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ANHANGUERA EDUCACIONAL

DISCIPLINA
TEORIA DA CONTABILIDADE
PROFESSOR: EDSON CONCEIÇÃO JUNIOR

HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

Indaiatuba
Junho de 2010
ANDRÉ LUIS CAUSS 1018832938

Administração - 2ª Série/ 2010

TEORIA DA CONTABILIDADE

HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

Estudo realizado sobre a história da


Contabilidade no Brasil e no Mundo

Anhanguera de Indaiatuba – FAI.

Prof.: Edson Conceição Jr.

Indaiatuba
Junho de 2010
SUMÁRIO

CONCEITOS GERAIS............................................................................................................4
PERÍODO INTUITIVO-PRIMITIVO...................................................................................4
PERÍODO RACIONAL-MNEMÔNICO...............................................................................5

PERÍODO LÓGICO RACIONAL..........................................................................................6


PERÍODO DA LITERATURA OU LITERÁRIO.................................................................7
PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO...............................................................................................7
PERÍODO CIENTÍFICO.........................................................................................................8
PERÍODO FILOSÓFICO-NORMATIVO.............................................................................9
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................10
BIBLIOGRAFIA
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CONCEITOS GERAIS

Apesar de ter se estruturado como Ciência moderna apenas em meados do século XIX,
como veremos mais adiante no decorrer do artigo, sabe-se hoje que os primeiros registros
contábeis primitivos foram realizados há cerca de 200 séculos e, portanto, ainda na Pré-
história. Segundo IUDÍCIBUS (2005, p. 31), “a Contabilidade é tão antiga quanto o próprio
homem que pensa”, ou seja, mesmo que de maneira empírica e, conseqüentemente, não
científica, as civilizações primitivas já utilizavam ferramentas contábeis básicas para controlar
o seu patrimônio e, em alguns casos, até mesmo apurar custos e elaborar orçamentos, como se
nota em registros feitos em pranchas de argila nas civilizações da Suméria e da Babilônia, de
acordo com SÁ (1997, p.25).
Devido a essa imensa dimensão histórica, vários autores apresentam categorizações
diferentes de períodos para o estudo da evolução do pensamento contábil, no entanto todas
não passam de formas diversas de estudo de um único assunto, a História da Contabilidade.
Assim, será empregada no decorrer do presente artigo, para fins de apresentação, a
classificação utilizada pelo Prof. Dr. Antônio Lopes de Sá, onde se encontram expostos sete
períodos, dos quais cinco podem ser considerados Pré-Científicos, ou seja, anteriores à
estruturação da Contabilidade como Ciência (Período Intuitivo Primitivo; Período Racional-
Mnemônico; Período Lógico-Racional; Período da Literatura; e Período Pré-Científico), e
dois Pós-Científicos (Período Científico e Período Filosófico-Normativo).

PERÍODO INTUITIVO-PRIMITIVO

A Contabilidade Intuitiva Primitiva tem início no período denominado no estudo da


Pré-história de Paleolítico Superior (18.000 a.C.), momento no qual ocorrera na região
européia a última Idade do Gelo. Foi, entretanto, na chamada Era Neolítica (8.000 a.C.),
popularmente conhecida como a Idade da Pedra Polida, que o homem passou a praticar a
criação de animais e a agricultura, desenvolvendo, deste modo, maiores noções de
propriedade e patrimônio, surgindo a partir daí a necessidade de formas de controle e registro
dos bens, direitos e obrigações do homem pré-histórico.
Foi durante este período que apareceram as primeiras contas primitivas. Em sítios
arqueológicos do Oriente Próximo (região da Ásia próxima ao mar Mediterrâneo, a qual
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engloba países como Síria, Líbano, Israel, Palestina e Iraque) foram descobertos sistemas
contábeis primitivos utilizados entre 8.000 e 3.000 a.C. por civilizações pré-históricas.
Através de pequenas fichas de barro e outros instrumentos igualmente simples, o homem
daquele tempo já fazia o registro de seu patrimônio, antes mesmo da invenção da escrita e da
contagem abstrata (na verdade, muitos historiadores remetem o desenvolvimento da
linguagem escrita à própria Contabilidade).
Embora em caráter eminentemente empírico, pode-se dizer que este período foi o
gênesis da Contabilidade, dando início ao que mais tarde passaria a ser a ciência contábil.

PERÍODO RACIONAL-MNEMÔNICO

A Contabilidade Intuitiva Primitiva perdurou até aproximadamente 4.000 a.C., ano em


que, de acordo com a classificação proposta pelo Prof. Antônio Lopes de Sá, tem início o
período Racional – Mnemônico.
A evolução das civilizações, impulsionada pelos Estados e pelos poderes religiosos,
assim como a invenção da escrita cuneiforme pelos sumérios por volta de 3.500 a.C., serviram
de mola propulsora para o desenvolvimento da Contabilidade daquele período.
De fato, foram nas antigas cidades da Suméria (em especial Uruk e Susa) que surgiram
algumas das mais ousadas técnicas de escrituração contábil da antiguidade. Para SCHMIDT et
al. (2007, p.22) “aos contadores de Uruk [...] pode ser creditada a criação dos numerais, a
revolução na contagem e na manipulação de dados”. Nota-se mais uma vez que, pelo que
demonstram os fatos históricos de que temos conhecimento atualmente, a Contabilidade foi a
base para a criação da escrita e dos números abstratos, e não o contrário.
Com o avanço das próprias civilizações nas regiões da Suméria e Babilônia, houve a
necessidade de aprimoramento do trabalho realizado pelos contadores da época. Assim,
começou-se a registrar as movimentações financeiras em placas de barro que posteriormente
passaram a ter os seus registros transcritos de forma resumida para pranchas maiores,
surgindo assim as primeiras noções do que atualmente conhecemos por Diário.
Sabe-se hoje que já no ano de 2.000 a.C. os contadores da Mesopotâmia já adotavam uma
espécie primitiva de razão, elaboravam demonstrações, orçamentos e até mesmo a apuração
de custos.
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A civilização egípcia também apresentou considerável destaque no período Racional –


Mnemônico da Contabilidade. Como contribuições do Egito ao desenvolvimento da prática
contábil destacam-se: a criação do papiro (forma primitiva de papel, confeccionada a partir do
miolo de planta de mesmo nome), permitindo a criação dos primeiros livros de escrituração; e
a criação de uma moeda como base de valor, o shat de ouro e prata.
Ainda neste período, a humanidade presenciou o surgimento do Império Romano, um
dos maiores da História. As principais contribuições de Roma para o nosso estudo se dão em
relação à importância da Contabilidade Pública e das colônias, havendo inclusive a figura do
Contador Geral do Estado, um dos profissionais mais importantes da administração pública de
Roma.

PERÍODO LÓGICO RACIONAL

O terceiro período de nosso estudo acerca da história do pensamento contábil tem


início na segunda metade do século XI e se estende até meados do Século XV. É neste
momento que a racionalização oriunda das fases anteriores da Contabilidade passa a caminhar
para uma lógica de sistematização contábil, de acordo com SÁ (2005).
Durante o período da Alta Idade Média (476 – 1.000), a influência da Igreja sobre as
terras e a economia fizeram com que, no Ocidente Europeu, ocorresse uma estagnação na
evolução social e econômica. O Oriente, entretanto, não sofria do mesmo modo a influência
da Igreja ou dos problemas gerados pelos grandes latifúndios, permitindo que fosse
desenvolvido nesta região um método de registros que posteriormente seria desenvolvido na
Itália sob o nome de Método das Partidas Dobradas ou Método Veneziano, uma equação onde
um conjunto de créditos sempre corresponderá a um conjunto de débitos no mesmo valor.
Não se sabe ao certo a origem da técnica descrita por Frei Luca Pacioli em sua obra
Summa de arithmetica, geometria, proportioni et proportionalita, no entanto, alguns
historiadores acreditam que as primeiras manifestações do uso das partidas dobradas
ocorreram entre os séculos XII e XIII, na região do norte da Itália. A popularização desta
técnica aconteceu em especial após a chamada Revolução Comercial, ocorrida entre os
séculos X e XIV, quando o comércio passou a ser o grande motor do progresso econômico,
exigindo uma prática contábil eficaz para registrar uma grande quantidade de movimentações
financeiras.
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PERÍODO DA LITERATURA OU LITERÁRIO

Os séculos XV e XVI foram marcados por uma forte produção literária, através da
difusão de livros e livretes, proporcionados pelo advento da imprensa, aperfeiçoada pelas
máquinas criadas Johannes Gutenberg.
Estes avanços tecnológicos na maneira de se fazer publicações permitiu que surgissem
os primeiros grandes trabalhos da literatura contábil. Embora alguns livros e livretes de
Contabilidade já circulassem desde o século XI, uma das mais importantes obras publicadas
acerca das práticas contábeis foi, sem dúvidas, o famoso Summa de arithmetica, geometria,
proportioni et proportionalita, escrito pelo Frei Franciscano Luca Bartolomeo de Pacioli. A
publicação destaca-se por ter sido a primeira a abordar (em sua seção Particulario de
computies et Scripturis) a Contabilidade de dupla entrada, também conhecida como método
das partidas dobradas ou método veneziano. Destaca-se que, apesar de não ter sido o criador
do referido método, Luca Pacioli ficou marcado na história como “o pai da Contabilidade”
devido a sua notória publicação.
Neste momento da história da evolução do pensamento contábil, as principais obras de
Contabilidade eram encontradas em livros matemáticos. Com a evolução da própria sociedade
e, em especial, da economia, a Contabilidade passou a se desenvolver e, conseqüentemente, a
se desvencilhar da matemática, se estabelecendo como disciplina autônoma e dando um
grande passo rumo ao seu estabelecimento como Ciência, passando então ao que se denomina
de Período Pré-Científico.

PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO

Os tratadistas de Contabilidade que surgiram após Luca Pacioli foram os precursores


da primeira Escola do Pensamento Contábil, o Contismo. Ganhando força a partir das obras
de Ângelo Pietra, a Escola Contista acreditava que o objeto principal da Contabilidade, ainda
em estado pré-científico, era o estudo das contas. Dentre as contribuições de Pietra para a
evolução de nossa ciência, destacamos a preocupação na busca das razões de conceitos, em
oposição à maioria das obras existentes até então, que preocupavam-se apenas expor formas
de registro e exemplos de lançamento.
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Além de Ângelo Pietra, destacaram-se na Escola Contista os seguintes autores:


Leonardo Fibonacci, Francesco di Balduccio Pegolotti, Alvise Casanova e Ludovico Flori.
Os Avanços da Contabilidade neste momento da história não se restringiram, no entanto, à
Itália, alcançando diversos outros países. A França, por exemplo, apresentou um considerável
desenvolvimento de suas obras contábeis, oriundo da necessidade por informações que se
gerou devido ao caos financeiro vivido naquele país durante o período. De fato, a Escola
Francesa de Contabilidade chegou a exercer considerável influência sob os estudiosos
contábeis da época. Países como Estados Unidos, Polônia, Suécia e Bélgica também editaram
trabalhos contábeis de valor durante estes anos.
Embora não tenha sido uma unanimidade, as obras editadas entre o final do século
XVI e início do século XIX apresentaram um teor pré-científico que serviu de base para, no
próximo momento da história do pensamento contábil, consolidar a Contabilidade como
ciência.

PERÍODO CIENTÍFICO

O período da História do Pensamento Contábil que se inicia nos meados do Século


XIX teve como marco a busca dos doutrinadores pelo verdadeiro objeto de estudo da
Contabilidade. O surgimento de doutrinas contrárias ao Contismo trouxeram uma noção
muito mais extensa da Ciência Contábil, passando-se a buscar a explicação dos fatos
patrimoniais, transformando as contas em meros instrumentos de informação e não o objeto
de estudo principal da Contabilidade.

Dentre as Escolas de Pensamento Contábil que se destacaram neste momento estão:


a) Materialismo Substancial;
b) Personalismo
c) Controlismo;
d) Reditualismo;
e) Aziendalismo;
f) Patrimonialismo.
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Ressalta-se como acontecimento histórico importante deste período a divulgação da


obra de R. P. Coffy na Academia de Ciências de Paris, na qual reclamava a posição científica
da Contabilidade, a qual, para este autor, possuía como objeto de estudo o “Capital”.
No entanto, devido a grande popularidade conquistada pela Escola Patrimonialista entre os
estudiosos contábeis no mundo inteiro, a maior parte dos doutrinadores consideram o
“patrimônio” como o objeto de estudo da contabilidade. Inclusive no Brasil, observamos a
influência patrimonialista na Resolução CFC n. 750, a qual institui (dentre outros) o princípio
contábil da entidade que considera o patrimônio como objeto da Contabilidade.

PERÍODO FILOSÓFICO-NORMATIVO

A partir da segunda metade do último século, várias transformações de caráter


científico-doutrinário ocorram na Contabilidade. As evoluções social, econômica e
tecnológica vividas nas últimas décadas criaram a necessidade de desenvolvimento da
disciplina contábil, o que aconteceu mediante diversos fatos históricos, dos quais figuram
entre os mais importantes:
a) Surgimento de teorias de grande valor científico;
b) Formação de uma “Filosofia da Contabilidade”;
c) Excesso normativo por parte do Estado e das Entidades de classe;
d) Avanço da Tecnologia da Informação;

Criação da Doutrina Neopatrimonialista, aproximando a Contabilidade da


visãoholística e social, expandindo o estudo contábil para as relações ambientais das células
sociais.
Este novo momento histórico pelo qual passa a Ciência Contábil, desde a década de
1950 até os dias atuais, denomina-se de Filosófico-Normativo, nome que provém das duas
correntes que se seguem paralelamente durante este período: empírico-normativa e científico-
filosófica.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante os vários milênios que se passaram desde a sua invenção (ainda que de forma
empírica e primitiva) até atualidade, a Contabilidade acompanhou o desenvolvimento das
próprias civilizações humanas, transformando-se em uma Ciência Moderna e estruturada pelo
trabalho dos seus ilustres doutrinadores e estudiosos. Entretanto, a Ciência Contábil ainda tem
muito a evoluir, o que acontecerá através de nossos esforços, afinal, a cada dia que se passa
estamos escrevendo mais um capítulo na História da Contabilidade.
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BIBLIOGRAFIA

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2005

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.

SÁ, Antônio Lopes de. História Geral E Das Doutrinas Da Contabilidade. São Paulo:
Atlas, 1997.

SCHMIDT, Paulo. Et al. Teoria da Contabilidade: Introdutória, Intermediária e


Avançada. São Paulo: Atlas, 2007.

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