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Dermatofitoses

Nilce M Martinez Rossi


Departamento de Genética
nmmrossi@usp.br
Doenças Infecciosas: infecções fúngicas
Aumento na incidência de infecções fúngicas,
principalmente devido ao elevado número de pacientes
imunodeprimidos e o uso de antibióticos.

Amplo espectro de doenças fúngicas em humanos:


 Superficiais
 Cutâneas (camada externa da epiderme, o estrato córneo)
 Subcutâneas
 Sistêmicas
 Oportunistas
Dermatofitoses ou Tineas

 Infecção de tecidos queratinizados (pele,


pelos e unhas)

Tinea corporis Tinea pedis


(Pé de atleta)

Tinea unguium (onicomicose)


 Transmissão por contato direto ou indireto

 Sintomas brandos ou severos

 Virulência depende da espécie e do sítio anatômico acometido


Dermatófitos

 Fungos filamentosos capazes de invadir tecidos


queratinizados, em humanos e animais.

Camadas da pele
Dermatófitos

Classificados como antropofílicos, zoofílicos ou


geofílicos, dependendo de seu habitat primário
(humanos, animais e solo).

Espécies zoofílicas são responsáveis por 30% das


infecções em humanos (infecções agudas) e as
antropofílicas por 70% (infecção crônica de
progressão lenta).

São divididos em três gêneros, de acordo com a


morfologia de seus conídios.
Dermatófitos - classificação
 Gêneros: Epidermophyton, Microsporum e Trichophyton.
De acordo com características dos microconídios e macroconídios.

Epidermophyton Microsporum Trichophyton


Macroconídios Microconídios
Epidermophyton Agrupado em cachos de 2 ou 3 Ausente

Microsporum Numerosos, grandes, de Raros


parede espessa e rugosa

Trichophyton Raros, de parede lisa e Numerosos, esféricos em


delgada forma de gota ou pino.
Dermatófitos – Relação filogenética

Antropofílica
Zoofílica
Geofílica

Espécies (nicho preferencial)


Geofílicas, Zoofílicas e Antropofílicas.
Fenótipo de alguns
dermatófitos cultivados em
placas de Petri contendo
Trichophyton rubrum
meios de cultura

Trichophyton equinum Trichophyton tonsurans

Trichophyton interdigitale Microsporum canis


Espécies Antropofílicas
Dermatófito Principais características

Trichophyton rubrum Responsável por ~70% das infecções por dermatófitos em humanos;

Resistência a tratamentos e grande adaptação ao hospedeiro;

(onicomicoses e tinea pedis).

Trichophyton Responsável por lesões no couro cabeludo (tinea capitis);


tonsurans
Possui alto grau de relação filogenética com T. equinum (zoofífico).

Trichophyton Predominante de tinea unguium;


interdigitale
Causam doenças zoonóticas da pele (animais  pessoas; pessoas 

animais);

Linhagens antropofílicas e zoofílicas.


Espécies Zoofílicas
Dermatófito Principais características

Arthroderma Principais hospedeiros são animais domésticos;


benhamiae
É encontrado em roedores (cobaias);

Relacionado a ocorrência de tinea corporis em hospedeiros humanos.

Microsporum canis Mais frequente dermatófito zoofílico em humanos;

Transmitida ao homem por animais domésticos

Responsável por lesões no couro cabeludo (especialmente em crianças).

Trichophyton equinum Associada à infecção em cavalos, pode causar infecção em cães, gatos e até

no homem.

Trichophyton Parasita de bovinos, pode causar infecções no couro cabeludo, pele e pêlos.
verrucosum
Espécie Geofílica

Dermatófito Principais características

Microsporum Raramente causa infecções em humanos e animais;

gypseum Geralmente adquiridas por contato direto com solo contendo elevado número

de esporos; Responsável por casos de tinea corporis (principalmente em

crianças).
(Marques et al., 2000)

(Costa et al., 2002; Zahra et al., 2003)

 T. tonsurans
 T. rubrum
 M. canis
(Sidrim & Rocha, 2004)

 T. rubrum
(Moraes et al., 2006)
 M. canis
 T. mentagrophytes
(Sidrim & Rocha, 2004)
Dermatófitos

Condição para se estabelecer

 Responder adaptativamente ao
pH ácido da pele.

 Aderir-se rapidamente ao extrato córneo para não ser


excluído pela renovação celular.

Portanto, os genes envolvidos nesses processos


podem estar relacionados à virulência.
Modelos de infecção dermatofítica
 Infecção de voluntários humanos

 Camundongos e Guinea pigs (espécies zoofílicas). Espécies


antropofílicas causam infecções brandas ou assintomáticas

 Cultura celular – queratinócitos

 Infecção ex vivo de unha e pele

 Utilização de moléculas presentes no tecido hospedeiro


como fonte de nutrientes (meio de cultura contendo queratina,
elastina, lipídeos, etc)
Fragmentos de pele humana: Ensaios de infectividade in vitro

Peres et al. 2016


T. rubrum: 96h na
pele humana

1000X

NalMicroscopia eletrônica
de varredura
5000X
Peres et al. 2016
T. rubrum: 96h
na pele humana

3000X
Microscopia eletrônica
de varreduraNalu Peres
Peres et al. 2016 10000X
 Infecção ex vivo com T. mentagrophytes
 12 h (adesão), 24 h (germinação) e
(invasão e propagação) 72 h

(Duek et al., 2004)


Fatores de virulência e patogenicidade

 Estruturas de adesão que se ligam a resíduos de manose e


galactose na superfície da célula hospedeira (Esquenazi
et al., 2003 e 2004)

 Secreção de enzimas: lipases, queratinases, colagenases,


elastases, DNases, enzimas mucinolíticas (quebram
açúcares), permitindo a utilização de diferentes substratos

 Vias de monitoramento e sinalização do pH ambiente são


possíveis fatores de virulência (Martinez-Rossi et al.,
2004; Ferreira-Nozawa et al., 2007)
 Fator de transcrição PacC: Aspergillus
nidulans, C. albicans e T. rubrum
(Caddick et al., 1986; Li,, 2004; Ferreira-Nozawa et al., 2006)

pacC

(Ferreira-Nozawa et al., 2006)

Interrupção do gene pacC em T. rubrum


Teste de virulência in vitro ΔpacC de T. rubrum

Controle negativo Isolado clínico Isolado clínico


(Sem inóculo) pacC

Cultivo de T. rubrum em fragmentos de unha humana por 6 dias e


o crescimento do fungo foi observado por microscopia ótica.

pacC: atividade queratinolítica diminuída 10 vezes


Ferreira-Nozawa et al., 2006.
Processo de interação patógeno-hospedeiro
[ Regulação pelo pH ambiente ]

Degradação da queratina

(MARTINEZ-ROSSI et al., 2004)


Sequenciamento dos dermatófitos
Dada a importância médica e veterinária, a diversidade de
hospedeiros, as relações filogenéticas e o ainda escasso conhecimento
sobre os dermatófitos  sequenciamento genômico.

Broad Institute (M. canis; M. gypseum; T. equinum; T. rubrum; T. tonsurans; T. interdigitale)

Leibniz Institute (A. benhamiae; T. verrucosum)


Onde estudar?

Murray, Rosenthal e Pfaller


Microbiologia Médica
Capítulo: Micoses superficiais e
Cutaneas.
Elsevier
Questões
1. O que são dermatófitos e que tecido eles infectam?
2. Qual é a classificação dos dermatófitos segundo seu
habitat primário? Qual o significado biológico desta
classificação?
3. O que é tinea ou dermatofitose?
4. Quais os possíveis modelos de infecção para estudar
dermatofitose?
5. Qual a relação entre o pH da pele e a infeção por
dermatófitos?
6. O que é o gene pacC e qual o papel proposto para ele a
partir da sua deleção no dermatófito T. rubrum?
Estudo Dirigido
Roteiro
1. O que são adesinas? Qual seu papel na patogenicidade dos
dermatófitos?
2. O que são biofilmes? Pode ser aplicada para infeções fúngicas?
3. Qual o papel dos queratinócitos nas infecçôes agudas e crônicas?
4. Onde se encontra a queratina dura e como ela é processada pelos
dermatófitos?
5. O que são as proteinas de choque térmico e qual a possível relação
delas com a interação patógeno-hospedeiro?
6. Qual é a importancia das Hsp90?
7. Resuma os passos da interação dermatófito-hospedeiro.

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