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Mateus 5.

31-32
e o Ensino Bíblico Sobre Divórcio
Dr. Mark A Ellis

Introdução
O tema do evangelho do Reino de Deus é central à mensagem do Evangelho de Mateus—
que Jesus Cristo era e é o Rei Messias que veio para estabelecer seu Reino aqui na terra
conforme às profecias do Antigo Testamento, mas sendo rejeitado por Seu povo, iniciou a
forma misteriosa do seu Reino através da Igreja. Mateus descreveu a vinda do Rei em capítulos
1-4.11, e o inicio do ministério do Rei em 4.12-25. Em capitulo 4.17, lemos “17 Daí em diante
Jesus começou a pregar: “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo”, e em versículo
23, lemos “23 Jesus foi por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, pregando as boas
novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças entre o povo.”
Capítulos 5 a 10 nos fornecem sobre essas duas atividades de Cristo. Encontramos o
conteúdo das suas pregações em capítulos 5 a 7, e em capítulos 8 e 9 encontramos nove
historias ao respeito da autoridade e poder do Rei.
Quando examinamos o conteúdo das boas noticias do Reino de Cristo contido no Sermão
do Monte, podemos reconhecer que essa forma do reino ainda não chegou. Os mansos não têm
herdado a terra, mas está nas mãos dos poderosos e até os corruptos. Os que têm fome e sede
de justiça não têm sido satisfeitos. Os bem aventurados seguem muito bem as promessas do
Antigo Testamento que descrevem como vai ser as condições aqui na terra quando o Messias
estiver reinando, algo que ainda não aconteceu.
Nessa mensagem, Jesus também comparou as Leis que vão governar seu povo em
contraste com a Lei de Moises. Muitos estudiosos da Palavra de Deus têm notado que o jeito
que Mateus apresentou Jesus subindo a montanha para ensinar seus discípulos criou um
contraste com Moises subindo ao Monte Sinai para receber a Lei. Comparar Jesus e Sua Lei com
Moises e sua faz parte do propósito do Sermão da Monte. A Lei de Moises proibiu o homicídio,
mas o Rei proibe qualquer declaração verbal que está sem amor. A Lei de Moises proibiu
juramentos falsos, mas o Rei mandou que seus suditos não jurem de forma alguma. O propósito
de 5.17 até 48 é demonstrar como as Leis do Rei são mais vigorosos e nobres do que as Leis de
Moises. E está no meio dessas comparações que encontramos os ensinos do Rei sobre o
divórcio.

Exposição de Mateus 5
Primeiro, precisamos reconhecer que os versículos em que encontramos este ensinamento
de Jesus sobre divorcio está num contexto maior de fidelidade matrimonial, que começa em
versículos 27 a 30. Como vocês leram no capitulo escrito pelo venerável Martin Lloyd-Jones,
houve duas escolas de interpretação sobre essa questão. A escola do Rabbi Shammai permitiu
divórcio somente em casos de adultério. A escola do Rabbi Hillel retirou qualquer limitação, e
deu licença de divorcio por qualquer coisa que a mulher fez que não agradou seu marido,
inclusive queimar sua refeição. E em geral, os judeus seguiram as opiniões do segundo—houve
muito divórcio entre os judeus durante o Seculo I. O famoso histórico Josefo foi casado quatro
vezes, seus segundo e terceiro casamentos terminando em divórcio. Então quando Jesus
comecou a ensinar sobre o assunto, ele não estava tratando uma conversa abstrata ou
esotérica; o divorcio fez parte da cultura da sua era.
A Questão de Adultério
É muito interessante como Jesus iniciou seus comentários sobre o assunto de fidelidade
matrimonial. Ele não tratou em primeiro lugar a questão de divorcio, mas começou com a
questão de adultério. Lemos em versículos 27 a 30:
27 “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não adulterarás’. 28 Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para
uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. 29 Se o seu olho direito
o fizer pecar, arranque-o e lance-o fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo
ele lançado na Geena. 30 E se a sua mão direita o fizer pecar, corte-a e lance-a fora. É melhor
perder uma parte do seu corpo do que ir todo ele para a Geena”.
É como Jesus estivesse dizendo aos judeus, “Vocês querem licença para divorciar sua
esposa por adultério? Tudo bem! Mas em primeiro lugar, quero lhes explicar a nova definição
de adultério: olhar com desejo. E em segundo, não vamos limitar isso às mulheres. O problema
com adultério começa com vocês homens!” A questão de adultério não é uma questão de
corpos, mas de fidelidade no coração. Quem olha para uma mulher para desejá-la, já cometeu
adultério com ela no seu coração. E depois, Jesus aumentou seus comentários para incluir não
somente o coração, mas olho e mão. Perdoem-me, por favor, por levantar um assunto muito
delicado e quase inadequado para tratar do púlpito, mas se olhar com desejo é cometer
adultério com seu olho, o que vocês acham Jesus teve em mente quando ele falou da mão
direita?
Imagine o impacto dessas palavras: se adultério der licença para divorciar-se do seu
conjugue, e a nova definição de adultério dado pelo Rei é olhar com desejo, quantas mulheres
judias tiveram direito de divorciar-se dos seus maridos? Não seria todas?? Aqui no Brasil, se
adultério der licença de divórcio, e a definição de divorcio dado por Jesus Cristo é olhar com
desejo, quantas mulheres na igreja teriam o direito de divorciar-se dos seus maridos? Não
seriam todas? O propósito de Jesus aqui é explicar que adultério não é uma questão de
comportamentos físicos. É uma questão de fidelidade ao seu conjugue no seu coração. E sua
esposa sabe muito bem disso. Se sua mulher flagrar você olhando para uma outra mulher, ela
não se sente traída?
Para terminar nosso tratamento de versículos 27 a 30, entendo que Jesus teve um motivo
fundamental porque ele tratou o assunto de adultério antes de entrar no assunto de divorcio.
Ele deu uma nova definição de adultério que anulou tanto as opiniões de Shammai quanto as
de Hillel. Se olhar com desejo é adultério, e adultério desse licença de divorcio, ou todos têm o
direto para divorciar-se, ou ninguém tem este direito. O propósito de Jesus em tratar o assunto
de adultério antes de divórcio foi muito simples: não existe nenhum motivo que pode legitimar
o divórcio.
Mas alguém vai perguntar, “Mas a Bíblia dá licença de divórcio em casos de adultério!” É
muito comum ouvir isso. O próprio pastor Martin Lloyd-Jones também escreveu assim. Por
favor, permitam-me uma observação: não existe nenhum versículo ou no Antigo ou no Novo
Testamento onde está escrito que adultério dá licença de divórcio. Inclusive o versículo mais
citado para defender essa idéia que encontra-se no segundo parágrafo desse trecho.

A Questão de Divórcio
Como o Rei fez com as outras comparações entre suas Leis e as Leis de Moises, ele
começou seu tratamento de divorcio com uma citação da Lei de Moses:
31 “Foi dito: ‘Aquele que se divorciar de sua esposa deverá dar-lhe certidão de divórcio’. 32 Mas
eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua esposa, exceto por imoralidade sexual, faz
que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério”.
Há três assuntos que precisamos tratar dentro desses versículos, e o primeiro e analisar a
citação que vem do Antigo Testamento. A citação em versículo 31 é de Deuteronômio 24.1, que
o NVI traduziu assim:
Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais por encontrar nela algo que
ele reprova, dará certidão de divórcio à mulher e a mandará embora.
Primeiro, por que Jesus começou com essa citação? Podemos ver através das interações de
Jesus com os fariseus sobre a questão de divórcio em Mateus 19.7 e Marcos 10.4 que este foi a
passagem que os fariseus usaram para justificar o divórcio. Essa passagem também deu origem
ao debate entre Shammai e Hillel. Veja como o NVI traduziu o trecho: “...e depois não quiser
mais por encontra nela algo que ele reprova.” Traduzido assim, parece que o versículo apóia a
opinião de Hillel, que até queimar a janta dá licença de divorcio. Mas veja como foi traduzido
por João Ferreira de Almeida:
Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos,
por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio e lha dará na
mão, e a despedirá de sua casa.
Agora, o motivo do divórcio é “coisa vergonhosa,” que poderia dar a idéia de uma falha sexual,
inclusive adultério, mas mesma assim não está muito claro. O significado em hebraico, porem, é
muito mais explicito. A frase “coisa vergonhosa” é literalmente “coisa de nudez” ou “pudenda,”
usado como eufemismo ou pela virilha feminina ou por associação, comportamento sexual
inadequado. Parece que isso apoia a perspectiva de Shammai, liberando divórcio em casos de
adultério. Somente duas objeções. Primeiro, se o ato vergonhoso fosse adultério, porque
Moises não usou a palavra “adultério”? Essa palavra existe em hebraico. Segundo, o próprio
livro de Deuteronômio (cap. 22) tratou o assunto de adultério, e a pena de adultério não era
divórcio mas a morte por ser apedrejado. Não houve divorciados, mas viúvos! Como então a Lei
poderia mandar a pena da morte por um lado, e o divórcio pelo outro? É porque é provável que
Moises não teve em vista divórcio por adultério durante o casamento, mas o descobrimento
pelo marido que sua esposa não foi virgem na noite das suas núpcias. A Lei de Moises
reconheceu situações em que uma mulher solteira teria perdido sua virgindade, como Êxodo
22.16-17, Levítico 22.13-14, e especialmente Deuteronômio 22.13-21. Em vez de adultério, a
questão em Deuteronômio 24.1 é o descobrimento nas nupcias que a noiva não era virgem, e
em vez de expor a mulher, o marido simplemente decidiu mandar ela embora com certidão de
divórcio. Foi exatamente essa situação no José encontrou-se quando Maria apresentou-se
grávida antes de suas núpcias:
18 Foi assim o nascimento de Jesus Cristo: sua mãe Maria estava prometida em casamento a José,
mas, antes que se unissem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. 19 Por ser José, seu marido, um
homem justo, e não querendo expô-la à desonra pública, pretendia anular o casamento
secretamente.
A frase “anular o casamento” em grego é “divorciar.” Também, é iluminante analisar
Deuteronômio 24.1 dentro do seu contexto inteiro.
1 “Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais por encontrar nela algo
que ele reprova, dará certidão de divórcio à mulher e a mandará embora. 2 Se, depois de sair da
casa, ela se tornar mulher de outro homem, 3 e este não gostar mais dela, lhe dará certidão de
divórcio, e a mandará embora. Ou se o segundo marido morrer, 4 o primeiro, que se divorciou
dela, não poderá casar- se com ela de novo, visto que ela foi contaminada. Seria detestável para o
SENHOR. Não tragam pecado sobre a terra que o SENHOR, o seu Deus, lhes dá por herança.
Como podemos ver, não foi o divórcio que Moises mandou. Em primeiro lugar, deu ordens para
o homem dar um certidão explicando por que ele a mandou embora. Não mandou o divórcio,
mas o certidão. Mas nem isso é o foco do trecho. O que está realmente o foco é a proibição
contra o primeiro marido casar-se de novo com ela, caso que ela se casou com outro e também
o segundo casamento acabou. E vejam bem o alicerce de tudo que está neste parágrafo, como
foi escrito em versículo 4: este tratamento deixou a mulher contaminada, é detestavel para o
Senhor, e traz pecado sobre a terra. Levando em conta essa linguagem, como alguém pode
achar que divorcio e segundos casamentos era algo que Deus aprova?
Voltando para Mateus 5:OutrA questão de adultério e divorcio foi muito de31-32 O texto que
trata o assunto de divórcio, Mateus 5.31-32, está a segunda metade do um trecho maior que
trata de questões de casamento.
Introduction

Deuteronomy 24.1
Matthew 5
Matthew 19
Marcos 10
Lucas
1 Coríntios 7
1 Pedro 3
Mateus 5 Mateus 19 Marcos 10 Lucas 16
27 “Vocês ouviram o que
foi dito: ‘Não adulterarás’.
28 Mas eu lhes digo:
qualquer que olhar para
uma mulher para desejá-
la, já cometeu adultério
com ela no seu coração.
29 Se o seu olho direito o
fizer pecar, arranque-o e
lance-o fora. É melhor
perder uma parte do seu
corpo do que ser todo ele
lançado na (Gehenna). 30
E se a sua mão direita o
fizer pecar, corte-a e
lance-a fora. É melhor
perder uma parte do seu
corpo do que ir todo ele
para a (Gehenna)”.
3 Alguns fariseus aproximaram-se 2 Alguns fariseus aproximaram- 16 A Lei e os Profetas
dele para pô-lo à prova. E se dele para pô-lo à prova, vigoraram até João.
perguntaram-lhe: perguntando: Desse tempo em
diante estão sendo
“É permitido ao homem divorciar- “É permitido ao homem pregadas as boas
se de sua esposa por qualquer divorciar-se de sua esposa?” novas do Reino de
motivo?” Deus, e todos tentam
forçar sua entrada
4 Ele respondeu: “Vocês não leram 3 “O que Moisés lhes ordenou?”, nele. 17 É mais fácil o
que, no princípio, o Criador ós fez perguntou ele. céu e a terra
homem e mulher’ 5 e disse: ‘Por desaparecerem do que
esta razão, o homem deixará pai e cair da Lei o menor
mãe e se unirá à sua mulher, e os traço. 1
dois se tornarão uma só carne’? 6
Assim, eles já não são dois, mas
sim uma só carne. Portanto, o que
Deus uniu, ninguém o separe”.

31 “Foi dito: ‘Aquele que 7 Perguntaram eles: “Então, por 4 Eles disseram: “Moisés
se divorciar de sua que Moisés mandou dar uma permitiu que o homem desse
esposa deverá dar-lhe certidão de divórcio à mulher e uma certidão de divórcio e a
certidão de divórcio’. mandá-la embora?” mandasse embora”.

32 Mas eu lhes digo que 8 Jesus respondeu: “Moisés lhes 5 Respondeu Jesus: “Moisés 8 Quem se divorciar
todo aquele que se permitiu divorciar-se de suas escreveu esta lei por causa da de sua esposa e se
divorciar de sua esposa, mulheres por causa da dureza de dureza de coração de vocês. 6 casar com outra
exceto por imoralidade coração de vocês. Mas não foi Mas no princípio da criação Deus mulher estará come-
sexual, faz que ela se assim desde o princípio. 9 Eu lhes ós fez homem e mulher’. 7 ‘Por tendo adultério, e o
torne adúltera, e quem se digo que todo aquele que se esta razão, o homem deixará seu homem que se casar
casar com a mulher divorciar de sua esposa, exceto por pai e sua mãe e se unirá à sua com uma mulher
divorciada estará imoralidade sexual, e se casar com mulher, 8 e os dois se tornarão divorciada do seu
cometendo adultério”. outra mulher, estará cometendo uma só carne’. Assim, eles já não marido estará
adultério”. são dois, mas sim uma só carne. cometendo adultério”.
9 Portanto, o que Deus uniu,
ninguém o separe”.
10 Os discípulos lhe disseram: “Se 10 Quando estava em casa
esta é a situação entre o homem e novamente, os discípulos
sua mulher, é melhor não casar”. interrogaram Jesus a este
11 Jesus respondeu: “Nem todos respeito. 11 Ele respondeu:
têm condições de aceitar esta “Todo aquele que se divorciar de
palavra; somente aqueles a quem sua esposa e se casar com outra
isto é dado. 12 Alguns são eunucos mulher, estará cometendo
porque nasceram assim; outros adultério contra ela. 12 E se ela
foram feitos assim pelos homens; se divorciar de seu marido e se
outros ainda se fizeram eunucos casar com outro homem, estará
por causa do Reino dos céus. Quem cometendo adultério”.
puder aceitar, aceite”.

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