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RELAÇÕES INTERNACIONAIS DO SÉCULO 19: HENRY KISSINGER

ORDEM MUNDIAL
EMMANUEL CORREIA, VICTOR SILVA, WILTER DOMINGUES FILHO.

Resumo: A Europa é um continente marcado por busca de poder e por um desejo


de cada estado de exercer sua soberania em cima dos outros, por isto estes conflitos
ocasionaram na primeira tentiva de ordem mundial que floresceu nese continente em
meados do século XIX. Atualmente, a ordem mais perto de ser considerada
internacional é a que se originou no Congresso de Viena (1814), que tomou forma
mediante as mudanças que aconteceram na Europa ápos o período de dominação
napoleônico.

Palavras-chave: estados, balança de poder, ordem, ordem europeia, ordem mundial,


ordem global, ordem universal, pluralidade, Guerra dos Trinta Anos, hegemonia, Paz de
Vestfália e Congresso de Viena.

1 DEBATES TEÓRICOS PARA A INTERPRETAÇÃO DE CENARIOS


INTERNACIONAIS

Kissinger define que ordem mundial é quando um estado tem sua ordem e a
define como universal, já a ordem internacional diz respeito ao estado que consegue
fazer com que sua ordem se dissemine por outras regiões que estejam no alcance de sua
influência e por fim, ordem global é quando a ordeem ocorre em um âmbito de fato
global. Desse modo, fica evidente que nunca houve uma ordem verdadeiramente
global, pois é nítido que nunca houve uma época em que um estado foi capaz de
disseminar sua ordem por todo o globo. Neste contexto, a ordem europeia é vista pelo
autor como uma ordem singular, pois possui características específicas que a diferencia
das demais. É uma ordem pluralista onde prevalece o conceito de soberania estatal, era
formada por diversos estados que eram governados por reis absolutistas e mesmo com
essas divisões, a Europa era vista como uma única civilização.
A Europa antes do século XVIII vivia um período em que não existia uma
hierarquia e nem uma soberania clara entre os estados, isto ficou evidente quando
ocorreu a eclosão da Guerra dos Trinta Anos (1618 - 1648). Visando se organizarem no
âmbito internacional de uma forma mais clara e efetiva, as potências europeias
decidiram acabar com a guerra e para isso organizaram o Congresso de Vestfália que
teve a definição do conceito de soberania estatal como consequência. Esta soberania
estatal foi a base para a ordem europeia, de forma que assim se definiram as fronteiras
entre os países, fronteiras estas que também levaram a um equilíbrio momentâneo na
balança de poder que estava conturbada duran a Guerra dos Trinta Anos. Após
Vestfália, formou-se na Europa, uma ordem que é vigente até nos disas atuais, ordem
esta que é baseada na pluralidade de seus membros e no conceito de soberania estatal.
" Em nossa era, a Paz de Vestfália adquiriu uma ressonância especial
como o marco do advento de um novo conceito de ordem internacional
que se disseminou pelo mundo. Na época, os representantes que se
reuniram para negociá-la estavam mais preocupados com
considerações de protocolo e status. " (pág.37)

Kissinger deixa claro que a Paz de Vestfália foi um marco nas relações
internacionais mas por outro lado não foi concebida inicialmente como uma ordem
internacional " Os negociadores que elaboraram a Paz de Vestfália no século XVII não
achavam que estavam erguendo ali a pedra fundamental de um sistema que seria
aplicável em todo o globo. " (pág.13). Os representantes não estavam dispostos em
criar uma ordem internacional que integrasse os países e eles não tinham a miníma
noção de que a Paz de Vestfália seria considerada a primeira tentativa de se formar uma
ordem internacional. Depois de ser instaurada a Paz de Vestfália, mudou-se
completamente a forma como era organizada as questões de poder da Europa no âmbito
internacional, deu-se maior autonomia aos estados e foram criadas certas " normas " de
conduta para o estado participar do cenário internacional, algo que é posto em prática
até nos dias de hoje.

“ A paz vestfaliana refletiu uma acomodação de ordem prática à


realidade, não um insight moral excepcional. Ela se baseava num sistema de Estados
independentes que renunciavam à interferência nos assuntos internos uns dos outros e
limitavam as respectivas ambições por meio de um equilíbrio geral de poder. Nenhuma única
verdade ou domínio universal emergiu das guerras europeias. Ao contrário, cada Estado era
reconhecido como autoridade soberana em seu próprio território. ao acatar consensualmente
noções e princípios como o de soberania estatal e o de Estado nação. ” (pág.11)
Nesta nova ordem europeia, um sistema que é a chave para a manutenção da paz
é a balança de poder. Para ser possível a paz neste sistema, era necessário um estado de
equilíbrio entre os estados, não podendo haver um transpasse na soberania estatal de
cada estado, de forma em que não pode-se haver uma sobressalência de um estado
sobre os demais e caso isto ocorra, será necessária a formação de alianças que
contenham o crescimento de poder de determinado estado. Isso é chamado nas relações
internacionais de ação contra-hegemônica, um exemplo disso foi a Era Napoleônica,
onde a França tentou exercer hegemonia sobre a Europa, fazendo com que a Inglaterra
e a Rússia se aliassem para equilibrar a balança de poder e para combater a tentativa de
hegemonia francesa.

2 EUROPA: O LIBERALISMO E A CONTRUÇÃO DA ORDEM


INTERNACIONAL DE VIENA

O iluminismo foi uma corrente de pensamento filosófico e político muito


importante para a formação de todos os espectros das relações na contemporaneidade.
Tinha ideais muito revolucionários para a época, pregavam a busca pela razão e por
uma nova forma de pensar. O pensamento iluminista influenciou diversas revoluções
ao redor do globo, algumas como a: Revolução Norte-Americana, Revolução Inglesa,
Revolução Francesa e Independências das Américas (esta influenciada em maior grau
pela Revolução Francesa). O iluminismo trouxe uma nova forma de ver o mundo e
desse modo modificou-se as relações internacionais, mas ainda assim, o conceito de
Vestfália estava intacto e presente.
As revoluções burguesas foram um marco nas formas de relação sociedade-
estado; Considerada como a mais importane de todas, a Revolução Francesas mudava
totalmente a forma como era comandado o estado francês; A Europa vivia um regime
de monarquia absolutista por praticamente toda a sua extensão, regime este que era
comandado por um rei, descontente com esta forma de governo, a burguesia iniciou um
revolucionário processo de mudança, denominado assim de Revolução Francesa.
Este período foi de extrema turbulência como de esperado e foi marcado pela
queda de diversas monarquias centenárias. A Revolução Francesa destituiu os reis e
com isso, passou a ser uma república. A revolução teve o seu lema baseado em ideais
iluministas, o lema era: liberde, igualdade e fraternidade. Este lema disseminou o ar da
revolução por toda a Europa, oferecendo apoio a qualquer sociedade que quisesse
começar uma revolução contra os poderes tiranicos da monarquia, isso gerou uma bola
de neve de revoluções que assustou os monarcas da época.
Motivados pela Revolução Francesa diversos estados europeus abandonaram o
sistema monárquico absolutista e implementaram a república, o que configurou a
Revolução Francesa como um movimento de status " internacional ", uma vez que ele
modificou o cenário em diversas partes do globo.
O Congresso de Viena foi uma medida tomada para reorganizar a Europa que
teve seu mapa modificado pela dominação de Napoleão, o Congresso de Viena
redistribuiu os territórios conquistados por Napoleão e tentou colocar os reis de volta
no comando de seus estados. Alguns pontos básicos do Congresso de Viena foram os
de preservar as antigas fronteiras territoriais e de que agora, todos os estados passariam
a ter objetivos em comum (na sua maior parte), ou seja, cooperariam entre si para
alcançarem uma paz duradoura na Europa.
“ Três conjuntos de instituições constituíam o sistema de Viena: a
Quádrupla Aliança (Rússia, Áustria, Prússia e Reino Unido) para derrotar os desafios à ordem
territorial; a Santa Aliança (Rússia, Áustria e Prússia) para superar as ameaças às instituições
domésticas; e um concerto de potências(Reino Unido, Rússia,França, Áustria e Prússia)
institucionalizados por meio de conferências diplomáticas periódicas de chefes de governo das
alianças para definir seus objetivos comuns ou para lidar com crises emergentes. ” (pág. 70)

REFERÊNCIAS

KISSINGER, Henry. Ordem Mundial. I ed. - Rio de Janeiro: Objetiva, 2015.

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