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BIOLOGIA – 1º ano Ao longo da evolução surgiram nas superfícies das células,

Citologia modificações que trouxeram vantagens paras a células sem interferir


na permeabilidade de suas membranas. Esses envoltórios são:

Profª: Thaise da Silva 1 – GLICOCÁLIX

O glicocálix (glico = açúcar, calix = envoltório) ocorre


2 – A ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA
externamente à membrana plasmática de células animais. É formado
2.1 – O MODELO DE DAVSON E DANIELLI por uma camada frouxa de carboidratos provenientes das
glicoproteínas e dos glicolipídios da membrana plasmática. Aumenta
Os bioquímicos Davson e Danielli, a adesão entre células. Constitui uma barreira contra agentes físicos e
em 1935, propuseram o modelo
químicos do meio externo. Confere as células a capacidade de se
Trilaminar segundo o qual as membranas
biológicas eram constituídas por duas reconhecerem.
camadas de proteínas que envolviam duas
camadas de lipídios, semelhantes a um
“sanduíche” molecular, formado pelo
“recheio” (a bicamada de lipídios), 2 – A PAREDE CELULAR
comprimido por dois pães (as duas
camadas de proteínas).
A parede celular é uma estrutura rígida externa às membranas
plasmáticas das células de bactérias, cianobactérias, alguns
O modelo de Davson e Danielli foi aceito até o início dos anos
protozoários, fungos e plantas. Como a parede celular é rígida, as
70, quando novos dados bioquímicos e de microscopia eletrônica células que a possuem não têm grandes possibilidades de alterarem
mostraram que ele estava incorreto. suas formas.

2.1 – A PAREDE BACTERIANA


2.2 – O MODELO DO MOSAICO FLUIDO Representa a parede celular das células bacterianas e das
cianobactérias. A parede bacteriana pode variar de espécie para
espécie, mas é formada basicamente por um polissacarídeo típico dos
procariontes: o peptidoglicano ou peptoglicano.

A parede celular também está presente em protistas, e a


composição química varia de grupo para grupo, em alguns é
constituída de celulose e em outros, de sílica.

2.2 – A PAREDE CELUAR DE FUNGOS E ÁRTROPODES

Nas células dos fungos e dos artrópodes, a parede celular é


constituída por um polissacarídeo denominado de quitina, recebendo
a denominação de membrana esquelética.
O modelo para a estrutura da membrana plasmática aceito
atualmente, foi proposto em 1972 pelos cientistas Singer e Nicholson
e é denominado de modelo do mosaico fluido. Segundo o modelo do
2.3- A PAREDE CELULÓSICA
mosaico fluido, a estrutura da membrana plasmática é composta por
duas camadas de lipídios constituídas de fosfolipídios e por proteínas
Nas células vegetais a parede celular é rica principalmente em
imersas na bicamada de lipídios. Existem vários tipos de proteínas na
celulose, recebendo a denominação de parede celulósica.
membrana plasmática, que variam de célula para célula de acordo
com suas funções, e também varia de espécie para espécie. Como
principais exemplos de proteínas podemos citar as glicoproteínas
(proteínas que possuem cadeias de açúcares) ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA
Os fosfolipídios possuem duas regiões: uma região polar (a
“cabeça” do lipídio), portanto, hidrofílica, e uma região apolar (a 1 – MICROVILOSIDADES
“cauda do lipídio).
São projeções da membrana plasmática, que aumentam a
A membrana plasmática apresenta como principais superfície de contato com o meio extracelular, aumentando a
características: permeabilidade seletiva, elasticidade, absorção de determinadas substâncias. As microvilosidades são
semipermeável, viva e capacidade de regeneração. observadas principalmente em células do epitélio intestinal.

2 – INVAGINAÇÕES
ENVOLTÓRIOS EXTERNOS A MEMBRANA PLASMÁTICA
São evaginações da membrana plasmática que assim como as plasmática, obedecendo o gradiente de concentração (representa a
microvilosidades, aumentam a superfície de contado, aumentando a diferença de concentração entre dois meios – meio extra celular e
absorção de determinadas substâncias. Também são encontradas em meio intracelular). O soluto sempre passará do meio mais
células do epitélio intestinal. concentrado para o meio menos concentrado.
Ex: A passagem de oxigênio dos alvéolos pulmonares para o sangue
obedecendo a um gradiente de concentração.
3 – PLASMODESMOS
a.1.1) OSMOSE
São pontes citoplasmáticas que comunicam os citoplasmas de Representa um caso de difusão simples em que moléculas de
células vegetais vizinhas, tendo com principal função realizar o água sempre atravessam a membrana plasmática de células,
intercâmbio de substâncias. obedecendo o gradiente de concentração (ou seja, indo do meio onde
a água esteja em maior quantidade, para o meio onde a mesma estiver
em menor quantidade).
4 – DESMOSSOMO
a.1.2) FENÔMENOS OSMÓTICOS EM CÉLULAS ANIMAIS
São estruturas que se localizam próximas a membrana
plasmática, ricas em fios de queratina e substâncias adesivas. Os a.1.2.1) PLASMOPTISE
desmossomos aumentam a adesão entre as células do tecido epitelial. Uma célula animal colocada em uma solução cuja a
concentração de água é maior que a concentração de seu citoplasma,
5 – INTERDIGITAÇÕES recebe água o volume do seu citoplasma vai aumentando com o
passar do tempo, até que a membrana plasmática não resiste e a
Também representam estruturas de aderência constituídas por célula estoura, caracterizando o fenômeno da plasmoptise. Quando a
plasmoptise ocorre com hemácias, denomina-se o fenômeno de
projeções das membranas de duas células vizinhas. As
HEMÓLISE.
interdigitações também são bastante observadas em células
epiteliais. a.1.2.2) MURCHAMENTO
Uma célula animal submetida a uma solução cuja a
6 – CÍLIOS E FLAGELOS concentração de água é menor que a de seu citoplasma, perde água, o
volume do citoplasma diminui e a célula fica murcha, caracterizando
Em células procariotas, cílios e flagelos são organizados a o fenômeno osmótico denominado de murchamento ou crenação.
partir da membrana plasmática, portanto, os mesmos, representam
modificações da membrana. a.1.3) FENÔMENOS OSMÓTICOS EM CÉLULAS VEGETAIS
Trata-se das diversas modificações sofridas pelas células
vegetais, quando expostas a meios com diferentes concentrações, em
relação as concentrações de seus citoplasmas. Nas células vegetais a
osmose depende da sucção interna ou pressão osmótica do suco
vacuolar (representada por Si ou PO), da resistência da membrana a
entrada de substâncias (representada por M ou PT). a diferença entre
essas duas forças – uma que favorece a entrada de água (Si) e outra
que se opõe ‘a expansão da célula (M) – é a sucção celular,
representada por Sc ou DPD (déficit ou diferença de pressão de
difusão).
Sc = Si – M ou DPD = PO – PT

Em meio cuja solução tenha muita água (meio hipotônico) a


célula vegetal absorve água por osmose até ficar repleta de água, a
célula fica túrgida, e a sucção celular cessa.
Sc = Si – M  Como Si = M  Sc = O

Em meio hipertônico (meio com pouca água), a célula vegetal


perde água para o meio, a ponto de sua membrana plasmática e o
citoplasma afastarem-se da parede celulósica, caracterizando uma
célula plasmolisada, e o fenômeno plasmólise. Neste caso a parede
TRANSPORTES ATRAVÉS DA MEMBRANA PLASMÁTICA celular deixa de oferecer resistência a entrada de água, e a sucção
celular é igual a sucção interna.
1. TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS
Existem dois tipos de transportes através da membrana: Sc = Si – M  Como M = O, logo  Sc = Si
transporte passivo e transporte ativo.

a) TRANSPORTE PASSIVO
As partículas atravessam a membrana plasmática sem com Quando uma célula plasmolisada é mergulhada em meio
que ocorre gasto de energia pela célula. Neste caso as hipotônico, absorve água por osmose e recobra o estado normal ou de
substâncias atravessam do meio onde elas estão em maior quantidade
para o meio em que estiverem em menor quantidade. turgência, fenômeno que se chama deplasmólise.

a.1) DIFUSÃO SIMPLES


É um tipo de transporte passivo (íons ou moléculas pequenas), a.2) DIFUSÃO FACILITADA
onde as partículas atravessam a bicamada de lipídios da membrana
2 .TRANSPORTES EM MASSA
Ocorre por meio do englobamento das partículas transportadas
em vesículas membranosas, com modificações morfológicas na
É um tipo de transporte passivo em que as substâncias membrana plasmática, havendo gasto de energia. Dentre os quais
atravessam a membrana a favor do gradiente de concentração (não podemos destacar:
ocorre gasto de energia), mas, como apresentam um alto peso
molecular, a passagem pela membrana é facilitada por enzimas a) FAGOCITOSE – consiste no englobamento de partículas sólidas
denominadas de permeases. por meio de pseudópodes (expansões da membrana plasmática).

b) TRANSPORTE ATIVO b) PINOCITOSE – é o englobamento de gotículas ou de

Representa todo e qualquer transporte de substâncias através partículasdissolvidas através de canalículos (canais de pinocitose)

da membrana plasmática em que a célula gaste energia. formados por evaginações da membrana plasmática.

b.1) A BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO


Normalmente as concentrações de íons de Sódio (Na+) fora
das células e de íons de Potássio (K+) dentro são muito elevadas,
sendo que as concentrações de íons de Sódio dentro das células e de
íons de Potássio fora, são baixas. Para conservar essas concentrações
de íons de Na+ fora das células e de íons de K+ dentro elevadas, a
célula é obrigada a bombear íons de sódio e potássio contra o
gradiente de concentração, o que exige uma demanda de energia,
caracterizando um transporte ativo.
relacionados com o fenômeno da detoxificação. – O R.E.L. é
BIOLOGIA – 1º ano encontrado em grande quantidade nas células testiculares e
Citoplasma ovarianas onde participam intensamente da síntese de esteróides,
Profª: Thaise da Silva ou seja, lipídios que fazem parte da composição química dos
hormônios sexuais.
É, geralmente, a maior região viva da célula, situada entre o b) Retículo endoplasmático rugoso / R.E.R / granular
núcleo e a membrana plasmática das células eucarióticas, e que Denomina-se também de Ergastoplasma, possui ribossomos
possui um aspecto bastante homogêneo e translúcido quando aderidos na sua face externa, logo, além do transporte de
visualizado pelo microscópio óptico, sendo, porém, muito substâncias, sintetiza proteínas.
heterogêneo quando observado pelo microscópio eletrônico, onde
forma um verdadeiro citoesqueleto. O citoplasma é dividido em 2.3- Complexo de Golgi:
citosol e citoplasma figurado. É um conjunto de vesículas membranosas achatadas e

Divisão do citoplasma

1- Citosol
Denomina-se também de matriz citoplasmática devido a
ocorrência de inúmeras reações físico-químicas (devido a presença
de íons e moléculas orgânicas dissolvidas em água) e consiste na
região onde estão mergulhadas as organelas citoplasmáticas.

2- Citoplasma figurado
Consiste no conjunto de pequeníssimas estruturas denominadas
organóides citoplasmáticas que desempenha inúmeras funções e
que são responsáveis por boa parte do metabolismo celular.
superpostas, que funciona como um verdadeiro armazém da célula,
já que a sua principal função é a secreção celular. O Complexo de
2.1- Ribossomos:
Golgi é encontrado na maioria das células, porém não foram
São organelas citoplasmáticas
visualizadas nos seres que constituem o Reino Monera.
encontradas, basicamente em
Além da secreção celular, o Complexo de Golgi exerce outras
todos os seres vivos celulares, e
funções como:
possuem a forma de pequenos
• Síntese de mucopolissacarídeos;
grãos que podem ser encontrados
• Durante a mitose de células vegetais, o Complexo de Golgi libera
isolados, agrupados formando os
vesículas ricas em pectina que irão originar uma estrutura
polissomos ou ainda, fazendo
denominada lamela média;
parte da constituição do retículo
• Durante a gametogênese masculina, o Complexo de Golgi libera
endoplasmático rugoso,
vesículas que se fundem originando o acrossoma, ou capuz cefálico
exercendo como principal função a síntese de proteínas.
do espermatozóide que é uma estrutura vital no processo de
fecundação humana.
2.2- Retículo endoplasmático:
É uma rede de canais membranosos aderidos ou não aos grãos de
2.4- Lisossomos:
ribossomos encontrados basicamente em todos os seres vivos
São vesículas citoplasmáticas revestidas por uma membrana de
celulares, exceto nos procariontes. São classificados em dois tipos:
natureza lipoprotéica
a) Retículo endoplasmático liso ou R.E.L ou agranular
que possuem no seu
Não possui ribossomos aderidos aos seus canais membranosos,
interior poderosas
logo não sintetizam proteínas, porém, executam as seguintes
enzimas digestivas,
funções: – O R.E.L atua como agente de transporte de substâncias
sendo por isso
na célula. – O R.E.L aumenta a superfície de absorção, facilitando
responsável pelo
as reações metabólicas da célula. – O R.E.L é encontrado
processo de digestão
abundantemente nos hepatócitos, ou seja, células do fígado e estão
intracelular. Os
lisossomos são observados nas células animais e nos protozoários, São organelas citoplasmáticas que possuem a forma de pequenos
sendo que alguns autores citam sua presença nas células vegetais, bastões, geralmente coradas em verde janus, existentes nas células
onde receberiam a denominação de esferossomas. aeróbicas e que são responsáveis pelo processo da divisão celular e
Como mostra a imagem acima, as enzimas digestivas são pela produção de energia na forma de moléculas de ATP.
produzidas pelo retículo endoplasmático rugoso, ficando Devido a exuberante composição química das mitocôndrias e a
armazenadas no Complexo de Golgi, de onde brotam vesículas sua capacidade de autoduplicação, acredita-se que essa organela
originando os lisossomos. teria sido um ser vivo independente e que no decorrer do processo
O processo de digestão intracelular pode ser classificado em evolutivo, teria entrado em endosimbiose com certas células
Autofagia e heterofagia. (Teoria da Eva Mitocondrial).

Autofagia: É quando os lisossomos digerem partículas do meio 2.6- Plastos (Plastídeos):


intracelular ou mesmo as próprias células. Como exemplo podemos São organóides citoplasmáticos típicos de células vegetais e de
citar as seguintes situações: alguns protistas, como as euglenófitas e as diatomáceas e que tem
Ex.1: Regressão do tamanho do útero pós-parto. participação no processo da fotossíntese e no armazenamento de
Ex.2: Atribui-se ao lisossomo a responsabilidade pela regressão da substâncias nutritivas.
cauda do girino (Histólise). Tipos:
Heterofagia: É quando os lisossomos digerem partículas cloroplasto, cromoplasto e leucoplasto
provenientes do meio extra-celular, como a fagocitose que ocorre Cloroplastos: contêm clorofila e estão associados à fase luminosa
através dos macrófagos. da fotossíntese, sendo mais diferenciados nas folhas.
Cromoplastos: Portam pigmentos carotenóides (geralmente
Tipos de lisossomas amarelos, alaranjados ou avermelhados); são encontrados em
a) Lisossomo Primário: É a vesícula lisossômica contendo no seu estruturas coloridas como pétalas, frutos e algumas raízes. Surgem
interior as enzimas digestivas. a partir dos cloroplastos.
b) Lisossomo Secundário: Denomina-se também de vacúolo Leucoplastos: Sem pigmentos; podem armazenar várias
digestivo, resulta da fusão do lisossomo primário mais a partícula substâncias: amido, proteínas,lipídeos...
englobada.
c) Corpúsculo Residual: É a vesícula lisossômica que por 2.9- Centríolos (centro celular):
exocitose, elimina na periferia da célula um material não- São organelas citoplasmáticas que possuem a forma de pequenos
assimilado. tubos dispostos em pares perpendicularmente um ao outro
d) Vacúolo Autofágico: É a vesícula lisossômica quando engloba encontrados nas células animais e nos vegetais inferiores, sendo
e digere partículas pertencentes à própria célula. conseqüentemente ausentes nos angiospermas (vegetais
superiores).
2.5- Mitocôndrias: Os centríolos participam da orientação da divisão celular além da
origem de estruturas locomotoras
denominadas cílios e flagelos.
BIOLOGIA – 1º ano glóbulos vermelhos ou hemácias do sangue, que perdem o núcleo
durante seu processo de maturação; a ausência de núcleo nas
Núcleo hemácias explica o fato de essas células exibirem uma curta

Profª: Thaise da Silva duração no organismo, devendo, portanto, ser continuamente


produzidas.

Núcleo celular
3- Estrutura do núcleo
Quando se considera a estrutura do núcleo, é necessário
O núcleo é considerado a mais importante região da célula, uma
estabelecer a fase em que a célula se encontra. Isso porque a
vez que desempenha papel de portador dos fatores hereditários e
estrutura nuclear varia, conforme a célula esteja ou não em divisão.
controlador das atividades metabólicas.
Assim, consideraremos, inicialmente, uma célula em intérfase, isto
é, uma célula que não está se dividindo. A intérfase compreende o
1- Experiências de Balbiani: a importância do núcleo
espaço de tempo existente entre duas divisões celulares sucessivas.
A função reguladora do núcleo foi evidenciada nos experimentos
Nesse período, o núcleo é denominado interfásico.
de merotomia, realizados por Balbiani, no final do século XIX. A
O núcleo interfásico apresenta os seguintes componentes:
merotomia
carioteca, cariolinfa, cromatina e nucléolo.
consiste na
secção (divisão
Carioteca
ou corte) de
Também chamada de cariomembrana, essa estrutura envolve o
uma célula viva
conteúdo nuclear das células eucariotas. A carioteca – que fica em
para se estudar
comunicação direta com o retículo endoplasmático – é formada por
as modificações
duas membranas lipoprotéicas – lamela interna e lamela externa –,
que vão
entre as quais existe um espaço denominado perinuclear. A
ocorrendo nos
carioteca é dotada de numerosos poros – os annulli –, que
fragmentos.
permitem a comunicação entre o material nuclear e o citoplasma.
Trabalhando
Através desses poros ocorre o intercâmbio de substâncias diversas
com amebas
entre o núcleo e o citoplasma, inclusive macromoléculas. De
seccionadas, Balbiani verificou que a porção nucleada regenerava-
maneira geral, quanto maior a atividade celular,maior é o número
se e sobrevivia, ao contrário da porção anucleada, que se
de poros da carioteca.
degenerava. Quando, porém, numa porção anucleada era enxertado
um núcleo transplantado de outra ameba, aquela porção sobrevivia
e se reproduzia.
Cariolinfa
Essa experiência demonstrou a importância do núcleo para a
Conhecida também como nucleoplasma ou suco nuclear, é uma
manutenção das atividades normais de uma célula, que permitem
massa incolor constituída principalmente de água e proteínas, que
sua sobrevivência e reprodução.
preenche o núcleo celular.

2- Diversidade quanto à forma e ao número de núcleos


Cromatina
celulares
Os organismos procariontes, representados pelas bactérias e
pelas algas azuis, não possuem um núcleo individualizado, ou seja,
delimitado por uma membrana. Já nos eucariontes, o núcleo
apresenta-se perfeitamente individualizado, sendo
a membrana que o delimita denominada carioteca.

As células eucarióticas geralmente são dotadas de um único


núcleo, que normalmente acompanha o formato celular. Assim, o
núcleo costuma ser arredondado nas células isodiamétricas,
alongado em células cilíndricas ou fusiformes e achatado nas
células pavimentosas. Existem ainda células: binucleadas,
multinucleadas e anucleadas. Exemplo de células anucleadas são os
nome de região organizadora do nucléolo. O nucléolo é, portanto,
constituído basicamente de RNA ribossômico associado a
proteínas.

4- Cromossomos
Sabemos que os cromossomos são estruturas que resultam da
espiralização de cromonemas, durante a divisão celular. Nos
cromossomos conhecem-se dois tipos básicos de constrição ou
estrangulamento: primária e secundária.
a) A constrição primária
Esse estrangulamento acontece numa região heterocromática do
cromossomo, onde se localiza o centrômero ou cinetócoro,
estrutura onde se inserem as fibras protéicas do fuso. Essas fibras

Representa o material genético contido no núcleo. relacionam-se com o movimento cromossômico durante a divisão

Quimicamente, as cromatinas são proteínas conjugadas celular.

(nucleoproteínas), resultantes da associação entre proteínas simples Geralmente, o centrômero localiza-se numa posição definida do

e moléculas de DNA. A cromatina aparece, no núcleo interfásico, cromossomo de maneira a lhe conferir uma forma característica.

com o aspecto de um emaranhado de filamentos longos e finos, De acordo com a posição do centrômero, têm- se os seguintes tipos

denominados cromonemas.O cromonema apresenta regiões de cromossomos:

condensadas (heterocromatinas) e regiões distendidas • Metacêntricos: Cromossomos com o centrômero localizado na

(eucromatinas), conforme mostra o esquema acima. Durante a região média, de maneira a formar dois braços do mesmo tamanho;

divisão celular, os cromonemas espiralizam- se, isto é, ficam mais • Submetacêntricos: Cromossomos com o centrômero localizado

condensados, tornando-se mais curtos e mais grossos. Podem então próximo a uma das extremidades, de maneira a formar dois braços

ser vistos individualmente e passaram a ser chamados de de tamanhos diferentes;

cromossomos. • Acrocêntricos: Cromossomos com o centrômero localizado

No processo de espiralização dos cromonemas, as regiões quase numa das extremidades, de maneira a formar um braço longo

eucromáticas são as que mais se espiralizam. As heterocromáticas e outro muito curto;

praticamente não sofrem alterações. Ocorre, dessa maneira uma • Telocêntricos: Cromossomos com o centrômero localizado na

inversão no aspecto de cada região: comparada à heterocromatina, região terminal, o que determina a existência de um único braço.

a eucromatina fica agora mais condensada.


Compare as figuras acima, que mostram a correspondência das Tipos de cromossomos quanto à posição do centrômero

regiões do cromonema (célula interfásica) e do cromossomo (célula


em divisão).

Nucléolo
Trata-se de um corpúsculo esponjoso e desprovido de
membranas, que se encontra em contato direto com o suco nuclear.
Acompanhe atentamente a descrição a seguir, sobre a
formação do nucléolo:
• Em determinadas regiões do núcleo, certos cromossomos
produzem, a partir do DNA que contém, um tipo de RNA, o RNA
ribossômico.
• O RNA ribossômico associa-se a proteínas, formando grânulos de
ribonucleoproteínas.
• Os grânulos de ribonucleoproteínas se agrupam em torno da
região do cromossomo que produziu o RNA, ali organizado o
nucléolo, conhecido também como plasmossomo. A região do
cromossomo à qual o nucléolo se encontra associado recebe o
Conforme já vimos, um gene corresponde à seqüência de bases
do DNA cromossômico, capaz de determinar a síntese de uma
proteína; o local ocupado pelo gene no cromossomo chama-se
lócus gênico. Um cromossomo pode abrigar inúmeros genes.
Nas células somáticas, isto é, que constituem o corpo, existem
vários tipos de cromossomos, conforme a espécie considerada.
Esses cromossomos podem ser agrupados dois a dois, e cada par
é constituído por dois cromossomos chamados homólogos, por
possuírem genes que se correspondem. Um exemplo: na espécie
humana as células somáticas contêm 46 cromossomos. Logo,
existem 23 pares de cromossomos homólogos. Considerando um
único par de homólogos, imagine, num dos cromossomos, um gene
que condiciona a síntese de uma enzima relacionada com a
produção de um pigmento que determina a coloração do olho. No
outro cromossomo homólogo, no lócus correspondente, existirá
também um gene com a mesma função, isto é, relacionado com a
produção de pigmentos do olho. Esses genes, situados em lócus
correspondentes de cromossomos homólogos, são chamados de
genes alelos. É importante, porém, saber que a qualidade dos genes
não será necessariamente a mesma, o que se explica pelo fato de
cada cromossomo homólogo originar-se de um dos pais; assim, se
um cromossomo é de origem paterna, o outro cromossomo do par
de homólogos é de origem materna.
Portanto, se um gene condiciona coloração clara para os olhos,
b) A constrição secundária
seu alelo pode condicionar coloração escura. Como cada um dos
Da mesma maneira que a constrição primária, a constrição
cromossomos homólogos provém de um dos pais, as células
secundária tem uma posição constante nos cromossomos.
gaméticas – que atuam na reprodução – devem ter a metade dos
No entanto, este estrangulamento não possui centrômero. Certos
cromossomos das células somáticas. Assim, enquanto as células
cromossomos apresentam constrição secundária próxima à
somáticas têm 46 cromossomos, as células gaméticas têm 23
extremidade, de forma a delimitar uma região terminal globosa do
cromossomos. Diz-se, então, que as células somáticas são diplóides
braço, denominada satélite. Essa região abriga moléculas de DNA
(2n) e as células gaméticas, haplóides (n). Dá-se o nome de
responsáveis pela formação de moléculas de RNA ribossômico,
genoma ao conjunto haplóide dos cromossomos existentes em uma
que, por sua vez, irão organizar o nucléolo.
célula.Ao conjunto de informações referentes ao número, à forma,
ao tamanho e às características dos cromossomos presentes numa
determinada espécie dá-se o nome de cariótipo.

Cada um dos gametas humanos – espermatozóides e óvulos –


contém 23
cromossomos.
Portanto, o zigoto,
formado pela união
desses gametas,
contém 46
cromossomos. Assim,
c) A relação entre cromossomos e genes todas as células
Quimicamente, os cromossomos são filamentos de cromatina somáticas do corpo
formados por moléculas de DNA e proteínas. Ao longo de todo o (como as epiteliais,
cromossomo existem os genes – cada gene é responsável por as musculares e as
determinada característica do indivíduo. nervosas), derivadas
do zigoto, conterão igualmente 46 cromossomos. normal, com dois cromossomos X, tem sempre apenas um
corpúsculo de Barr. Em casos anormais, pode-se ter:
• mulher com apenas um cromossomo X (44A + X) = nenhum
Esquema do cariótipo humano (figura ao lado) corpúsculo de Barr;
• mulher com três cromossomos X (44A ++ XXX) = dois
O número de cromossomos é constante para cada espécie, corpúsculos de Barr;
embora possam existir duas espécies com o mesmo número de • mulher com quatro cromossomos X (44A + XXXX) = três
cromossomos (o melão e o eucalipto, por exemplo, tem 22 corpúsculos de Barr.
cromossomos cada um). Conclui-se, então, que o número de corpúsculos de Barr
No entanto, tudo indica que não deve existir nenhum tipo de corresponde ao número de cromossomos X menos 1. A
relação entre o número de cromossomos e o grau evolutivo das identificação da cromatina sexual (corpúsculo de Barr) tem ampla
espécies. aplicação clínica, principalmente no que se refere a anomalias
sexuais humanas. Nas células normais do macho (44A + XY) não
existe a cromatina sexual.
d) Os cromossomos sexuais e a cromatina sexual
Você sabe que na espécie humana as células somáticas contêm
46 cromossomos. Desses, 44 são autossomos, isto é, cromossomos
sem implicação com o sexo. Os outros dois são chamados de
sexuais, uma vez que determinam o sexo do indivíduo.
Na mulher, os dois cromossomos sexuais são “iguais” e
chamados de X. No homem, há um cromossomo X e outro
denominado Y. Assim, considerando A = autossomo, temos:
• no homem: 44A + XY; • na mulher: 44A + XX.
Conclui-se que o homem tem dois tipos básicos de
espermatozóides: alguns com genoma = 22A + X e outros com
genoma = 22A + Y. Já a mulher tem apenas óvulos com genoma =
22A + X.
As células das fêmeas de mamíferos apresentam, junto à
carioteca do núcleo, um corpúsculo intensamente corável
denominado cromatina sexual ou corpúsculo de Barr.
Investigações diversas demonstram que a cromatina sexual é um
dos cromossomos X. Além disso, demonstrou-se que toda mulher
BIOLOGIA – 1º ano c) os mitocôndrios.
Exercício: citoplasma d) os nucléolos.
e) os cloroplastos.
1- Quais as principais diferenças entre uma célula 7- (UF-PA) Sobre as funções dos tipos de retículo
procariótica e eucariótica? endoplasmático, pode–se afirmar que:
R=
a) o rugoso está relacionado com o processo de síntese de
esteróides;
b) o liso tem como função a síntese de proteínas;
c) o liso é responsável pela formação do acrossomo dos
2- O retículo endoplasmático rugoso é responsável pela espermatozóides;
síntese de transporte de proteínas. No entanto, a síntese d) o rugoso está ligado à síntese de proteína;
protéica é realizada por grânulos, que estão aderidos a ele, e) o liso é responsável pela síntese de poliolosídios.
denominados de:
a) mitocôndrias.
b) cloroplastos. 8- Associe a segunda coluna de acordo com a primeira e
c) ribossomos. assinale a alternativa que está correta:
d) fagossomos.
e) lisossomos. 1. Lisossomo ( ) Acúmulo e
eliminação de secreção
2. Complexo de Golgi ( ) Digestão intracelular
3- Considere as seguintes relações: 3. Ribossomo ( ) Transporte de
materiais dentro da célula
Organelas Funções 4. Retículo endoplasmático ( ) Síntese de proteínas
I ribossomo síntese de proteínas 5. Mitocôndria ( ) Armazenamento de
II lisossomo respiração substâncias
III mitocôndria produção de energia
IV complexo de Golgi armazenamento 9- Cite quatro funções do citoplasma:
R=
Estão corretamente relacionadas:
a) todas
b) somente I e III
c) somente II, III e IV 10- Nas células vegetais são encontrados orgânulos
d) somente I, III e IV citoplasmáticos exclusivos, os plastos, que apresentam
e) somente II e IV estrutura e funções específicas.
a) Em que diferem, quanto à função, leucoplastos e
4- Observe a figura a seguir. cromoplastos?
R=

b) Dê um exemplo de leucoplasto e um de cromoplasto,


citando a principal substância presente em cada um deles.
R=

c) Quais as principais características dos cloroplastos?


R=

A organela citoplasmática envolvida no processo nela


11- As mitocôndrias, organelas celulares relacionadas com a
esquematizado é denominada:
produção de energia (ATP), estão presentes em:
a) ribossomo.
b) mitocôndria.
c) lisossomo. a) células animais e vegetais
d) cloroplasto. b) eucariotos e procariotos
e) centríolo. c) células animais apenas
d) celulas vegetais apenas
5- O Complexo de Golgi observado no citoplasma de células e) procariotos
animais e vegetais tem por finalidade:
a) a digestão do alimento ingerido.
b) a produção de energia.
c) o transporte de substâncias.
d) o armazenamento e secreção de substâncias.
e) a defesa da célula amebiana

6- Células de certos organismos possuem organelas que


produzem ATPs e os utilizam na síntese de substância
orgânica a partir de dióxido de carbono. Essas organelas
são:
a) os lisossomos.
b) o sistema de Golgi.

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