Partindo que os sistemas defensivos individuais e coletivos são
imprescindíveis quanto a sua harmonia e aplicação, é necessário descobrir a que são opostos e a quem está a serviço, o sofrimento do operário se divide em dois, e não se divide por ser tipos diferentes, é organizado por trás dos sintomas da insatisfação e ansiedade, estes sintomas aparecem na operação e no discurso do trabalhador, porem a insatisfação é camuflada neste ambiente, e foi pouca aprofundada, por conta da maioria dos autores se sentir atraído pela a satisfação da motivação. Nestes discursos dos operários se repetem o refrão obsessivo de indignidade por conta da vergonha de ser, do se comportar robotizado, às vezes de ser sujo, de não ter mais imaginação ou inteligência e até mesmo de manter um contato forçado com uma tarefa que é o ponto para a indignidade. A vivencia depressiva concentra sentimentos de indignidade, de inutilidade e de desqualificação, ampliando-as para controlar por intermédio do cansaço que parte dos esforços musculares e psicossensoriais, mas que resulta sobretudo do estado dos trabalhadores taylorizados. A depressão é fortalecida pela a sensação de adormecimento intelectual, de anquilose mental, de paralisia da imaginação, que por esse intermédio pode levar o trabalhador ao condicionamento produtivo.
O homem ao se relacionar com o conteúdo "significativo" do trabalho,
traz dois componentes: o conteúdo significativo em relação ao Sujeito e o conteúdo significativo em relação ao Objeto. Referente à o nível de qualificação e as aspirações, em partes não é suficiente. O sofrimento é por conta desta relação de trabalho e evolução ser bloqueada.
Para o sujeito o significado do trabalho vem na consideração da
dificuldade em praticar a tarefa, pois essa significação da tarefa acabada contém ao mesmo tempo a ideia de evolução pessoal e de aperfeiçoamento. Já referente ao objeto o conteúdo significativo do trabalho traz que a atividade de trabalho compõe um sentido narcísica, e também simbólico, que é o foco no outro, no Objeto, como direcionar uma mensagem para alguém, ou contra alguém. O trabalho carrega gestos, instrumentos, material tratado, um certo número de símbolos que está ligado a vida interior do sujeito, e o que rodeia o que ele faz.
Não dar para separar os conteúdos significativos da relação do sujeito e
objeto por conta das regras de troca de investimento, toda atividade contém os dois termos, o investimento narcísico quer se renovar pelo o investimento objetai e vice-versa. A essência da significação do trabalho é subjetiva, e o alcance desta vem por técnicas particulares. A tarefa do meio afetivo do trabalhador não é neutra e pode parecer estranho a ponto de choca-se com a vida mental, referindo aspirações, motivações e etc.
O começo do sofrimento é no bloqueio da relação homem e organização
do trabalho, onde ele esgotou suas energias intelectuais, psicoafetivas de aprendizagem e de adaptação, até mesmo de defesa contra a exigência física. Na maioria das vezes a rigidez na organização do trabalho contribui para uma divisão acentuada e por isso o conteúdo significativo e a possibilidade a mudança é menor.
Os ergonomistas denunciou um segundo componente da insatisfação no
trabalho, este nasce da inadequação da relação homem e o conteúdo ergonômico no trabalho. É uma relação às vezes negligenciada, pois é uma insatisfação que resulta da inadaptação do conteúdo ergonômico do trabalho, tem um sofrimento numerosos: somático, físico direto e outras doenças do corpo e que atinge o a parelho mental.
Interver neste campo começa na análise do posto, por intermédio da
observação do especialista e clínica, registro das diversas variáveis fisiológicas do operador, medição, em seguida reconhecer e classificar as principais exigências do posto de trabalho e após esclarecer as sugestões de modificação do posto para aliviar os males detectados, e discutir o custo das medidas corretivas propostas. É necessário na intervenção ergonômica diferenciar vivencia subjetiva a curto prazo e vivencia subjetiva a longo prazo, é frequente que no curto prazo experimente o benefício real como melhoria da postura, diminuição das lombalgias, e isso se chama positividade da prática ergonômica. Essa intervenção tem efeitos que pode libertar um operador de lombalgias relacionada a uma torção da coluna por defeito de postura, consegue aliviar parcialmente os trabalhadores, este alivio é o limite ultimo da ação ergonômica, tudo isso ainda é a ergonomia de correção, porém existe a ergonomia de concepção que é excepcionalmente praticada por diretores de uma empresa, isso a acontece em construção de novas instalações.
Trabalho e Medo
Os estudos da psicopatologia do trabalho em maioria ignoram essa
vivencia dos trabalhadores com o medo. O medo mencionado no texto fala de um aspecto concreto da realidade, envolvido em todos tipos de ocupações profissionais, até nas tarefas repetitivas. Existem diversas características de riscos inerente ao trabalho e alguns mais personalizados, no caso risco residual que não é eliminado por completo pela a organização de trabalho, deve ser assumido individualmente, e é neste campo que entra o problema do medo no trabalho, entre a oposição natureza coletiva e material do risco residual e a natureza individual e psicológica da prevenção a cada instante de trabalho.
Os sinais diretos do medo entre muitos são também a saúde física e as
condições de trabalho, isso é para eles uma fonte de perigo para o corpo, e acusam as condições de trabalho em vapores, as pressões, as temperaturas, os gases tóxicos, o ruído, as condições físicas e químicas de trabalho. Sobre os riscos real, porém não quantificável, não importa o quantificável, mas o risco real existe em todo lugar, e independente pode gerar um medo permanente no trabalhador. Quanto à o medo e a tensão nervosa os trabalhadores falam da ansiedade, e sua contribuição para o sofrimento sentido. O discurso dos trabalhadores é dominado pela ansiedade e mesmo em uma atividade onde a carga de trabalho é pouca elevada, eles continuam atentos aos alarmes e não abandonam a tensão nervosa.
Os sinais indiretos do medo a partir da ideologia ocupacional
defensiva, na categoria da construção civil, os perigos tem um peso real, porem existe um insólito conhecido por resistência dos trabalhadores as normas de segurança, como se não estivessem conscientes dos riscos a que se submetem, encontrando nisso um certo prazer, essa atitude de desprezo pelo risco não pode ser tomado ao pé da letra, esse desprezo pelo perigo é uma fachada, tem que ser questionado, pois essa fachada pode desmanchar-se e deixar emergir uma ansiedade imprevista e dramática. A consciência aguda do risco de acidente, mesmo sem maiores envolvimentos emocionais, obrigaria o trabalhador a tomar tantas precauções individuais que ele se tornaria ineficaz do ponto de vista da produtividade. As atitudes de negação e de desprezo pelo perigo são uma simples inversão da afirmação relativa ao risco, uma estratégia com faltas.
Essa fachada de desprezo começa com a pseudo inconsciência do
perigo, e resulta na realidade de um sistema defensivo destinado a controlar o medo, e parte para o coletivo, para todas as categorias profissionais da construção civil, pois precisa ser confirmado, a simbologia da estratégica defensiva é assegurada pela a participação de todos, ninguém pode ter medo, ninguém deve demonstra-lo. Este sistema requer uma grande coesão e uma solidez a toda prova, é uma ideologia da área, que necessita de seus sacrifícios e seus mártires, e além disso tem seu valor funcional em relação a produtividade.
Tarefas submetidas a ritmo de trabalho e o medo nunca foi mencionada
pelos os especialistas da área de trabalho, porem esta ansiedade responde aos ritmos de trabalho, de produção, a velocidade, e a partir deste ao salário, aos prêmios, as bonificações. Essa ansiedade que não é falada tem o mesmo peso da carga física do trabalho, do esgotamento progressivo e desgaste dos trabalhadores, a essência da ansiedade deve ser assumida individualmente. Ao lado do medo dos ritmos de trabalho, os trabalhadores falam sem disfarces dos riscos à sua integridade física que estão implicados nas condições físicas, químicas e biológicas de seu trabalho, o medo seja de ritmos de trabalhos ou de riscos originários das mais condições de trabalho, destrói a saúde mental dos trabalhadores.
A ansiedade relativa a degradação do funcionamento mental e do
equilíbrio psicoafetivas, a partir do texto se tira dois tipos, uma da desestruturação das relações psicoafetivas espontâneas com os colegas de trabalho, de seu envenenamento por discriminação e suspeita e agressividade com a hierarquia, e o outro tipo de ansiedade é a desorganização do funcionamento mental individual no esforço de manter os comportamento condicionados, pois os efeitos específicos da organização do trabalho na vida mental dos trabalhadores traz uma ansiedade particular para o coletivo do trabalho, é um sentimento de esclerose mental, uma paralisia da imaginação. Existem também a ansiedade relativa a degradação do organismo, resulta do risco que paira sobre a saúde física, más condições de trabalho colocam o corpo em perigo, como risco e acidente de caráter súbito e de grave amplitude. A outra é a ansiedade gerada pela disciplina da fome, mesmo oculta na classe operaria, porem está explicita no subproletariado, e a disciplina da fome não faz parte diretamente da relação homem e organização do trabalho.