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QUESTÃO 02 QUESTÃO 05
A função da linguagem que predomina nesse texto é: No Texto, o elemento da comunicação predominante é:
A) conativa. A) o código.
B) fática. B) o emissor.
C) metalinguística. C) o receptor.
D) referencial. D) o referente.
Leia o texto: Leia o texto:
A modelagem de sinais Senhor,
A comunicação entre os animais ocorre quando um Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o
indivíduo usa sinais especialmente elaborados ou exibições para sul vimos, até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós
modificar o comportamento dos outros. A modelagem dos sinais deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem
é influenciada tanto por restrições ecológicas, como pela vinte ou vinte e cinco léguas de costa. Traz ao longo do mar em
eficiência com que modificam o comportamento dos receptores. algumas partes grandes barreiras, umas vermelhas, e outras
O hábitat pode exercer influência sobre a eficiência de diferentes brancas; e a terra de cima toda chã e muito cheia de grandes
canais sensoriais de comunicação (p. ex., marcas de odor versus arvoredos. De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito
sinais visuais) e sobre a forma exata dos sinais dentro de um formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande;
canal sensorial. Este último aspecto foi ilustrado com as porque a estender olhos, não podíamos ver senão terra e
diferenças entre os cantos de aves que vivem em diferentes tipos arvoredos – terra que nos parecia muito extensa.
de vegetação. Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra
À medida que os sinais evoluem, a seleção melhora coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é
suas eficiências, tornando-os estereotipados, repetitivos e de muito bons ares frescos e temperados como os
exagerados. Este processo evolutivo de ritualização pode ser o de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d’agora assim os
resultado de corridas coevolutivas entre sinalizadores e achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal
receptores. O ponto final dessa coevolução pode ser tanto um maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á
sinal inconfundível como um sinal manipulativo. nela tudo; por causa das águas que tem!
KREBS, J.R; DAVIES, N. B. Introdução à Ecologia Comportamental. Cap.
XIV. São Paulo: Ateneu, 2010. (P100185B1_SUP) Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que
será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que
Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do
que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de
Calicute bastava.
QUESTÃO 03 [...]
E desta maneira dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta
No trecho “À medida que os sinais evoluem...”, a expressão Vossa terra vi. E se a um pouco alonguei, Ela me perdoe. Porque
destacada indica: o desejo que tinha de Vos tudo dizer, mo fez pôr assim pelo
A) causa. miúdo. E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que
levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for,
Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço QUESTÃO 11
que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São
Tomé a Jorge de Osório, meu genro – o que d’Ela receberei em No trecho “E se a um pouco alonguei, Ela me perdoe.”, a
muita mercê. palavra em destaque refere-se:
Beijo as mãos de Vossa Alteza. A) terra.
Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta- B) costa.
feira, primeiro dia de maio C) Vossa Alteza.
de 1500. D) navegação.
CAMINHA, Pero Vaz de. Disponível em: E) Ilha de São Tomé.
<http://www.brasilazul.com.br/cartadeperovazdecaminha.asp>. Acesso em: 25
out. 2011.
Fragmento. (P100206RJ_SUP) Leia o texto:
QUESTÃO 06
Grande Edgar
Qual é o objetivo comunicativo desse texto? Já deve ter acontecido com você.
A) Contar uma história. – Não está se lembrando de mim?
B) Dar uma informação. Você não está se lembrando dele. Procura, freneticamente, em
C) Divulgar um lugar. todas as fichas armazenadas na memória o rosto dele e o nome
D) Ensinar um procedimento. correspondente, e não encontra. [...]
E) Fazer um relato. Neste ponto, você tem uma escolha. Há três caminhos a seguir.
Um, curto, grosso e sincero.
QUESTÃO 07 – Não. [...]
O “Não” seco pode até insinuar uma reprimenda à pergunta.
Em relação à descrição do lugar, o narrador desse texto Não se faz uma pergunta assim, potencialmente embaraçosa, a
demonstra um sentimento de: ninguém, meu caro. [...] Você deveria ter vergonha.
A) contemplação. [...] Outro caminho, menos honesto, mas igualmente razoável, é
B) desprezo. o da dissimulação.
C) esperança. – Não me diga. Você é o... o...
D) ironia. “Não me diga”, no caso, quer dizer “Me diga, me diga”. [...]. Ou
E) preocupação. você pode dizer algo como:
– Desculpe, deve ser a velhice, mas...
Este também é um apelo à piedade. Significa “não tortura um
QUESTÃO 08 pobre desmemoriado, diga logo quem você é!”. [...]
E há um terceiro caminho. O menos racional e recomendável. O
Nesse texto, qual é a função da linguagem predominante? que leva à tragédia e à ruína. E o que, naturalmente, você
A) Apelativa, porque o narrador tenta influenciar o receptor. escolhe.
B) Emotiva, porque o narrador está em destaque. – Claro que estou me lembrando de você!
C) Fática, porque chamar a atenção do leitor. Você não quer magoá-lo, é isso! Há provas estatísticas de que o
D) Metalinguística, porque o está centrado na própria desejo de não magoar os outros está na origem da maioria dos
linguagem. desastres sociais, mas você não quer que ele pense que passou
E) Referencial, porque o narrador tem como foco o assunto do pela sua vida sem deixar um vestígio sequer. [...] Você ainda
texto. arremata:
– Há quanto tempo! [...]
QUESTÃO 09 Quem será esse cara meu Deus? Enquanto resgata caixotes com
fichas antigas no meio da poeira e das teias de aranha do fundo
O trecho desse texto que revela uma opinião do narrador em do cérebro, [...].
relação à Ilha de Vera Cruz é: Uma tentativa. É um lance arriscado, mas nesses momentos
A) “porque a estender olhos, não podíamos ver senão terra e deve-se ser audacioso.
arvoredos”. – Cê tem visto alguém da velha turma?
B) “Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar- – Só o Pontes.
se-á nela tudo”. – Velho Pontes! ([...] Pelo menos agora tem um nome com o
C) “E desta maneira dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta qual trabalhar. Uma segunda ficha para localizar no sótão.
Vossa terra vi.”. Pontes, Pontes...) [...]
D) “Porque o desejo que tinha de Vos tudo dizer, mo fez pôr – Sabe que a Ritinha casou? [...]
assim pelo miúdo.”. – Com quem?
E) “tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa – Acho que você não conheceu. O Bituca. (Você abandonou
que de Vosso serviço for”. todos os escrúpulos. [...]
Como que não conhece o Bituca?)
QUESTÃO 10 – Claro que conheci! Velho Bituca...
– Pois casaram.
A palavra em destaque no trecho “Contudo, o melhor fruto que É a sua chance. É a saída. Você passou ao ataque.
dela se pode tirar” exprime uma: – E não avisou nada? [...]
circunstância de – Desculpe, Edgar. É que...
A) alternância. – Não desculpo não. [...] (Edgar. Ele chamou você de Edgar.
B) comparação. Você não se chama Edgar.
C) conclusão. Ele confundiu você com outro. Ele também não tem a mínima
D) explicação. ideia de quem você é. O melhor é acabar logo com isso.
E) oposição. Aproveitar que ele está na defensiva. Olhar o relógio e fazer
cara de “Já?!”.) conselha-los como se hão de haver na peleja, mas não castiga
– Tenho que ir. Olha, foi bom ver você, viu? seus erros nem manda sobrelles cousa alguma contra sua
– Certo, Edgar. E desculpe, hein? [...] vontade. Este principal tem tres, quatro mulheres, a primeira tem
Ao se afastar, você ainda ouve, satisfeito, ele dizer “Grande em mais conta, e faz della mais caso que das outras. Isto tem por
Edgar”. Mas jura que é a última vez que fará isso. Na próxima estado é por honra, Não adorarão cousa alquma nem têm pêra si
vez que alguém lhe perguntar “Você está me reconhecendo?” que há na outra vida gloria pêra os bons, e pena pêra os mãos,
não dirá nem não. Sairá correndo. tudo cuidadão que se acabana nesta e que as almas fenecem com
VERISSIMO, Luis Fernando. Grande Edgar. Disponível em:
<http://www.releituras.com/i_artur_lfverissimo.asp>. Acesso em: 26 nov. 2011.
os corpos, e assi vivem bestialmente sem ter conta, nem peso,
(P100229RJ_SUP) nem medida. [...]
GÂNDAVO, Pero de Magalhães. In: Tratado da Terra do Brasil. Disponível em:
<http://www.bibvirt.futuro.usp.br>. Acesso em: 18 out. 2011.
QUESTÃO 12 Fragmento reproduzido conforme a linguagem do texto original. (P100212RJ_SUP)
QUESTÃO 19 Por suas características, esse texto pode ser classificado como:
A) anedota.
. No trecho “Para dar-nos com aumento/ Sua graça”, o termo em B) conto.
destaque expressa: C) crônica.
A) causa. D) editorial.
B) condição. E) reportagem.
C) consequência.
D) explicação. QUESTÃO 21
E) finalidade.
O trecho “– Vou comer só uma coisinha. é um exemplo de
Leia o texto: linguagem:
Assalto à geladeira A) coloquial.
Durante o dia, eu me comporto bem. Almoço uma salada, no B) formal.
jantar só um peixinho. Seria um magro de fazer inveja se não C) jornalística.
tivesse o hábito de escrever à noite. Teclo as primeiras linhas D) poética.
logo após o jantar e vou pela noite afora [...] A inspiração só E) técnica.
chega na madrugada. [...]
Leia o texto
Das árvores do Brasil Cordeirinha santa,
[...] Há, no Brasil, grandíssimas matas de árvores agrestes, De Jesus querida,
cedros, carvalhos, vinhaticos, angelins e outras não conhecidas Vossa santa vida
em Espanha, de madeiras fortíssimas para se poderem fazer O Diabo espanta.
delas fortíssimos galões e, o que mais é, que da casca de
algumas se tira a estopa para se calafetarem e fazerem cordas Por isso vos canta
para enxárcia e amarras, do que tudo se aproveitam os que Com prazer o povo,
querem cá fazer navios e se pudera aproveitar el-Rei se cá os Porque vossa vinda
mandara fazer. Mas os índios, naturais da terra, as embarcações Lhe dá lume novo.
de que usam são canoas de um só pau, que lavram o fogo e o
ferro; e há paus tão grandes que ficam depois de cavadas com Nossa culpa escura
dez palmos de boca de bordo a bordo, e tão compridas que Fugirá depressa,
remam a vinte remos por banda. [...] Pois vossa cabeça
SALVADOR, Frei Vicente de. História da custódia do Brasil. In: CANDIDO, Vem com luz tão pura.
Antônio; CASTELO, Aderaldo. 4 ed. São Paulo: Difel, 1971. v. 1, p. 47.
Fragmento. (P100290RJ_SUP)
QUESTÃO 22 Vossa formosura
Honra é do povo,
O tema desse texto é: Porque vossa vinda
A) a diversidade de madeira existente no Brasil. Lhe dá lume novo.
B) a importância da fabricação de fortes embarcações.
C) a quantidade de remos utilizada nas canoas indígenas. Virginal cabeça,
D) o modo de vida dos povos indígenas do Brasil. Pela fé cortada,
E) o uso de cascas de árvore na confecção de cordas. Com vossa chegada
Já ninguém pereça;
QUESTÃO 23
Vinde mui depressa
A função de linguagem predominante nesse texto é: Ajudar o povo,
A) apelativa, porque o emissor busca convencer o receptor Pois com vossa vinda
acerca de um tema. Lhe dais lume novo.
B) expressiva, pois o emissor, sob seu ponto de vista, transmite
seus desejos e anseios. Vós sois cordeirinha
C) fática, pois o emissor relaciona-se com o receptor verificando De Jesus Formoso;
se a mensagem está sendo transmitida. Mas o vosso Esposo
D) metalinguística, porque o emissor busca explicar um código Já vos fez Rainha.
através do uso desse próprio código.
E) referencial, pois o emissor transmite uma informação Também padeirinha
objetiva, apresentando dados da realidade. Sois do vosso Povo,
Pois com vossa vinda,
QUESTÃO 24 Lhe dais trigo novo.
Leia o texto:
À Santa Inês
Cordeirinha linda,
Como folga o povo,
Porque vossa vinda
Lhe dá lume novo!
Baderna Cerebral
Sobre o que mesmo que eu quero escrever? Vou lembrar, só um pouquinho. Calma...
Calminha... Espere um instante... [...]
Outro dia assisti na tevê a uma entrevista de um neurologista que dizia, entre outras
coisas, que as mulheres têm uma memória melhor do que a dos homens. Estou em apuros.
Comentei com uma amiga que está na hora de eu fazer uma vasculhagem cerebral, marcar
meia dúzia de tomografias e enfrentar o diagnóstico, seja ele qual for. Ela comentou que
sente vontade de fazer o mesmo, mas que não tem coragem, porque é certo que algum
curto-circuito será detectado: não é possível tanto esquecimento, tanto branco, tanto
abobamento. Acontece com ela, acontece comigo, e com você aposto que também, ou
você não lembra? [...] O que vem sucedendo com todas (to-das!) as pessoas com quem
converso é, provavelmente, uma reação espontânea a esse ritmo vertiginoso da vida e a
esse turbilhão de informações que já não conseguimos processar. Chute meu, óbvio.
Meu diploma é de comunicadora, não de médica. Mas creio que o motivo passa por
aí: nosso cérebro está sendo massacrado por uma avalanche de nomes, números, datas,
rostos, fatos, cenas, frases, fotos, e isso só pode acabar em pane.
Coisa da idade? Então me explique o fenômeno que relatarei. Semana passada minha
filha de 17 anos disse o seguinte: “Ontem a gente vai dormir na casa da Gabriela, mãe.”
Ontem vocês irão onde, minha filha? Ela caiu na gargalhada. “Putz, quis dizer
amanhã!
Amanhã a gente vai dormir na casa da...” [...] Só pode ser efeito colateral da
informática,
ou ela também já entrou pra turma das desvairadas? Pode ser apenas mal de família.
É uma hipótese, porém, tenho reparado que é mal não só da minha, mas de todas as
famílias do planeta Terra. O que é que está me escapando? Afora muitas palavras difíceis e
também as fáceis, muitos verbos complicados e também os de uso contínuo, muitos nomes
desconhecidos e também os de parentes em primeiro grau, nomes de cidades distantes e o
da cidade em que me encontro agora – Porto o quê, mesmo? –, o que está me escapando
é uma explicação decente.
O que é que está acontecendo com a gente?
MEDEIROS, Martha. Feliz por nada. 43. ed. Porto Alegre: L&PM, 2012. p. 48-49. Fragmento. (P100392RJ_SUP)
QUESTÃO 28
Esse texto é um exemplo de:
A) artigo científico.
B) conto.
C) crônica.
D) diário pessoal.
E) reportagem.
QUESTÃO 29
QUESTÃO 30
QUESTÃO 31
No trecho “É uma hipótese, porém, tenho reparado que...” , o termo destacado estabelece relação de:
A) adição.
B) conclusão.
C) explicação.
D) finalidade.
E) oposição.