifícios em alvenaria estrutural C ≥ 3 MPa M 10, 12,5, 18 Estrutural – 10 (térreas),
é de grande sucesso, o comitê entendeu não haver 15 e 20 12,5 (sobrados), 15 e 20
problema quanto a isso.” cm (edificações maiores)
D ≥ 2 MPa M 7,5, 10, 15 Vedação – a revestir
O texto procura corrigir falhas das antigas normas,
12,5, 15 e 20 ou aparente
como a adoção de critérios para dimensionamento ao Tolerância dimensional: ± 2 mm na espessura e ± 3 mm na altura e comprimento
cisalhamento. Parsekian salienta a padronização dos Absorção de água: ≤ 10%
Retração por secagem: ≤ 0,065%
resultados considerando sempre a área bruta. Antes,
a resistência do bloco era indicada na área bruta e a Para edifícios com três ou mais pavimentos só podem ser
do prisma na área líquida. “Isso levava ao risco de empregados blocos com largura igual ou maior que 14 cm
interpretação errada dos ensaios de controle”, diz. (Módulo M 15 – espessura da parede ≥ 25 mm), sendo a
categoria de resistência à compressão determinada por meio de
Procedimentos de ensaio cálculo estrutural. Blocos com paredes com espessura de 18 mm
A segunda parte, mais voltada ao executor e às poderão ser utilizados em casas térreas (largura do bloco ≥ 9 cm)
empresas que realizam controle, traz quatro anexos ou sobrados de dois pavimentos (largura do bloco ≥ 12,5 cm),
de procedimentos de ensaios para resistência à determinando-se a resistência à compressão sempre em função
compressão de prismas: resistência à compressão de do cálculo estrutural.

obra. Os produtos são, portanto, empilha- blocos de cada lote são colhidos para
dos sobre paletes de madeira e plastificados testes de resistência à compressão, além
com um filme de polipropileno. Somente de inspeções de dimensões, acabamento,
após embalados é que uma empilhadeira espessura, tonalidade e integridade. Os
leva os blocos até uma câmara a vapor, em testes são repetidos depois de 28 dias. An-
geral, a 80oC e umidade a 100%, que acelera tes da venda ou utilização dos blocos em
o processo de cura. Lá, os blocos ficam por obra, os mesmos ficam estocados sobre
12 horas, até atingirem a resistência ideal. paletes, em até seis fiadas. <

Para verificar a resistência à compreensão e a CONTROLE TECNOLÓGICO Fontes


Equipe de Obra 28 (mar/2010), “Como se faz: Bloco de concreto”.
regularidade dimensional, os blocos passam por O controle tecnológico é realizado Guia da Construção 109 (jul/2010), “União Estrutural”.
controle tecnológico dois dias depois da cura após dois dias, ocasião em que alguns Téchne 166 (jan/2011), “IPT Responde: Alvenaria de blocos”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 87

Livro 1.indb 87 25/02/2011 16:45:53


cabeamento estruturado > Caixa d’água > CalhaS
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Reservatório estanque Brasilit Calhas e rufos


As caixas-d’água Brasilit, fornecidas pela O uso de calhas e rufos auxilia o
Costa Lion, são produzidas com polietileno escoamento de água, prevenindo a
Tecnologia da informação atóxico e reciclável com proteção ultravioleta, umidade das paredes, o apodrecimento de
A Comptel atua desde 1993 na construção civil o que aumenta sua vida útil, segundo beirados e danos em jardins e calçadas.
com projetos e aplicações de redes elétricas, o fabricante. Também de acordo com o As calhas podem ser instaladas com
lógicas e telefônicas, além de automação fabricante, a superfície lisa e opaca facilita suportes de ferro galvanizado, pregadas
bancária em grandes redes de lojas. Oferece a limpeza e evita a entrada de luz no interior ou parafusadas diretamente na madeira.
soluções para cabeamento na área de da caixa, impedindo a proliferação de algas e Já os acessórios, como bocal, terminal,
comunicação de dados, telefonia, sistemas fungos. Os reservatórios são certificados pela união, esquadro e cabeceira, podem ser
de energia para informática, manutenção e FDA (Food and Drugs Administration – EUA) rebitados, soldados, ponteados e até
consultoria em TI. Na construção civil, afirma para acondicionamento de água potável e mesmo vedados com selantes.
suprir necessidades de projetos de engenharia estão disponíveis nas capacidades de 310, Catel
(11) 2023-9922
e instalações diversas. 500 e 1.000 litros. catel@catelhlm.com.br
Comptel Costa Lion www.catelhlm.com.br
(11) 3607-3484 (11) 5572-8483
www.comptelcabling.com.br www.costalion.com.br

Água Limpa
A caixa-d’água Água Limpa, da Acqualimp,
acompanha flanges instaladas de fábrica,
além de válvula boia e filtro de entrada.
O produto tem revestimento interno
antibactérias, camada branca e lisa para
facilitar a limpeza e camada escura que
não deixa a luz do sol entrar na caixa,
impedindo formação de lodo. Além disso,
conta com revestimento externo resistente
aos raios solares e fechamento da tampa
superior com apenas um click.
Acqualimp
0800-122-523
www.acqualimp.com

88 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 88 25/02/2011 16:45:58


ABRIL 2011 – anuário pini – 89

Livro 1.indb 89 25/02/2011 16:46:00


> CAIXA-D’ÁGUA

Armazenamento seguro
Furos de instalação devem obedecer locais indicados pelo
fabricante e reservatórios precisam ser dispostos sobre
bases planas e homogêneas

A s caixas-d’água plásticas, em especial as


de polietileno, vêm conquistando parti-
cipação crescente no mercado. Isso se deve,
principalmente, a propriedades, como leveza,
resistência aos raios UV e facilidade de manu-
tenção. E também ao fato de esses reservatórios
serem produzidos a partir de material atóxico.
O formato e as dimensões das caixas po-
dem variar de acordo com o fabricante, mas a
forma de instalação é sempre parecida, deven-
do atender aos requisitos da NBR 5626:1998
– Instalação Predial de Água Fria e da NBR
14800:2002 – Reservatório Poliolefínico para
Água Potável. Além disso, a instalação deve se-
guir à risca os procedimentos indicados pelo
fabricante, especialmente em relação aos lo-
cais onde devem ser feitos os furos para evitar
a perda antecipada da garantia do produto.

Requisitos de qualidade
Antes da aquisição dos reservatórios Reservatório deve atender às recomendações da ABNT e garantir níveis de toxicidade e
de polietileno, é recomendável consultar potabilidade da água apropriados
a relação de empresas que produzem em
conformidade com as normas expedidas os reservatórios precisam ser dispostos Normas vigentes
pela ABNT (Associação Brasileira de Nor- sobre bases planas e homogêneas. Durante
mas Técnicas). Estas informações podem a avaliação do local de instalação, deve-se > NBR 14799:2002 – Reservatório
ser obtidas na home page do PBQP-H (Pro- considerar o peso da caixa-d’água cheia. Poliolefínico para água Potável –
grama Brasileiro de Qualidade e Produ- Requisitos
tividade do Habitat), no endereço: www. Cotação de preços e fornecedores > NBR 14800:2002 – Reservatório
cidades.gov.br/pbqp-h. O comprador precisa estar sempre aten- Poliolefínico para Água Potável –
O não cumprimento aos requisitos mí- to quanto à garantia do produto (durabilida- Instalação em Obra
nimos de fabricação das caixas pode acarretar de) e à facilidade de manutenção e reparos.
problemas sérios. Entre os mais graves estão Também é importante exigir do fornecedor Ao receber o material, é prudente
o desenvolvimento de algas e outros micro- o manual de instalação detalhado. que o comprador verifique se existem
-organismos dentro dos reservatórios, tor- danos no interior e no exterior da cai-
nando a água imprópria para o consumo; o Logística e recebimento xa, como trincas e lascas causadas pelo
aparecimento de fissuras que comprometem O transporte de um reservatório de transporte inadequado. <
a estanqueidade da caixa; e deformações que polietileno deve ser realizado em veículo
podem levar ao colapso do reservatório. apropriado, apoiado pelo fundo na carro- Fontes
Construção Mercado 68 (mar/2007) “Como comprar – Reser-
ceria e devidamente amarrado com cor- vatórios elevados de água”.
Cuidados durante a instalação das ou cabos. É preciso também evitar Equipe de Obra 13 (out/2009) “Passo a passo – Como instalar
caixa d’água de polietileno”.
Além de respeitar os locais indicados arrastar e/ou bater o reservatório e sua Téchne 142 (jan/2009) “Como construir – Soluções para
para a realização dos furos de instalação, respectiva tampa. redução do consumo de água em edifícios e residências”.

90 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 90 25/02/2011 16:46:01


Passo-a-passo – Instalação de caixa-d’água de polietileno
fotos: marcelo scandaroli

Passo 3 – Em seguida, pode-se iniciar a Passo 6 – Do lado interno da caixa d’água, o


fixação dos flanges. Com uma chave de grifo, o instalador deverá prender a torneira de boia
instalador deve apertar os flanges rosqueáveis junto ao flange de entrada de água. Para tanto,
pelo lado interno da caixa. Isso deve ser feito com é preciso fixar a torneira separada da boia. É
cuidado, de forma a garantir a junção perfeita das importante não esquecer de usar fita veda-
peças sem danificá-las. Vale lembrar que o uso rosca para instalar a torneira de boia. O passo
de flanges com vedação de borracha dispensa seguinte será fixar a boia rosqueável na haste.
vedação adicional, com silicone.
Passo 1 – O assentamento deve
ser feito sobre superfície plana e
nivelada. Se for necessário apoiar a
caixa-d’água sobre perfis ou vigas,
estes devem ter mais que 10 cm.
A distância entre as vigas ou perfis
deve ser menor que 20 cm.

Passo 4 – Faça a instalação do Passo 7 – Antes de concluir, é importante


encanamento utilizando tubos de bitolas limpar toda a caixa-d’água com um pano
equivalentes aos dos flanges. Para úmido, especialmente o lado interno, para
aumentar a aderência, lixe previamente os garantir a retirada de cavacos e outros
flanges e as pontas dos tubos. resíduos da instalação.

Passo 2 – A furação da caixa deve


acontecer nos pontos indicados pelo
fabricante. Para isso, deve-se utilizar
serra-copo compatível com o diâmetro
dos flanges. Será necessário fazer ao Passo 5 – A próxima etapa será passar cola
menos três furos: um para a entrada, de PVC nos flanges e nos canos que serão Passo 8 – Após ser fechada com a tampa,
outro para a saída de água (descarga) e conectados. Logo em seguida, os canos a caixa-d’água estará pronta para ser
um terceiro para o extravasor (ladrão). devem ser conectados aos flanges. conectada à rede hidráulica e utilizada.

ABRIL 2011 – anuário pini – 91

Livro 1.indb 91 25/02/2011 16:46:13


> Cimento

Variedade tecnológica
Estudar o tipo de cimento mais adequado às demandas
de cada obra é fundamental para uma boa relação
custo–benefício na compra do insumo

A tualmente, há no mercado brasileiro


Fotos: Marcelo Scandaroli

sete tipos de cimento Portland: co-


mum, composto, alto-forno, pozolânico,
de alta resistência inicial, resistente a sul-
fatos e branco. Estes se dividem em vários
subgrupos. Ou seja: para cada tipo de obra
pode-se dizer que há um cimento mais
adequado. O primeiro deles, o cimento
Portland comum, que antes dominava o
mercado, hoje é o menos fabricado.
As tecnologias vieram para melhorar
a qualidade do produto final, acreditam
alguns especialistas. “Há produtos, por
exemplo, para certa condição de agres-
sividade ou característica da obra”, con-
ta Cláudio Sbrighi Neto, professor de
mestrado do IPT (Instituto de Pesquisas
Tecnológicas do Estado de São Paulo) e
diretor do CB 18 da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas). “Essa
variedade permite otimizar o custo da
obra quando cada cimento é visto numa
relação ótima de custo–benefício junta-
mente da tecnologia que está sendo usa-
da”, explica.
Como utilizar cada tipo de cimento e
em quais situações são dúvidas diretas des- Como cada tipo de cimento tem características específicas, a mistura dos aditivos interfere na
sa variedade. Em princípio, pode-se usar resistência e na impermeabilidade do concreto ou da argamassa
qualquer um, em qualquer tipo de obra,
“desde que se façam alguns ajustes”, salienta
Arnaldo Battagin, chefe de laboratório da minuição da quantidade de água e de ci- Há três produtos principais que
ABCP (Associação Brasileira de Cimento mento, por exemplo. Da mesma maneira, são adicionados ao cimento durante a
Portland). “O que varia são as adições feitas as características dos demais componen- fabricação: escória de alto-forno, po-
ao cimento para elevar certas propriedades tes, como os agregados, também alteram zolana e fíler. “Essas escórias possuem
técnicas”, explica Battagin. a relação com o cimento. Além dos agre- propriedades aglomerantes cimentícias
Isso quer dizer que cada tipo de ci- gados, certos aditivos químicos reduzem fantásticas”, conta Battagin. “Quando
mento tem uma influência diferente no ou aumentam propriedades já inerentes adicionadas nas fábricas com tecnologia
resultado da argamassa ou do concreto, do cimento. Por isso, o estudo de dosagem correta, as escórias ganham um poder
em propriedades como resistência à com- de concretos e argamassas deve considerar aglomerante similar ao do cimento Por-
pressão, impermeabilidade e resistência o tipo de cimento escolhido, a natureza tland. Além disso, estamos tirando do
aos agentes agressivos. Mas essa influência dos agregados e o tipo de obra ou peças meio ambiente um resíduo poluente que
pode ser modificada com aumento ou di- a executar. seria destinado a aterros.”

92 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 92 25/02/2011 16:46:17


Como se faz
Da extração do calcário ao ensacamento, confira todo o processo de produção do cimento, presente em
praticamente todos os projetos de construção civil.

Moagem de cru
O calcário é misturado com argila,
minério de ferro e bauxita (sempre em
Britagem proporções controladas) no moinho, que
Mineração As rochas com dimensões que variam mistura e seca os insumos, produzindo a
O principal minério do cimento, entre 1 m e 1,5 m são transportadas farinha. Essa mistura é guardada em silos
o calcário, é extraído da mina aos britadores e diminuídas para uma e depois transportada por elevadores ou
por detonação. a duas polegadas. por meio de transporte pneumático.

Moagem
É a produção do cimento propriamente
Clinquerização dita. É a etapa na qual o clínquer é
Em um forno rotativo com temperatura misturado ao gesso e, dependendo do
média de 1.400oC, a farinha é queimada tipo de cimento desejado, escória do
e transformada no clínquer. Depois, alto-forno, cinzas e calcário. O processo Expedição
o material vai para o resfriador, até ocorre em um moinho de bolas de aço e o O cimento é finalmente ensacado,
atingir 150oC. produto é armazenado em ciclos. paletizado e expedido.

Nota: em paralelo a essa etapa existe a produção de combustível, que geralmente é de coque de petróleo produzido em moinhos e injetado no
forno. Algumas fábricas podem utilizar pneus ou resíduos de outros processos industriais.

O tipo de adição também depende do disponível na região Sudeste). No Sul, utiliza- da população. E o fabricante percebeu que o
local em que o cimento é fabricado, pois, para -se mais a pozolana, resíduo da queima de cimento que escurecia as roupas das donas de
cada região, há uma matéria-prima diferente. carvão mineral das termoelétricas. casa era um produto que ele estava perdendo”,
Além disso, por ser um produto perecível, o De acordo com Battagin, a indústria do diz Battagin. “Hoje temos eletrofiltros com
cimento não pode ser transportado por lon- cimento era vista como a vilã da poluição nos poder de eficiência de 99,9%”, afirma. <
gas distâncias, o que faz com que cada região anos 70, mas atualmente as coisas mudaram.
tenha seu próprio produto. No Sul do Brasil é “Antes havia aquele cimento que caía em cima Fontes
Equipe de Obra 30 (jul/2010), “Cimento”.
difícil encontrar um cimento com escória (já das plantas, dos telhados, dos varais das rou- Construção Mercado 28 (nov/2003),”Classes e usos”.
que, por ser um resíduo de siderúrgicas, está pas. Porém, já existia consciência ambiental Construção Mercado 67 (fev/2007), “Cimento Portland”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 93

Livro 1.indb 93 25/02/2011 16:46:27


Coberturas

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Isocobertura Telha com isolamento
As telhas térmicas da Panisol são A lã de PET Isotelha é um produto da
produzidas em linha contínua e sob medida família Isosoft de isolamento térmico
para facilitar a montagem das coberturas e acústico produzido pela Trisoft.
metálicas e diminuir as perdas na obra. São Composta por lã de poliéster reciclada,
compostas por duas chapas metálicas, de a Isotelha foi desenvolvida para ser
aço ou alumínio, e núcleo de espuma de aproveitada como isolamento térmico
poliuretano expandido. De acordo com a em coberturas metálicas. O produto é
empresa, o produto reduz sensivelmente oferecido na cor branca.
o calor irradiado pelas coberturas para o Trisoft
(11) 4143-7900
ambiente interno. www.trisoft.com.br
Panisol S/A Painéis Isolantes
(11) 3285-4111
www.panisol.com.br

Conforto termoacústico COBERTURA roll-on


A Ideal Coberturas é uma empresa O sistema de cobertura Roll-On é feito em
especializada na instalação de lanternins, aço e possibilita a execução de até 3 mil m²
TELHA de Policarbonato venezianas e domos prismáticos em projetos em um dia, segundo o fabricante. O produto
As telhas de policarbonato da Belmetal para controle de ruído, calor e iluminação pode ser pré-pintado em branco, com maior
possuem dez anos de garantia, além de natural em galpões. Muito utilizados em reflexão à luz e proteção contra intempéries.
não amarelarem com os raios solares e não projetos de construção e adaptação de Marko
0800-702-0304
propagarem fogo. Segundo o fabricante, o supermercados, plantas automotivas e linhas www.marko.com.br
produto tem resistência 250 vezes superior de produção em geral, esses elementos
à do vidro. A instalação, com calços e arquitetônicos proporcionam redução do
parafusos, pode ser feita nos perfis de telhas consumo de energia e melhor conforto
de alumínio. térmico dentro das edificações.
Belmetal Ideal Coberturas
(11) 3879-3200 (19) 3281-2587
www.belmetal.com.br www.idealcoberturas.com.br

94 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 94 25/02/2011 16:46:37


Coberturas > Concreto

ABRIL 2011 – anuário pini – 95

Livro 1.indb 95 25/02/2011 16:46:41


Concreto projetado > CoNEXÕES E VÁLVULAS PARA GÁS

Concreto reforçado
Quando acrescidas ao concreto,
as fibras de aço Fibramix atuam na
prevenção de fissuras, aumentam a
ductilidade e a capacidade de carga da
estrutura, melhorando a resistência
ao impacto e ao estilhaçamento. O
produto atende a ABNT NBR 15.530-
2007, Tipo C – Classe III e pode ser
Concreto e argamassa
A Mega Concreto, do Grupo Megamix, é
aplicado com concreto projetado
uma nova fornecedora de concreto e outros
para revestimento de túneis e para
materiais no País. O grupo é fabricante de
contenção de taludes e encostas.
Matcon argamassas para assentamento de vedação,
(11) 4513-4708 assentamento estrutural, revestimento
www.matconsupply.com.br
interno e externo, regularização e chapisco
para alvenarias.
Mega Concreto
(11) 3616-2244
www.megaconcreto.com.br

96 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 96 25/02/2011 16:46:44


CONSTRUTORAS

Obras em curto prazo


A construtora Solidum é focada na
execução de obras civis e industriais em
Civil e montagem industrial curto prazo. Há 25 anos no segmento,
A Pina Engenharia atua, desde 1994, a empresa afirma ter desenvolvido
nas áreas de construção civil e metodologias que garantem a realização de
montagem industrial. Faz construções qualquer empreendimento no menor prazo
e reformas, coberturas, pisos, possível de execução. É especializada na
tubulações, caldeiraria e estruturas construção e reforma de hipermercados
metálicas. A empresa informa possuir a e lojas de departamento, prédios,
certificação PMI (Project Management terraplenagens, redes de drenagens e
Institute). pavimentações, entre outros.
Pina Engenharia Solidum
(21) 3662-2135/3662-4898 (24) 2243-6236/2244-6136
www.pinaengenharia.com.br www.solidum.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 97

Livro 1.indb 97 25/02/2011 16:46:48


> CONTROLE TECNOLÓGICO

Desempenho concreto
Material exige procedimentos minuciosos de execução, aplicação
e validação de desempenho para atingir a resistência e os
comportamentos desejados

O
Fotos: marcelo scandaroli

padrão de qualidade do concreto de-


pende em grande medida do tipo de
controle que se tem sobre ele. É apenas por
meio dos serviços de controle tecnológico
que é possível detectar desempenhos abai-
xo do especificado e, assim, prever reforços
estruturais ou outras soluções adequadas
à estrutura. O concreto misturado na obra
e o dosado em central devem passar pelos
mesmos ensaios, que hoje são principal-
mente de abatimento (slump) e resistência
à compressão.
De acordo com o professor do cur-
so de engenharia civil da Universidade
Presbiteriana Mackenzie, o engenheiro
Simão Priszkulnick, o conjunto de ati-
vidades que fazem parte desse serviço
destinam-se a confirmar o atendimen-
to do material aos projetos estrutural
e arquitetônico de uma obra. Por esse
motivo, é imprescindível que a empre-
sa contratada para realizar o controle
conte com os certificados de calibração A empresa contratada para realizar os ensaios No caso de desconfiança quanto aos resultados, é
de equipamentos devidamente atualiza- deve ter credenciamento junto ao Imetro e necessário enviar lotes idênticos para laboratórios
dos, laboratórios credenciados junto ao certificado de calibração de equipamentos diferentes e comparar os resultados
Inmetro (Instituto Nacional de Metro-
logia, Normalização e Qualidade Indus-
trial), funcionários treinados e capacita- Quando o concreto comprado é usi- coce de não conformidades e a adoção
dos, com vínculo empregatício e pleno nado, o papel da concreteira é prover o imediata de eventuais intervenções cor-
conhecimento das normas vigentes. produto especificado. À construtora cabe retivas. No entanto, Andréia afirma que
A engenheira Andréia Medrado Jorge a verificação de que o que ela comprou foi existem exceções que devem ser sempre
Gasparello, do departamento de supri- realmente recebido. “Os ensaios podem ser acordadas previamente entre contratante
mentos da Schahin Engenharia, alerta feitos em todos os caminhões ou, então, e contratada.
para que a empresa contratada para o ser- a cada 20 caminhões pode ser coletado Andréia explica ainda que as solici-
viço de controle tecnológico de concreto material de dois ou cinco”, conta Arcindo tações de ensaios são feitas a partir de
não tenha vínculos com a concreteira que Vaquero Y Mayor, consultor técnico da programação pré-definida, pelo assisten-
fornece o material. “A empresa de con- Abesc (Associação Brasileira das Empresas te técnico ou mesmo pelo estagiário de
creto deve fazer controle somente de sua de Serviço de Concretagem). obra. “Já os resultados são analisados pelo
produção, para correção de desvios e me- Geralmente, os laudos são disponi- engenheiro responsável que, de acordo
lhoria da qualidade do produto. Numa bilizados em, no máximo, 48 horas após com a necessidade, decide junto com o
obra, deve ser contratada uma empresa a realização de cada etapa de um serviço projetista estrutural as medidas a serem
independente”, diz. ou ensaio. Isso viabiliza a detecção pre- tomadas”, afirma.

98 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 98 25/02/2011 16:46:51


Como contratar mento do concreto e molda os corpos
de prova. O papel do engenheiro nesse
processo é gerenciar e dar suporte téc-
nico ao ensaio. O profissional verifica os
resultados apresentados, realiza cálculos
estatísticos para transformar aqueles da-
dos em análise, emite pareceres técnicos
e faz a intermediação com o cliente. No
caso de profissionais que trabalhem em
laboratórios de ensaios, ainda há a res-
ponsabilidade de informar o construtor
na eventualidade dos resultados dos tes-
tes serem insatisfatórios em relação ao
previsto em projeto.
Quando a obra é grande ou em local
afastado, ou quando assim se desejar, pode
ser montado um laboratório no próprio
canteiro. Nesses casos, geralmente são fei-
tos ensaios mais simples, como de com-
Concretos para obras subterrâneas que ficarão em contato direto com o lençol freático devem ser pressão, granulometria de agregados e
testados quanto à sua permeabilidade, em ensaio a ser cobrado separadamente do laboratório água de amassamento, para verificar se a
água disponível pode ser utilizada.
Recomendações básicas para contratação de empresas e ensaios
Concreto não conforme
> Assegure-se de que a empresa a ser contratada dispõe de equipamentos calibrados, Um espectro ronda as obras brasi-
credenciamento junto ao Inmetro e funcionários capacitados. leiras: há uma queixa generalizada de
> Envolva os projetistas de estruturas e os arquitetos responsáveis na definição dos padrões construtores quanto ao concreto entre-
de qualidade a serem seguidos, bem como no acompanhamento dos resultados dos ensaios. gue nos canteiros. Segundo eles, o ma-
> Verifique se a empresa de controle contratada não tem vínculos com a concreteira que terial não estaria atingindo a resistência
fornece o material a ser ensaiado. característica à compressão exigida nos
> Disponibilize todos os projetos executivos, de estrutura, de arquitetura e de instalações projetos. As suspeitas recaem diretamen-
à empresa contratada. te sobre as concreteiras. Em sua defesa,
> Solicite que os orçamentos expressem valores unitários para simplificar a comparação. essas empresas lembram que falhas po-
> Combine com a contratada os prazos para disponibilização dos laudos com os resultados. dem ocorrer em etapas do processo de
> Discrimine, no edital de licitação, os requisitos de qualidade a serem atendidos. controle tecnológico que fogem à sua al-
> Antes de contratar um serviço de avaliação, certifique-se se há ensaios já publicados çada, mas que poderiam comprometer a
ou disponibilizados pelos fabricantes dos componentes do sistema. qualidade da avaliação da resistência do
> Defina o projeto. concreto. Da falta de cuidados na mol-
> Faça, se possível, simulações com softwares. dagem de corpos de prova à baixa con-
> Se for preciso, recorra a consultores. fiabilidade de alguns laboratórios brasi-
> Quando for preciso analisar os sistemas via laboratórios, acione-os com o máximo leiros, apontam, vários fatores poderiam
de antecedência. alterar o resultado final que chega ao
> Para testar a confiabilidade de um laboratório, envie lotes idênticos com códigos construtor. Estas são algumas das faces
de identificação diferentes e compare os resultados e a repetição. Existe também o de um problema complexo e polêmico,
credenciamento do Inmetro que indica uma capacitação real no momento da inspeção. que envolve construtores, concreteiras,
Mas o credenciamento vale para ensaios e não para o laboratório como um todo. projetistas e laboratórios, e que perma-
nece sem solução. <

Além dos resultados, está crescendo a Controle profissional Fontes


demanda por uma análise mais técnica dos Em uma obra ou na concreteira, os Guia da Construção 107 (mai/2010), “Como contratar Controle
tecnológico de concreto”.
ensaios. “Tem que haver laboratórios que ensaios de concreto são realizados por Construção Mercado 112 (out/2010), “Escassez de labora-
conheçam o que fazem, que saibam inter- auxiliar de laboratório que não tem ne- tórios”.
Téchne 81 (dez/2003), “Controlador de qualidade de concreto”.
pretar suas atividades, e não simplesmente cessariamente formação em engenharia. Téchne 152 (nov/2009), “Concreto não conforme”.
escrever o resultado”, argumenta Mayor. Ele retira a amostragem, mede o abati- Téchne 166 (jan/2010), “Controle ensaiado”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 99

Livro 1.indb 99 25/02/2011 16:46:54


ConTROLE TECNOLÓGICo
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Ensaio de materiais Desempenho construtivo Equipamentos de ensaio


Fundada em 1987, a Concreteste trabalha Em sete anos de atividade, a Red A Emic fabrica prensas e máquinas de
com controle tecnológico e presta Engenharia e Consultoria registra mais de ensaio para o mercado de construção
consultoria na área de materiais para 180 ativos, entre ferramentas, estudos, civil. Entre os equipamentos, destaque
a construção de edificações, estradas manuais e cursos para melhorar o para o de ensaios mecânicos destrutivos
e obras de arte. A empresa realiza desempenho construtivo nas principais usado no controle da qualidade, pesquisa
ensaios e pesquisa em concreto, aço e construtoras brasileiras. Qualificação e desenvolvimento de materiais
cordoalhas, aglomerantes, blocos, pisos profissional, tecnologia e expertise em e produtos.
e azulejos e, também, em argamassa. metodologias construtivas são, segundo a Emic
(41) 3035-9400
Controle de terraplanagem, esclerometria empresa, seus diferenciais de mercado. www.emic.com.br
e prova de carga em pavimento são Red Engenharia e Consultoria
(11) 4702-0128
outros serviços prestados.
Concreteste
(11) 4438-4132/4436-7951
www.concreteste.com.br

100 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 100 25/02/2011 16:47:01


ABRIL 2011 – anuário pini – 101

Livro 1.indb 101 25/02/2011 16:47:03


CORTE E FURO DE CONCRETO

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Controle no corte
A cortadora elétrica de disco Husqvarna
K3000 Wet possibilita cortes de até 12 cm,
utilizando um disco diamantado de 350 Brocas diamantadas
mm de diâmetro. Por meio de uma válvula As brocas diamantadas da Tectools são
reguladora e uma fonte de água direta, a oferecidas em diâmetros de até 8 ½”.
vazão da água pode ser controlada a um São fabricadas em duas peças: cálice
mínimo que permita eliminar a poeira (rosca fêmea) e coroa (rosca macho),
sem gerar excessiva lama de concreto. possibilitando assim a troca da peça que
O motor é duplamente isolado e possui esteja desgastada ou danificada. O fabricante
interruptor de circuito para o caso de falha recomenda utilizá-los na perfuração padrão
de aterramento. de concreto e também na perfuração de
Husqvarna do Brasil concreto com alta dureza e ferragens.
(11) 2133-4800 Tectools
http://br.husqvarnacp.com (11) 5669-3200
www.tectools.com.br

102 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 102 25/02/2011 16:47:09


CORTE E FURO DE CONCRETO

ABRIL 2011 – anuário pini – 103

Livro 1.indb 103 25/02/2011 16:47:12


CORTE E FURO DE CONCRETO
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

FERRAMENTAS IMPORTADAS
A Viatrade Assessoria é importadora e
distribuidora das ferramentas elétricas da
alemã Baier, como a decapadora de paredes
BFF 222. A ferramenta pode ser utilizada Perfuração sem vibração Perfuração em concreto
para remoção de reboco, pintura, restos de A perfuração em concreto é um método A Kortfuro atua no ramo de
adesivo ou cola, além de outros materiais. É não percussivo onde são empregados perfuração em concreto. A empresa
adequada para trabalhos em áreas internas equipamentos de perfurações com atua em empreendimentos em
e externas, fachadas, concreto, piso, piso coroas diamantadas. A vantagem desse todo o Brasil. Faz furos com brocas
industrial e outros. Pode remover 1 m² sistema, segundo a Tecfix, é permitir a diamantadas, furos e cortes em
de reboco em menos de dois minutos, de execução das perfurações em concreto concreto e ancoragem de arranques.
sem qualquer vibração, sem fissuras, sem Kortfuro
acordo com a empresa. Ela permite, ainda, (11) 4611-5555
trabalhar com aspirador de pó acoplado, pó e com precisão, conservando assim
evitando assim o acúmulo de poeira. a integridade estrutural de vigas, lajes e
ViaTrade bases de concreto.
(47) 3366-0155 Tecfix
www.viatrade.com.br (11) 5666-1276
www.tecfix.com.br

104 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 104 25/02/2011 16:47:17


DEMOLIÇÃO

Desmontagem e demolição Demolição e reciclagem Demolidora ABC


A demolidora Ferreira Santos executa A Desmontec, empresa com mais de A demolidora ABC atua no mercado de
serviços de demolição de estruturas 40 anos de experiência no mercado de demolição em todo território nacional
diversas tais como edificações, demolições e terraplenagem, desenvolve há mais de 16 anos. Ao longo desse
estruturas em concreto armado, soluções para obras de pequeno e grande período, segundo a empresa, acumulou
chaminés, silos de armazenagem, porte em todo o território nacional. A equipamentos modernos e profissionais
indústrias e prédios. Também realiza empresa possui uma frota de veículos capacitados que lhe permitem oferecer
desmontagem de estruturas metálicas especializada e máquinas e equipamentos soluções de demolição para edificações
ou pré-moldadas, de rochas com uso de com alta capacidade operacional. Os de diferentes portes, desde residências a
explosivos ou massa expansiva. resíduos das demolições são separados edifícios e galpões industriais.
Ferreira Santos Demolição e Implosão por tipo e encaminhados para reciclagem, Demolidora ABC
(11) 3399-2666 (11) 4066-1014/4066-2614
www.demolidorasantos.com.br segundo informações da companhia. www.abcdemolidora.com.br
Desmontec
(11) 3259-9700
contato@desmontec.com
www.desmontec.com

ABRIL 2011 – anuário pini – 105

Livro 1.indb 105 25/02/2011 16:47:20


> DEMOLIÇÃO

Segurança e flexibilidade
Para cada demanda, há uma forma de demolir estruturas. O
serviço pode ser feito de uma só vez, com a implosão, ou de
maneira controlada, com equipamentos e técnicas adequadas
divulgação: 11o BATALHÃO DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO DO EXÉRCITO

Atenção à regularização da prestadora de serviços e definição criteriosa de escopo ajudam a evitar problemas com aditivos de contrato

P ara viabilizar a implantação do cantei-


ro é comum que o construtor precise
demolir estruturas existentes. Quando isso
Giassetti, consultor da Alec (Associação
Brasileira das Empresas Locadoras), “as
empresas de demolição devem elaborar
serviços, indicam-se alguns cuidados adi-
cionais, como informar-se sobre o tipo
de energia a ser utilizada pelos equipa-
acontece, geralmente é necessário contra- instruções de operação para os equipa- mentos, se combustível ou elétrica. Tam-
tar empresas especializadas nesse tipo de mentos e manter seus colaboradores trei- bém deve atentar para a quantidade de
serviço. Por ser uma atividade destrutiva, nados”. equipamentos disponíveis.
exige cuidados relacionados à segurança Recomenda-se que a construtora fi- Outro ponto importante, levantado
e à logística. que atenta à necessidade de aditivos de por Giassetti, refere-se à regularização
É direito do contratante exigir o contrato, frequentes nesse tipo de serviço, da empresa prestadora junto aos orga-
cumprimento de prazos e estabelecer re- conforme aponta Giassetti. Para evitar nismos de classe, como o Crea (Conselho
quisitos de qualidade, segundo Gilberto problemas no decorrer da execução dos Regional de Engenharia, Arquitetura e

106 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 106 25/02/2011 16:47:22


Métodos de demolição

Serras circulares e perfuratrizes fazem possível executar furos que variam de movimento de aprofundamento
a demolição controlada. Quando a 12 cm até cerca de 1,20 m de diâmetro e translação. Pode cortar pisos,
estrutura é de grande porte e se quer com profundidades ilimitadas. O tempo lajes e paredes com até 50 cm
rapidez, o mais indicado é a implosão médio para furar uma laje (100 mm de de profundidade. O tempo gasto
diâmetro x 20 cm de profundidade) é para cortar uma laje de 20 cm de
Demolição convencional de dez minutos. Essa técnica é utilizada espessura é de cerca de dois minutos
A quebra de concreto estrutural, em casos que requerem ancoragem por metro.
alvenaria ou revestimentos é feita de chumbadores de grande dimensão,
por métodos percussivos (impacto, passagem de dutos, entre outros. Serras portáteis
fragmentação). Indicado para > Perfuração percussiva: para furos de São usadas para fazer pequenas
demolição de pequenas construções, pequenos diâmetros e profundidades. aberturas, rasgos e cortes em
é o método mais antigo e o que requer São utilizados equipamentos manuais paredes finas (5 cm a 10 cm de
menor especialização. retropercussivos com brocas de espessura). Possuem grande
metal duro. versatilidade para serviços em locais
Demolição controlada > Corte de pisos e lajes com serra (flat confinados ou de difícil acesso.
Permite executar demolições sawing): são utilizadas máquinas sobre
parciais sem abalo das estruturas rodas impulsionadas por motores a Solução explosiva
remanescentes, com precisão combustão ou elétricos. A potência do Demolição com explosivos é
dimensional. É o método utilizado em equipamento e o diâmetro da serra são recomendada para construções de
adequações estruturais, como em determinados em função da espessura da médio e grande porte. A implosão
hospitais e indústrias para recebimento laje ou do piso a ser cortado. As máquinas é viável em edifícios com mais de
ou remoção de máquinas de grande para cortar espessuras maiores do que 15 três pavimentos. O custo de uma
porte. Entre outras vantagens, cm ou 20 cm são autopropulsionadas. implosão varia de R$ 50 mil a
há menos emissão de poeira, o > Corte de parede com serra (wall R$ 120 mil e estão inclusos os gastos
trabalho é silencioso e rápido. Veja sawing): esses equipamentos permitem com mão de obra especializada,
as características dos métodos de o corte retilíneo de aberturas e rasgos em responsabilidades, autorizações,
demolição controlada. paredes verticais e inclinadas. Sobre um explosivos, equipamentos e material
> Perfuração diamantada: feita com trilho fixado na superfície a ser cortada de proteção. Não estão consideradas
equipamento – elétrico ou hidráulico desliza um motor (geralmente hidráulico) nessa conta as despesas com
– ao qual se acopla a serra-copo. É que impulsiona uma serra circular com remoção de entulho.
divulgação: CAENGE AMBIENTAL

Agronomia). O registro da demolidora


pode ajudar a evitar problemas relativos
à segurança e ao cumprimento de nor-
mas. A contratante é responsável solidá-
ria pelos funcionários da contratada den-
tro da obra, portanto deve fiscalizar sua
atuação e estabelecer parâmetros para
uma execução sem surpresas. O uso de
EPIs (Equipamentos de Proteção Indivi-
dual) e EPCs (Equipamentos de Proteção
Coletiva) é obrigatório em qualquer ati-
vidade de demolição. Giassetti conta que
a demolidora deve treinar constantemen-
te seus colaboradores para atualização
com relação à segurança. <

Fontes
Guia da Construção 102 (jan/2010), “Como contratar serviços
de demolição”.
Contratante deve definir em contrato as responsabilidades pelo descarte dos resíduos Guia da Construção 105 (abr/2010), “Sem impacto”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 107

Livro 1.indb 107 25/02/2011 16:47:25


DEMOLIÇÃO

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Demolição especializada
A DTS – Demolições Terraplanagem e
Serviços executa trabalhos de demolição
especializada, terraplenagem, desmonte
de rocha a fogo e a frio e escavação em
diferentes tipos de solo. A empresa, que
tem sede em Simões Filho, na Bahia,
também realiza montagem e manutenção
industrial, além de fornecer o serviço de
locação de máquinas.
DTS – Demolições Terraplanagem e Serviços
(71) 3407-3772 / 8850-3150
dts.demolicoesterraplanagemeservicos@
hotmail.com

ROBÔ DE DEMOLIÇÃO
Operado por controle remoto, o robô de
demolição DXR 310 realiza demolições
em edifícios industriais, como em áreas Demolições variadas
com encanamentos, pátios, poços de A Demolidora Dias executa serviço de
escada, tetos, sacadas, revestimentos de demolições em geral – de pequeno, médio
fornos e muito mais. Compacto e com e grande porte. Faz demolição de concreto
ampla capacidade para realizar manobras armado, serviços de terraplanagem e
em lugares confinados e em superfícies limpeza de terrenos. A empresa possui
irregulares, pode ser utilizado em trabalhos depósito de materiais reaproveitáveis,
em áreas internas e externas. O design como portões, portas e peças de ferro em
de perfil baixo favorece a visão da área de geral. Providencia, ainda, os documentos
trabalho pelo operador. necessárias para a execução do serviço de
Husqvarna demolição.
(11) 2133-4800 Demolidora Dias
www.husqvarna.com.br (11) 3743-5924/3742-2510
www.demolidoraamdias.com.br

108 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 108 25/02/2011 16:47:30


DEMOLIÇÃO

ABRIL 2011 – anuário pini – 109

Livro 1.indb 109 25/02/2011 16:47:33


DEMOLIÇÃO > DESMONTE DE ROCHA
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

corte de concreto Desmonte variado Implosão e desmonte de rocha


A Furacon executa serviços de cortes e A Desmontec executa desmonte de rochas A Arcoenge atua com desmontagem
perfurações em concreto com coroas para obras de todos os portes. Entre os industrial, desmonte de rocha, demolição
diamantadas, fixação de chumbadores serviços estão: desmonte de rochas com em geral, implosão, cortes e furos,
químicos, mecânicos e demolição controlada. uso de explosivos ou a frio, desmonte terraplenagem e consultoria técnica. A
Possui equipamentos como o “Robô de subaquático, implosão de estruturas, empresa afirma que possui equipe técnica
Demolição”, de 80 cm de largura, próprio entre outros. A empresa informa que formada por profissionais oriundos
para demolições em espaços confinados, faz reaproveitamento dos materiais e de diversos setores, com experiência
em áreas internas e externas. Seu braço tem reciclagem dos resíduos. necessária para a realização dos trabalhos
alcance de até 5 m, e pode ser operado com Desmontec com qualidade e segurança.
(11) 3259-9700 Arcoenge
martelete hidráulico e mandíbula hidráulica contato@desmontec.com (11) 3789-0921
para esmagar paredes de 40 cm www.desmontec.com arcoenge@arcoenge.com.br
de espessura. www.arcoenge.com.br
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(11) 4224-4697
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110 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 110 25/02/2011 16:47:39


ABRIL 2011 – anuário pini – 111

Livro 1.indb 111 25/02/2011 16:47:41


> DISJUNTOR

Proteção antichoque
Funcionando como guarda-costas das instalações elétricas, os
disjuntores avisam quando há sobrecargas e curtos-circuitos

D isjuntores são equipamentos neces-


fotos: marcelo scandaroli

sários para proteger as instalações


elétricas contra curtos-circuitos e sobre-
cargas. Sua principal característica é poder
ser rearmado manualmente quando esses
defeitos ocorrem, diferindo do fusível, que
embora tenha a mesma função, é inutiliza-
do após ser acionado.
A importância desses dispositivos é
grande, ainda mais se considerarmos que
curtos-circuitos e fuga de corrente são os
problemas mais comuns que podem sur-
gir nas instalações elétricas residenciais.
Ambos ocorrem principalmente quando
existem falhas na isolação dos circuitos,
ou seja, nos casos em que há condutores
desencapados, ligações malfeitas e fadiga
do material isolante.
O curto-circuito acontece quando
há contato entre condutores energizados
pela rede elétrica. Nesse caso, o disjuntor
do circuito que está em curto desarma e Dispositivos DR (Diferenciais Residuais). À esquerda, um DR bipolar. À direita, um DR tetrapolar –
é fácil descobrir o ponto em que ocorreu usado para redes bifásicas, comuns em residências
o problema. Quando uma instalação tem
todas as cargas interligadas em um mesmo
circuito, a situação é mais crítica. Dispositivos DR
Para detectar o ponto da instalação em
que ocorreu o curto-circuito, o eletricista
deve usar uma lâmpada de teste ligada em Dispositivo DR ou Interruptor DR – Dispositivo de seccionamento mecânico destinado
paralelo ao disjuntor que está desarman- a provocar a abertura dos próprios contatos quando ocorrer fuga de corrente. O circuito
do. Esse profissional saberá que o ponto protegido por este dispositivo necessita ainda de proteção contra sobrecarga e curto
com problemas foi encontrado quando circuito que pode ser realizada por disjuntor ou fusível, devidamente coordenado com o
o brilho da lâmpada diminuir ou cessar. Dispositivo DR.

Fugas de corrente Disjuntor DR – Dispositivo de seccionamento mecânico destinado a provocar a abertura


A fuga de corrente é uma espécie de dos próprios contatos quando ocorrer sobrecarga, curto circuito ou fuga de corrente.
“vazamento” da corrente elétrica que Recomendado nos casos onde existe limitação de espaço.
pode provocar riscos às pessoas, aumen-
to de consumo de energia, aquecimento Módulos DR – Dispositivo que funciona ser associado a um disjuntor termomagnético
indevido, destruir a isolação, podendo adicionando a este a proteção diferencial residual. Permite a atuação do disjuntor
em casos extremos ocasionar incêndios. quando ocorre sobrecarga, curto circuito ou corrente de fuga a terra. Recomendado para
Esses efeitos podem ser monitorados e instalações onde a corrente de curto circuito for elevada.
interrompidos por meio de um dispo-
sitivo chamado DR (disjuntor diferen- Fonte: Siemens

112 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 112 25/02/2011 17:21:47


Serviços especializados

Contratar serviços de instalações Outra ação necessária é realizar testes nas


elétricas pode trazer múltiplas instalações depois de prontas. Deve-se
vantagens ao construtor, que pode checar também o atendimento às normas de
contar com empresas especializadas instalações e de concessionárias locais.
na execução dos serviços, que Além disso, o trabalho com instalações
agregam confiabilidade e velocidade elétricas exige profissionais devidamente
às obras. Só que esta característica qualificados. No canteiro de obras,
pode se perder com contratos que não jamais deve ser autorizado o trabalho de
especificam, por exemplo, os controles pessoas não capacitadas para serviços
de qualidade necessários para a de eletricidade. O contrato pode evitar
aceitação do serviço. problemas futuros ao deixar clara essa
Um cuidado importante é definir exigência da construtora.
em contrato o tipo de fornecedor Vale lembrar que, para realizar verificação pontas de fio) e calçado de proteção,
e fabricante de materiais a serem de instalações elétricas e identificação de com solado de borracha. Em caso
utilizados. Afinal, há grande diferença curtos e fugas de corrente, o eletricista de obras, também é importante usar
de qualidade entre os materiais deve sempre usar óculos (contra possíveis capacete, que protege contra quedas
oferecidos no mercado. desprendimentos de partículas, faíscas e de materiais e outros incidentes.

cial residual). Esse elemento desarma Identificando fugas de energia


no caso de fuga de corrente e, com isso,
evita choques em pessoas e danos em
equipamentos. Passo 1 – Quando há fuga de corrente na
O DR é um fator de proteção e, por rede elétrica, o DR desarma. Para identificar o
isso, sua instalação é obrigatória, sobretu- ponto da rede elétrica que apresenta fuga, no
do em circuitos de tomadas de áreas úmi- quadro de distribuição, é preciso deixar todos os
das, como banheiros e cozinhas. Sem o disjuntores ativados e o dispositivo desarmado.
dispositivo – situação proibida por norma Em seguida deve-se desligar os disjuntores um a
–, o principal sinal de fuga de corrente é o um, tentando armar o DR. Quando isso acontecer,
choque elétrico ao tocar aparelhos com o eletricista terá encontrado o disjuntor que
carcaças metálicas. apresenta fuga: o último a ser desligado.
O medidor de energia (relógio de luz)
também identifica fugas de corrente. Em
redes com DR, se o medidor continuar Passo 2 – Identificado o disjuntor
registrando consumo mesmo com todos em que há fuga de corrente, deve-se
os disjuntores desarmados, é porque a desconectar o condutor-fase em todas
fuga está acontecendo nos condutores as conexões reguladas pelo disjuntor
alimentadores. Em circuitos sem o dis- afetado, uma a uma, sempre tentando
positivo, o medidor ajuda a verificar se armar o DR.
o problema está em algum equipamento
(televisores, micro-ondas etc.) ou na ins-
talação elétrica. Passo 3 – Caso o problema não esteja
Para verificar se o problema está em em um dos disjuntores, a alternativa será
algum aparelho, deve-se retirá-lo da to- verificar os condutores neutros. Para isso,
mada e apagar todas as lâmpadas da casa. deve-se desligar todos os disjuntores
Se o medidor continuar registrando con- e, em seguida, desconectar cada um
sumo, é porque a fuga está acontecendo dos condutores, tentando armar o DR.
em algum ponto da instalação elétrica. Quando o dispositivo armar, o condutor
Nesse caso, será preciso verificar disjun- responsável pela fuga foi encontrado (o
tores e condutores. < último que foi desconectado). A correção
deverá ser imediatamente providenciada
com a troca do fio.
Fontes
Téchne 92 (nov/2004) “Materiais elétricos”.
Equipe de Obra 27 (jan-fev/2010) “Curto e fuga de corrente”.
Guia da Construção 108 (jul/2010) “Preto no branco”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 113

Livro 1.indb 113 25/02/2011 17:21:51


Divisória sanitária > elemento vazado de concreto > elevador de cremalheira
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Granilite da Casa Franceza


As divisórias sanitárias em granilite, da
Casa Franceza, são usadas na separação
de vasos sanitários, chuveiros, tapa-visões
de mictórios e entrada de vestiários
e banheiros. São painéis de concreto
revestidos de granilite, com armação
interna, chumbados no piso e fixados com
perfil “U”. Os batentes são de alumínio tipo
cadeirinha ou tubular. As portas podem
ser em madeira para pintura, revestidas
em laminado melamínico ou em laminado
melamínico estrutural e=10 mm.
Casa Franceza
(11) 3672-5383
casafranceza@casafranceza.com.br
www.casafranceza.com.br

ELEVADOR DE CREMALHEIRA
Os elevadores da Symek possuem torre
metálica, cabine com piso em chapa
de aço carbono antiderrapante, freio de
emergência e redutor com motorização
do tipo eletromecânico de pinhão-
cremalheira. Os modelos comportam de
11 até 17 pessoas ou 2 mil kgf.
Symek
(11) 3848-6666
www.symek.com.br

114 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 114 25/02/2011 17:21:56


elemento vazado de concreto > elevador > elevador cremalheira

ABRIL 2011 – anuário pini – 115

Livro 1.indb 115 25/02/2011 17:21:58


> ELEVADOR DE CREMALHEIRA

Subida segura
Tempo de uso do equipamento, necessidades do canteiro
e custos de manutenção norteiam a aquisição e locação de
elevadores do tipo cremalheira

I
Fotos: Marcelo Scandaroli

nstalado logo após a execução das funda-


ções para transportar pessoas, materiais
e equipamentos, o elevador de cremalheira
pode ser decisivo para a obtenção de bons
índices de produtividade no canteiro. Di-
ferentemente do elevador de obra movido
por cabos de aço, essa solução de trans-
porte vertical se movimenta ao longo de
uma torre metálica por meio do sistema de
pinhão e de cremalheira. Ainda que tenha
custo mais elevado que o equipamento
convencional, ele vem sendo bastante pro-
curado por exigir área menor para instala-
ção, apresentar maior capacidade de carga
e oferecer a possibilidade de inserção de
duas cabines em uma mesma torre.
Existem no mercado diferentes mode-
los de cremalheiras: com cabine simples
(plataforma única) ou dupla (duas plata-
formas independentes correndo em lados
opostos de uma mesma torre). Há, ainda,
possibilidade de compartimento isolado
para o operador.
A escolha por um ou outro modelo
depende fundamentalmente da necessi-
dade de abastecimento dos pavimentos.
A capacidade de carga e as dimensões da
cabine também devem ser compatíveis
com a demanda da obra. Os produtos dis-
poníveis no Brasil suportam entre uma
e duas toneladas e, em geral, apresentam
velocidade de deslocamento vertical entre
30 m/min e 40 m/min.

Instalação e uso
É fundamental escolher um local de
fácil acesso para instalar o elevador de
cremalheira, de preferência próximo ao
portão ou à área de carga e descarga. O
posicionamento do equipamento não deve
interferir na construção de outros siste-
mas, como caixilhos, vigas e colunas. Fluxo de abastecimento dos pavimentos define escolha por cremalheira com
Por ser uma peça fundamental para a cabine simples ou dupla

116 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 116 25/02/2011 17:21:59


Cuidados para a locação

Na hora de alugar um elevador de cremalheira, deve-se


levar em conta o prazo de utilização do equipamento e
a disponibilidade do fornecedor em cumprir as datas
de instalação. As responsabilidades das partes também
devem estar previstas no contrato de locação. Instalação,
desmontagem e manutenção costumam ser assumidas
pela locadora. Já o transporte pode ficar a cargo tanto
da contratante quanto da locadora. Por se tratar de um
equipamento de grande porte, a entrega pode ser parcial,
ou seja, por lote de peças.
Tanto no recebimento quanto na devolução, o ideal é
que o engenheiro responsável ou técnico de segurança
do trabalho acompanhe a entrega técnica, avaliando
o aspecto geral da peça, como pintura, limpeza,
amassamento e estado geral da engrenagem.
Para evitar problemas de fornecimento, a disponibilidade
do equipamento deve ser checada com, pelo menos,
três meses de antecedência. Além de solicitar um
checklist com os itens do equipamento, é importante
exigir do locador o recolhimento da ART (Anotação de
Responsabilidade Técnica) de montagem, de manutenção
e de fabricação. Esta última garante a origem das peças
e impede a locação de um equipamento montado com
torre de sucata, guincho reformado ou cabina em más
condições de uso.

logística e, consequentemente, para o de- Checklist


sempenho produtivo, o estudo da utiliza-
ção, montagem e desmontagem do eleva- > O local de instalação da cremalheira deve ser estudado no projeto do canteiro para não
dor deve ser contemplado no planejamento interferir em outros sistemas construtivos
do empreendimento e no projeto do can- > Os horários de operação devem ser programados conforme a demanda de cada
teiro. “O dimensionamento do sistema de pavimento, a produtividade das equipes e a capacidade do equipamento
transportes é muito importante em uma > A manutenção periódica é fundamental e deve estar incluída no contrato de locação
obra, já que a movimentação de pessoas e > Deve-se sempre exigir da locadora a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) de
materiais ocupa um terço da mão de obra montagem e desmontagem do equipamento
do canteiro”, comenta o engenheiro Ubiraci > A carga máxima suportada deve ser rigorosamente respeitada
Espinelli de Souza, professor da Poli-USP
(Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo) e diretor da Produtime. máxima de carga do equipamento e checar e possui um item específico para “Movi-
Segundo ele, uma dica é desenvolver os itens de segurança, como o freio de tra- mentação e Transporte de Materiais e Pes-
um cronograma físico para materiais, balho, de emergência e o sistema de can- soas” (18.14). Há também a NB 233, que
equipamentos e mão de obra e, a partir celas, que impede que o elevador se mova regulamenta “Elevadores de Segurança para
daí, elaborar o plano de uso do transporte com as portas abertas. No mais, assim como Canteiros de Obras de Construção Civil” e
vertical. Tal plano deve conter todos os ocorre com outros equipamentos presentes estabelece as condições mínimas para pro-
horários diários de operação pré-definidos em uma obra, a revisão e a manutenção jeto e execução de elevadores de obra. <
e levar em consideração a demanda por preventiva são imprescindíveis.
Fontes
pavimento, a produtividade das equipes e Duas normas regulamentam o uso do Guia da Construção 109 (jul/2010) “Locação sem susto”.
a capacidade do equipamento. elevador de cremalheira no Brasil. A NR-18 Guia da Construção 97 (ago/2009) “Como comprar elevador
de cremalheira”.
Durante a utilização, há duas recomen- normatiza as “Condições e Meio Ambiente Construção Mercado 68 (mar/2007) “Elevadores de obra –
dações principais: respeitar a capacidade de Trabalho na Indústria da Construção” Segurança elevada”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 117

Livro 1.indb 117 25/02/2011 17:22:02


> ELEVADOR DE PASSAGEIRO

Tráfego inteligente
Segmento de elevadores para passageiros diversifica
tecnologias e acessórios de conforto. Conheça as principais
orientações para a compra e instalação

O s equipamentos para o transporte


Divulgação: ThyssenKrupp

vertical de passageiros têm passado


por profundas transformações. Embora
algumas sejam aparentes, como a introdu-
ção de painéis eletrônicos que fornecem
entretenimento ao usuário no interior e
no exterior da cabina, as inovações mais
importantes vêm sendo incorporadas em
áreas pouco visíveis. O intuito é prover os
equipamentos de mais inteligência e de
maior eficiência energética.
Entre as inovações estão sistemas
com acionamentos regenerativos de
energia elétrica e sistemas antecipado-
res de chamadas, que reduzem o núme-
ro de paradas nos andares, proporcio-
nando aumento de 30% na capacidade
de transporte dos elevadores. Isso sem
contar com a já consolidada tecnologia
VVVF (Variação de Frequência e Varia-
ção de Velocidade), que permite aos con-
domínios economia de 35% no consumo
de energia elétrica.
Em algumas situações, a garantia
de espaço para a casa de máquinas dei-
xou de ser uma obrigação nos projetos.
Com o desenvolvimento de máquinas
de tração compactas, além do emprego
de suspensão por cintas de poliuretano
com apenas 3 mm de espessura, que
dispensam lubrificação, todo o maqui-
nário pôde ser instalado no interior da
caixa de corrida. Para o empreendedor,
isso trouxe muitas vantagens, a começar
pelo ganho de área útil e pela elimina-
ção dos custos de construção da casa
de máquinas.
Para empreendimentos com tráfego
intenso de pessoas, desponta na Europa
e na Ásia o elevador duplo (twin). Nesse
modelo, duas cabinas operam com velo-
cidades distintas e trafegam numa mesma Elevador twin opera com duas cabinas que trafegam numa mesma caixa de
caixa de corrida. corrida e com velocidades distintas

118 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 118 25/02/2011 17:22:03


Inovações em elevadores

Divulgação: Atlas Schindler


Sem casa de máquinas – vertical do edifício e altera a forma de interação
Os componentes que até então eram do usuário com o equipamento. As botoeiras nos
implantados em uma casa de máquinas andares são substituídas por um teclado no qual
passaram a ser instalados na parte o usuário digita o andar que pretende acessar
superior da caixa de corrida. Tal mudança ou utiliza um cartão magnético para indicar o
foi viabilizada pelo desenvolvimento de andar pretendido.
máquinas de tração compactas e de alta Elevadores de alta velocidade – A multiplicação
eficiência, além do emprego de suspensão dos edifícios com mais de 30 pavimentos obrigou
com cabos de aço ou cinta de poliuretano.  as indústrias a criar tecnologias que antes eram
Acionamentos com regeneração de exclusivas da indústria automobilística. Um
energia elétrica – Utilizam um sistema exemplo disso é a suspensão ativa que permite
que transforma a energia elétrica, antes que a cabina se desloque com elevada velocidade
desperdiçada e dissipada em resistores sem a ocorrência de trepidação.
do quadro de comando, em energia Dispositivos de segurança – A adição de
elétrica reaproveitável, que é devolvida tecnologias para o controle de acesso foi outra
para a rede elétrica predial. Isso possibilita inovação incorporada aos sistemas de transporte
economia da ordem de 30% em relação vertical. Oferecidos como opcionais de segurança,
aos sistemas com acionamento por VVVF eles permitem que o elevador seja acionado apenas
(Variação de Voltagem e Frequência). por pessoas previamente autorizadas, reconhecidas por um sistema de
Antecipador de chamadas – Permite melhoria do tráfego biometria, por exemplo.

Projeto Normas técnicas


A incorporação desses avanços tem mo-
dificado a forma de dimensionar os elevado- > NBR NM 207:1999 – Elevadores Elétricos de Passageiros – Requisitos de Segurança
res. Se no passado o projetista especificava para Construção e Instalação
os equipamentos levando em conta basica- > NBR 5665:1987 – Cálculo do Tráfego nos Elevadores
mente a sua capacidade (número de pesso- > NBR NM 267:2001 – Elevadores Hidráulicos de Passageiros – Requisitos de Segurança
as) e velocidade, hoje a preocupação com a para Construção e Instalação
eficiência, tanto no atendimento ao tráfego > NBR 14712:2001 – Elevadores Elétricos – Elevadores de Carga, Monta-cargas e
vertical quanto no consumo de energia elé- Elevadores de Maca – Requisitos de Segurança para Projeto, Fabricação e Instalação
trica, está cada vez mais presente. > NBR NM 313:2007 – Elevadores de Passageiros – Requisitos de Segurança para
A norma técnica NBR 5665 estabelece Construção e Instalação – Requisitos Particulares para a Acessibilidade das Pessoas,
os parâmetros mínimos a serem respeitados Incluindo Pessoas com Deficiência
para o cálculo de tráfego de elevadores em
geral. “Mas um bom projeto de transporte
vertical já não pode levar apenas em conta Em relação ao recebimento, o mais pre verificando a conformidade dos equi-
se os elevadores atendem ou não à norma”, indicado é que o equipamento seja en- pamentos com as especificações do con-
diz o consultor em transporte vertical João tregue apenas quando houver condições trato. Uma vez concluídos os serviços de
Eduardo de Almeida e Castro. Segundo ele, ideais dos locais para armazenamento instalação, é aconselhável a realização de
outros fatores também merecem estudo e instalação, com a infraestrutura para testes previstos na ABNT NM-207. Além
cuidadoso, como a localização, o padrão e os elevadores já concluída. Para evitar disso, antes da contratação, recomenda-
o tipo de edificação, entre outros. problemas como deterioração ou danifi- se verificar se o fornecedor é capacitado
cação de componentes e perda de peças, para executar serviços de manutenção
Cuidados durante a compra deve-se evitar armazenar equipamentos após a entrega dos elevadores e se possui
A especificação dos elevadores deve em obra. equipe técnica e recursos disponíveis para
constar no contrato de compra e venda, essa tarefa. <
definindo tecnicamente as característi- Instalação e manutenção
Fontes
cas e os equipamentos a serem forneci- É importante fiscalizar as diversas Téchne 156 (mar/2010) “Sobe e desce inteligente”.
dos e instalados. etapas da instalação dos elevadores, sem- Construção Mercado 111 (out/2010) “Tecnologia elevada”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 119

Livro 1.indb 119 25/02/2011 17:22:04


engenharia e projeto

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


ERP para construção civil
A Poliview atua há 25 anos no
desenvolvimento e implantação de
softwares de gestão integrada e é
provedora da solução Siecon SP7, um ERP
desenvolvido para atender exclusivamente
empresas de engenharia civil, construção
e incorporação. O software abrange
todas as áreas da empresa, passando
pela engenharia, suprimentos, finanças,
comercial, recursos humanos, qualidade,
dentre outros. Uma das vantagens do
Siecon SP7 para empresas do setor é
a integração, em tempo real, de filiais e
canteiros de obras ao escritório central.
Poliview Consultoria e Sistemas
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Fachadas industrializadas Instalação de fôrmas Consultoria em fundações


Ao priorizar projetos de fachadas especiais A Joan executa serviços de fôrmas para A ABS Fundações presta consultoria em
em alumínio, a Albuquerque & Oliveira concreto com aplicação de todo material, projetos de fundação e obras geotécnicas.
procura ampliar seu espaço de atuação escoramento e mão de obra necessária ao Possui 35 anos de experiência e atuação
no mercado. Para tanto, afirma aliar em serviço. A empresa afirma que também comprovada em 12 países.
seus serviços experiência, inovação e realiza lançamento de concreto, escavação ABS Fundações
(21) 2547-5672
modernização. A empresa executou, manual e prancheamento.
recentemente, a obra do conector do Joan
(21) 2437-2313
Aeroporto Santos Dumont no Rio de engenhariadajoan@ig.com.br
Janeiro, fazendo a parte de estrutura
metálica, esquadrias de alumínio e vidro.
Albuquerque & Oliveira
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120 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 120 25/02/2011 17:22:07


engenharia e projeto

Fundações e geotecnia
A Geoservice Geotecnia e Fundações tem
como atividade principal a prestação de
serviços geotécnicos e a execução de
fundações. Com sede em Belo Horizonte
e filial em Brasília, a empresa atua
principalmente nos mercados de Minas
Gerais, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro,
Espírito Santo e Bahia. Faz os seguintes
serviços: controle de recalque, estaca hélice
contínua monitorada, estaca Franki, estaca
pré-moldada, entre outros.
Geoservice Geotecnia e Fundações
(31) 3275-3045
geoservice@terra.com.br
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Serviços em concreto
A Abaco afirma estar sempre atenta
às inovações tecnológicas, utilizando
equipamentos modernos para a execução
de pisos em concreto. Com 13 anos de
experiência, assegura dispor de equipe
Fundações Cimart técnica apta a oferecer diversos produtos,
A Cimart atende obras de pequeno a grande como pavimentos industriais, concreto
porte, executando estacas hélice contínua, polido, concreto estampado, endurecedor
estacas escavadas, sondagens e projetos de superfície e juntas.
de fundações. A empresa informa ter mais Abaco
de 3,5 mil obras realizadas e atua no setor (11) 4587-0440
www.abacometodos.com.br
desde o ano 2000.
Cimart Fundações
(11) 4524-0593
http://cimartfundacoes.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 121

Livro 1.indb 121 25/02/2011 17:22:10


engenharia e projeto > equipamentos de proteção
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Projetos industriais e projetos complementares Som e vídeo


comerciais A Obrap Engenharia de Projetos atua Com sede em São Paulo, a ATC Service
A 2S Arquitetura dedica-se a projetos no desenvolvimento de projetos oferece soluções integradas nas áreas de
industriais e comerciais. Segundo complementares – estrutural; de sonorização, vídeo, iluminação cênica e
a empresa, seus projetos agregam impermeabilização; hidráulico; elétrico; projeção para obras de diferentes tipos
responsabilidade social à política de de dados, voz e imagem; de incêndio e e portes, tanto em ambientes internos,
arquitetura sustentável e buscam a baixa de ar condicionado. A empresa afirma quanto em áreas externas. A empresa
necessidade de manutenção na execução otimizar e segmentar o desenvolvimento trabalha no sistema turnkey e realiza desde
das obras. A empresa também fiscaliza a de cada projeto, visando compatibilizá-los o projeto e especificação de equipamentos,
obra e o cumprimento das metas. para minimizar as interferências ocorridas até a instalação.
2S Studio de Arquitetura ATC Service
durante a execução da obra.
(21) 2425-2535 (11) 4055-3965
Obrap Engenharia
www.2sarquitetura.com www.atcservice.com.br
(11) 2385-7685
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www.obraprojetos.com.br

Proteção de alvenaria GUARDA-CORPO sem emendas


estrutural O guarda-corpo para andaimes Com um visual industrial e simétrico,
O sistema de proteções de alvenaria da tubulares possui rodapé soldado ao com cantos pronunciados e partes
Metroform promete segurança eficiente conjunto, com design em curvas, visíveis, o sistema Quick Rail não
contra quedas acidentais de equipamentos evitando acidentes. Possui trava apresenta emendas no trilho superior.
e, principalmente, de funcionários que e encaixe de fácil montagem. Está Dentro de cada coluna está um
estejam trabalhando em áreas de risco. O disponível na cor preta, nos padrões trilho escondido, e os componentes
sistema funciona com a utilização de postes 1,00 m e 1,50 m. que conectam os preenchimentos
com grapas – peça de encaixe das telas Mekaflex aos pilares deslizam e travam sem
(19) 3411-4922
–, as quais podem ser fixadas nas laterais www.mekaflex.com necessidade de furadeiras, parafusos
das vigas ou em blocos estruturais. As ou soldas.
telas metálicas telescopáveis permitem um Glass Vetro
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ajuste fino ao perímetro da estrutura. www.glassvetro.com.br
Metroform
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122 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 122 25/02/2011 17:22:12


escoramento

Escoramento metálico Torretec Escoramentos Brasviga Escoramento Rohr


Solução tradicional de escoramento A Brasviga fornece sistemas de A Rohr é especializada em engenharia
metálico, o Sistema Torretec é composto escoramento completos para atender os de acesso e escoramentos e fôrmas para
por sapatas, forcados, perfis principais canteiros de obra. Fabrica as vigas H20 em construção. Atua em quatro grandes
e secundários. Ao todo são 30 peças de madeira com alta resistência e baixo peso. frentes: construção pesada e infraestrutura,
tamanhos variados e geometria simples, Podem ser utilizadas como vigas primárias, construção predial, indústria e eventos.
que permitem ao sistema atingir todas secundárias (no barroteamento de lajes) O sistema de escoramento da empresa é
as faixas de medidas. Segundo a Vigatec e no travamento de fôrmas diversas da composto por estruturas tubulares, sistema
Equipamentos, esse tipo de escoramento, construção civil. A Brasviga informa que a de torre de encaixe Etem, vigas de aço,
além da estabilidade, se caracteriza pela H20 é de fabricação própria e garante maior alumínio e madeira, e treliças metálicas.
facilidade de montagem e pela leveza praticidade e agilidade na montagem. As treliças podem fazer o lançamento de
associada à alta capacidade de carga. Brasviga vigas, balanço sucessivo para execução de
Vigatec Equipamentos (19) 3451-7766
brasviga@brasviga.com.br pontes, viadutos, barragens e edifícios.
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Sistema Palestub
O sistema Estub de escoramento utiliza a
torre Palestub em conjunto com as vigas,
réguas, cabeçais e escoras para formar um
sistema de escoramento e reescoramento
tanto para lajes planas quanto para lajes
nervuradas, que utilizam cubetas plásticas.
O sistema permite diversas concepções de
torres triangulares, quadradas, losangulares
e retangulares.
Estub
(21) 2472-7200
www.estub.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 123

Livro 1.indb 123 25/02/2011 17:22:15


> ESCORAMENTO METÁLICO

Sustentação provisória
Locação exige cuidados com manuseio das peças
para evitar custos indenizatórios

Optar pela compra ou locação de esco- do com as cargas e o tipo de estrutura, com
fotos: marcelo scandaroli

ramentos metálicos requer a avaliação dos respeito às normas técnicas e às quantida-


recursos a serem investidos pela construto- des das peças listadas. O contratante deve
ra. Os sistemas podem ser utilizados para requerer também o recolhimento da ART
o cimbramento de diversas estruturas e ti- (Anotação de Responsabilidade Técnica).
pos de construção, mas a decisão de com- Os estudos e orçamentos podem ser fei-
prar ou locar o equipamento dependerá tos por preço unitário das peças, por pavi-
do tipo de projeto, do prazo de utilização, mento ou por metro cúbico do trecho e va-
da carteira de obras e da disponibilidade riam de acordo com o tipo de equipamento
da construtora em realizar a manutenção especificado. A cobrança de aluguel das
e guarda das peças. peças costuma ser por dia de permanência
Para empresas que executam obras com em obra. É preciso estar atento também aos
o mesmo projeto de estrutura, como em custos de peças eventualmente danificadas
projetos populares, o investimento pode ou extraviadas que, em virtude de mau uso
ser viável pensando no retorno de longo e falta de controle, podem gerar custos in-
prazo. Os equipamentos possuem vida útil denizatórios. “É fundamental investir em
longa, desde que bem armazenados – em controle dos equipamentos na obra, com
local amplo e com controle de acesso – e pessoal treinado e capacitado. Controle não
com o atendimento das manutenções es- significa custo, e sim investimento“, observa
pecificadas pelo fabricante para garantir o engenheiro Alexandre Pandolfo, coorde-
boa conservação. “As empresas que optam nador do Comitê de Desenvolvimento de
pela compra acabam agregando serviços de A aquisição de escoramentos metálicos mostra-se Mercado da Abrasfe.
serralheria em seus canteiros para realizar vantajosa nos casos em que a construtora executa O estado de conservação do produto, o
a manutenção que as escoras, vigas e torres muitas obras com projeto semelhante atendimento, a expertise da empresa con-
precisam”, diz André Logello, membro da tratada, a negociação comercial e a pres-
Abrasfe (Associação Brasileira das Empre- tação de assistência técnica são pontos de
sas de Fôrmas e Escoramentos). vessas utilizadas como apoios verticais, além atenção na hora de contratar o serviço ou
Já para as empresas que constroem de vigas apoiadas em forcados (ou cabeçais) adquirir o produto. “Ter confiabilidade na
empreendimentos com plantas diversas, os que permitem a regulagem fina para nivela- empresa escolhida evita impasses sobre
custos de compra, armazenamento e manu- mento das fôrmas. Há também conectores, as responsabilidades de cada um”, alerta
tenção geralmente tornam-se dispendiosos. cornetas e cruzetas que auxiliam na mon- Alexandre Pandolfo.
Com a variação dos projetos, as cargas e so- tagem dos cimbramentos e facilitam inclu-
brecargas da estrutura, bem como os tipos sive o reescoramento após a concretagem. Logística
de fôrmas, mudam de uma obra para outra As peças são montadas conforme o projeto Definido o projeto, a contratação
e sempre será necessário haver peças de re- realizado pelo fornecedor e sua combinação do transporte é de responsabilidade da
posição/substituição. Quando a empresa varia para atender cada aplicação. construtora. As torres e vigas devem ser
opta por locar o equipamento, o fornecedor organizadas, de preferência, em paletes e
cria o projeto de estrutura provisória, rea- Cotações de preços e fornecedores transportadas por empilhadeiras. É preciso
lizando o estudo e o dimensionamento de O mercado conta com diversos forne- cuidado com o armazenamento de conec-
cada peça para a obra em questão. cedores, tanto para locação quanto para tores e peças menores, pois apresentam alto
compra, mas é preciso cuidado na hora de índice de perda. O aconselhável é que sejam
Especificações avaliar as propostas e contratos. Avalie aten- transportadas em caixas ou sacos fechados
Os sistemas são compostos por escoras tamente se, no projeto, os equipamentos e, após a execução de cada pavimento, guar-
telescópicas ajustáveis, torres ou postes e tra- estão dimensionados corretamente de acor- dadas em locais com controle de acesso.

124 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 124 25/02/2011 17:22:15


ENTREVISTA > Alexandre Pandolfo

Detalhes que fazem diferença

marcelo scandaroli
Quais são as principais características O fabricante executa o projeto conforme o
dos escoramentos metálicos? tipo de estrutura e as condições do solo.
Entre os itens favoráveis estão a Em lajes pré-fabricadas, usa-se apenas
facilidade de montagem e desmontagem, o vigamento primário sobre as torres e
a versatilidade do equipamento e a escoras; em lajes nervuradas, há perfis É importante também
simplicidade de uso e treinamento para metálicos que proporcionam console capacitar os operários
a instalação do sistema. São peças de para as fôrmas plásticas de cubas para para executar a desforma
encaixe com proteções periféricas e que formar estruturas de grandes vãos; já e conscientizá-los sobre os
proporcionam acessibilidade segura à obra. em alvenarias estruturais, os blocos de cuidados de uso
Além disso, hoje em dia é muito complicado concreto formam apoios lineares e somente
Alexandre Pandolfo
utilizar escoramentos em madeira por conta as lajes precisarão de escoramento. coordenador do Comitê de Desenvolvimento de
Mercado da Abrasfe (Associação Brasileira das
das exigências de certificações ambientais e Empresas de Fôrmas e Escoramentos)
o comprometimento com conceitos Quais são os cuidados que locatário ou
de sustentabilidade. comprador precisam tomar?
Devem sempre respeitar o projeto fornecido cuidados de uso, evitando deixar cair
Como saber se o projeto do pelo fabricante. É importante também as peças e mantendo os escoramentos
escoramento está de acordo com a capacitar os operários para executar a sempre longe do trânsito de máquinas
realidade da obra? desforma e conscientizá-los sobre os e equipamentos.

Normas técnicas Checklist

> NBR 15696:2009 – Fôrmas e Escoramentos > Para contratar ou comprar o equipamento, são necessários o projeto estrutural da obra
para Estruturas de Concreto – Projeto, e o estudo de condições do solo para que o calculista crie o projeto de escoramento
Dimensionamento e Procedimentos Executivos > Não esqueça de prever a quantidade necessária de peças para o reescoramento
> NBR 8800:2008 – Projeto de Estruturas > Exija o recolhimento da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) dos
de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e fornecedores
Concreto de Edifícios > Preveja, antes da contratação, em que local da obra o equipamento será armazenado
> NBR 14931:2004 – Execução de > Verifique junto ao fabricante o estado de conservação das peças, tanto no recebimento
Estruturas de Concreto – Procedimento quanto na entrega

Além disso, é prudente contar e con- das peças do sistema deverá ser realiza- é importante a interface da construtora
ferir o material peça a peça nos depó- da pela construtora, mas os fornecedores com o escritório calculista para juntos
sitos das locadoras. Este procedimen- devem oferecer a supervisão e assistência definirem os panoramas de distribuição
to deve ser realizado na retirada e na técnica. As escoras devem estar aprumadas de cargas e verificar as deformações ad-
devolução, mediante a fiscalização das corretamente e o alinhamento e espaça- missíveis ao longo da evolução da obra”,
duas partes para evitar divergências de mento entre elas devem obedecer à espe- diz Logello.
critério e cobranças indevidas. “Mes- cificação de projeto. Em obras de grandes vãos, por exem-
mo sendo algo subjetivo, os critérios de Ao final da concretagem de cada plo, é preciso atenção para a forma de
aceitação de equipamentos na retirada pavimento, deverão ser respeitados os trabalho das vigas. A escora, quando
são identicamente válidos na devolução”, tempos de cura, que são variáveis em acionada, é o ponto de apoio e o cuida-
pontua Pandolfo. função dos ciclos de concretagem, do do na retirada evita o comprometimen-
O equipamento não pode apresentar traço e aditivos utilizados. No reesco- to da estrutura acabada. É aconselhável
soldas trincadas ou corrosão, as roscas ramento, uma parte das peças de apoio sempre retirar as escoras do centro para
devem estar lubrificadas e a pintura ou deve ser mantida para evitar futuras as extremidades em vãos apoiados, e do
galvanização conservadas e sem resíduos patologias como fissuras. Muitas vezes balanço para o pilar, no caso de um úni-
grosseiros de argamassa ou concreto. os cronogramas de obra pedem que os co apoio. <
andares sejam liberados o quanto antes
Cuidados durante a instalação para os trabalhos de acabamento, sem
Fonte
O projeto deve ser seguido à risca na ter atingido a resistência suficiente para Livro Como Comprar Materiais e Serviços para Obras,
execução do cimbramento. A instalação receber cargas mais elevadas. “Por isso, Editora PINI.

ABRIL 2011 – anuário pini – 125

Livro 1.indb 125 25/02/2011 17:22:18


escoramento metálico

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Equipamentos para fôrmas Escoramento econômico
A Esparbras Locação de Máquinas e A TRC Metalvários disponibiliza para
Equipamentos para a Construção Civil o mercado sistema de escoramento
aluga fôrmas e escoramentos metálicos composto, em sua parte vertical, por torres
e serviços de montagem de fôrmas para de encaixe (quadros e diagonais em X) e
qualquer tipo de estrutura. Trabalha com escoras pontuais e, na parte horizontal,
diversos produtos, como bases para vigas principais e secundárias em aço
escoramentos, escoras com forcado, ou madeira. De acordo com a empresa,
escoras com cruzeta e tripés, além de o sistema promove economia no custo e
conceber projetos de escoramento. no tempo de montagem/desmontagem.
Esparbras Os equipamentos estão disponíveis para
(21) 3424-6966
esparbras2005@terra.com.br locação e venda.
TRC Metalvários
(11) 5515-0555
trcm@uol.com.br
www.trcm.com.br

126 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 126 25/02/2011 17:22:23


ABRIL 2011 – anuário pini – 127

Livro 1.indb 127 25/02/2011 17:22:25


escoramento metálico

128 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 128 25/02/2011 17:22:28


ABRIL 2011 – anuário pini – 129

Livro 1.indb 129 25/02/2011 17:22:30


escoramento metálico
FOTO CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Escoramento Mecanoflex
O Mecanoflex é um sistema de
escoramento para lajes formado por três
elementos básicos: escoras ajustáveis,
vigas principais (porta-sopandas) e vigas
secundárias (sopandas), que encaixam
entre si para estabelecer uma estrutura
estável e segura. As escoras são fabricadas
em aço e pintadas com tinta poliéster. Para
evitar a entrada de resíduos de concreto, os
cantos são fechados.
Metroform System
(11) 2432-3110
www.metroform.com.br

130 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 130 25/02/2011 17:22:34


ABRIL 2011 – anuário pini – 131

Livro 1.indb 131 25/02/2011 17:22:36


escoramento metálico

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Serviço de Fôrmas Montagem voadora
A Rio Vector Engenharia atua no mercado Com 40 kg/m2, as mesas voadoras
desde 1993 com especialização nos da Mills demandam 0,20 hh/m2 para
serviços de fôrmas e escoramentos. A montagem e desmontagem. Isso
empresa informa que mantém processos significa que, segundo a empresa, em
de treinamento e qualificação de sua uma hora, uma equipe de seis operários
equipe, com busca contínua da qualidade desenforma, transporta e posiciona, de
e produtividade, aliado a uma gestão forma alinhada e nivelada, até 30 m2 de
focada em atender as necessidades e fôrmas. O sistema é adequado para obras
prazos dos clientes. repetitivas e indicado para construção
Rio Vector de edifícios comerciais e residenciais,
(21) 2441-0500
shoppings e instalações industriais.
Mills Engenharia
(11) 3787-4142
www.mills.com.br

132 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 132 25/02/2011 17:22:39


Esgoto sanitário > Esquadria de alumínio

Reúso de esgoto Esquadrias Salesmetal


A Hemfibra desenvolveu o sistema A Salesmetal projeta, desenvolve e
Ecofiber Master, estações hiper compactas industrializa, há mais de três décadas,
de tratamento de esgotos projetadas esquadrias de alumínio. Seus produtos
para processamento tanto de efluentes – janelas, portas e portões – têm
domésticos quanto industriais orgânicos e anodização natural, colorida ou com
efluentes urbanos. Este sistema promete pintura eletrostática.
como resultado final um efluente tratado e Salesmetal Esquadrias de Alumínio
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ABRIL 2011 – anuário pini – 133

Livro 1.indb 133 25/02/2011 17:22:41


> ESQUADRIA DE PVC

PVC popular
Após se consagrar no País como material voltado a obras de alto padrão e
com exigência elevada por desempenho, as esquadrias de PVC começam
a se popularizar com a entrada de empresas estrangeiras no mercado
bruno loturco

Perfis de menor largura permitiram às empresas desenvolver linhas econômicas para o mercado de baixa renda

O s caixilhos de PVC chegaram ao Brasil


nos anos 1980, associados a projetos
em que havia necessidade de alto desem-
para os mercados emergentes que pode
fazer com que as esquadrias de PVC se tor-
nem mais competitivas e tenham uso mais
das esquadrias de PVC ainda se restringe
basicamente ao eixo Sul-Sudeste.

penho. Com custo elevado, era geralmente difundido no País. Tropicalização


aplicado em hotéis, hospitais e residências “Desde que pautado em produtos Por trás do potencial aumento de
de alto padrão. Em paralelo, o produto conformes à normalização brasileira, consumo há questões técnicas, em espe-
sempre se beneficiou de propriedades o maior número de fornecedores de cial, o ajuste às necessidades brasileiras.
como estanqueidade, performance térmi- esquadrias de PVC é bastante salutar”, Embora a maior parte dos fabricantes
ca e acústica, instalação ágil, durabilidade afirma a engenheira Vera Fernandes trabalhe com encomendas sob medida,
e fácil manutenção, além de elevada resis- Hachich, gerente técnica de programas há empresas pesquisando e desenvolven-
tência mecânica. da qualidade da Tesis-Tecnologia de do linhas econômicas, voltadas a obras
São essas as características que ajudam Sistemas em Engenharia. Ela vê como verticais com perfis de menor largura,
a explicar a grande aceitação na Europa. principal vantagem dessa expansão o por exemplo. O objetivo é obter produtos
No Brasil, há um movimento consistente aumento da oferta do produto em dife- de menor custo, que possam ser aprovei-
de empresas europeias e norte-americanas rentes regiões brasileiras, pois hoje o uso tados em maior escala.

134 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 134 25/02/2011 17:22:43


Recebimento e instalação

O material deve ser entregue na fase de acabamento, de está alinhado, sem curvas. A perfuração dos marcos pode
preferência quando os vãos estão pintados ou revestidos. As ser feita com bucha de náilon ou parafuso de fixação direta
peças devem ficar na posição vertical, recostadas na parede, sempre a 150 mm dos cantos, com espaçamento máximo
sempre apoiando a menor na maior. de 700 mm.

Folga para esquadro e prumo Fixação e vedação


Para facilitar o encaixe e prever a dilatação do perfil de PVC, Com as folhas parafusadas e os encaixes de vedação
a face interna do vão deve ter folgas de 10 mm na largura e posicionados, a junção entre a parede e o perfil é
5 mm na altura. Em portas, a esquadria é nivelada ao piso preenchida com espuma de poliuretano. Vãos umedecidos
interno com folga de 5 mm na altura. antes da aplicação melhoram a aderência da espuma na
alvenaria e aceleram o processo de cura.
Aferição de medidas dos vãos
Não é necessária a utilização de contramarco. O vão Perfis de arremate
acabado deve estar com as medidas exatas especificadas Com gabarito e lápis, marque o ponto no perfil do marco
em projeto e o ideal é prever 5 mm de caimento para o em que será instalado o perfil de arremate. Para cortar o
peitoril. Para verificar o esquadro e o nivelamento, leve perfil com serra, é preciso realizar a medição justa de altura
em conta a largura, altura e o comprimento das diagonais. e largura da esquadria entre os pontos demarcados.
Se o vão não estiver no esquadro, toma-se como base a
menor medida. Aplicação de silicone
O silicone pode ser utilizado para a fixação do perfil de
Marcação do furo e ancoragem arremate no marco, entre os dois perfis e do lado externo,
Com as cunhas nas extremidades da altura e da largura da entre a esquadria e a alvenaria, para garantir estanqueidade
esquadria, verifique o nível e prumo e, em especial se o perfil e vedação.
divulgação_Veka

Para Vera Hachich, hoje há tecnologia Miranda, pesquisador do IPT (Instituto de


e conhecimento suficientes, em todos os Pesquisas Tecnológicas). Ele ressalta que é
elos da cadeia de caixilharia no Brasil, para importante observar a continuidade do
a produção de janelas em conformidade à cordão e manter uma seção transversal de
norma brasileira. Por isso, ela recomenda aproximadamente 5 mm de lado.
atenção ao detalhamento dos projetos, em Uma vez atendidos todos esses cuida-
especial no que diz respeito às especifica- dos, as esquadrias de PVC podem atingir
ções da drenagem e dos selantes. altos índices de absorção sonora e de resis-
tência mecânica. Segundo dados do IPT,
Instalação eficaz em composição com um vidro simples de
Bons resultados dependem também 2,8 mm de espessura, a atenuação pode
da instalação adequada, de forma a evi- atingir 25 dB. Já quando utilizado com vi-
tar folgas ou frestas entre o caixilho e a dros duplos de 2,5 mm, separados por um
parede. As esquadrias de PVC podem ser vão de 50 mm, o índice de absorção com
instaladas por meio de ancoragem direta o sistema de caixilharia chega a 46 dB. Nos
na alvenaria com a utilização de grapas, ouvidos, a cada 10 dB atenuados, obtém-se
fixação direta nos vãos acabados, com pa- sensação de que o ruído foi reduzido pela
rafusos e buchas e, ainda, com contramar- metade. Além disso, graças aos reforços
cos instalados por meio de grapas ou pa- em aço galvanizado nos perfis principais,
rafusos, anteriormente aos caixilhos. Em janelas e portas de grandes dimensões po-
casos extremos e de instalação parafusada dem ser concebidas sem comprometimen-
ao vão, deve-se prever o emprego de cor- to de performance frente aos ventos mais
dão de selante à base de silicone estrutural fortes, por exemplo. <
na interface com alvenarias. “Mas não se
Fontes
recomenda empregar silicone de cura acé- Téchne 152 (nov/2009) “Esquadrias de PVC”.
tica nessa interface”, alerta Fúlvio Berçot Teste de esquadria de PVC Téchne 160 (nov/2010) “Instalação de esquadrias de PVC”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 135

Livro 1.indb 135 25/02/2011 17:22:44


Esquadria de PVC > ESTACAs
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Adequação ao projeto Arrasamento de estacas Perfuratriz urbana


A produção de esquadrias em PVC, com Especializada na execução de fundações A Maquesonda lança no mercado a
foco no atendimento de especificações dos com diferentes técnicas, a Exata perfuratriz hidráulica voltada para o
clientes, permite, segundo a Maxi Portas Fundações trabalha com arrasador mercado de estacas e tirantes. Um de seus
e Janelas, total adequação a cada projeto. hidráulico para demolir a cabeça das diferenciais, afirma a empresa, é perfurar
A empresa oferece também requadros estacas de concreto após a cravação. em diversos ângulos, o que é possível
triangulares ou redondos. Os produtos De fácil manuseio, o equipamento não graças à torre de posicionamento flexível.
contam com reforço interno em aço produz vibrações e, segundo a Exata, Montada sobre esteiras, a máquina é
inoxidável, vidros laminados ou temperados promove redução de custos em relação operada por meio de comandos hidráulicos
e fechaduras de três pontos para garantir ao método tradicional que emprega no painel principal. Foi projetada para
maior segurança. marteletes rompedores manuais. transporte em caminhões convencionais,
Maxi Portas e Janelas em PVC Exata Fundações sendo adequada para transporte dentro de
(11) 4447-1966 (19) 3834-1157
www.maxiportasejanelas.com.br www.exatafundacoes.com.br grandes centros urbanos.
Maquesonda
(21) 2159-8600
vendas@maquesonda.com.br

136 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 136 25/02/2011 17:22:46


ESTACAs

Soluções geotécnicas Estaca escavada


A Globogeo é especializada na execução A Zaclis, Falconi Engenharia realiza prova
de fundações com estacas tipo raiz, de carga estática em estaca escavada de
rebaixamento de lençol freático (ponteiras grande diâmetro, com mais de 50 m de
e poços), sondagens mistas e injeções de profundidade e instalação de strain gage.
consolidação, contenções de encostas com Zaclis, Falconi Engenharia
(11) 3873-2500
tirantes e solo grampeado e executa provas www.zaclisfalconiengenharia.com.br
de carga em estacas.
Globogeo
(11) 3564-5006
www.globogeo.com.br

Fundações Riscado Perfuratriz multifuncional


A Riscado executa fundações com estacas A Soilmec classifica sua nova perfuratriz
de deslocamento, sistema que reduz a PSM-8 como um produto multifuncional.
quantidade de solo resultante da escavação É adequada para execução de estacas raiz,
e o consumo de concreto. Isso graças ao tirantes, jet grouting, poços artesianos,
processo de execução, que cria uma área sondagens. Está equipada com controles Jundbase fundações
altamente densificada em torno da estaca, hidráulicos com válvula proporcional A Jundbase presta serviço em estacas
aumentando a capacidade de carga em para ter uma operação fácil e com fluidez, strauss, escavadas mecanicamente,
torno de 30%, em comparação com as resultando em produtividade e baixo tubulões a céu aberto e reforço de
estacas hélices. Outra vantagem atribuída a desgaste dos componentes. fundações (estacas mega). Administra
esse tipo de fundação, segundo a Riscado, Soilmec e gerencia obras, além de trabalhar com
(11) 4082-2849 recuperação de estruturas.
é a possibilidade de posicionar a ferragem www.soilmec.com.br Jundbase
em todo seu comprimento. (11) 4521-5554
Riscado Engenharia
www.jundbase.com.br
(22) 2733-0982/2733-7357
www.riscadoengenharia.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 137

Livro 1.indb 137 25/02/2011 17:22:49


> ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO

Cravação a toda prova


Conheça os principais procedimentos para a execução
de estacas pré-moldadas de concreto

E stacas pré-fabricadas de concreto são


fotos: marcelo scandaroli

ideais para transpor camadas exten-


sas de solo mole e não possuem restrições
quanto ao uso abaixo do lençol freático;
disponíveis em concreto armado ou pro-
tendido, permitem controle rigoroso da
qualidade do concreto, tanto na fase de
confecção quanto na de cravação desses
elementos. Cada estaca é cravada e pode
ser testada quanto à sua capacidade de car-
ga por meio de métodos simples de con-
trole, ao contrário das estacas moldadas in
loco que dependem de metodologias mais
complexas e dispendiosas.
A especificação dos materiais requer
uma série de cuidados. É preciso consi-
derar os carregamentos da estrutura, a Composição do concreto das estacas deve prever necessidade de resistencia a solos agressivos
resistência das camadas do solo e a via-
bilidade de acesso e de movimentação de para o terreno sem que ocorram recalques de Solos e Engenharia Geotécnica), lembra
bate-estacas no canteiro. A existência de (ruptura do solo ao redor da estaca). que o custo não deve ser a variável principal
restrições externas, tais como presença Como o erro mais comum é considerar a na análise do melhor fornecedor. “Além da
de construções precárias na vizinhança carga estrutural das estacas no dimensiona- qualidade, é preciso observar os critérios
próxima ou áreas sensíveis a ruídos ou vi- mento, há tendência de utilização de estacas técnicos de desempenho das fundações exe-
brações (hospitais, escolas, construções com capacidade de carga insuficiente, provo- cutadas pela empresa, se os equipamentos
em bordas de aterros ou de taludes ins- cando recalques importantes nas estruturas. e as estacas são adequados e se estão dispo-
táveis etc.) e itens como o comprimento Para evitar que esses e outros deslizes ocor- níveis para a execução daquela fundação
previsto e o tipo e a magnitude das cargas ram, a recomendação para os construtores específica, além da experiência da equipe
a serem absorvidas, também devem ser de- é contar com a expertise de um engenheiro técnica que irá executá-las”, ressalta.
finidos previamente. Com o aquecimento geotécnico para elaborar um programa de
do mercado da construção civil, também investigações geotécnicas (como sondagens Profissionais em questão
é preciso checar se há disponibilidade de à percussão, por exemplo). Só a partir dos A formação deficiente dos profissio-
certas seções de estacas no mercado. resultados é possível definir a resistência das nais de engenharia, como os que se pro-
várias camadas de solo e, consequentemente, põem a atuar no gerenciamento de obras e
Especificação e compra escolher quais as dimensões adequadas das na área de suprimentos, afeta diretamente
A confusão entre capacidade estru- estacas necessárias para suportar os esforços a qualidade dos serviços de fundações. “É
tural da estaca e capacidade da carga é das estruturas. cada vez mais difícil encontrar profissio-
um dos principais equívocos cometidos A previsão adequada das quantidades, nais prontos para atuar nas construções,
durante a especificação das estacas pré- comprimentos e dimensões desses elemen- em particular nas de geotecnia e funda-
-fabricadas de concreto. A primeira diz tos também dará ao construtor parâmetros ções”, diz Sussumu Niyama, engenheiro
respeito à carga máxima que pode ser apli- seguros para um bom orçamento e para civil e diretor da Tecnum.
cada na estaca sem que ocorra a ruptura balizar a compra. Aliás, quando o assunto Para Niyama, a solução é apostar na
do concreto; já a segunda abrange a carga é fornecimento, Efraim Zaclis, diretor da formação dos profissionais também den-
máxima que a estaca consegue transferir ABMS (Associação Brasileira de Mecânica tro das construtoras. Em alguns países,

138 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 138 25/02/2011 17:22:52


Bate-estaca controlado
Além de cuidados com o prumo, desempenho deve ser aferido durante e após a cravação das estacas. Confira como executar corretamente.

1 – Características das estacas


Podem ser de concreto armado ou
protendido, vibrado ou centrifugado, e
concretadas em fôrmas horizontais ou
verticais. Devem ser submetidas a cura
para que atinjam resistência compatível
com os esforços decorrentes de
transporte, manuseio e instalação, bem 2 – Posicionamento 3 – Prumo
como resistência a eventuais solos A estaca deve ser levantada e posicionada Primeiro, a torre do bate-estacas é
agressivos, atendendo às normas NBR no piquete correspondente ao seu diâmetro. aprumada, em seguida, apruma-se a
6118 e NBR 9062. Em cada estaca deve Nesse momento é inserido o capacete estaca. Os prumos das faces frontal e
constar a data de moldagem. metálico na extremidade superior da peça. lateral devem ser verificados.

4 – Marcas
Antes da cravação, realizar marcações 5 – Cravação 6 – Nega
a cada 1 m em todo o comprimento A energia de cravação depende do peso Quando o elemento atinge a profundidade
da peça para acompanhar o número do martelo, do peso da estaca e da altura desejada, verifica-se a nega da estaca.
de golpes dado pelo martelo a cada de queda do martelo. No processo de Ou seja, a medição do deslocamento da
metro cravado. Essas informações cravação, os dois primeiros fatores são peça durante três séries de dez golpes
são utilizadas para avaliação do constantes. A única variável, a altura de de martelo. Com base nesses dados,
desempenho e para a comparação com queda do martelo, não deve ser inferior a é possível avaliar se a estaca atende à
os dados obtidos nas sondagens. 40 cm nem superior a 1,20 m. capacidade de carga de trabalho.

antes de assumir uma posição de geren- Em termos de equipamentos, mesmo que a retomada do crescimento permi-
ciamento de obra, o jovem engenheiro é após 86 anos do uso da primeira estaca tisse que as empresas recuperassem seu
obrigado a estagiar em diversos setores pré-fabricada no País, o Brasil ainda deixa poder de investimento, modernizando e
da empresa, particularmente no canteiro a desejar em relação à eficácia e aspectos ampliando seu parque de equipamentos
de obras, para adquirir conhecimento ambientais. Em função de duas décadas de fundações”, diz Niyama. <
técnico sobre as atividades que virá a ge- perdidas economicamente pelo País, as
renciar. “Isso é necessário, pois muitos condições de investimentos e a falta de
vêm de escolas de engenharia que não crescimento fizeram com que os preços Fontes
Téchne 137 (ago/2008), “Melhores Práticas”.
trazem ao profissional a formação práti- caíssem muito, comprometendo a moder- Construção Mercado (dez/2008), “Fundações à prova”.
ca”, diz o engenheiro. nização dos equipamentos. “Esperávamos Construção Mercado (jan/2011), “Fundação pré-moldada”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 139

Livro 1.indb 139 25/02/2011 17:23:01


ESTACAs PRé-moldadas DE CONCRETO > ESTAÇÃO COMPACTA DE TRATAMENTO DE ESGOTO

Fundação Engestrauss Sistema modular de tratamento


A Engestrauss atua nos segmentos de A Ycatú fabrica equipamentos e estações
estacas tipo Strauss, Hélice Contínua compactas de tratamento de esgotos
Monitorada, Hélice Segmentada Monitorada sanitário, doméstico e industrial. O sistema Estacas centrifugadas
e Sondagem a Percussão. A empresa é modular, o que permite incrementos As estacas centrifugadas da Cassol
disponibiliza uma grande gama de futuros no caso de aumento da demanda são fabricadas em concreto armado
equipamentos importados de diferentes ou mesmo ser transportado para outras com adensamento por centrifugação
portes para estaqueamento em hélice áreas. As estações são fabricadas em e indicadas para obras de portos e
contínua monitorada com diâmetros de até fibra de vidro (PRFV) de alta resistência viadutos, passarelas para grandes
110 cm e profundidade de até 30 m. e, segundo a Ycatú, podem ser instalados vãos e galerias em concreto.
Engestrauss Cassol Pré Fabricados
diretamente sobre o solo, enterrados ou
(11) 4422-7588 (11) 3064-9478
www.engestrauss.com.br semienterrados. www.cassol.ind.br
Ycatú Engenharia e Saneamento
(47) 3043-7100
www.ycatu.com.br

140 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 140 25/02/2011 17:23:04


ESTACAs PRé-moldadas DE CONCRETO > ESTAÇÃO COMPACTA DE TRATAMENTO DE ESGOTO

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO Tanques Arbo Plásticos


Estacas pré-fabricadas Construídas em PRFV (poliéster reforçado Os tanques em polietileno da Arbo
As fundações em estacas pré- com fibras de vidro), as estações de Plásticos são indicados para tratamento
fabricadas de concreto protendido tratamento de esgoto Ecofiber Master de esgoto sanitário em locais sem
da Protendit permitem cargas proporcionam o reúso de água. Cada rede de coleta. Podem ser instalados
de até 200 toneladas-força. Os módulo inclui um reator anaeróbico diretamente no solo, sem escoramento
serviços são executados com de manto de lodo com duas câmaras externo. Os tanques são providos de
equipamento próprio da empresa sequenciais; um filtro biológico submerso conexões padronizadas, o que, segundo
e acompanhados por equipe de com três câmaras: aeróbica, anóxica e a empresa, facilita a instalação. Há
engenheiros especializados. aeróbica; um decantador secundário e uma tanques disponíveis de até 5 mil l.
Protendit Arbo Plásticos Rotomoldados
câmara de desinfecção.
(11) 2997-2133 (41) 3679-2449
Hemfibra
www.protendit.com.br www.arboplasticos.com.br
(84) 3092-4800
www.hemfibra.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 141

Livro 1.indb 141 25/02/2011 17:23:06


> ESTAÇÃO COMPACTA DE TRATAMENTO DE ESGOTO

Tratamento doméstico
Instalações hidráulicas dos empreendimentos incorporam, cada vez
mais, tecnologias para reutilização de águas cinzas, impulsionando a
demanda por estações de tratamento de esgoto compactas
divulgação: ecoesfera

Perspectiva é de que empreendimentos equipados com sistemas de reúso de água sejam valorizados não apenas pela questão da consciência ambiental, mas
também pela economia

O maior interesse em reaproveitar as


águas oriundas de tanques, pias, chu-
veiros, as chamadas águas cinzas, tem im-
-químicos e os biológicos. Para o esgoto
doméstico, o processo biológico costuma
ser o mais indicado em função da grande
com soprador etc. Também há as membra-
nas, mais destinadas a tratamento final.
A melhor configuração desses sistemas
pulsionado a implantação de minicentrais quantidade de matéria orgânica presente dependerá de condições locais, como a
de tratamento de esgoto em condomínios. nesse efluente. Dentro desse grupo, há os disponibilidade de área para a instalação
A tecnologia, por sua vez, tem contribuído sistemas aeróbicos ou anaeróbicos. O pri- e a qualidade final da água que se deseja
para o maior aproveitamento de efluentes meiro é realizado com a presença do gás alcançar. O sistema aeróbico possui uma
domésticos, com equipamentos de simples oxigênio, ao contrário do segundo. eficiência de remoção de matéria orgânica
operação, que exigem áreas mínimas para No mercado de estações compactas, pre- que oscila entre 90% e 95%. As substâncias
instalação e pouca manutenção. dominam os procedimentos aeróbicos. En- orgânicas são transformadas pelas bactérias
Entre os sistemas de tratamento de tre as alternativas, alguns sistemas trabalham em CO2 (40% a 50%) e em lodo (50% a
esgoto, há dois grandes grupos, os físico- com leitos fixos ou fixos rotativos, aerados, 60%), que necessita ser tratado.

142 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 142 25/02/2011 17:23:08


Checklist

Marcelo scandaroli
> As estações de reúso devem ser
previstas em projeto
> Antes da especificação, observe se a
instalação se justifica sob os aspectos
financeiro-econômico e ambiental
> O projeto deve conter um balanço
hídrico especificando o quanto e onde
serão utilizadas as águas de reúso
> É fundamental contar com um
projeto de engenharia para a
construção do sistema, bem como uma
licença ambiental da obra
> Exija uma especificação de garantia da
qualidade da água a ser reusada. A água
deve ser monitorada de acordo com os
parâmetros de qualidade exigidos

Já no sistema anaeróbico, a eficiência necessitar adição de produtos químicos. Esse Planejamento e viabilidade
varia de 70% a 80%, com geração de peque- tipo de estação é mais indicado para locais A implantação de uma estação de tra-
na quantidade de lodo. Em contrapartida, o com exigências maiores quanto à qualidade tamento de esgoto compacta deve ser pres-
processo produz grande quantidade de bio- do efluente ou onde há grande carga de po- cindida de um projeto, que considere as
gás, composto principalmente de metano. luentes no corpo receptor. características do efluente bruto, a vazão e
É possível alcançar ótima qualidade o número de pessoas envolvidas, o teor de
com sistemas biológicos aeróbicos indivi- Qualidade e controle sólidos, entre outras características.
duais ou a partir da associação entre sis- Por envolver processos biológicos, os sis- Antes de escolher quais os melhores pro-
temas anaeróbicos e aeróbicos de forma temas são extremamente suscetíveis a diver- cessos, é fundamental estabelecer todos os
a atender plenamente a legislação para sas variáveis. Por isso, um aspecto crítico em pontos onde a água de reúso será utilizada na
disposição desse esgoto tratado em cor- processos de tratamento de efluentes é o mo- edificação. Com base nessa previsão, é possí-
pos d’água. Em situações onde a quali- nitoramento e o controle de todo o processo. vel estimar o consumo e a qualidade necessá-
dade da água exigida for muito rigorosa, No processo aeróbico, por exemplo, ria aos usos pretendidos. Zanella lembra que,
tratamentos complementares, biológicos é necessário dosar a aeração conforme a na hora do planejamento, itens como manu-
ou físico-químicos (filtração, desinfecção quantidade de matéria orgânica, a variação tenção e funcionamento também devem ser
etc.), podem ser implantados em auxí- no pH pode gerar uma ação bactericida computados. Um dos maiores erros, segundo
lio ao sistema de tratamento principal. em ambos os processos. A inibição da ação o engenheiro, é desprezar esses custos. “Com-
“Atual­mente existe tecnologia para tra- bacteriológica também pode ser dada por putar apenas os custos com a instalação inicial
tamento de todo tipo de água, levando-a outros fatores como baixas temperaturas comprometerá o funcionamento do sistema,
a qualquer qualidade necessária, mas os de efluentes. levando os moradores a abandonarem seu
custos envolvidos nesses sistemas podem A garantia da qualidade da água deve uso”, salienta.
ser proibitivos”, destaca Luciano Zanella, ser confirmada por análises físico-químicas Um fator que jamais pode ser esquecido
engenheiro do Laboratório de Instalações perió­dicas. O não acompanhamento do é o consumo de energia elétrica dos equipa-
Prediais e Saneamento do IPT (Instituto sistema pode gerar falhas no tratamento da mentos. Segundo especialistas, em muitos
de Pesquisas Tecnológicas). água, fornecendo um produto de qualida- casos, o gasto com esse item – necessário ao
O mercado oferece centrais que com- de inferior, com cor ou cheiro (só para citar bombeamento da água de reúso – é muito
binam processos anaeróbicos com o trata- exemplos de alterações mais perceptíveis). elevado, o que pode inviabilizar economi-
mento aeróbico, atingindo níveis mais altos “Tais problemas podem levar à rejeição da camente a estação de saneamento. <
de remoção de matéria orgânica (até 98%). água por parte do usuário. Em último caso, Fontes
Há, ainda, equipamentos que vão mais além quando não existem projeto e operação ade- Construção Mercado 79 (fev/2009), “Sistemas de tratamento
e, no tratamento, removem nitrogênio e fós- quados, isso pode culminar no abandono do de Esgoto - Reúso necessário”.
Construção Mercado 95 (mai/2009), “Reúso de água cresce
foro do efluente, por processo orgânico, sem sistema de reúso por completo”, alerta Zanella. nas edificações”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 143

Livro 1.indb 143 25/02/2011 17:23:09


> ESTRUTURA METÁLICA

Aço em evidência
Demanda por canteiros mais racionais e limpos aumenta procura
por sistemas estruturais metálicos. No entanto, benefícios só são
alcançados com projetos minuciosos

A
marcelo scandaroli

preferência de projetistas e constru-


tores brasileiros pelo concreto ainda
é forte, mas gradualmente as estruturas
metálicas ganham espa­ço em seus empre-
endimentos. Embora o preço do sistema
muitas vezes inviabilize seu uso, novas
demandas do mer­c ado vêm impulsio-
nando a procura pela tecnologia, que tem
dentre os principais trunfos a rapidez de
execução. Além disso, é crescente o apelo
ecológico do aço, um material reciclável,
industrializado, indutor da redução do
desperdício no canteiro.

Especificação
A indústria garante a flexibilidade
necessária aos projetos com perfis de Funcionalidade da estrutura metálica é evidenciada quando as soluções são definidas desde a
diversas geometrias e dimensões – con- concepção do projeto e do planejamento
formados a frio, laminados, soldados,
tubulares, entre outros –, além de solu-
ções de encaixes e de fixação de peças. demandando emprego de aços de maior
Os principais requisitos para os aços resistência e baixa liga, de modo a evitar Normas técnicas
destinados a aplicações estruturais são a estruturas muito pesadas. A adição de ele-
elevada tensão de escoamento e tenaci- mentos químicos como o nióbio, vaná- > NBR 8800 – Projeto e Execução
dade, boa soldabilidade, homogeneidade dio, titânio e outros promovem grandes de Estruturas de Aço em Edifícios
microestrutural, suscetibilidade de corte ganhos às propriedades mecânicas nesse (Métodos dos Estados Limites)
por chama sem endurecimento e boa tra- tipo de aço. > NBR 14323 – Dimensionamento
balhabilidade em operações, tais como de Estruturas de Aço em Situação de
corte, furação e dobramento. Aspectos de projeto e montagem Incêndio – Procedimento
Os aços estruturais podem ser classi- Para assegurar melhor desempenho > NBR 14432 – Exigências de
ficados em três tipos principais, de acor- e também reduzir custos, o projeto de Resistência ao Fogo de Elementos
do com a tensão de escoamento mínima: estrutura metálica requer mais detalha- Construtivos – Procedimento
aço carbono de média resistência (limi- mento do que sistemas convencionais. > NBR 14762 – Dimensionamento de
te de escoamento mínimo de 195 a 259 O projeto detalhado também facilita a Estruturas de Aço Constituídas por
MPa), aço de alta resistência e baixa liga resolução de aspectos críticos, como a Perfis Formados a Frio
(limite de escoamento mínimo de 290 a proteção das estruturas contra incêndios > NBR 5419 – Proteção de Estruturas
345 MPa) e aços ligados tratados termi- e à corrosão. A correta escolha e posicio- Contra Descargas Atmosféricas
camente (limite de escoamento mínimo namento dos elementos estruturais, por > NBR 8681 – Ações e Segurança nas
de 630 a 700 MPa). exemplo, pode impedir o acúmulo de Estruturas – Procedimento
Entre os estruturais, o ASTM A36, um poeira e umidade, além de possibilitar > NBR 6657 – Perfis de Estruturas de Aço
aço carbono de média resistência mecâni- a especificação adequada do sistema de > NBR 6355 – Perfis Estruturais de Aço
ca, é muito utilizado. Mas a tendência de proteção do aço, de acordo com a agres- Formados a Frio – Padronização
adoção de estruturas mais robustas vem sividade do meio.

144 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 144 25/02/2011 17:23:11


fOTOS: sHERWIN wILLIAMS Boas práticas na pintura de estruturas metálicas

5- A aplicação da tinta de acabamento,


normalmente de base poliuretânica,
1- O preparo da superfície pode variar deve seguir cuidados com relação à
de acordo com o substrato, mas, em homogeneização, ao tempo de indução e ao
geral, recomenda-se a lavagem com período de secagem. A proporção de diluição
hidrojateamento de ultra-alta pressão e da tinta deve ser condizente com o tipo de
com tensoativos neutros para remover 3- É preciso definir de antemão o aplicação. Muitas tintas podem ser aplicadas
resíduos de tinta. tratamento – se retoque, pintura ou com trincha ou rolo, sem necessidade de
repintura – e a solução a ser utilizada – se diluição. Já a pistola não consegue pulverizar
tinta líquida ou em pó. As informações das se a tinta estiver muito grossa.
fichas técnicas e de segurança devem ser
lidas com atenção.

2- Antes de aplicar o primer, o


aplicador deve homogeneizar muito
bem os componentes e aguardar o
tempo de indução. A espessura da
camada varia conforme a agressividade 6- A cada etapa da pintura concluída
do ambiente. Mas, como referência, recomenda-se a checagem da espessura.
em um local de baixa a média 4- Após a aplicação do primer é preciso Uma vez atingido o tempo de cura final,
agressividade, recomenda-se espessura esperar o intervalo entre demãos, conforme geralmente de sete dias, deve ser avaliada
de 100 a 150 micrômetros. orientação do fabricante do produto. a aderência do sistema ao substrato.

“O processo de produção de uma Na operação de montagem, é impres- preciso criar dispositivos especiais no de-
obra metálica é diferente daquele de uma cindível verificar as fundações, o alinha- talhamento, com ligações aparafusadas au-
convencional”, comenta o arquiteto Ro- mento, nivelamento, esquadro, prumo e xiliares a serem retiradas depois da solda.
berto Inaba, membro do CBCA (Centro plano de rigging – detalhamento da mo- Os componentes das estruturas metáli-
Brasileiro da Construção em Aço). Ele vimentação vertical das peças desde o local cas devem ser descarregados e armazenados
lembra que em uma obra industrializada da armazenagem até o posicionamento o mais próximo possível da obra a fim de
não é o construtor, o dono da obra, quem final na estrutura. minimizar o remanejamento no canteiro
contrata a mão de obra, compra o ma- As ligações entre o aço e os demais ma- e seu transporte vertical. Os dois tipos de
terial e faz a montagem. Nesses casos, a teriais da obra merecem atenção especial, equipamentos mais comuns para monta-
execução da estrutura é, obrigatoriamen- com detalhamento preciso de todas as si- gem são as gruas e os guindastes. <
te, terceirizada. “É preciso mão de obra tuações construtivas e das interferências
especializada para fazer a montagem, mas com as instalações antes da fabricação. A Fontes
a responsabilidade pela contratação não técnica mais empregada é a de peças sol- AU – Arquitetura & Urbanismo 200 (nov/2010), “Flexibilidade
metálica”.
é do contratante, mas do fabricante da dadas em fábrica e depois aparafusadas no Téchne 156 (mar/2010), “Pintura de estrutura metálica”.
estrutura”, diz Inaba. canteiro. Em obras com solda em campo é Construção Mercado 52 (jan/2009), “Base de aço”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 145

Livro 1.indb 145 25/02/2011 17:23:15


ESTRUTURA METÁLICA

Sistemas metálicos Dagnese Edifícios em Aço Pavilhões em série


A Dagnese oferece soluções metálicas A Usiminas fornece estruturas em aço para A Metalenge, há 25 anos no ramo de
para a construção civil, fornecendo edifícios residenciais com apartamentos edificação industrializada no Brasil e no
todos os itens necessários à execução de cerca de 40 m2. O projeto permite o uso exterior, fornece sistemas construtivos em
de coberturas, fechamentos e estruturas, de diferentes materiais de acabamento, estrutura metálica e concreto pré-moldado.
entre outros sistemas construtivos. Atende adequação às regiões onde for implantado, A empresa oferece também um sistema
a obras públicas, industriais, comerciais e estruturas com perfis dobrados a frio e de pavilhões pré-fabricados que permite a
logísticas de diferentes portes. A empresa edifícios com quatro ou cinco pavimentos, produção padronizada e em série. Segundo
tem capacidade instalada anual de 15.000 com quatro apartamentos por andar. Os a companhia, este sistema reduz os custos,
toneladas metálicas e conta também com resultados, segundo a Usiminas, são obras o tempo de execução e melhora o controle
produção própria de componentes, como econômicas, de qualidade superior, com de qualidade.
telhas e acessórios. canteiros limpos e organizados, e maior Metalenge Aço e Estruturas
Dagnese Soluções Metálicas (48) 3525-0457
velocidade na execução. metalenge@metalenge.com.br
(54) 3273-3000 Usiminas
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(11) 5591-5497
www.dagnese.com.br www.usiminas.com/construcaocivil

146 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 146 25/02/2011 17:23:19


ABRIL 2011 – anuário pini – 147

Livro 1.indb 147 25/02/2011 17:23:22


ESTRUTURA METÁLICA

Perfis “H”
A Unic Steel informa que produz perfis “H”
no processo de perfilação com aço Z 275 e
Montagens industriais Estruturas 3D utiliza as bobinas de aço full hard da CSN.
Há mais de uma década, a NM Montagens A EngeGod projeta, fabrica e monta A empresa produz perfis do tipo montante
Industriais executa obras de estrutura estruturas metálicas de médio e grande e guia nas larguras 70, 80, 90, 125
metálica de grande e médio portes. A portes para diversas finalidades: e 140 mm, perfis cartola e conectores HL
empresa, que tem entre seus clientes comerciais, industriais, hospitalares, e HC, além de malhas de aço. Oferece ainda
indústrias de diferentes segmentos, hangares, entre outras. Para a elaboração soluções para estruturas metálicas, steel
também trabalha com reservatórios, das estruturas a empresa utiliza softwares frame, telhados, galpões, canteiros de obra
solos de armazenagem, rede hidráulica 3D. Outros serviços executados são as e painéis isométricos, entre outros.
e tubulações, instalações elétricas de fundações, superestruturas em concreto Unic Steel Ind. Constr. Ltda
(11) 4023-5663
distribuição e comando, instrumentação armado ou protendido e obras de
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e telemetria. acabamento.
NM Montagens EngeGod Estruturas Metálicas
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Projeto e execução ESTRUTURA TUBULAR Estruturas metálicas


A MSPlan projeta, calcula e executa As estruturas tubulares em aço carbono para telhados
estruturas metálicas de diversos tipos, da Persico podem ser utilizadas em Produzidas em perfis galvanizados ou
como escadas, coberturas, mezaninos, edificações residenciais térreas e pintados, as estruturas metálicas para
galpões, entre outros. A empresa tem multipavimentos, gradeamento de telhados são leves e de fácil montagem,
mais de 20 anos de experiência em coberturas, coberturas espaciais, já que são fixadas por parafusos
estruturas metálicas de cobertura, galpões, unidades de canteiros de obras autoperfurantes. O produto possui
plataformas, estruturas espaciais e edifícios e outros. É reutilizável e reciclável, também um sistema de junções com
multiandares. além de se adequar ao desempenho ângulos e derivações pré-formados, que,
MS Planejamento e Consultoria de edificações quando combinado de acordo com o fabricante, reduz em
(11) 3836-1240
www.msplan.com.br com outros produtos. 1/3 o tempo de montagem em relação a
Persico um telhado convencional de madeira.
(11) 2462-2315 Minami
www.persico.com.br/civil (11) 4692-1716
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148 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 148 25/02/2011 17:23:28


ESTRUTURA METÁLICA

ABRIL 2011 – anuário pini – 149

Livro 1.indb 149 25/02/2011 17:23:30


> ESTRUTURA PRÉ-FABRICADA DE CONCRETO

Direto da fábrica
Estruturas pré-fabricadas de concreto tornaram-se mais flexíveis
e competitivas. Mas seu uso requer projeto detalhado, bem como
seleção rigorosa do fornecedor

M uitas vezes estigmatizados como


fotos: DIVULGAÇÃO

alternativa apenas para galpões, as


estruturas pré-fabricadas de concreto
evoluí­ram muito nos últimos anos. Lajes,
pilares e vigas pré-fabricadas tornaram-se
mais flexíveis e ganharam novas aplica-
ções, especialmente compondo sistemas
híbridos. Hoje, a variação de peças é gran-
de e é necessário que construtores, pro-
jetistas, fornecedores e demais parceiros
discutam juntos como extrair o que há de
melhor em cada sistema.
As estruturas pré-fabricadas são agru-
padas em sistemas de ciclo fechado, aber-
to e flexibilizado. Os de ciclo fechado são
padronizados e possibilitam redução dos
custos de projeto e de produção, mas pos-
suem pouca flexibilidade arquitetônica.
Os modulados para galpões industriais
são mais comuns. Já os sistemas de ciclo
aberto são mais versáteis, como os painéis
alveolares protendidos, que podem ser
empregados na composição de pisos e em
elementos de fachada, sendo integrados
com diferentes tecnologias construtivas,
pré-fabricadas ou convencionais.
Nos sistemas flexibilizados, os elemen-
tos pré-moldados podem ser projetados
exclusivamente para uma determinada
obra, mas é importante a padronização das Com avanços tecnológicos, fábricas passaram a oferecer projetos mais flexíveis, possibilidade de
soluções tecnológicas, como acontece com integração com outros sistemas construtivos e mais arrojo arquitetônico
as ligações. Nesses sistemas há total liberda-
de na forma das estruturas, possibilitando a truturas pré-fabricadas e a menor demanda Logística e recebimento
composição de qualquer tipologia arquite- por homens/hora, entre outras questões. A adoção de peças pré-fabricadas
tônica. O inconveniente, nesse caso, é o au- Há de se considerar, ainda, que, em está diretamente relacionada à logística.
mento no custo do projeto e da produção. função da velocidade de execução, o flu- As condições de topografia do terreno, o
Avaliar a pertinência do uso de ele- xo de caixa é muito mais intenso quando acesso ao local e a disponibilidade de equi-
mentos estruturais pré-fabricados e com- se utiliza estrutura pré-fabricada. O pla- pamentos para içamento, por exemplo,
pará-los com métodos mais tradicionais nejamento deve, portanto, levar isso em devem ser favoráveis. A viabilização, no
de construir não é tarefa simples. Mais do conta, sob o risco de a construtora não caso de empreendimentos com dimensões
que o custo direto da estrutura, é preciso ter dinheiro para pagar a obra tão rápido excepcionais – principalmente referentes
considerar o melhor desempenho das es- quanto ela se desenvolve. à altura –, exige que os aspectos operacio-

150 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 150 25/02/2011 17:23:31


Checklist Normas técnicas
> NBR 9062 – Projeto e Execução de
Estruturas de Concreto Pré-moldado
> NBR 6118 – Projeto de Estruturas
de Concreto – Procedimento

do início da obra, pois, no geral, o ritmo


de montagem é mais intenso do que o de
produção. Uma recomendação é deixar
a responsabilidade pelo armazenamento
para o fornecedor. Isso porque, quando a
estocagem é feita na obra, são necessárias
duas operações – tirar a peça da carreta
para colocá-la no chão e, depois, montar a
estrutura. Em compensação, se o armaze-
namento é feito na indústria, uma operação
de descarga é evitada, já que a peça é tirada
da carreta e imediatamente montada.
A inexistência de um fornecedor
Contratação próximo ao canteiro pode inviabilizar o
> Antes de contratar, visite as fábricas e as obras executadas pelo fornecedor uso de estruturas pré-fabricadas, já que
> Certifique-se de que o produto oferecido atenda à NBR 9062 os custos com o transporte e logística são
> O contrato deve ser o mais claro e abrangente possível, atendendo às premissas do bastante consideráveis.
Código de Defesa do Consumidor
> A apresentação de projetos junto à proposta é desejável e pode acrescentar qualidade Controle da qualidade
técnica à negociação, além de evitar mal-entendidos A integração entre projeto, produ-
> O cliente deve aprovar formalmente o projeto que deu origem ao orçamento da ção, transporte e montagem no canteiro
proposta final é fundamental em todo o processo para
garantir o máximo desempenho das estru-
Recebimento turas, minimizando, inclusive, patologias
> A inspeção final da carga deve ser realizada antes da saída da fábrica. O documento usualmente ligadas a falhas de projeto e
dessa inspeção, contendo aspectos visuais (acabamento) e dimensionais, deve de execução.
acompanhar a nota fiscal Quem opta por pré-fabricados não
> Verifique se o transporte oferecido pela empresa respeita os aspectos de segurança e precisa se preocupar em realizar o contro-
de cuidado com as peças le da qualidade da produção, já que isso
> Na entrada na obra, é importante conferir os documentos de remessa e os aspectos é responsabilidade da própria indústria.
visuais das peças Para assegurar a garantia da qualidade
das peças, a Abcic (Associação Brasileira
Cuidados no canteiro da Construção Industrializada) mantém
> O ideal é evitar a estocagem das peças no canteiro um sistema de certificação, no qual o for-
> Quando não for possível, a recomendação é não colocá-las diretamente sobre o solo, necedor passa por auditorias frequentes.
apoiando as peças sobre calços e suportes a fim de evitar tombamentos e danos Além da exigência do selo de excelência, o
> A distância de apoios, assim como a proibição do trânsito de operários sobre elas, comprador pode pedir outras documen-
são condições que devem ser respeitadas a fim de evitar solicitações não previstas e tações que englobam o mapeamento dos
eventuais deformações das peças elementos desde a sua fabricação até a sua
montagem na posição definitiva. <

nais sejam bem planejados, como a che- O fluxo de chegada de peças no canteiro Fontes
Construção Mercado 49 (jan/2009), “Pré-fabricados de
gada dos materiais, o deslocamento e a precisa estar vinculado ao planejamento concreto”.
montagem das peças em canteiro. para garantir abastecimento constante à Construção Mercado 98 (set/2009), “Construção industria-
lizada sem erro”.
O armazenamento dos pré-moldados obra. Também é necessário garantir cer- Téchne 99 (jun/2005), “Estágio avançado”.
deve seguir regras rigorosas de estocagem. ta quantidade de peças produzidas antes Téchne 81 (dez/2003), “Pronto para instalar”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 151

Livro 1.indb 151 25/02/2011 17:23:33


> FECHADURA

Desempenho, design
e segurança
Além do formato e das dimensões, condições de uso,
resistência mecânica e à corrosão devem ser observados
na seleção e compra de fechaduras

A s fechaduras são peças fundamentais


para garantir segurança aos ambien-
tes e privacidade aos usuários. A indústria
mesma aplicação. Posteriormente, é ne-
cessário verificar os acabamentos e mo-
delos das fechaduras.
lateral exercido pela contratesta, funcio-
namento do trinco por ataque lateral,
funcionamento da lingueta e recolhi-
oferece conjuntos compostos por peças de mento do trinco por rotação da chave/
bronze, latão, aço inox, alumínio e zamac, Requisitos de qualidade tranqueta/rolete, resistência a momento
e cada material possui um desempenho A seleção dos fornecedores pode se aplicado ao cubo e funcionamento do
diante de intempéries e grandes esforços. respaldar na listagem do Programa Se- trinco comandado pelo cubo, resistên-
A escolha por uma ou outra matéria- torial da Qualidade de Fechaduras que cia da lingueta a esforço contrário ao seu
-prima vai depender da classe de utilização monitora as fechaduras de embutir tipo avanço, introdução e retirada da chave,
da fechadura. O latão, por exemplo, tem alta externa, tipo interna e de banheiro no âm- resistência a momento aplicado à chave e
resistência mecânica e às intempéries. Já o bito do PBQP-H (Programa Brasileiro da resistência a esforço aplicado à maçaneta.
zamac, liga de zinco, alumínio e cobre, resiste Qualidade e Produtividade do Habitat).
à corrosão e à tração e, por ser de fácil defor- Os requisitos que devem ser seguidos Cuidados durante a instalação
mação, geralmente é empregado em peças são os especificados pela NBR 14913, que A instalação deve ser realizada no
com alto e médio grau de complexidade. abrangem análise visual, análise dimen- momento da montagem das portas, ex-
Ao cotar preços e fornecedores, o sional, características funcionais, resis- ceto quando se trata de porta pronta.
comprador deve estar atento, primei- tência à corrosão, manobra e resistência Porém, é recomendável que os acaba-
ramente, às classificações da fechadura. da lingueta submetida a esforço lateral mentos sejam colocados na fase final do
Antes de comparar os preços, é preciso exercido pela contratesta, manobra e re- empreendimento, pois as atividades da
garantir que os produtos sejam para a sistência do trinco submetido a esforço construção podem danificá-los.

Especificação da
fechadura deve levar
em conta a necessidade
efetiva do usuário

152 – anuário pini – ABRIL 2011

fechadura.indd 152 25/02/2011 17:24:19


Desempenho com baixo custo

Ao especificar fechaduras, o aqueles de design menos sofisticado


profissional não apenas deve Atualmente, 100% das fechaduras
procurar produtos conformes, utilizadas em habitações populares são
como também deve estar atento às avaliadas pelo Programa Setorial do
condições de exposição a agentes PBQP-H. Por isso, o custo não serve como
corrosivos, de tráfego e de segurança justificativa para a utilização de fechaduras
do ambiente. Isso vale inclusive para não conformes. Ainda assim, é prudente
os padrões populares. Assegurado ter atenção às não conformidades mais
o desempenho mínimo, o construtor comuns nesse tipo de produto: baixa
pode procurar produtos que melhor resistência mecânica em testes contra
se encaixem ao orçamento do arrombamentos e baixa resistência do
empreendimento – geralmente acabamento contra corrosão.

Testes de durabilidade a condições mais severas, como regiões li-


torâneas e indústrias. Já sobre a segurança,
A durabilidade das fechaduras é acionamentos em uma bancada a norma determina cinco diferentes graus:
identificada pela quantidade de de testes. Confira na tabela a leve, baixo, médio, alto e máximo.
ciclos que ela suporta, verificada seguir as especificações da Os trincos das fechaduras de embu-
por meio de simulações de NBR 14913/09. tir externa, interna e de banheiro devem
resistir às operações, de acordo com sua
Ensaio Tráfego leve Tráfego médio Tráfego intenso
classe de utilização, a uma frequência de
Funcionamento do trinco 100 mil 300 mil 600 mil
0,6 a 0,8 Hz, acionados por ataque lateral
por ataque lateral
Funcionamento do trinco 100 mil 300 mil 600 mil
da contratesta. A velocidade de impacto
comandado pelo cubo deve estar entre 0,6 e 0,8 m/s.
Introdução e retirada 35 mil 75 mil 120 mil A norma continua a fixar as condi-
da chave ções a serem obedecidas: fabricação, clas-
Funcionamento da 35 mil 75 mil 120 mil sificação, dimensionamento, segurança,
lingueta por rotação funcionamento e acabamento superficial
da chave
para os produtos usados em portas exter-
nas, internas e de banheiro de edificações.
Fonte: Relatório do PSQ (Programa Setorial da Qualidade) de Fechaduras, DEZ/2010. Quanto ao tráfego, a nova norma terá
mudanças em relação à anterior. A quan-
tidade de ciclos à qual a maçaneta deve
Logística e recebimento Normas técnicas resistir aumentou, assim como o número
Para um melhor aproveitamento do A versão revisada da NBR 14913, que de ciclos para a rotação da chave, intro-
produto, ele deve ser transportado em estipula requisitos mínimos para fecha- dução e retirada da chave, acionamento
embalagem protetora (fornecida pelo fa- duras de embutir, foi publicada em 2009. da lingueta pela chave e acionamento
bricante), tomando os devidos cuidados Com isso, foram incorporadas classifica- pelo trinco da maçaneta.
para evitar quedas e batidas. As fechaduras ções de resistência a arrombamentos e à Além da NBR 14913, há também nor-
e seus componentes podem ser armazena- corrosão. mas específicas para fechaduras de perfil
dos no canteiro, desde que em condições Em relação à resistência à corrosão, a estreito (ABNT NBR 13052), fechaduras
adequadas, em suas embalagens protetoras norma considera quatro níveis de classifi- de portas de correr (ABNT NBR 13053),
e em local apropriado, sem umidade e sem cação. O primeiro é para ambientes sem fechaduras auxiliares (ABNT NBR 13060)
possibilidade de quedas e batidas. umidade, como salas e dormitórios. O e dobradiças (ABNT NBR 7178). <
Ao receber o produto o comprador seguinte é para ambientes com umidade
deve verificar, além da quantidade, as que não sofram diretamente ações climá- Fontes
especificações quanto à classe de utili- ticas, como banheiros. O nível 3 refere-se Construção Mercado 67 (jan/2007), “Como Comprar – Fe-
chaduras”.
zação, grau de segurança e grau de re- às fechaduras utilizadas em ambientes ex- Téchne 149 (ago/2009), “Especificação popular”.
sistência à corrosão. ternos. Finalmente, o último nível atende AU 167 (fev/2008) “Formas de abrir”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 153

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fechadura
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Fechadura inteligente Fechaduras Massima


A fechadura eletrônica Eplex 5700 da Kaba A linha de fechaduras Massima, da
é alimentada por quatro pilhas AA que, Papaiz, promete aliar segurança e
segundo assegura a fabricante, duram mais design. A linha foi desenvolvida para ser
de dois anos. A empresa afirma, ainda, que instalada em qualquer ambiente, externo
a instalação é simples e pode ser feita em ou interno, e atender a diversos públicos.
portas de madeira, vidro ou aço. Ativada por Está disponível nos acabamentos cromo
senhas ou cartões de proximidade, suporta acetinado e cromado.
até 3 mil usuários e é programável. Indicada Papaiz
(11) 4093-5100
para escritórios, almoxarifados, CPDs, www.papaiz.com.br
áreas limpas, áreas restritas ao público,
laboratórios, hospitais, dentre outros.
Kaba
(11) 5545 4523
www.kabadobrasil.com.br

Maçaneta protegida
A Altero, empresa com 25 anos
de mercado, desenvolve diversos
produtos para residências. Dentre eles,
Trava diferenciada suas maçanetas, que passam por um
As fechaduras da linha Classic 3300 tratamento diferenciado, recebendo
Stratus, da Stam, são fornecidas em camadas extras de proteção contra
dois tipos de acabamentos: cromado e corrosão assegurando a durabilidade
acetinado. Os modelos espelho, roseta do produto.
redonda e roseta quadrada contam com Altero
(51) 2108-1000
versões para utilização externa, interna e
www.altero.com.br
em banheiros. As chaves para os modelos
externos contam com 3.100 segredos
possíveis. A empresa é integrante do
PSQ (Programa Setorial da Qualidade) de
fechaduras.
Stam Metalúrgica
0800-024-1020
info@stam.com.br
www.stam.com

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xxxxxx > xxxx > xxxxx

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Fibra para reforço de concreto

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Fibra para reforço de concreto > FIOS E CABOS ELÉTRICOS
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Concreto tenaz Cabos Reinax


As fibras de aço são aplicadas no A Anselmo Cabos, empresa distribuidora de
concreto para torná-lo mais tenaz e condutores elétricos, comercializa o cabo
dúctil. Segundo a Matcon, fornecedora do Flexível 750 V e EPR Flexível Antichama
insumo, o uso das fibras de aço permite 0,6/1 kV. Os condutores são de cobre
eliminar gastos com mão de obra de eletrolítico nu, encordoamento classe 2
armação e custos com bombeamento do (cabos Reinax) ou classe 5 (cabos Reinax
concreto. Além disso, o concreto pode ser Flexível) NBR NM 280. Isolação: composto
lançado diretamente no local de aplicação, termoplástico (PVC/A) 70º ou EPR 90º
deixando a área de piso livre para o antichama e livre de metais pesados (PVC
tráfego dos caminhões betoneira. Ecológico) na cor preta. Os cabos podem
Matcon ser numerados ou identificados por cores.
(11) 4513-4708 Anselmo Cabos
www.matconsupply.com.br (11) 4457-1113/4453-0099
contato@anselmocabos.com.br
www.anselmocabos.com.br

Fios e cabos Corfio


A Corfio, fabricante de fios e cabos
elétricos certificados junto ao Inmetro nas Baixa emissão de fumaça
normas NBRs 247-3, 13249 e 7288, inicia A Reiplas conta com uma linha de produtos
2011 ampliando sua linha de produtos. com compostos à base de materiais LSZH
Além dos fios e cabos de cobre para – caracterizados por baixa emissão de
baixa tensão, agora fornece também fios fumaça, zero em gases halogenados –, que
esmaltados, cabos de alumínio nu sem obedecem à norma brasileira NBR:13248. A
alma (CA) e cabos de alumínio com alma norma estabelece características especiais
de aço zincado (CAA). para instalações onde existe grande
Corfio afluência de público como teatros, cinemas,
(49) 3561-3777
shopping centers, escolas, hospitais, etc.
corfio@corfio.com.br
www.corfio.com.br Os cabos Eprflex Atox 90o são encontrados
nas seções de 1,5 mm2 a 500 mm² para
cabos unipolares e de 1,5 mm2 a 35 mm²
para multipolares.
Reiplas
(11) 3839-4000
www.reiplas.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 157

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ABRIL 2011 – anuário pini – 159

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> FIOS E CABOS ELÉTRICOS

Eletricidade sob controle


Setor tem boa disponibilidade de certificações
para auxiliar na escolha de produtos de qualidade

A s instalações elétricas podem repre- car a ponta, por exemplo. Quanto mais

divulgação: sil
sentar até 5% do custo de um empre- próximos dos índices mínimos exigi-
endimento. Dessa parcela, fios e cabos dos, mais baratos são os condutores.
respondem por 2/5. Diante desse volume Porém, investir em um produto um
expressivo, uma estratégia pertinente é pouco mais caro pode trazer vantagens
planejar a compra da fiação e evitar que para as instalações. Além das eventuais
o orçamento não seja comprometido jus- facilidades de instalação, os fios e cabos
tamente nas etapas finais da obra, quando produzidos com materiais de melhor
é chegada a hora de executar os circuitos. qualidade tendem a durar mais tempo
Uma instalação elétrica adequada e ter melhor desempenho.
depende de materiais de boa qualida- Para o caso de produtos submetidos
de, adquiridos de acordo com as espe- à certificação compulsória, alguns sites
cificações do projetista. Em instalações podem auxiliar a seleção do fornecedor.
prediais, os cabos mais utilizados são os A página do Inmetro (www.inmetro.gov.
condutores isolados em PVC e os cabos br) oferece uma lista de empresas que
uni ou multipolares, também isolados produzem fios e cabos certificados. Já
em PVC, todos normalizados pela ABNT a Qualifio (Associação Brasileira pela
(Associação Brasileira de Normas Téc- Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos)
nicas). Outros materiais, como os cabos compara produtos certificados com-
de alumínio, destinam-se mais às insta- pulsoriamente no mercado brasileiro
lações elétricas de média tensão, princi- e os submete a testes em laboratórios
palmente nas concessionárias de energia. acreditados pelo Inmetro. As empresas,
cujos produtos apresentam desempenho
Compra criteriosa aquém dos exigidos, têm seus nomes di-
Antes de fechar a compra de com- vulgados em uma lista no site da entida-
ponentes para instalação elétrica, o pro- de (www.qualifio.org.br).
fissional da área de suprimentos deve Atualmente é obrigatório usar fios
observar se o produto foi submetido à e cabos com baixa emissão de fumaça
certificação compulsória do Inmetro e gases tóxicos em instalações de locais
(Instituto Nacional de Metrologia, Nor- de grande afluência de público. Para as
malização e Qualidade Industrial). “O demais instalações, os cabos de PVC Cabos devem ter selo do Inmetro gravado
selo assegura que o cabo atende ao míni- já são antichama e por isso impedem no produto
mo exigido pelas normas, o que garante, a propagação dentro do eletroduto. Já
por sua vez, um desempenho mínimo”, o eletroduto é normatizado e também
explica Hilton Moreno, engenheiro ele- deve ser antichama. te, além da norma técnica relacionada e
tricista e diretor de uma consultoria que tensão elétrica.
leva seu nome. No canteiro Os condutores podem ser entregues
Na sequência, o comprador deve le- Ao receber os materiais na obra, o em caixas de papelão, em rolos prote-
var em conta as diferenças de qualidade construtor precisa verificar se o produto gidos por fitas plásticas ou em bobinas
entre os produtos certificados. Alguns entregue foi exatamente o comprado e de madeira, devendo ser armazenados
podem deslizar mais facilmente dentro se ele traz as seguintes informações exi- em locais secos e ao abrigo do sol. Vale
dos eletrodutos, serem mais flexíveis gidas pelo Inmetro em sua embalagem: lembrar que, uma vez exposto ao sol, o
ou darem mais trabalho para descas- CNPJ, endereço e telefone do fabrican- PVC pode trincar e ressecar.

160 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 160 25/02/2011 16:54:18


Certificação voluntária

As instalações elétricas de construções

marcelo scandaroli
residenciais e comerciais podem ser
submetidas à certificação voluntária da
Certiel Brasil (Associação Brasileira de
Certificação de Instalações Elétricas).
Lançado em maio de 2009, o processo Normas técnicas
atesta que a instalação elétrica
inspecionada segue a normalização do > Cabos Isolados em PVC 1 kV: NBR
setor elétrico brasileiro e é composta 7288 – certificação compulsória do
apenas de produtos com selo do Inmetro, Inmetro
quando há certificação aplicável ao > Cabos Isolados em PVC (o tipo mais
equipamento. A norma utilizada para a comum): NBR NM 247-3 – certificação
inspeção é a ABNT NBR 5410, que trata compulsória do Inmetro
de instalações elétricas de baixa tensão > Cabo Isolado em EPR: NBR 7286
– considerada a “norma-mãe” do setor > Cabos com Baixa Emissão de
elétrico. Fumaça: NBR 13248
O objetivo da certificação é agregar > Eletrodutos: NBR 15465: “Sistemas
valor aos empreendimentos e garantir de Eletrodutos Plásticos para
segurança elétrica tanto para os Instalações Elétricas de Baixa Tensão”
usuários da edificação quanto para os > Instalação Elétrica de Baixa Tensão:
equipamentos eletroeletrônicos. NBR 5410

Checklist
divulgação: Pirelli

Cuidados na compra
> Siga minuciosamente o projeto
> Adquira produtos que atendam às normas da ABNT e tenham selo do Inmetro,
quando aplicável
> Consulte sites da Qualifio e do Inmetro antes de escolher os fabricantes

Cuidados no recebimento e armazenamento


> Cheque se o produto corresponde à marca e especificações do item comprado
> Verifique se o produto traz as informações exigidas pelo Inmetro na embalagem
(CNPJ, endereço e telefone do fabricante, além da norma e tensão elétrica do produto)
> Guarde os fios e cabos em ambientes livres de umidade e da incidência do sol
> Evite choques, impactos e queda dos materiais para não prejudicar a isolação
dos condutores

Mas de nada adianta dispor de ma- que avalia o projeto e verifica: se as Quando todos esses itens são contem-
teriais de qualidade se a instalação dos instalações seguiram rigorosamente as plados, a instalação é referenciada com
condutores não for adequada. Além especificações do projetista, se os ma- o selo da certificadora. <
disso, as instalações elétricas podem teriais utilizados são normalizados e Fontes
ser certificadas voluntariamente pela apresentam selo do Inmetro – quando Construção Mercado 72 (jul/2007) “Fios e cabos elétricos”.
Construção Mercado 112 (nov/2010) “Certificação voluntária”.
Certiel Brasil (Associação Brasileira de aplicável – e a devida aplicabilidade da Construção Mercado 99 (out/2009). “Cuidados na compra
Certificação de Instalações Elétricas), instalação dos produtos à NBR 5410. de fios e cabos”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 161

Livro 1.indb 161 25/02/2011 16:54:23


> Fôrma de alumínio

Até mil utilizações


Para obtenção do melhor desempenho dos sistemas de
fôrmas de alumínio – e também para amortização do custo
de locação – a repetição de ciclos é fundamental

A
fotos: marcelo scandaroli

plicada à execução do molde de pare-


des de concreto, a fôrma de alumínio
é constituída por um sistema de painéis
com chapas e perfis metálicos estrutura-
dos. Devido a sua leveza e flexibilidade,
esses painéis, com largura máxima de 60
cm, possibilitam ganhos de produtivida-
de, diferentes combinações geométricas e
inúmeras reutilizações.
É opção apropriada a empreendimen-
tos com grande volume de unidades e que
precisam ser concluídos em curto espaço de
tempo. Esse tipo de sistema tem ganhado
em competitividade com o incremento dos
programas de financiamento de habitação
popular no Brasil. A finalidade é a constru-
ção em larga escala.
De acordo com as orientações da en-
genheira civil da Escola Politécnica da USP
(Universidade de São Paulo) Mércia Bottura Fôrmas de alumínio são indicadas para obras com grande volume de unidades e com prazo curto
de Barros, para uma fôrma estar adequada
à produção de um elemento de concreto é duo de argamassa seja eliminado, possibili- se bem manuseadas”, informa o projetista
importante que o material apresente resis- tando a aplicação de um desmoldante (ge- de fôrmas Nilton Nazar. No entanto, ele
tência mecânica à ruptura e a deformações, ralmente à base de água ou parafina líqui- também destaca que esse sistema deve ser
de modo a garantir a estanqueidade, ou seja, da) para evitar a aderência do concreto. A selecionado dentro de uma concepção do
evitar os vazamentos na nata de cimento. engenheira afirma que essa medida facilita projeto arquitetônico que contemple as pa-
Além disso, é necessário que a fôrma a desenforma e dá maior vida útil à fôrma. redes de concreto como solução estrutural
permita o correto posicionamento da ar- Por fim, depois de limpa, uma das faces e de vedação, tendo como base análises da
madura, adequando-se à geometria espe- da fôrma é montada e nela são aplicados os relação do custo x benefício do material.
cificada e à estabilidade dimensional, pois embutidos, que incluem as esquadrias de Quanto à mão de obra, não é necessário
com a mudança no formato geométrico, o portas e janelas, instalações elétricas, e, even- alto grau de especialização dos montadores,
elemento final também se altera. E, por fim, tualmente, hidráulicas. O sistema hidráulico que podem ser profissionais da própria equi-
cabe aos responsáveis pela execução veri- é mais bem aproveitado quando é organizado pe de obra, como pedreiros e carpinteiros.
ficar se o material proporciona segurança por cápsulas tipo PEX, visto que esse material Contudo, como o material é leve e sensível, o
no manuseio e garante ao concreto a rugo- possibilita trocas caso haja problemas. uso não planejado pode levar ao desgaste pre-
sidade superficial requerida, o que poderá Um dos aspectos que devem ser levados coce da fôrma, influenciando no seu potencial
representar baixa aderência e facilidade no em conta é a quantidade de reaproveitamen- de reutilização e, consequentemente, no custo
processo de desenforma. tos, principal destaque do uso da fôrma de final do projeto. <
Após o sistema ser desenformado, as alumínio frente a outros tipos de fôrmas,
fôrmas devem ser limpas para a reutiliza- como as de madeira e plástico. “O principal Fontes
Guia da Construção 106 (maio/2010), “Como Comprar”.
ção. Conforme aponta Mércia, o material benefício das fôrmas de alumínio é sua vida Téchne 160 (julho/2010), “Fôrmas de alumínio para moldagem
tem de ser escovado para que todo o resí- útil, que pode chegar a até mil utilizações de paredes estruturais no local”.

162 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 162 25/02/2011 16:54:25


Sistemas estruturais

Há no mercado sistemas de fôrmas de finalidades específicas para montagem de internos de laje. Os pinos e cunhas são de
alumínio para finalidades específicas, andaimes suspensos presos à própria fôrma. aço galvanizado e recebem bucha de silicone
como para execução de paredes Para montagens em edifícios de múltiplos para absorver as vibrações em razão dos
estruturais. Nesse caso, trata-se de pavimentos deve ser usado o console que golpes com as ferramentas e para preservar
painéis com furos que permitem a cria uma plataforma de trabalho que permite o aperto das cunhas. O sistema também
passagem dos elementos de conexão a montagem segura da fôrma das paredes é composto por alinhadores tubulares e
(pinos e cunhas) e rasgos laterais para o externas e um guarda-corpo de proteção. aprumadores de aço.
travamento (sistema de gravatas). Esses O uso de EPIs (Equipamentos de Proteção
sistemas contam com painéis dedicados Individual) faz-se necessário quando da Manutenção
à execução de paredes, de lajes e cantos execução de serviços de montagem de Em média, a vida útil prevista para sistemas
internos de laje. Geralmente, os pinos fôrmas, concretagem e desenforma, bem de fôrmas de alumínio é de mil usos, desde
e cunhas são de aço galvanizado e como de serviços complementares. Nos que observados alguns cuidados:
recebem uma bucha de silicone para trabalhos em alturas superiores a 2,00 m é - Montagem sempre conforme indicado nos
absorver as vibrações em razão dos necessário o uso do cinturão de segurança projetos fornecidos junto com a fôrma, tanto
golpes feitos com as ferramentas e para tipo paraquedista. painéis quanto os acessórios
preservar o aperto das cunhas. Sistemas de fôrmas de alumínio geralmente - Uso das ferramentas corretas e da
O sistema permite a aplicação para são fornecidos com todos os acessórios maneira adequada
diversas espessuras de paredes, porém, necessários à sua montagem, como - Instalação de painéis sem golpear os moldes
o padrão refere-se à parede de concreto escoramentos, pinos, cunhas e gravatas. - Uso do desmoldante correto para as
com 10 cm, utilizada na maioria das Há sistemas de fôrmas em alumínio para fôrmas de alumínio (o sistema requer o
obras com esse sistema construtivo. aplicações específicas, como a execução uso de desmoldantes específicos para
O processo produtivo desenrola-se na de edifícios multipavimentos. Nesses fôrmas de alumínio)
seguinte sequência: execução do radier; casos, alguns dos produtos oferecidos no - Lavagem das fôrmas imediatamente após
marcação no piso das paredes que serão mercado contam com a possibilidade de a concretagem, visando eliminar resíduos
moldadas com as fôrmas de alumínio; montar andaimes suspensos presos ao grosseiros de concreto que venham a se
instalação dos espaçadores de piso; próprio sistema. acumular nos painéis
colocação das telas soldadas; instalação Em sistemas completos, os painéis - Desenformar os painéis utilizando as
das tubulações hidráulicas e elétricas, normalmente possuem furos que permitem peças especiais de desenforma, que
bem como das caixas de tomadas e a passagem dos elementos de conexão dispensam o uso de golpes de martelo
interruptores; instalação das fôrmas de (pinos e cunhas) e rasgos laterais para o - Uso das fôrmas em pisos devidamente
parede, com gabaritos para as aberturas; travamento (sistema de gravatas). É usual a acabados e nivelados para maior facilidade
instalação de fôrmas de laje; concretagem; existência de proteção nos furos por anéis de de montagem, evitando a introdução de
e desenforma. níquel. A divisão do sistema se dá de acordo esforços desnecessários nos painéis
Há sistemas que, inclusive, possuem com sua destinação: paredes, lajes e cantos - Evitar sempre subir nos painéis de fôrma

ABRIL 2011 – anuário pini – 163

Livro 1.indb 163 25/02/2011 16:54:31


FÔRMA DE ALUMÍNIO
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Sistema de fôrmas SF Fôrmas trepantes Rohr Acessórios para fôrmas de


O sistema de fôrmas da SF tem peças Os sistemas de forma trepante da concreto
em alumínio extrudado e é indicado para Rohr são indicados para estruturas A TRC Metalvários possui diversos
vigas, pilares, blocos de apoio, muros, de concreto – pilares e paredes –, acessórios para fôrmas de concreto.
cortinas e canalizações. Com moldagem in barragem, indústrias – siderúrgicas, Tensores, barras de ancoragem,
loco, o sistema tem painéis soldados com papel e celulose, petroquímico, alumínio e aprumadores, cachorros e sargentos estão
solda MIG, ajustados uns aos outros por mineração –, portos, eclusas, aeroportos, disponíveis para locação e venda. Segundo
meio de pinos e cunhas de engate rápido estádios, estações de tratamento de o fabricante, auxiliam na velocidade e
em aço carbono. Segundo a empresa, água e de esgoto. Os sistemas utilizam na economia de obra, além de serem
esse método permite que após 12 horas formas metálicas ou mistas – de aço e importantes na manutenção das fôrmas,
do enchimento das placas elas sejam compensado. impedindo que abram ou deformem.
Rohr TRC Metalvários
destravadas e retiradas.
(71) 3594-9100 / (61) 3361-6063 (11) 5515-0555
SF Fôrmas
www.rohr.com.br trcm@uol.com.br
(11) 45244744 / (67) 3342-5079
trcm.com.br
www.sfformas.com.br

164 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 164 25/02/2011 16:54:36


ABRIL 2011 – anuário pini – 165

Livro 1.indb 165 25/02/2011 16:54:39


> FÔRMA DE MADEIRA

Artesanal ou industrializada
Produtividade, redução de custo e desempenho
estrutural dependem do tratamento que se dá às
fôrmas de madeira p ara concreto

A lém de características físico-químicas


divulgação: madeirit

apropriadas para essa aplicação, como


resistência, estabilidade, não toxicidade e va-
riação dimensional aceitável, sistemas de fôr-
mas de madeira são facilmente dominados
pela mão de obra, além de serem versáteis,
permitindo aproveitamento em diferentes
elementos estruturais e reutilização.
Assim, há três opções: adquirir cha-
pas de madeira ou de compensado para
produzir as fôrmas no próprio canteiro, a
partir de um projeto específico; comprar
o sistema pronto; ou, ainda, elaborar um
projeto de fôrmas, cujas peças serão fa-
bricadas por empresa de fôrmas prontas.
Melhorar o aproveitamento e garantir
que resistam às cargas verticais e laterais
depende de uma série de cuidados. A co-
meçar pela especificação do sistema e dos
materiais a serem utilizados. São determi-
nantes o correto dimensionamento dos Os sistemas industrializados combinam chapas de maior durabilidade e espaçadores e conectores metálicos
elementos, que deve seguir as recomenda-
ções da NBR 14931, além de boas práticas A limitação do reúso encarece os siste- Conheça os tipos de chapas
na execução, etapa suscetível a falhas que mas de fôrmas de madeira. Em um andar > Resinada – Recebe resina fenólica para
levam a danos irreparáveis nas fôrmas. atípico, com apenas uma utilização, a fôr- resistir à água. Indicada para fazer fôrmas
Durante a desenforma, o operário sem ma pode consumir 50% do orçamento de de concreto não-aparente.
habilidade pode machucar a chapa dando uma estrutura. Já em um edifício com 28 > Plastificada – Recebe acabamento com fil-
origem a pontos vulneráveis à umidade. O pavimentos, onde haverá muita repetição, me plástico, conferindo-lhe ótima resistência
mesmo ocorre quando é derrubada e tem pode custar apenas 5%. à água. O número de reutilizações depende
sua ponta danificada. Limpeza adequada e São recomendações pertinentes também da espessura do filme, mas geralmente é o
uso de desmoldantes também são impor- usar software de projeto e utilizar apenas dobro da chapa resinada. Confere ao concreto
tantes. Assim como os cuidados com o uso, madeiras reflorestadas, como pínus e euca- aparente uma superfície mais lisa e uniforme.
a qualidade dos materiais que compõem as lipto. A primeira medida reduz os desper-
fôrmas está diretamente associada às possi- dícios e otimiza o projeto; a segunda, claro, Dicas gerais sobre fôrmas de
bilidades de reúso. além de uma questão legal, é sobretudo de madeira
Painéis de compensado devem apresen- caráter ambiental. “Os projetistas precisam > A produtividade decorre diretamente da
tar resistência à colagem e à abrasão, o que fazer o dimensionamento das fôrmas a par- escolha correta do sistema e do treinamen-
é conseguido com a gramatura do filme de tir das características das madeiras reflores- to da mão de obra.
proteção. Cerca de 30 usos podem ser obti- tadas. É importante comprar produtos de > Deve-se procurar o sistema mais econômi-
dos, por exemplo, com compensado plasti- fabricantes com responsabilidade ambiental co, nunca o mais barato. Afinal, a qualidade
ficado com superfícies revestidas com filme comprovada, ou exigir o selo ou documen- da estrutura resultante influencia os cus-
fenólico de gramatura de 440 g/m² e topos tação de origem”, conclui o projetista Nilton tos dos outros subsistemas que compõem
selados com resina impermeabilizante. Nazar, diretor da Hold Engenharia. a construção.

166 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 166 25/02/2011 16:54:39


Aplicação de desmoldante

Desmoldantes são aplicados para evitar com jato de água em alta pressão e, se
que o concreto se prenda na fôrma. O possível, com vassoura.
uso correto ajuda a garantir economia
e produtividade, pois cria uma película > Em seguida faça a inspeção visual
que impede a aderência e facilita a das fôrmas. Peças deterioradas exigem
desmoldagem, reduzindo o trabalho aplicação de desmoldante concentrado.
de limpeza das peças e aumentando o
reaproveitamento das fôrmas. > Após ler as instruções do fabricante, dilua
A composição do desmoldante, bem o desmoldante em água limpa. Uma vez > Depois da concretagem e da cura do
como o rendimento, dependem do tipo preparada, a mistura poderá ser usada por concreto, retire as fôrmas com a ajuda
e da qualidade dos moldes. Peças de até sete dias. de um pé de cabra e reserve-as em local
compensado plastificado, por exemplo, adequado para futuro reaproveitamento.
podem receber desmoldantes mais
diluídos que peças mais permeáveis. Dicas para aplicação
No caso das fôrmas de madeira, os do desmoldante
desmoldantes emulsionados misturados > A diluição do desmoldante varia de
à água estão entre os mais indicados. A acordo com o tipo e a qualidade da fôrma.
aplicação é simples, mas é importante Por exemplo, fôrmas de madeira bruta
que as recomendações do fabricante exigem desmoldante mais concentrado
sejam seguidas. Afinal, utilizados que fôrmas de compensado.
equivocadamente esses produtos > É importante evitar untar as fôrmas
podem formar película que dificulta a com muita antecedência à concretagem
hidratação do concreto e compromete a para não aderir poeira.
aderência de revestimentos. > Para cada tipo de fôrma há um tipo de
desmoldante indicado. Por isso, fique de olho
nas orientações da embalagem dos produtos.
fotos: marcelo scandaroli

> A composição do desmoldante deve


considerar se a estrutura de concreto
é aparente ou se será revestida. Se a
> Aplique o desmoldante em única demão concentração acabar impermeabilizando
por toda a superfície da fôrma. Faça isso o concreto seco, será mais difícil fixar
com broxa, escovão ou rolo de pintura. o revestimento.
> A utilização de desmoldantes é indicada
> Espere o tempo de secagem pelas normas técnicas NBR 15696: 2009 –
determinado pelo fabricante. Normalmente Fôrmas e Escoramentos para Estruturas de
> Antes de aplicar o desmoldante, esse intervalo é de pelo menos Concreto, e NBR 14931:2004 – Execução de
as fôrmas devem ser bem limpas duas horas. Estruturas de Concreto.

> Todo equipamento exige manuseio se- solução escolhida. Mas no caso de fôr- > Para evitar que a nata do cimento es-
gundo o seu manual de procedimentos de mas feitas em obra, é ainda mais impor- corra e o concreto perca resistência, não
execução e de inspeção. tante estudar e planejar as fôrmas para devem ser toleradas frestas, mas se não for
> A medida, o alinhamento e o esquadro otimizar o corte e reduzir as perdas. As possível, não poderão ter mais que 1 mm.
dos painéis devem ficar dentro da tolerân- bordas cortadas devem ser seladas com > É importante que todo sistema de fôrma
cia dimensional estabelecida no corte. As- tinta apropriada para evitar a infiltra- seja adquirido de empresa idônea, com
sim, é importante definir os procedimen- ção de umidade e elementos químicos devida apresentação da ART (Anotação de
tos de inspeção objetivos, de maneira que do concreto entre as lâminas, principal Responsabilidade Técnica) do Crea. <
o próprio profissional possa atuar como fator de deterioração.
conferente dos seus serviços. > O sistema de fôrma é normatizado pela Fontes
Equipe de Obra 29 (mai/jun/2010) “Aplicação de desmoldante
> Projetos de fôrmas são sempre impor- NBR 14931 e é recomendado que seja di- em fôrmas”.
tantes para se tirar melhor proveito da mensionado conforme as suas prescrições. Téchne 118 (jan/2007) “Fim do improviso”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 167

Livro 1.indb 167 25/02/2011 16:54:47


Fôrma de madeira
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Produção e assessoria técnica


A Madewal está há 18 anos no mercado
produzindo fôrmas pré-fabricadas para
construção civil para os mais diversos
segmentos construtivos. A empresa
oferece assessoria técnica e supervisão
na obra desde o início da montagem até
a conclusão da estrutura. Sediada na
Rodovia Anhanguera, em São Paulo, possui
área própria de 40 mil m² equipada com
esquadrejadeiras, serras automáticas,
martelos de pressão (pneumáticos), dentre
outros equipamentos automatizados.
Madewal
(19) 3441-1981
www.madewal.com.br

Grandes volumes
O Formestub é um sistema de fôrmas para
concreto armado composto por painéis
leves e trepantes. É projetado tanto para
as estruturas que necessitam de grandes
volumes de concreto de uma só vez – como
os grandes blocos de fundação – quanto
para aquelas que podem ser executadas em
etapas, como as paredes altas. Segundo a
empresa, graças a sua estrutura em grelha
de aço SAC 300, os módulos são capazes
de suportar pressões de até 60 kN/m²
mesmo sendo leves.
Estub
(21) 2472-7200
www.estub.com.br

168 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 168 25/02/2011 16:54:51


ABRIL 2011 – anuário pini – 169

Livro 1.indb 169 25/02/2011 16:54:52


> FÔRMA METÁLICA

Molde racional
Fornecedores de fôrmas metálicas para concretagem
têm aumentado a versatilidade dos produtos

A tentos à tendência de diminuição do pas-


sivo ambiental, fornecedores de sistemas
de fôrmas metálicas investiram em flexibilida-
de. Como resultado, algumas empresas hoje
trabalham com módulos de 1 cm. Além disso,
o interesse em ter a construtora como clien-
te leva ao desenvolvimento da solução mais
adequada para cada projeto, motivando, in-
clusive, novas linhas de produtos. A recíproca
confere com construtoras adequando as obras
a fim de tornar a industrialização possível.
Principalmente para atender à deman-
da do mercado imobiliário, os fornecedores
têm buscado aumentar a assistência técnica.
Argumentos favoráveis ao sistema apontam
a racionalização e produtividade a seu fa-
vor. A repetitividade é outro fator que deve,
obrigatoriamente, ser considerado para a
escolha do sistema. Duráveis, as fôrmas me-
tálicas suportam entre 40 e 60 reutilizações.

Questões contratuais
Para evitar impasses na relação com os
fornecedores, é essencial estabelecer clara-
mente em contrato quais serão as condi-
ções de entrega, devolução e indenização
no caso de as peças apresentarem avarias.
Uma vez que as fôrmas são alugadas,
salvo exceções, não chegam ao canteiro em
perfeito estado. É, portanto, importante in-
cluir cláusulas de indenização total e parcial
no contrato, além de verificar e anotar no
canhoto de recebimento qual a condição
das peças recebidas. A depender da aplica-
ção, o cliente tem o direito de pedir fôrmas
em melhores condições.
Essa preocupação é menor quando se
trata da moldagem de peças revestidas ou
ocultas, como caixas-d’água, por exemplo.
Nesses casos, a aceitação de uma peça bas-
tante usada pode resultar em negociação
por preços mais baixos. <

Fontes
Para atender a uma gama maior de usos, fornecedores têm desenvolvido sistemas de fôrmas
Guia da Construção 104 (mar/2010) “Guindastes sobre rodas”.
Guia da Construção 109 (jul/2010) “Locação sem susto”. mais flexíveis

170 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 170 25/02/2011 16:54:54


Confira as etapas de utilização das fôrmas metálicas

Alinhamento e travamentos
O projeto determina a quantidade e o
posicionamento dos componentes,
sejam chavetas, tirantes, escoras ou
alinhadores, que garantem a geometria Guarda-corpos Desforma
e a estanqueidade das fôrmas. Alterações Necessários em pilares, paredes de grande A primeira preocupação é com o
de projeto devem ser comunicadas altura ou quando estipulado pela norma, são concreto, que deve resistir aos esforços
e submetidas à aprovação do fornecedor. montados na própria fôrma, pois os sistemas atuantes. Essa é a etapa em que ocorre
Caso contrário, pode haver abertura preveem seu uso. Da mesma maneira, a maior parte dos danos às fôrmas e,
ou estufamento da fôrma, resultando andaimes com rodapé garantem proteção por vezes, à estrutura. Sendo assim,
em problemas na estrutura e avarias aos operários e ao patrimônio, evitando que é imprescindível observar a sequência
nos painéis. objetos caiam de alturas elevadas. de desmonte e respeitar os módulos
indicados em projeto, evitando uso de pé
de cabra. Preservar os painéis garante o
reaproveitamento.

Concretagem e vibração Reaproveitamento e racionalização


Montagem Fique atento à velocidade máxima de A viabilidade dos sistemas de fôrmas
Para essa etapa é essencial que andaimes concretagem para controlar a pressão sobre metálicas depende da racionalização
e plataformas de trabalho para montagem os painéis. Além disso, evitar acúmulos de e do reaproveitamento, que devem
e concretagem estejam adequadamente concreto sobre as fôrmas para não extrapolar ser indicados em projeto e, portanto,
localizados. Se esses dispositivos forem os limites de segurança. Com os espaçadores elaborados pela fornecedora. Evitar painéis
bem pensados anteriormente, evita-se de armadura devidamente posicionados, ociosos diminui custos, que variam com o
adaptações e improvisos em canteiro. respeitar o tempo de vibração, que tempo e não com a quantidade de usos. O
Embora não seja necessária especialização, influencia a fluidez do concreto e a carga engenheiro de obras deve exigir relatórios
é importante que a mão de obra seja nas fôrmas. Vazamentos de nata podem semanais de uso e reaproveitamento das
devidamente treinada para o serviço. dificultar a desforma. fornecedoras, além de assistência técnica.

Fonte
Téchne 114 (set/2006), Melhores Práticas Fôrmas metálicas; Téchne 118 (jan/2006), Industrialização máxima.

ABRIL 2011 – anuário pini – 171

Livro 1.indb 171 25/02/2011 16:55:02


172 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 173

Livro 1.indb 173 25/02/2011 16:55:07


FÔRMA METÁLICA

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Fôrmas deslizantes
A Perin oferece fôrmas deslizantes para
construção de silos, pilares, torres, Lajes nervuradas Fôrmas para barragem
chaminés, além de modelos especiais O Jirautex, da Jirau, é um sistema Fôrmas deslizantes são aplicadas na
para barragens. Os equipamentos podem elaborado para execução de lajes execução de estruturas de concreto
ser vendidos ou alugados, de acordo com nervuradas que permite a reutilização armado, tendo como características
a necessidade do cliente. Em contratos das cubetas de polipropileno. Isso, principais agilidade, resistência, supressão
de locação, a Perin pode dispor de mão explica a fabricante, acelera o ciclo de de juntas e bom acabamento. A afirmação
de obra para operação e supervisão do desforma das lajes e agiliza a montagem é da Tecbarragem, que oferece fôrmas
serviço. A empresa também executa da estrutura metálica para utilização das metálicas para concreto com sistema de
reservatórios de água em projetos turnkey. cubetas, eliminando o uso de sarrafos ou içamento hidráulico. Conforme a empresa,
Perin compensados de madeira. isso propicia redução nos custos de mão
(11) 3010-1699 Jirau de obra e no tempo de execução. São
www.perinsystems.com (11) 5068-3756
www.andaimesjirau.com.br aplicadas em pilares, paredes e em todas
as estruturas de barragens.
Tecbarragem
(11) 5181-2527
tecbarragem@tecbarragem.com.br
www.tecbarragem.com.br

174 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 174 25/02/2011 16:55:13


ABRIL 2011 – anuário pini – 175

Livro 1.indb 175 25/02/2011 16:55:16


FÔRMA METÁLICA

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Fôrmas Ulma painéis de aço
A Ulma Construcción atua há mais de O sistema de fôrmas metálicas Etena’s é
15 anos no Brasil na venda e locação composto por painéis modulados em aço,
de sistemas de fôrmas, escoramentos revestidos com chapas de compensado
e andaimes para obras residenciais, plastificados, além de perfis de travamento
comerciais, industriais e de infraestrutura. e aprumadores. Os painéis são conectados
A empresa oferece, entre outros, o uns aos outros por clips de simples
sistema de Estruturas MK. Segundo a encaixe, dispensando a utilização de
Ulma, o sistema proporciona versatilidade pregos, e são adaptáveis a seções de
e possibilidades para criar soluções pilares, paredes, cortinas, blocos, vigas e
especiais, complexas e diferenciadas como superfícies cilíndricas.
sistema de fôrma e escoramento para Etena’s Equipamentos
(11) 2172-7450
qualquer tipo de obra pesada. www.etenas.com.br
Ulma Construcción
(11) 3883-1300
www.ulma-c.com.br

176 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 176 25/02/2011 16:55:22


ABRIL 2011 – anuário pini – 177

Livro 1.indb 177 25/02/2011 16:55:23


FÔRMA METÁLICA > FôRMA DE PAPELÃO

Sistema Concreform Fôrma monolítica painéis para lajes planas


O Concreform da SH Fôrmas permite A Peri Fôrmas conta com um sistema O sistema de fôrmas para lajes planas
a redução de até 70% da mão de obra monolítico de fôrma para execução de Mills Deck Light é composto de painéis
necessária para montagem e desmontagem lajes e paredes em uma única etapa de modulares, fabricados a partir de perfis de
da fôrma, afirma o fabricante. É um sistema concretagem. O Uno contém componentes alumínio extrudados e soldados entre si,
de fôrmas para paredes, pilares e vigas leves de alumínio para facilitar o manuseio, estruturando o módulo. Escoras metálicas
de concreto composto por painéis em é flexível e adaptável a todos os tipos de pontuais de ajuste de altura milimétrico
chassis de aço galvanizado forrados com projetos estruturais, informa o fabricante. O também compõem o sistema. O cabeçal
compensado plastificado, conectados sistema possibilita, segundo a empresa, o das escoras pode ser fixo ou no sistema
com apenas dois grampos que os unem real reaproveitamento de tirantes sem o uso tipo Drophead, o que possibilita, segundo
e alinham simultaneamente, dispensando de tubos de PVC. a empresa, a desforma rápida de todo
perfis extras. Leve e ao mesmo Peri Formas e Escoramentos o sistema.
(11) 4158-8188 Mills
tempo rígido, pode ser movimentado www.peribrasil.com.br (11) 3787-4142/(21) 2123-3704
manualmente ou com o auxílio de grua. www.mills.com.br
SH Fôrmas
0800-282-2125
www.shformas.com.br

178 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 178 25/02/2011 16:55:27


FÔRMA METÁLICA

ABRIL 2011 – anuário pini – 179

Livro 1.indb 179 25/02/2011 16:55:29


FUNDAÇão
FOTO CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Estacas variadas
A Paulestac Fundações foi fundada em
1985 e desde então executou fundações em
mais de 4 mil obras. Entre outros serviços,
a empresa realiza cravação de estacas pré-
moldadas, execução de estacas strauss,
tubulões a céu aberto e estacas hélice
contínua. A Paulestac também executa
tirantes protendidos, longarinas, grampos e
estacas raiz, bem como faz o rebaixamento
de lençol freático.
Paulestac Fundações
(11) 3851-6048
www.paulestac.com.br

180 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 180 25/02/2011 16:55:34


ABRIL 2011 – anuário pini – 181

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FUNDAÇão

FOTO CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Fundações Percon
Há mais de 20 anos no mercado de
fundações especiais, a Percon Engenharia
de Fundações oferece soluções para a
execução de contenções e estaqueamento.
A empresa conta com equipes
especializadas para a execução de serviços
como cravação de perfil metálico, concreto
projetado, tirantes, estacas raiz, Franki e
hélice contínua.
Percon Engenharia de Fundações
(11) 3726-2452/ 3726-1623
www.perconfundacoes.com.br

182 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 183

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FUNDAÇão

FOTO CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Perfuração controlada
Segundo a Petrosteste, sua máquina
de perfuração é muito utilizada para
sondagens rotativas em torno de 850 kg
devido a seu cabeçote giratório de 360º.
Sua torre é do tipo telescópica e o guincho
wireline. A velocidade de içamento varia
entre 16 e 135 m/min. Possui 850 mm de
largura, 1.450 mm de comprimento e 1.420
mm de altura.
Petrosteste
(21) 3193-8483
vendas@petrosteste.com.br
www.petrosteste.com.br

184 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 184 25/02/2011 16:55:46


ABRIL 2011 – anuário pini – 185

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FUNDAÇão

186 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 186 25/02/2011 16:55:49


FUNDAÇão > FUNDAÇÃO COM HÉLICE CONTÍNUA

ABRIL 2011 – anuário pini – 187

Livro 1.indb 187 25/02/2011 16:55:51


> FUNDAÇÃO COM HÉLICE CONTÍNUA

Perfuração contínua
Adequadas para fundações profundas, estacas hélice contínua
exigem cuidado especial durante a execução para que o
desempenho das peças não seja comprometido

C
fotos: marcelo scandaroli

om elevada capacidade de carga, esta-


cas hélice contínua são utilizadas em
fundações profundas. Sua escolha depen-
de não só das características do terreno
ou dos custos envolvidos, mas também de
aspectos da vizinhança do canteiro, sendo
mais indicadas do que estacas cravadas
quando há restrições relacionadas à vibra-
ção ou a impactos sonoros.
As condições logísticas para execução
das estacas dependem do que as partes –
construtora contratante e empresa exe-
cutora – acertarem em contrato. O mais
comum, entretanto, é que a construtora
entregue o terreno plenamente apto aos
deslocamentos dos equipamentos, livre de
interferências superficiais ou enterradas.
Também é necessário providenciar água e
a ligação à rede de esgoto sanitário, além
de espaço para que a prestadora de servi-
ços instale pelo menos um contêiner. O
canteiro deve contar com segurança para
guarda dos equipamentos e bens da em-
presa contratada.
Para o engenheiro José Luiz Saes, pre-
sidente da Abef (Associação Brasileira de
Empresas de Engenharia de Fundações
e Geotecnia), o grande problema nesse
tipo de obra é a entrega de concreto, de
responsabilidade do contratante provi-
denciar. Ele explica que falhas no forneci-
mento, que deve ser contínuo, provocam
interrupções no serviço. Por isso, é neces-
sário prever em contrato a remuneração
por hora e máquina parada. O formato Fornecimento contínuo de concreto é ponto essencial para correta execução das estacas
ideal para estabelecimento dos prazos é
o consenso entre as partes. Para tanto, é ça alguns dados básicos à prestadora. In- a prestadora tome conhecimento das limi-
recomendável que a contratada forneça formações como sondagem do terreno, tações logísticas do terreno e do entorno.
um documento com estimativas de pra- projeto de fundações e planilha de itens Assim, é possível obter maior precisão na
zos ou a contratante estabeleça as datas a serem cotados propiciarão mais preci- elaboração do orçamento.
de entrega desejadas. são ao orçamento fornecido. Embora não Embora alguma negociação seja possí-
Antes mesmo do início da contratação seja obrigatório, qualquer uma das partes vel, cabe à prestadora avaliar a possibilidade
é recomendável que a construtora forne- pode solicitar a visita ao canteiro para que de atender aos desejos da construtora. É

188 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 188 25/02/2011 16:55:52


Fundação precisa

Confira como recursos tecnológicos auxiliam na atenção a detalhes essenciais para a obtenção do
desempenho esperado desses elementos de fundação

Equipamentos visando a evitar estrangulamentos ou seccionamentos


Solos mais resistentes exigem que em seu comprimento. A hélice pode ser retirada sem
os dentes da extremidade da hélice girar ou girando lentamente no sentido da perfuração. O
sejam substituídos por pontas de vídia. preenchimento com concreto pode cessar num nível inferior
É importante verificar a presença da à superfície, caso o furo seja estável e seja possível colocar a
tampa que impede a entrada de solo armadura sem prejuízo à estaca.
no tubo central. A produtividade, entre
150 e 400 m/dia, varia de acordo com
o diâmetro da hélice, a profundidade da
estaca, o tipo e a resistência do terreno
e o torque do equipamento utilizado.

Controle da perfuração
O torque deve ser coerente com a resistência oferecida pelo
terreno, que varia de acordo com a profundidade, e o avanço é
sempre inferior a um passo por volta. A pressão vertical decorre
apenas do peso próprio da hélice e do solo nela contido. A
perfuração é uma operação contínua, o que indica que a hélice
não pode ser içada a fim de evitar alívios no terreno.

Qualidade do concreto
Recomenda-se que Instalação da armadura
o concreto utilizado Respeitado o tempo limite de duas horas desde a chegada
nesse tipo de fundação do concreto ao canteiro, a inserção da armadura pode contar
apresente uma relação apenas com a gravidade ou mesmo com pilão de pequena carga
água/cimento de, no ou vibrador. Compostas por barras grossas e estribo helicoidal
máximo, 0,6; fck de soldado nas barras longitudinais, têm extremidade inferior
20 MPa, brita 1, com afunilada para facilitar a penetração e evitar deformações, e deve
dimensão máxima de ser centralizada no furo com auxílio de espaçadores ou roletes.
12,5 mm, slump entre 200 e 240 mm e consumo de cimento
de, pelo menos, 400 kg/m³. Para especificação, informar Controle executivo
a quantidade máxima de água a ser adicionada em obra, O monitoramento durante a execução exige uso de sistema
considerando aquela retida na central e estimando perdas computadorizado específico, com mostrador na cabina do
por evaporação. operador e sensores espalhados na máquina. Informam sobre
a profundidade, velocidade de rotação, pressão de torque,
Controle da injeção inclinação da torre, pressão do concreto, volume desde o início
Simultaneamente à retirada da hélice, a injeção do concreto é da concretagem e sobreconsumos. O mesmo sistema gera um
determinada pela pressão e pelo sobreconsumo do material, relatório sobre a estaca, contendo os dados obtidos.

essencial considerar uma série de impre- Construtora, recomenda o estabelecimento estática ou mesmo o ensaio de carrega-
vistos relacionados ao terreno, ao clima, a de parâmetros para verificação da quali- mento dinâmico”, explica. As respectivas
problemas com os equipamentos, dentre dade de execução das estacas hélice con- medições devem ser feitas pela contratan-
outros. As partes devem avaliar, ainda, com tínua. “Além dos critérios informados te com periodicidade mensal e também
base em seu histórico de relacionamento, pelo próprio aparelho do equipamento, ao término dos serviços. <
se cabe estipular critérios para multas. O existem outros ensaios que podem com-
Fontes
engenheiro Sussumu Niyama, doutor em plementar as informações como o PIT Guia da Construção 104 (mar/2010) “Guindastes sobre rodas”.
engenharia de solos e diretor da Tecnum (Pile Integrity Testing), as provas de carga Guia da Construção 109 (jul/2010) “Locação sem susto”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 189

Livro 1.indb 189 25/02/2011 16:55:59


FUNDAÇÃO COM HÉLICE CONTÍNUA
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Fundações monitoradas Estacas e tubulões


A Roca Fundações, empresa especializada Com sede em Carapicuíba, a Basestrauss
em fundações e geotecnia, é responsável iniciou suas atividades em 1977 prestando
pela execução das fundações do novo serviços de estacas do tipo “Strauss”.
estádio Palestra Itália. A obra está sendo Desde 2001, a empresa executa serviços
executada com estacas tipo hélice contínua de estacas escavadas mecanicamente e
monitorada. Estão sendo utilizados tubulões a céu aberto utilizando modernos
equipamentos com capacidade para equipamentos do mercado. A Basestrauss
perfurar estacas com diâmetros de até atua em todo Estado de São Paulo e
1.200 mm, com concretagem monitorada possui frota própria, fazendo fundações
por computador na cabina da máquina. com estacas hélice, strauss e escavada.
Roca Fundações Basestrauss
(11) 3726-4322 (11) 4186-4026
www.rocafundacoes.com.br basestrauss@basestrauss.com.br
www.basestrauss.com.br

190 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 190 25/02/2011 16:56:02


FUNDAÇÃO COM HÉLICE CONTÍNUA

ABRIL 2011 – anuário pini – 191

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FUNDAÇÃO COM HÉLICE CONTÍNUA

192 – anuário pini – ABRIL 2011

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ABRIL 2011 – anuário pini – 193

Livro 1.indb 193 25/02/2011 16:56:09


> GABIÕES

Contenção versátil
Baratos e de fácil execução, gabiões são indicados para
contenção de taludes por gravidade. Cuidados na fase de projetos
são essenciais para bom desempenho das estruturas

G abiões são envoltórios preenchidos


fotos: marcelo scandaroli

com pedras para aplicações geotéc-


nicas, hidráulicas e de proteção superfi-
cial. Substituem o uso de grandes blocos,
de difícil manuseio, ou de pedras soltas,
que não garantiriam a durabilidade e
o desempenho. As principais caracte-
rísticas são o fato de ser uma estrutura
armada, monolítica, flexível, permeável
e autodrenante. Por ter rochas naturais
como principal material componente,
são duráveis.
Os gabiões são de execução simples e
aplicação versátil. Eles utilizam matéria-
prima natural e são permeáveis, contando
com cerca de 30% do volume formado por
vazios, e integram-se ao meio ambiente
permitindo o crescimento de vegetação
entre as pedras.
Embora a mão de obra não necessite
de treinamento específico, deve ser orien-
tada quanto à disposição das pedras. “O
cálculo admite uma proporção de vazios
que depende da arrumação do preen-
chimento”, alerta o engenheiro Geraldo
Gama, do Cetae-IPT (Centro de Tecnolo-
gias Ambientais e Energéticas do Institu-
to de Pesquisas Tecnológicas). Quando se
trata de obras de contenção, caso exista o
cuidado de se colocar as pedras mais pla- Uso em aterros é mais comum, pois nesses casos os degraus ficam voltados para dentro, com o peso
nas – pedras-espelho – na face frontal, o próprio atuando a favor da contenção
aspecto estético se torna menos agressivo
e o uso arquitetônico e mesmo residencial
é possibilitado. à estrutura, principalmente no caso de comum, pois a eficiência do sistema é
O preenchimento das gaiolas pode muros de arrimo, que são obras de con- maior quando os degraus são voltados
ser feito com o uso de qualquer material tenção por gravidade. para dentro e ficam soterrados, o que é
ou rocha não friável – usualmente basal- impossível nesses casos. Além disso, o
to, granito ou seixo – com granulometria Usos variados corte deve se dar por seções, e não por
no mínimo uma vez e meia maior que a O uso enquanto contenção é sua fiadas horizontais, e o espaço ocupado
abertura da malha, a chamada “pedra aplicação mais conhecida, principal- pela estrutura é maior. Ainda assim, a
de mão”. O importante é que o material mente no que diz respeito a aterros. Em configuração final – com degraus in-
proporcione peso, rigidez e resistência cortes de talude, a aplicação é pouco ternos, externos ou ambos – será deter-

194 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 194 25/02/2011 16:56:11


Principais tipos de gabião

Diafragma Lateral

minada pelo dimensionamento e pela


viabilidade construtiva.
Espiral É importante salientar que, embora as
rochas sejam mais pesadas que o solo, os
Gabião-caixa Gabião-saco gabiões contam, conforme mencionado
O mais típico e difundido modelo Único tipo de gabião que não é acima, com cerca de 30% de vazios. Assim,
de gabião, é adequado para montado no local de aplicação, mas sim mesmo com um peso específico das rochas
usos diversos, como estruturas transportado já preenchido por gruas de 2,4 t/m³, o peso dos gabiões se asseme-
de contenção por gravidade, ou guindastes, dispensa também o lha ao da maioria dos solos, que fica em
barragens, canalizações, apoios recobrimento do terreno com geotêxtil. torno de 1,8 t/m³.
de pontes e defesa contra É indicado para obras emergenciais, O dimensionamento das estruturas
erosão. Forma estruturas de obras hidráulicas ou submersas ou em gabiões é feito com base no com-
contenção monolíticas, flexíveis e em locais de difícil acesso. Pode ser portamento estático, que considera a
autodrenantes, lançando mão de utilizado como fundação de muros de resistência ao tombamento, ao escorre-
materiais baratos e abundantes, gabiões em solos com baixa capacidade gamento, à estabilidade global e às pres-
além de não exigir conhecimento de suporte. sões na fundação. Assim, no mínimo
técnico específico para uma sondagem à percussão é necessária
a execução. Tampa Bordas para verificação das condições do ter-
reno. No caso de aplicações hidráuli-
Frente cas, deve-se verificar o comportamento
Tampa frente à ação da água.
Espiral Outra recomendação é considerar in-
clinação de 10% para dentro do maciço.
Daí, quando as deformações naturais de
acomodação ocorrerem, a sensação esté-
Diafragma Base tica será a de que o muro é vertical. Se for
executado na vertical, é possível que após a
acomodação o muro fique inclinado para
Reforço de solo fora, passando a impressão de projeto ou
Lateral Extremidade Permite obter inclinações maiores execução errônea.
a partir da mescla de sistemas de Com a recomendação de voltar os
Gabião-colchão contenção e reforço de solos. A tela degraus para o lado de dentro a fim de
Um pano único constitui as paredes metálica que constitui a tampa, a fazer o peso próprio do aterro atuar na
laterais e extremas, a base e os frente e a base se estende por alguns contenção, é interessante aprofundar a es-
diafragmas desse gabião, adequado metros – definido em projeto – a fim de trutura em, pelo menos, 30 cm abaixo da
para revestimentos de canais, constituir o reforço do solo aterrado. linha do solo. A justificativa é o aumento
barragens em terra, escadas A aparência externa, assim como a do atrito obtido com encaixe preciso no
dissipadoras e outras obras, forma de preenchimento das caixas, é a terreno. É essencial proteger o pé do muro
geralmente hidráulicas. Drenantes mesma de um gabião comum. Em vez da erosão e saturação do solo causada por
e armados, apresentam superfície de degraus, uma única coluna forma escoamento de água, o que pode ser feito
maior do que a espessura e podem o muro. É indicado para formação ou com a construção de canaletas. <
ser revestidos com argamassa. recomposição de maciço.
Fontes
Téchne 108 (mar/2006), “Contenção por gravidade”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 195

Livro 1.indb 195 25/02/2011 16:56:13


Gabiões > Galpão

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Gabiões resistentes
Para tornar seus gabiões mais resistentes
à corrosão, a Maccaferri adotou o Galfan
para revestimento dos arames destinados
à fabricação destes produtos. Trata-se de
uma liga de zinco/alumínio com a adição
de terras raras (ZN 5 Al MM), que tem
como característica principal a união
desses metais com a máxima fusão de seus
microcristais (liga eutética). O resultado,
cientificamente comprovado segundo a
empresa, aumenta de três a cinco vezes
a resistência à corrosão em relação à
zincagem pesada.
Maccaferri
(11) 4525-5016
www.maccaferri.com.br

Galpão sob medida


Os galpões montados pela Projeart têm
estrutura metálica, projetadas para serem
soldadas em fábrica e aparafusadas in loco.
De acordo com a empresa, a montagem
de um galpão de 10 mil m² leva cerca de
100 dias, desde o projeto até a entrega.
A empresa, que atua na região Nordeste,
em Belém, Manaus e São Paulo, atua nos
segmentos industrial e comercial.
Projeart Estruturas Metálicas
(85) 3275-1220/3250 2234
www.projeart.ind.br

196 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 196 25/02/2011 16:56:16


GALPãO

Galpão da Retha Imóveis


A Retha Imóveis e Serviços atua no
segmento de administração, locação e
venda de galpões e áreas industriais,
atendendo também com o conceito de
built to suit. O condomínio Logical Center
Itapevi, desenvolvido pela empresa, está
com as obras em ritmo acelerado. O
empreendimento está localizado na Rotatória
do km 32 da Rodovia Presidente Castelo
Branco – Itapevi (SP). Em uma área de
22.724,37 m² estão em construção sete
módulos de 1.502,03 m² a 1.886,98 m², com
entrega prevista para outubro de 2011. O
projeto conta com piso drenante em todo o
pátio, iluminação e ventilação naturais, reúso
de água pluvial e tratamento de efluentes.
Retha
(11) 4777-9800
www.retha.com.br

Painel metálico
O painel BJ-60 é um revestimento
metálico que pode ser produzido em aço
galvanizado, alumínio, cobre e zinco-titânio.
Possui largura útil de 54 cm, comprimento
de até 1,20 m e é indicado para cobrir
grandes superfícies, como fábricas e
galpões, tanto em áreas internas como
externas. O produto é fornecido pela N.
Didini com acabamento final em diversas
cores ou natural.
N. Didini
(11) 3835-9539
www.ndidini.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 197

Livro 1.indb 197 25/02/2011 16:56:18


> GEOGRELHAS

Reforço e drenagem
Multifuncionais, as geogrelhas auxiliam tanto no incremento
de estabilidade quanto na drenagem dos solos
marcelo scandaroli

Indicadas para reforço de solo em estruturas de contenção, as geogrelhas podem ser combinadas com vegetação, proporcionando proteção contra as intempéries

G eossintéticos são mantas fabricadas à


base de polímeros, cujas propriedades
contribuem para melhoria de obras geotéc-
o solo possui resistência à compressão, mas
pouca à tração, a função dos geossintéticos
é proporcionar ao solo maior resistência à
reforço em taludes, podem também servir
para soluções que incluem vegetação (em
geral, gramíneas), formando paredes ou
nicas, desempenhando alternadamente as tração, contribuindo para sua sustentação. muros “verdes”. Fabricadas com políme-
funções de reforço, filtração, drenagem, pro- Entre os vários tipos de geossintéticos, ros tais como poliamida, PVC ou polipro-
teção, separação, impermeabilização e con- as geogrelhas, membranas rígidas utiliza- pileno, polietileno de alta densidade ou
trole de erosão superficial em solos. E como das para executar estrutura de contenção e poliéster, são vazadas e têm como função

198 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 198 25/02/2011 16:56:22


Tipos de geossintéticos

Os geotêxteis foram os primeiros geossintéticos a serem usados, por volta de 1950,


em aplicações para controle de erosão. Flexíveis e porosos, são fabricados com
materiais poliméricos que podem resultar em materiais tecidos ou não tecidos,
classificados de acordo com suas fibras.
Décadas após o advento dos geotêxteis, a técnica de contenção de solos foi
enriquecida com o desenvolvimento das geogrelhas, que permitem a interação com o
meio em que estão confinadas.
Hoje os geotêxteis são usados como elemento de reforço, em especial devido ao baixo a função dessa face é prover sustentação
custo. Dispostos em camadas, funcionam como drenos naturais, pois permitem a parcial do solo e a função da geogrelha é
absorção da água de chuvas e evitam a saturação do solo. Um diferencial é que os reforçar o maciço.
materiais são projetados para não interferir nas características do terreno em questão, É fundamental, no entanto, tomar o
já que contam com reforços que permitem a transferência das cargas em camadas, de cuidado de proteger essa face externa, a
um material para outro. fim de evitar vandalismo, fotodegrada-
ção por raios UV ou por calor. Se não for
tomada essa providência, pode ocorrer,
no longo prazo, a instabilidade do talude.
Checklist Quando utilizada, a vegetação é um recur-
so que ajuda a proteger a geogrelha, pois
proporciona sombreamento ao material.
> Identificar no projeto as especificações e características dos geossintéticos a serem Outra opção para taludes “verdes”
utilizados, como propriedades físicas, mecânicas e de desempenho, bem como as é o sistema de grama armada, que con-
quantidades necessárias siste em utilizar a geogrelha fixada com
> Prever no canteiro de obras procedimentos adequados para recebimento do material, grampos associada ao plantio de grama
como cuidados com rasgos, puncionamentos ou outros danos mecânicos durante no talude. Nesse caso, não há a utilização
o descarregamento da capacidade portante da geogrelha. A
> Prever um local adequado para o armazenamento grama armada serve para a proteção de
> No recebimento, realizar inspeção visual do produto e verificar se o material recebido e taludes de solos moles e de taludes íngre-
suas especificações conferem com o solicitado mes, pois após o plantio da vegetação, a
> Planejar ensaios laboratoriais para aceitação final do material grelha sombreia o talude, conservando a
umidade do solo e garantindo um bom
índice de germinação.
predominante o reforço de solos moles. Utilização combinada A vegetação pode ser então plantada
As geogrelhas são dispostas em camadas e Os tipos de geogrelhas, oferecidos em por hidrossemeadura, semeadura manual
confinam porções de solo. Por serem per- materiais poliméricos pelos fabricantes ou grama em placa, resultando num ta-
meáveis, ajudam a manter a capacidade em diversos formatos de trama, podem pete reforçado e homogêneo, que garante
de absorção de água do talude, evitando a ser usados com blocos pré-moldados de a estabilidade superficial. Nesse sistema,
saturação do solo. concreto na composição da contenção do a geogrelha também ajuda a dissipar as
Há a opção de usar as geocélulas (cé- talude. Assim, a geogrelha é disposta em águas da chuva, reduzindo seu impacto
lulas poliméricas soldadas entre si, seme- camadas alternadas com o solo, como se sobre a superfície do talude, evitando ravi-
lhantes a uma colmeia), que podem ser fosse uma massa folheada. Para a solu- namentos quando a vegetação está na fase
fixadas nas camadas horizontais próximas ção com vegetação, as geogrelhas são dis- de crescimento/germinação, e ao mesmo
à face do talude, associadas às geogrelhas, postas em camadas para estabilização do tempo permite a entrada de umidade para
responsáveis pela resistência à tração. E maciço, dobrando-a na face externa do o crescimento das plantas. A geogrelha
depois preenchidas com areia, brita, con- talude, o que forma uma bolsa que serve também impede escorregamentos de ter-
creto ou solo, de acordo com o projeto e a para colocação do substrato onde será se- ra e de fragmentos de rocha, já que possui
finalidade da obra. Para promover a jun- meada a grama. Outro tipo de geogrelha é resistência à tração adequada para esses
ção dos dois materiais, a última linha de composto por grelha metálica protegida tipos de solicitação. <
geocélulas deve ser preenchida com pedras com fios, com formato hexagonal, que
de tamanho médio, que entram nos vãos pode já vir de fábrica com uma bolsa na
Fontes
da grelha de modo a transferir os esforços extremidade, o gabião-caixa, para a co- Téchne 138 (set/2008), “ Reforço Plástico”.
de um geossintético a outro. locação das pedras. Nessa composição, Construção Mercado 93 (abr/2009), “Solo reforçado”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 199

Livro 1.indb 199 25/02/2011 16:56:25


GEOTêXTIL > Grua

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Contenção
Geossintético para aterro Eronot é um geotêxtil em forma
A Allonda comercializa os geossintéticos de sacos destinado à contenção
TenCate Mirafi® Série HP. São geotêxteis de erosão e estabilização de
tecidos compostos por filamentos encostas. Com dimensões
de polipropileno de alta resistência. de 45 cm x 70 cm, são
Combinados ao alto módulo de rigidez, confeccionados em tecido
elevada resistência à tração e a alta de poliéster resinado com
capacidade de confinamento, podem atuar proteção Anti-UV.
como reforço, filtro e na separação de Acra do Brasil
(11) 3884-4213
materiais. Segundo a empresa, o produto www.eronot.com.br
é ideal para o reforço de aterros sobre
solo mole.
Allonda Geossintéticos Ambientais
(11) 5501-9201
www.allonda.com

MINIGRUA carga leve


As minigruas MV 500 foram Para içamento de cargas com até
desenvolvidas para o transporte 300 kg, a minigrua da Formeq
dos mais diversos materiais, possui ângulo de giro de 360º e 30
principalmente para armação em m de cabo. Pode ser utilizada para
aço de pilares e vigas. Segundo transporte de blocos de concreto,
a fabricante, sua forma de telas metálicas para a armação de
fixação e lança giratória foram lajes, transporte de sacos de cimento,
desenvolvidas de modo a garantir cal e areia, entre outros materiais.
maior segurança na obra. Formeq Equipamentos para Construção
Grupo Megavale (11) 3732-3232
(12) 3029-1080 www.formeq.com.br
www.grupomegavale.com

200 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 200 25/02/2011 16:56:30


Grade > Grama > gRUPO GERADOR

ABRIL 2011 – anuário pini – 201

Livro 1.indb 201 25/02/2011 16:56:32


> GRUA

Equipamento de peso
Utilização de gruas exige planejamento detalhado para garantir
segurança e logística adequada no canteiro

C
marcelo scandaroli

ada vez mais comum nos grandes cantei-


ros brasileiros, a grua destina-se ao trans-
porte vertical de cargas e pode ser utilizada
desde a fase de estrutura até o término do fe-
chamento. Versátil, ela transporta diversos ti-
pos de materiais, como aço, blocos de alvena-
ria e caçambas de concreto. O uso seguro das
gruas deve ser respaldado por planejamento
que contemple ciclos de trabalho, velocidade
de içamento e capacidade de carga.
Por suas dimensões e por abrangerem
grandes áreas, elas exigem cuidados es-
peciais para não provocarem acidentes.
Não à toa, merecem um estudo de locação
prévio no canteiro, elaboração do plano de
cargas e infraestrutura específica para sua
montagem. Esse tipo de levantamento é
importante, por exemplo, para definição
do tipo de grua a ser utilizada, da capaci-
dade de carga a ser adotada e do compri-
mento da lança, que deve ser suficiente O Museu Iberê Camargo, em Porto Alegre, demandou rigoroso controle
para que todos os pontos de carga e des- tecnológico e uso de aditivo para garantir um concreto branco e sem manchas
carga estejam sob seu raio de ação.
Há três tipologias mais usuais de gruas­
presentes nos canteiros nacionais: a fixa,
chumbada no solo sobre uma base de con-
creto ou um chassi metálico; a móvel, mon-
tada sobre trilhos; e a ascensional, instalada no
meio do edifício com um mecanismo que lhe
permite subir os andares à medida que os pa-
vimentos são construídos. Nesse caso, a torre
é montada progressivamente acompanhando
a altura do edifício, mas o tamanho final deve
ser estipulado desde a contratação.

Aquisição segura
A escolha de um locador e fabricante ca-
pacitados é fundamental para assegurar que
sejam fornecidos os dispositivos de seguran-
ça previstos na NR-18, como o anemômetro,
limitadores de altura, de fim de curso e de
giro, entre outros. O contrato bem redigido,
o recolhimento da ART (Anotação de Res-
ponsabilidade Técnica) e a elaboração de um Gruas podem ser do tipo ascensional, de torre móvel ou de torre fixa

202 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 202 25/02/2011 17:00:03


Cuidados na locação

A locação de gruas deve ser feita com antecedência de pelo (Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis)
menos três meses. Dependendo da demanda do mercado, pode recomenda que o operador seja da própria locadora. Isso porque,
ser preciso reservar o equipamento com até mais tempo. Os segundo a entidade, é estatisticamente comprovado que essa
contratos devem contemplar, além das cláusulas habituais, composição dá mais segurança à operação.
condições técnicas e de segurança, mencionando as normas

divulgação
aplicáveis e determinando as condições de manutenção,
operação, montagem e desmontagem. A construtora deve exigir
do fornecedor a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica)
do equipamento, da montagem e da operação. É recomendável
incluir a grua no seguro da obra. A escolha de um bom locador
e fabricante é importante para assegurar que sejam fornecidos
os dispositivos de segurança previstos na NR-18.
Junto com o equipamento deve ser fornecido o termo de
entrega técnica do locador e o manual de operação. O contrato
deve, ainda, deixar claro de quem é a responsabilidade pelo
transporte da grua até o canteiro, bem como pela montagem,
desmontagem e operação.
Outro ponto relevante é a manutenção preventiva e corretiva,
que deve ser inserida no contrato de locação. A Alec

Checklist

> Defina os pontos de recebimento de materiais/componentes demais a montagem e sejam obedecidos os prazos definidos
e de estocagem pelo fornecedor
> Defina os pontos de entrega de materiais/componentes nos > Elabore um contrato que defina as responsabilidades de todas
postos de trabalho as partes
> Avalie as interferências com construções vizinhas ou outros > Estabeleça um plano de uso da grua, incluindo procedimentos de
casos de limitação de giro da lança operação, cronograma de utilização, responsabilidades, entre outros;
> Escolha a posição da grua que melhor interligue esses pontos > Treine os responsáveis (ou exija treinamento por parte do
> Consulte projetistas e fornecedores especializados quanto às fornecedor) pela operação, percepção de problemas e cuidados com
demandas estruturais para a implementação da grua a segurança
> Escolha o momento de entrada da grua no canteiro. Esse > Faça manutenção preventiva e corretiva
deve ser o mais próximo possível do momento de seu efetivo > Zele para que os procedimentos adequados sejam seguidos
uso, desde que não atrapalhe outros serviços, não dificulte > Busque ajuda técnica para quaisquer problemas

plano de cargas são requisitos mínimos que em outros sistemas da obra ou em edifícios Politécnica da Universidade de São Paulo)
devem ser seguidos à risca. vizinhos. O estaiamento da torre na estrutura e diretor da Produtime explica que não
Junto com o equipamento, deve ser do prédio é um fator crítico de segurança e adianta comparar os custos de uma grua
fornecido o termo de entrega técnica do merece atenção especial durante a execução. com os da mão de obra ou de um elevador.
locador, estipulando que o equipamento Ao contrário do que acontece nos países “É necessário analisar todos os benefícios
está apto para uso. Além disso, antes da europeus, onde são muito usadas, no Brasil que os equipamentos levam ao canteiro, o
liberação dos trabalhos recomenda-se a as gruas ainda estão restritas a grandes obras. quanto se pode economizar de mão de obra,
realização do teste de carga, respeitando A razão para isso é o elevado investimento de tempo e até de material ao fazer um bom
os parâmetros indicados pelo fabricante. exigido. Além disso, a conta a ser feita para transporte”, comenta. <
O local de montagem também deve ser saber se vale a pena locar ou adquirir uma
estudado no projeto do canteiro, não apenas grua não é simples como muitos costumam Fontes
Guia da Construção 99 (out/2009) “Como Comprar – Gruas”.
para assegurar o abastecimento de todos os pensar. O engenheiro Ubiraci Espinelli Le- Guia da Construção 109 (jul/2010) “Locação sem susto”.
pontos, como também para não interferir mes de Souza, professor da Poli-USP (Escola Construção Mercado 32 (jan/2009) “Carga pesada”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 203

Livro 1.indb 203 25/02/2011 17:00:05


> GRUPO GERADOR

Eletricidade contínua
Grupos geradores garantem abastecimento de energia para
elevadores, bombas hidráulicas, ar-condicionado, iluminação
coletiva, portões automáticos, entre outros

N
fotos: marcelo scandaroli

os últimos anos os geradores se tor-


naram um requisito básico no pro-
jeto de edificações, especialmente nas de
uso comercial e residencial. A explicação
para isso está no receio de interrupção das
atividades dos elevadores e de outros equi-
pamentos importantes para a operação do
edifício, como bombas, portões automá-
ticos e pontos de luz. A utilização cresceu
ainda com o uso de escadas pressurizadas
que, para oferecer segurança, demandam
geradores que assegurem o suprimento
em casos de queda no fornecimento de
energia da concessionária.

Como especificar
As energias do gerador e da concessio-
nária são, em geral, compatíveis com os
equipamentos do edifício. Por isso, não é
necessária mudança da fiação. O gerador
é instalado com cabos de saída de acordo
com a carga específica a ser alimentada.
Quanto maior for a carga, maior tende a
ser a bitola dos cabos.
O grupo gerador é comumente consti- Geradores com potências de 180 a 450 kVA são capazes de abastecer áreas
tuído por alternador, motor e um quadro comuns e o interior dos apartamentos
de comando, que pode ser manual ou au-
tomático. A potência dos equipamentos
para o segmento residencial depende da contrapartida, se a intenção é abranger leva-se de 8 segundos a 15 segundos, de-
carga a ser alimentada. Quanto maior a também o interior dos apartamentos, po- pendendo do tipo de equipamento.
demanda do edifício, maior deve ser a po- dem ser necessários equipamentos com
tência do equipamento, daí a importância potências que variam de 180 a 450 kVA. Requisitos para instalação
de se fazer um pré-dimensionamento para De qualquer forma, o funcionamento Além de espaço físico para a coloca-
a especificação do tipo e modelo. é simples. Quando falta energia no cir- ção do gerador, a instalação deve atender
Em edifícios residenciais, os equipa- cuito que vem da concessionária, uma a legislação da Prefeitura e do Corpo de
mentos são geralmente a diesel e variam chave desliga automaticamente essa fon- Bombeiros, especialmente em relação à
de faixa de potência de 50 kVA a 450 kVA. te e modifica a chave para a posição do emissão de ruídos e de fumaça. Por exigên-
São máquinas grandes, com aproximada- gerador, que passa a alimentar o prédio. cia dos fabricantes, o gerador deve receber
mente 3 x 1 m. Caso a construtora opte Quase todas as chaves de transferência ar exterior e também expelir o ar quente e
por um equipamento que atenda apenas à são automatizadas. Entre a falta de ener- fumaça para um ambiente externo.
iluminação das áreas comuns, um gerador gia da concessionária e a estabilização Em São Paulo, a legislação do Con-
de 55 a 80 kVA pode ser suficiente. Em do regime de funcionamento do gerador tru (Departamento de Controle do Uso

204 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 204 25/02/2011 17:00:05


Geradores no canteiro

A locação de geradores de energia pode


solucionar entraves no abastecimento
da companhia energética ou suprir as
necessidades de uso específico de alguns
equipamentos elétricos no canteiro, como
máquinas de solda, furadeiras etc. Entre
os modelos disponíveis no mercado, é 1
possível encontrar geradores portáteis e
de pequeno porte utilizados para alimentar
o departamento administrativo da obra e
também equipamentos para alimentação
parcial do canteiro, em caso de pane
1 Fluxo normal de energia
elétrica da companhia fornecedora.
O dimensionamento deve considerar,
primeiramente, a potência aparente (volt-
ampère) e a potência ativa (watt) a fim de
2
determinar os valores de tensão, o fluxo de
corrente elétrica e o rendimento requeridos
pelo canteiro. 2 Fluxo de energia
Antes de locar um gerador, o contratante é interrompido.
pode solicitar à locadora um estudo O sensor automático percebe
do equipamento ideal para atender a queda de energia e aciona
sua demanda. Quanto à segurança do 3 o gerador
equipamento, é possível contratar seguro
à parte. Algumas locadoras, inclusive,
oferecem máquinas com rastreadores que
ajudam a coibir o roubo.
É de responsabilidade do locador
dispor da instalação e da equipe técnica
para atendimento e manutenção. Por
se tratar de equipamento alimentado 3 O gerador fornece
por combustível, é prudente checar, energia durante
no recebimento, se não há riscos de todo o período
4
vazamento que possam comprometer o de queda
meio ambiente e a segurança.
Uma recomendação importante é a um checklist com as condições de
inspeção diária do gerador por um trabalho da máquina, prevendo as
eletricista. Outra medida de cautela é horas de trabalho e o rendimento do 4 O fluxo normal de energia
solicitar o código CTF (Certificado Técnico alternador. As máquinas possuem é restabelecido. O sensor
Federal) do locador para verificar se ele regime alternado de uso e de descanso. automático percebe o fluxo
está regulamentado com as questões Por isso, o ideal é que a contratante e transfere a carga elétrica.
ambientais impostas pelo Ibama (Instituto aproveite os intervalos de operação O sensor automático
Brasileiro do Meio Ambiente e dos para realizar manutenção preventiva no desliga o gerador
Recursos Naturais Renováveis). grupo gerador, fundamental para o bom
Os locadores devem oferecer, ainda, funcionamento do equipamento.

de Imóveis) admite ruídos de até 90 dB 60 dB. Em alguns casos, para combater indicado, no entanto, é colocar o gerador
durante o dia e de 55 dB à noite. Para se os ruídos, podem ser usadas proteções no primeiro subsolo, onde é possível trazer
ter uma ideia, os geradores abertos, sem acústicas confeccionadas à base de cortiça o ar externo para dentro da sala e expelir
proteção acústica, geram em média de ou lã de vidro. o ar poluído. <
100 a 115 dB a 1,5 m de distância. Os si- Os geradores instalados ao ar livre de-
Fontes
lenciados geram cerca de 85 dB e os cha- vem ser acompanhados de caixa de prote- Téchne 84 (mar/2004) “Força de emergência”.
mados “supersilenciados” emitem apenas ção às intempéries atmosféricas. O mais Guia da Construção 109 (jul/2010) “Locação sem susto”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 205

Livro 1.indb 205 25/02/2011 17:00:06


Grupo gerador

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Locação elétrica
A Solaris loca geradores com potências
de 50 a 2.500 kVa para aplicações em
qualquer segmento: indústria, construção
e eventos. São geradores com tratamento
acústico (insonorizados), cabinados, com
painéis de sincronismo automático, cabos
e acessórios para distribuição de energia.
Possuem mais de 400 equipamentos,
totalizando 180 MW de potência.
Solaris
0800-702-0010
atendimento@solarisbrasil.com.br
www.solarisbrasil.com.br

Gerador a Diesel
A Cummins apresenta a linha de grupos
geradores diesel de 7 kW a 2.500 kW. Os
equipamentos, que podem ser abertos ou
carenados, operam em caso de emergência
(standby); em horário de ponta, para reduzir
os gastos com energia elétrica ou, ainda,
em energia contínua (prime power), quando
o grupo gerador é a única fonte de energia.
Segundo a Cummins, a configuração e
design de alguns modelos permitem que o
tanque de combustível seja incorporado à
base do equipamento, reduzindo o espaço e
os custos de instalação.
Cummins
falecom@cumminspower.com.br
0800-701-4701
www.cumminspower.com.br

206 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 206 25/02/2011 17:00:09


Grupo gerador > GUINDASTE

linha AGE Evolution


A Serteg é uma empresa especializada
na prestação de serviços – venda
e manutenção – em equipamentos
hidráulicos para içamento e movimentação
de cargas. A linha de guindastes AGE
Evolution, da fabricante Argos, promete
maior capacidade de carga e longo alcance
em um espaço de montagem reduzido. Os
guindastes são veiculares, para montagem
em caminhões, e são vendidos pela Serteg.
Serteg Guindastes (Revenda)
(62) 3286-7711/1039
www.sertegguindastes.com.br

Geradores silenciado e
convencional
Para assegurar o fornecimento
de energia em obras, a Papycom
comercializa diversos tipos de Guindaste
geradores silenciados e convencionais. Os guindastes da Tornomicro têm
Com capacidades variadas, os um dos menores pesos da categoria
equipamentos podem ser utilizados segundo o fabricante. Todos os
para abastecer outros equipamentos ou cilindros são de dupla vedação, com
para alimentar o canteiro e escritórios.
Guindaste modelos de guindastes desde 3,5
Papycom O guindaste modelo LN 15RT BR até 60 t/m.
(11) 4224-1444 da Luna ALG tem capacidade de Tornomicro
www.papycom.com.br www.tornomicro.com.br
carga sob pneus, cada um capaz
(11) 4158-1030
de aguentar 9 t. É equipado com
motor de quatro cilindros (eletrônico
OM904LA) e potência de 130 kW.
Luna ALG
www.lunaalg.com.br
(54) 2992-1800

ABRIL 2011 – anuário pini – 207

Livro 1.indb 207 25/02/2011 17:00:14


> GUINDASTE SOBRE RODAS

Elevação de carga pesada


Especificação deve considerar a capacidade
de carga de trabalho e topografia do terreno;
qualificação do operador também merece atenção

O guindaste sobre rodas é um equipa-


fotos: marcelo scandaroli

mento de içamento vertical destinado


à carga e descarga de materiais pesados
nos canteiros de obras. Há vários modelos
de equipamentos para atender diferentes
capacidades de carga e para trabalhar em
topografias de terreno variadas.
Os guindastes All Terrain, por exem-
plo, são apropriados para todos os ter-
renos e suportam cargas de até 1.200
toneladas. Os modelos Rough Terrain,
por sua vez, são muito aproveitados em
terrenos acidentados e indicados para
uso severo e fora de estradas. Há, ainda,
os Compact Truck, próprios para opera-
ção em locais com pouco espaço de loco-
moção, entre outros equipamentos.
Para não errar na especificação, um
cuidado básico é verificar o indicador
tonelada/metro do guindaste. “É im-
portante utilizar um gráfico que indi-
que a carga para cada comprimento de
abertura da lança e para cada ângulo da
lança em relação à horizontal”, explica
o professor Ubiraci Espinelli de Souza,
do departamento de engenharia civil da
Universidade de São Paulo e diretor da
Produtime. Segundo Souza, por meio
desse balanço é possível determinar ca-
racterísticas como a tabela de carga (que
indica alcance, raio e altura da lança), a
capacidade de carga, o contrapeso, além
de outros aspectos que podem definir a
adequação do equipamento ao serviço.
As funções do guindaste sobre rodas
podem ser desempenhadas por outros
equipamentos de movimentação de
materiais pesados na construção civil,
como o elevador de carga, os guindastes
fixos (como a grua e a minigrua) e os
móveis (como o guindaste sobre estei- Guindastes sobre rodas se diferenciam pelo fato de levantar cargas a altura razoável com a flexibilidade
ra). Porém, o guindaste sobre rodas se de equipamentos que se deslocam horizontalmente

208 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 208 25/02/2011 17:00:15


Principais modelos de guindastes

Guindaste AT (all terrain): apropriado hidráulico. Tem capacidade máxima entre


para todos os terrenos. Suporta cargas 25 e 35 toneladas por metro
leves e pesadas que podem chegar a RT (rough terrain): frequentemente usado
1.200 toneladas em terrenos acidentados. É indicado para
Guindauto: caracteriza-se pela uso severo e fora de estradas
versatilidade no formato e por atingir CT (compact truck): modelo compacto que
proporções de capacidade que variam carrega cargas médias e atua em locais com
de três a 20 toneladas por metro pouco espaço de locomoção
Guindaste sobre caminhão: Guindastes para movimentações em áreas
equipamento veicular caracterizado industriais: máquinas com capacidade de
por um caminhão comercial equipado carga entre cinco e 60 toneladas e que podem
com a parte superior de um guindaste se movimentar com o material transportado

Checklist Normas técnicas


> NR 18 – Condições e Meio
> Na hora de alugar ou comprar, verifique se o fornecedor oferece garantia e seguros que Ambiente de Trabalho na Indústria
previnam posteriores prejuízos em relação ao equipamento da Construção
> Calcule a carga conforme o comprimento e ângulo de abertura da lança > NBR 10852:1989 – Guindaste de
> Calcule o comprimento x carga máxima da extremidade da lança para planejar o Rodas com Pneus – Terminologia
transporte vertical
> O transporte e a execução do material devem seguir os parâmetros estabelecidos na
NBR 10852 dade sobre os insumos utilizados pelo
> Contrate equipes com profissionais treinados e que tenham domínio do processo de equipamento (óleo, combustível etc.) e
operação dos equipamentos como será feita a avaliação de desgaste
> Consulte a NR18, que determina procedimentos de segurança de trabalho dos do equipamento após o uso. Esse último
funcionários ponto, aliás, é um frequente causador de
conflitos na contratação.

diferencia pelo fato de levantar cargas a Os fornecedores podem ser encon- operação
uma altura razoável com a flexibilidade trados em todo o Brasil. Mas quando se O transporte da máquina até o can-
dos equipamentos que se deslocam ho- trata de guindastes especiais, a oferta teiro deve se adequar à legislação espe-
rizontalmente. é menos capilarizada e as quantidades cífica, estabelecida na NBR 10852, e às
estão disponíveis preferencialmente nas precauções adequadas para garantir a
Comprar ou alugar? regiões Sudeste e Sul. fixação do equipamento normalmente
Para embasar a decisão entre locar ou transportado em carretas.
comprar, deve-se calcular o custo mensal Seguro e garantias A execução dos serviços deve ser
e inicial do equipamento, as despesas Para qualquer modalidade de con- feita por operadores de guindastes com
com manutenção e o tempo de utiliza- trato, é fundamental que o fornecedor treinamento. Esse cuidado é funda-
ção. Com base na análise desses fatores, ou locador ofereça subsídios para a se- mental, visto que muitos acidentes em
pode-se fazer o comparativo para o uso gurança do construtor, como garantias, canteiros ocorrem por má operação dos
previsto do equipamento. seguro e manuais que orientem o uso equipamentos. Outro fator relevante é a
Entretanto, a locação é a escolha adequado do equipamento. Em geral, fiscalização dos trabalhos pelo constru-
mais comum, mediante os benefícios os contratos definem que o prazo de lo- tor de modo a precaver possíveis aciden-
oferecidos, como serviços de manuten- cação pode ser prorrogado por tempo tes e ações que fujam dos regulamentos
ção e suporte ao usuário. De forma geral, indeterminado por iguais períodos, ou previstos na norma NR-18. <
comprar vale a pena apenas quando o até fracionado em dias. Mas é neces-
tempo de utilização é longo, a aplicação sário sempre avisar com o máximo de Fontes
Guia da Construção 104 (mar/2010) “Guindastes sobre
é frequente e há indisponibilidade no antecedência. É igualmente importan- rodas”.
mercado locador. te definir em contrato a responsabili- Guia da Construção 109 (jul/2010) “Locação sem susto”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 209

Livro 1.indb 209 25/02/2011 17:00:18


IMPERMEABILIZAÇÃO
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Impermeabilizantes Betumat
A Betumat (Grupo Brasquímica) fabrica
impermeabilizantes de base asfáltica ou
cimentícia, complementadas por grouts
e aditivos promotores de aderência. Sua
linha de produtos possui mantas asfálticas
estruturadas com não tecido de poliéster,
polietileno, fibra de vidro e acabamento
em alumínio, ardósia ou geotêxtil, além
de argamassas poliméricas, resinas
termoplásticas e polímeros
super plastificados.
Betumat
(71) 3118-2000/(81) 3521-5676/(11) 4425-0360
www.betumat.com.br

Manta vulcanizada
A manta ultraflexível vulcanizada a frio
Hidrofugante à base de água Barra Água substitui a manta asfáltica
O hidrofugante Repeleacqua da Flaiban com maior rendimento por metro
é concentrado à base de água, o que quadrado, conforme assegura a fabricante
aumenta a hidrorrepelência, permitindo Grupo D´Água. Pronto para usar sem a
que os vapores naturais da massa raspada necessidade de mão de obra especializada,
e do emboço ou reboco transpirem o impermeabilizante é ideal para aplicação
naturalmente evitando o desprendimento em piscinas, lajes, paredes, telhados,
do revestimento. Reduz a absorção de reservatórios, baldrames, madeira e trincas.
água, preservando a aparência original das Grupo D´Água
(11) 4208-7070
superfícies, diminuindo a impregnação de
vendas@grupodagua.com.br
sujeira e a proliferação de fungos. www.grupodagua.com.br
Flaiban
(11) 3768-4683
www.flaibanservicos.com.br

210 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 210 25/02/2011 17:00:22


IMPERMEABILIZAÇÃO > IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL

Barreira de concreto Impermeabilizante sintético


A Lwart é distribuidora para todo o Brasil A Bianco, da Vedacit, é uma resina
dos produtos impermeabilizantes para sintética que visa proporcionar aderência
concreto com tecnologia de cristalização das argamassas a diversos substratos.
interna hidrofílica. De acordo com a Além disso, segundo a fabricante,
empresa, esses produtos são utilizados aumenta a impermeabilidade e evita
há mais de 30 anos em obras de usinas retração dos materiais, podendo ser
hidrelétricas, metrôs, estações de aplicado em áreas internas e externas
tratamento de água e esgoto, reservatórios sujeitas à umidade. É fornecida em baldes
e subsolos. Convertem o concreto em de 18 kg, galões de 3,6 kg, potes de 1 kg
barreira impermeável permanente por meio ou tambores de 200 kg.
de reação química com as partículas de Vedacit
(11) 2902-5555
cimento não hidratadas. www.vedacit.com.br
Lwart
(14) 3269-5060
www.lwartquimica.com.br

Manta líquida MSET Proteção invisível


Fabricada pela Bautech e comercializada O Sikalastic 490 T proporciona proteção a
pelo Depósito Zona Sul, a manta líquida pisos sem alteração da aparência, segundo
MSET atua como prevenção de vazamentos o fabricante. Trata-se de uma camada
em lajes. À base de resinas sintéticas, o de poliuretano que forma uma película
produto cria uma membrana elástica e protetora elástica que, sem emendas,
flexível e é indicado para uso em áreas protege, restaura e impermeabiliza
internas e externas. De fácil aplicação varandas, terraços e espaços abertos. A
e rápida secagem, o impermeabilizante película é resistente aos raios UV e, de
está disponível em quatro cores: branco, acordo com a empresa fornecedora, não
vermelho, concreto e verde. amarela nem trinca. Adere a diversos tipos
Depósito Zona Sul de piso e é de fácil aplicação.
(11) 5545-1900 Sika
www.dzs.com.br (11) 3687-4600
consumidor.atendimento@br.sika.com
www.sika.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 211

Livro 1.indb 211 25/02/2011 17:00:26


IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL > IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA
FOTO CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Impermeabilizante Veda-Fácil
O Veda-Fácil é um revestimento
impermeabilizante, semi-flexível e flexível,
à base de cimentos especiais, aditivos
minerais e resina acrílica de características
impermeabilizantes. Segundo o fabricante,
tem ótima aderência e resistência mecânica.
É indicado para o uso nos pisos em contato
com o solo, umidade em rodapés, infiltração
do lençol freático, áreas frias, subsolos,
poços de elevadores, caixas-d’água, piscinas,
cortinas baldrames, muros de arrimo e
floreiras. O produto não altera a potabilidade
da água, por ser atóxico e inodoro.
Maxton do Brasil
vendas@maxtonbrasil.com.br
www.maxtonbrasil.com.br/construcaocivil/
vedafacil.htm

212 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 212 25/02/2011 17:00:31


IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL > IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA

ABRIL 2011 – anuário pini – 213

Livro 1.indb 213 25/02/2011 17:00:33


> IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA

Estanqueidade máxima
Desenvolvimento do projeto de impermeabilização deve prever
compatibilização com os demais para evitar improvisos e desperdício

O s sistemas impermeabilizantes rígidos


divulgação: Otto Baumgart/Vedacit

se diferenciam dos flexíveis pela com-


posição, forma de aplicação e, principal-
mente, recomendações de uso. Esse tipo
de impermeabilização é um dos processos
mais econômicos, tanto em relação ao
preço dos produtos quanto ao custo de
mão de obra aplicadora, e é recomendado
para estruturas que não sofrem deforma-
ções e que ficam em contato com o solo.
Por isso, de forma geral, são aproveitados
para cortinas, poços de elevadores e áreas
enterradas, como piscinas, baldrames,
fundações, subsolos e reservatório infe-
rior de água. Outra aplicação rotineira é
em cozinhas, lavabos, banheiros e áreas
de serviço, por serem ambientes não  ex-
postos à insolação.
O mercado disponibiliza uma varie-
dade cada vez maior de produtos imper-
meabilizadores. Entre os mais utilizados
estão as argamassas modificadas com po-
límeros acrílicos e as argamassas aditiva-
das com substâncias cristalizantes, que Impermeabilizantes rígidos não trabalham junto com a estrutura, por isso, são
reagem com o cimento formando cris- indicados apenas para uso em partes não sujeitas à fissuração
tais de silicatos que fecham os poros do
concreto. Há ainda as membranas epóxi
modificadas com adições. Normas técnicas
Cuidados durante a execução > NBR 9574:2008 – Execução de Impermeabilização
Ainda que a impermeabilização seja > NBR 9575:2010 – Impermeabilização: seleção e projeto
normalmente fácil de aplicar, é importan- > NBR 11905:1992 – Sistema de Impermeabilização Composto por Cimento
te que seu projeto seja desenvolvido em Impermeabilizante e Polímeros
compatibilização com os demais, sobre- > NBR 6118: 2007 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimentos
tudo para evitar improvisações e desper-
dícios durante a obra. Cabe ao projetista,
por exemplo, avaliar as condições da área mas rígidos têm início ainda no substrato, precisa ser bem distribuída e o diâmetro
a ser tratada, especificar a solução mais que deve estar totalmente limpo e isento máximo do agregado deve ser de 3 mm.
adequada a cada caso e definir o consumo de óleo e graxas. Outro ponto importante Em geral, utiliza-se o traço 1:2 ou 1:3 de
apropriado dos produtos. para o sucesso do tratamento é o emboço. cimento-areia. Além disso, cimentos de
Uma série de fatores pode influenciar Quanto melhor executada for essa cama- pega normal devem ser aplicados somente
o desempenho da impermeabilização, da, melhor tende a ser o resultado. em locais sem infiltração. Em caso de infil-
como a aderência do produto à superfície. O traço da argamassa é outro pon- tração, a preferência deve ser por cimentos
Por isso, os cuidados aplicáveis aos siste- to que merece atenção. A granulometria de pega rápida.

214 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 214 25/02/2011 17:00:34


Conheça os principais sistemas de impermeabilização rígida

marcelo scandaroli
divulgação: Otto Baumgart/Vedacit

Argamassas poliméricas Aditivos para impermeabilização


Compostas por cimento, agregados minerais, polímeros São aditivos hidrofugantes e plastificantes que têm a função
acrílicos e aditivos. São encontradas no mercado na versão de impermeabilizar concretos e argamassas por hidrofugação.
bicomponente (pó + líquido). Geralmente compostos por sais inorgânicos, costumam ser
Indicação: impermeabilização de reservatórios, tanques, oferecidos na forma líquida e devem ser adicionados ao concreto ou
piscinas, subsolos e cortinas, paredes internas e externas, utilizados para preparar argamassa impermeável de revestimento.
pisos frios, poços de elevadores etc. Também são indicadas Indicação: para reboco e revestimentos impermeáveis, caixas-d’água,
como camada-base impermeável nos sistemas de pintura piscinas, subsolos, pisos em contato com solo, muros de arrimo,
de paredes externas. soleiras etc.
divulgação: Otto Baumgart/Vedacit

marcelo scandaroli

Cimentos cristalizantes
Compostos químicos que reúnem cimentos, aditivos minerais e
Aceleradores impermeabilizantes emulsão de polímeros. São aplicados diretamente sobre a estrutura
Normalmente compostos por silicatos e sais inorgânicos, e penetram na porosidade da estrutura por efeito de osmose,
abreviam o tempo de endurecimento do cimento, permitindo cristalizando-se em contato com a água de infiltração. Exige
o tamponamento instantâneo de vazamentos e infiltrações. aplicação ágil.
Indicação: para estancar água sob pressão, fazer Indicação: impermeabilização de áreas sujeitas à umidade
concretagem onde há água, chumbamentos urgentes e de terra, água de percolação e/ou pressão hidrostática e para
revestimentos de superfícies úmidas. estanqueamentos em presença de água corrente.

Qualidade assegurada lâmina de 10 a 15 cm. Nos dois casos, falta de cobertura. A verificação do con-
Para certificar a impermeabilidade porém, deve-se manter a água por, no sumo de material também pode servir
do sistema aplicado, a NBR 9574 – Exe- mínimo, 72 horas. de parâmetro para controlar a qualidade
cução de Impermeabilização determina Adicionalmente, há outros proce- do serviço realizado. <
a realização de teste de estanqueidade. dimentos que podem auxiliar a avalia- Fontes
Em piscinas, tanques e reservatórios, o ção da impermeabilização. Um deles é Construção Mercado 110 (set/2010), “Estanqueidade à prova”;
Guia da Construção (jul/2010), “Impermeabilização”;
ensaio é feito enchendo-os totalmente a apreciação visual para atestar o surgi- Equipe de Obra 17 (mai-jun/2008) “Para evitar infiltração”;
com água. Já em outras áreas basta uma mento de fissuras, manchas, excessos ou Téchne 115 (out/2006), “Rígida e estanque”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 215

Livro 1.indb 215 25/02/2011 17:00:39


Impermeabilização rígida > Instalação ELÉTRICA

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Estruturas para iluminação
A Scac Soluções em Estruturas e
Engenharia fabrica e monta postes, torres
e estruturas para iluminação e distribuição
de energia, com alturas variáveis, em peças
monolíticas ou composições flangeadas.
Segundo o fabricante, o concreto
centrifugado utilizado nas peças confere
homogeneidade e alta durabilidade aos
produtos, tornando-os adequados também
a ambientes agressivos como litorais e
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Controle total Segurança integrada FIOS E CABOS


Acessório do sistema de automação A função do VitaWatt é proporcionar A Sil obtém seus fios e cabos para
residencial MyWay, da Domótica, o segurança a instalações elétricas por meio instalações elétricas com tensões de até
interruptor eletrônico tem LEDs indicadores de proteção contra sobrecargas e curtos- 1 kV por meio da transformação do
de acionamento e botões em alto-relevo. circuitos. Tem oito saídas para circuitos cobre de alto grau de pureza e do cloreto
Permite ajuste das intensidades luminosas, parciais e destina-se a habitações de de polivinila (PVC). Todos os produtos
posição de persianas e acionamento de pequeno e médio porte, com cerca de 60 isolados são submetidos a um teste
dispositivos. A instalação utiliza dutos m², ou a comércios e flats. Tem cinco anos contínuo de alta tensão (5.000 V a
convencionais de instalações elétricas e de garantia e integra disjuntor de entrada, 17.500 V), com o intuito de assegurar
é fornecida nas dimensões padrões de do dispositivo DR, das saídas de circuito e uma isolação isenta de falhas, ainda que
caixas, nos formatos 2 x 4 e 4 x 4, com do quadro num único equipamento. invisíveis a olho nu.
até seis circuitos. Schneider Electric Brasil Sil
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216 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 216 25/02/2011 17:00:44


Instalação de gás

Instalações de GLP/GN Sistema de gás Condução de gás Nicoll


A Sandregás executa instalação e Conforme afirma a Casa Tognini, seu A Linha Multicapa Gás Nicoll, indicada para
manutenção de gás liquefeito de petróleo sistema Maygas tem tempo de instalação condução de gás em instalações prediais,
(GLP) e gás natural (GN), além de realizar reduzido, custo baixo, montagem facilitada é produzida por meio de um sistema de
projetos personalizados de rede de e propicia longa vida útil ao sistema de extrusão de capas de polietileno com
distribuição, centrais e armazenamento de gás. O sistema permite cortar, expandir, reforço em alumínio com solda a topo de
gás para o comércio, indústria leve e pesada, fusionar, curvar, reparar e acoplar outros tecnologia TIG (Tungsten Inert Gas). De
condomínios, residências, entre outros. sistemas. A empresa destaca como acordo com a empresa, a linha tem alta
Também instala reguladores, medidores diferenciais a maleabilidade, a gama de durabilidade e é resistente à corrosão.
convencionais e remotos e tubulações em conexões propostas pelo sistema e a Nicoll Tubos e Conexões
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ABRIL 2011 – anuário pini – 217

Livro 1.indb 217 25/02/2011 17:00:46


> INTERRUPTOR E TOMADA ELÉTRICA

Diferença visível
Com certificação compulsória, fabricantes de
interruptores e tomadas apelam para design diferenciado
e tecnologia para alcançar diferenciação no mercado

C om a qualidade dos produtos ni-


Divulgação: Fame

velada – ao menos em tese – pela


certificação compulsória estabelecida
pelo Inmetro (Instituto Nacional de Me-
trologia, Normalização e Qualidade In-
dustrial), a saída encontrada por alguns
fabricantes de interruptores e tomadas
para se destacar perante a concorrência
tem sido o arrojo no design e a incorpo-
ração de tecnologia.
Assim, novas tecnologias de automa-
ção residencial e de inteligência de am-
bientes elevaram interruptores e toma-
das a um nível de sofisticação inédito. De
chaves de potência, eles se transforma-
ram em controladores eletrônicos pro- Norma reduziu os 12 tipos de plugues e 14 tipos de tomadas para apenas dois
gramáveis que enviam comandos para modelos: bipolar e bipolar com aterramento
os módulos de controle que gerenciam o
funcionamento das lâmpadas e dos ele-
troeletrônicos residenciais. Com os plugues e tomadas, a mudança duto certificado pode não funcionar nas
São exemplos de inovação, por exem- mais recente aconteceu com a entrada em mãos do eletricista não habilitado.
plo, os equipamentos que funcionam por vigor da nova padronização estabelecida O comprador deve, ainda, certificar-
sinais de radiofrequência e os que utilizam pela ABNT (Associação Brasileira de Nor- -se de que os componentes das instala-
a rede elétrica para transmitir sinais de co- mas Técnicas). A nova regulamentação ções elétricas estão de acordo com as nor-
mando para o acionamento de lâmpadas. para uso doméstico reduziu os 12 tipos de mas técnicas. No caso de interruptores,
Novos interruptores dotados de tecnolo- plugues e 14 tipos de tomadas até então há duas principais: a NM 60669-1:2004
gias sem fio tornaram-se cada vez mais existentes para apenas dois modelos bási- – Interruptores para Instalações Elétri-
acessíveis, permitindo o ajuste de brilho, cos: o bipolar e o bipolar com aterramento cas Fixas Domésticas e Análogas e a NBR
criação de cenas, memorização do último de 10 A e 20 A. Com isso espera-se atender IEC 60669-2:2005 – Interruptores para
estado em caso de falta de energia e o con- à maior parte dos eletroeletrônicos e ga- Instalações Elétricas Fixas Residenciais
trole e monitoramento das funções pela rantir segurança ao usuário. e Similares. Já os plugues e as tomadas
internet, a partir de hardware e software de uso doméstico devem atender às NBR
apropriados. Outra novidade é a possibi- Compra segura NM 60884 –1:2004 – Plugues e Tomadas
lidade do uso da caixa do interruptor para A utilização de interruptores e toma- para Uso Doméstico e Análogo e NBR
outras finalidades como acionar equipa- das elétricas pelas construtoras tende a ser 14136:2002 – Plugues e Tomadas para
mentos, ver vídeos ou fechar as cortinas. mais segura e econômica quando a com- Uso Doméstico e Análogo até 20 A/250 V
Esse tipo de tecnologia tornou real a cus- pra dos equipamentos é acompanhada por c.a – Padronização. <
tomização dos dispositivos conforme as projeto de elétrica e por equipe de instala-
Fontes
necessidades especiais dos moradores, ção competente. A contratação de eletri- Construção Mercado 59 (jun/2006), “Toque seguro”.
abrindo um leque de recursos impor- cista habilitado, com condições técnicas AU – Arquitetura & Urbanismo 174 (set/2008), “O poder da
eletricidade”.
tantes para o bem-estar de portadores de para realizar o projeto adequadamente, é Equipe de Obra 14 (dez/2007), “Novo padrão de plugues e
deficiên­cia e de idosos. fundamental, sobretudo porque um pro- tomadas”.

218 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 218 25/02/2011 17:00:48


Linha do tempo – interruptores e tomadas

Divulgação: Bitcino
Divulgação: Bitcino

Divulgação: Pial
1975-1980
A evolução do plástico torna o material
mais compacto e permite substituir
Divulgação: Bitcino

os termofixos. O sistema de comando


continua sendo por cavaletes, mas
algumas empresas adotaram um sistema
1970 de balancim. Começam a aparecer os
O material predominante era interruptores modulares e a fixação do
baquelite ou outro plástico cabo passa a ser feita com bornes no lugar
termofixo, como o fenol de plaquetas. Materiais como alumínio
formaldeído. O sistema anodizado e plásticos são utilizados na
1940-1960 de comando passa a usar fabricação das placas. A tecla do comando
Material de porcelana e termofixo, cavaletes, com redução do é separada com objetivo de ser item
robusto e monobloco, com sistema ruído de comando e surgimento de decoração. Nessa época, aparecem
de comando por alavanca ou botão das teclas com material alguns itens eletrônicos, como dimmer
rotativo. Internamente, o contato era fosforescente. Nas tomadas, e minuteria. No Brasil é adotada uma
comandado por roletes. O espelho surge a configuração universal, configuração universal que aceita dois
era feito de vidro. com pino chato e cilíndrico. pinos chatos ou dois pinos redondos.
Fotos: Divulgação Bitcino
Divulgação: Pial

1990 A partir de 2000


Forte mudança dos produtos para Grande variedade de opções de acabamento e de design das peças acompanha a
linhas modulares e mais estilos de introdução de novas funções eletrônicas desenvolvidas pela automação, inclusive
design e cores. São desenvolvidos telas de LCD e acionamento touchscreen. Surgem os comandos por radiofrequência,
novos itens eletrônicos, como o sensor a distância. Pela NBR 14.136, as tomadas passarão a ter três pinos redondos e
de presença. Início da padronização desalinhados, incluindo o destinado a aterramento. A segurança do usuário contra
brasileira, que foi finalizada em 1998 choques elétricos é garantida devido à impossibilidade do contato direto com os pinos,
com adoção da IEC 60.906. a inserção parcial dos plugues e a existência do pino de terra.

ABRIL 2011 – anuário pini – 219

Livro 1.indb 219 25/02/2011 17:00:56


220 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 220 25/02/2011 17:00:57


interruptor e tomada elétrica > ISOLAMENTO TÉRMICO
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Sprays de poliuretano e
poliureia
O spray de poliuretano da Isar é um
isolante térmico que, ao ser aplicado, cria
Linha Brava! uma camada de 20 mm com densidade de
A Linha Brava! de interruptores da Iriel, Linha modular 40 kg/m³. A camada é resistente a chama
empresa da Siemens, combina linhas retas A Reale Lumino, nova linha modular da e tem boa resistência a diversos solventes
e curvas em um material com alto brilho, Enerbras, é produzida em policarbonato e reagentes. Já o spray de poliureia é
o que evita a retenção de poeira. Para autoextinguível, com acabamento polido, usado como impermeabilizante e cria
evitar o amarelamento, as peças recebem o que confere alto brilho. A linha é uma camada elástica com alta resistência
a aplicação de um agente antirraios modular, o que permite flexibilidade nas mecânica e química. O produto adere a
ultravioleta. A linha também conta com instalações, além de ser de fácil instalação substratos como metais e concreto. Ambos
uma tomada para controle de ventilador por conta de seu sistema de encaixe são vendidos pela Isar, fornecedora de
que alterna, de acordo com a empresa, rápido das placas e módulos. isolantes térmicos e acústicos.
Enerbras Materiais Elétricos Ltda.
os sistemas de ventilação e exaustão com Isar
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ABRIL 2011 – anuário pini – 221

Livro 1.indb 221 25/02/2011 17:01:01


ISOLAMENTO TÉRMICO > JUNTA DE DILATAÇÃO
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Lã de PET Isolamento e proteção Fixação artesanal


A Isosoft é um revestimento térmico e Antes disponível apenas via importação, a Sistema de fixação artesanal oferecido
acústico desenvolvido com lã de PET BuildSpuma (poliestireno extrudado XPS), pela N. Didini, a junta alçada vem sendo
100% reciclada. Substitui as antigas lãs de já é produzida no Brasil pela Spumapac. O bastante utilizada na cobertura de órgãos
vidro e de rocha por um produto, segundo produto, que é utilizado para isolamento públicos e indústrias, informa o fabricante.
a empresa fabricante, menos danoso à térmico e proteção mecânica, se caracteriza O sistema conta com telhas de 52 cm de
natureza. Pode ser aplicado em coberturas pela baixa absorção de água, alta largura útil, colocadas entre barrotes de
metálicas, paredes de drywall, steelframe resistência mecânica e estabilidade térmica. madeira. O fechamento é feito por uma
e pisos em geral. A linha Isodecor permite A BuildSpuma pode ser aplicada em lajes, chaveta confeccionada no mesmo material
que as placas de lã de PET recebam pisos e paredes. da telha, que pode ser desde zinco-titânio
imagens, estampas e cores para decoração Spumapac e cobre, até aço zincado com revestimento
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do ambiente. www.buildspuma.com.br tipo B e alumínio.
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Placa isolante Selante para obras de arte


A LP TechShield é uma placa OSB com uma O selante Jeene é um sistema composto
face revestida por uma lâmina de alumínio, por perfis elastoméricos pré-formados,
que absorve parte do calor proveniente adesivo epoxídico e um processo de
dos raios solares. Segundo o fabricante, pressurização que obriga o perfil a dilatar-
97% da radiação solar são refletidos e até se contra as paredes da junta. Segundo
10% da temperatura pode ser diminuída. informa a empresa, o desenvolvimento de
Disponível nas dimensões 1,20 m x 2,40 pesquisas na área permitiu o lançamento
m e 11,1 mm de espessura, com garantia do selante Série CP, que tem diversas
estrutural e anticupim. aplicações na construção civil e é
LP Brasil especialmente indicado para obras de arte.
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normas ABNT NBR 12624 e ASTM D2000.
Jeene Juntas e Impermeabilizações Ltda.
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222 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 222 25/02/2011 17:01:05


JUNTA DE DILATAÇÃO

ABRIL 2011 – anuário pini – 223

Livro 1.indb 223 25/02/2011 17:01:06


> JUNTA DE DILATAÇÃO

Conforto e estanqueidade
Especificação deve considerar estanqueidade à água e conforto à passagem de veículos

E m obras de arte, juntas de dilatação perior de temperatura, e a previsão da

Divulgação CCR AutoBan


têm função adicional à promoção máxima de movimentação durante a
da vedação contra a passagem de águas contração e o alongamento. Entretanto,
pluviais; são também elementos acessó- pondera ele, o que geralmente ocorre é
rios que servem para dar continuidade a consulta aos catálogos dos fabrican-
e permitir a livre movimentação sobre o tes, onde constam os tipos e modelos de
tabuleiro de pontes, por exemplo. Além juntas por eles fornecidos, com as res-
disso, garantem aos veículos suavidade de pectivas indicações de movimentação e
rodagem ao passar pela região das fendas demais características. “Uma conversa
de dilatação. entre o projetista e o fabricante pode se
Para o engenheiro Carlos Henrique Si- mostrar benéfica à indicação da junta,
queira, consultor da Concessionária da Pon- servindo como fator complementar à
te Rio-Niterói S/A, é interessante observar tomada de decisão pelo tipo e modelo
as diferenças de terminologia entre juntas mais apropriados à situação, mas ja-
e fendas de dilatação. Segundo explica, fen- mais deve ser encarada como o único Na compra de juntas, é imprescindível avaliar
das são partes intrínsecas da superestrutura caminho esclarecedor do que realmente prazo de garantia, especificação do material,
executadas propositadamente para permitir venha a ser a melhor solução”, acredita procedimento e custo de instalação
movimentações permanentes decorrentes o consultor.
de variações climáticas e de deformações Para efeito de comparação entre os
imediatas, como fluência e retração. produtos, é preciso que o comprador das concreto diante da passagem de cargas
Siqueira explica que o que determina juntas observe atentamente o desempe- móveis; a aderência da junta às superfí-
o uso de juntas de dilatação em pontes ou nho do material frente à passagem de cies laterais da fenda; a performance da
viadutos é a concepção estrutural. Obras, águas pluviais; o comportamento em região entre o berço de aproximação e a
cujas superestruturas são formadas por vi- serviço do berço de aproximação em fenda; e o nivelamento da junta com o
gas biapoiadas, costumam ter fendas sobre
cada eixo e, em alguns casos, duas fendas. Já
superestruturas constituídas por vigas con-
tínuas apenas apresentam fendas no início
Checklist
e no fim do trecho contínuo, dispensando, > Para especificação das juntas o projetista deve levar em consideração o gradiente
portanto, fendas sobre cada eixo. térmico inerente à estrutura da obra de arte. Dessa maneira é possível determinar as
Por isso, para a correta especificação medidas de movimentação da estrutura
desses materiais, é preciso que o projetista > Ao solicitar orçamentos aos fornecedores é preciso informar tais dados, sobretudo
leve em conta o gradiente térmico que in- a abertura média da fenda de dilatação, bem como as dimensões máximas e mínimas
cide sobre a obra. Dessa forma é possível resultantes da movimentação
determinar os valores de alongamento > É recomendável que o projetista entre em contato com o fabricante para troca de informações
e encurtamento do tabuleiro e realizar referentes ao desempenho e às características tanto do produto quanto da estrutura;
estimativas de cálculo estrutural para as > Mais ainda do que o preço, é preciso levar em conta os fatores de desempenho dos
movimentações decorrentes da fluência, produtos a serem comparados
retração e deformação lenta. > Exija dos fabricantes que forneçam orçamentos acompanhados do prazo de garantia
da junta. Além disso, faça constar do contrato cláusula que responsabilize o fornecedor
COTAÇÕES DE PREÇOS E FORNECEDORES por eventuais problemas, o que inclui a substituição dos produtos defeituosos e o
Ao solicitar orçamentos aos forne- estabelecimento de novo prazo de garantia
cedores, Siqueira recomenda informar > Após a instalação, é necessário proceder com vistorias periódicas, especialmente após
a abertura média da fenda de dilatação, períodos de chuva, a fim de observar o comportamento da vedação
considerando o patamar inferior e su-

224 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 224 25/02/2011 17:01:08


ENTREVISTA > Carlos Henrique Siqueira

Desempenho e responsabilidade
Qual a diferença entre as juntas para interferência decisória de qualquer

acervo pessoal
obras de arte e aquelas utilizadas fabricante. O problema, pelo menos no
em edificações? Brasil, é que há o vício da indicação de
Comparativamente às juntas de pontes juntas que, corriqueiramente, têm vida
e viadutos, as juntas de edificações são útil abreviada. Isso significa dizer que a
A empresa que executa a
quase sempre menores e, normalmente, maioria dos projetistas não tem noção do obra jamais deve assumir
estão presentes em fendas em interiores desempenho do material por ele sugerido. o papel de instaladora
prediais apenas para acompanhar as Assim, é comum observar a substituição Carlos Henrique Siqueira
movimentações estruturais decorrentes de juntas de dilatação que apresentaram engenheiro civil com especialização em
patologia das estruturas, consultor da
da alteração da temperatura. Não há, defeitos após pouco tempo de utilização pela Concessionária da Ponte Rio-Niterói S/A,
logicamente, neste caso, qualquer mesma junta! Isto é o que se pode chamar professor do Programa de Pós-Graduação do
Instituto IDD, de Curitiba
preocupação com qualidade de rodagem de errar duplamente.
e, tampouco, com passagem de água. prudente lembrar que a garantia da junta de
Todavia, a preocupação com o acabamento De que maneira os fornecedores podem dilatação é sobre todo o processo, o que
da instalação requer esmero especial, ser envolvidos na execução para inclui fabricação, controle da qualidade,
de forma a promover um aspecto visual evitar problemas? preparação das superfícies laterais da
agradável ao conjunto piso/fenda/junta. É de praxe que o fornecedor também instale fenda, confecção do berço de aproximação,
sua junta ou uma empresa o represente. Em execução da camada entre o berço e a
Qual o papel do projetista na qualquer dos casos, a responsabilidade é fenda, aplicação de adesivo e inserção
especificação de juntas para obras do fabricante tanto pelo produto quanto por do material de vedação. O fabricante da
de arte? sua aplicação. A empresa que executa a obra junta é o único responsável por todo esse
É de total responsabilidade do projetista jamais deve assumir o papel de instaladora, procedimento, cabendo a ele assegurar
a indicação do tipo e modelo da junta visto que eventuais problemas futuros com o bom desempenho em serviço dessas
de dilatação, sem que haja a mínima as juntas podem ser a ela atribuídos. É etapas por todo o tempo de garantia.

pavimento como garantia da qualidade juntas, o mínimo requerido é que aten- o escoamento de águas pluviais é cons-
de rodagem. da às premissas normativas, incluindo tatado por marcas nas travessas e pilares.
A fim de facilitar a análise dos orçamen- todos os ensaios de controle da quali- “Descolamento do material vedante das
tos solicitados e, assim, optar pela solução dade, segundo as quais, durante o prazo superfícies laterais das fendas, resseca-
mais adequada em termos de custos e de- de garantia, ela se comporte de forma mento do produto com formação de
sempenho, é fundamental que no orçamen- estanque e confira suavidade à passagem fissuras, rasgamento do material, entre
to conste o prazo de garantia da junta, além de veículos. outras anomalias, podem ser observados
de todo o processo de instalação. “Impres- Deve ser exigido que o fabricante indi- em inspeções corriqueiras”, orienta. Já a
cindível, para efeito de controle da qualida- que os respectivos prazos de garantia e, na qualidade de rodagem pode ser compro-
de, é a informação de qual especificação o especificação, deve constar que qualquer vada imediatamente após a conclusão
material atende e as etapas que compõem o ônus decorrente de reparos ou substituição da junta, com a passagem de veículo em
procedimento de instalação em uma orde- das juntas durante o período de garantia é velocidades diversas.
nação sequencial”, salienta Siqueira. de única responsabilidade do fornecedor
Segundo ele, o preço final deve con- e que, uma vez que esses serviços sejam NORMAS
templar os valores individuais do ma- realizados nesse prazo, a garantia passa a ABNT NBR 12624/04 – Perfil de Elas-
terial da junta e o custo da instalação ter novo início, contado a partir do fim da tômero para Vedação de Junta de Dilatação
por metro linear, além dos prazos de execução dessas atividades. de Estrutura de Concreto ou Aço – Requi-
fabricação e realização dos ensaios e da Para Siqueira, a linearidade e o nive- sitos.
aplicação na obra. “É importante desta- lamento perfeitos da fenda são premissas No caso de junta do tipo selante, um
car, no caso de substituição de juntas em básicas da boa aplicação. Além disso, é mercado novo e crescente no Brasil, as
obras antigas, o prazo entre a instalação interessante, após a execução, realizar indicações das normas da ASTM (Ame-
da nova junta e a liberação à passagem de vistorias periódicas e observar o com- rican Society for Testing and Materials)
veículos”, alerta. portamento da vedação durante e após são, conforme afirma Siqueira, as mais
períodos chuvosos. Ele recomenda que adequadas ao mercado brasileiro. <
CRITÉRIOS DE DESEMPENHO a visualização quanto à estanqueidade
Fontes
Uma vez que, durante a execução, seja feita a partir da parte inferior da Guia da Construção 116 (fev/2011), “Juntas de dilatação para
não há como avaliar o desempenho das fenda em viadutos. Nesses casos, afirma, obras de arte”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 225

Livro 1.indb 225 25/02/2011 17:01:09


LAJE > LAJE NERVURADA

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Laje expressa Fôrmas Atex


Indicada principalmente para execução As fôrmas para laje nervurada Atex são
de shoppings, edifícios comerciais e apoiadas diretamente sobre o escoramento
mezaninos, as lajes steel deck funcionam e dispensam o uso de compensados e de
como plataforma de serviço, proteção aos materiais inertes, como o EPS. Com apenas
operários dos andares inferiores e suporte um jogo de fôrmas é possível executar
para o concreto. A Sentec Engenharia diversos pavimentos. A empresa oferece
informa que esse sistema construtivo se 28 opções de fôrmas, para locação ou
caracteriza pela velocidade e facilidade de venda, com variadas dimensões e alturas.
execução, além de dispensar escoramento As fôrmas atendem a diferentes tipos de
e facilitar a passagem de dutos e a fixação projetos, vencendo desde vãos menores até
de forros. os de maior envergadura.
Sentec Engenharia Atex do Brasil Locação de Equipamentos Ltda
(11) 4689-3030 0800-979-3611
www.sentec.com.br www.atex.com.br

226 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 226 25/02/2011 17:01:11


LAJE NERVURADA

Locação de fôrmas plásticas Fôrmas de polipropileno


A Anísio Horta Locações aluga e vende Desenvolvidas para obras que necessitam
fôrmas plásticas para execução de laje de vãos maiores entre os pilares, as
nervurada. As fôrmas estão disponíveis em fôrmas plásticas para lajes nervuradas
dimensões que vão de 61 cm x 15 cm até da Astra são feitas de polipropileno (PP),
90 cm x 42,5 cm. As peças são fabricadas, com aditivos destinados a aumentar a
segundo a empresa, com espessura proteção contra os raios ultravioleta. São
maior e apoio interno para ficarem mais encontradas na cor branca, para diminuir
resistentes. A empresa também loca a absorção de calor e reduzir a variação
escoramentos metálicos. dimensional por dilatação, podendo
Anísio Horta Locações ser deixada como acabamento final ou
(31) 3822-4090
www.anisiohorta.com.br revestida com forro falso.
anisiohorta@terra.com.br Astra
www.astra-sa.com.br
(11) 4583-7777

ABRIL 2011 – anuário pini – 227

Livro 1.indb 227 25/02/2011 17:01:14


> LAJE PRÉ-MOLDADA

Pronto para montar


Opção por lajes pré-fabricadas de concreto deve levar em conta
fatores como cargas atuantes, custos de escoramento, tempo
de execução e controle tecnológico

L ajes pré-fabricadas podem ser cons-


fotos: marcelo scandaroli

tituídas de vigotas (comuns, proten-


didas ou treliçadas), pré-lajes treliçadas
ou painéis alveolares. Cada uma possui
características específicas e a definição da
tipologia mais adequada deve contem-
plar o tamanho do vão e o carregamento
atuante, principalmente se houver cargas
concentradas. O sistema de apoio, o uso de
escoramento, limitações arquitetônicas e
conforto térmico e acústico são fatores que
também influenciam na decisão.
A laje é instalada com as fôrmas do
vigamento de borda (caixaria) já prontas
e com as armaduras posicionadas. No caso
de uso de canaletas, a instalação ocorre
com a conclusão do respaldo da alvena-
ria. O escoramento é montado antes da
colocação da laje e não deve ser retirado
antes de 21 dias. A boa montagem reduz
o risco de problemas durante as fases de
concretagem e desforma. As lajes devem chegar ao canteiro sem pontas quebradas ou fissuras
Além disso, é importante que a madei-
ra das fôrmas seja de boa qualidade para A medição e vistoria da pré-concretagem senho de montagem, entrega do produto
que não ocorra retração. A base dos ponta- também estão inclusas. e colocação do material.
letes deve ser apiloada com o uso de tábuas O serviço de colocação da laje, que
para aumento da área de contato. inclui mão de obra e guindaste, o escora- Logística e recebimento
mento – material e montagem –, as arma- É importante verificar durante o re-
Cotação de preços duras e o concreto complementares ficam cebimento se as peças estão devidamente
Ao comparar preços leva-se em conta por conta do contratante. identificadas e se a quantidade descarre-
a área de aço inclusa na vigota a ser forne- Contrariando o que é praticado pelo gada confere com o pedido. As lajes não
cida (armadura positiva). É recomendável mercado, um ou mais desses itens pode podem chegar aos canteiros com pontas
que a área de aço necessária seja fornecida estar incluso, desde que claramente in- quebradas, fissuração e, no caso das tre-
na totalidade pelo fabricante, embora a formado no contrato de fornecimento de liçadas, armadura com oxidação excessi-
norma permita que seja colocada na obra materiais e prestação de serviços assinado va. Se a descarga for manual, o material
posteriormente. Somente será possível ob- pelas partes. deve ser manuseado com cuidado para
ter o custo real da laje com informações Prazo de entrega: o pedido tem de ser evitar deformações e fissuras. Em caso de
em mãos sobre o consumo do concreto, do feito com no mínimo dez dias de antece- descarga mecânica, o principal cuidado é
aço complementar e do escoramento ne- dência da data prevista para a concreta- o de evitar choques. O material deve ser
cessário. O serviço deve incluir as vigotas gem. Esse intervalo de tempo é necessário empilhado em local nivelado.
ou pré-lajes, bem como elementos de en- para a medição da obra, fabricação e cura É importante verificar se os elementos de
chimento, frete e o projeto de montagem. adequada do material, elaboração do de- enchimento (que podem ser entregues tanto

228 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 228 25/02/2011 17:01:14


Meio a meio

sobretudo do peso do conjunto pré-laje


+ capeamento e do uso de armação ou
protensão, pode ser possível eliminar por
completo o uso de fôrmas, bem como
diminuir a dependência de escoramentos
em até 90%, utilizando-os apenas para
minimizar as deformações imediatas e
lentas do conjunto.
Hoje, duas aplicações se destacam
quando se fala em pré-lajes em
edificações. A primeira consiste na
produção de pavimentos quando
combinadas com alvenaria estrutural.
Nessas situações, as pré-lajes podem ter
cerca de 30 mm de espessura e capa de
concreto entre 7 e 9 cm de espessura,
por exemplo. Outro arranjo cada vez
mais usual é a pré-laje apoiada sobre
Pré-lajes de concreto são painéis também nos edifícios com múltiplos painéis pré-fabricados autoportantes
monolíticos criados pela combinação pavimentos. O motivo está em vantagens e cuja modulação considera vãos livres
de características da pré-fabricação, como a maior velocidade de execução de até 7 m.
como velocidade de execução e assegurada, por exemplo, pelo fato das lajes Um dos focos de atenção em relação às
maior controle tecnológico, com a chegarem à obra já com a armação positiva pré-lajes deve ser a aderência entre os
flexibilidade do sistema moldado in exigida pelo projeto e os rebaixos indicativos dois tipos de concreto. Para assegurar
loco. Elementos de seção parcial, parte dos eletrodutos e das caixas de passagem a eficiência dessa interface, a NBR
pré-moldada e a outra complementada para a rede elétrica. A precisão geométrica e 14.860 – Laje Pré-Fabricada – Pré-Laje
com concreto adicionado no canteiro, o bom acabamento decorrentes da produção – Requisitos exige que o elemento tenha
as pré-lajes são tradicionalmente industrial são outras características que vêm sempre a sua superfície superior rugosa.
utilizadas em tabuleiros de pontes, sendo exploradas nos projetos. Além disso, o cálculo dessa ligação
coberturas de galerias, reservatórios e Em algumas construtoras, a montagem precisa considerar as tensões existentes
em estruturas de contenção. de uma pré-laje com telas soldadas, por na parte pré-moldada da peça antes do
Nos últimos anos, o aproveitamento exemplo, pode ser feita em, no máximo, endurecimento do concreto aplicado na
dessa solução vem se consolidando meio dia. Dependendo do projeto estrutural, segunda etapa, entre outros esforços.

pelo fornecedor como pelo fabricante da laje) > NBR 14860-2:2002 – Laje Pré-fabricada rido no PBQP-H (Programa Brasileiro da
não foram quebrados durante a descarga. - Pré-laje – Requisitos – Parte 2: Lajes Bi- Qualidade e Produtividade do Habitat) e
direcionais acompanha o desempenho dos produ-
Controle de qualidade > NBR 14861:2002 – Laje Pré-fabricada – tos colocados no mercado das empresas
As lajes pré-fabricadas têm de atender aos Painel Alveolar de Concreto Protendido participantes. O PSQ avalia as lajes pré-
requisitos das seguintes normas: – Requisitos -fabricadas (vigotas treliçadas, painéis
> NBR 14859-1:2002 – Laje Pré-fabricada > NBR 14862: 2002 – Armaduras Treliça- treliçados e vigotas protendidas), que
– Requisitos – Parte 1: Lajes Unidirecionais das Eletrossoldadas – Requisitos são constituídas de concreto estrutural
> NBR 14859-2:2002 – Laje Pré-fabricada Os itens não contemplados nessas e englobam total ou parcialmente as ar-
– Requisitos – Parte 2: Lajes Bidirecionais normas devem obedecer ao prescrito na maduras inferiores de tração, integrando
> NBR 15522:2007 – Laje Pré-fabricada NBR 9062:2006 – Projeto e Execução de parcialmente a seção de concreto da ner-
– Avaliação do Desempenho de Vigotas e Estruturas de Concreto Pré-moldado e na vura longitudinal. <
Pré-lajes sob Carga de Trabalho NBR 6118:2007 – Projeto de Estruturas de
> NBR 14860-1: 2002 – Laje Pré-fabricada Concreto – Procedimento. Fontes
Téchne 149 (ago/09), “Pré-lajes”.
– Pré-laje – Requisitos – Parte 1: Lajes Uni- O PSQ (Programa Setorial de Quali- Construção Mercado 48 (jan/2009), “Como comprar – Lajes
direcionais dade) para lajes pré-fabricadas está inse- pré-fabricadas de concreto”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 229

Livro 1.indb 229 25/02/2011 17:01:15


LAJE PRÉ-MOLDADA ALVEOLAR
FOTO CEDIDA PELA EMPRESA

Painéis alveolares Tatu


Os painéis alveolares Tatu são indicados
para obras com canteiro reduzido, pé-
direito elevado e prazo de execução
curto. Sua montagem dispensa fôrmas
e escoramento, reduzindo as operações,
informa o fabricante. A Tatu fabrica os
painéis nas alturas de 12, 16, 20, 25, 30, 40
e 50 cm. Podem ser usados em obras de
diferentes portes, para pré-moldagem ou
moldagem no local.
Tatu
(19) 3446-9000
www.tatu.com.br/lajes_alveolares.asp

230 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 230 25/02/2011 17:01:19


LAJE PRÉ-MOLDADA ALVEOLAR

ABRIL 2011 – anuário pini – 231

Livro 1.indb 231 25/02/2011 17:01:20


> LAJE TRELIÇADA

Estrutura leve
Uso de lajes treliçadas deve se basear em projeto estrutural que
considere as exigências a que a peça será submetida e especifique todos
os componentes, como o tipo de treliça e as armaduras adicionais

C apazes de vencer amplos vãos, supor- Ainda no momento da compra, o pro-


fotos: marcelo scandaroli

tar grandes carregamentos e reduzir jetista estrutural Francisco Graziano, mestre


o peso das estruturas, as lajes treliçadas em engenharia de estruturas pela Poli-USP
descartam a necessidade da montagem de (Escola Politécnica da Universidade de São
tablados de madeira sobre os quais se faz a Paulo), recomenda checar se o cobrimento
concretagem. Com isso, é possível reduzir cumpre as normas e especificações de du-
o consumo de fôrmas – que, nesse caso, rabilidade (cobrimento, fck , resistência do
são usadas apenas para o posicionamento concreto, fator água/cimento, deformabili-
das escoras. O sistema aumenta, ainda, a dade etc.), se a capacidade da laje é adequada
industrialização da obra e a velocidade às solicitações de projeto e se os arranques
executiva, além de reduzir custos de mão previstos na produção são compatíveis ao
de obra. bom funcionamento da estrutura.
As peças são construídas com vi- Ao comparar preços também é im-
gotas pré-fabricadas, que já vêm com portante levar em conta a necessidade de
armaduras positivas e negativas, por escoramento, a deformabilidade do pro-
elementos de enchimento como blocos duto, o cobrimento da armadura e classe
vazados de cerâmica, concreto, ou com Empregar vigotas treliçadas pré-fabricadas e do concreto utilizado e, por fim, a largura
maciços de EPS (isopor). Na última eta- material de enchimento com blocos de EPS da régua de concreto. Lajes treliçadas po-
pa, recebem capeamento de concreto, facilita a montagem e praticamente dispensa dem ser encontradas em todo território
tornando a laje monolítica. fôrmas de concreto nacional devido à produção das armações
Há, no mercado, dois tipos de lajes treliçadas pelas usinas siderúrgicas.
treliçadas. As treliçadas por vigotas pos- Durante o descarregamento das lajes
suem uma sapata de concreto – em geral Normas técnicas treliçadas na obra deve-se cuidar para
de 10 cm de largura por 3 cm de altura – que as peças sejam transportadas por
onde é posicionada a armação treliçada. > NBR 14862 – Armaduras Treliçadas meio dos pontos de apoio recomendados
Essas vigotas são complementadas por Eletrossoldadas – Requisitos pelo fabricante. Também é prudente veri-
enchimentos (blocos de isopor, cerâmicos > NBR 14859-1 – Laje Pré-Fabricada – ficar se as dimensões da base de concreto
ou de concreto) que formam o piso da laje Requisitos – Parte 1 – Lajes Bidirecionais e a armação treliçada seguem as especifi-
– uni ou bidirecional. Existem também as > NBR 14859-2 – Laje Pré-Fabricada – cações contratadas.
lajes treliçadas por painéis, que possuem Requisitos – Parte 2 – Lajes Bidirecionais As placas devem ser sempre arma-
sapata de concreto a partir de 25 cm. Os > NBR 14860-1 – Laje Pré-Fabricada – zenadas sobre calços, nas distâncias re-
painéis são colocados lado a lado e a con- Pré-Laje – Requisitos – Parte 1 – Lajes comendadas pelo fornecedor. Por serem
figuração final é similar à de uma laje de Unidirecionais feitas com fios trefilados, as treliças ten-
concreto maciça. > NBR 14860-2 – Laje Pré-Fabricada – dem a sofrer processo de oxidação mais
Ao comprar lajes treliçadas, além do Pré-Laje – Requisitos – Parte 2 – Lajes acelerado que o aço de construção. Por
comprimento necessário para vencer o Bidirecionais isso não é recomendável armazenar esse
vão, o gestor de suprimentos precisa sa- > NBR 15522 – Laje Pré-fabricada – tipo de produto no canteiro por períodos
ber a quantidade de armadura existente Avaliação do Desempenho de Vigotas e muito longos. <
em cada peça. O fornecedor tem que ser Pré-lajes sob Carga de Trabalho
informado sobre qual é exatamente a bi- > NBR 14862 – Armaduras Treliçadas Fontes
Guia da Construção 96 (jul/09), “Como comprar lajes treliçadas”.
tola da armadura (da barra e da treliça), a Eletrossoldadas – Requisitos Equipe de Obra 29 (mai-jun/10), “Passo a passo: Construção
categoria do aço e a quantidade necessária. de lajes treliçadas”.

232 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 232 25/02/2011 17:01:25


Como montar uma laje treliçada

Sobre o escoramento devidamente


construído, inicie a colocação das Fixe as armaduras positivas e negativas.
vigotas, lado a lado, com as ferragens Elas devem ser distribuídas no sentido
voltadas para cima, apoiadas nas Em seguida, faça os furos nos pontos transversal e perpendicular às vigotas,
extremidades sobre cinta de amarração previstos para a passagem das sempre seguindo as orientações e
ou sobre a parede de alvenaria. instalações elétricas. medidas do projeto.

Faça a colocação dos blocos de EPS O passo seguinte é colocar as armaduras


a partir das extremidades. Eles ficam de distribuição por cima dos blocos
encaixados no espaço entre as vigotas, de EPS de acordo com as diretrizes do
que serve de gabarito de montagem. projeto. Posicione e confira as cotas das Uma tábua de testeira deve estar pregada
Deixe sempre uma pequena folga entre taliscas que delimitarão a face superior nas extremidades da laje para servir de
a vigota e os blocos. da laje. fôrma para o concreto.

Distribua bem o concreto preenchendo


todos os espaços vazios, principalmente
nos encontros entre as vigas e blocos.
Use o vibrador para compactar o material
adequadamente e evitar vazios no concreto. Por fim, execute o sarrafeamento e nivele o concreto obedecendo a altura das taliscas.

ABRIL 2011 – anuário pini – 233

Livro 1.indb 233 25/02/2011 17:01:40


Laje treliçada

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Painéis treliçados Fabricação de treliças
A M3/SP produz painéis treliçados A área de máquinas e equipamentos da
de concreto para lajes maciças Mediterrânea desenvolveu a máquina de
ou nervuradas, unidirecionais ou armações treliçadas MED 616. De fácil
bidirecionais adaptáveis às exigências operação e totalmente automatizado,
do projeto estrutural de cada obra, o equipamento permite a produção
sejam elas residenciais, comerciais ou de treliças de diferentes alturas com
industriais. Os painéis são montados várias bitolas para aplicações em lajes,
com auxílio de guindastes ou gruas. muros de contenção, pisos e estradas.
Segundo a M3/SP o rendimento da Junto com a MED 616, a Mediterrânea
montagem gira em torno de 600 a oferece assistência integral de instalação
1.000 m²/dia. e manutenção, além de acesso fácil a
M3/SP Engenharia peças de reposição.
(11) 5011-6367/5012-2741 Mediterrânea
www.m3sp.com.br (19) 3729-6600
www.mediterranea.com.br

234 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 234 25/02/2011 17:01:45


Laje treliçada > LÂMPADAS > limpeza pós-obra

Lâmpadas economizadoras
As lâmpadas fluorescentes compactas da
Avant são fabricadas em várias versões
com potências entre 5W e 75W. Com Manutenção de pisos
fábricas na China e na Coréia do Sul, a Tanto para tratamento de pisos quanto
empresa dispõe de um portfólio de mais de para manutenção dos já tratados, a PWA
480 produtos, entre os quais destacam-se Limpezas oferece diversos produtos, Limpeza de obras Proclean
também lâmpadas halógenas, fluorescente incluindo as marcas Bona e Maxclean. A Proclean Brasil presta serviço de
tubulares, metálicas e de sódio, assim A empresa executa as seguintes tarefas: limpeza profunda, pós-obra, pós-reforma,
como LEDs, refletores, temporizadores e estudo da área, elaboração do programa de pós-mudança e tratamento de pisos. A
diversos modelos de luminárias. tratamento e levantamento dos recursos equipe, de acordo com a empresa, aplica
Avant necessários (ferramentas, equipamentos, produtos adequados a cada ambiente,
(11) 3355-2220 como residências, condomínios e até
mão de obra etc.), elaboração do
sota@avantsp.com.br
www.avantsp.com.br cronograma de implantação, preparação do grandes empresas.
Proclean Brasil
piso, remoção, selamento e acabamento.
(11) 2306-6943/2307-6943/2308-6943/
PWA Limpezas
2309-6943
(11) 2925-9709
www.procleanbrasil.com.br
www.pwalimpezas.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 235

Livro 1.indb 235 25/02/2011 17:01:50


limpeza pós-obra > lOJA DE MATERIAl PARA CONsTRUÇÃO

236 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 236 25/02/2011 17:01:52


lOJA DE MATERIAl PARA CONsTRUÇÃO

ABRIL 2011 – anuário pini – 237

Livro 1.indb 237 25/02/2011 17:01:54


LOJA DE MATERIAL PARA CONSTRUÇÃO > MADEIRA

FOTO CEDIDA PELA EMPRESA

Serra mármore
Entre os equipamentos vendidos pela
Parfel, a loja destaca a serra Makita
MCC400, para corte em mármore, pisos e
concreto. Seu corpo impede a entrada de
pó, a ferramenta acompanha cano-d’água
para resfriamento do corte e chave Allen. A
potência é de 1.200 W, com 13.000 rpm.
Parfel Materiais para Construção
(71) 3316-8700
www.parfel.com.br

238 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 238 25/02/2011 17:01:57


MADEIRA

ABRIL 2011 – anuário pini – 239

Livro 1.indb 239 25/02/2011 17:01:58


MADEIRA > MANTA DE SUBCOBERTURA
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Quadro VDI Madeiras variadas


Os quadros de sistemas VDI (Voz, Dados O Atacadão da Madeira oferece ampla
e Imagem) servem para organizar toda a variedade de madeiras para decks,
instalação em um único ponto. Podem ser mezaninos, sacadas, telhados, entre outros.
encontrados nas versões de embutir e de Também comercializa lambris em madeira
sobrepor e são indicados para abrigar e e escadas de diversos formatos – em “U”,
organizar fios e cabos, conexões, aparelhos em “L”, caracol ou reta. Entre os serviços
para voz, dados e imagens. Segundo o prestados, a loja coloca pisos de madeira,
fornecedor, Grupo D’Água, os quadros têm degraus, pisos laminados e faz montagem
instalação facilitada graças ao maior número de portas e janelas.
de entradas para eletrodutos. São fabricados Atacadão da Madeira
www.atacadaodamadeira.com.br
em PVC antichamas e isolante na cor branca. (11) 4513-6777
Grupo D’ Água
(11) 4208-7070
vendas@grupodagua.com.br
www.grupodagua.com.br

Lã de PET
Produzida pela Trisoft, a lã de PET
Isoforro é composta por lã de poliéster
na cor branca com uma película
acoplada na cor preta. Desenvolvido
especialmente para isolamento térmico
e acústico para forros vazados e
pergolados, o produto é totalmente
reciclável, de acordo com o fabricante.
Trisoft
(11) 4143-7900
www.trisoft.com.br

240 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 240 25/02/2011 17:02:02


MANTA DE SUBCOBERTURA

ABRIL 2011 – anuário pini – 241

Livro 1.indb 241 25/02/2011 17:02:03


> MANTA DE SUBCOBERTURA

Proteção planejada
Projeto deve prever ventilação adequada entre a subcobertura e as
telhas, além de superfície de aplicação isenta de objetos perfurantes

A s subcoberturas são aplicadas apoia-


fotos: marcelo scandaroli

das na estrutura de suporte do telhado,


sob as telhas. Sua finalidade é criar uma
camada de proteção contra a transmissão
de calor e de umidade, melhorando o con-
forto térmico das edificações. Elas tam-
bém auxiliam na prevenção de problemas,
como goteiras e infiltrações ocasionadas
por desgaste natural das telhas ou ventos
fortes, por exemplo.
São compostas usualmente por man-
tas asfálticas com face refletiva de foil de
alumínio. Há, ainda, produtos feitos de
materiais como fibras contínuas não teci-
das de polietileno de alta densidade e es-
puma à base de polietileno. Elas podem ser
aplicadas em diversos tipos de telhados.
O diretor da Monari Engenharia, Ce-
sar Monari, afirma que a utilização é indi- A escolha por mantas com alumínio em apenas uma ou nas duas faces depende das necessidades da edificação
cada especialmente para construções de
poucos pavimentos, em que a cobertura é
responsável pela maior área de exposição Checklist
externa. “É de grande importância quan-
do se deseja minimizar perdas de calor
durante a noite no inverno ou os ganhos > Verifique se o projeto demanda subcobertura revestida com alumínio nas duas faces ou
de calor devido à radiação solar intensa se é possível utilizar material com revestimento em apenas um dos lados
durante o dia no verão”, diz. > Confira se o índice de emissividade do material atende às exigências de redução do
calor previstas em projeto
Especificação > Assegure-se de que a superfície onde as mantas serão apoiadas está livre de pregos ou
Um dos cuidados necessários para a objetos que possam furá-las ou rasgá-las
especificação do material a ser compra- > Caso o telhado tenha calhas, estenda as mantas até o ponto abaixo desses elementos
do diz respeito à camada de alumínio: > Sobreponha as mantas em 10 cm nas beiradas
“Alguns modelos têm alumínio nas duas > Armazene os materiais conforme as instruções indicadas nas embalagens
faces. Outros, apenas em uma”, explica
Monari. A escolha por um tipo ou outro
depende da necessidade de projeto. Por Comercializadas em rolos ou bobinas, A execução, no entanto, pode ser realizada
isso, ele explica que, se a preocupação as subcoberturas podem apresentar, ainda, pelo telhadista.
principal for a proteção e incremento resistência a bolores ou fungos. Geralmente, o que afeta o desempenho
da durabilidade do madeiramento do do sistema são problemas relacionados à
telhado, o alumínio deve ficar voltado Instalação sua instalação ou ao uso de materiais de
para cima. Caso o foco seja o isolamento O projeto e a especificação das subco- pouca qualidade. O projeto, entre outros
térmico, o alumínio fica virado para bai- berturas, além da supervisão pela instala- pontos, precisa prever ventilação adequa-
xo. “As partes de cima da manta recebem ção, é de responsabilidade de profissionais da entre a subcobertura e as telhas. Por
deposição de sujeira, o que altera a emis- com formação em engenharia ou arquite- isso, a instalação deve ser feita de baixo
sividade da superfície”, complementa. tura e especialização em conforto térmico. para cima, com sobreposição de 10 cm nas

242 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 242 25/02/2011 17:26:24


ENTREVISTA > Cesar Monari

Conforto térmico
Quando adotar o uso de empreendimento e especificam a melhor
subcoberturas? alternativa. A instalação é simples, porém
A subcobertura é uma opção para requer cuidados na fixação da manta
situações onde se deseja proteção na estrutura quanto à sobreposição e
contra vazamentos e melhor condição fixação nas ripas ou terças. As causas A instalação é simples,
térmica para os ambientes internos. mais comuns de patologia são instalação porém requer cuidados
Adotamos este tipo de solução quando inadequada e materiais de baixa na fixação da manta na
desejamos garantir estas condições qualidade, que podem acarretar goteiras e estrutura
com custo/benefício razoável. A desprendimento da manta.
facilidade na aplicação, as vantagens Cesar Monari
de isolamento dos ambientes e o As subcoberturas impactam muito os engenheiro e diretor da Monari
Engenharia
custo são as variáveis mais atraentes orçamentos das obras? Qual o peso
à adoção desse sistema. Em um desse sistema no orçamento de um
retrofit de imóvel para implantação telhado?
de um supermercado, verificamos As subcoberturas representam em média Quais são os cuidados logísticos
que o telhado necessitaria de reforço 8% do valor da cobertura. No caso de essenciais para o recebimento e a
em diversos pontos. Sugerimos telhados sobre laje e com bom isolamento instalação?
substituir o telhado existente por um térmico, esta alternativa pode não atingir o Este material é comercializado em rolos
novo em estrutura metálica com vãos custo–benefício desejado. e o seu transporte é muito simples. O
maiores. Eliminamos o forro modular e armazenamento deve ser feito em áreas
instalamos subcobertura, sistema que Os operários recebem treinamento limpas e secas para preservar a qualidade
dá boa condição térmica, veda goteiras específico para lidar com esse tipo de do produto.
e proporciona pé-direito maior devido material? É comum terceirizar a mão de
à eliminação do forro, melhorando obra para esses serviços? Com relação ao cronograma, a
também a sensação de conforto. Os carpinteiros e telhadistas são os instalação deve ser feita no mesmo dia
profissionais mais indicados para a da execução do telhado em si?
A instalação desse tipo de sistema é execução. Com breves orientações, A programação desta etapa deve suceder
complexa? Quem é o profissional que conseguem desenvolver a instalação de a liberação da estrutura do telhado. Os
faz o acompanhamento do processo? maneira adequada. Nas construtoras a níveis e alinhamentos desta devem ser
Os profissionais envolvidos geralmente aplicação pode ser feita pelos próprios conferidos antes do início de aplicação da
são engenheiros e arquitetos que funcionários e em caso de obras menores subcobertura para, posteriormente, serem
avaliam as características de cada é recomendada a contratação de telhadista. instaladas as telhas.

beiradas das mantas. A superfície sobre a recidas. Para que a comparação seja pos- é necessário verificar as condições indica-
qual irá se apoiar a manta deve estar isenta sível – e para que o material seja entregue das na embalagem.
de pregos ou outros objetos perfurantes. adequadamente –, é necessário que os
No caso de existência de calha, o ideal é potenciais fornecedores recebam, ainda Normas técnicas
que as mantas se estendam até o fundo durante a cotação, o projeto de cobertura, Ainda não existe norma técnica espe-
das mesmas. a localização da obra e o posicionamento cífica para as subcoberturas. No entanto,
do telhado. alguns projetistas e fabricantes tomam
Cotação de preços As condições de pagamento variam, como referência para os projetos a NBR
A etapa de comparação de preços só geralmente, conforme a quantidade de 9575 – Impermeabilização – Seleção e Pro-
deve ser iniciada quando o comprador já material comprada. E os pedidos devem jeto, NBR 9574 – Execução de Impermea-
identificou os fornecedores capazes de ser feitos com a antecedência requerida bilização e a NBR 9952 – Manta Asfáltica
atender às necessidades do projeto. Daí, pelo fornecedor para que os materiais para Impermeabilização. <
além do preço, Monari recomenda anali- estejam na obra na data prevista para ins- Fonte
sar também as condições de garantia ofe- talação. Para armazenagem dos materiais, Livro Como Comprar Materiais e Serviços para Obras, Editora PINI.

ABRIL 2011 – anuário pini – 243

Livro 1.indb 243 25/02/2011 17:26:26


máquinas e equipamentos

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Locação e ferramentas
A empresa A Geradora loca, há mais de
20 anos, equipamentos para diversos
segmentos, entre eles a construção civil.
Com mais de dez mil itens, a empresa
disponibiliza geradores de energia,
torres de iluminação, compressores
de ar, plataformas aéreas, ferramentas
pneumáticas, entre outros.
A Geradora
(71) 2104-2555
ageradora@ageradora.com.br
www.ageradora.com.br

Bombeamento importado
A Brasil Máquinas representa os produtos
fabricados pela chinesa Zoomlion. No
portfólio, destacam-se os equipamentos
da linha Auto Bomba com Chassis, que
podem alcançar pequenas, médias e
grandes distâncias horizontais e verticais.
Segundo o fornecedor, essas máquinas
foram desenvolvidas para atender diversas
aplicações relacionadas ao bombeamento
de concreto, projeção via úmida e injeção
de concreto, entre outras.
Brasil Máquinas
(11) 4152-4801
www.brasilmaquinas.com

244 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 244 25/02/2011 17:26:29


ABRIL 2011 – anuário pini – 245

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máquinas e equipamentos

FOTO CEDIDA PELA EMPRESA


Compactador PL-130
O Compactador de Placa Vibratória
Compac PL-130 tem tecnologia de
compactação para diferentes tipos de
aplicações pesadas, como trabalhos
em bases de brita, solos arenosos,
assentamento de blocos de concreto e
serviços de reparos em asfalto. Possui
motor a gasolina de 6,5 hp, acionado por
embreagem centrifuga, tanque aspersor
de água e sistema de transporte com
duas rodas de borracha.
Compac
(14) 3312-0001
www.compac.com.br

246 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 246 25/02/2011 17:26:34


ABRIL 2011 – anuário pini – 247

Livro 1.indb 247 25/02/2011 17:26:35


máquinas e equipamentos

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Compressores portáteis
O Grupo Engebras atua no mercado
de locação de compressores portáteis
em todo o território nacional. Os Medidor de precisão Stabila Tela rápida
equipamentos podem ser utilizados A Vonder traz para o Brasil a marca Stabila Produtores de telas especiais e de pré-
nas mais diversas aplicações para de equipamentos para medição de precisão moldados têm como opção a máquina
promover maior rendimento das a laser. A marca alemã fornece níveis Flexiweld SW, da Síderos. De acordo
frentes de trabalho. A empresa oferece com bolha de ar, níveis a laser, medidores com a fabricante, o equipamento é capaz
seguro, assistência técnica na obra e de distância a laser e escalas métricas. de produzir esse tipo de tela em alta
manutenção preventiva. Um dos destaques é o modelo LD 500, velocidade, com dobra de telas para
Engebras para medições de distâncias internas ou conformação de elementos tridimensionais.
(11) 4352-4000
externas com câmera zoom 4x, display A Flexiweld pode, ainda, ser integrada a
www.engebrascompressores.com.br
luminoso, classe de proteção IP54 (contra sistema de carrossel e, também, a sistema
respingos de água e pó), alcance de 0,05 a automático de empilhamento.
200 m e diversas possibilidades de cálculo. Síderos
OVD Importadora e Distribuidora Ltda (11) 3474-4300
(41) 2101-0550 e-mail: awm@sideros.com.br
www.vonder.com.br www.awm.it

248 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 248 25/02/2011 17:26:38


ABRIL 2011 – anuário pini – 249

Livro 1.indb 249 25/02/2011 17:26:40


máquinas e equipamentos

250 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 250 25/02/2011 17:26:43


máquinas e equipamentos
FOTO CEDIDA PELA EMPRESA

Compressor versátil
Entre os diversos tipos de equipamentos
que a Papycom aluga para empresas
da construção civil há compressores de
diferentes portes. Alguns deles podem ser
aproveitados para acelerar serviços, como
a quebra de asfaltos e concretos, com a
vantagem de não necessitar energia elétrica
para operação.
Papycom
(11) 4224-1444
www.papycom.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 251

Livro 1.indb 251 25/02/2011 17:26:45


máquinas e equipamentos – BOMBA DE ARGAMASSA
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Argamassa mecanizada
A bomba de argamassa MR-15 Argamassa bombeada Betoneira com Motor
da Engebrax, possui misturador O projetor de argamassa Anvi-JET é A Dutra Máquinas comercializa a
com capacidade para 100 l, pesa composto por misturador acoplado a betoneira com motor, com capacidade
aproximadamente 800 kg, tem alcance sistema de bombeamento. Segundo o de 63 l, monofásica. O equipamento tem
horizontal de 300 m e alcance vertical de fabricante, enquanto acelera a execução, isolamento duplo classe II e classificação
100 m. Serve para aplicação de chapisco, o equipamento proporciona economia de IP45D. O isolamento duplo elimina a
reboco, jet grouting, bombeamento de mão de obra na projeção e no transporte necessidade de fio terra. Ferramentas com
argamassa, revestimento de galerias de argamassa. Bombeia 2 m3/hora, além duplo isolamento podem ser usadas com
pluviais, dentre outras aplicações. de executar até 200 m2/hora de chapisco extensão de dois ou três fios.
Engebrax e até 60 m2/hora de reboco/emboço. O Dutra Máquinas
(11) 2636-7488 (11) 2795-8800
www.engebrax.ind.br
misturador é capaz de preparar 7 t/hora de www.dutramaquinas.com.br
argamassa industrializada.
Anvi
0800-604-1818
falecom@anvi.com.br

252 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 252 25/02/2011 17:26:46


máquinas e equipamentos – BOMBA DE ARGAMASSA / FERRAMENTAs E ACESSÓRIOs / LOCAÇÃO

Ferramentas de corte Vonder Transporte de masseira


A Broca SDS Plus, da Vonder, é indicada O carro de transporte CT-01 foi
para uso em marteletes perfuradores para desenvolvido pela Metalúrgica Desterro,
concreto, pedras e alvenaria. Possui ponta especialmente para carregar masseira
de metal duro/vídea para concreto e haste metálica. Ele permite o transporte de
com encaixe tipo SDS Plus. A empresa três masseiras MS-38 ou duas MS-50. O
fornece também disco diamantado para carro é construído em tubos de aço ABNT
porcelanato, que auxilia na redução da 1020 soldados pelo processo MIG, possui
temperatura com elevado nível de abrasão. duas rodas pneumáticas com roletes e
Já as serras copo diamantadas são um rodízio giratório semi-pneumático
indicadas para cortes em telhas, tijolos, com rolamento, o que, de acordo com a
cerâmicas, azulejos, mármore e granito empresa, facilita o manuseio e permite
e reduzem o risco de trincas e quebras, manobras em locais estreitos.
segundo o fabricante. Metalúrgica Desterro Ltda.
OVD Importadora e Distribuidora Ltda. (48) 3247-6811
(41) 2101-0550 www.mdesterro.com.br
www.vonder.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 253

Livro 1.indb 253 25/02/2011 17:26:48


máquinas e equipamentos – LOCAÇÃO
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Minicarregadeiras e Locação Alfamax Central Locadora


retroescavadeiras Entre os equipamentos e ferramentas para A Central Locadora de Equipamentos
A T.L. Construção Ltda., atende no Rio de construção civil, a locadora Alfamax conta, fornece equipamentos de elevação vertical
Janeiro e região. Aluga minicarregadeiras e por exemplo, com o rompedor Bosch de para a construção civil, como gruas,
retroescavadeiras com e sem operadores. 30 kg. A empresa tem oficina própria para elevadores de cremalheira, minigruas e
Oferece apoio logístico para abastecimento, manutenção dos equipamentos e afirma guindastes. De acordo com a empresa, o
conserto de pneus e manutenção do trabalhar com itens novos e revisados. As atendimento é ágil e o cliente pode escolher
equipamento alugado. entregas são feitas na Grande São Paulo. entre equipamentos convencionais ou
T.L. Construção Alfamax Comércio e Locação equipamentos especiais para obras de
(21) 3495-2721 (11) 4787-3143/4135-3044
tlconstrucao@gmail.com www.alfamaxlocacao.com.br variados portes.
www.tlconstrucao.com.br Central Locadora de Equipamentos Ltda
(11) 3687-0444
www.centrallocadora.com.br

254 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 254 25/02/2011 17:26:50


máquinas e equipamentos – LOCAÇÃO > material hidráulico

Registro hidráulico Tigre


Os novos registros de chuveiro e gaveta
para instalações de CPVC e PVC da Tigre
atendem às especificações dos acabamentos
de diversos fabricantes (Deca, Docol,
Fabrimar, além da própria Tigre). Os produtos
completam a linha de tubos, conexões e
registros que formam um kit de montagem de
chuveiros, muito utilizado pelas construtoras
para reduzir o tempo de execução das obras.
Os registros de chuveiro têm bitolas de 20mm
e 25mm, ½” e ¾” (PVC) e 15mm e 22mm
(CPVC). Já os registros de gaveta apresentam
bitolas de 25mm e ¾” (PVC) e 22 (CPVC).
Tigre
0800-707-9700
teletigre@tigre.com
www.tigre.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 255

Livro 1.indb 255 25/02/2011 17:26:52


> METAL SANITÁRIO

Vazão controlada
Mesmo para obras de padrão popular, a compra de metais sanitários deve
considerar a análise de quesitos como o respeito às normas técnicas e a
participação do fabricante em programas setoriais da qualidade

C om os programas do Governo Federal


Marcos Lima

de redução do déficit habitacional, a


busca por fornecedores de metais sani-
tários para o segmento de baixa renda só
tem aumentado. Os fabricantes dispõem
de diversos modelos e produtos para aten-
der a esse nicho e garantem que mesmo
com o mercado aquecido não haverá es-
cassez do material.
Em relação ao funcionamento do me-
tal, não devem existir diferenças entre pro-
dutos populares e de alto padrão. As dife-
renças residem em características como o
tamanho do produto, o comprimento do
metal, os mecanismos de pressão incor-
porados à peça, o tipo de vedação (¼ de
volta, pressão, meia-volta) e a sofisticação
no acabamento.
Ao especificar metais sanitários, o
profissional deve estar atento à confor-
midade do produto em quatro quesitos
principais: dimensões (que podem di-
ficultar o acoplamento e a vedação per-
feita), estanqueidade, perda de carga (no
caso dos registros de pressão) e dispersão
do jato (no caso de torneiras). Na maio-
ria das vezes, a compra de metais para Os metais sanitários integram os sistemas de abastecimento de água. Suas principais funções são controlar,
habitação popular se restringe ao preço, restringir, bloquear ou permitir a passagem da água num volume adequado ao uso, evitando desperdício
mas para se obter um comparativo fiel
entre fabricantes, é importante checar
se os fornecedores são qualificados pelos Ela explica que no Brasil há metais para do material são as negociações de forneci-
programas setoriais da qualidade. alta e baixa pressão, e o uso varia de acor- mento e entrega. O ideal é que a aquisição
Visando reduzir custos, algumas do com o tipo de empreendimento. “Além do insumo seja prevista no início da obra.
empresas vêm se arriscando ao adquirir disso, os produtos populares importados No momento do recebimento, é
produtos importados. “Embora os preços não possuem o diâmetro exigido pela prudente avaliar a qualidade de revesti-
sejam competitivos, as condições hidráu- norma brasileira, a durabilidade do ma- mentos cromados e a finalização da peça.
licas do mercado brasileiro são diferen- terial é inferior e a reposição de peças, Também é preciso tomar cuidado com
tes e a reposição de peças ou mesmo a limitada”, alerta a engenheira. o local em que os metais são armazena-
manutenção pode se tornar um grande dos. Esses ambientes devem estar livres de
problema no pós-venda”, ressalta Edwiges Cuidados na obra impurezas e, de preferência, contar com
Ribeiro, coordenadora de Programas Se- Tão importante quanto verificar a sistema de monitoramento e segurança
toriais de Qualidade na Tesis Engenharia. procedência do fornecedor e da qualidade para coibir furtos.

256 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 256 25/02/2011 17:26:52


Registros hidráulicos

Registros hidráulicos são utilizados aspectos principais a serem observados

Divulgação: Deca
para o controle do fluxo de água fria na especificação dos registros hidráulicos
e quente das tubulações e se dividem são diâmetro (equivalente ao diâmetro da
em três tipos: de gaveta, pressão tubulação), tipo de acoplamento (roscável
e esfera. Os registros de gaveta e ou soldável), temperatura de utilização
esfera podem ser definidos como de (água fria e/ou quente) e tipo de instalação
fechamento, pois são usados para (bruto ou com acabamento, que depende da
interromper a passagem da água. Já instalação aparente ou a ser embutida).
os registros de pressão podem ser Antes de comprar, é fundamental conhecer
enquadrados como de utilização, pois o funcionamento do material para escolher
exercem um controle hidráulico. o tipo certo de registro para cada situação.
As peças normalmente possuem base Por exemplo, o fato de o registro de pressão
de cobre, liga metálica e PVC rígido administrar o valor de vazão da água que hidráulico geral do empreendimento, pois
e podem ter diversos acabamentos, passa na tubulação o torna uma opção possuem baixa resistência ao escoamento,
que variam de acordo com o local recomendável para os chuveiros elétricos. que é a perda de carga, e devem ser
onde serão instaladas e com a Os registros de gaveta e esfera, por sua vez, utilizados totalmente abertos, totalmente
função que irão desempenhar. Os são normalmente escolhidos para o sistema fechados ou semiabertos.

Checklist Normas técnicas


> Caso os produtos sejam destinados às obras de programas sociais, veja quais são as > NBR 10281/03 – Torneira de Pressão
diretrizes exigidas pela Caixa Econômica Federal – Requisitos e Métodos de Ensaio
> Consulte no site do Ministério de Cidades os fabricantes qualificados pelo PBPQ-H (Programa > NBR 10283/08 – Revestimentos
Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat) e o relatório do PSQ (Programa Setorial da Eletrolíticos de Metais e Plásticos
Qualidade) de metais sanitários organizado pelas associações e entidades de classe Sanitários – Especificação
> O ideal é que a negociação e pedidos de compra sejam previstos na fase inicial de > NBR 14162/98 – Aparelhos
projeto de acabamentos do empreendimento Sanitários – Sifão – Requisitos e
> Verifique se as condições de uso de cada metal sanitário estão de acordo com as Métodos de Ensaio
normas brasileiras quanto à análise dimensional, estanqueidade, alinhamento, coeficiente > NBR 15704-1/09 – Registro –
de perda de carga, dispersão do jato, resistência ao torque de instalação e acionamento Requisitos e Métodos de Ensaio – Parte
excessivo, resistência ao uso e à corrosão 1: Registros de Pressão
> O fabricante que estiver qualificado no PSQ de metais sanitários já teve seus produtos > NBR 15705/09 – Instalações
testados e a construtora não precisa se preocupar. Caso contrário, será preciso solicitar Hidráulicas Prediais – Registro
ao fornecedor um laudo técnico e verificar se ele está em conformidade com as normas de Gaveta – Requisitos e Métodos
técnicas brasileiras de Ensaio
> No caso de aquisição de base e acabamento diferentes, verifique a compatibilidade entre > NBR 15748/09 – Torneiras com
os produtos, pois nem todos os acabamentos podem ser usados com todas as bases Mecanismos de Vedação Não
> Por fim, verifique se a empresa está legalmente constituída e se possui as licenças Compressíveis – Requisitos e Métodos
ambientais necessárias para a produção de metais sanitários. de Ensaio

Segundo dados do Siamfesp (Sindi- escolha do material. Para garantir o teiro, com as devidas proteções das
cato da Indústria de Artefatos de Metais bom funcionamento de todo o sistema, peças. Caso contrário, corre-se o risco
Não Ferrosos no Estado de São Paulo), uma dica é checar se o fabricante ofe- de danificar o produto antes mesmo de
entre 20 e 30% dos problemas relacio- rece treinamento ou tem parcerias com ser utilizado. <
nados a metais sanitários ocorrem por o Senai (Serviço Nacional de Aprendi- Fontes
má instalação e manutenção das peças. zagem Industrial). Construção Mercado 107 (jun/2007) “O barato pode sair caro”.
Guia da Construção 110 (set/2010) “Como comprar registros
Portanto, dispor de mão de obra qua- A instalação deve ocorrer sempre hidráulicos”.
lificada é tão necessário quanto a boa após a conclusão da limpeza do can- Téchne 149 (ago/2009) “Linhas populares”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 257

Livro 1.indb 257 25/02/2011 17:26:53


> PAINEL ARQUITETÔNICO PARA FACHADA

Fachada de montar
Praticidade derruba a ideia de que os sistemas pré-fabricados
são, necessariamente, rígidos e restritivos

C ada vez mais aproveitados como


fotos: marcelo scandaroli

solução para vedação em empreen-


dimentos comerciais, industriais e até
mesmo residenciais, os painéis arqui-
tetônicos levam às fachadas a estética
derivada da racionalização industrial. O
sistema pré-fabricado substitui a etapa
artesanal de vedação, proporcionando
uma obra mais limpa, com menos des-
perdício e veloz. Ao mesmo tempo, o
fato de serem produzidos dentro de uma
planta industrial é visto por muitos es-
pecificadores como garantia de precisão
e qualidade.
Ainda disponibilizadas por um nú-
mero limitado de fornecedores, as placas
de concreto pré-fabricadas para fecha-
mento externo estão presentes no Brasil
desde o início da década de 1970. Mas
foi há pouco mais de dez anos que sua
utilização adquiriu destaque. No início,
os produtos eram pesados e oferecidos
com uma única opção de acabamento
– o concreto aparente –, o que limitava
suas aplicações.
Com o passar dos anos, novas opções
de acabamento surgiram, como textu-
ras e cores variadas, superfícies curvas,
além da opção de o painel já sair de fá- Podendo ser içados à estrutura já com acabamento e esquadrias, painéis pré-
brica com o revestimento de mármore fabricados de fachada tendem a proporcionar obras mais velozes
ou granito, por exemplo. Os sistemas
de fixação, que em muitos casos signifi-
cavam um problema para o acabamen- disso, o conjunto do painel arquitetônico 3/2005: Desempenho Térmico das Edi-
to interno, desenvolveram-se e alguns de concreto com o colchão de ar formado ficações prevê o valor de 240 kJ/(m².K),
fabricantes já disponibilizam soluções com a vedação interna costuma apresen- para parede de concreto maciça com es-
delgadas e eficientes. tar bom desempenho térmico, o que pode pessura de 10 cm.
Um incentivo ao uso do pré-fabri- contribuir para elevar a eficiência energé-
cado tem sido a necessidade de se obter tica do edifício. Especificação
edificações ecologicamente amigáveis. Como referência, em relação à iso- Os painéis são componentes de con-
Nesse ponto, os painéis arquitetônicos lação sonora, um painel maciço de 10 creto armado sem função estrutural, aca-
de fachada apresentam diferenciais com- cm de espessura e densidade de 2,5 t/m³ bados para cumprir necessidades arqui-
petitivos: geram menos resíduo na obra, apresenta CTSA (Classe de Transmissão tetônicas. Sua seção transversal pode ser
podem ser reciclados em eventuais retro- de Sons Aéreos) 49. Já no que se refere maciça ou do tipo sanduíche. Em geral,
fits e requerem baixa manutenção. Além à capacidade térmica, a NBR 15220- são armados com aço CA-50 e possuem

258 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 258 25/02/2011 17:26:54


Checklist – Pontos críticos
Projeto – Todos os detalhes do painel na obra devem ser identificados antes da
produção, levando em conta a disponibilidade
de equipamentos de transporte e içamento, o que influenciará,
muitas vezes, o dimensionamento máximo das peças, e até as
futuras manutenções.
Compatibilização de projetos – Bons resultados dependem
diretamente da compatibilização da fachada com os demais
projetos – estrutura, caixilharia, instalações prediais,
climatização etc.
Logística – A logística do canteiro deve ser sempre levada em
conta, visto que dificuldades de transporte e manuseio podem
limitar o tamanho e peso dos painéis.
Mão de obra – Para que os projetos sejam seguidos fielmente
e seja obtido o máximo de racionalização, a mão de obra na
montagem dos painéis deve ser especializada.
Fixação e juntas – O desempenho das juntas é essencial
para a garantia da segurança estrutural, resistência ao fogo, isolamento
termoacústico, durabilidade do conjunto e, principalmente, estanqueidade. Os parafusos utilizados nas ligações de
No caso das juntas, por exemplo, é preciso saber que tipo de selante será fixação devem atender aos requisitos de
empregado, a sua resistência em relação à incidência de água, se há outros resistência mecânica e resistência à corro-
tipos de juntas mais simples, ou se haverá detalhes arquitetônicos de peitoril são. Os parafusos devem ter composição
para protegê-lo do encontro com a água. química semelhante ao aço empregado
nos insertes metálicos de modo a evitar a
corrosão galvânica.
Espessuras usuais dos painéis porte (feito por grua) e manuseio podem
de acordo com o comprimento limitar o tamanho e peso dos painéis. No Compra e preço
Comprimento (m) Espessura (mm)
Brasil, trabalha-se com carga média entre Em geral, a flexibilidade é direta-
3,0 90
2,5 e 3 toneladas, equivalentes a painéis de mente proporcional ao custo, já que, por
4,0 100
10 m2 a 12 m². se tratar de um produto industrializa-
5,5 125
do, o preço dos painéis tende a se tornar
6,0 140-160
Fonte: Painéis de vedação, 2a edição, Maristela Gomes da
Fixação mais vantajoso quanto mais repetitivo
Silva e Vanessa Gomes da Silva, 2004 Os painéis são fixados às estruturas for o desenho.
de concreto ou de aço por meio de in- A venda do painel pré-fabricado ar-
sertes metálicos embutidos nos painéis quitetônico pode ser feita por preço glo-
dimensões e formatos variados, com de- (chapas, tubos, peças especiais de mon- bal ou por metro quadrado de fachada,
talhes em alto ou baixo relevo. O concreto tagem). Tratam-se de sistemas especifi- sendo o orçamento realizado por meio do
usado na produção dos painéis apresenta camente desenvolvidos para cada obra, projeto fornecido pelo cliente. No preço
resistência característica à compressão levando-se em consideração as especifi- final do painel pré-fabricado arquitetô-
superior a 35 MPa. cidades das estruturas e a distribuição nico, costumam estar incluídos o forne-
Para que as vantagens da pré-fabrica- dos esforços. cimento de materiais, de equipamentos e
ção sejam extraídas dos painéis arquitetô- Os dispositivos de fixação devem de mão de obra de fabricação e o forne-
nicos, é preciso que a especificação aconte- apresentar elevada resistência à corro- cimento de equipamentos e mão de obra
ça na fase inicial da concepção. Da mesma são, pois, em geral, são de difícil acesso para instalação. <
forma é imprescindível a compatibilização para manutenção. Podem ser empregados
Fontes
da fachada com os demais projetos – es- dispositivos de aço inoxidável, patiná- Guia da Construção 72 (jul/2007). “Alternativas Tecnológicas
trutura, caixilharia, instalações prediais, vel ou carbono. Nos dois últimos casos – Painel arquitetônico de concreto para fachada sem função
estrutural”.
climatização etc. é necessária a proteção contra corro- Téchne 157 (abr/2007) – “Sistemas Construtivos – Painéis
A logística do canteiro também deve são por meio de revestimento de zinco pré-fabricados arquitetônicos de concreto”.
Arquitetura & Urbanismo 164 (nov/2007) – “Superando
ser levada em conta no momento da espe- (galvanização) ou com pintura de alto estigmas”.
cificação, visto que dificuldades de trans- desempenho, como epóxi, por exemplo. Téchne 119 (fev/2007) “Fachadas prontas”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 259

Livro 1.indb 259 25/02/2011 17:26:55


> PAREDE DE DRYWALL

Paredes industrializadas
Drywall apresenta quadro normativo completo e atualizado com a
publicação de nova norma de procedimentos para montagem

D isponível no mercado brasileiro desde


fotos: marcelo scandaroli

a década de 1970, o drywall só adqui-


riu espaço na construção, especialmente
nos segmentos comercial e hoteleiro, na
última década. Apesar da demora, a ascen-
são desse sistema construtivo, que promete
leveza, rapidez de execução e redução dos
resíduos nos canteiros, se explica princi-
palmente pela elaboração de normas téc-
nicas nacionais e à abundância de infor-
mações disponibilizadas pelos fabricantes.
Um passo importante para a conso­
lidação do drywall no mercado foi a
publicação da NBR 15758 – Sistemas
Construtivos em Chapas de Gesso para
Drywall – Projeto e Procedimentos Exe-
cutivos para a Montagem. Com essa
norma, em vigor desde outubro de 2009,
todos os componentes e exigências para Gradativamente, drywall conquista espaço em empreendimentos residenciais, sobretudo naqueles
a correta execução do sistema estão defi- destinados às classes A e B
nidos em norma.
c­ hapas de gesso, elas devem ser trans- Normas técnicas
Compra e recebimento portadas em paletes e precisam ter can-
Como ocorre com outros sistemas, o toneiras de proteção nos pontos em con- > NBR 14715 – Chapas de Gesso
uso do drywall deve se pautar por um pro- tato com cordas e fitas de amarração. As Acartonado – Requisito
jeto bem concebido, pela especificação de peças ­p odem ser transportadas manu- > NBR 14716 – Chapas de Gesso
materiais adequados e pela instalação feita almente ou por empilhadeiras. No caso Acartonado – Verificação das
por mão de obra especializada. do ­transporte manual, devem ser levadas Características Geométricas
Na hora de selecionar o fornecedor, a na posição vertical – e, no caso de serem > NBR 14717 – Chapas de Gesso
aquisição de componentes de modo iso- muito pesadas, por duas pessoas. No mais, Acartonado – Determinação das
lado pode acarretar problemas. O ideal é nos locais potencialmente sujeitos à umi- Características Físicas
que o comprador adquira o sistema com- dade, as chapas deverão ser protegidas por > NBR 15217 – Perfis de Aço para
pleto (chapas, perfis e demais componen- lona plástica. Sistemas Construtivos em Chapas de
tes, como parafusos, massas e fitas para Gesso para Drywall – Requisitos e
juntas etc.). Execução Métodos de Ensaio
O cronograma de entrega deve ser As interfaces do drywall com os ­demais > NBR 15758 – Sistemas Construtivos
­rigoroso, sobretudo porque há uma série sistemas (elétrico, hidráulico, telefonia, em Chapas de Gesso para Drywall –
de processos subsequentes que depen- aspiração e outros) devem ser cuidadosa- Projeto e Procedimentos Executivos
dem da execução da parede. É prudente, mente executadas para não comprometer para Montagem
portanto, que o comprador confira se a o desempenho da parede. Para assegurar
empresa c­ ontratada tem condições de en- boa execução do siste­ma, é crucial que a
Fontes
tregar no prazo ­combinado. montagem seja executada por profissio- Construção Mercado 103 (fev/2010) “Drywall tem nova norma”.
Para garantia da integridade das nais credenciados pelos fabricantes. Téchne 135 (jun/2008). “Melhores Práticas – Paredes de drywall”.

260 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 260 25/02/2011 17:26:56


Dicas de execução de paredes de drywall

Ferramentas
Para evitar retrabalho e desperdício,
utilize as ferramentas apropriadas para
a execução do serviço. Trena, prumo ou
equipamento a laser devem ser utilizados Instalação das chapas
para localização das guias e dos pontos As chapas devem ser instaladas
de referência dos vãos de portas. verticalmente, com altura do pé-direito
menos 10 mm, que deve ser deixado
Corte dos perfis metálicos como folga no piso. A fixação na estrutura
Utilize a tesoura para corte dos perfis é realizada por meio de parafusos, que
metálicos. Nunca se esqueça de usar devem estar distanciados 250 mm entre si
luvas de proteção. e a 10 mm da borda.

Montagem do montante
O comprimento do montante deve
ter altura do pé-direito com 10 mm a Tratamento da junta
menos. O espaçamento entre os eixos Coloque a fita de papel microperfurado
dos montantes deve ser de 400 mm ou sobre o eixo da junta e pressione-a
600 mm. Caso seja preciso emendar os firmemente contra a primeira camada de
montantes, sobreponha-os pelo menos Corte da chapa massa. Aguarde a secagem completa da
300 mm ou utilize um pedaço de guia de, Vire a chapa e, com o auxílio de um massa para evitar imperfeições nas juntas,
no mínimo, 600 mm. estilete, corte o cartão do verso da chapa. como bolhas de ar, vazios e enrugamentos.

ABRIL 2011 – anuário pini – 261

Livro 1.indb 261 25/02/2011 17:26:59


PAREDE DE DRYWALL

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Isolamento em gesso
A Bandgesso Drywall distribui os
produtos do sistema de paredes, tetos e
revestimentos Knauf Drywall. A empresa
afirma oferecer novidades do ramo em
acessórios e ferramentas com vista a
facilitar a execução das obras. As lojas da
Bandgesso oferecem orientação técnica
e elaboram orçamentos também para a
linha de forros minerais AMF e isolamentos
acústicos e térmicos.
Bandgesso Drywall
(11) 5536-3223
www.bandgesso.com.br

Drywall multiuso
A Instaladora Paulista executa obras de
grande porte em drywall, forros removíveis,
isolamentos acústicos, compartimentação
de incêndio, revestimentos e forros em
PVC. A execução é feita em shoppings,
cinemas, edifícios comerciais e
residenciais.
Instaladora Paulista
(11) 5641-1144
www.drywallpaulista.com.br

262 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 262 25/02/2011 17:27:02


xxxxxx > xxxx > xxxxx

ABRIL 2011 – anuário pini – 263

Livro 1.indb 263 25/02/2011 17:27:04


> Pastilha de revestimento

Acabamento personalizado
Além da estética, a escolha de pastilhas de revestimento
deve considerar quesitos técnicos, como a taxa de
absorção de água e a resistência à abrasão

A fabricação de placas em grandes for- desempenhos distintos em razão das

fotos: marcelo scandaroli


matos, uma das principais inovações matérias-primas. De custo mais baixo,
tecnológicas nos últimos anos na área de as pastilhas cerâmicas podem apresentar
acabamento, não inibiu a utilização das taxa de absorção de água variável em fun-
pastilhas de revestimento. Seja como deta- ção do seu processo de fabricação. Alguns
lhes ou revestindo fachadas, pisos, piscinas produtos são classificados como BIIa, o
e paredes inteiras, essas pequenas peças as- que significa que podem chegar a uma
sumiram o status de revestimento sofistica- taxa de absorção de até 6%. As pastilhas
do, permitindo personalizar projetos com- cerâmicas têm ampla variedade de di-
pondo faixas, mosaicos e dégradés diversos. mensões e podem apresentar superfície
Os aprimoramentos se refletem em fosca ou vitrificada.
placas com dimensões múltiplas e dife- Assim como ocorre com os porcelana-
rentes padrões de cor, textura e brilho. tos, as pastilhas de porcelana são placas ce-
Exemplos nesse sentido são as pastilhas de râmicas para revestimento constituídas por
porcelana com acabamentos metalizados argilas, feldspatos e outras matérias-primas
e texturizados, bem como as peças com inorgânicas. Podem revestir pisos, paredes
maior resistência a manchas, com maior e fachadas, podendo ser conformados por
estabilidade de tons e em formatos que prensagem, extrusão ou por outros processos.
facilitam a paginação. Costumam apresentar taxa de absorção de
Outra tendência em consolidação água inferior a 0,5%. Em função do uso de Brilho intenso e reflexos multidirecionais são
são os materiais produzidos a partir do materiais mais nobres em sua composição, resultados do uso de pastilhas de vidro
aproveitamento de insumos. Já há, por apresentam resistência mecânica superior às
exemplo, opções que incorporam cinzas pastilhas cerâmicas e expansão por umidade Normas técnicas
provenientes da queima da madeira das praticamente nula. Com grande resistência a
olarias no esmalte cerâmico, bem como produtos alcalinos e também aos ácidos, são > NBR 15463 – Placas Cerâmicas para
as placas confeccionadas com vidro 100% aplicáveis em ambientes secos e molhados, Revestimento – Porcelanato
reciclado e que resultam de processos pro- em superfícies planas ou curvas; apresentam > NBR 13753 – Revestimento de
dutivos com menor geração de resíduos e baixo coeficiente de condutividade térmica, Uso Interno ou Externo com Placas
consumo de água e energia. podendo ser utilizadas em fachadas e ainda Cerâmicas e com Utilização de
promover um eficiente isolamento térmico. Argamassa Colante
Especificação > NBR 13754 – Revestimento
A especificação de pastilhas de revesti- Cuidados durante a execução de Paredes Internas com Placas
mento não pode prescindir da avaliação de Seja em ambientes internos ou externos, Cerâmicas e com Utilização de
quesitos técnicos. Características como taxa a aplicação de pastilhas requer uma série de Argamassa Colante
de absorção de água – fator decisivo para a cuidados para garantir os desempenhos > NBR 13755 – Revestimento de
incidência de manchas –, e a resistência à estético e técnico do produto. A consistên- Paredes Externas e Fachadas com
abrasão merecem ser considerados. cia correta da argamassa é responsável por Placas Cerâmicas e com Utilização de
Revestimentos para ambientes ex- grande parte do sucesso dessa etapa. Arga- Argamassa Colante
ternos precisam responder a demandas massas fora das especificações contidas na
mais exigentes do que os assentados em embalagem do fabricante podem provocar o
áreas internas. Há de se considerar, ain- deslizamento das placas do mosaico (quan- Fontes
Arquitetura & Urbanismo 187 (out/2009) “Pitadas de Cor”.
da, que pastilhas cerâmicas, de porcelana do aplicado em paredes) ou o afundamento Equipe de Obra 30 (jul/ago/2010) “Aplicação de mosaicos
e de vidro são produtos diferentes, com (quando aplicado em pisos). < de vidro”.

264 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 264 25/02/2011 17:27:04


Aplicação de mosaicos de vidro
Consistência correta da argamassa e cuidados durante a aplicação asseguram o desempenho das placas.
Saiba como aplicá-las, passo-a-passo.

1 – Prepare a argamassa especial para


mosaicos de vidro conforme instruções do
fabricante e espere a mistura descansar
por dez minutos.
5 – Inicie a colocação das placas,
2 – Certifique- suavemente e sem imprimir força, de cima
se de que o para baixo e da esquerda para a direita.
emboço esteja
concluído há pelo
menos 14 dias, 8 – Na sequência, verifique se há pontos
com o acabamento desnivelados, afundados ou com pontas.
desempenado, Com o auxílio da espátula, retire as
nivelado, tesselas desniveladas. Aplique mais
aprumado, limpo e sem pontos de umidade. argamassa e recoloque a peça.
Em seguida, tire o prumo da parede.

6 – Com o auxílio de um tolete de madeira,


bata leve e precisamente nas placas, nivelando
e acomodando as tesselas na superfície
e corrigindo possíveis irregularidades
de espessuras. 9 – Com a argamassa de rejunte e
com o auxílio de um rodo de borracha
3 – Com o lado liso da desempenadeira, complete o rejuntamento preenchendo
inicie a aplicação da argamassa, deixando toda a superfície. Limpe os excessos com
aproximadamente 4 mm de espessura. Forme esponja umedecida em água.
cordões horizontais com o lado denteado.

10 – Após a secagem completa da


7 – Após aplicar de dez a 20 placas, argamassa, realize a primeira limpeza
inicie o processo de retirada do papel, da superfície para retirar a cola do papel
4 – Sob uma superfície plana, coloque a umedecendo-o com a broxa ou trincha já com uma trincha, broxa ou esponja
placa com a face de papel voltada para encharcada com solução ácida indicada pelo umedecida com água. Finalize a limpeza
baixo e aplique a argamassa. Preencha fabricante. Aguarde o ácido agir por cinco a da área com uma estopa ou um pano
todos os vãos da placa. dez minutos e retire o papel. seco e limpo.

ABRIL 2011 – anuário pini – 265

Livro 1.indb 265 25/02/2011 17:27:19


PASTILHA de revestimento

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


acabamento importado Pastilhas recicladas Pastilha vitrificada
No que depender da Hestia Import, o Por utilizarem recomposição de aparas As pastilhas vitrificadas Hestia Import
construtor não precisa trabalhar apenas de primeira reciclagem, as tecnopastilhas são próprias para fachadas e interiores. A
com material nacional. A empresa faz da Rossi Revestimentos são totalmente empresa aposta na capacidade do produto
importação de materiais de construção e recicláveis. O produto é fornecido em agregar requinte à decoração de ambientes,
acabamento, incluindo escoras metálicas, dimensões a partir de 316 mm de largura. valorizando o imóvel e no potencial de
porcelanatos para uso interno e externo e As pastilhas podem ser aplicadas em proteção do empreendimento por longos
pastilhas vitrificadas. A empresa afirma que grandes obras, pois são feitas de manta de períodos, refletindo em economia no custo
procura firmar parcerias com arquitetos e pastilha de termoplástico de engenharia. de manutenção. Cada pastilha tem 2,5 x
incorporadoras para atuação em conjunto. Por isso, apresentam resistência mecânica 2,5 cm (cristal) e 2 x 2 cm (cerâmica) e são
Hestia Import e às ações do tempo. fornecida em placas de 32 x 32 cm, com
(41) 3244-0919 Rossi Revestimentos
sonia@hestiaimport.com.br aproximadamente 144 pastilhas.
(41) 225-1070 Hestia Import
www.hestiaimport.com.br rossicon@terra.com.br (41) 3244-0919
www.rossirevestimentos.com.br www.hestiaimport.com.br

266 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 266 25/02/2011 17:27:21


PASTILHA de revestimento > PISCINA > PISO DE ALTA RESISTÊNCIA

ABRIL 2011 – anuário pini – 267

Livro 1.indb 267 25/02/2011 17:27:23


PISO DE ALTA RESISTÊNCIA > PISO DE BORRACHA > PISO DE CONCRETO

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Planicidade elevada ANTIDERRAPANTE E DRENANTE
A GNP Construtora atua no mercado O piso Megadreno, da Braston, foi
brasileiro há mais de 15 anos executando desenvolvido para áreas externas,
pisos de concreto em locais que exigem podendo ser aplicado em calçadas,
alto nível de planicidade e nivelamento, rampas, caminhos, ruas e áreas de
como em galpões onde há tráfego de piscina. Antiderrapante, é indicado para
empilhadeiras de alta precisão. A GNP foi evitar acúmulo de água na superfície e
eleita pela The Face Company, empresa pode suportar o tráfego de caminhões
criadora do sistema F-Number de medição, de um eixo. A instalação dispensa
a melhor empresa de pisos industriais argamassa ou contrapiso. O Megadreno é
do mundo na categoria por dois anos fornecido com diversas opções de cores,
consecutivos (2009-2010). texturas e dimensões.
GNP Braston Pisos de Concreto
(19) 3267-1016 (19) 3289-5427
www.gnp.com.br www.braston.com.br

Piso de alta resistência BASE de borracha


Os pisos da linha Lavaggio, da A Microrubber tem pisos de borracha
Tecnogran, têm acabamento rústico e indicados para academias e salas de
são indicados para aplicação em áreas ginástica e playgrounds infantis. O
internas e externas, inclusive piscinas produto, feito em látex ou grânulos de
e calçadas. Entre outras opções de pneu, é antiderrapante. Há modelos lisos
pisos pré-fabricados de alta resistência, e pontilhados, diversas cores disponíveis.
a empresa oferece também as Linhas A empresa também conta com a manta
Terrazzo, com acabamento polido e acústica Impactsoft, instalada entre a laje
estampas antiderrapantes, e podotátil, e o contrapiso.
que facilita a locomoção de portadores de Microrubber
(11) 2598-8259
deficiência visual. www.microrubber.com.br
Tecnogran
(41) 2105-3235
www.tecnogran.com.br

268 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 268 25/02/2011 17:27:25


piso drenante > PISO ELEVADO

superfície seca Pisos elevados Famapiso alto desempenho superficial


Antiderrapante, o piso drenante Bloco A Famapiso é fabricante de sistemas de Os pisos elevados Ecopietra são produzidos
Renger dissipa para o solo a água que piso elevado. O Interfama é voltado para com concreto de alto desempenho moldado
se aloja em sua superfície. Segundo o ambientes internos e o Outerfama, para a vácuo, o que resulta em placas com
fabricante, o produto permite que 80% ambientes externos. As placas são de pedra resistência superior às indicadas na NBR
da água retorne para o lençol freático. A natural e recebem um reforço estrutural 15805 – Placa de Concreto para Piso,
Bloco Renger também fornece blocos de que, segundo a empresa, aumenta segundo o fabricante. O produto pode ser
concreto para alvenaria estrutural e pisos sua resistência de 12 a 15 vezes. São fornecido com acabamentos brilhante,
intertravados que atendem as normas para sustentadas por suportes telescópicos de fosco, escovado ou fresado em diversas
35 e 50 MPA. polipropileno. cores. Indicado para aplicação em áreas
Bloco Renger Famapiso internas e externas.
(19) 3515-6405 (11) 3542-6611/2306-6613 Ecopietra
www.blocorenger.com.br www.famapiso.com.br (19) 3515-6400
www.ecopietra.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 269

Livro 1.indb 269 25/02/2011 17:27:29


PISO ELEVADO

270 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 270 25/02/2011 17:27:33


ABRIL 2011 – anuário pini – 271

Livro 1.indb 271 25/02/2011 17:27:36


> PISO ELEVADO

Flexibilidade elevada
Solidez, facilidade para a troca de placas, altura do pé-direito e
revestimento devem ser considerados na especificação

O piso elevado chegou definitivamen-


fotos: marcelo scandaroli

te ao Brasil há mais de 20 anos. Era


uma alternativa para atender à demanda
por acesso ao cabeamento estruturado em
salas técnicas e pequenos centros de pro-
cessamento de dados. Desde então, esse
sistema teve suas aplicações ampliadas,
especialmente em retrofits e em ambientes
corporativos, onde flexibilidade para mu-
danças de layout e agilidade de execução
tornaram-se imprescindíveis.
Atingir essa condição de uso só foi
possível porque, nas últimas duas décadas,
os produtos foram aperfeiçoados, incor-
porando tecnologias como o sistema de
ar insuflado pelo piso. Com placas perfu-
radas e grelhas para saída de ar, essa solu-
ção promete reduzir em cerca de 25% o
consumo de energia em relação ao sistema
insuflado pelo forro, além de possibilitar o
controle individual por zonas.
Novos acabamentos também foram
disponibilizados, como o laminado, o car-
pete em placas, o porcelanato e o granito.
“Há, inclusive, revestimentos produzidos
a partir de material reciclável, que podem
ser compostos por diferentes pigmentos
como se fosse um granilite”, conta a ar-
quiteta Heloisa Dabus. Segundo ela, esse
tipo de inovação abre uma gama de possi-
bilidades para agregar valor aos projetos. Facilidade de reinstalação é requisito a ser avaliado
Os sistemas se diversificaram tanto
que atualmente é possível encontrar no o arquiteto Marcelo Agosto, sócio da Balken crítica de itens, como a necessidade do
mercado, além dos tradicionais pisos ele- Arquitetura e Tecnologia. A colocação de usuário em relação à infraestrutura de
vados com estrutura de aço, os pisos mo- um piso elevado termoplástico de alta re- cabeamento. O estudo sobre a aplicação
nolíticos moldados in loco e modelos com sistência pode ser feita a uma velocidade de do cabeamento causa impactos diretos
suportes telescópicos para rochas naturais 300 m²/dia, enquanto os sistemas metálicos na definição da altura do vão criado en-
– esses últimos mais voltados a aplicações mais antigos, por serem mais pesados, po- tre a laje e a chapa do piso. Essa medida
externas, como em varandas, pátios e co- dem demorar até sete vezes mais. também deve ser compatível com o pé-
berturas. -direito do ambiente em questão. Em
“As opções de encaixe e de regulagem Como especificar edifícios novos, o padrão comumente
de altura foram aprimoradas, viabilizando A especificação dos pisos elevados empregado é de 15 cm, mas em retrofits,
instalações mais limpas e rápidas”, destaca deve ser pautada a partir da análise quando os pavimentos não foram pensa-

272 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 272 25/02/2011 17:27:38


Aspectos críticos da instalação de piso elevado interno

1 – Marcação e locação 3 – Perfil de transição 5 – Colocação das placas


Os eixos de locação dos suportes e a altura Colocar a moldura da tampa de inspeção Seguir sempre uma única direção de
acabada do piso devem ser marcados no sobre os suportes já colados no substrato. colocação, alinhando as placas no suporte
substrato com o auxílio de uma trena, A altura e os espaçamentos corretos dos e evitando deslocamentos horizontais.
régua ou laser. Um fio traçante determina a suportes devem ser observados.
posição dos suportes.

2 – Colagem 4 – Primeira fiada 6 – Acabamento


Uma vez nas posições marcadas, os A montagem da primeira fiada das Colar os encaixes macho-e-fêmea das
suportes devem ser aderidos ao substrato placas deve ser feita junto à parede. placas não-removíveis. Dependendo da
com cola apropriada, verificando-se Cortar a parte “macho” do encaixe da geometria do piso, pode ser necessário
o prumo de cada um. Atentar para a placa, que deverá ficar encostada na aplicar uma junta de dilatação a cada
utilização de suportes compatíveis com o parede. A parte “fêmea”, oposta, ficará 15 m. Após a secagem da cola – cerca de
piso elevado. voltada para o ambiente. 24 horas – já é possível andar sobre o piso.

dos para receber piso elevado, essa altura da aplicação vão influenciar, ainda, a culo às instalações, sob o risco de com-
pode ser menor, chegando a 5 ou 7 cm. escolha do revestimento com base em prometer a acessibilidade.
Com base no conhecimento sobre as requisitos técnicos, como o desempenho Boas práticas na hora da instalação são
demandas por infraestrutura do usuário, termoacústico, e até aspectos estéticos. fundamentais para garantir o desempenho
define-se, ainda, como os cabos de voz e Em aplicações que exigem estabilida- do sistema de piso elevado, seja ele inter-
dados serão alocados e organizados – se de máxima para o funcionamento de no ou externo. O contrapiso deverá estar
confinados em eletrocalhas ou não. Essa equipamentos sensíveis, como em data nivelado e os suportes devem estar devida-
decisão deve se basear na quantidade centers, a recomendação recai sobre mente posicionados e aprumados. <
e tipo de cabeamento utilizado, assim pisos de alta resistência, cobertos com Fontes
como a previsão de troca da tecnologia materiais como laminado melamínico AU – Arquitetura & Urbanismo 192 (mar/2010) “Pisando firme”.
Téchne 145 (abr/2009) “Melhores Práticas – Pisos elevados
de cabeamento estruturado. antiestático. Além disso, o revestimento internos”.
As particularidades do ambiente e escolhido jamais deve servir de obstá- Equipe de Obra 26 (nov/2009) “Plantas – Piso elevado”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 273

Livro 1.indb 273 25/02/2011 17:27:44


> PISO ESPORTIVO

Esporte seguro
Especificação de pisos esportivos deve levar em conta
não apenas a modalidade que será praticada, mas
também sua intensidade

S eja em quadras, ginásios ou em pistas


Fotos: Divulgação

de atletismo, pisos adequados à prática


de esportes têm um papel fundamental
para a segurança dos usuários e para o de-
sempenho de atletas. Nas provas de alto
desempenho, a interface entre o homem e
o solo pode garantir ganhos de milésimos
de segundo em corridas, maior impulsão
nos saltos, empuxo nas saídas das provas
de velocidade, um quique uniforme da bo-
linha no tênis e menos lesões dos usuários,
por exemplo.
Para cada atividade, há pelo menos um
tipo de piso esportivo capaz de evitar da-
nos à saúde e permitir uma prática segura
do esporte. A matéria-prima pode ser a
mais variada, desde a madeira e a grama
natural, até os compostos sintéticos, como
o poliuretano e o polietileno. As quadras podem ter acabamento mais liso para uso poliesportivo ou mais áspero para a prática de tênis
Em quadras poliesportivas de giná-
sios cobertos, a escolha mais usual é pelo
piso flutuante de madeira. As quadras tipos mais comuns de pisos esportivos
Piso Uso Características
descobertas mais tradicionais costumam
Base asfáltica Tênis, quadra poliesportiva, Pequena flexibilidade (absorve
ter base asfáltica monolítica, com aca-
badminton, paddle, peteca pouco os choques) e baixa
bamento de resinas acrílicas coloridas. manutenção
Há, ainda, as pistas de atletismo, normal- Saibro Tênis Piso lento
mente executadas sobre base de concreto Sintético para tênis Tênis Bastante rápido
ou asfalto, com uma manta de grânulos Concreto Recreação, patinação, skate, bicicleta Piso duro, não adequado a práticas
de borracha pré-fabricada, e com acaba- esportivas
mento em resinas poliuretânicas. Grama sintética Tênis, futebol society, futebol de Menos manutenção e menor perda
campo de dias de funcionamento do campo
Seleção Madeira Sempre em quadras cobertas: Pode ser semiflutuante ou flutuante
poliesportivo, badminton, paddle, Absorve bem os choques/liso
Recomenda-se que a escolha entre
peteca, squash (semiflutuante, sem
um ou outro tipo seja feita por arqui- aplicação de verniz em madeira
teto especializado, diz Patrícia Tota- cetim amarela ou marfim)
ro, arquiteta e consultora da Abriesp Borracha sintética Poliesportivas, playgrounds, Flexível. Absorve impacto,
(Associação Brasileira da Indústria academias de ginástica antiderrapante, alta resistência, boa
do Esporte). O arquiteto e consultor absorção acústica

de arquitetura e engenharia esportiva PVC Aeróbica, danças (não balé), Piso duro, com pouca flexibilidade e
recreação, multiuso escorregamento
Eduar­do de Castro Mello vai mais além
PUA (Resina Poliuretânica Academias Escorrega menos, efeito estético, é
e recomenda a consultoria de um pro- Autonivelante) uniforme e, dependendo da base,
fissional de Educação Física para auxi- pode ou não ter flexibilidade
liar a tomada de decisão. Fonte: arquiteta Patrícia Totaro.

274 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 274 25/02/2011 17:27:44


Pisos e bases por tipo de uso

Quadras cobertas
Bases do piso: concreto, asfalto e agregados.
Tipos de revestimento: poliuretano autonivelante com ou sem
camada amortecedora de impactos, pré-fabricados, assoalhos
flutuantes em madeiras, base asfáltica com revestimento acrílico,
saibro (para tênis) e grama sintética.

Quadras externas
Bases do piso: concreto, asfalto e agregados.
Tipos de revestimento: acrílico, poliuretano, pré-fabricados
em placas e mantas, saibro e areia, grama sintética.

Ginásios
Base do piso: concreto, prevendo impermeabilização,
acabamento da superfície, juntas de dilatação, planicidade
e sobrecargas.
Tipos de revestimento: poliuretano autonivelante com ou sem
camada amortecedora de impactos, pré-fabricados e assoalhos poliuretano autonivelante, poliuretânico autonivelante sobre camada
flutuantes em madeira. amortecedora e tela, laminado de madeira de alta resistência.
Área de peso livre na musculação: emborrachados em mantas
Campos esportivos ou placas.
Base do piso: pode ser de granulado e borracha. Salas de ginástica: mantas ou placas vinílicas com base
Tipos de revestimento: grama sintética ou natural. emborrachada, emborrachados em mantas ou placas, poliuretânico
autonivelante preferencialmente sobre camada amortecedora,
Pistas de atletismo laminado de madeira de alta resistência, madeira
Bases do piso: concreto, asfalto e agregados. preferencialmente flutuante.
Tipos de revestimento: sistema de pisos sintéticos como manta Salas de dança: madeira flutuante.
moldada no local, pré-fabricados em mantas, sistema “sanduíche” Sala de lutas: tatami sintético.
(misto de pré-fabricado e moldado no local) e poliuretano puro.
Pistas (skate, patins e bicicleta)
Academias Bases do piso: concreto armado para pista externa e estrutura
Área de equipamentos na musculação: mantas ou placas vinílicas metálica ou madeira para pista interna ou pista removível. Tipos de
com base emborrachada, emborrachados em mantas ou placas, revestimento: concreto polido, granilite e madeira laminada.

Fonte: Manual do Escopo de Contratação de Infraestrutura Esportiva, organizado pela Abriesp (Associação Brasileira da Indústria do Esporte).

Durante a especificação, os pon- são mais flexíveis quanto às dimensões, camadas é fundamental para diminuir a
tos principais a serem analisados são: até por serem normalmente usados para quantidade de vazios.
quantidade de horas e dias em que o a prática de vários esportes em um mes- As mesmas precauções devem ser to-
espaço esportivo será utilizado; número mo espaço. madas com a base de concreto, muitas vezes
de usuários; se vai ser para fim comer- utilizada como piso de quadras poliesporti-
cial ou residencial; e tipos de uso que Instalação vas de empreendimentos residenciais.
vai ter. A empresa que for instalar os diver- Há normas específicas para a instalação
Em se tratando de quadras profis- sos tipos de piso esportivo deve seguir de cada tipo de piso. A NBR 15799:2010,
sionais ou semiprofissionais, devem ser alguns requisitos importantes durante o por exemplo, padroniza e classifica o aca-
respeitados os regulamentos das confe- procedimento. Se o piso for asfáltico, é bamento dos pisos de madeira. <
derações esportivas. Por exemplo, a CBAt importante que seja posta uma camada
(Confederação Brasileira de Atletismo) preliminar de pedrisco, coberta por ou- Fontes
faz a medição da pista caso ela receba tra com pó de pedra, para fazer a base de Guia da Construção 109 (ago/2010) “Como comprar – Pisos
esportivos”.
uma competição oficial. Já os espaços asfalto. Além disso, a compactação ade- Téchne 78 (set/2003) “Pisos esportivos dão um salto”.
esportivos construídos para recreação quada dos agregados em suas diferentes Construção Mercado 60 (jul/2006) “Lazer profissional”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 275

Livro 1.indb 275 25/02/2011 17:27:45


piso esportivo
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Pista de skate Base atlética Pisos Pardini


Especializada em esportes, cultura e lazer, a Com quase uma década de atuação no A Pardini desenvolve produtos para
Coxport projeta e constrói pistas de skate. mercado de pisos esportivos, a Total Grass diversas modalidades esportivas, como
A empresa possui uma equipe profissional apresenta uma ampla gama de opções redes, traves, postes, cabos de aço,
especializada, além do know-how de para campos e quadras para a prática de tabelas de basquete e cadeiras para
engenharia e tecnologia para atender diversos esportes. Os produtos destinam- juiz. A empresa presta serviços de
às exigências específicas dessa prática se à aplicação em clubes, condomínios, construção e reforma de quadras em
esportiva. A Coxport constrói também escolas, dentre outros locais. saibro, concreto, asfalto e poliesportivas.
várias outras instalações esportivas como Total Grass Realiza, também, serviços de pintura,
(11) 4033-8119
quadras diversas, campos de futebol, pistas www.totalgrass.com.br alambrado, iluminação, redes de proteção,
de atletismo, ginásios esportivos etc. demarcação de linhas e grama sintética.
Coxport Engenharia e Comércio Ltda. Pardini
(11) 3864-2000 (11) 2063-9210/2914-9567
www.cox.com.br www.pardinisports.com.br

276 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 276 25/02/2011 17:27:48


Piso ESPORTIVO

revestimento em mantas PISO reciclado


O revestimento em mantas O piso Ecotile é composto por 75%
Omnisports é indicado para quadras de material reciclado: garrafas
poliesportivas cobertas, salas de de vidro, espelhos, pastilhas
ginástica, entre outros. Segundo descartadas, pneus e garrafas PET.
a empresa, a superfície resiste O aglomerante usado é resina epóxi.
a deslizamentos, e a absorção a Pode-se personalizar o produto pelas
impactos protege cores da resina, dos vidros e nas
os músculos e articulações proporções da mistura. Indicado para
dos esportistas. áreas de alto tráfego, sua superfície
Tarkett Fademac é polida, impermeável e resistente a
0800-119-122
www.fademac.com.br ataques químicos.
Antigua
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ABRIL 2011 – anuário pini – 277

Livro 1.indb 277 25/02/2011 17:27:51


PISO INDUSTRIAL

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Selantes Polipiso Sem juntas


Produzidos pela Polipiso, os selantes de A Fernandes Engenharia executa
poliuretano modificado com alcatrão Joint pisos industriais que chegam a cobrir
Flex são indicados para áreas externas que 6.232 m² sem juntas de dilatação.
demandam bom grau de alongamento, Para isso, a empresa conta com
resistência química elevada e resistência a plataformas Laserscreed (duas SXP
alterações quando expostos a intempéries. e duas SXPD) e outros equipamentos.
Os selantes podem ser utilizados em Fernandes Engenharia
(11) 4524-4855
pavimentos horizontais ou verticais, em www.fernandesengenharia.com.br
áreas abertas, como estacionamentos,
aeroportos, fachadas de edifícios etc.
Polipiso
(19) 3593-0008
www.polipiso.com.br

278 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 278 25/02/2011 17:27:55


PISO INDUSTRIAL > PISO INTERTRAVADO

Piso de 50 MPa
A Oterprem fornece o piso intertravado
de concreto de alta resistência, com 50
Piso tratado Pavimentos diversos MPa. O piso, segundo a empresa, atende
Para execução de pisos de concreto, a Especializada em pisos de concreto, a às áreas que recebem tráfego pesado,
construtora GNP utiliza equipamentos Trima Engenharia atua tanto na fase de possui boa permeabilidade e qualidade
diversos, como níveis a laser e ópticos, projeto quanto de execução desse tipo de estética ao ambiente. Há vários formatos
rodos regularizadores, réguas vibratórias obra. A empresa trabalha nas seguintes de piso, como o retangular, o sextavado
simples e treliçadas, acabadoras simples áreas: pisos industriais de concreto e e o de 16 faces.
e duplas, além de realizar cortes de juntas pavimentos rígidos, pavimentos flexíveis Oterprem
(11) 4667-3232
serradas. A durabilidade é incrementada, e pavimentos de blocos pré-moldados –
www.oterprem.com.br
explica a empresa, por meio de tratamento intertravados – de concreto, tecnologia
químico com tintas e resinas, revestimentos de concreto e auditoria de qualidade.
em epóxi, uretano e poliureia. Trima Engenharia e Consultoria
GNP Construtora (19) 3212-2799
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concreto poroso Intertravado resistente


O piso permeável drenante em concreto Os pisos intertravados da Renger são
poroso é uma das alternativas para pisos fabricados em concreto e, mesmo com
permeáveis – ao lado dos concregramas capacidade drenante, atingem resistência
e dos pisos intertravados com juntas de 50 MPa, conforme assegura a empresa.
alargadas. O permeável drenante em Podem ser aplicados inclusive em pátios de
concreto poroso permite a passagem de logística. A empresa, que também fabrica
água da chuva através da peça, amenizando blocos de concreto de alta resistência para
com isso o empoçamento d’água. A alvenaria estrutural, fornece os pisos de
empresa informa que o produto tem a concreto em diversas cores e formatos, a
função de ajudar a combater as enchentes. depender das necessidades do cliente.
Oterprem Blocos Renger
(11) 4667-3232 (19) 3246-0522
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ABRIL 2011 – anuário pini – 279

Livro 1.indb 279 25/02/2011 17:27:57


> PISO INTERTRAVADO

Base firme
Os principais cuidados de especificação, transporte, recebimento e
instalação de pavimentos intertravados de concreto

P roduzido com peças pré-moldadas


fotos: marcelo scandaroli

de cimento estrutural branco e pig-


mentos especiais, o piso intertravado
de concreto é indicado para pavimentar
áreas expostas a diferentes condições
de tráfego, desde a mais leve, como em
calçadas para pedestres, até a mais in-
tensa, como em depósitos de carga. De
instalação simples, o sistema tem efeito
antiderrapante e se caracteriza pela faci-
lidade de manutenção. Em caso de pato-
logias apenas as peças afetadas precisam
ser trocadas ou recolocadas, evitando
quebra-quebra.
A NBR 9781 – Peças de concreto para
pavimentação – Especificação classifica
como padrão o formato geométrico regu-
lar e especifica resistência mínima à com-
pressão maior ou igual a 35 MPa. Em casos
de tráfego de veículos especiais ou risco de
abrasão, a resistência deve ser superior ou
igual a 50 MPa.
A espessura dos blocos também varia
em função da aplicação. Para tráfego de Os blocos de concreto podem ser encontrados em espessuras variadas para
pedestres ou ciclovias, por exemplo, a atender diferentes graus de agressão
pavimentação pode ser feita com blocos
de 40 mm. Já para uso em vias, podem proporciona uma instalação seca e con- compreendem meios-fios, meios-fios-sar-
ser utilizados blocos com até 100 mm tribui para manter a permeabilidade do jetas, e vigas armadas ou não-armadas. A
de espessura. solo urbano. É importante, porém, que condição ideal é que esses confinamentos
Para o bom desempenho do pavi- a areia da camada de assentamento das apresentem as faces em contato com os
mento, é importante que os blocos sejam peças tenha granulometria contínua e blocos perfeitamente verticais.
fabricados com concreto submetido a um média, seja lavada e apresente qualidade Para garantir boa drenagem, deve-se
rigoroso controle tecnológico. Além dis- semelhante à usada em concretos ou ar- ter cuidado com as inclinações longitu-
so, é fundamental que as arestas da face gamassas de assentamento. A areia deve, dinais e com os caimentos transversais
superior das peças intertravadas estejam ainda, passar totalmente pela peneira de de pavimentos intertravados. Recomen-
bisotadas e possuam dispositivos eficien- 9,5 mm. dam-se caimentos transversais de 3% e
tes para a transmissão de carga de um A instalação requer, também, cuidado 2% para vias e calçadas, respectivamente,
bloco a outro. especial com a execução do subleito, base com caimento transversal máximo de 4%
da estrutura do pavimento. Para evitar que em qualquer caso.
Cuidados na instalação as peças se soltem, deve-se promover o
Os blocos são aplicados sobre ber- preenchimento adequado das juntas. Logística e recebimento
ço de areia lançado diretamente no solo Outro procedimento indispensável é Os blocos devem ser transportados
compactado. O travamento das peças a criação de uma contenção lateral firme. em paletes da fábrica para o canteiro. No
utiliza areia e dispensa argamassa, o que Os tipos de contenção lateral mais comuns recebimento, é prudente que o compra-

280 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 280 25/02/2011 17:27:59


Como executar piso intertravado de concreto

Preparo da base Camada de areia Juntas


Após conferir o local de aplicação para Faça uma camada de areia média ou A próxima etapa será espalhar a areia fina
verificar a direção da água, pontos de grossa com 3 cm a 5 cm de espessura. por cima dos blocos. A largura das juntas
drenagem e avaliar as condições de Use guia de nivelamento e régua metálica entre as peças de concreto deve ter de
cheias, prepare a base com caimento para uniformizar a camada de areia. 1 mm a 3 mm. Os valores mais comuns
mínimo de 1%. Espalhe a camada de Sobre ela, serão assentados os blocos de adotados são 2,5 mm e 3 mm. Depois de
brita graduada simples ou bica corrida concreto. espalhada a areia fina, faça a compactação
compactada sobre subleito também inicial com placa vibratória.
compactado.

Assentamento Compactação
Em seguida, os blocos de concreto Use a vassoura para fazer com que a
poderão ser assentados. Esse areia penetre ainda mais nas juntas entre
Contenções laterais procedimento deve ser feito com cuidado os blocos. Faça a compactação final.
O pavimento intertravado exige a para não danificar a camada de areia. É É importante ressaltar que qualquer
instalação das contenções laterais para recomendável colocar primeiro as peças tipo de pavimentação deve ter a base
evitar o deslocamento das peças. Por isso, inteiras e depois as que precisam ser adequadamente compactada. Do contrário,
é importante executar as sarjetas ou guias. cortadas. poderá sofrer deformação (recalque).

dor faça uma inspeção visual que permita determinação da resistência à compressão tende a ser; e verificar se há grande variação
verificar se as peças estão homogêneas, – Método de Ensaio. na qualidade de cor, indicador de proble-
com aparência igual à da amostra da Outras orientações para o recebimento mas na compactação do concreto. <
compra, e se detêm as especificações ne- do produto são: observar a permeabilidade
Fontes
cessárias ao projeto a ser construído. Se e porosidade das peças de concreto, que Guia da Construção 103 (fev/2010). Como Comprar “Pavimento
houver dúvidas por parte do cliente, há devem apresentar dificuldade em absorver intertravado de concreto”.
Equipe de Obra 18 (jul/2008) “Piso intertravado”.
recomendações previstas na NBR 9780 a água; fazer um teste de massa, pois quanto Téchne 66 (set/2002) – “Artigo – Pavimentos de concreto
– Peças de concreto para pavimentação e mais leve se apresentar, menos resistente intertravados”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 281

Livro 1.indb 281 25/02/2011 17:28:09


Piso intertravado

282 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 282 25/02/2011 17:28:12


Piso intertravado > piso podotátil > placa cimentícia

FOTO CEDIDA PELA EMPRESA

Placa Eterplac
A placa cimentícia Eterplac é produzida
com cimento Portland e fios sintéticos à
base de PVA, por meio da tecnologia CRFS
(Cimento Reforçado com Fio Sintético).
Versátil, a placa pode ser usada em paredes
internas e externas, áreas secas e úmidas,
fachadas, beirais e oitões, shafts, módulos
construtivos e construção steel framing,
entre outras aplicações. O produto tem o
Selo SustentaX de sustentabilidade (Norma
ISO 14024) e, segundo o fabricante,
reduz os custos com mão de obra e com
o desperdício de material, bem como dos
prazos de entrega da obra.
Eternit
0800-021-1709
sac@eternit.com.br
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ABRIL 2011 – anuário pini – 283

Livro 1.indb 283 25/02/2011 17:28:13


> PORTA PRONTA

Abertura completa
Kits de portas prontas eliminam várias etapas do processo de
instalação. Com isso, garantem rapidez, reduzem a demanda por
mão de obra e, ainda, diminuem desperdícios no canteiro

O que se convencionou chamar de porta


fotos: marcelo scandaroli

pronta pelos construtores brasileiros é a Normas técnicas


compilação de vários componentes e etapas
de serviço de instalação de portas em um > NBR 8542 – Desempenho de Porta
sistema composto de kits pré-fabricados, de Madeira de Edificação
padronizados e compatibilizados com os > NBR 8037 – Porta de Madeira de
demais componentes construtivos da obra. Edificação
O kit tradicional é composto de marco > NBR 8052 – Porta de Madeira de
(batente), folha de porta, alizar ou guarni- Edificação – Dimensões
ção, ferragens (dobradiças e fechadura) e > NBR 8054 – Porta de Madeira
acabamento (verniz ou pintura). A “porta de Edificação – Verificação do
pronta” pode ser empregada em obras com Comportamento da Folha Submetida a
paredes de alvenaria convencional e, prin- Manobras Anormais
cipalmente, em obras que utilizam sistema > NBR 8053 – Porta de Madeira
de construção a seco (paredes de chapas de de Edificação – Verificação de
gesso acartonado), em função da compati- Deformações da Folha Submetida a
bilidade com o processo de montagem de Carregamentos
componentes pré-fabricados. > NBR 8544 – Porta de Madeira
Para atender às variações das paredes de Edificação – Verificação do
em obras convencionais, as indústrias pas- Comportamento da Folha sob Ação da
saram a oferecer soluções já existentes em Kits de portas substituem cerca de dez componentes Água e sob Ação do Calor
outros países, como a porta com marco/ > NBR 8543 – Porta de Madeira de
batente regulável. Além disso, múltiplas tos de paredes para evitar os retrabalhos Edificação – Verificação das Dimensões e
opções de acabamento são disponibili- na instalação dos kits. Formato da Folha
zadas, desde os padrões amadeirados A NBR 8542 – Desempenho de Porta de > NBR 8051 – Porta de Madeira de
(marfim, mogno etc.) até os laminados Madeira de Edificação deve servir de refe- Edificação – Verificação da Resistência a
melamínicos, entre outras. rência para a compra e utilização das portas Impactos da Folha
prontas. Para facilitar e acelerar o processo
Compatibilização de projetos
Antes de ser fabricado, o kit deve ser
concebido e projetado juntamente aos de-
Checklist – como comprar
mais itens do edifício. A definição do uso da > Categoria – Especifique um padrão de porta compatível com o padrão da obra
porta pronta antes de iniciar a construção (econômico, médio, superior)
é importante, também, para que os cuida- > Desempenho – Verifique a performance requerida em norma ABNT de acordo com o
dos na preparação dos vãos sejam tomados local de uso – interior (interna e entrada) ou exterior
desde o princípio, otimizando o uso do pro- > Design e acabamento – A aparência visual deve estar de acordo com especificações de
duto. Como se trata de um componente pré- projeto (pintura ou verniz, lisa ou com frisos)
-fabricado, o contato com o fornecedor deve > Requisitos especiais – Verifique conforto acústico e térmico, resistência ao fogo,
acontecer desde o planejamento da obra. segurança, entre outros
Após a definição do produto em proje- > Preços – Cumpridos os requisitos acima, o comprador deve ter uma planilha com
to, é fundamental o acompanhamento da cerca de três fornecedores qualificados antes de definir a compra
execução dos vãos, prumos e alinhamen-

284 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 284 25/02/2011 17:28:16


Instalação de porta pronta

Estocagem e manuseio Esquadrias externas


Os kits não podem ser armazenados Instalar as portas e aplicar a vedação com
por mais de 90 dias. O ideal é espuma de poliuretano somente após o
receber as portas quando a etapa acabamento das paredes e do forro e da Vão
de pintura estiver em andamento. O instalação das janelas. Isso evita manchas Os fabricantes de portas informam as
descarregamento não pode ser feito nas portas e a retirada da espuma pelo dimensões necessárias para o vão. O
sob a chuva e as portas devem ser vento antes da secagem completa. Além esquadro, o prumo e o nível tanto de
estocadas em local seco e protegido disso, com piso e soleira prontos, está paredes quanto de pisos garantem o
contra intempéries. criado o referencial para a instalação. bom funcionamento do sistema.

Fixação
Espaletas Com o vão preparado e limpo para receber
Os alizares necessitam de um espaço a instalação, a fixação provisória deve se Acabamentos
mínimo para serem instalados. No caso dar por meio de cunhas de madeira entre Os acabamentos, essencialmente a
de a instalação das portas se dar junto o kit e o vão. Somente após a fixação fechadura e os alizares, devem ser os
a cantos de paredes, vigas ou pilares, provisória é que deve ocorrer a aplicação últimos elementos a serem instalados
é necessário prever a construção de da espuma de poliuretano de acordo com para evitar manuseio excessivo das
espaletas – ou bonecas – no vão. as dimensões e uso da porta. maçanetas e sujeira.

de cotação, a comparação entre diferentes Logística e recebimento vador definitivo para os pavimentos. A
produtos e fornecedores deve levar em con- A definição do pedido técnico (re- montagem deve acontecer na etapa final
ta a segmentação do padrão de obra. Nesse lação dos tipos de kit com suas respec- da obra, com o piso e o teto acabados e
ponto é importante que os construtores qua- tivas características e local de instalação a pintura das paredes com, no mínimo,
lifiquem seus fornecedores de portas antes na obra) deve ser feita com antecedência uma demão de tinta. <
da compra, para formar um cadastro de pré- de, pelo menos, seis meses antes do final
-qualificação com os requisitos exigidos pe- da obra. A “porta pronta” só deve ser en- Fontes
Construção Mercado 89 (dez/2008) “Integração necessária”.
los projetos e normas da ABNT(Associação tregue na fase de acabamento da obra e, Téchne 109 (abr/2006) “Melhores Práticas – Instalação de
Brasileira de Normas Técnicas). de preferência, ser transferida pelo ele- porta pronta”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 285

Livro 1.indb 285 25/02/2011 17:28:19


PROJETORA DE ARGAMASSA > QUADRO ELÉTRICO

286 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 286 25/02/2011 17:28:22


QUADRO ELÉTRICO > RECUPERAÇÃO E REFORÇO ESTRUTURAL
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Painéis elétricos SEM CHOQUES Recuperação de fachadas


A Hematec fornece painéis elétricos para Os painéis fabricados pela Engerey A Novata tem mais de 20 anos de
segmentos variados, como automobilístico, contêm tomadas industriais experiência em obras de reforço,
alimentício, construção civil, indústria devidamente protegidas e próprias recuperação e readequação dimensional
química, farmacêutica, siderúrgica e para a ligação de equipamentos de fachadas. Também atua na
mineração. A empresa atua principalmente diversos. A solução evita que restauração de edifícios e monumentos
nas áreas industrial e civil. Fornece quadros fios fiquem dispersos pela obra, tombados como patrimônio histórico.
de distribuição de luz e força, sistemas de diminuindo riscos de choques Novata Engenharia
(11) 5908-8080
proteção, automação, CCMs (Centros de e acidentes. www.novataengenharia.com.br
Controle de Motores), cubículos de média Engerey
(41) 3022-3050
tensão e subestações, etc. www.engerey.com.br
Hematec
(11) 3705-9360
www.hematec.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 287

Livro 1.indb 287 25/02/2011 17:28:24


> Reservatório de água (concreto e metálico)

Moldagem de tanques
Reservatórios para abastecimento de condomínios e indústrias
devem ter especificação pautada no estudo sobre a demanda e
nas condições para manutenção

O s reservatórios d’água de concreto são a concretagem. Depois, a cura deve ser feita
Divulgação: DSR Reservatórios

utilizados quando é necessário reser- no tempo adequado para poder desenfor-


var ou distribuir uma grande quantidade mar”, explica Inês Battagin, superintendente
de água em empreendimentos como con- do Comitê Brasileiro de Cimento da ABCP
domínios residenciais e industriais. São (Associação Brasileira de Cimento Portland).
encontrados em dois formatos: cilíndrico A situação é um pouco diferente quando
e paralelepipedal, e podem ser moldados se tratam de reservatórios cilíndricos. Dian-
in loco ou com estruturas pré-moldadas. te da capacidade e do porte da construção,
Os reservatórios cilíndricos podem ser torna-se mais viável contratar empresas es-
classificados em relação ao solo (enterrado, pecializadas para a construção desses reser-
semienterrado, apoiado e elevado) e por fi- vatórios a partir de peças pré-moldadas ou
nalidade (acumulação ou equilíbrio). Tam- de fôrmas (trepantes ou deslizantes).
bém podem se distinguir pelo tamanho: Ana Elisabete Jacintho, professora do
grande, com capacidade acima de 5.000 departamento de engenharia da PUC-Cam-
m2; médio, com volume de até 5.000 m2; e pinas (Pontifíca Universidade Católica), ex-
pequeno, para suportar até 500 m2 de água. plica que, para moldar um reservatório com
A quantidade de água que o reservatório fôrmas trepantes, geralmente são utilizados
vai receber deve estar de acordo com o projeto dois ou três jogos de fôrmas metálicas para
do empreendimento, assegurando uma re- Reservatórios de concreto podem ser moldados in a construção de um anel que é preenchido
serva de emergência nas células instaladas no loco ou executados com peças pré-moldadas por armadura e concreto. Assim que um fica
reservatório. No livro “Instalações Hidráulicas pronto, monta-se outro por cima, da mesma
e o Projeto de Arquitetura”, o projetista de maneira. Uma vez que o concreto do anel de
instalações hidráulicas, Roberto de Carvalho para a fabricação. No caso dos reservató- baixo endureça, ele é desenformado e todo o
Júnior, explica que a capacidade do reservató- rios paralelepipedais, usados em grande material é utilizado para montar outra estru-
rio deve ser de duas vezes o consumo diário parte nos condomínios residenciais ver- tura acima do último anel.
em litros. Esse consumo pode ser calculado ticais, a moldagem geralmente fica por Com as fôrmas deslizantes, não é neces-
multiplicando a população que ocupará a edi- conta das próprias construtoras. sário retirar anéis para a moldagem. “Assim
ficação pelo consumo per capita em litros/dia. Para que o fluxo da água que circula que endurecer o concreto e ele adquirir re-
O dimensionamento de uma caixa pelos apartamentos seja facilitado, a es- sistência suficiente, a fôrma é empurrada
d’água deve garantir o fornecimento de tratégia mais convencional é instalar uma para cima por meio de macacos hidráulicos
água de forma contínua, em quantidade caixa d’água na parte inferior do edifício, e fica apoiada na própria estrutura de con-
suficiente, com pressões e velocidades que recebe o líquido que vem da distribui- creto”, explica. Caso o método de execução
adequadas ao perfeito funcionamento das dora, e outra na parte superior, que faz a escolhido seja a montagem de peças pré-
peças de utilização e do sistema de tubula- distribuição para todo o empreendimento. -moldadas, a execução é semelhante a um
ções. Deve, também, preservar o conforto Ambas são moldadas por fôrmas que po- empilhamento de estruturas, que se interli-
dos usuários, inclusive acústico. dem ser metálicas ou de madeira, e o pro- gam para formar um reservatório completo.
cedimento fica a cargo dos profissionais Após a concretagem, a remoção ou acrés-
CUIDADOS DURANTE A MOLDAGEM responsáveis pela construção do prédio. cimo de tubulações é de extrema dificuldade,
Para a construção do reservatório, a “Para fazer um reservatório cilíndrico en- por isso deve-se atentar à posição e bitola dos
construtora pode optar por contratar uma terrado, cava-se um buraco como na execução tubos de aço galvanizado a serem concreta-
empresa que execute o serviço de molda- de uma piscina. É feito o dimensionamento, o dos com o reservatório, observar se as roscas
gem ou utilizar sua própria mão de obra posicionamento das fôrmas e então efetua-se desses tubos estão em perfeito estado, untadas

288 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 288 25/02/2011 17:28:24


Reservatórios metálicos

Assim como o concreto armado, utilizado. No caso de armazenamento de

Divulgação Brasil Sub Com


o aço também é bastante utilizado água potável utiliza-se, na parte interna,
na confecção de reservatórios para epóxi poliamida de alta espessura; para
armazenar água potável e efluentes. efluentes utiliza-se epóxi betuminoso
O tipo de aço empregado depende e para combustíveis, epóxi poliamina.
do líquido a ser reservado e do Em ambientes rurais e urbanos,
local da instalação. Caso o líquido costuma-se utilizar esmalte alquídico
a ser armazenado seja agressivo, a como revestimento externo. Já em
escolha tende a recair sobre o aço polos petroquímicos, locais poluídos,
inox, por exemplo. entre outros meios agressivos, o mais
Os mesmo parametros definem o indicado é o tratamento superficial com
tipo de revestimento (pintura) a ser poliuretano alifático.

maioria dos casos, em todos os Estados


Checklist brasileiros; com uma demanda maior
por reservatórios cilíndricos, recebem as
> Os reservatórios d’água de concreto podem ser cilíndricos ou paralelepipedais especificações dos projetos das constru-
> A multiplicação do número da população que vai ocupar o edifício pelo consumo per toras e procuram se adaptar aos critérios
capita resulta no valor do consumo diário de água estabelecidos. No caso de locomoção de
> A limpeza deve ser feita a cada seis meses, controlando a potabilidade da água funcionários e equipamentos para a reali-
conforme a NBR 5626 zação do serviço, tudo deve estar previsto
> Na contratação do serviço de moldagem, todos os custos da empresa contratada no contrato. “Todos os custos são de res-
poderão estar inclusos ponsabilidade da contratante”, lembra a
> No caso de locomoção de funcionários e equipamentos para a realização do serviço, engenheira Ana Jacintho.
tudo deve estar previsto no contrato Antes de escolher pela empresa e assi-
> Para reservatórios com capacidade superior a 2 mil l, é fundamental controlar o nar o contrato, é prudente verificar tudo o
padrão de potabilidade por meio de análise físico-química-bacteriológica periódica de que é oferecido e as principais exigências,
amostras da água como a disponibilidade para manutenção.

NORMAS TÉCNICAS
Não há normas que atendam exclu-
em óleo mineral e protegidas com plásticos. A impermeabilização de reservatórios sivamente ao processo de moldagem dos
Tubos leves, como PVC ou cobre, não devem de concreto armado pode ser feita com reservatórios de concreto. As especifica-
ser concretados direto no reservatório. manta asfáltica, argamassa polimérica ou ções normativas principais estão na NBR
cristalização, entre outros métodos. Deve-se 6118, referente aos projetos de estrutura
MANUTENÇÃO E LIMPEZA fazer testes de escoamento, identificando e de concreto, e na NBR 14931, que se de-
Após a concretagem, cura e remoção corrigindo possíveis empoçamentos. Todos dica ao procedimento de execução dessas
de fôrmas, procede-se à limpeza do reser- os cantos e arestas deverão ser arredonda- estruturas. “A NBR 6118 determina fa-
vatório antes de sua impermeabilização. dos com raio aproximado de 8 cm. Deve-se tores como a quantidade de armaduras,
A limpeza e desinfecção do reservatório prever o arremate da impermeabilização espessura mínima da parede do reser-
d’água de concreto devem ocorrer a cada nos parâmetros verticais e as tubulações de- vatório e limite de fissuras; enquanto a
seis meses. Também deve ser assegurada vem ser fixadas com flanges e contraflanges NBR 14931 traz exigências sobre como o
a vedação adequada da tampa do reserva- para um perfeito arremate de impermea- concreto vai ser utilizado na obra”, deta-
tório. Para reservatórios com capacidade bilização e não poderá haver emendas das lha Jacintho. <
superior a 2 mil l, é fundamental controlar tubulações embutidas no concreto.
Fontes
o padrão de potabilidade por meio de aná- Construção Mercado 68 (mar/2007) “Como Comprar – Reser-
lise físico-química-bacteriológica periódica COTAÇÃO DE PREÇOS E FORNECEDORES vatórios elevados de água”.
Construção Mercado 114 (jan/2011) “Como Comprar – Reser-
de amostras da água, de acordo com a NBR As empresas que executam os re- vatórios d’água de concreto”.
5626 – Instalação Predial de Água Fria. servatórios de concreto atendem, na Téchne 48 (set/2000) “Líquido e certo”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 289


Reservatório de água (concreto e metálico)
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Água cilíndrica
Desde 1987, a Cico constrói reservatórios
cilíndricos em concreto armado moldados
Reservatórios em aço carbono in loco nos diâmetros de 3 e 4 m. Para isso,
Construídos em aço carbono estrutural, utiliza o sistema de fôrmas trepantes com
de procedência nacional, os reservatórios o qual é possível trabalhar com equipes
metálicos RPL são produzidos, segundo o pequenas, minimizando custos. Segundo
fabricante, com rigoroso critério de qualidade a empresa de engenharia, a instalação
para atender às diferentes necessidades hidráulica é executada internamente ao
de projetos arquitetônicos e técnicos da reservatório, proporcionando maior proteção
construção civil. Têm capacidades de 5 a a seus componentes e uma estética limpa
5.000 m³, possibilitam rapidez na implantação ao produto. Já o tratamento superficial
das obras, limpeza no canteiro de obras, dado ao concreto promove um bom
baixo número de pessoas envolvidas no acabamento e integração arquitetônica com
processo e baixo custo. o empreendimento.
Metalúrgica RPL Ltda Cico
(17) 3279-9119 (11) 3663-1040
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290 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 290 25/02/2011 17:28:28


xxxxxx > xxxx > xxxxx

ABRIL 2011 – anuário pini – 291

Livro 1.indb 291 25/02/2011 17:28:29


Reservatório de água (concreto e metálico)

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


ÁGUA armazenada
O sistema Hydro Z de
armazenamento de águas pluviais é
composto por dois tanques, filtro de
areia, clorador, bombas e um painel
de comando que permite que a
operação ocorra automaticamente. A
água filtrada e desinfeccionada pode
ser usada para limpeza de áreas
comuns, descarga de sanitários,
entre outros.
Zeppini
(11) 4393-3600
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Reúso de água Armazenagem volumosa Filtro de entrada


As cisternas Acqualimp são produzidas O modelo cilíndrico de reservatório de água Lançamento da Eternit, o filtro para caixas-
com polietileno de alta densidade para da RPL pode ter capacidade entre 150 mil l d’água Eterclean é equipado com refil que
o uso enterrado. Segundo o fabricante, e 5 milhões de l. Podem ser usados para não requer troca. A manutenção é feita
o produto foi projetado e equipado abastecimento público ou no setor privado, por meio de lavagem periódica. Indicado
para captar e melhorar a qualidade da em reservas industriais, frigoríficos e para uso em áreas rurais, sistemas de
água de chuva proveniente de telhados, outros locais. Segundo a empresa, a abastecimento com poço artesiano ou usos
possibilitando a utilização dessa água para principal característica desse reservatório industriais, pode ser instalado na entrada
fins secundários, como para lavar pisos, é a rapidez de montagem in loco. A da caixa-d’água ou em qualquer ponto do
molhar jardins, lavar carros e também em empresa oferece, ainda, outros modelos de encanamento entre a saída da caixa e o
descarga de vasos sanitários. reservatórios de água. ponto de uso.
Acqualimp RPL Reservatórios Eternit
0800-122-523 (16) 3287-1372 (11) 3038-3838
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292 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 292 25/02/2011 17:28:33


REVESTIMENTO ACÚSTICO

Isolamento acústico revestimento decorativo


Fabricada pela Trisoft, a lã de PET Isofelt O revestimento acústico Isodecor é
é composta por lã de poliéster branca, composto por placas de lã de PET que
acoplada a uma resistente película podem receber imagens, estampas e cores
cinza. O produto foi desenvolvido para decorar os ambientes. O produto é
especialmente como isolamento térmico indicado para aplicações diversas, como
e acústico para aplicação em casas de em estabelecimentos comerciais que
máquinas, atenuadores de ruídos e outros necessitam reduzir a poluição sonora. A lã
equipamentos. A lã de PET é feita a partir de PET é desenvolvida pela Trisoft a partir
de matéria-prima reciclada e também é de matéria-prima reciclada e reciclável,
totalmente reciclável, segundo o fabricante. substituindo as lãs de vidro e de rocha.
Trisoft Trisoft
(11) 4143-7900 (11) 4143-7900
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ABRIL 2011 – anuário pini – 293

Livro 1.indb 293 25/02/2011 17:28:35


> REVESTIMENTO CERÂMICO

Assentamento definitivo
Especificação de revestimento cerâmico deve considerar
classificação e características como índice de absorção de água,
resistência mecânica, química e a manchas

A indústria de materiais cerâmicos tem


sofia mattos

ampliado, de maneira contundente,


a oferta e a variedade de seus produtos.
Em relação ao design, os modelos imitam
superfícies cimentadas, metais, madeira,
tecidos e até mesmo papéis de parede. O
desenvolvimento técnico do setor também
tem sido notado. Um indicador é a redu-
ção do tamanho das juntas, que confere
melhor estanqueidade e um visual mais
limpo e contemporâneo.
Produzidos com argilas e outras maté-
rias-primas inorgânicas, os revestimentos
cerâmicos devem ser escolhidos de acordo
com o ambiente onde serão aplicados. O
acabamento superficial, o design e a geo-
metria das placas diferenciam os produtos Desempenho do revestimento cerâmico é fortemente influenciado pelas propriedades do material e
populares dos mais sofisticados. No caso pelas condições de assentamento
dos pisos, em particular, os produtos con-
siderados de padrão mais elevado são os Revestimentos cerâmicos – grupos de absorção de água
porcelanatos, que apresentam absorção Classificação Absorção Utilização
de água muito baixa, excelentes proprie- Parede Piso

dades mecânicas, químicas e resistência BIa até 0,5% X X


ao congelamento. BIb 0,5% a 3% X X
BIIa 3% a 6% X X
BIIb 6% a 10% X X
Especificação
BIII acima de 10% X
Os revestimentos cerâmicos são clas-
sificados conforme seu grupo de absorção
de água, que indica o grau de porosidade desgaste por abrasão, classe de resistência são necessárias inspeções de dosagem da
dos produtos. Os produtos enquadrados ao ataque químico de produtos de limpe- argamassa, verificação do rejuntamento,
como BIII (absorção de água maior que za, classe de limpabilidade e coeficiente limpeza, dimensões das juntas, tempo
10%) são os destinados exclusivamente de atrito dinâmico. decorrido entre a aplicação da argamas-
para uso em paredes. Todos os demais gru- sa colante e o assentamento, aderência,
pos de absorção também podem ser utili- Cuidados durante a execução alinhamento das juntas, nivelamento e
zados em parede, embora tenham caracte- É importante seguir as instruções de prumo do revestimento.
rísticas técnicas que superam as exigências aplicação especificadas nas embalagens e as
de desempenho para essa utilização. orientações da norma de assentamento NBR Logística e recebimento
Na especificação dos pisos, além da 13754. Antes de receber as placas, o local de- As placas cerâmicas chegam ao can-
classe de absorção, devem ser considera- verá ser devidamente impermeabilizado. teiro embaladas em caixas de papelão.
das as seguintes características técnicas: Além disso, devem ser feitos previa- Produtos como faixas e rodapés são nor-
classe PEI (Porcelain Enamel Institute), mente ensaios de estanqueidade das tu- malmente comercializados por peças. No
relacionada à resistência ao tráfego e ao bulações embutidas. Durante a execução momento da entrega, é prudente verificar

294 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 294 25/02/2011 17:28:36


Boas práticas na execução de revestimentos cerâmicos
fotos: marcelo scandaroli

Aplique a camada de argamassa


colante – que deverá ter de 3 mm a
Antes do assentamento de placas 4 mm de espessura – com o lado liso da
cerâmicas, verifique o prumo e a Antes de iniciar o assentamento, as desempenadeira. Passe o lado denteado
planeza da base utilizando uma régua bases da parede devem estar limpas para sobre a camada em ângulo de 60o em
metálica com 2 m de comprimento. garantir a aderência da argamassa. Para relação à base, formando cordões e sulcos
Se houver desvios acentuados em continuar com o mesmo alinhamento da paralelos. Evite abrir a área de argamassa
determinados trechos, faça a correção parede adjacente, deve-se demarcar a muito extensa. O ideal é que comporte de
localizada com argamassa. superfície com giz ou barbante. três a quatro placas por vez.

Aplique as peças com pequeno Continue o assentamento mantendo Devido à dificuldade de aplicação da
escorregamento lateral até conseguir o alinhamento e colocando espaçadores argamassa em regiões de recorte, o
o amassamento dos cordões, para alinhar a folga (espessura) entre revestimento cerâmico – depois de
batendo levemente com a mão ou as placas cerâmicas para serem recortado – deve receber a aplicação da
martelo de borracha. rejuntadas posteriormente. argamassa em seu tardoz.

se o lote recebido possui as característi- abrasão. Outros critérios são: design, assis- Revestimento – Especificação e Métodos
cas de tonalidade, tamanho e referência tência técnica e prazo de entrega. de Ensaio
(nome do produto) especificadas. O PBQP-H (Programa Setorial da Qua- NBR 13753:1996 – Revestimento de Piso
lidade e Produtividade do Habitat) de placas Interno ou Externo com Placas Cerâmicas
Requisitos de qualidade cerâmicas para revestimento avalia tanto as e com Utilização de Argamassa
Os principais requisitos de qualidade peças destinadas à aplicação em paredes quan- NBR 13754:1996 – Revestimento de Paredes
dos revestimentos cerâmicos são a cer- to em pisos. As normas técnicas referentes aos Internas com Placas Cerâmicas e com Utili-
tificação do produto junto ao Inmetro/ produtos e ao assentamento são as seguintes: zação de Argamassa Colante – Procedimento <
CCB (Instituto Nacional de Metrologia, NBR 13816:1997 – Placas Cerâmicas para
Fontes
Normalização e Qualidade industrial/ Revestimento – Terminologia Téchne 149 (ago/2009) “Linhas populares”.
Centro Cerâmico do Brasil) e os índices NBR 13817:1997 – Placas Cerâmicas para Téchne 148 (jul/2009) “Melhores práticas – Revestimento
cerâmico”.
de absorção de água, resistência mecânica, Revestimento – Classificação AU – Arquitetura & Urbanismo 182 (mai/2009) “Múltiplas
resistência ao manchamento e resistência à NBR 13818:1997 – Placas Cerâmicas para facetas”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 295

Livro 1.indb 295 25/02/2011 17:28:44


Revestimento CERÂMICO > Revestimento para fachada
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Painel de revestimento LB-30 Fachadas resistentes Sistemas metálicos


O painel LB-30 é um revestimento A Art-Spray oferece sistema de relevo e melamínicos
constituído de aço galvanizado, alumínio, executado com base cimentícia e A Milênio Fachadas atua desde 1994
cobre ou zinco-titânio para uso como acabamento em látex acrílico premium. na execução de revestimentos para
revestimento interno e externo em obras O fabricante afirma que o uso da tinta na fachadas com sistemas metálicos
comerciais e industriais. As chapas camada de acabamento com alto teor de e melamínicos, além de estruturas
possuem largura útil de 30 cm e podem resina acrílica – exposta diretamente às metálicas. A empresa trabalha com
receber acabamento final em diversas intempéries – confere maior estabilidade de diferentes tecnologias e materiais,
cores. Elas também podem ser perfuradas cor e maior resistência quando comparado entre eles, ACM (alumínio composto),
para favorecer a ventilação. ao sistema de textura acrílica tradicional. alumínio sólido e aço pré-pintado.
N. Didini Art-Spray Milênio Fachadas
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296 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 296 25/02/2011 17:28:47


Revestimento para fachada > Revestimento para piso

Lã de PET
A lã de PET Isopiso é composta por
Painel de alumínio lã de poliéster branca desenvolvida
Opção para revestimentos, o MetalDecor especialmente para isolamento térmico e
Fulget versátil é um painel de alumínio fabricado nas acústico de lajes de concreto. De acordo
O revestimento fulget da Conspem pode cores prata, branco, vermelho e azul e em com o fabricante, o produto, que integra
ser aplicado em áreas comuns, rampas, acabamento tipo madeira. Desenvolvido a família Isosoft da Trisoft, atende a NBR
pisos de piscinas, dentre outros locais. pela Belmetal, o produto pode ser 15.575: Edifícios Habitacionais de até Cinco
A empresa disponibiliza diversas cores e aplicado em fachadas, colunas, pilares e Pavimentos – Desempenho. O fabricante
granulometrias e, na aplicação, prevê a vigas, além da decoração de interiores, informa que, além de ser totalmente
aplicação prévia de emboço com massa coberturas e marquises, entre outros reciclável, a lã de PET pode ser utilizada em
grossa apropriada ao recebimento do lugares. Os painéis são vendidos nas construções e obras já finalizadas.
fulget. De acordo com a Conspem, é dimensões padrão de 1,22 x 3,0 m. Trisoft
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possível executar panos de fachada com Belmetal
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ABRIL 2011 – anuário pini – 297

Livro 1.indb 297 25/02/2011 17:28:50


> SONDAGEM

Análise precisa
Ensaios SPT (Standard Penetration Test) fornecem informações
do solo fundamentais para o projeto de fundações

A
divulgação: MR Sondagens

avaliação da capacidade de suporte


das camadas de solo sobre as quais se
apoiará a estrutura de uma obra pode ser
feita por meio de serviços de sondagem
à percussão.
Esse ensaio, denominado SPT (Stan-
dard Penetration Test, ou teste padrão
de penetração, na tradução do inglês),
é necessário para fornecer informações
sobre as características do terreno ao
projetista de fundações, como tipo de
solo – a depender da profundidade –, al-
tura do lençol freático e comportamento
do solo quando carregado.
Outros tipos de obras que envolvem
o solo também podem demandar o co-
nhecimento desses dados, como é o caso
de serviços de terraplenagem, pavimen-
tação e muros de arrimo, por exemplo.
Trata-se de um ensaio de investigação
geotécnica de campo, que tem por prin-
cipal objetivo identificar as camadas de
solo constituintes do subsolo.
“É uma ferramenta de investiga-
ção utilizada em praticamente todo o
mundo e, sem dúvida, o mais utilizado
em obras civis no Brasil”, conta a enge-
nheira Gisleine Coelho de Campos, do
Centro de Tecnologia de Obras do IPT
(Instituto de Pesquisas Tecnológicas).
Por meio do SPT, que também permi-
te realizar ensaios de infiltração para
medir a permeabilidade, são coletadas
amostras do solo.
Isso é feito com a cravação do amos-
trador a partir de golpes de martelo. O
diâmetro da perfuração é de, geralmente, Operadores devem contar a quantidade de golpes durante ensaio
2,5” e a profundidade varia conforme as
características da obra e do terreno, geral-
mente ficando entre 10 m e 20 m. O teste são deve gerar um relatório contendo visual das várias camadas de solo, pro-
deve ser acompanhado por um engenheiro planta com a locação dos pontos de fundidade do lençol freático, técnicas
geotécnico ou um geólogo. sondagens, fotos dos furos, perfis ge- utilizadas na perfuração (trado ou la-
Como resultado, o ensaio à percus- ológicos contendo a classificação táctil vagem), profundidade total da perfu-

298 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 298 25/02/2011 17:28:51


Evite falhas ração, número de SPT a cada metro,
dentre outros.

No ensaio SPT-T (Standard Penetration Test com Torque) é possível coletar dados Contratação
como o momento torsor entre o amostrador e o solo. Para aproveitar ao máximo Nesse tipo de serviço, os preços variam
o serviço de investigação do solo, cabe ao profissional responsável pela obra bastante em função do local que se encon-
acompanhar passo a passo a sondagem e seguir rigorosamente a NBR referente ao tra a obra e do porte da empresa presta-
tipo de técnica. Na norma, há orientações valiosas como, por exemplo, o número dora. Conforme conta o engenheiro Ivan
ideal de pontos de um terreno a ser sondado com SPT – no mínimo três pontos – e Joppert, projetista de fundações e diretor
como escolher o RN (Referência de Nível). Mas, independente do tipo de ensaio, a da Infraestrutura Engenharia, “os preços
sondagem deverá ser feita até a profundidade onde o solo não seja mais solicitado normalmente são fornecidos por metro de
pelas cargas estruturais. sondagens executada, sendo que é comum
a cobrança de uma quantidade mínima.
Confira algumas recomendações: Além disso, cobra-se também a taxa
> O primeiro passo é fazer a lição de casa: leitura das NBRs e pesquisa sobre a região, de instalação da equipe e a eventual de-
principalmente se for litorânea. O solo nessas regiões é quase sempre complicado molição de pisos ou pavimentos existen-
> Definida a empresa que irá fazer o serviço, dê preferência àquela que tenha um bom tes”. Para Gisleine, é importante, como
currículo e acompanhe o processo passo a passo para qualquer serviço de engenharia,
> Verifique se a roldana está lubrificada e se o operador está contando e anotando ter referências do trabalho técnico de-
corretamente a quantidade de golpes senvolvido pelas empresas almejadas e
> Acompanhe se o uso da água é feito somente quando é encontrado o lençol freático certificar-se que seus equipamentos e
e se as hastes, o amostrador e todos os materiais estão em condições de trabalho procedimentos seguem as recomendações
> Uma preocupação do engenheiro que acompanha a sondagem deve ser verificar da norma brasileira.
se os equipamentos, como os sacadores de amostra de solo, estão em perfeitas
condições Execução bem-sucedida
A recomendação para que a execução
Norma de referência: ABNT NBR 6484:2001 – Solo – Sondagens de Simples das sondagens à percussão transcorra sem
Reconhecimentos com SPT – Método de Ensaio. problemas é que todos os funcionários
envolvidos no processo utilizem os EPIs
(equipamentos de proteção individual).
Para evitar tombamentos dos equipamen-
Métodos in situ tos durante os ensaios, Gisleine destaca a
importância da instalação adequada do
tripé de sondagem.
SPT e SPT-T (Standard Penetration Test e Standard Penetration Test com Torque) “No Brasil, a ABNT (Associação Bra-
sileira de Normas Técnicas), por meio
Como é feito: a pesquisa é realizada com um amostrador cravado por meio de golpes da NBR 6484:2001 – Solo – Sondagens
de um martelo de 65 kg em queda livre de 75 cm. Durante o ensaio são registrados o de Simples Reconhecimentos com SPT
número de golpes necessários à penetração de cada 15 cm da camada investigada, além – Método de Ensaio, regulamenta todo
da observação das características do solo trazidos pelo amostrador. O número de furos, o procedimento de ensaio, incluindo os
segundo a NBR 8036, deve ser no mínimo um para cada 200 m2 de área da projeção em equipamentos e a apresentação dos resul-
planta do edifício, até 1.200 m2 de área. tados”, salienta. Nesse tipo de sondagem
é responsabilidade da empresa prestadora
Quais os resultados: o relatório final traz a planta de locação, a situação e o RN de serviços apresentar relatório contendo
(Referência de Nível) dos furos, as descrições das camadas do solo, o índice de planta com a locação dos pontos onde fo-
resistência à penetração, o gráfico de resistência x profundidade, a classificação ram, efetivamente, feitos os furos e os resul-
macroscópica das camadas, a profundidade e limite de sondagem à percussão por furo e, tados obtidos, como a localização do lençol
ainda, a existência ou não de lençol freático e o nível inicial e após 24 horas. freático.”É indicado o acompanhamento do
serviço por um engenheiro geotécnico ou
Vantagem: simples e econômico por um geólogo”, recomenda Joppert. <

Desvantagem: suscetível a erros por falta de manutenção do amostrador ou deficiência Fontes


Guia da Construção 106 (mai/2010), Como Contratar “Son-
do técnico. dagem a Percussão”.
Téchne 83 (fev/2004), “Investigação prévia de solos”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 299

Livro 1.indb 299 25/02/2011 17:28:51


SONDAGEm
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Geotecnia e mecânica do solo Sondagem à percussão


A Engesonda presta serviços de A MR Sondagens tem como atividade a
geotecnia e mecânica de solos. Na área sondagem à percussão e a sondagem
Fundações e sondagem de geotecnia, faz ensaios, extração de à percussão com medida de torque.
A ABC Fundações e Geotecnia executa amostras, sondagens, entre outros. Executa A sondagem auxilia o cálculo e o
estacas dos tipos raiz e hélice segmentada. fundações por meio de estacas variadas, dimensionamento das fundações da obra,
Faz, também, sondagem rotativa e como escavadas, raiz e Strauss. Também por conta da classificação, dos índices de
sondagem à percussão com medida de realiza reforço de fundações e contenções resistência e da posição do nível-d’água
torque, em que utiliza trado cavadeira por meio de técnicas como solo grampeado levantados. A empresa também executa
(concha) e espiral, trépano de lavagem, e concreto projetado. estacas tipo Strauss.
tubo de revestimentos e hastes de aço Engesonda MR Sondagens e Estacas
(11) 3873-3400 (11) 2495-1996
retilíneas, projetadas pela própria empresa
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Fundações e Geotecnia ABC
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300 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 300 25/02/2011 17:28:56


xxxxxx > xxxx > xxxxx

ABRIL 2011 – anuário pini – 301

Livro 1.indb 301 25/02/2011 17:28:57


SONDAGEm > STEEL FRAME
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Geotecnia em consultoria Light steel framing


A WGF Consultoria e Geotecnia é uma A Micura Steel Frame está entre as
empresa formada por profissionais de construtoras brasileiras que utilizam o
geologia e engenharia dedicados a atender sistema integrado de construção a seco.
os seguintes serviços: sondagens a trado De acordo com a Micura, ela foi a primeira
e percussão (SPT), sondagens rotativas, construtora a adaptar o sistema light
instalação de poços de monitoramento, steel framing ao conceito arquitetônico
levantamento planialtimétrico cadastral e nacional. Formada por uma equipe de
estudos de caracterização hidrogeológicos. profissionais experientes, a Micura Steel
WGF Consultoria e Geotecnia Frame desenvolve projetos e executa obras
(11) 3673-1355
wgfgeo@uol.com.br residenciais, comerciais e industriais.
www.wgfgeo.com.br Casa Micura
(11) 4727-6857
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302 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 302 25/02/2011 17:29:02


ABRIL 2011 – anuário pini – 303

Livro 1.indb 303 25/02/2011 17:29:04


> STEEL FRAME

Conjunto leve
Construção em steel frame funciona como linha de montagem. Mas alta
produtividade, velocidade de execução e redução de desperdício só são obtidos
com projetos bem amarrados e uso de componentes selecionados

V elocidade de execução, precisão dimen-


fotos: marcelo scandaroli

sional e redução do desperdício são carac-


terísticas que justificam a utilização do light
steel frame em residências e construções de
uso comercial. Trata-se de um sistema auto-
portante de construção a seco, estruturado
em perfis de aço galvanizado e que utiliza
parafusos autoperfurantes como elementos
de fixação.
Por ser um sistema industrializado, é
formado por materiais com medidas especí-
ficas. Isso significa que, se o projeto trabalhar
as medidas conforme a modulação desses
materiais, conseguirá melhor aproveitamen-
to, evitando cortes e emendas que significa-
riam desperdício de dinheiro e de tempo.
Embora seja um sistema construtivo Sistema utiliza estrutura de perfis leves de aço zincado por imersão a quente, conformados a frio, unidos
aberto, que permite a utilização de diversos principalmente por parafusos autobrocantes
materiais, geralmente o steel frame é ofere-
cido a partir de uma cesta básica que inclui,
além dos perfis de aço galvanizado com es- as ligações entre perfis e juntas entre placas de outros materiais, é importante conferir se
pessuras nominais normalmente entre 0,80 e vedação de paredes, particularmente as exter- componentes como placas cimentícias e cha-
1,25 mm, outros componentes industrializa- nas, merecem atenção especial. O fechamento pas para drywall estão de acordo com o que
dos, como chapas de drywall para fechamen- em painéis cimentícios ou de OSB exigem o determinam as normas técnicas brasileiras.
to interno e placas cimentícias ou estruturais içamento das peças por gruas ou guinchos.
de OSB (Oriented Strand Board ou chapa Antes de iniciar a movimentação dos painéis Preços e formas de
de fibra orientada) fixadas diretamente nos no canteiro, é importante checar a carga má- comercialização
perfis estruturais com parafusos como ve- xima suportada pelo equipamento. Também Os preços praticados referem-se à
dação. É a partir da harmonização desses devem ser tomados cuidados para que não c­ onstrução do sistema e incluem forneci-
componentes – e de outros, como o recheio haja queda de materiais. mento de material e mão de obra. Os or-
mineral para tratamento termoacústico, a Os perfis estruturais para composição do çamentos são realizados individualmente
impermeabilização e a tubulação hidráulica steel frame devem ser constituídos de chapas para cada cliente, de acordo com as carac-
flexível – que características como previsibi- de aço galvanizadas pelo processo contínuo terísticas de cada obra. No valor cobrado,
lidade, velocidade de execução e organização de imersão a quente, com revestimento de costuma-se incluir fornecimento de ma-
do canteiro aparecem. zinco ou liga alumínio-zinco, conforme a teriais e equipamentos, mão de obra para
NBR 6355 e a NBR 15253, com massa míni- execução da obra completa, incluindo fun-
Cuidados na especificação e ma de revestimento metálico de acordo com dação, estrutura, fechamentos, instalações e
montagem os valores indicados em normas técnicas. acabamentos e gerenciamento. <
O controle da qualidade da montagem do O revestimento metálico de proteção Fontes
sistema é de responsabilidade da construtora dos perfis deve ser especificado em função AU – Arquitetura & Urbanismo 185 (ago/2009) “Como Espe-
cificar – Steel Frame”.
que fornece o sistema. Entre os itens a que o da agressividade do ambiente onde será em- Téchne 147 (jun/2009) “Sistemas construtivos – Steel Frame”.
construtor deve observar durante a execução, pregado o sistema construtivo. Quanto aos Equipe de Obra 17 (mai/2008) “Casa rápida”.

304 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 304 25/02/2011 17:09:06


Sequência executiva típica de uma construção em steel frame

> Execução de fundações, por Componentes do sistema


exemplo, radier moldado in loco
Telha cerâmica
> Montagem dos painéis estruturais Caibros metálicos
> Montagem da cobertura Cumeeira Ripas metálicas
e da subcobertura
Pontalete
> Instalação das esquadrias Testeira
> Execução do fechamento externo Steel deck para laje de forro Montante estrutural
> Instalação das tubulações de Steel deck para laje de piso
Guias dos montantes
hidráulica e elétrica Laje de piso de concreto das paredes
> Isolamento térmico Vedação externa de
Perfil guia
> Fechamento interno com painéis argamassa armada
de drywall Revestimento interno
Perfis de reforço para
distribuição de cargas
> Acabamento interno e externo (gesso acartonado, placa
Montantes duplos principais
cimentícia etc.)
Enrijecedor
Fundação Perfil de travamento

Fonte: Construtora Sequência

Montagem da estrutura de steel frame

3 – Uma vez colocados na posição certa,


1 – Com o desenho e com as medidas os perfis são furados nos cantos com
de cada painel em mãos, os perfis furadeira. Em seguida são parafusados
metálicos devem ser marcados, com parafusos especiais. Dessa forma os
cortados e vincados, sempre tomando perfis começam a formar painéis rígidos. 5 – Os painéis são colocados na ordem
como base as orientações do projeto. certa sobre as marcações no radier e
parafusados. Também são parafusados
entre si, formando uma grande gaiola.

4 – Depois de prontos, os painéis devem


ser numerados e levados à obra. Em
2 – Depois de prontos, os perfis são seguida devem ser demarcados os
encaixados entre si. Com a ajuda de um alinhamentos das paredes externas e
esquadro, devem formar um ângulo internas sobre o radier e furados os pontos 6 – A estrutura está finalizada e pronta para
de 90o. de fixação com broca especial para radier. receber outro pavimento ou a cobertura.

ABRIL 2011 – anuário pini – 305

Livro 1.indb 305 25/02/2011 17:09:12


306 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 306 25/02/2011 17:09:15


ABRIL 2011 – anuário pini – 307

Livro 1.indb 307 25/02/2011 17:09:19


TAPETE E CARPETE > TELA

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Tapetes variados Telas de arame
A Zarif informa ter uma grande variedade A Telas Guará fabrica telas de arame de
de tapetes. Nacionais e importados, vários tipos – ondulado, hexagonal, caracol.
artesanais e industriais, em fibras naturais Há, também, uma diversidade de materiais,
e sintéticas. Há produtos aveludados e em como arame galvanizado e arame revestido
buclê, shaggy, estilo sisal, com lã, algodão, de PVC, em diferentes cores. A empresa
juta, seda, polipropileno, poliéster, náilon, também é fabricante de gabiões de simples
acrílico, entre outros materiais. Os tapetes ou dupla torção.
podem ser para pronta entrega ou sob Telas Guará
(24) 2251-8008
encomenda. Há, ainda, tapetes de pele de www.telasguara.com.br
carneiro costurados sob medida e tapetes
de couro bovino em formato natural,
serigrafados ou costurados sob medida.
Zarif Tapetes
(11) 3819-5886
www.zariftapetes.com.br

308 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 308 25/02/2011 17:09:22


TELA

ABRIL 2011 – anuário pini – 309

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> tela para amarração de alvenaria

Ligação sem fissuras


Material evita a ocorrência de destacamentos entre a estrutura e a alvenaria

O principal objetivo do uso da tela de


Marcelo Scandaroli

amarração de alvenaria é evitar fissu-


ras. Geralmente, o material é utilizado em
duas situações: na ligação das paredes de
alvenaria, quando não é possível executar
a amarração chamada contrafiada; ou na
ligação da parede com o pilar.
O professor Luiz Sérgio Franco, da
Poli-USP (Escola Politécnica da Univer-
sidade de São Paulo), explica que a tela
é uma prevenção contra o surgimento
das fissuras. No entanto, ele lembra que
sua função é apenas aumentar a seguran-
ça. “Quando houver situa­ções em que a
deformação é muito grande, ela não vai
conseguir segurar. No entanto, na maior
parte dos casos, espera-se que ela segure As quatro variações de largura das telas de amarração, disponíveis no mercado, atendem às dimensões
se for executada corretamente.” de blocos cerâmicos e de concreto
De acordo com o estudo “Prevenção de
trincas em alvenarias com emprego de telas usava muito e agora no Brasil se tornou Especificações
soldadas como armadura e ancoragem”, padrão de mercado também, principal- Feita em sua maioria com fios de aço
elaborado pelos professores da USP Jonas mente nos centros mais aquecidos, como eletrossoldados e galvanizados de 1,65 mm
Silvestre Medeiros e Luiz Sérgio Franco, as São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janei- de diâmetro e malha de 15 mm x 15 mm,
fissuras e trincas decorrem do mecanismo ro, entre outros”, salienta o engenheiro a tela de amarração de alvenaria possui
inerente aos materiais de aliviarem as ten- Valério Paz Dornelles, diretor da Tecno comprimento fixo de 50 cm e tem quatro
sões que lhe são impostas. Mudanças na Logys, empresa especializada em desen- variações de largura: 6 cm, 7,5 cm, 10,5 cm
umidade e na temperatura das paredes e da volvimento de tecnologias e produtos e 12 cm. Elas atendem às dimensões dos
estrutura também provocam movimenta- para construção. blocos cerâmicos e de concreto mais utili-
ções de contração e expansão, que podem
causar essas patologias.
Antes do surgimento da tela, era co-
Checklist
mum o uso de “ferros-cabelo”, pequenas
barras de aço inseridas no pilar e na junta > As telas podem ser utilizadas na ligação das paredes de alvenaria ou na ligação da
da alvenaria. “No entanto, percebemos parede com o pilar
que esse procedimento era muito difícil > O operário deve estar habilitado para manusear a pistola finca-pinos na fixação da tela
de executar na obra, porque precisava fu- no pilar
rar o pilar, às vezes não tinha furadeira, e > As telas possuem comprimento fixo de 50 cm e têm quatro variações de largura: 6 cm,
como o concreto é muito duro também, 7,5 cm, 10,5 cm e 12 cm – todas atendem às dimensões dos blocos mais utilizados na
nem sempre o furo era feito da maneira execução da alvenaria
correta; depois, se puxasse a barra, ela saía > As telas de 6 cm de largura são vendidas em caixas com 200 peças, as de 7,5 cm
com a mão, ou seja, não servia para abso- em caixas com 150 unidades, e as de 10,5 e 12 cm são comercializadas com 100 itens
lutamente nada”, conta. por embalagem
“A tela nasceu para agilizar a obra; é > A amarração da alvenaria é mais efetiva para o reforço da estrutura quando é feita junto
mais racional em termos de custo e fa- com a amarração do bloco. Em relação à conexão com o pilar, a tela é a melhor solução
cilidade de execução. No exterior já se

310 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 310 25/02/2011 17:09:26


ENTREVISTA > Luiz Sérgio Franco

Aplicação na prática
Em qual situação é mais vantajoso de mercado e o custo delas é relativamente

ACERVO PESSOAL
utilizar apenas a tela para baixo em vista dos futuros gastos para
a amarração? corrigir uma fissura ou trinca.
Em casos de empreendimentos
habitacionais com várias opções de Quando a amarração se torna mais efetiva?
O uso de telas de
amarração virou
planta, não é recomendável fazer A amarração é mais efetiva quando feita
padrão de mercado
amarração de blocos, porque o morador junto com a amarração do bloco, assim ela e o custo delas é
pode querer tirar alguma parede. Nesse se torna a melhor alternativa para o reforço relativamente baixo
caso é melhor usar apenas a tela. Vale da estrutura. Em relação à conexão com o em vista dos futuros
lembrar que a amarração da parede feita pilar, a tela é a melhor solução. Mas é bom gastos para corrigir
direta com o bloco é melhor que quando lembrar que vários fatores compõem uma uma fissura ou
feita com a tela. construção racional, e não apenas a tela, trinca
que é só um detalhe construtivo.
Ela pode ser usada em qualquer Luiz Sérgio Franco
obra? Como otimizar a instalação? professor-doutor do departamento de
engenharia de construção civil da Escola
Pode sim. No encontro de pilares, onde Uma dica é usar cantoneira para ajudar a Politécnica da USP (Universidade de São Paulo)
a chance de movimentação é pequena, dobrar a tela bem reta em cima do bloco. e diretor da Arco Engenharia

não se usava. Porém, com o tempo, as Sem a cantoneira, é preciso dar os tiros
construtoras decidiram aplicar a tela com a pistola finca-pinos de uma maneira
em tudo, porque passaram a entender a que a tela já dobre do jeito certo. Ajuda
importância do material. Atualmente, o muito, mas, ultimamente, nem todas as
uso de telas de amarração virou padrão obras utilizam cantoneiras.

zados na execução de alvenaria, racionali- pilar que será amarrado às fiadas para “Deve-se colocar bastante argamassa para
zando e facilitando o serviço. As telas de 6 retirar os resíduos que eventualmen- assentá-la devidamente entre os blocos.
cm são vendidas em caixas com 200 peças; te tenham ficado após a retirada das A tela deve ficar no meio da argamassa”,
as de 7,5 cm em caixas com 150 unidades; fôrmas. Para a limpeza, recomenda-se afirma Franco.
e as de 10,5 cm e 12 cm são comercializa- o uso de máquina de alta pressão. Em O assentamento das alvenarias deve
das com 100 itens por embalagem. seguida, deve-se preparar a argamassa ocorrer somente em estruturas já desen-
Dornelles conta que vêm surgindo para chapisco do pilar com rolo para formadas e sem escoramento. Vale ressal-
outras formas de fazer essa amarração. textura, de preferência. Depois das me- tar ainda a importância da mão de obra
“Existe a chapa expandida, que tem o fio dições necessárias, inicia-se o assen- saber interpretar os desenhos do projeto
mais fino, porém, até o momento, não tamento da primeira fiada de blocos. de alvenaria de vedação, para evitar pro-
há informações de que essa chapa de aço Uma dica prática é usar um gabarito blemas na execução. É essencial também
desempenhe o mesmo resultado que a para marcar, no pilar, os pontos a se- que o corpo técnico da obra (engenhei-
telinha. Ainda prefiro indicar a tela con- rem vazados na aplicação da tela. Com ros, mestres, encarregados) faça a verifi-
vencional”, conta. uma pistola finca-pinos de baixa velo- cação devida.
cidade – a ser manuseada por operário
Cuidados na instalação habilitado com uso de óculos e protetor Normas
Para aplicação da tela, deve-se seguir auricular –, as telas metálicas podem ser Não existem normas técnicas disci-
a orientação do projeto de alvenaria de chumbadas à estrutura. plinadoras do processo de instalação da
vedação e alguns cuidados de amarração. A tela deve ser dobrada a cada duas tela de amarração de alvenaria, porém
O objetivo é criar uma ligação que impeça fiadas, de forma que fique 10 cm para há alguns manuais, códigos e livros sobre
o descolamento da alvenaria em relação cima ou para baixo, junto ao pilar, e 40 amarração de estruturas de alvenaria, que
ao pilar e também reduzir as tensões na cm embutida na junta horizontal, entre os podem ser encontrados na internet. <
argamassa de assentamento. blocos. Para fazer o assentamento da tela
Fontes
Antes de iniciar a execução da alve- sobre a alvenaria, deposite a argamassa e Guia da Construção 116 (mar/2011). “Tela de amarração de
naria, é necessário lavar a superfície do empurre a ponta da tela sobre a massa. alvenaria”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 311

Livro 1.indb 311 25/02/2011 17:09:27


TELA PARA AMARRAÇÃO DE ALVENARIA > TELHAs
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Fixação completa Tela de aço Cobertura translúcida


A Refixa é uma empresa que atende o A tela para amarração de alvenaria da A Esaf traz sua linha de telhas translúcidas
mercado da construção civil com produtos Walsywa tem como função evitar trincas que apresentam transmissão de 70% de
voltados para fixação e ancoragem de e fissuras nas paredes. A tela é colocada luz. Segundo a empresa, o produto não
materiais. São exemplos de produtos entre parede e viga para evitar o trabalho amarela, tem proteção antimofo e contra
oferecidos a amarração de alvenaria e todo mecânico entre os dois. A colocação é feita raios UV, além de ter resistência térmica
o seu sistema, as pistolas, os pinos com com o auxílio de ferramenta a pólvora, finca e mecânica. Em polipropileno, as telhas
arruela e os fincapinos magazinados. pinos e pino com arruela, que garantem a apresenta texturização em sua parte inferior
Refixa correta fixação. A tela é soldada e feita de que favorece a difusão de luz, assegura
(11) 2239-9484
refixa@superig.com.br aço galvanizado a fogo, e possui diversas a Esaf, que conta com certificação ISO
www.refixacomercial.com.br medidas que encaixam conforme o 9001:2000.
tamanho do bloco utilizado na alvenaria. Esaf
Walsywa (48) 3441-2100
0800-105-024 www.esaf.ind.br
www.walsywa.com.br

312 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 312 25/02/2011 17:09:29


TELHAs

Telhas coloridas Telha zipada


A Costa Lion fornece as telhas As coberturas com as telhas zipadas da
Gravicolor em duas versões: a Cobertura em papel N. Didini apresentam altura do zip de 2,5 cm.
gravilhada, com cores mais sóbrias A Onduline produz telhas com fibras de As telhas têm largura útil de 52 cm e podem
e escuras, e a colorida, com cores celulose extraídas de papel reciclado e atingir comprimentos de até 10 m de forma
mais claras e brilhantes. As telhas impermeabilizadas com betume. Dentre contínua, por uma costura que, segundo o
são fabricadas pela Brasilit e seus produtos, destaque para a Linha fabricante, não deixa frestas entre os perfis,
aceitam instalação em telhados de Clássica, que conta com dois modelos e dispensa o uso de parafusos ou sistemas
estrutura metálica. Segundo a Costa de telhas com formatos maiores. Essas de vedações. A N.Didini oferece o produto
Lion, o produto chega ao mercado características, segundo o fabricante, em diversas cores.
mesclando o estilo rústico com proporcionam praticidade e economia N. Didini
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design inovador e proporcionando na montagem.
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Onduline
conforto e proteção à obra.
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Costa Lion
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ABRIL 2011 – anuário pini – 313

Livro 1.indb 313 25/02/2011 17:09:32


TELHAs

314 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 314 25/02/2011 17:09:34


TELHAs > TELHAs DE CONCRETO
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

TELHA de concreto
Com a Telha Big, fabricada em
Telhado quase plano Soluções para telhados concreto, são necessárias menos
O telhado cerâmico do sistema Taguá de Uma das maiores fabricantes de telhas peças para cobrir uma mesma área:
cobertura trabalha com inclinação mínima de concreto do Brasil, a Tégula, empresa cada 1 m² de telhado leva 7,5 telhas
de 3% e dispensa o uso de madeiramento, do grupo Eternit, oferece cinco diferentes e cerca de 2,5 m de ripa. Assim, a
utilizando como apoio apenas alvenaria perfis de telhas que atendem a estilos galga (distância entre ripamentos)
sobre laje e minicalhas metálicas em aço arquitetônicos diversos. A empresa também pode ser maior. Disponível nas
galvanizado, alumínio ou galvalume. Essas disponibiliza um conjunto completo de cores cinza, pérola, bege colonial e
calhas podem ter acabamento natural ou em produtos essenciais para o telhado e vermelha.
pintura eletrostática na cor de preferência sistema de aquecimento solar para banho. Eternit
Monier Tégula Soluções para Telhados Ltda. 0800-021-1709
do cliente. O dimensionamento das peças é
0300-7891521 www.eternit.com.br
feito sob medida para cada projeto. www.tegula.com.br
Cerâmica Taguá
(19) 3461-5652
atendimento@ceramicatagua.com.br
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ABRIL 2011 – anuário pini – 315

Livro 1.indb 315 25/02/2011 17:09:38


> TELHAS ONDULADAS DE FIBROCIMENTO

Telhado versátil
Com uso extensivo e tradicional em habitações, as telhas onduladas de fibrocimento
permitem cobrir áreas com custo competitivo e fácil instalação. Variação
dimensional e absorção de água devem ser observadas no recebimento das peças

P roduzidas a partir de uma mistura de


fotos: marcelo scandaroli

cimento, agregados, adições ou adi-


tivos com reforço de fibras, fios ou fila-
mentos, as telhas de fibrocimento ondu-
ladas estão entre os sistemas de cobertura
mais utilizados em edificações brasileiras,
especialmente de uso residencial. Versá-
teis, as telhas podem ser instaladas sobre
estruturas de madeira, aço ou concreto
pré-moldado, podendo ser fixadas com
parafusos, ganchos ou pinos, conforme
indicação do fabricante. As peças podem
ser produzidas em sua cor natural ou re-
ceber pigmentos durante sua produção,
ou ainda receber revestimentos aderentes
coloridos em sua superfície.

Requisitos de qualidade
As telhas devem apresentar a super- As telhas estão disponíveis no mercado em diversos
fície das faces regular e uniforme, bem tamanhos e espessuras. Para uma montagem correta, é
como obedecer às especificações de di- necessário respeitar as medidas indicadas pelos fabricantes e
mensões, resistência à flexão, impermea­ contar com um bom madeiramento
bilidade e absorção de água, previstas pelas
normas técnicas. A superfície exposta a
intempéries é sempre lisa. As bordas das
peças devem ser retas e paralelas. Para Dados de projeto
facilitar a montagem e fixação, as telhas
podem ter cantos pré-cortados ou furos. Para atender às necessidades da > Especificação das telhas de fibrocimento
O aparecimento de manchas é tolerado, produção, o projeto do telhado deve onduladas, com informações relativas às
mas as telhas devem apresentar absorção contemplar: suas dimensões, peças complementares,
de água igual ou inferior a 37%. > Vista superior do telhado, com suas fixações (ganchos ou parafusos)
De acordo com a NBR 5640:1995 – águas, e detalhes típicos, principalmente e quantidades;
Telhas Estruturais de Fibrocimento, o de singularidades; ressaltar posição > Projeto e especificação da estrutura (de
comprimento, a largura e a espessura das dos apoios das telhas na estrutura e madeira ou de aço), dimensões, bitolas e
telhas devem permitir a utilização dos inclinação do telhado; quantidades de peças e acessórios;
perfis em vãos de uso de 4 m a 5,50 m, > Especificação de todos os > Desempenho do telhado de telhas de
no caso de telhas com largura inferior componentes do telhado, incluindo fibrocimento onduladas, como dados
a 0,70 m, e de 4 m a 7 m, no caso de te- recobrimentos laterais e longitudinais referentes à isolação sonora, isolação
lhas com largura útil igual ou superior das telhas; térmica, durabilidade, resistência ao
a 0,70 m. As tolerâncias permitidas em > Quantificação de todos os fogo, etc.
relação às dimensões constantes nos ca- componentes; > Projeto de águas pluviais.
tálogos dos fabricantes são de ± 15 mm

316 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 316 25/02/2011 17:09:39


Como calcular a quantidade de telhas?

Para calcular a quantidade correta de Exemplo de cálculo: Recobrimento lateral: 5 cm


telhas a ser usada na cobertura, deve- Para calcular a medida útil da telha, Temos: Área útil = (comprimento –
se considerar o vão livre, a área de subtrai-se 0,20 m do comprimento e recobrimento longitudinal) x (largura
sobreposição das telhas e a inclinação, 0,05 m da largura. Essa medida será a – recobrimento lateral)
que pode variar de 5o a 90o (no caso de de sobreposição longitudinal e lateral Área útil = (1,83 - 0,20) m x (1,10 -
fechamento lateral). Para esse exemplo da telha. Dividindo-se a área do telhado 0,05) m
de cálculo, vamos considerar o uso de pela área útil da telha, teremos a Área útil = 1,63 m x 1,05 m
telhas onduladas de 6 mm x 1,83 m quantidade de telha a ser comprada. Área útil = 1,715 m²
de comprimento. Essa medida permite Considerando: Supondo que a área do telhado tenha
vãos de até 1,69 m, proporcionando Telha: 6 mm 128 m², temos:
um pouco mais de economia por Inclinação: 10o (18%) Área do telhado/área útil = 128/1,75
permitir um distanciamento maior entre Dimensões da telha: 1,83 x 1,10 m = 74.78 (75 telhas)
os apoios.  Recobrimento longitudinal: 20 cm

de comprimento e de -1 mm a + 2 mm da edificação, uma recomendação é ve-


de espessura. rificar a capacidade de resistência da laje Checklist
Ainda segundo a mesma norma, as previamente, de modo a descartar riscos
telhas estruturais de fibrocimento devem de sobrecarga. Itens a serem considerados no
suportar cargas concentradas superiores a Conforme resolução Conama (Con- momento da especificação
2 kN para peças de largura útil inferior a selho Nacional do Meio Ambiente) 307 > Dimensão das telhas (espessura,
0,70 m e não inferior a 2,5 kN para peças de 5 de julho de 2002, os resíduos de te- comprimento e largura)
de largura útil igual ou superior a 0,70 m, lhas onduladas de fibrocimento e peças > Vão livre e balanço máximo
quando for apoiada e tiver um vão míni- complementares podem ser considera- > Requisitos normativos (tolerâncias
mo de 4,00 m. dos de classe A; a possibilidade de serem dimensionais, absorção de água,
reutilizados ou reciclados como agrega- impermeabilidade, resistência à flexão etc.)
Recebimento e armazenamento dos deve ser verificada, porém ainda não > Características específicas do projeto
A compra de telhas pelas construto- foram realizados estudos específicos no > Acessórios para fixação
ras deve ser respaldada por um projeto Brasil; os resíduos dos parafusos, gan- > Consumo de materiais
que contemple, entre outros itens, a es- chos e pinos podem ser considerados de > Preços
pecificação de todos os componentes do classe B. > Condições de fornecimento e forma
telhado, incluindo recobrimentos laterais de pagamento
e longitudinais das telhas e folgas para Contratação de mão de obra
dilatação térmica. O projeto deve con- Recomenda-se que a contratação de
ter, também, o desempenho do telhado, empreitada para a execução de telhados vedação (quando necessário), fornecidos
como dados referentes à durabilidade, com telhas de fibrocimento seja acompa- pelo próprio fabricante.
reação ao fogo etc. nhada de emissão de ART (Anotação de Cumeeiras, rufos, espigões e demais
A forma ideal de entrega das telhas no Responsabilidade Técnica) para os servi- peças de arremate também são fornecidas
canteiro é com paletes protegidos. No mo- ços executados. É importante que o con- pelo próprio fabricante, em fibrocimento.
mento da cotação de preços, o comprador tratante aplique listas de verificação na A ventilação do ático pode ser prevista em
deve informar o local da entrega do ma- aceitação dos serviços antes de efetuar a projeto sempre que possível, fazendo-se
terial, as dimensões das telhas onduladas liberação do pagamento. uso de telhas especiais para ventilação.
de fibrocimento e outras características <
particulares de projeto. Diretrizes para a execução
Uma vez no canteiro, telhas e peças Para a instalação, as telhas com com-
Fontes
complementares devem ser manuseadas primento superior a 1,83 m (6 mm) e 2,13 Guia da Construção 98 (set/2009) “Alternativas Tecnológicas
de modo a evitar quebras. As telhas podem m (8 mm) necessitarão de terça interme- – Telhas onduladas de fibrocimento – Produto”.
Guia da Construção 99 (out/2009) “Alternativas Tecnológicas
ser armazenadas na horizontal e vertical diária de apoio. A fixação das chapas deve – Telhas onduladas de fibrocimento – Serviço”.
em local plano e firme. Recomenda-se ser feita com ganchos ou parafusos de aço Guia da Construção 101 (nov/2009) “Alternativas Tecnológicas
– Telhas estruturais de fibrocimento”.
que as pilhas sejam protegidas com lona. zincado, com o uso de arruelas plásticas Equipe de Obra 25 (set/2009) “Medição – Telhas de fibro-
No caso de armazenamento sobre a laje de vedação, massa de vedação e cordões de cimento”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 317

Livro 1.indb 317 25/02/2011 17:09:39


> TELHAS TERMOISOLANTES

Cobertura eficiente
Com materiais isolantes no miolo, telhas tipo sanduíche podem
melhorar o conforto dentro das edificações. Mas a especificação
desse sistema merece atenção, especialmente quanto à espessura
das chapas e tratamento superficial das telhas

A s telhas metálicas termoisolantes,


também conhecidas como telhas
duplas ou painel sanduíche, são produ-
tos que possuem a capacidade não só de
cobertura dos empreendimentos, como
também de redução da passagem de
calor e, em alguns casos, reduzir o ruí- Sistema tem peso reduzido e é de fácil montagem
do de impacto de chuvas. As peças são
formadas por materiais que dão melhor pais materiais que compõem as telhas são Também é importante contar com
conforto térmico, como o poliuretano, o normatizados, como o poliuretano (NBR o auxílio de um profissional capacitado
poliestireno, as lãs de vidro ou de rocha, 15366). A chapa de aço deve ser especifi- na hora da compra do material, prática
e, mais recentemente, as lãs de PET. Esses cada de acordo com a espessura indicada, ainda pouco comum no mercado e que
isolantes são colocados entre duas telhas o revestimento da zincagem deve seguir as acaba prejudicando o desempenho do
metálicas feitas, na maioria dos casos, de normas, e assim por diante. Uma recomen- sistema. “Fundamentalmente, deve-se
aço ou alumínio. dação é solicitar certificados de qualidade ter a orientação de um técnico, enge-
O sistema apresenta como caracte- para o fabricante tanto para o aço como nheiro ou arquiteto capacitado para
rística o peso reduzido, agilidade e facili- para a pintura e o isolante térmico. verificar o nível de isolamento termo-
dade de montagem, além de dispensar a Entre os problemas que o construtor acústico necessário para o projeto em
execução de forros ou de lajes adicionais. pode ter de enfrentar por conta de uma questão e buscar entre as diversas op-
O desempenho térmico varia de acor- especificação errada está a perda de resis- ções de mercado o que melhor atenda
do com a chapa metálica usada (aço ou tência do painel, que pode não suportar o o especificado”, orienta o professor e
alumínio) e com o tipo e espessura do vão entre apoios da cobertura e deformar. coordenador do departamento de enge-
isolante empregado. Quando a galvanização não é adequada, a nharia civil do Centro Universitário da
consequência surge na forma de corrosão. FEI (Fundação Educacional Inaciana),
Especificações Pinturas malfeitas ou de má qualidade Kurt André Pereira Aman.
As telhas com isolamento em poliure- podem apresentar corrosão, manchas, Além da especificação e compra cor-
tano e poliestireno normalmente saem da desplacamentos da tinta, descoloração e reta da telha, é importante lembrar que
fábrica como um painel composto, pronto calcinação violenta e rápida. ela é apenas parte de um sistema. Uma
e acabado para uso do cliente. Já os sis- Outra patologia que pode ocorrer vez certificada a qualidade do produto, os
temas com lãs de rocha ou de vidro são são as infiltrações de água pelas juntas fatores que podem ajudar no seu desem-
vendidos desmontados. e pelos parafusos usados para a fixação. penho seriam: um projeto detalhado de
Em relação ao formato, os produtos Para evitá-las, recomenda-se que sejam sistema construtivo com atenção à técni-
com perfis ondulados ou trapezoidais são seguidas à risca todas as boas práticas de ca do material, mão de obra qualificada e
recomendados para coberturas em forma instalação desse tipo de telhado. treinada para a instalação e a manutenção
de arco ou que exigem sobrecargas con- O ideal é que os aspectos de isolamen- periódica após a execução da obra.
centradas. Para coberturas de formato to térmico e acústico sejam tratados ainda
curvo, aconselha-se usar telha metálica na fase do projeto, quando é possível es- Logística
ondulada com lã de vidro. pecificar produtos adequados às futuras As telhas metálicas termoisolantes são
As telhas metálicas termoacústicas não necessidades do edifício, integrando essas transportadas paletizadas ou em lotes fir-
dispõem de normas específicas que abor- soluções com outros aspectos como área memente amarrados, de forma a evitar
dem o sistema de cobertura. Mas os princi- de iluminação natural, ventilação etc. danos e grandes impactos. Os produtos

318 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 318 25/02/2011 17:09:39


Divulgação: Marko

flexão ou torção das telhas. Caso o local


de estocagem seja descoberto, é preciso
proteger os materiais contra intempéries.

Cotação de preços e fornecedores


Os fabricantes de telhas metálicas
termoisolantes estão localizados princi-
palmente nas regiões Sul e Sudeste, mas
possuem distribuidores por todo o Bra-
sil. Para escolher entre uma determi­na­da
empresa, é preciso levar em conta, além
da qualidade do produto, a c­ apacidade de
fornecimento do fabricante e as garantias
de assistência técnica.
É prudente fazer por escrito a des-
crição detalhada dos materiais empre-
gados e do desempenho esperado para o
Cobertura roll-on termoacústica consiste na utilização de duas bobinas de aço, entre as quais uma produto, especificando as características
bobina de lã de vidro de rocha é aplicada produzindo um efeito sanduíche tanto do isolante (densidade, uniformi-
dade, coeficiente de condutibilidade
térmica e espessura), quanto das chapas
Checklist metálicas (espessura, revestimento de
zinco no caso de telhas de aço, qualida-
Compra de e especificação da pintura das telhas,
> Não coloque o preço como principal critério de seleção de fornecedores. Nesse entre outros). 
segmento, o custo do sistema tem relação direta com a qualidade dos insumos Para garantir a qualidade, além de ficar
usados (aço, pintura e isolante) atento aos preços praticados, é imprescin-
> Privilegie empresas que ofereçam assistência e auxílio na hora da compra dível certificar-se da idoneidade do forne-
e da montagem cedor. “Algumas variações de espessura são
> Para melhor desempenho, é necessário consultar um especialista em conforto imperceptíveis visualmente. O comprador
térmico e acústico e, de preferência, fazer o projeto logo no início da obra pode adquirir uma chapa de aço de 0,43
> Além da relação entre custo e benefício, alguns itens devem ser levados em mm achando que está comprando uma
consideração, tais como qualidade, durabilidade, manutenção e resistência a incêndio de 0,50 mm”, alerta o projetista estrutural
Carlos Freire.
Recebimento, transporte e armazenagem A escolha do material isolante merece
> As telhas devem ser transportadas paletizadas ou em lotes protegidos contra impactos atenção especial e sua definição deverá ser
> No recebimento, verifique se as telhas entregues correspondem às especificações feita a partir do projeto. “Entre as opções
solicitadas e se houve algum dano ao produto durante o transporte existentes no mercado, a mais cara e mais
> A estocagem no canteiro deve ser evitada sob pena de as telhas amassarem ou complexa de ser executada é a lã de rocha”,
mancharem. O ideal é programar previamente com o fornecedor para que a entrega ressalta Freire.
dos materiais seja feita de acordo com o cronograma físico da obra
Garantias
Instalação Em geral, os fabricantes de telhas ter-
> A aplicação das telhas duplas deve ser realizada após a execução da estrutura do moacústicas oferecem cinco anos de ga-
edifício e da subestrutura da cobertura rantia do sistema. Mas, dependendo do
> Atentar para o recobrimento das telhas para evitar goteiras e a inclinação mínima revestimento ou do ambiente onde o ma-
adequada em função da extensão do telhado terial será aplicado, esse tempo pode ser
esticado para até dez anos.
<
também devem estar cobertos com lonas No recebimento, é importante verifi-
Fontes
ou plásticos para não entrar em contato car se as telhas entregues correspondem Construção Mercado 102 (jan/2010) “Qualidade tem preço”.
com a chuva ou danificar o acabamento às especificações solicitadas e se houve al- Guia da Construção 92 (mar/2009) “Como Comprar – Telhas
Metálicas Termoacústicas”.
superficial da telha, principalmente se guma avaria no produto durante o trans- Téchne 160 (jul/2000) “Como construir – Cobertura para casas
for pintada. porte. Durante a descarga, deve-se evitar populares com telhas termoisolantes”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 319

Livro 1.indb 319 25/02/2011 17:09:40


320 – anuário pini – ABRIL 2011

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TELHAS TERMOISOLANTES
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Telhas térmicas Sistema para casas populares Isoparede e isocobertura


As telhas térmicas Dânica são fabricadas Especialmente desenvolvido para casas A Panisol produz telhas-sanduíche
em aço com núcleo isolante em poliuretano populares, o sistema de cobertura Isoeste e painéis isolantes que, segundo a
que bloqueiam, de acordo com a empresa, se adapta a qualquer tipo de parede e empresa, proporcionam conforto térmico,
em mais de 95% a entrada de calor – dispensa o uso de laje ou forro. Entregue estanqueidade, rapidez na montagem
contra os 38%, em média, das telhas com as peças já nos tamanhos exatos, e durabilidade para as obras. O painel
convencionais. Entre os modelos da linha, prontas para serem montadas, é composto isolante Isoparede pode ser usado em
o TermoRoof EPS é revestido nas duas por cinco perfis de aço, telha termoacústica fachadas, fechamentos internos, forros
faces em aço zincado pré-pintado na cor com miolo de espuma de poliuretano e divisórias. Em conjunto com a telha
branca ou galvalume. Está disponível (PUR), acessórios e parafusos. A Isoeste térmica Isocobertura, permite redução no
nas espessuras 0,5 mm ou 0,43 mm, oferece o produto com a opção de consumo de energia elétrica, de acordo
com largura padrão de 1.120 mm e tem revestimento superior em aço galvalume e com o fabricante.
comprimento máximo de 6.500 mm. inferior com filme de alumínio branco. Panisol S/A Painéis Isolantes
Dânica Isoeste (11) 3285-4111
(11) 3043-7883 (62) 4015-1122 www.panisol.com.br
www.danica.com.br www.isoeste.com.br

Telhado galvanizado
Os perfis de aço galvanizado para Cobertura metálica
construção e reforma de telhados da Kofar O sistema de cobertura com telhas
são adaptáveis a qualquer projeto ou tipo metálicas L-27 conta com cama dupla
de telha, além de proporcionar, segundo a de compensado com núcleo de lã de
empresa, fácil acesso para manutenção de vidro ou de rocha para garantir conforto
caixa-d’água e vida útil acima de 50 anos. térmico e acústico. As telhas podem ser
A Kofar afirma, ainda, que o sistema tem confeccionadas em aço galvanizado com
montagem rápida e simples. Além disso, revestimento tipo B, cobre, zinco-titânio ou
por ser em aço, não sofre ataque de cupins alumínio sólido. De acordo com a N. Didini,
nem propaga chamas. as peças se adaptam a qualquer tipo de
Kofar partido arquitetônico e são capazes de resistir
(11) 4161-1000
www.kofar.com.br
a climas adversos.
N.Didini
(11) 3835-9539
www.ndidini.com.br

324 – anuário pini – ABRIL 2011

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xxxxxx > xxxx > xxxxx

ABRIL 2011 – anuário pini – 325

Livro 1.indb 325 25/02/2011 17:09:56


> TERRAPLENAGEM

Solo preparado
Para que seja executado a contento, serviço de
terraplenagem demanda uso de equipamentos
adequados a cada etapa do processo
marcelo scandaroli

Ideal é que construtora tenha profissional capacitado para fiscalizar os serviços de terraplenagem

P raticamente em todas as obras de cons-


trução civil realizadas no solo, seja
um edifício residencial ou uma rodovia,
to, o espalhamento e o transporte do ex-
cesso de terra.
Cada uma dessas fases possui tipos
mentos como ocorrer apenas o aluguel
dos equipamentos. Nesse caso, a respon-
sabilidade pela execução dos serviços fica
é necessário que se faça a terraplenagem de equipamentos próprios para sua exe- por conta do contratante.
para preparar o terreno de acordo com o cução. Por isso, é importante que o pro- O ideal é que se tenha um profis-
empreendimento que será implantado, re- fissional de suprimentos seja capacitado sional capacitado não só para a contra-
tirando o excesso de terra para locais onde para realizar a contratação do serviço. tação dos serviços ou equipamentos,
esteja em falta ou para simples descarte. O Quanto à forma de contratação junto como também para fiscalizar a execu-
procedimento compreende basicamente à empresa prestadora de serviço, pode ser ção, a fim de julgar se os equipamen-
quatro etapas: a escavação, o carregamen- solicitada tanto a execução dos procedi- tos e procedimentos utilizados pela

326 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 326 25/02/2011 17:09:57


Cuidados escavado, usa-se caminhão basculante,
caminhões fora de estrada, dumpers, va-
gões e até mesmo os carrinhos de mão.
Com a contratação do serviço...

divulgação: caterpiLlar
Por fim, para a compactação do excesso
> A terraplenagem é feita para do material, são utilizados rolo pé de
preparar o terreno antes da execução carneiro, rolo vibratório, rolo pneumá-
da obra, deixando-o por inteiro no tico, rolo de grade, entre outros.
mesmo nível. Basicamente, são quatro Os equipamentos de terraplenagem são
etapas de execução: a escavação, o transportados em caminhões ou carretas
carregamento, o espalhamento e o até o canteiro de obras. Em obras de médio
transporte dos excessos. e grande porte, como as máquinas são maio-
> Não há normas técnicas que res e mais pesadas, os veículos transitam len-
determinem como deve ser feito um tamente, tornando necessário um esquema
serviço de terraplenagem. Porém, as especial de sinalização e segurança, além do
empresas devem seguir as normas estudo do trajeto de modo a evitar vias ou
regulamentadoras de segurança pontes estreitas e curvas acentuadas.
do trabalho. Ao receber a equipe contratada na
> Para equipamentos, há uma única obra, deve-se verificar se os locais estão
norma técnica, a NBRNM-ISO6165, que livres e desimpedidos para o início dos
diz respeito às máquinas para rodovias. trabalhos e se os equipamentos trazidos
> As empresas de terraplenagem podem tanto realizar o serviço com seu próprio pela empresa são os adequados para o
equipamento, quanto alugá-los separadamente. serviço. Outro ponto importante é notar
> É sempre bom verificar a vida útil do equipamento para evitar manutenções e atrasos se foram providenciados equipamentos
durante a obra. de segurança, estadia e alimentação para
os operadores; se foi previsto o abaste-
... e com a locação de máquinas cimento de combustível e lubrificante
> Faça uma descrição dos bens locados com as características suficientes que os nas máquinas; e, finalmente, se há local
definam, bem como acessórios e itens complementares ligados aos equipamentos. para o estacionamento das máquinas
> Atenção ao prazo de locação (mensal, quinzenal, semanal). A medição pode ser em para reparos, montagens e substituição
dias corridos ou horas/período. de peças.
> O transporte do equipamento pode ser de responsabilidade da locadora ou do locatário. Mesmo sendo mais utilizada para
> Defina de quem é a responsabilidade sobre o fornecimento de combustível e outros preparar o terreno antes de receber um
insumos necessários para o bom funcionamento da máquina. determinado projeto, a terraplenagem
> Verifique a existência de seguros, além de prazos e custos para reposição de ainda pode ser feita em fases mais adian-
equipamentos ou peças. tadas da obra. É o caso da escavação de
> Defina com antecedência os valores para pagamento de horas em que o equipamento subsolos para garagens nos edifícios, que
não estiver em operação, além de como será o pagamento pelas horas trabalhadas fora é executada após a conclusão da estrutura
do expediente normal (sábados, domingos e feriados). e das vedações.
> Recolha as assinaturas dos representantes das duas empresas nos termos de entrega Em todos os estágios da obra, alguns
e de devolução. cuidados devem ser tomados, como a uti-
lização de equipamentos e implementos
apropriados para o serviço, a execução
empresa de terraplenagem são os mais pretende utilizar e a eficiência do opera- dos procedimentos com condições me-
adequados. dor da máquina. teorológicas favoráveis, o bom dimen-
Em obras de pequeno porte, a ter- sionamento da equipe para evitar tempos
raplenagem pode ser feita com equipa- Usos diversos, equipamentos ociosos de espera, além de um bom almo-
mentos manuais. Em projetos de médio diversos xarifado que tenha as peças mais utiliza-
e grande porte, os equipamentos mecani- Os equipamentos de terraplenagem das na manutenção dos equipamentos
zados são os mais indicados. O andamen- são divididos em grupos de acordo com para não haver espera na aquisição de
to do serviço depende do tamanho e tipo sua principal função. Para a escavação, peças de reposição. <
de terreno que vai ser trabalhado, os aces- por exemplo, recomenda-se utilizar
sos a esse local, as condições meteorológi- tratores com lâminas, motoscraper, Fontes
Guia da Construção 93 (abr/2009), “Como comprar serviços
cas, desníveis a serem escavados, prazo de carregadeiras, escavadeiras e motonive- de terraplenagem”.
execução do serviço, equipamento que se ladoras. Para o transporte do material Guia da Construção 109 (jul/2010),”Locação sem susto”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 327

Livro 1.indb 327 25/02/2011 17:09:59


Terraplenagem
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Locação para terraplenagem solo sob controle Movimentação de terra


A RPSN provê soluções na área de Atuando em todo o território nacional, Há 30 anos no mercado, a Terraplanagem
terraplenagem e locações. A empresa a Tercel Terraplenagem diz investir São Caetano executa uma série de serviços
afirma possuir equipamentos de última constantemente em novos equipamentos relacionados à movimentação de terra,
tecnologia e frota constantemente e na valorização de profissionais. Oferece como escavação, limpeza, compactação
renovada. Realiza atendimento com serviços de construção de gabiões, e recomposição de talude. A empresa
locação de equipamentos pesados, mão escavação, demolição, pavimentação, também realiza demolição manual e
de obra especializada, controle de obras. construção de biodigestores, entre outros. mecânica, locação de equipamentos para
Caminhões basculantes, miniescavadeira Tercel Terraplenagem terraplanagem, preparo de sub-base para
(11) 3901-2098
e escavadeira hidráulica são alguns dos tercel@tercel.com.br piso industrial e acompanhamento
equipamentos disponíveis. www.tercel.com.br de solo grampeado.
RPSN Terraplanagem São Caetano
(11) 5514-6702 (11) 4226-7393
rpsn@rspn.com.br www.terraplenagemsaocaetano.com.br
www.rpsn.com.br

Terraplenagem Delta
A Delta 4 atua há mais de 15 anos na
construção civil, fazendo terraplenagem,
escavação rasa e profunda, pavimentação
– para tráfego leve e pesado, asfalto,
paralelepípedo, placas de concreto simples
e armados – e drenagem. Também executa
obras diversas como muros de bloco,
muros de pedra e concreto armado,
reformas e demolições.
Delta 4
(21) 3327-3031/2426-7653
delta4@delta4.com.br
www.delta4.com.br

328 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 328 25/02/2011 17:10:02


Terraplenagem > Tintas e acessórios para pintura (textura)

Revestimento multiuso
O revestimento acrílico da Revcolor
Serviços e locação é pronto para o uso, composto de
A Tecno Terra executa serviços de resina acrílica, carga mineral, aditivos
terraplenagem. Faz limpeza de terreno, hidrorrepelentes de alta resistência e aditivo
escavação predial, aterro e desterro, antimofo. Assim, conforme assegura a
pavimentação asfáltica, além de demolições empresa, é possível criar vários efeitos
e locação de equipamentos. Entre as decorativos em alto relevo e com várias
máquinas para locação, há carregadeiras, opções de cores. Indicado para paredes
retroescavadeiras, moniveladoras, etc. externas e internas, substituindo a massa
Tecno Terra Terraplenagem
fina, massa corrida ou massa acrílica e a
(11) 5891-2011/5891-7978
engenharia@tecnoterra.com tinta. Pode também substituir o emboço e
www.tecnoterra.com reboco das alvenarias.
Revcolor
(11) 4774-1973
contato@revcolor.com.br
www.revcolor.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 329

Livro 1.indb 329 25/02/2011 17:10:07


> TOPOGRAFIA

Levantamento topográfico
Por fornecer informações essenciais para realização da obra, eventuais erros
nessa etapa colocam em risco toda a concepção dos projetos

O
Agência Petrobras

levantamento topográfico visa realizar


medições de ângulos, distâncias e des-
níveis, permitindo representar uma porção
da superfície terrestre em escala adequada.
A partir das medidas, lineares e angulares,
são calculadas as áreas, as coordenadas, os
volumes, dentre outros elementos, que po-
dem ser representados graficamente em
mapas ou plantas. Na construção civil, a
topografia é importante para projetos e
execução de estradas; grandes obras de en-
genharia, como pontes, portos, viadutos,
túneis etc.; trabalhos de terraplenagem;
monitoramento de estruturas; planeja-
mento urbano; irrigação e drenagem; entre
outras atividades. Ponto de partida para outros projetos e serviços, a topografia aponta eventuais deslocamentos
O professor Luis Augusto Koenig Vei- estruturais ao término da obra
ga, chefe do Departamento de Geomática
da Universidade Federal do Paraná, afirma Arquitetura e Agronomia). “Além da qua- de referência para determinados tipos de
que “o levantamento topográfico é a base lificação e atualização dos profissionais, levantamentos, publicadas por órgãos e
para a elaboração de diversos projetos e também é interessante verificar as técnicas associações de classe, mas servem apenas
estudos que demandem conhecimento e equipamentos empregados”, alerta Veiga. de referência, pois este assunto sempre de-
do terreno. Se este trabalho não for bem Ainda com relação aos equipamentos, de- pende da especificidade de cada trabalho”,
executado, todos os demais que dependem ve-se avaliar se a empresa possui política de lembra Veiga.
dele serão afetados”. manutenção adequada com certificados de
Os levantamentos são feitos durante verificação emitidos por entidades oficiais DEFINIÇÕES GERAIS
toda a obra, inclusive no final, para deter- ou universidades, pois é comum ocorrerem Os levantamentos topográficos são
minar, por exemplo, deslocamentos de es- erros por causa de defeitos nos aparelhos. classificados pela natureza de dados, po-
truturas. “Se pensarmos em grandes obras, É importante analisar as referências dendo ser planimétricos (levanta os limites
como barragens e pontes, por exemplo, o dos trabalhos já executados pela empresa. e confrontações de uma propriedade), alti-
levantamento topográfico é empregado “Aconselho usar a mesma equipe de to- métricos (visa à determinação das alturas
antes, durante e após a execução da obra. pografia do começo ao fim da obra. Desta relativas a uma superfície de referência,
Antes, no sentido de fornecer informações forma evita-se o jogo de empurra caso se- questão do nivelamento) e planialtimétri-
sobre o terreno para a realização dos proje- jam constatadas divergências no projeto.
tos; durante, na locação e controle geomé- Sugerimos que o engenheiro responsável
trico da construção; e após, no acompanha- pela obra avalie os trabalhos da topografia Normas técnicas
mento do comportamento da estrutura”, nas fases mais críticas”, recomenda o enge-
explica Veiga. nheiro Mauro Tallavasso, diretor de obras > NBR 13133:2004 – Execução de
da Serviobras. Levantamento Topográfico
COTAÇÕES DE PREÇOS E FORNECEDORES O preço é influenciado pela finalida- > NBR 14166 – Rede de Referência
Ao contratar o levantamento, o pri- de do levantamento, incluindo o nível de Cadastral Municipal – Procedimento
meiro passo é analisar se os trabalhos são precisão a ser atingido, as características da > NBR 14645 – Elaboração do “Como
realizados por profissionais registrados no área a serem levantadas, além de questões Construído” (as built) para Edificações
Crea (Conselho Regional de Engenharia, como prazo. “Existem tabelas com valores

330 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 330 25/02/2011 17:10:09


ENTREVISTA > MAURO TALLAVASSO

Problemas na execução
Quais os possíveis problemas a serem haver descaracterização de conceito. Há
enfrentados caso o levantamento problemas que são complicados para

Arcervo pessoal
topográfico seja mal executado? reparar e, dependendo do estágio da
A falha na demarcação topográfica pode obra em que for descoberta a falha, uma
acarretar danos graves. Por exemplo: readequação no projeto de terraplenagem
loteamentos que não cabem nas glebas pode resolver. Quando existe, por exemplo, Quando existe
a serem implantados; terraplenagens de demarcação de fundação de prédio com demarcação de fundação
platôs insuficientes para a implantação diferenças do projeto, a fundação pode estar
com diferenças do projeto,
de indústrias; vias públicas que invadem condenada, dependendo do erro.
a fundação pode estar
condenada, dependendo
terrenos particulares; interferências com
do erro
infraestruturas existentes; demarcação Quais os casos mais corriqueiros de
de fundação de prédios com diferenças problemas durante a contratação de Mauro Tallavasso
engenheiro civil e diretor de obras
do projeto; levantamento planialtimétrico levantamento? da Serviobras
primitivo diferente da realidade, implicando Já pegamos vários casos de clientes com
em volumes deturpados. falhas de levantamento. O último foi de um
loteamento cujo proprietário nos contratou
Como reparar falhas como essas sem para a implantação das obras de infraestrutura
comprometer a obra? e, ao fazermos a locação, observamos que o Para evitar riscos, quais os principais fatores
Para alguns casos é necessário fazer empreendimento não cabia na gleba conforme a considerar ao contratar esse serviço?
readequação do projeto original, no a descrição na matrícula. Tivemos que fazer A credibilidade das referências, o registro
entanto, recomenda-se fazer o menor readequações em vários itens do projeto, profissional que habilite a empresa a exercer
número de mudanças possíveis para não como sistema viário e calçadas. a função e, por último, o preço.

Checklist “O que efetivamente deve ser levantado em


campo e com que grau de detalhamento,
depende da aplicação que o levantamento
> Levantamentos topográficos visam executar medições de ângulos, distâncias e desníveis, terá”, afirma Veiga.
que permitam representar uma porção da superfície terrestre em escala adequada O levantamento topográfico é o ponto
> Na construção civil, são usados para projetos e execução de estradas; grandes obras de partida para outros trabalhos ou proje-
de engenharia, como pontes, portos, viadutos, túneis etc.; trabalhos de terraplenagem; tos. “Um bom levantamento facilita as eta-
monitoramento de estruturas; planejamento urbano; irrigação e drenagem; dentre pas posteriores”, salienta Veiga. Vale lembrar
outras atividades que o conhecimento do espaço por meio de
> Ao contratar o serviço é importante verificar se os trabalhos são realizados por plantas topográficas ou mapas é fundamen-
profissionais registrados no Crea; e o preço é determinado de acordo com a finalidade e a tal para o planejamento e gerenciamento
precisão do levantamento de obras. Se o serviço for mal-executado
> Os levantamentos mais comuns na construção civil são os planialtimétricos, nos pode passar informações erradas sobre a
quais são determinadas as posições das feições existentes no terreno e o relevo é posição relativa dos pontos e influenciar
representado, normalmente, por curvas de nível diretamente as ações tomadas. “A solução,
> O levantamento topográfico constitui umas das etapas iniciais de uma obra e a partir normalmente, é refazer o trabalho”, com-
dele são feitos outros trabalhos e projetos. Por isso, é essencial contratar empresa com pleta Veiga.
credibilidade para evitar problemas e atrasos Atualmente, já é possível realizar
levantamento em 3D de uma área, no
entanto, ainda é um trabalho pouco ex-
cos (levantamento planimétrico acrescido problemas geotécnicos, como erosão, ala- plorado. O professor Luis Veiga acredita
da determinação altimétrica). gamentos; e problemas funcionais, como que a topografia tem passado por grande
A professora de topografia Dora Ma- acesso, insolação e aeração. revolução nos últimos anos e que o le-
ria Orth, da Universidade Federal de Santa Na construção civil, os mais comuns vantamento topográfico em 3D possui
Catarina, explica que eles são classificados são os planialtimétricos, nos quais são de- alto potencial de crescimento em diversas
também pela precisão dos dados, podendo terminadas as posições das feições existen- áreas da engenharia. <
ser alta, média ou baixa. Ela conta ainda tes no terreno e o relevo é representado,
Fontes
que, com o levantamento, é possível evi- normalmente, por curvas de nível – obtidas Guia da Construção 104 (mar/2010) “Guindastes sobre rodas”.
tar desperdícios em termos de recursos, a partir de um modelo digital do terreno. Guia da Construção 109 (jul/2010) “Locação sem susto”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 331

Livro 1.indb 331 25/02/2011 17:10:10


Topografia
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Levantamentos Topografia geral Demarcação e cálculo


planialtimétricos A Zetti Topografia atua desde 1994 em A Topografia.Com realiza uma série de
A Cavalcante Agrimensura faz todo Brasil. A empresa assegura ter serviços no campo da topografia, como
levantamentos planialtimétricos e experiência na prestação de serviços de levantamento topográfico, fornecimento
cadastrais para barragens, concessionárias levantamento planialtimétrico e cadastral, de mão de obra e equipamentos
de redes de gás, DER (Departamento de georreferenciamento, loteamentos, especializados, demarcação de áreas e
Estradas de Rodagem de São Paulo), batimetria, locação de equipes para cálculo de volume de terraplenagem. A
implantação de projeto executivo para a acompanhamento de obras, cálculos de empresa, que atua em todo o Brasil e tem
Sabesp, aterros sanitários, levantamento, áreas e volumes, entre outros. entre seus clientes diversas construtoras,
locações, verificação de deslocamentos Zetti Topografia também realiza perícias na área de
(11) 3921-0931
horizontais e verticais de marcos topografia@zetti.com.br engenharia civil.
superficiais, topografia para projetos de www.zetti.com.br Topografia.com
(11) 4437-3678
contensão de encostas e locações de obras. www.topografiacom.eng.br
Cavalcante Agrimensura
ca_agrimensura@terra.com.br

332 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 332 25/02/2011 17:10:12


Topografia

Transmissor laser Levantamentos variados


O laser L3 Ultra da Anvi é uma ferramenta A Levtop surgiu em 1999 e presta
para construções exteriores e interiores. serviços na área de topografia. Faz
Apresenta uma ampla variedade de levantamentos topográficos para projetos
aplicações como: nível, esquadro, de abastecimento de água e saneamento,
alinhamento, transferência de pontos e polidutos, projeto de redes de transmissão
planos inclinados. de energia elétrica, projetos industriais etc.
O controle remoto oferece Faz mapeamento de áreas urbanas para
as funções de escaneamento, controle cadastro técnico municipal, plano diretor
de velocidade, controle de nivelamento, físico e territorial urbano e mapas de
controle de alinhamento e instalações bairros, entre outros serviços.
rápidas por somente uma pessoa. Levtop
0800-604-1818 (24) 3322-9268/3323-9012
www.anvi.com.br www.levtop.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 333

Livro 1.indb 333 25/02/2011 17:10:16


> TUBOS DE CONCRETO

Tubulação sem danos


Atenção durante o transporte e o recebimento de tubos
de concreto é fundamental para evitar quebras nas peças,
especialmente nas extremidades
Divulgação: ABTC

Os tubos devem ser ensaiados segundo os critérios técnicos da NBR 8890/2007

O s tubos de concreto são utilizados para


a captação e condução de águas plu-
viais, esgoto sanitário e efluentes indus-
O desempenho de uma obra de dre-
nagem realizada com tubos de concreto
depende da qualidade do produto, que
mensionamento estrutural e hidráulico,
entre outros.
O diretor-técnico da ABTC (Associa-
triais ou para a canalização de córregos deve ser fabricado de acordo com as nor- ção Brasileira de Tubos de Concreto), Alí-
e galerias técnicas. Sempre que utilizados mas da ABNT(Associação Brasileira de rio Brasil Gimenez, lembra que um dos
no transporte de líquidos, são assentados Normas Técnicas), e também da quali- principais fatores a que os compradores
de forma a proporcionar o escoamento dade do projeto, que precisa seguir as devem se ater é a comparação dos preços
por gravidade, sob pressão atmosférica e regras que determinam fatores, como os entre os fornecedores. A dica é não adqui-
não mecânica. limites de velocidades, declividades, di- rir determinados tubos apenas por conta

334 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 334 25/02/2011 17:10:18


Reforço com fibras

Desde 2007, a norma de tubos de A norma é válida para tubos com fibras de

Fotos: Divulgação
concreto NBR 8890:2007 abrange diâmetros até 1.000 mm, também limita a
também os produtos fabricados dimensão máxima do agregado graúdo a
com fibras de aço. O texto prevê um terço da espessura do tubo, exige que as
distinção de tratamento quanto ao fibras sejam de aço trefilado, com resistência
ensaio de compressão diametral entre mínima do aço igual a 1.000 MPa, ancoradas
tubos armados e tubos com fibras. em gancho e fator de forma mínimo de 40. A
Para os tubos armados, o ensaio de norma admite fibras aparentes na superfície
compressão diametral continua igual a externa do tubo, não definindo isso como devem atender a todos os requisitos
norma anterior. Porém, para os tubos causa de rejeição da peça. Contudo, não estabelecidos para os tubos de concreto,
com fibras, a norma brasileira se admite fibras aparentes na superfície interna como compressão diametral, permea­
aproxima da espanhola e da europeia, e na ponta dele. bilidade, estanqueidade das juntas,
um pouco mais rígidas. Além disso, os tubos produzidos com fibras absorção e tolerância dimensional.

mas técnicas e se as especificações dos tu-


Checklist bos são as ideais para o projeto que vai ser
instalado. É possível encontrar fabricantes
> São dois os tipos de tubos de concreto: de junta elástica e rígida de tubos de junta rígida em todo o Brasil,
> Os tubos de concreto de seção circular para a captação e condução de águas pluviais  e porém, não acontece o mesmo com os de
esgoto sanitário devem ser fabricados de acordo com a NBR 8890/2007 junta elástica, já que 95% dos fabricantes
> Os tubos “jacking pipe” devem ser fabricados e controlados conforme a NBR desse produto concentram-se nas regiões
15319/2007 Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
> No recebimento em obra, os tubos devem estar nas mesmas condições técnicas em
que foram liberados na fábrica Logística e recebimento
> Os tubos só podem ser estocados na posição vertical Os tubos podem ser armazenados no
> Durante o transporte, devem ser laçados externamente canteiro para uso posterior, desde que
de forma correta. O aconselhado é que
os produtos sejam estocados na posi­ção
do preço, e sim considerando se os produ- sanitário, já que os sistemas de encaixe vertical, evitando esforços mecâni­c os
tos atendem às especificações estipuladas são rejuntados com argamassa de areia e desnecessários.
pelas normas técnicas. “Muitas vezes os cimento, o que oferece riscos de contami- Assim como na estocagem, os tubos de
tubos representam menos de 1% do valor nação do subsolo e do lençol freático. concreto devem ser transportados pelos
total do empreendimento e uma compra As normas técnicas variam para cada fornecedores na posição vertical, devi-
sem critério técnico pode comprometer tipo de produto. Os tubos de concreto damente amarrados e travados. A reco-
todo o investimento”, explica Gimenez. de seção circular destinados à captação mendação só não se aplica para os tubos
e condução de águas pluviais e esgoto destinados à captação de esgoto sanitário,
Especificações sanitário devem ser fabricados de acor- que são muito compridos e devem ser
Há basicamente dois tipos de tubos de do com a NBR 8890/2007 – Tubo de transportados na posição horizontal.
concreto no mercado: os de junta elástica e Concreto de Seção Circular para Águas É importante lembrar que nunca se
os de junta rígida. Eles se diferenciam por Pluviais e Esgotos Sanitários – Requi- deve laçar um tubo passando o cabo de
sua finalidade, seção transversal e classe de sitos e Métodos de Ensaios. Já os tubos aço por dentro dele, pois isso pode provo-
resistência. Os tubos de concreto de junta “jacking pipe” recebem tratamento dife- car a quebra dos cantos. O recomendado
elástica podem ter o sistema de encaixe renciado e devem ser fabricados e con- é que sempre sejam laçados externamente
do tipo ponta e bolsa ou macho-e-fêmea, trolados pela NBR 15319/2007 – Tubos pelo seu diâmetro com a utilização de ca-
sempre com a utilização de anéis de bor- de Concreto de Seção Circular para Cra- bos de aço flexíveis ou fitas. <
racha para garantir a estanqueidade no vação – Requisitos e Métodos de Ensaio.
transporte de esgoto sanitário ou efluentes   Fontes
industriais. Já os tubos de junta rígida são Seleção de fornecedores Guia da Construção 90 (dez/2008) “Como Comprar – Tubos
de concreto”.
utilizados em todos os processos de dre- Durante a compra, é preciso verificar Téchne 160 (jul/2010) “Avaliação mecânica de tubos de
nagem, exceto para o transporte de esgoto se o produto atende às exigências das nor- concreto reforçados com fibras de aço”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 335

Livro 1.indb 335 25/02/2011 17:10:18


TUBOS DE CONCRETO > TUBOS E CONEXÕES
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Artefatos de cimento
A Jesus de Mari, fundada em 1982,
produz artefatos de cimento como
tubos, estações de tratamento de
esgoto, aduelas, lajes, pisos, entre
outros. A empresa também é prestadora
de serviço na instalação e execução
desses artefatos.
Jesus de Mari Artefatos de Cimento
(11) 4416-7654
www.jesusdemari.com.br

Sistema de sprinkler TigreFire


Desenvolvida para condução de água em
redes de proteção e combate a incêndios,
a Linha TigreFire não sofre corrosão. A
Hidráulica Potenza, que comercializa o
produto, explica que o sistema se destaca
pela instalação rápida e fácil: basta aplicar o
adesivo e encaixar. Além disso, por serem
fabricados em CPVC (Cloreto de Polivinila
Clorado), os produtos são leves, facilitando
o transporte, manuseio e possíveis reparos
e mudanças de projeto.
Potenza Materiais Hidráulicos
(11) 3636-8888
www.hidraulicapotenza.com.br

336 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 336 25/02/2011 17:10:21


TUBOS E CONEXÕES

Peças com medidas especiais


A Plastolândia, distribuidora de produtos
para hidráulica e plásticos industriais,
possui uma linha de produtos para
hidráulica com medidas especiais Instalações de cobre Eluma Válvula misturadora
e fabricação própria. As peças são Com 68 anos de mercado, a Eluma produz termostática
desenvolvidas de acordo com a tubos de cobre sem costura e conexões de Destinada a residências com sistema de
necessidade do cliente. cobre e bronze para instalações hidráulicas aquecimento central de água – solar e/
Plastolândia de água quente e fria, instalações de gás ou a gás – a válvula é instalada na saída
(11) 2168-8533 do reservatório de água quente (boiler).
(GNV e GLP) e de combate a incêndio
www.plastolandia.com.br
(hidrantes e sprinklers). Os tubos e Recebe água quente de um lado e água fria
conexões de cobre podem ser aproveitados do outro, até atingir a temperatura ideal de
também em sistemas para descarte de óleo consumo, programada manualmente. O
de cozinha. produto contém um termostato interno que
Potenza Materiais Hidráulicos mede a temperatura da água, e conta com
(11) 3636-8888
www.hidraulicapotenza.com.br
uma trava de segurança que garante que a
água não saia com temperatura superior a
38oC, evitando queimaduras.
Emmeti Brasil
0800-770-0383
mais_info@emmeti.com.br
www.emmeti.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 337

Livro 1.indb 337 25/02/2011 17:10:24


TUBOS E CONEXÕES

338 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 338 25/02/2011 17:10:26


TUBOS E CONEXÕES PARA ÁGUA FRIA

FOTO CEDIDA PELA EMPRESA


Tubo perfurado Kanaflex
O tubo perfurado da Kanaflex, fabricado
em polietileno de alta densidade (PEAD), é
utilizado para drenagem de pistas, pátios,
rodovias, campos esportivos, subsolos,
plantações, muros de arrimo, entre
outras aplicações. Por conta do material,
é resistente ao ataque de substâncias
químicas, sendo também aplicados
em aterros sanitários para captação de
chorume e gás.
Kanaflex
vendapead@kanaflex.com.br
www.kanaflex.com.br

ABRIL 2011 – anuário pini – 339

Livro 1.indb 339 25/02/2011 17:10:29


> TUBOS E CONEXÕES PARA ÁGUA FRIA

Hidráulica sem desperdício


Transporte e cortes de pontas na montagem provocam perdas, mas
projeto detalhado pode reduzir sensivelmente o desperdício

R esistência, confiabilidade e facilida-


fotos: marcelo scandaroli

de de utilização. Esses são alguns dos


fatores a serem levados em consideração
na especificação de tubos e conexões uti-
lizados em sistemas hidráulicos de água
fria. Nos últimos anos, a gama de opções
para construtores e projetistas na área
de materiais se multiplicou, permitindo
aproveitar materiais com características
distintas de acordo com as necessidades
de cada obra, inclusive combinando ma-
térias-primas diferentes visando à obten-
ção de melhores produtividade e relação
custo–benefício.

projeto detalhado
Tubos e conexões podem ser fabricados
em aço-carbono, cobre, PVC (policloreto A finalidade de uso determina o tipo de material e dimensões das tubulações
de vinila), PEX (polietileno reticulado) e
PPR (polipropileno randômico). Indepen- Como calcular prumadas
dentemente do sistema escolhido, sempre
haverá pequenas perdas do material, pois,
eventualmente, os produtos são danificados Primeiro, é necessário analisar a planta baixa do pavimento-tipo ou da casa para determinar
ou não são evitadas sobras de pontas ao a quantidade de prumadas (Qp) de água fria. Normalmente haverá uma prumada para cada
cortar o tubo para que se faça cada parte ambiente molhado. Porém, ambientes contíguos podem ser alimentados por prumada única.
do encanamento. Por isso, é importante Anote também a altura da edificação (Ht) e o número de pavimentos (Np).
que a compra de tubos e conexões esteja
respaldada por um projeto detalhado para Com esses dados, teremos:
orientar a execução do sistema. > Qp x Ht = quantidade total de tubo soldável de PVC marrom Ø 50 mm (m) (para as
Além do material no qual são fabrica- prumadas)
dos, os tubos e conexões se diferenciam de > Ht = quantidade total de tubo soldável de PVC marrom Ø 40 mm (m) (ligação entre
acordo com sua resistência à pressão e tem- cisterna e reservatório superior)
peraturas. Devido a essas diferenças, para > Np x Qp = quantidade total de registros de gaveta bruto Ø 50 mm (2”)
garantir o bom desempenho das tubulações > Um automático de boia (para o recalque)
de água fria, o dimensionamento dos pro- > Duas torneiras de boia Ø 25 mm (1”) (para os reservatórios)
dutos deve ser feito por profissional capaz > Dois conjuntos elevatórios motor-bomba (centrífuga) de 3/4 HP (para recalque)
de identificar qual material possui vazão e
pressão compatíveis com os aparelhos hi-
dráulicos de determinado empreendimento. se o material corresponde às especificações As peças podem ser armazenadas para uso
Os tubos devem ser transportados em definidas e se não apresentam defeitos. posterior desde que sejam devidamente
feixes devidamente amarrados e as conexões No descarregamento, os tubos preci- identificadas e colocadas em locais apro-
embaladas em caixas ou sacos plásticos. An- sam ser manuseados com cuidado para não priados, como baias com alturas definidas
tes de recebê-los, o recomendado é conferir sofrerem trincas, amassados ou quebras. ou em gavetas, no caso das conexões.

340 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 340 25/02/2011 17:10:32


Como instalar kits hidráulicos?

1 – Elaboração do gabarito 3 – Pré-montagem 5 – Aplicação dos kits


Após a execução de um protótipo, Com as medidas e bitolas predeterminadas no Com todas as etapas anteriores executadas,
para solucionar todos os problemas gabarito da bancada, os tubos são cortados cabe ao encanador apenas o posicionamento
de execução e de interferências com e armazenados por bitola e comprimento. As do kit na alvenaria, obedecendo à profundidade
outros serviços, é elaborado um croqui conexões são posicionadas no gabarito para e ao prumo conforme o revestimento e as
com as medidas de campo. Esse serve dar início à montagem, de acordo com as interligações com as demais instalações.
para confecção do gabarito da bancada, especificações do fabricante. Concluída essa
destacando bitolas e medidas das etapa, os kits são identificados e armazenados
tubulações e do gabarito de marcação. de acordo com o local de instalação.

2 – Corte da alvenaria
Após a marcação com o gabarito, inicia-se 6 – Conferência e teste
o corte com equipamento adequado. A conferência é feita por meio de um checklist
A serra circular com disco diamantado que, por sua vez, é elaborado com base nos
duplo proporciona maior produtividade 4 – Marcação da alvenaria testes do protótipo. Os ensaios incluem, para
e qualidade, pois executa dois cortes A marcação da alvenaria que receberá o liberação dos kits, testes de estanqueidade
simultâneos, minimizando os danos na kit hidráulico deverá ser executada com e, quando necessário, testes de dilatação,
alvenaria, além de aumentar o conforto do o auxílio do gabarito de marcação. Para o conforme especifica a NBR 5626 – Instalação
operador por aspirar automaticamente o posicionamento, a referência é a cota de nível Predial de Água Fria. A pressão mínima é de 6
pó gerado no processo. e as faixas de revestimento. kgf/cm² para tempo mínimo de dez horas.

Na hora de selecionar os fornecedores rar o projeto, realizar a execução e ma- Em 2010 entrou em vigor a NBR 15813,
de componentes para instalações hidráuli- nutenção do sistema hidráulico de água que aborda as tubulações e conexões em
cas, uma dica é consultar o site do PBQP- fria. Já em relação à fabricação, cada tipo PPR aplicáveis em instalações prediais
-H (Programa Brasileiro de Qualidade e de produto possui a sua própria norma de água quente e fria. <
Produtividade do Habitat). técnica. Por exemplo, os tubos e cone-
xões de PVC marrom soldáveis e branco
Fontes
Normas técnicas rosqueáveis obedecem às NBRs 5648 e Guia da Construção 94 (mai/2009). “Como Comprar – Tubos
A instalação dos tubos e conexões 5680, respectivamente. Os tubos fabrica- e conexões para água fria”.
Téchne 138 (set/2008) – “Melhores Práticas - Kits hidráulicos”.
deve seguir as recomendações da ABNT dos em cobre, classe “I”, “A” e “E”, devem Guia da Construção 97 (ago/2007) “Como Orçar – Instalações
NBR 5626, que determina como elabo- seguir as determinações da NBR 13206. Hidráulicas”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 341

Livro 1.indb 341 25/02/2011 17:10:40


> TUBOS E CONEXÕES PARA ÁGUA QUENTE

Condução quente
Dimensionamento e especificação de tubos e conexões de água quente devem
considerar índice de perdas térmicas, acessibilidade às instalações e estanqueidade

A lém dos tradicionais tubos de cobre, os


fotos: marcelo scandaroli

projetistas têm hoje à disposição uma


ampla gama de opções que lhes permite
aproveitar materiais com características
distintas de acordo com as necessidades de
cada obra. Na busca por melhor produti-
vidade e relação custo–benefício, há casos
até de instalações que tiram proveito de
matérias-primas diferentes, como cobre e
polipropileno, por exemplo.

Como especificar
Características como reduzida dila-
tação térmica, alta resistência às pressões
de serviço e resistência aos efeitos de
fadiga mecânica e térmica fazem que o
cobre continue sendo o material mais di-
fundido para aplicação em redes prediais
de água quente. Em contrapartida, esses
sistemas dispõem de elevada condutibi- Variedade de materiais para tubos de água quente aumentou consideravelmente nos últimos anos
lidade térmica, o que torna necessária a
isolação complementar. Além disso, em
comparação com os materiais plásticos, os Checklist
tubos metálicos têm maior peso unitário e
elevada transmissão acústica resultante da > Antes de escolher o produto, informe-se sobre as suas características e as condições
rigidez do material. de pressão, de temperatura e vazão a que ficarão expostas
Outro ponto associado às conexões > Não abra mão da qualidade do projeto
de cobre é a dificuldade dos construtores > Contrate instaladores capacitados
de garantir a qualidade da solda. Nesse > Respeite as especificidades de cada sistema
quesito, os materiais plásticos tendem a > Fuja dos produtos não conformes
apresentar vantagens, especialmente os
sistemas PPR (polipropileno copolímero
random) e PEX (polietileno reticulado), Já no sistema PEX, a instalação Outro fator de diferenciação entre os
que permitem a identificação imediata de ocorre pelo método ponto a ponto, em materiais para tubos e conexões de água
defeitos de execução. Os tubos de PPR têm que a água é distribuída a partir de um quente é a dilatação térmica. Os tubos
conexão realizada por termofusão mo- quadro (manifold) diretamente aos plásticos próprios para a condução de
lecular a temperaturas acima de 250oC, pontos de consumo, sem derivações. água quente costumam apresentar coefi-
processo que transforma a ponta do tubo e Seme­lhante ao que acontece em uma ciente de dilatação térmica entre 3,5 a 8,5
a bolsa da conexão em um elemento único. instalação elétrica, o tubo é introduzido vezes maior do que uma tubulação equiva-
Isso faz com que esses produtos tolerem dentro de um condutor. Consequente­ lente de cobre. Para contornar essa carac-
temperaturas e pressões sob utilização su- mente, emendas e conexões são dispen- terística e, ainda, conferir maior resistência
periores à recomendada para tubulações sadas e, em caso de manutenção, a troca mecânica à tração, flexão e tensões radiais,
de CPVC, que têm junção realizada com da tubulação pode ser feita sem neces- foram criados os tubos PEX e PPR com
adesivos químicos. sidade de quebra de revestimentos. alma de alumínio.

342 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 342 25/02/2011 17:10:41


Passo-a-passo – Termofusão em tubos de PPR para instalações de água quente

Passo 3 Passo 6
Com o auxílio de um lápis, marque na Passado o tempo mínimo de aquecimento,
extremidade do tubo a profundidade da retire o tubo e a conexão do termofusor.
bolsa da conexão. Em seguida, introduza imediatamente a
ponta do tubo na bolsa da conexão até
chegar ao anel da conexão formado pelo
Passo 1 aquecimento do termofusor.
Limpe os bocais com um pano embebido
em álcool-gel e instale-os no termofusor.

Passo 4
Assim que o equipamento atingir os
260oC necessários para a fusão, introduza
simultaneamente o tubo e a conexão em seus Passo 7
respectivos lados do bocal. Segure a junção durante 20 a 30 s. Durante
um intervalo de 3 s, existe a possibilidade
de alinhar a conexão em até 15oC

Passo 2
Corte os tubos no comprimento
determinado pelo projeto de
instalações com uma tesoura
apropriada para essa tarefa ou serra- Passo 5
arco. Tome cuidado para não deixar Sustente o tubo e a conexão de forma
rebarbas na tubulação. Limpe a ponta perpendicular à placa do termofusor durante Passo 8
dos tubos e a bolsa das conexões que a termofusão. É fundamental que o tempo Deixe a conexão repousar por alguns minutos
serão submetidas à termofusão com mínimo de aquecimento, variável em função até esfriar. Após uma hora, a tubulação já
um pano umedecido com álcool-gel. do diâmetro do tubo, seja respeitado. poderá ser submetida ao teste de pressão.

Requisitos de qualidade mitê Brasileiro de Construção Civil. Já conexões de PPR. Já a NBR 15813-3
Os tubos e conexões para condução em relação aos sistemas PPR, em 2010 refere-se à montagem, instalação, arma-
de água quente devem atender aos requi- entrou em vigor a NBR 15813:2010 – zenamento e manuseio. <
sitos exigidos pela NBR 7198:1993 – Pro- Sistemas de Tubulações Plásticas para
jeto e Execução de Instalações Prediais de Instalações Prediais de Água Quente
Água Quente. e Fria. A norma foi subdividida em Fontes
Equipe de Obra 15 (jan-fev/2008) “Passo-a-passo – tubulação
Normas brasileiras para os sistemas três partes: a primeira trata de tubos, de água quente”.
PEX estão em desenvolvimento no Co- a segunda abrange requisitos para Téchne 153 (dez/2009). “Condução flexível”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 343

Livro 1.indb 343 25/02/2011 17:10:47


344 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 344 25/02/2011 17:10:51


xxxxxx > xxxx > xxxxx

ABRIL 2011 – anuário pini – 345

Livro 1.indb 345 25/02/2011 17:10:55


Tubos e conexões PARA ÁGUA QUENTE > UNIFORMES

FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS


Kits hidráulicos
Os kits hidráulicos fornecidos pela Merc
prometem segurança sem desperdícios.
São conjuntos compostos por estrutura,
peças hidráulicas e carenagem de
acabamento. Estão disponíveis para
diversos ambientes, como lavatório,
cozinha, lavanderia e banheiros.
Merc
(11) 3579-8700
www.merc.com.br

Linha hidráulica Uniformes profissionais


A Epex, empresa instalada em Blumenau A Fórmula X fornece uniformes
(SC), fabrica tubos flexíveis PEX, uma profissionais para empresas e indústrias
tubulação que permite instalações ponto de diversos segmentos, entre eles a
a ponto. A linha hidráulica é completa por construção civil. Com confecção própria, a
tubos PPR, PN12 e PN20, da argentina empresa também presta consultoria para a
IPS. O portfólio de produtos da Epex criação da identidade visual dos uniformes.
inclui ainda espumas elastoméricas e Fórmula X Uniformes
formulax@erfolgmodas.com.br
mantas atenuadoras de ruído para tubos e www.formulax.com.br
contrapisos de lajes; e a manta Fonpex, que
reduz ruídos de impacto entre pavimentos.
Epex
(47) 3331-1300
vendas@epexind.com.br
www.epexind.com.br

346 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 346 25/02/2011 17:10:57


Tubos e conexões PARA ÁGUA QUENTE > UNIFORMES

ABRIL 2011 – anuário pini – 347

Livro 1.indb 347 25/02/2011 17:10:59


> VERGALHÃO (ARMAÇÃO PARA CONCRETO)

Aço pronto
Vergalhões podem ser comprados já cortados e
dobrados para aumentar a produtividade no canteiro

O aço é o componente mais caro


fotos: marcelo scandaroli

de uma estrutura de concreto.


Por isso, construtoras e pesquisado-
res buscam formas de racionalizar o
processo de armação. Mas os serviços
de corte e dobra, antes maciçamente
presentes nos canteiros, foram gradu-
almente industrializados e hoje, nos
grandes c­ entros urbanos, já se conso-
lidam como alternativa economica-
mente viável ­e poupadora de mão de
obra. Treliças, estribos e vergalhões
são entregues nas dimensões exatas e
a obra vira apenas uma linha de mon-
tagem de armaduras. Novos produtos
e serviços continuam surgindo para
racionalizar ainda mais essa etapa da
obra, mas projetistas, construtores e
consultores são um pouco mais céticos
quanto à comple­t a industrialização
das armaduras. O detalhamento do projeto de armaduras reduz significativamente as perdas em canteiro
A região onde a obra está sendo
executada pode ser um fator decisivo
na adoção do sistema de armaduras. Checklist
A distância dos centros fornecedores
pode encarecer o frete do aço pronto, > Siga as prescrições da NBR 7480:1996 para a correta especificação do aço
tornando-o inviável para certos empre- > Compre vergalhões de fornecedores que possuam selo de conformidade
endimentos. Com uma cultura de uso > Contemple quais serão os níveis de desbitolamento aceitáveis pela construtora em
de armaduras definida, projetistas e, contrato com os fornecedores
sobretudo, construtores podem traba- > Passe ao projetista estrutural a informação de que o aço será beneficiado no canteiro
lhar melhor o processo de racionaliza- de obras, se for o caso, de maneira que ele possa adequar melhor o projeto a essa prática
ção dessa etapa. Sabendo previamente > Priorize o uso de equipamentos eletro-hidráulicos, principalmente para o dobramento
que o aço será cortado e dobrado em das barras
fábrica, o calculista pode adequar o de-
talhamento do projeto ao processo de
produção do fornecedor. Normas técnicas
Caso o construtor opte pela ­utilização
de aço cortado e dobrado no canteiro, o > NBR 6118:2003 – Projeto de estrutura de concreto – Procedimento
papel do projetista é ainda mais impor- > NBR 7480:1996 – Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado
tante. O detalhamento do projeto de ar- – Especificação
maduras pode implicar diretamente na > NBR 7481:1990 – Tela de aço soldada – Armadura para concreto – Especificação
minimização de per­d as de material, já > NBR 7482:1991 – Fios de aço para concreto protendido – Especificação
que as matérias-pri­mas são barras padro- > NBR 7483:1991 – Cordoalhas de aço para concreto protendido – Especificação
nizadas de 12 m de comprimento.

348 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 348 25/02/2011 17:11:01


Preparo de armadura convencional

Montagem antes do lançamento do concreto deve prever o cobrimento mínimo das ferragens

Armazenamento Dobra
No canteiro, os vergalhões devem ficar Para evitar fissuração na parte tracionada,
posicionados em local estratégico e os raios de dobramento devem ser Amarração
protegidos de condições que causem condizentes com as características do A ligação entre as barras e os estribos é
a corrosão. O ideal é armazená-los em aço utilizado, conforme estabelecido na feita por meio de arame recozido com o
terreno plano e sobre base que impeça NBR 14931 – Execução de Estruturas de auxílio de uma torquês. Todas as ligações
o contato direto das barras com o solo. Concreto – Procedimentos precisam ficar firmes e bem presas.

Distanciadores
Os espaçadores ou distanciadores
Operação de corte plásticos devem ser encaixados em
O corte das armaduras precisa ser estribos alternados, de forma a se
previamente planejado para evitar Pré-montagem obter uma distribuição uniforme por
desperdícios. Tesourões, guilhotinas Seguindo o detalhamento do projeto de todo o elemento estrutural. Finalizada
ou máquinas de corte podem ser estruturas, deve-se marcar com giz os essa etapa, as armaduras estarão
utilizados, dependendo da bitola do aço pontos do vergalhão onde serão dispostos prontas para serem colocadas dentro
e do volume de material a ser cortado. os estribos. das fôrmas.

Requisitos de qualidade para vergalhões Falhas de especificação podem acar-


retar mau desempenho do produto,
como a subespecificação (uso de áreas
Propriedades mecânicas: tensão Nacional de Metrologia, Normalização de aço menor que o necessário). Além
de escoamento, alongamento, relação e Qualidade Industrial) e do organismo disso, a operação de dobramento das
entre tensão de ruptura e tensão de certificador, número da corrida ou lote, barras requer uma atenção especial em
escoamento, aderência. identificação da classe do aço e da bitola. função da preocupação em se respeita-
Garantia de rastreabilidade: na Qualidade do produto: comprimento rem as características do aço empregado,
barra, identificação do produtor, da uniforme sem presença de barras curtas, impedindo que ocorram fissurações na
classe do aço e da bitola gravados na regularidade da configuração geométrica, parte tracionada. <
barra em alto relevo; na etiqueta, marca retilineidade das barras, nível baixo de oxidação. Fontes
do produtor, identificação da unidade Na embalagem: amarras firmes e sem Téchne 154 (jan/2010), “Melhores Práticas – Preparo de
armadura convencional”.
produtora, marca do Inmetro (Instituto folgas, presença de etiqueta. Construção Mercado 66 (jan/2007), “Da barra à armadura
pronta”.

ABRIL 2011 – anuário pini – 349

Livro 1.indb 349 25/02/2011 17:11:09


Vergalhão (armação para concreto)
FOTO CEDIDA PELA EMPRESA

Aços da Udiaço
A Udiaço é uma empresa especializada em
aços para a construção civil. Há mais de 20
anos a empresa distribui produtos Gerdau,
como vergalhões, corte e dobra de aço
em medidas específicas para cada projeto,
vigas e sapatas, telas soldadas para pisos
e lajes, pregos em diversas bitolas e arame
recozido para amarração de armaduras,
entre outros produtos.
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350 – anuário pini – ABRIL 2011


xxxxxx > xxxx > xxxxx

ABRIL 2011 – anuário pini – 351

Livro 1.indb 351 25/02/2011 17:11:13


Vergalhão (armação para concreto) > VIDROS
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

aço Cortado e dobrado PAINÉIS DE VIDRO


O Belgo Pronto é um conjunto de soluções Os painéis de vidro duplo da linha
da ArcelorMittal em aço para a execução Essenza, sobrepostos em perfis
da etapa estrutural de obras de todos os de alumínio, podem ser utilizados
portes. O serviço entrega o aço cortado e VIDRO corta-fogo como porta, janela ou divisória. Têm
dobrado na medida certa, de acordo com O vidro corta-fogo alcança tempos de isolamento térmico e acústico, ideal para
o projeto, e utiliza como matéria-prima resistência de até 120 minutos, e, em caso ambientes interiores, como divisórias
os vergalhões Belgo Núcleo Octogonal, de fogo, impede a passagem de chamas, internas de cômodos ou ambientes.
Belgo 50 Soldável, Belgo 60 Nervurado gases, fumaças e promove redução na Giesse
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e Belgo 25. Além de corte e dobra, a transmissão de radiação e condução de
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empresa também oferece serviços de corte calor, pela expansão e opacidade de seu
de cordoalha, corte de tela e o serviço de intumescente interno.
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352 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 352 25/02/2011 17:11:17


ABRIL 2011 – anuário pini – 353

Livro 1.indb 353 25/02/2011 17:11:21


> VIDROS PARA FACHADA

Transparência máxima
Especificação adequada é essencial para garantir conforto térmico
e acústico em edificações envidraçadas. Soluções arquitetônicas
simples, no entanto, ajudam a melhorar o desempenho

A especificação adequada do vidro em- em Edificações e a NBR NM 293, sobre a


Divulgação: Sulamérica

pregado em fachadas é determinante terminologia de vidros.


para o desempenho das edificações. Para
controlar a insolação, o projeto arqui- Logística e instalação
tetônico deve considerar recursos va- Os vidros devem ser transportados for-
riados, desde o sombreamento natural, mando ângulos de 60o a 70o com a horizon-
com árvores ou implantação bem elabo- tal, apoiados em cavaletes ou estantes, com
rada, até o desenvolvimento de sistemas folhas de papel kraft ou plástico bolha entre
de brises e telas. as placas, além de cintamentos que impe-
A seleção do vidro é igualmente cru- çam o tombamento. Não devem ser expos-
cial. De acordo com as NBR 7199 – Pro- tos a chuvas, umidade, poeira e gordura.
jeto, Execução e Aplicações de Vidros Ao receber o produto, é importante
na Construção Civil, 14697 – Vidro La- conferir: integridade das placas, quanti-
minado e 14698 – Vidro Temperado é Sede da Sulamérica Seguros no Rio de Janeiro dades, dimensões, espessuras, existência
obrigatória em fachadas a utilização de recebeu vidros de 14 mm à prova de balas de defeitos, registros do controle da qua-
vidros de segurança de qualquer tipo, lidade da fábrica (composição química,
visando à integridade física dos usuários solução indicada para revestir fachadas. características físicas e mecânicas do lote
dos edifícios e dos transeuntes externos. Dependendo da composição, pode ofere- de produção) e preparação prévia para
A escolha do tipo de vidro se dá em cer isolamento térmico e acústico. O tér- acondicionamento e estoque.
função das necessidades específicas tais mico se dá por meio da câmara de ar, que A instalação dos vidros deve ser feita
como isolamento térmico e acústico, se- serve como isolante para a passagem de após a complementação da obra pesada
gurança, luminosidade, estética e design. calor do vidro externo para o interior do (estrutura, alvenarias, instalações embu-
A composição dos elementos em função ambiente. Para potencializar essa carac- tidas, emboços e regularizações de pisos).
da cor e espessura, da reflexibilidade, da terística, pode-se utilizar vidro refletivo. Na colocação devem estar inclusas a dispo-
escolha da película e da eventual utilização Já o desempenho acústico do vidro duplo sição de calços, gaxetas, massas, dobradi-
de câmaras internas permite grande gama pode ser incrementado utilizando-se vi- ças e fechaduras (se necessário), selantes,
de composições. dros laminados ou de diferentes massas. fitas autoadesivas e sinalizadoras, até a
Antes de especificar vidro antirruído, po- limpeza final.
Especificação rém, deve-se saber exatamente o tipo de
Entre as opções mais empregadas em barulho e em qual nível de frequência ele PRAZO DE ENTREGA
fachadas contemporâneas está o vidro low-e terá de ser isolado. Varia de acordo com o fabricante ou
(low emissivity glass), que conta com uma fornecedor. É necessário ter uma garantia
fina camada de óxido metálico aplicada em Requisitos de qualidade de que o produto será entregue no mo-
uma das faces do vidro. Essa película filtra os As placas devem ser fabricadas com mento adequado ao cronograma da obra
raios solares – intensificando o controle da as dimensões definitivas, sem recorte em e que haja boas condições de transporte
transferência de temperaturas entre ambien- obra. De acordo com o vidro, é preciso e armazenagem. <
tes –, sem impedir a transmissão luminosa. observar o cumprimento das normas
Transparente, com um leve tom esverdeado pertinentes. É necessário também seguir Fontes
AU – Arquitetura & Urbanismo 201 (dez/2010) “Luz e sombra”.
ou azulado, o low-e pode apresentar refleti- a NBR 7199, que fixa condições a obede- Téchne 159 (jun/10) “Blindagem arquitetônica”.
vidade externa entre 8% e 10% e transmis- cer no projeto de envidraçamento. Em Construção Mercado 71 (jun/2007) “Como comprar – Vidros
de segurança”.
são luminosa entre 70% e 80%. complementação, devem ser consultadas Téchne 122 (mai/2007) “Cortina de vidro”.
O vidro duplo (ou insulado) é outra a NBR 6123 – Forças Devidas ao Vento AU – Arquitetura & Urbanismo 178 (jul/2008) “Clarear e expandir”.

354 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 354 25/02/2011 17:11:23


Blindagem arquitetônica

Muito utilizada em cidades com elevado III (capaz de suportar impactos dos disparos
índice de criminalidade, a blindagem de fuzis) de 125 kg/m² e 2,5 m de altura, pode
arquitetônica pode ser prevista em representar um peso de 312 kg/m de viga.
qualquer fase da obra, inclusive em Fundamentais para assegurar a segurança nesses

Divulgação: Vault
edificações prontas. O ideal é especificá- edifícios, os vidros blindados são compostos por
la ainda em projeto, quando é possível lâminas de cristal transparente, interligadas entre
prever a execução de estruturas mais si por material plástico extremamente resistente
reforçadas nos locais a serem blindados. (PVB ou EVA). As espessuras dos vidros variam nível II (resistentes a armamentos até
Além disso, dependendo do nível balístico de acordo com a NBR 15000 – Blindagens para Magnum 357 e pistola 9 mm); nível III-A
exigido em projeto, a blindagem poderá Impactos Balísticos – Classificação e Critérios de (resistente a armamentos até Magnum 44
ter um impacto considerável na estrutura Avaliação. e submetralhadora 9 mm) e nível III + PA2
da edificação. Para se ter uma ideia, uma Os vidros podem ser fabricados para suportar (resistente a armamentos até fuzil AR 15 e
peça com blindagem considerada de nível níveis balísticos: anti-invasão (trilaminado); FAL 7.62 mm).

Vidros para fachadas – evolução


Divino Advincula

Victor Almeida
divulgação Aflalo e Gasperini

1983 2002
Com 20 andares e O edifício criado para
93 m de altura, o o Bank Boston, em
Citigroup/Citibank tem São Paulo, possui 18
projeto do escritório tipos diferentes de
Aflalo & Gasperini, na vidro em seus 140 m.
Décadas de 1930 e 1940 avenida Paulista, em Entre as variedades,
Niemeyer utiliza o vidro em duas obras São Paulo. Seis mil destacam-se os vidros
emblemáticas: o edifício-sede do m² de vidro laminado à prova de balas e
Ministério da Educação e Saúde no Rio a quente recobrem a os low-e, de baixa
de Janeiro (1936), e no conjunto da fachada, ao lado do emissão térmica. Para
Pampulha (1940). Na foto, fachada de granito. Foi uma das garantir o conforto
vidro do Museu de Arte da Pampulha. primeiras utilizações térmico, aplicou-se
de fachada-cortina vidro insulado com
acervo PINI

no Brasil, com a 25 mm de espessura


tecnologia de silicone total. Projeto do
glazing para instalação norte-americano SOM
dos vidros. em parceria com o
escritório Júlio Neves.
1997
divulgação SOM

daniel ducci

1951 Com projeto do


Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi escritório norte-
inauguram sua Casa de Vidro em São Paulo. americano SOM
A edificação foi tombada pelo Condephaat (Skidmore, Owings
como patrimônio histórico em 1987. & Merrill) em
co-autoria com o
1981 Kogan Arquitetos
O Edifício Dacon, Associados, o
divulgação: Ricardo Julião

projeto de Ricardo Edíficio Birmann


Julião, é totalmente 21 foi construído 2007
revestido com em 1997 e traz A fachada do Eldorado Tower, de Aflalo
placas de vidro. É como principal & Gasperini, recebeu vidros com
o primeiro edifício característica os revestimento em pintura cerâmica branca,
da capital com esse estudos sobre os sobre vidro sem chumbo. Nas vigas entre
revestimento em graus de insolação vãos foram utilizados vidros verdes com
toda a fachada. nas fachadas. pintura cerâmica verde opaca.

ABRIL 2011 – anuário pini – 355

Livro 1.indb 355 25/02/2011 17:11:35


vidroS para fachada
FOTOS CEDIDAS PELAS EMPRESAS

Vidro duplo insulado Transparência colorida VIDRO display


Utilizado em projetos de grande porte, Fornecidos em diversas opções de cores, a O vidro Intelligglass possui um display de
o vidro duplo insulado dá mais conforto depender das especificações de arquitetura, partículas suspensas em cristal líquido
termoacústico a edifícios. O produto é os vidros laminados ou temperados da que o deixam translúcido quando ligado
composto basicamente por dois vidros Lamitemper podem ser aplicados em e branco leitoso quando desligado. O
separados entre si por um espaçador. Junto ambientes internos ou externos. Dentre as acionamento é feito com interruptor
ao perfil, há um depurador para diminuir especificações possíveis, estão coberturas, manual de energia, controle remoto ou
a umidade e evitar a criação de fungos e a fachadas, sacadas, guarda-corpos, portas, sensor de presença, inclusive por luz solar.
formação de vapor-d’água. A Divinal Vidros janelas, divisórias, vitrines, prateleiras e A mudança do status do vidro é feita em
comercializa as peças nas dimensões de portas de armários. menos de um décimo de segundo.
200 x 200 mm a 4.500 x 2.500 mm. Lamitemper Intelligglass
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356 – anuário pini – ABRIL 2011

Livro 1.indb 356 25/02/2011 17:11:40


xxxxxx > xxxx > xxxxx

ABRIL 2011 – anuário pini – 357

Livro 1.indb 357 25/02/2011 17:11:44


ANUÁRIO GUIA DA CONSTRUÇÃO 2011
ÍNDICE REMISSIVO

> ÍNDICE DE ANUNCIANTES

2S Studio, 35 Costa Lion, 88 JCE Materiais, 238 Obrap Eng, 121 Sentec, 149
A Geradora, 253 Costa Lion, 313 Jeene, 223 Olympia, 276 Serteg, 207
Abaco, 267 Coxport, 276 Jesus de Mari, 336 Oterprem, 283 SF Fôrmas, 164
ABC Demolidora, 109 Cummins, 206 Jirau, 126 Otreprem, 84 SH Fôrmas, 172,173
ABC Impermeabilização, 210 Dagnese, 147 Joan, 132 Panisol, 325 Siemens, 25
ABS Engenharia, 184 Dânica, 320,321 Jodi, 149 Papaiz, 155 Sistrel, 226
Acesso, 54 Day Brasil, 95 Jundbase, 137 Papycom, 50 Soilmec, 181
Acqualimp, 291 Demolidora Dias, 108 Kaba, 154 Papycom, 207 Solar Evolution, 62
Agora Telecom, 30 Depósito Zona Sul, 237 Kanaflex, 339 Papycom, 246 Solaris, 248
Albuquerque & Oliveira, 29 Desmontec, 102 Kawafer, 97 Pardini, 276 Soldatopo, 51
Alfamax, 54 Desmontec, 105 Kortfuro, 104 Parfel, 238 Solotrat, 187
Algeco, 47 Di Casa, 296 Lev Top, 333 Pashal, 131 Steel House, 306
Amanco, 344 Dimibú, 178 LP Brasil, 307 Passarela, 114 Strutubos, 336
Andmax, 53 Divinal, 357 Lufran, 114 Paulestac, 183 Symek, 115
Anisio Horta, 227 DTS Demolições, 108 Lwart, 210 Paulista, 262 Tatu, 230
Anselmo Cabos, 157 Dutra, 27 M3SP, 235 Pav Mix, 4a capa Tecbarragem, 292
Anvi, 244 Eco-Comfort, 64 Maccaferri, 196 Perame, 308 Tec-Fix, 104
Aquasólis, 176 Ecopietra, 270 Madeireira S Caetano, 239 Percon, 191 Tecno Terra, 329
Aquecedores Cumulus, 62 Effectus, 41 Madewal, 168 Perfurac, 191 Tecnogran, 283
Arbo, 141 Eluma, 345 Mago, 254 Peri, 179 Tectools, 103
Arcoenge, 110 Enerbras, 220 Manoel Marchetti, 46 Petrosteste, 185 Tégula, 315
Arctest, 52 Engebras, 247 Maquesonda, 182 Pina, 97 Telas Cupecê, 309
Argamassa Brasil, 76 Engebrax, 252 Márcio Lajes, 230 Placo, 263 Telas Guará, 309
Art Spray, 297 Engefuro, 103 Marna, 230 Plastolândia, 337 Tercel, 328
Artgran, 114 Engesonda, 300 Matcon, 33 Polipiso, 278 Tigre, 2a capa
Atacadão da Madeira, 240 Engestrauss, 192 Matcon, 96 Poliview, 36,37 Tipform, 128
ATC Tukasom, 10 Enthal, 65 Matcon, 156 Pollo, 253 TL Construção, 251
Atex, 227 Esparbras, 130 Maxi, 136 Pórtico Real, 54 Topografia Com., 333
Avant, 31 Estub, 174 Maxton, 212 Pórtico Real, 82 Total Grass, 277
AWM Síderos, 250 Etenas, 178 Maygas, 3a capa Potenza, 237 TRCM, 54
Balke, 286 Eternit, 3,5 Mecan, 127 Potenza, 338 TRCM, 130
Bandgesso, 262 Eurobras, 51 Mediterrânea, 234 Prensil, 85 TRCM, 176
Baram, 80,81 Exata, 190 Megamix, 17 Proclean, 236 Trejor, 111
Basestrauss, 186 Famapiso, 270 Megamix, 77 PWA Limpezas, 236 Trisoft, 94
Betumat, 216 Fernandes, 278 Meksol, 180 Ramalho, 200 Trisoft, 240
Bloco Renger, 282 Flaiban, 296 Merc, 339 RCS, 28 Trisoft, 262
Blocos Pinguim, 83 Flaviense, 239 Merc, 346 Reade, 267 Trisoft, 293
BMC Máquinas, 245 Fórmula X, 347 Metal Desterro, 251 Red Engenharia, 100 Trisoft, 297
Brasmódulos/Zap, 48 Frescar, 65 Metalenge, 149 Refixa, 40 Trisoft, 302
Braston, 269 Fundações ABC, 187 Métre, 41 Refran, 234 Udiaço, 350
Brasviga, 126 Furatex, 186 Metroform, 32 Reiplás, 159 Ulma, 177
Buildspuma, 211 FX Fundações, 300 Metroform, 128 Rejuntabras, 74 Unestaca, 182
Cal Hidra, 76 Geobrasil, 156 Microban, 34 Rentank, 197 Unic Steel, 146
Canteiro, 49 Geocenter, 332 Microrubber, 268 Retha, 197 Unic Steel, 149
Casa Francesa, 114 Geoesp, 192 Micura, 302 Revcolor, 329 Uniontech, 223
Casa Tognini, 338 Geosonda, 184 Milênio Fachadas, 297 Rheem, 63 Usiminas, 19
Casalit, 83 Gerdau, 353 Mills, 129 Rio Vector, 130 Vedacit, 213
Catel, 238 Glasser, 85 Mills, 175 Riscado, 302 Viatrade, 53
Cavalcante, 333 Globogeo, 180 Mitti, 55 Roca, 193 Vigatec, 132
CDTEC, 82 GNP Construtora, 279 MR Sondagens, 301 Rohr, 165 Vonder, 14,15
CDTEC, 100 Grupo’Água, 339 MS Planej, 146 Roma, 11 Votoraço, 351
Central Locadora, 249 Grupo’Água, 346 M-Tech, 104 Rossi, 267 Votorantim, 72,73
Chuá Piscinas, 267 Hematec, 286 Mult Hidro, 255 RPL Metalúrgica, 290 Walsywa, 312
Cico, 292 Hemfibra, 133 N Dedini, 23 RPSN, 329 Weber Quartzolit, 3
Cimart, 190 Héstia, 266 Nec do Brasil, 21 Safecon, 55 Weber Quartzolit, 69
Compac, 246 Hidrotubo, 336 Neoprex, 222 Salesmetal, 133 Weber Quartzolit, 75
Comptel, 88 Hildebrando, 236 Netherland, 212 Sandregás, 217 Weiler, 250
Compugeo, 184 Husqvarna, 102 NHJ, 50 Santos Demolidora, 109 WGF, 300
Concreteste, 100 Ideal, 95 Nicoll, 347 São Caetano , 329 WRO, 121
Conegás, 96 Impermol, 211 Nicom, 238 Saur, 246 Ycatu, 141
Constr Solidum, 97 Isar, 221 NK Rental, 255 Scac, 140 Zaclis Falconi, 120
Construcola, 74 Isoeste, 322,323 NM Estruturas, 146 Scanmetal, 84 Zarif, 308
Corfio, 158 Itauára, 282 Novata, 287 Scanmetal, 250 Zetti, 333
Costa Fortuna, 180

358 – anuário pini – ABRIL 2011


> ÍNDICE REMISSIVO

A C Elevadores de obra (veja: elevador Fundação com hélice contínua – L


Abrigos temporários para canteiro Cabeamento estruturado, 88 de cremalheira, 114, 116) reportagem, 188 Ladrilhos (veja: revestimento para
(veja: alojamentos para canteiro de Cabo de cobre nu (veja: fios e cabos Engenharia e projeto, 120 Fundação com hélice contínua, 187 piso, 297)
obra (fixo e móvel), 44, 46) elétricos, 157, 160) Ensaios (veja: sondagem, 298, 300) Fundação, 180 Laje nervurada, 226
Acabamentos para pisos de Cabos e fios elétricos (veja: fios e Equipamentos de proteção, 122 Fundações com estacas Laje pré-moldada – reportagem, 228
madeiras (veja: revestimento para cabos elétricos, 157, 160) Escoramento metálico – pré-fabricadas (veja: estacas pré- Laje pré-moldada alveolar, 230
piso, 297) Cadastramento planialtimétrico reportagem, 124 moldadas de concreto, 138, 140) Laje treliçada – reportagem, 232
Acessórios de fixação, 40 (veja: topografia, 330, 332) Escoramento metálico, 126 Fundações moldadas in loco (veja: Laje treliçada, 234
Aço – controle tecnológico (veja: Caixa-d’água – reportagem, 90 Escoramento, 123 fundação, 180) Laje, 226
controle tecnológico, 98, 100) Caixa-d’água, 88 Esgoto sanitário, 133 Fundações rasas (veja: fundação, 180) Lâmpadas, 235
Aço (veja: vergalhão (armação para Caixas de entrada para energia Esquadria de alumínio, 133 Fundo nivelador para madeira (veja: Látex (veja: tintas e acessórios para
concreto), 348, 350) (veja: quadro elétrico, 286) Esquadria de PVC – reportagem, 134 tintas e acessórios para pintura pintura (textura), 329)
Aditivos e adições – reportagem, 42 Caixas de inspeção (veja: esgoto Esquadria de PVC, 136 (textura), 329) Levantamento planialtimétrico (veja:
Aditivos e adições, 40 sanitário, 133) Estação compacta de tratamento de Furos em concreto (veja: corte e topografia, 330, 332)
Aditivos impermeabilizantes (veja: Caixas de passagem (veja: quadro esgoto – reportagem, 142 furo de concreto, 102) Levantamento topográfico (veja:
aditivos e adições, 40, 42) elétrico, 286) Estação compacta de tratamento de Fusíveis (veja: instalação elétrica, 216) topografia, 330, 332)
Aditivos para argamassas (veja: Caixas estampadas (veja: quadro esgoto, 140 Limpeza pós-obra, 235
aditivos e adições, 40, 42) elétrico, 286) Estacas escavadas – serviços (veja: G Loja de material para construção, 236
Alojamentos para canteiro de obra – Caixas sifonadas (veja: esgoto estacas, 136) Gabiões – reportagem, 194
reportagem, 44 sanitário, 133) Estacas franki (veja: estacas, 136) Gabiões, 196 M
Alojamentos para canteiro de obra Cal para pintura (veja: tintas e Estacas hélice contínua – serviços Galpão, 196 Madeira, 238
(fixo e móvel), 46 acessórios para pintura (textura), 329) (veja: fundação com hélice contínua, Geocomposto (veja: geotêxtil, 200) Manta de subcobertura, 240
Alvenaria (veja: blocos de concreto, Calhas, 88 187, 188) Geogrelhas – reportagem, 198 Manta de subcobertura –
82, 86) Canteiros pré-fabricados de Estacas metálicas (veja: estacas, 136) Geomantas (veja: geotêxtil, 200) reportagem, 242
Análise de estrutura de concreto, 52 concreto (veja: alojamentos para Estacas moldadas in loco (veja: Geossintéticos (veja: geotêxtil, 200) Máquinas e equipamentos – bomba
Andaimes – reportagem, 56 canteiro de obra (fixo e móvel), estacas, 136) Geotêxtil, 200 de argamassa, 252
Andaimes, 53 44, 46) Estacas pré-fabricadas (veja: Gerador (veja: grupo gerador, 204, 206) Máquinas e equipamentos –
Aquecedor de água a gás – Carpetes (veja: tapete e carpete, 308) estacas pré-moldadas de concreto, Grades (veja: tela, 308) ferramentas e acessórios, 253
reportagem, 58 Chapas de madeira compensada 138, 140) Grautes (veja: concreto, 95) Máquinas e equipamentos –
Aquecedor solar de água – (veja: fôrma de madeira, 166, 168) Estacas pré-moldadas de concreto – Grua – reportagem, 202 locação, 253
reportagem, 60 Chumbadores (veja: acessórios de reportagem, 138 Grua, 200 Máquinas e equipamentos, 244
Aquecedor solar de água, 62 fixação, 40) Estacas pré-moldadas de concreto, 140 Grupo gerador – reportagem, 204 Massa corrida (veja: tintas e
Ar condicionado – reportagem, 66 Cimbramento (veja: escoramento, 123) Estacas strauss (veja: estacas, 136) Grupo gerador, 206 acessórios para pintura (textura), 329)
Ar condicionado, 65 Cimbramento metálico (veja: Estacas tipo franki – serviços (veja: Guarnições (veja: porta pronta, 284) Material hidráulico, 255
Argamassa de revestimento – escoramento metálico, 124, 126) estacas, 136) Guinchos (veja: máquinas e Metal sanitário – reportagem, 256
reportagem, 70 Cimento – reportagem, 92 Estacas tipo raiz (veja: estacas, 136) equipamentos – locação, 253) Microconcretos (veja: concreto, 95)
Argamassa de revestimento Coberturas, 94 Estacas, 136 Guindaste sobre rodas – Miniescavadeira (veja: máquinas e
interno, 74 Compensados (veja: fôrma de Estrutura metálica – reportagem, 144 reportagem, 208 equipamentos, 244)
Argamassa de revestimento, 68 madeira, 166, 168) Estrutura metálica, 146 Guindaste, 207 Minigruas (veja: máquinas e
Armaduras (veja: vergalhão Concreto projetado, 96 Estrutura pré-fabricada de concreto equipamentos, 244)
(armação para concreto), 348, 350) Concreto, 95 – reportagem, 150 H
Assoalho de madeira (veja: Conexões e válvulas para gás, 96 Hélice contínua (veja: fundação com N
revestimento para piso, 297) Construtoras, 97 F hélice contínua, 187, 188) Nivelamento geométrico (veja:
Aterros (veja: terraplenagem, 326, Contêineres para canteiro de Fachadas (veja: revestimento para topografia, 330, 332)
328) obra, 126 (veja: alojamentos para fachada, 296) I
canteiro de obra (fixo e móvel), Fechadura – reportagem, 152 Impermeabilização, 210 O
B 44, 46) Fechadura, 154 Impermeabilização flexível, 211 Ômega (veja: estacas, 136)
Balancim (andaime suspenso Controle tecnológico – reportagem, 98 Ferragens para portas e janelas Impermeabilização rígida –
motorizado) – reportagem, 78 Controle tecnológico, 100 (veja: fechadura, 152, 154) reportagem, 214 P
Balancim (andaime suspenso Corte e furo de concreto, 102 Ferramentas (veja: máquinas e Impermeabilização rígida, 212 Painéis elétricos (veja: quadro
motorizado), 80 Cristais (veja: vidros, 352) equipamentos – ferramentas e Instalação de gás, 217 elétrico, 286)
Barras de aço (veja: vergalhão acessórios, 253) Instalação de vidros (veja: vidros, 352) Painéis térmicos e acústicos (veja:
(armação para concreto), 348, 350) D Fibra (veja: fibra para reforço de Instalação elétrica, 216 isolamento térmico, 221)
Batente de madeira (veja: porta Demolição – reportagem, 106 concreto, 156) Instalações provisórias (veja: Painel arquitetônico para fachada –
pronta, 284) Demolição, 105 Fibra para reforço de concreto, 156 alojamentos para canteiro de obra reportagem, 258
Betoneiras (veja: máquinas e Desmonte de rocha, 110 Fios e cabos elétricos – reportagem, (fixo e móvel), 44, 46) Parede de drywall – reportagem, 260
equipamentos – locação, 253) Disjuntor – reportagem, 112 160 Interruptor e tomada elétrica – Parede de drywall, 262
Blocos de concreto – reportagem, 86 Divisória sanitária, 114 Fios e cabos elétricos, 157 reportagem, 218 Pastilha de revestimento –
Blocos de concreto, 82 Drywall (veja: parede de drywall, Fôrma de alumínio – reportagem, 162 Interruptor e tomada elétrica, 220 reportagem, 264
Boilers (veja: aquecedor de água a 260, 262) Fôrma de alumínio, 164 Isolamento térmico, 221 Pastilha de revestimento, 266
gás, 58; aquecedor solar de água, Fôrma de madeira – reportagem, 166 Isolamentos acústicos (veja: Perfurações em concreto (veja: corte
60, 62) E Fôrma de madeira, 168 revestimento acústico, 293) e furo de concreto, 102)
Bomba de argamassa (veja: Elemento vazado de concreto, 114 Fôrma de papelão, 178 Pilar e viga pré-fabricada (veja:
máquinas e equipamentos – bomba Elevador de cremalheira – Fôrma metálica – reportagem, 170 J estrutura pré-fabricada de
de argamassa, 252) reportagem, 116 Fôrma metálica, 172 Janela (veja: esquadria de PVC, 134, concreto, 150)
Bombeamento de concreto (veja: Elevador de cremalheira, 114 Fossa séptica (veja: esgoto 136; esquadria de alumínio, 133) Pincéis e trinchas (veja: tintas e
máquinas e equipamentos – Elevador de passageiro – sanitário, 133) Junta de dilatação – reportagem, 224 acessórios para pintura (textura),
locação, 253) reportagem, 118 Franki (veja: estacas, 136) Junta de dilatação, 222 329)

ABRIL 2011 – anuário pini – 359

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> ÍNDICE REMISSIVO

Pinturas (veja: tintas e acessórios Régua de alumínio para sarrafear Sondagem a percussão (veja: Tintas e acessórios para pintura Tubos de PVC – soldável água fria
para pintura (textura), 329) (veja: máquinas e equipamentos – sondagem, 298, 300) (textura), 329 (veja: tubos e conexões para água fria,
Pinturas asfálticas (veja: ferramentas e acessórios, 253) Sondagem mista (veja: sondagem, Tintas a óleo (veja: tintas e acessórios 339, 340)
impermeabilização flexível, 211) Régua prumo nível (veja: máquinas 298, 300) para pintura (textura), 329) Tubos e conexões para água fria –
Piscina, 267 e equipamentos – ferramentas e Sondagem rotativa (veja: sondagem, Tirfors (veja: máquinas e reportagem, 340
Piso de alta resistência, 267 acessórios, 253) 298, 300) equipamentos, 244) Tubos e conexões para água fria, 339
Piso de borracha, 268 Réguas vibratórias (veja: máquinas Sondagem, 300 Tomadas elétricas (veja: interruptor Tubos e conexões para água quente –
Piso de concreto, 268 e equipamentos – ferramentas e Steel frame – reportagem, 304 e tomada elétrica, 218, 220) reportagem, 342
Piso drenante, 269 acessórios, 253) Steel frame, 302 Topografia – reportagem, 330 Tubos e conexões para água quente, 344
Piso elevado – reportagem, 272 Rejuntes (veja: argamassa de Strauss (veja: fundação, 180) Topografia, 332 Tubos e conexões, 336
Piso elevado, 269 revestimento, 68, 70) Sumidouro para tratamento de Torneira de boia (veja: material Tubos PVC – soldável água fria (veja:
Piso esportivo – reportagem, 274 Reparo do concreto (veja: esgoto (veja: estação compacta de hidráulico, 255) tubos e conexões para água fria,
Piso esportivo, 276 recuperação e reforço estrutural, 287) tratamento de esgoto, 140, 142) Torneira de pressão (veja: material 339, 340)
Piso industrial, 278 Reservatório de água (concreto e hidráulico, 255) Tubulões (veja: fundação, 180)
Piso intertravado – reportagem, 280 metálico) – reportagem, 288 T Torneira elétrica (veja: material
Piso intertravado, 279 Reservatório de água (concreto e Tábuas (veja: madeira, 238) hidráulico, 255) U
Piso podotátil, 283 metálico), 290 Tacos (veja: revestimento para Torneiras (veja: material Uniformes profissionais (veja:
Pisos (veja: revestimento para Reservatório de água potável (veja: piso, 297) hidráulico, 255) uniformes, 346)
piso, 297) reservatório de água (concreto e Tanques sépticos (veja: esgoto Tração ensaio, 87 (veja: controle Uniformes, 346
Placa cimentícia, 283 metálico), 288, 290) sanitário, 133) tecnológico, 100)
Planialtimetria (veja: topografia, Reservatórios de fibra de vidro Tapa-trincas (veja: tintas e acessórios Transformadores (veja: instalação V
330, 332) (veja: reservatório de água (concreto para pintura (textura), 329) elétrica, 216) Válvulas de descarga com registro
Plastificantes para argamassas e metálico), 288, 290) Tapete e carpete, 308 Tratamentos acústicos (veja: (veja: material hidráulico, 255)
(veja: aditivos e adições, 40, 42) Retroescavadeiras (veja: máquinas e Tela de aço (veja: tela, 308) revestimento acústico, 293) Válvulas de retenção de bronze (veja:
Porcelanato (veja: revestimento para equipamentos, 244) Tela de arame (veja: tela, 308) Trincos (veja: fechadura, 152, 154) material hidráulico, 255)
piso, 297) Revestimento acústico, 293 Tela para amarração de alvenaria – Tubo de concreto armado para Válvulas hidráulicas e sanitárias (veja:
Porta pronta – reportagem, 284 Revestimento cerâmico – reportagem, 310 esgoto sanitário (veja: tubos de material hidráulico, 255)
Portas (veja: porta pronta, 284) reportagem, 294 Tela para amarração de alvenaria, 312 concreto, 334, 336) Vergalhão (armação para concreto) –
Portas de madeira (veja: porta Revestimento cerâmico, 296 Tela soldada galvanizada (veja: Tubo de concreto para águas reportagem, 348
pronta, 284) Revestimento para fachada, 296 tela, 308) pluviais (veja: tubos de concreto, Vergalhão (armação para concreto), 350
Pré-fabricados de concreto Revestimento para piso, 297 Tela, 308 334, 336) Vermiculitas (veja: isolamento
(veja: estrutura pré-fabricada de Revestimentos com painéis de Telas de polietileno para tapumes e Tubo de concreto para esgoto (veja: térmico, 221)
concreto, 150) alumínio (veja: revestimento para sinalizações (veja: tela, 308) tubos de concreto, 334, 336) Vernizes (veja: tintas e acessórios
Primer (veja: tintas e acessórios fachada, 296) Telas soldadas galvanizadas (veja: Tubo de papelão para fôrmas (veja: para pintura (textura), 329)
para pintura (textura), 329) Revestimentos de fachadas tela, 308) fôrma de papelão, 178) Vibrador para concreto (veja:
Projetora de argamassa, 286 monolíticos (veja: revestimento para Telhas acrílicas (veja: telhas, 312) Tubo de PVC – esgoto série reforçado máquinas e equipamentos –
Proteção mecânica para fachada, 296) Telhas cerâmicas (veja: telhas, 312) (veja: esgoto sanitário, 133) locação, 253)
impermeabilização (veja: Revestimentos impermeáveis (veja: Telhas de aço galvanizado (veja: Tubo dreno de concreto (veja: tubos Vibradores (veja: máquinas e
impermeabilização, 210) impermeabilização rígida, 212, 214) telhas, 312) de concreto, 334, 336) equipamentos – locação, 253)
Proteção superficial (veja: Revestimentos monolíticos (veja: Telhas de alumínio térmicas (veja: Tubos (veja: tubos e conexões, 336) Vidro aramado (veja: vidros, 352)
impermeabilização, 210) revestimento para fachada, 296) telhas, 312) Tubos de aço – água fria (veja: Vidro bronze (veja: vidros, 352)
Ripa (veja: madeira, 238) Telhas de concreto, 315 tubos e conexões para água fria, Vidro cinza (veja: vidros, 352)
Q Rodapés (veja: revestimento para Telhas de fibra de vidro (veja: 339, 340) Vidro colorido laminado (veja:
Quadra para tênis (veja: piso piso, 297) telhas, 312) Tubos de cerâmica – esgoto sanitário vidros, 352)
esportivo, 274, 276) Rompedores elétricos – locação Telhas de fibrocimento (veja: telhas (veja: esgoto sanitário, 133) Vidro cristal comum – liso (veja:
Quadra poliesportiva (veja: piso (veja: máquinas e equipamentos – onduladas de fibrocimento, 316) Tubos de cobre – água quente (veja: vidros, 352)
esportivo, 274, 276) ferramentas e acessórios, 253) Telhas de policarbonato (veja: tubos e conexões para água quente, Vidro cristal laminado (veja: vidros, 352)
Quadras e pisos esportivos (veja: Rufos (veja: coberturas, 94) telhas, 312) 342, 344) Vidro cristal temperado (veja:
piso esportivo, 274, 276) Telhas de vidro (veja: telhas, 312) Tubos de concreto – reportagem, 334 vidros, 352)
Quadro elétrico, 286 S Telhas onduladas de fibrocimento – Tubos de concreto, 336 Vidro fantasia (veja: vidros, 352)
Quadros e caixas de distribuição Sapata (veja: fundação, 180) reportagem, 316 Tubos de cpvc soldável – água Vidro incolor (veja: vidros, 352)
(veja: quadro elétrico, 286) Sarrafos (veja: madeira, 238) Telhas termoisolantes – reportagem, quente (veja: tubos e conexões para Vidro incolor laminado (veja:
Seladores (veja: tintas e acessórios 318 água quente, 342, 344) vidros, 352)
R para pintura (textura), 329) Telhas termoisolantes, 320 Tubos de ferro fundido – esgoto Vidro incolor temperado (veja:
Radier (veja: fundação, 180) Serras (veja: máquinas e Telhas, 312 sanitário (veja: esgoto sanitário, vidros, 352)
Ralo sifonado com grelha cromada equipamentos – ferramentas e Teodolito eletrônico (veja: máquinas 133) Vidros para fachada – reportagem, 354
(veja: esgoto sanitário, 133) acessórios, 253) e equipamentos – locação, 253) Tubos de polietileno reticulado – Vidros para fachada, 356
Ralos (veja: esgoto sanitário, 133) Serviço de impermeabilização (veja: Teodolitos (veja: máquinas e PEX (veja: tubos e conexões, 336) Vidros refletivos (veja: vidros, 352)
Recuperação e reforço estrutural, 287 impermeabilização, 210) equipamentos – locação, 253) Tubos de polipropileno (veja: tubos Vidros, 352
Refletores (veja: lâmpadas, 235) Serviços de impermeabilização com Terraplenagem – reportagem, 326 e conexões, 336) Vigas de madeira (veja: madeira, 238)
Reforço de fundações (veja: mantas (veja: impermeabilização Terraplenagem, 328 Tubos de polipropileno água fria Vigas metálicas (veja: estrutura
fundação, 180) flexível, 211) Tesoura em 2 águas (veja: (veja: tubos e conexões para água metálica, 144, 146)
Registro de gaveta (veja: material Sistema de tratamento de esgoto coberturas, 94) fria, 339, 340) Vigas pré-fabricadas (veja: estrutura
hidráulico, 255) (veja: estação compacta de Tesoura em arco (veja: coberturas, 94) Tubos de polipropileno água quente pré-fabricada de concreto, 150)
Registro de pressão (veja: material tratamento de esgoto, 140, 142) Texturas (veja: tintas e acessórios (veja: tubos e conexões para água
hidráulico, 255) Solventes (veja: tintas e acessórios para pintura (textura), 329) quente, 342, 344) Z
Registros (veja: material hidráulico, para pintura (textura), 329) Tintas anticorrosivas (veja: tintas e Tubos de PVC – esgoto série normal Zarcão (veja: tintas e acessórios para
255) Sondagem – reportagem, 298 acessórios para pintura (textura), 329) (veja: tubos e conexões, 336) pintura (textura), 329)

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