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1º horário
Introdução;
Desconcentração e descentralização;
Teoria do órgão;
2º horário
Órgãos Públicos;
Descentralização: Administração Publica Indireta;
Autarquias.
Siglas
HLM: Hely Lopes Meirelles
JSCF: José dos Santos Carvalho Filho
CABM: Celso Antonio Bandeira de Mello
MS: Maria Sylvia Zanella di Pietro
OS: Organização Social
OSCIP: Organização Sociedade Civil de Interesse Público
1ª PARTE
1- Introdução
Características da Federação:
1. cada ente tem capacidade de auto – organização: a Administração Pública edita
suas próprias normas para organização administrativa;
2. autogoverno;
3. Autonomia administração: cada ente da Administração tem autonomia para
executar suas próprias atividades administrativas e serviços públicos que lhe são
inerentes,
para isso, recolhem tributos de acordo com a CR/88. Ex.: a lei que regulam processo
administrativo se aplica somente em cada âmbito. A Lei 9784/99 – Lei de Processo
Administrativo Federal só se aplica no âmbito federal.
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Ex.: Lei Municipal concedeu passe livre para os alunos estudantes na Escola
Municipal. Aluno que mora no município ao lado também quer o passe gratuito da sua
casa até a Escola Municipal. A decisão do juiz deve ser pela extinção do processo nos
termos do art. 267, II do CPC. Transporte público municipal é competência municipal,
já o transporte intermunicipal é de competência estadual.
2 – Desconcentração X Descentralização
Desconcentração
É o fenômeno administrativo interno de transferência interna das atividades de Estado.
JSCF critica esta classificação tradicional trazida por HLM. A doutrina moderna não
admite, hoje, a transferência da titularidade da atividade por outra pessoa jurídica, pois
haverá sempre, por força constitucional, a responsabilidade subsidiária do Estado na
prestação da atividade administrativa. Só se transfere a execução do serviço.
Assim, há delegação:
1. legal: todas as entidades que compõe a Administração Indireta. Art. 37, XIX, da
CR/88.
Art. 37 XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
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Observação: setores da estrutura do Estado
No 1º Setor: próprio Estado. Compõem-se da Administração Pública direta e
Administração Publica indireta.
3º Setor: Sociedade civil. Serviço social autônomo (Sistema S), Organizações Social –
OS e Organização Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP.
3 - Órgãos Públicos
Conceito por CABM: o órgão público é centro de atribuições, mera repartição interna
da atividade.
Não tem personalidade jurídica, sendo esta sua principal característica. Ex.:
Ministérios são órgãos da União.
Três teorias para explicar a atividade desses entes administrativos – dado histórico:
1ª: Teoria do Mandato: o órgão público atuava como mandatário do Estado. Seria uma
ficção jurídica. Em tese, o Estado não poderia outorgar mandato, pois não tem
vontade própria.
3ª Teoria do Órgão: criada por Otto Gierke, adotada atualmente. Analogia ao corpo
humano. O que o órgão faz é imputado à pessoa. É necessário conhecer o princípio
da imputação volitiva, que substitui a idéia de representação. A atuação do órgão –
através de seus agentes públicos - será imputada à pessoa jurídica a qual ele faz
parte e esta terá, em tese, capacidade de firmar compromissos e contratos. O órgão
também seria uma ficção jurídica.
b) O Agente Público de fato não tem vínculo formal, jurídico, com o Estado e age de
boa-fé, sem investidura prévia, regular e legítima. Difere do particular de má-fé, sendo
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este conhecido como “usurpador de função” e seria penalmente responsável por sua
conduta.
Características do órgão
• O órgão não tem personalidade jurídica, desta forma, em tese, não tem capacidade
jurídica, processual, e de assumir obrigações. (É a regra).
1- Capacidade Contratual: em regra, o órgão não tem capacidade de direito. Pelo art.
37, §8º, da CR/88 poderá o órgão celebrar contrato com o próprio ente. É chamado
pela doutrina de Contrato de Gestão.
Obs.: art. 37, §8º, norma constitucional derivada, veio a Constituição por emenda
constitucional.
2ª PARTE
2- Capacidade processual: quem vai a juízo é a pessoa jurídica a que ele faz parte. Há
exceções consagradas na doutrina e jurisprudência que possibilitam ao órgão
demandar e ser demandado.
Requisitos cumulativos:
1. Deverá ser órgão com atribuições constitucionais.
2. Deverá estar na defesa de suas prerrogativas institucionais. Ex.: Câmara não tem
capacidade para ajuizar ação de indenização ordinária, mas pode ajuizar ação para
defender seus interesses como o repasse do duodécimo. Resp. 696561/RN STJ –
Min. Luiz Fux.
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Classificação dos órgãos
A doutrina aponta uma série de qualificações dos órgãos públicos. A clássica e mais
apontada é a apresentada por HLM. Ele aponta quatro espécies de órgãos, segundo o
critério de importância destes na estrutura do Estado, sua posição na estrutura
administrativa:
1. Órgão Independente: que tem previsão constitucional. Órgão de cúpula. Autonomia
muito ampliada. Ex.: Governadoria do Estado.
2. Órgão Autônomo: subordina-se ao de cima. Gozam de autonomia administrativa e
financeira. Ex.: Secretaria de Segurança Pública
3. Órgão Superior: não tem autonomia financeira e pouca autonomia administrativa
na prática. Ex.: Delegacia de Policia
4. Órgão Subalterno: não tem nenhuma liberdade de atuação totalmente
subordinada.
Ex.: almoxarifado. Sem qualquer poder decisório, são órgãos de execução. JSCF
critica esta classificação porque ela não tem critério cientifico.
Art. 37 XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Princípios
Todas estas entidades se subordinam a três grandes princípios comuns.
5 - AUTARQUIA
Pessoa Jurídica de direito público criada por lei para exercer atividade típica de
Estado.
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Característica
Criada só por lei – princípio da reserva legal - e exerce “atividade típica de Estado” que
é um conceito juridicamente indeterminado. “Atividade típica” é conceito aberto,
abstrato, portanto, difícil determinar a atividade propriamente de Estado.
Quem trás alguns parâmetros é CABM, que fala de zona de certeza negativa e
positiva. Certas atividades são, com certeza, típicas de Estado, outras, ao contrário,
não são. Gera-se uma zona cinzenta de incerteza.
A ADI 1717 declarou inconstitucional o art. 58 da Lei 9649/98, que estabelecia que os
conselhos profissionais eram entidades privadas. Teriam que ser autarquias porque
exercem poder de polícia, sendo esta atividade típica de Estado.
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Regime de pessoal
EC 19/98: a modificação acabou com a obrigatoriedade do regime jurídico único.
A Lei nº 9986 estabelece que não é possível regime celetista para Agência
Reguladora na sua atividade típica, este regime será apenas para atividades
instrumentais.