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NOTÍCIA EXPLICATIVA
DA FOLHA 38-B
SETÚBAL
G. MANUPPELLA (COORDENADOR)
M. T. ANTUNES
J. PAIS
M. M. RAMALHO
J.REY
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
INSTITUTO GEOLÓGICO
E MINEIRO
LISBOA 1999
dconomia
SECRETAR IA DE ESTADO DA INDUSTRIA E ENERGIA
G. MANUPPELLA (COORDENADOR) *
M. T. ANTUNES **
J. CARDOSO ***
M. M. RAMALHO *
J . REY ****
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
INSTITUTO GEOLÓGICO
E MINEIRO
LISBOA 1999
1- INTRODUÇÃO 5
III- ESTRATIGRAFIA 15
5
1986) e muitas outras contribuições fornecidas por especialistas
mencionados na bibliografia.
Nos estudos realizados no âmbito da morfostrutura que caracteriza
a Cadeia da Arrábida , talvez um dos exemplos mais elegantes da
tectónica pelicular, salientamos os trabalhos de A. RIBEIRO et ai. (1979,
1990).
No Quaternário, os numerosos trabalhos de João Cardoso contri-
buem amplamente para um melhor conhecimento das características
biostratigráficas daquele andar.
11 - GEOMORFOLOGIA
O RELEVO
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Fig. 1 - Esboço morfológico da Arrábida. 1: Rebordo monoclinal em rocha dura; 2: monte anticlinal ; 3: aplanação principal a cerca de 200 m;
4: arrebite da aplanação; 5: rechãs litorais embutidas; 6: depressão cársica ; 7: colinas arredondadas; 8-9: vale (8: de forma larga,
9: encaixado) ; 10-13: litoral (10: costa arenosa, 11 : arriba com menos de 100m , 12: com 100-200 m, 13: com mais de 200m) ; 14:
área baixa periférica. Extraído de S. DAVEAU, O. RIBEIRO, H. LAUTENSACH, Geografia de Portugal, I. A Posição Geográfica e o Território,
Edições João Sá da Costa, Lisboa, 1997, Fig . 39; segundo O. RIBEIRO, "Excursão à Arrábida", Finisterra, 6, Lisboa, 1968.
Cabo. No resto da cadeia diferenciam-se formas estruturais bastante
variadas, modeladas numa estrutura enrugada, de disposição mais
complexa.
Os elementos mais elevados da Cadeia da Arrábida, que se podem
considerar aproximadamente circunscritos pela curva de nível de
250 m, correspondem a afloramentos de calcários jurássicos. De oeste
para leste são: o Píncaro, a Serra da Arrábida s. s. e a Serra de São
Luís.
Por seu turno, as partes mais deprimidas podem classificar-se em
três tipos. Primeiro, as vastas terras baixas periféricas, a norte e a
leste, que são tectonicamente abatidas e constituídas por espessas
séries cenozóicas detríticas. A depressão circunscrita de Sesimbra é
um pequeno graben de forma triangular, enquadrado por um acidente
diapírico. O sistema de vales da parte oriental, que circunda a Serra de
São Luís, foi aberto por erosão nas fácies detríticas do Jurássico.
Estes vales parece terem-se individualizado por erosão diferencial
a partir de uma superfície de erosão subaérea, cujos testemunhos se
conservam nos afloramentos mais resistentes do Jurássico, do
Paleogénico e do Miocénico, a uma altitude que oscila entre 180 e
250m. Esta antiga superfície de erosão está, em especial, conservada
no topo do relevo monoclinal que circunda a norte a cadeia. Devia
ligar-se à superfície de aplanação litoral que caracteriza a parte ociden-
tal da cadeia (Plataforma do Cabo). No entanto, na parte central da cadeia,
o escalonamento em altitude das formas do relevo é muito menos nítido,
possivelmente por afundamento relativo da parte montante da bacia da
ribeira de Coina, entre Sesimbra e o Formosinho.
A grande escarpa meridional, pela qual a Cadeia da Arrábida mergu-
lha nas águas da baía de Setúbal, deriva com certeza de um impor-
tante acidente tectónico com a mesma orientação. Ignora-se ainda, no
entanto, a amplitude do recuo erosivo que a actual vertente costeira
sofreu em relação àquele.
O essencial dos conhecimentos relativos à geomorfologia da Cadeia
da Arrábida deve-se a Orlando Ribeiro (1935 e 1968). Apenas foram
objecto de estudos mais pormenorizados as extremidades ocidental
(DAVEAU & AZEVEDO, 1980-81) e oriental da cadeia (ALCOFORADO, 1981 ).
Encontram-se em curso estudos da vertente costeira meridional, que
incluem não apenas a parte emersa mas também a parte submersa
acessível à observação por mergulho (PEREIRA, 1988; "ERLIDES", 1992;
PEREIRA & REGNAULD, 1994).
8
A PLATAFORMA DO CABO E O SEU ENQUADRAMENTO
9
A SERRA DA ARRÁBIDA STRICTO SENSU
10
Dolomitos (J1 ·2cd · Ele é fragmentado por uma rede de falhas N-S e é
limitado a sul por um cavalgamento que afecta o Miocénico.
O núcleo principal continua-se a NE, na direcção de Palmeia, pela
Serra dos Gaiteiros, que é limitada a sul pelo prolongamento do
mesmo cavalgamento. Mas é fundamentalmente constituída pelas
Argilas, grés, conglomerados e calcários de Vale da Rasca (J 3RA)· Esta
continuação da Serra de São Luís encontra-se completamente arra-
sada por uma superfície de erosão desenvolvida a cerca de 230 m,
hoje bastante dissecada.
A COLINA DE PALMELA
A "COSTEIRA" SETENTRIONAL
11
pequenas colinas pelas cabeceiras da rede hidrográfica que corre para
o norte. O topo da "costeira" constitui uma nítida linha divisória de águas.
Na base da vertente norte sucedem-se as aldeias da antiga comarca
de Azeitão, célebre desde a época árabe pelas suas produções agrí-
colas diversificadas, que abasteciam tanto Lisboa como Setúbal.
Na parte central da cadeia, o alinhamento de colinas monoclinais
começa por desdobrar-se com o aparecimento de um segundo alinha-
mento, correspondente a bancadas cretácicas. Torna-se, a seguir,
menos contínuo, sendo as colinas separadas por vales pouco profun-
dos, de orientação sul-norte. As areias pliocénicas penetram aqui
bastante para o sul , cobrindo em parte os afloramentos dos
Conglomerados da Comenda (J3c 0 ), que não ultrapassam altitudes
próximas de 130 m. A paisagem e a ocupação humana lembram aqui
as que caracterizam normalmente as vastas planícies arenosas, situa-
das a norte da "costeira".
Mais para oeste, reaparece um rosário de cabeços que orla, a
norte, a Plataforma do Cabo. Correspondem aqui, em geral, a aflora-
mentos do Cretácico.
12
colinas de interflúvio, a cerca de 50 m de altitude, e largos fundos
aluviais a menos de 20 m. O casario da cidade oculta antigas formas
litorais, onde se associavam esteiros e restingas arenosas. O sítio
portuário corresponde à margem seguida pelo profundo canal que
sulca o vasto delta submarino, pelo qual o estuário do Sado desagua
na baía exterior, permitindo assim a fácil penetração dos barcos de
mar.
A DEPRESSÃO DE SESIMBRA
13
costeira (cornijas rochosas alternando com vertentes regularizadas,
cobertas por blocos coluviais, em muitos casos consolidados por um
cimento calcário mais ou menos endurecido) .
O estudo desta complexa forma de relevo é difícil, por várias
razões. Uma grande parte da vertente está vedada à observação
directa, ou pelo seu carácter muito escarpado ou por se encontrar por
baixo do nível do mar. Recentemente, começou-se o estudo das
formas submersas superiores através de mergulhos individuais, mas
é ainda difícil ligar os primeiros resultados assim obtidos aos conheci-
mentos resultantes da observação por teledetecção da plataforma
continental (VANNEY & MouGENOT, 1981). Outra dificuldade provém da
interferência de uma neotectónica local diferenciada com os movimen-
tos eustáticos do mar durante o Quaternário .
As rechãs mais altas são provavelmente formas descontínuas de
erosão subaérea, desenvolvidas em função de antigos níveis mari-
nhos, numa altura em que o litoral tinha uma posição mais meridional.
Situadas a oeste de Sesimbra, estas rechãs altas encontram-se a alti-
tudes variadas, que parecem acompanhar mais ou menos as defor-
mações sofridas pelos vários elementos da Plataforma do Cabo. São
possivelmente correlativas, no tempo, da superfície plistocénica de
interflúvios, desenvolvida nos sedimentos terciários ao norte da
Plataforma do Cabo. No entanto, não se pode afastar a hipótese de
corresponderem a elementos desigualmente abatidos da Plataforma
do Cabo.
Mais bem conservados são os níveis mais baixos, um deles situado
a cerca de 30-50 m de altitude, o outro a poucos metros acima do nível
actual. O primeiro é sobretudo observável na Chã dos Navegantes,
onde um complexo de rechãs mais ou menos inclinadas conserva uma
cobertura de areais de origem litoral.
O nível dito do Forte da Baralha está muito bem conservado neste
local, onde, sobre mais de 300 m de comprimento e uma dezena de
metros de largura, existe, na base da arriba, um degrau muito regular,
afeiçoado no calcário e acompanhado por sapa basal e pequenas
grutas, onde se conservam areais e blocos rolados de praia.
O nível encontra-se aqui a 7 m acima do nível médio do mar.
Prolonga-se para oeste até às imediações do Cabo Espichei , onde é
sobretudo representado por uma série de grutas, abertas na base de
uma alta arriba. Este baixo nível está longitudinalmente deformado,
tendo uma altitude diferente nos vários compartimentos delimitados
por falhas transversais ao litoral. Perto do Cabo Espichei, o nível inclina
14
de 4 para 2 m de leste para oeste. Num compartimento central
encontra-se horizontal, a cerca de 3-4 m, e, no compartimento do
Forte , inclina de 7 para 5 m de leste para oeste (PEREIRA & REGNAULT,
1994).
Mais para leste, o nível do Forte da Baralha prolonga-se através de
vários retalhos , que não foram ainda todos estudados. No trecho de
litoral aberto em calcários miocénicos, situado logo ao sul do Portinha,
abrem-se neste nível várias grutas, que conservaram depósitos e
fósseis . Estes permitem afirmar que as grutas foram ocupadas pelo
homem há cerca de 30 000 anos , e reconstituir, numa larga medida ,
o ambiente coevo (ANTUNES, 1991 ). Parece bastante provável que o
modelado do nível litoral do Forte da Baralha data do alto estacio-
namento do mar durante o período interglaciário do Eemiano , há
100 000-120 000 anos .
Foram reconhecidos , por H. Regnault, níveis marinhos hoje
submersos, entre os quais o mais nítido e generalizado encontra-se
cerca de 7 m abaixo do nível actual do mar. Este nível não parece
deformado e é provisoriamente considerado como podendo datar de
cerca de 6000 anos.
As grandes vertentes regularizadas e providas de uma cobertura
contínua de blocos coluviais, que constituem o essencial da vertente
costeira meridional , são formas de evolução lenta e de origem bastante
antiga. Em certos lugares (perto do Forte da Baralha) a formação colu-
vial cimentada está recortada na base pela paleoarriba do nível
emerso de 7 m, noutros lugares continua-se por baixo do nível actual
do mar até , pelo menos, o nível de -7 m.
III- ESTRATIGRAFIA
15
A topografia que caracterizava a bacia era irregular e estruturava-se
segundo blocos limitados por falhas relacionadas com acidentes do
SOCO (RIBEIRO et a/. , 1979; WILSON et a/. , 1989).
A série terrígena acima corresponde fundamentalmente aos Grés
de Silves (CHOFFAT, 1887, 1903, 1904; PALAIN , 1976) que com a acen-
tuação do pré-rifting passam superiormente a sedimentos pelítico-
-carbonatado-evaporíticos, conhecidos pela designação de Margas de
Dagorda (CHOFFAT, 1882, 1903-1904; PALAIN , 1976). Sobre a última
unidade assenta o complexo vulcano-sedimentar idêntico ao de
Santiago do Cacém (MANUPPELLA, 1989). Este complexo assinala o
rifting s. s. que irá permitir a formação de um novo mar de uma nova
bacia. Em Sesimbra não se conhecem os depósitos mais grosseiros da
Formação dos Grés de Silves.
Durante o Lias-Dogger, que corresponde a um período de acalmia
na actividade de rifting, na região de Setúbal localizada no bordo SE
da bacia, sedimentam calcários e dolomitos que constituem séries
relativamente monótonas, enquanto no resto da Bacia Lusitânica sedi-
mentavam carbonatos com fácies diferenciadas (MouTERDE et a/. ,
1979; WATKINSON , 1989; AzEREDO, 1993; GRAÇA COSTA et a/. , 1988).
Com o segundo rifting e após a lacuna de parte do Oxfordiano nesta
região , inicia-se um novo período de sedimentação que irá abranger
todo o Jurássico superior. Contrariamente à sedimentação monótona
que caracteriza o Lias-Dogger, as unidades do Malm apresentam ,
como se verá, marcadas variações de fácies e de espessura de W
para E. As unidades, em geral marinhas para W da Serra da Arrábida,
são afectadas, para E de Sesimbra, por forte continentalização que
leva à deposição dos conglomerados de Vale da Rasca e Comenda.
De acordo com J. REY (1972) , os sedimentos cretácicos assentam
em concordância sobre a Unidade Espichei. A série caracterizada por
variações de fácies verticais e laterais atinge a sua máxima espessura
ao longo do litoral W, entre a Praia dos Lagosteiras e a Foz, onde desa-
parece sob os sedimentos cenozóicos. Para E sofre rápido bisela-
mento e a N da Serra da Arrábida desaparece sob o Paleogénico.
Em discordância sobre os sedimentos cretácicos assenta espessa
série cenozóica que, para N, atinge uma espessura superior aos 800 m.
A série é dominada por sedimentos terrígenos e elásticos com interca-
lações calcárias.
As variações laterais de fácies são marcadas, em particular a W do
meridiano central da carta, onde se manifesta uma maior frequência de
carbonatos.
16
JURÁSSICO INFERIOR
Hetangiano-Sinemuriano inferior
17
ao Hetangiano-Sinemuriano (ZsvszEWSKI et a/., 1965; MouTERDE et a/.,
1979). No seu conjunto estas camadas apresentam espessuras da
ordem dos 3,5-7 m.
Limites
18
Pelo contrário, o limite superior é dado pela sobreposição dos
Dolomitos de Sesimbra. As características dos limites superior e infe-
rior são idênticas às da Bacia de Santiago do Cacém e do Algarve.
Estratigrafia
Sinemuriano
J1 5 e- Dolomitos de Sesimbra
Limites
Estratigrafia
19
Paleomayncina termieri (Hottinger). Esta formação traduz uma fácies
margino-marinha, inter a supratidal. Considerando o Complexo Vulcano-
-Sedimentar datável do Hetangiano-Sinemuriano inferior, pensamos
poder datar a base dos Dolomitos de Sesimbra do Sinemuriano infe-
rior, e o topo, face à presença de P. termieri do Pleisbaquiano inferior.
De facto , esta espécie é muito frequente entre o Carixiano e o
Domeriano inferior, embora P. termieri ocorra desde o Sinemuriano
superior ao Domeriano médio. Para maiores esclarecimentos consul-
tar ZBYSZEWSKI et a/., 1965 e MANUPPELLA & AZEREDO, 1996.
20
O suprajacente termo C é formado por calcários margosos ricos em
braquiópodes, por vezes formando lumachela (CHOFFAT, 1905).
Os termos D e E correspondem à camada J, na qual Choffat loca-
liza a presença de Dactylioceras communis (Sowerby) , bem como as
últimas colheitas de Spiriferina.
A unidade termina com o termo F que é constituído por conglome-
rados com matriz micrítica, com intercalações de granulometria mais
fina que, para o topo, passam a calcários bioclásticos com laminações
oblíquas planares de pequeno ângulo. Com excepção de raras costi-
lhas de amonóides, a unidade revelou-se azóica. O mesmo acontece
no afloramento da Cova da Mijona onde a granulometria se reduz
sensivelmente.
A Unidade da Meia Velha foi cartografada e descrita pela primeira
vez em MANUPPELLA & AzEREDO (1996), onde se poderão colher amplas
informações . Muito provavelmente sedimenta em ambiente marinho
aberto, pouco profundo (amonóides, braquiópodes, etc.).
Admite-se , também , que correspondam a sedimentos mal consoli-
dados, depositados sobre um talude pouco inclinado, provavelmente
como resultado de actividade sísmica derivante da tectónica distensiva
que marcava aquele período.
Limites
Estratigrafia
21
Comparando os termos por nós definidos com os de CHOFFAT {1903-
-1905) , podemos dizer que: os termos A, B, C descritos correspondem
provavelmente às camadas H e I de CHOFFAT (1905) , que são por ele
datadas do Sinemuriano superior-Toarciano, com base na ocorrência de
S. wa/cotti (Sowerby) e Liospiriferina rostrate (Schloteim) que, de acordo
com RoussEL {1977), indicariam o Carixiano-Toarciano inferior. A presença
de Paleomayncina termieri (Hottinger) reforça a idade por nós proposta,
visto que, de acordo com SEPTFONTAtNE {1984-1985), P. termieri estaria
cantonada ao Sinemuriano superior-Domeriano médio.
Pelo contrário, os termos D e E acima descritos correspondem à
Camada J de CHOFFAT (1905), na qual este autor localiza a presença
de amonóides Dactylioceras communis (Sowerby) , bem como as últi-
mas colheitas de Spiriferina. D. communis é indicadora do Toarciano
inferior (CHOFFAT, 1905; MouTERDE et a!., 1979). O desaparecimento
das Spiriferinas acima do nível E está de acordo com RoussEL (1977)
que considera o desaparecimento das Spiriferinas no Toarciano infe-
rior. Assim poderemos datar a Unidade Meia Velha do Carixiano ao
Toarciano inferior com exclusão do termo F.
Limites
22
O limite superior é formado por um nível margoso dolomítico
cinzento-esverdeado que se deposita imediatamente a seguir aos
dolomitos com níveis siliciosos, correspondendo à primeira camada da
Unidade Margas, calcários oolíticos e dolomitos com Gervilia.
Estratigrafia
Termo A
Termo B
23
O conteúdo paleontológico limita-se a gasterópodes e lamelibrânquios
(CHOFFAT, 1905; ZsvszEWSKI, 1965), enquanto o conteúdo micropaleon-
tológico está limitado a Favreina prusensis Favre.
Limites
Estratigrafia
Como foi já dito (MANUPPELLA & AZEREDO, op. cit.) a fauna malacoló-
gica (CHOFFAT, 1905) poderia datar esta unidade do Bajociano, mas o
próprio autor tem dúvidas quanto a esta datação.
24
por falhas conjugadas que seccionam a Unidade Cabo de Ares pondo-a
em contacto, para W, com calcários micríticos, nos quais foi identificada
Alzonel/a cuvilleri Bernier e Neuman, espécie característica do Batoniano
inferior e que, por sua vez, se situam por baixo de outros níveis calcá-
rios , com Ataxella occitanica (Peybernes) , espécie característica do
Batoniano superior-Caloviano basal (PEYBERNES, 1991 ). O conjunto de
camadas calcárias referidas constitui a unidade que se descreve a
seguir, os "Calcários de Pedreiras". No sector das pedreiras de Sanchez,
a S-SW de Malhadas, as camadas calcárias com Ataxel/a occitanica
encontram-se cerca de 20 a 30 m acima dos níveis dolomíticos, o que
pode ser verificado em toda a região da Serra da Achada; os calcários
micríticos assentam sobre os dolomitos por meio de um nível brechóide.
Face às relações geométricas acima descritas é lógico admitir-se que
parte da série dolomítica de Cabo de Ares, aflorante a SE entre Cabo
de Ares e o paralelo de Pedreiras, seja temporalmente equivalente às
referidas camadas de calcário micrítico que , em termos cartográficos,
como se disse, afloram lateralmente, a S-SW de Malhadas. Esta variação
lateral de fácies reflectirá, provavelmente, um controlo tectónico.
Limites
Estratigrafia
25
conseguiu definir estratigraficamente o Batoniano inferior em toda a
Península de Setúbal , provavelmente devido à dolomitização e/ou a
fácies não favoráveis à existência de organismos. Supondo correcta a
hipótese de considerar os Dolomitos de Cabo de Ares como equiva-
lente lateral dos calcários micríticos, parte significativa da unidade
dolomítica deverá corresponder ao Batoniano inferior.
Deste modo, para o conjunto representado pelas três últimas
unidades descritas ("Dolomitos da Califórnia", "Margas, calcários oolí-
ticos e dolomitos com Gervilia" e "Dolomitos de Cabo de Ares") e
incluindo, também , o termo F da Unidade "Margas dolomíticas e calcá-
rios dolomíticos com Braquiópodes da Meia Velha", subjacente às
anteriores, propomos, com reserva, o intervalo de tempo Toarciano
inferior-Batoniano médio (?) .
Variações de fácies
26
Limites
Estratigrafia
Limites
27
FAUNA E FLORA
CORTE
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FACHO da AZO/A
PETROGRAFIA
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28
Estratigrafia
Variações de fácies
Paleoecologia
29
finais do Sinemuriano, a sedimentação apresenta características
margino-marinhas ou peritidais, aliás, comuns a outras zonas das
Bacias Lusitânica e Algarvia.
A partir do Carixiano, movimentos distensivos sucessivos à disten-
são inicial provocaram pequenas variações faciológicas.
De facto, assiste-se à sedimentação da Unidade Meia Velha com
características de plataforma aberta de pequena profundidade. Esta
transgressão , limitada na região em causa, manifesta-se mais franca-
mente nas regiões a N do Tejo. Enquanto a N do Tejo a transgressão
atinge o seu máximo durante o Toarciano, na Península de Setúbal
durante o Toarciano inferior aborta, voltando a instalar-se um meio
deposicional margino-marinho, com a deposição dos Dolomitos da
Califórnia e das Margas, calcários oolíticos e dolomitos com Gervilia.
As últimas unidades do Dogger a sedimentar são representadas
pelos Dolomitos de Cabo de Ares e pelos Calcários de Pedreiras.
Pelo menos durante todo o Batoniano inferior(?) , o ambiente de sedi-
mentação que caracteriza os Dolomitos de Cabo de Ares é do tipo
margino-marinho a supratidal (dolomitos primários, fenestrae, dolomiti-
zação) .
A partir do Batoniano superior, nova transgressão, mas sempre limi-
tada, vai permitir a deposição de calcários pelmicríticos ricos em micro-
fauna de pfenderinídeos, indicadores de ambiente deposicional mari-
nho confinado. Estas fácies são comuns também na Bacia de Santiago
do Cacém (MANUPPELLA, 1983).
A partir do Caloviano superior, a bacia fica subaérea com deposição
de fácies continentais representadas por crostas ferruginosas a pseu-
dolateríticas.
JURÁSSICO SUPERIOR
Oxfordiano médio-superior
Generalidades
30
de Santana por conglomerados ("Brecha da Arrábida"), calcários argi-
losos intraclásticos (calhaus negros) com margas intercaladas. A sedi-
mentação processa-se em ambientes confinados (salobres) e com
abundante matéria orgânica.
Para W daquele meridiano a Unidade Arrábida apresenta forte varia-
ção de fácies , estando representada exclusivamente por calcários com
calhaus negros . Veremos que esta diferenciação da litostratigrafia em
dois sectores, um oriental outro ocidental , manter-se-á ao longo da
história geológica do Malm.
Sector oriental
Corte-tipo
31
4) Margas nodulares siltosas esverdeadas com intercalações de grés
fino (4-5 m) .
5) Calcários micríticos com calhaus negros e com intercalações de
margas com linhite. Distinguem-se calcários bioclásticos com
ostracodos e restos de Gastropodes além de Cayeuxia sp.,
oogónios de carófitas além de microfauna remobilizada do
Dogger (7 m) .
6) Calcários margosos cinzentos com carófitas (2m) .
7) Zona coberta (2 ,7 m) .
8) Margas siltosas nodulares com intercalações de grés finos , já per-
tencentes à unidade superior- Calcários e grés intercalados do
Risco .
32
Limites
Sector ocidental
Limites
33
Variações de fácies
Estratigrafia
34
Kimeridgiano-Oxfordiano superior
Generalidades
Sector ocidental
Corte-tipo
Corte do Facho
35
palastinensis mas onde se encontra também uma intercalação
rica em Ostracodos e Carofitas (50 m) .
2) Calcários micríticos com Pseudocyclamina e Alveosepta jaccardi
e pequenos Verneulinideos na base (65 m) .
3) Calcários micríticos compactos cremes intraclásticos a microcon-
glomeráticos intraformacionais com raros oólitos. A associação
microfaunística é constituída por: Nautiloculina oolithica,
Labyrintina mirabi/is, Pseudocyclamina sp. , A/veosepta jaccardi,
Chab/asia chablasiensis, Kilianina sp. A microflora está repre-
sentada por: Codiáceas, Cayeuxia piae, Bacinella irregularis,
Salpingoporella anulatada (126m) .
4) Calcários micríticos bioclásticos intraclásticos com raros oólitos por
vezes dolomitizados, contendo: Nautiloculina oolithica, Ps. gr.
Parvu/a - moluchensis, Everticyclamina virguliana, Kurnubia
palastinensis, Lithocodium aggregatum, Sa/pingoporella anulata,
C/ypeina jurassica e "Campbeliel/a" striata (1 00 m).
Limites
Sector oriental
Corte-tipo
Corte do Solitário
36
É de salientar que as exposições ao longo deste corte são por
vezes más, devido aos materiais escorridos ao longo da vertente.
A sucessão de bancadas, referida por LEINFELDER (1983), é algo
diferente da apontada por FELBER et ai. (1982).
Limites
Variações de fácies
37
J3 63 - Dolomitos do Forte da Baralha (Sector ocidental)
Limites
Corte do Fojo
38
w E
C auelo d e Sc~ lmbra f o )o
~ Unld. AzÓia
~ Unld . Ralica
/ Dhcordâncla
[8
-
Unld. Arrábida
U±a -
Unld . Rlic O
/ Dlac1 onlamo
39
17) Margas siltosas nodulares (2,5 m) .
18) Calcário intraclástico sem organismos (0,80 m) .
19) Argilas arenosas e margas nodulares siltosas, passando a cama-
das silto-arenosas a conglomeráticas com estratificação entre-
cruzada. Contém Ostracodos nas margas siltosas e A. jaccardi
associada a Dasyc/adaceas em duas intercalações carbonata-
das (15m).
20) Micrite bioturbada com fenestrae, contendo A. jaccardi e Lithoco-
dium aggregatum.
Estratigrafia
Kimeridgiano-Titoniano
Generalidades
40
Corte-tipo
41
22 - 31) Alternância de calcários nodulosos cinzentos e de calcários
compactos, micríticos, por vezes calciclásticos. Relativamente frequentes
intercalações margosas amareladas e/ou esverdeadas, por vezes
gresosas e de grés em bancadas espessas avermelhadas. A micro-
fauna em geral abundante é presente com as seguintes formas: R.
arrabidensis, E. virgu/iana, Trocho/ina gr. alpina, Fr. planispiralis, Ps.
gr. parvula-muluchensis, "Campbeliel/a " striata, Permoca/cu/us sp.,
Salpingoporel/a annu/ata e Terquemella triangu/aris, bem como diver-
sos géneros e espécies de ostracodos (88 m).
32- 34) Alternância de calcários nodulares bioclásticos e de calcá-
rios compactos micríticos no topo com abundantes nerineias. Finas
intercalações de margas. Para além da microfauna acima mencionada,
contém: Anchispirocyc/ina /usitanica, "Zergatella " Terquemella (?) trian-
gularis, Cylindroporella cf. arabica (89 m) .
35- 44) Calcários micríticos compactos com intercalações de margas
e de calcários nodulares micríticos e de margas com cores diversas.
A associação microfaunística é formada por: A. lusitanica, A. cf.
maynci, Ps. lituus, E. virgu/iana, Ps. gr. parvula-muluchensis, Feurti/ia
frequens, Permoca/cu/us sp., Cylindroporella podolica, S. annulata,
T. (?) triangu/aris, "Zergatella" sp.
Sobre este último conjunto depositam-se as primeiras camadas
areníticas do Cretácico.
Limites
Variações de fácies
Sector ocidental
42
r
ponto de conter amonóides. Se seguirmos a unidade para oriente nota-
mos uma progressiva diminuição dos carbonatos e um aumento da
sedimentação de tipo argilo-gresoso. O ambiente mantém-se marinho,
mas progressivamente sempre mais confinado com o aparecimento de
faunas salobres (Ostreídeos, etc.). Para E da Falha de Sampaio a
Unidade Espichei passa a ser representada por duas unidades sobre-
postas decisivamente continentais.
Sector oriental
Corte de Arremula
43
1) Alternância de conglomerados calcários vermelho-amarelados
e de calcários intraclásticos a microconglomeráticos azóicos (45 m).
2) Margas cinzentas e amareladas arenosas com intercalações rítmi-
cas de, por vezes, possantes conglomerados calcários. Raras
finas intercalações de calcário intraclástico gresoso e de micro-
conglomerados. Distinguem-se também raros calcários margo-
sos nodulares (150 m) .
3) Margas e argilas cinzento-amareladas com intercalações de calcá-
rios intraclásticos, ligeiramente gresosos, passando lateralmente
a conglomerados. Raríssimas intercalações de calcários margo-
sos nodulares (105m).
44
J3co- Conglomerados da Comenda (0-600 m)
45
Limites
Limite inferior
Estratigrafia
Unidade Espichei
46
e subsidência sejam diferentes de W para E}, poderemos datar, com
reservas, do Kimeridgiano a base da Unidade Vale da Rasca. Tendo
em conta que sobre a Unidade da Comenda assentam os primeiros
sedimentos do Cretácico, datados por REY (1972} do Berriasiano, data-
mos, com reserva, o topo da unidade do Titoniano.
CRETÁCICO
Berriasiano inferior
Limites
47
QUADRO I
Esquema da disposição de W para E da sucessão lito e cronostratigráfica
das unidades cretácicas cartografáveis na Península de Setúbal
Formações Formações
Idades W da Serra da Arrábida E da Serra da Arrábida
(N do Cabo Espichei) (S de Portela)
Albiano Galé
(C'c.)
Rodísio
(C' ..)
Aptiano
Cresmina AI margem
(C'c,) (C'.,)
Hauteriviano
Guia
(C'aJ
Valanginiano
Vale de Lobos
(C'aL)
Berriasiano
48
O limite superior é constituído pela primeira camada de grés gros-
seiro branco, pertencente à suprajacente Formação de Vale de Lobos.
Variações de fácies
Estratigrafia
49
afl. subcavatus GAUTHIER, Montlivaltiidae, Exogyra cou/oni (o'ORs) ,
A/ectryonia rectangularis (ROEMER) .
Salientamos que o primeiro destes dois conjuntos representa a
Formação Vale de Lobos e o segundo, a Formação Guia.
Limites
Variações de fácies
Estratigrafia
Hauteriviano
50
A série visível a partir da Praia dos Lagosteiras é formada como
segue, de baixo para cima:
Limites
Estratigrafia
51
Hauteriviano inferior a Barremiano inferior
Formação de Ladeiras
Limites
Variações de fácies
52
até ao meridiano de Portela. Mais a este (Quinta da Serra, a W de São
Caetano) , todos os níveis carbonatados desapareceram .
Estratigrafia
Formação de Rochadouro
Limite superior
Estratigrafia
53
Limite superior
Estratigrafia
Formação do Papo-Seco
Limite superior
Estratigrafia
54
Calcários argilosos e arenitos da Formação Boca do Chapim
Limite superior
Estratigrafia
55
É composta por argilas azuladas, violáceas , brancas ou verdes, siltes
argilosos versicolores, siltes lenhitosos, arenitos finos brancos e areni-
tos grosseiros vermelhos em lentículas com estratificações internas
entrecruzadas, e bancadas onduladas de dolomites gresosas amare-
las. Um nível intermédio de calcário amarelo, distribuído em duas
bancadas onduladas muito bioturbadas, contém uma fauna rica em
gasterópodes, de entre os quais Ptygmatis astrachanicus REK . e
Gymnentome crisminensis MENESSIER (espessura total : 19 m).
Limite superior
Estratigrafia
56
Limite superior
Estratigrafia
Esta unidade, que foi datada por J. REY (1992) do Aptiano , sedi-
mentou provavelmente em ambiente confinado .
Aptiano superior
Limite superior
Estratigrafia
Barremiano superior-Aptiano
57
Nogueira de Azeitão não há nada que permita diferenciar os grés do
Barremiano superior dos grés aptianos, na ausência dos calcários
intermédios da Formação Cresmina. Todos os depósitos são assim
reagrupados numa unidade compreensiva, a Formação de Almargem.
Portanto, a Formação de Almargem é um equivalente lateral das três
formações antes apontadas.
A Formação de Almargem é formada essencialmente por 45 m de
argilas rosadas , brancas ou vermelhas, micáceas com calhaus rola-
dos. Apresentam intercalações de lentículas areníticas amareladas,
folhetadas , e de arenitos grosseiros ou conglomeráticos com estratifi-
cação entrecruzada.
Limites
Estratigrafia
Albiano
58
concava (LAMARCK), Neoiraqia convexa DANILOVA, Hensonina lenticula-
ris (HENSON) e Dasicladáceas.
De acordo com REY (1993), esta formação está recoberta em
discordância por formações terciárias. A sua espessura total e a sua
sucessão completa não podem ser descritas .
Estratigrafia
Conclusões
CENOZÓICO n
59
d' établir un parallélisme entre les principaux termes des deux séries,
mais qu' une séparation des horizons, telle qu'elle a été faite à Lisbonne
ne peut être ici qu'artificie/le. Verificou que as divisões I, IVb, Va e Vb
do Miocénico de Lisboa são muito menos espessas na margem
esquerda do Tejo e não ocorrem na Serra da Arrábida. As variações de
fácies e de faunas são menos acentuadas (ZBYSZEWSKI et ai., 1965,
p. 20; ZBYSZEWSKI, 1967, p. 88) . De modo geral, é muito menor o contri-
buto de sedimentos de origem continental , faltando a bem dizer as
assentadas não-marinhas.
Por outro lado, é difícil reconhecer no terreno os cortes descritos ,
mas nunca figurados, por Zbyszewski que, no concernente a interpre-
tações, não segue critério uniforme quanto à separação entre divisões
(umas vezes é I, outras I e 11, outras 11 e III, outras ainda I a III).
Os depósitos miocénicos, os mais importantes dentre o Cenozóico
da área em causa, repartem-se por três áreas com características
próprias e fácies distintas: flancos sul (Portinha da Arrábida) e norte da
Serra da Arrábida, e região litoral ocidental. No Portinha, predominam
depósitos marinhos, grosseiros, de alta e média energia. No flanco
norte, os sedimentos indicam ambientes marinhos muito litorais em
áreas relativamente abrigadas. No litoral ocidental , as fácies predomi-
nantes são litorais, mas indicam ambientes mais abertos e chegam a
corresponder a condições de mar relativamente profundo.
Paleogénico
60
S. Luís. A oeste, a mesma banda está exposta a sul de Alfarim.
Ocorrem pequenos retalhos no Portinha da Arrábida e no Forte de
Albarquel.
Não se conhecem elementos que permitam a datação directa. As
inferências quanto à cronologia assentam unicamente no enquadra-
mento estratigráfico.
Aquitaniano
61
superior a Burdigaliano inferior pela presença de Miogypsina aff.
borneensis TAN e de M. aff. globulina MICHELOTTI ou M. aff. cushmani
VAUGHAN (AZEREDO & CARVALHO, 1986). Referem (ibid.) a presença de
algas coralinas (Lithophyllum sp. e Lithothamnium sp.), Amphistegina
sp., miliolídeos, textularídeos, briozoários, moluscos e equinodermes .
Os calcários estão bem expostos nas proximidades de Venda
Nova. Contêm Venus ribeiroi, coraliários e outros fósseis marinhos.
A unidade só está representada no flanco norte da Serra da
Arrábida entre Venda Nova e Palmeia.
Em conjunto com os Calcários de Senhora das Necessidades,
constituem a crista sul das Serras de S. Francisco e do Louro, que
atinge cotas cerca de 200 m de altitude.
A unidade pode ser relacionada com os níveis com Venus ribeiroi
da divisão I do Miocénico da região de Lisboa; como estes, podem
corresponder em parte a recifes-barreira.
Burdigaliano
62
discordância angular o conjunto (a), enquanto a E assentam por
paraconformidade. Noutros locais, assentam no Jurássico médio
em discordância angular. A espessura aproximada é de 35 m.
Idade 87Srf86Sr- 16,5 Ma.
c) siltitos esbranquiçados e/ou amarelados, pobres de fósseis . A espes-
sura observável é de aproximadamente 8-9 m. Individualizados
na carta. Idade cerca de 16 Ma.
a:
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(/') Colunas litológicas do flanco sul da Serra da Arráb ida
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63
Os Calcarenitos e margas de Foz da Fonte e de Penedo Sul (MFF)
assentam directamente sobre o Cretácico inferior (Aibiano) através de
superfície de erosão; há ligeira discordância angular. Predominam
cores alaranjadas e amareladas.
A unidade pode ser subdividida em parte inferior e superior, graças
à superfície de descontinuidade regional que corresponde ao início da
transgressão burdigaliana e à unidade III da região de Lisboa.
64
O conjunto inferior, com cerca de 12 m de espessura, inicia-se por
um conglomerado com clastos de rochas filonianas e calcários cretáci-
cos, em matriz arenosa média. Abundam restos de moluscos miocéni-
cos. Seguem-se alternâncias de bancadas de biocalcarenitos, corres-
pondentes a ambientes marinhos litorais e níveis argilosos indicando
maior profundidade; segue-se bancada de areia fina e, de novo, biocal-
carenitos, truncados pela disconformidade regional.
65
Seguiu-se erosão intensa, com provável emersão antes de nova
transgressão. Verificou-se instabilidade, evidenciada por descontinui-
dades e por concentrações de Turritellas e de valvas de ostras. Depois,
a sedimentação estabilizou e adquiriu carácter cíclico, traduzido por
alternâncias de biocalcarenitos e margas. O máximo eustático do
Burdigaliano verificou-se, sensivelmente, a meio da unidade; corres-
ponde a depósitos margosos ricos de foraminíferos .
ZBYSZEWSKI et a/. (1965) e ZBYSZEWSKI (1967) descreveram OS
cortes de Foz da Fonte e Penedo, atribuindo a parte inferior ao
Aquitaniano-Burdigaliano inferior, e, a superior, ao Burdigaliano supe-
rior a Helveciano inferior.
O estudo magnetostratigráfico permitiu caracterizar duas zonas de
polaridade normal , correlativas das zonas magnéticas C6 e C5E por
corresponderem às zonas N5 a N7 de foraminíferos planctónicos (SEN
etal. , 1992).
ANTUNES et a/. (1997) indicam idades 87SrJB6Sr de cerca de 20 Ma
para o conglomerado basal da unidade e 17,6 Ma para os níveis altos.
Do ponto de vista de datação, G. a/tiaperturus ocorre ao longo de quase
toda a unidade. A abundância e diversidade específica de Globigerinoides
permitem atribuir a parte inferior às zonas N5 e N6 de Blow. No topo,
Praeorbulina cf. transitaria e Globigerinoides triloba são mais abun-
dantes - o que, conjugado com o desaparecimento de Catapsydrax
unicavus, permite atribuir esses níveis a N7 (Burdigaliano superior) .
Os ostracodos, Hemiciprideis he/vetica e Pokornyel/a /usitanica,
característicos do Aquitaniano, ocorrem pela última vez nas camadas mais
antigas. Os níveis mais altos contêm formas tipicamente burdigalianas.
Relativamente às unidades definidas na região de Lisboa por B.
ConER (1903-4), a unidade corresponde ao intervalo desde o final da divi-
são li até a divisão Va (inclusive) (ANTUNES et a/. , 1995; 1996b; 1998).
Langhiano-Serravaliano
66
quiçados, fossilíferos, com espessura de cerca de 76 m e atitude N 30° E,
25° SE; aumentam de inclinação para E até 50° SE; e)- arenitos gros-
seiros com bancadas conglomeráticas intercaladas, com níveis fossilí-
feros. Estes apresentam localmente estratificação oblíqua, com estru-
turas que permitem inferir correntes orientadas para E na parte inferior
e para W na superior. Têm espessura estimada na ordem de 100 m e
inclinam 25° para N. São cavalgados pelo Jurássico inferior. A idade
87Srf86Sr - 16,0 Ma, igual para os dois conjuntos , sugere que sejam
correlativas (ANTUNES et a/. , 1995).
67
bulloideus, G/obigerinoides immaturus, Globigerinoides subquadratus,
Globigerinoides triloba, Globoquadrina dehiscens, Globorotalia mayeri,
G/pborotalia praescitula e Neog/oboquadrina continuosa . A associa-
ção de foraminíferos planctónicos não se distingue significativamente
da recolhida nas camadas 12 a 14 do corte do Penedo, pelo que as
consideramos ainda do Burdigaliano superior (N7/N8?) .
Os depósitos da camada 6 assentam mediante uma superfície de
erosão na anterior. Trata-se de um conglomerado cujos clastos são
constituídos por moldes de lamelibrânquios muito rolados . Os clastos
apresentam pátina negra, rica de fosfatos. A amostra 25 forneceu
Globigerina bulloides, Globigerinella obesa, G/obigerinoides bulloideus,
Globigerinoides immaturus, Globigerinoides obliquus, Globigerinoides
sacculifer, Globigerinoides triloba , G/oboquadrina dehiscens,
G/oboquadrina globosa, Globoquadrina praedehiscens, Orbulina sutu-
ra/is, Praeorbulina cf. g/omerosa, Praeorbulina transitaria. As três últi-
mas espécies indicam idade langhiana, biozona N9.
A base da camada 7 (amostra 32) contém G/obigerina angustiumbili-
cata, G. praebul/oides, Globigerinella aequilateralis, G. obesa, G. pseudo-
besa, G/obigerinoides bulloideus, G. ob/iquus, G. triloba, G/oborotalia
peripheroronda, G. praescitula, Orbulina sutura/is, O. universa e Praeorbulina
transitaria. No topo, a camada (amostra 33) deu G/obigerinoides
subquadratus e, com alguma frequência, Globorotalia cf. menardii. Os
foraminíferos planctónicos permitem atribuir a base a N1 O e o topo a N11 .
A camada 8, conglomerática e litificada, é desfavorável para estudo
da microfauna. Contém glauconite e fragmentos de crostas fosfatadas.
Datações 87Srf86Sr a partir de pectinídeos indicam 11 ,5 a 13 Ma. Os
restos de vertebrados são frequentes. Dentre os seláceos, predominam
Carcarinídeos (Hemipristis, Galeocerdo e Negaprion- estenotérmicos
de águas quentes). Os lamniformes, em especial lsurus, são comuns.
Estão ainda representados Sirenídeos, cetáceos odontocetas e
uma foca. Foi encontrado um astrágalo de cervídeo, arrastado para o
mar desde terras emersas próximas.
Segue-se arenito médio, muito glauconítico (camada 9). Datação
K/Ar (Dep. Ciências da Terra da Univ. Coimbra I Dr. Regência Macedo)
deu idade de 10,97 ± 0,25 Ma (Serravaliano final) .
Na base da camada 1O ocorrem Globorotalia cf. menardii, G. mayeri,
Neogloboquadrina continuosa, Globorotalia scitula e G/obigerina druryi mas
não foi detectado G. subquadratus. A associação indica a biozona N14.
É possível estabelecer correlações com as unidades litostratigráfi-
cas (divisões) Vb a Vlc de Lisboa, apesar das diferenças de fácies.
68
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Cortede
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Tortoniano
69
MGM - Conglomerados de Guarda-Mor
70
As associações de ostracodos de Ribeira da Lage são caracte ri-
zadas por Aurila sp., Neocytherideis linearis, Ponthocythere sp. e
Urocythereis sp. ; têm afinidades com associações conhecidas no
Serravaliano.
Os dinoflagelados são raros e pouco diversificados. Predominam
Lingulodinium, Polysphaeridium e Spiniferites.
Valvas de Chlamys da parte superior da unidade foram datadas de
11 ,5 a 15 Ma pelo 87Srf86Sr (ANTUNES et a/., 1995; ANTUNES et a/., 1996).
A curva de variação de 18Q indica ambientes marinhos abertos e,
para a parte superior, aumento ligeiro de temperatura da água. A queda
de 13C, relativamente aos depósitos glauconíferos de Penedo, pode
estar relacionada com um acréscimo da influência continental e/ou
com cond ições mais oxidantes (ANTUNES et a/. , 1996).
71
Pliocénico
Plistocénico
72
terraços marinhos da reg1ao do Forte da Baralha que forneceram
alguns moluscos. ZsvszEWSKI et a/. (1965) referem os seguintes terra-
ços :
73
Venus gallina striatula Chamelea gallina striatula
Cardium echinatum Acanthocardia echinata
Cardium edu/e umbonata Cerastoderma glaucum umbonatum
Cardium norvegicum ponderosa Laevicardium crassum
Mytilus edu/is Mytilus edu/is
Glycymeris (Pectunculus) bimaculata Glycymeris (G.) bimaculata
Pecten maximus Pecten maximus
Murex erinaceus Ocenebra erinacea
Purpura haemastoma Thais haemastoma
Patella coerulea subplana Patella coerulea subplana
Patella safiana Patella safiana
Patella vulgata Patella vulgata
Cirrípedes
Pollicipes cornucopiae Pollicipes cornucopiae
Equinídeos
Echinus milliaris Echinus milliaris
Strongi/ocentrotus /ividus Paracentrotus lividus
74
abrigos naturais. Aí ficaram preservados vestígios da ocupação, consti-
tuídos, principalmente, por ossos de animais, mas também por restos de
Neandertaliano, e por indústrias líticas e de osso. Datações 14C e com
base nas séries de Th/U indicam idade muito aproximada de 30 Ma para
a camada 2 dos níveis arqueológicos explorados (ANTUNES, 1990/91).
P8 e- Conglomerado de Belverde
Esta unidade foi definida por AzEVEDO et a/. (1979) . Consta de conglo-
merados, pouco ou nada consolidados, com elementos essencialmente
de quartzo e quartzito, esbranquiçados, e matriz arenosa. Os clastos,
brancos, são dominados pelos quartzitos, segue-se o quartzo e, rara-
mente, sílex, rochas ígneas podres, arenitos, xistos do Ramalhão, etc.
A espessura observável é pequena (2 a 3 m) e afloram principal-
mente na parte da arriba litoral a norte da Lagoa de Albufeira.
Note-se a frequência de seixos eolizados na parte superior.
Esta unidade forneceu indústrias líticas do tipo "pebble culture", de tipo
pré-acheulense (ZBYSZEWSKI & CARDOSO, 1978; AZEVEDO et a/., 1979a;
AzEVEDO & CARDOSO, 1985), caracterizando a presença humana. No
estado actual dos conhecimentos, as indústrias são compatíveis com
idade entre o Pliocénico superior e o Plistocénico médio, inclusive. Os
"Conglomerados de Belverde" não afloram na generalidade da área.
Estão dispostos segundo uma faixa quase contínua desde pouco a sul
da Fonte da Telha até uns 3 km a norte da Lagoa de Albufeira. Na parte
restante da área cartografada, afloram em pequenos retalhos como nas
proximidades do v. g. Pedras Negras e junto da Ribeira de Apostiça.
Pode corresponder ao Calabriano.
75
AzEVEDO (1982) separou deste conjunto os conglomerados com matriz
argilosa de Cabanas e Quinta do Anjo, designando-os por Formação
de Cabanas. Fundamentou essa separação no facto de se apresenta-
rem estratificados, inclinados cerca de 50° em concordância (sic) com
o Miocénico marinho e por, segundo a autora, ocorrerem em sondagem
por baixo do conjunto das areias pliocénicas. Atribuiu-lhes cerca de 50 m
de espessura. Todavia, a cartografia revela nítida discordância entre as
unidades tortonianas e os conglomerados, e as características litológi-
cas são em tudo semelhantes às dos depósitos de Marco Furado,
como aliás reconheceu AzEVEDO (1980, p. 24). Observações cuidadas
sugerem que os conglomerados de Cabanas estão justapostos aos
depósitos miocénicos (daí a sua inclinação), resultando de descargas
torrenciais a partir do Jurássico superior da Serra de S. Luís.
Os conglomerados reconhecidos na sondagem podem ser equiva-
lentes dos níveis inferiores de Alfeite.
Holocénico
76
Qd- Dunas
Q0 - Aluviões
77
IV - ROCHAS ÍGNEAS (')
78
o que levou o professor C. Torre de Assunção (ln ZsvszEWSKI, G. et ai. ,
1965) a designá-lo por "dolerito pigeonítico com olivina".
Os restantes doleritos aproximam-se mineralogicamente dos
teschenitos, isto é, clinopiroxena, abundância de anfíbola com carac-
terísticas kaersutíticas, rede feldspática e preenchimentos intersticiais
analcíticos e calcíticos com óxidos e biotite.
Quanto aos afloramentos lamprofíricos, considerados na carta 38-B de
1965, são agora integrados nos doleritos. Aliás, a sua inclusão no
grupo dos lamprófiros deixa alguma ambiguidade: Espichelito - dolerito
fino anfibólico; tipo afim dos Camptonitos ; Vosegito- ou tipo afim . De
facto, estes litotipos , com mineralogia semelhante aos teschenitos e
aos doleritos , parecem estabelecer uma transição entre ambos.
Como se verifica, com excepção do afloramento dolerítico do Moinho
dos Sete Caminhos, todos os outros, teschenitos e doleritos, apresentam
um "ar de família" expresso não só mineralógica como quimicamente.
Assim , do ponto de vista químico (MARTINS, L. T., 1991 ), estas
rochas consideram-se alcalinas, uma vez que apresentam razões
Y/Nb < 1; Zr/Nb "" 3; La/Nb "" 0,83, mas para valores de La~ 60 ppm e
Nb ~ 50 ppm. Enquanto a rocha do afloramento de Moinho dos Sete
Caminhos apresenta razões Y/Nb = 1,57; Zr/Nb = 7,5 e La/Nb = 1,14,
ou seja, características químicas transicionais com tendências toleíti-
cas (Y /Nb ~ 2; Zr/Nb "" 11; La/Nb "" 2,5).
Merece referência particular o reconhecimento, nesta região de
Sesimbra (entre a praia a E do Forte da Guarda Fiscal e Santana) , da
expressão mais a norte do Complexo Vulcano-Sedimentar interstratifi-
cado nos calcários dolomíticos do Hetangiano-Sinemuriano, até aqui
apenas referenciado na bacia de Santiago do Cacém e na bacia do
Algarve. Na região a que se refere esta carta geológica, apesar deste
complexo vulcano-sedimentar se apresentar fortemente alterado, é
ainda possível identificar o seu carácter vulcânico, constituído por
escoadas lávicas com intercalações de tufos vulcânicos e piroclastos,
tal como se observa nas duas bacias meso-cenozóicas de Santiago do
Cacém e Algarve. Nestas, a qualidade dos afloramentos permitiu a sua
caracterização petrográfica, mineralógica e química, como sendo toleí-
tica (MARTINS, L. T., 1991 ).
Do anteriormente exposto, deduz-se que, na região abrangida pela
carta 38-B, as rochas ígneas integram os ciclos toleítico (160-190 Ma)
e alcalino (65-1 00 Ma), respectivamente 1. e 3.0 ciclos da Actividade
0
79
Datações Rb/Sr (KAWASHITA, K.; MANUPPELLA, G. & SILVA, A. F., 1993)
para filões doleríticos, cortando o Complexo Vulcano-Sedimentar,
conduziram a valores de 71 ,7 ± 8,2 Ma incluindo-os no ciclo alcalino.
Conclui-se, assim, que, na região de Sesimbra, a actividade ígnea
acompanha a uniformidade de comportamento observada na Orla
Meso-Cenozóica Portuguesa como resposta ao processo tectono-mag-
mático conducente à abertura do oceano Atlântico Central e Norte.
V - TECTÓNICA
TECTÓNICA
Introdução
80
Modelo Tect,omco
. da Arrábida
CP
Devido às enormes diferenças na magnitude e estilo das estruturas
de deformação existentes na Cadeia da Arrábida, esta pode ser subdi-
vidida em diferentes sectores (KU LLBERG, 1996):
- Sector Ocidental;
- Sector Oriental;
- Estrutura de Colapso Gravítico de Palmeia.
82
Horst do Forte da Baralha
- diapirismo salino;
-origem magmática, quer directamente provocado pela intrusão de
um pequeno batólito ou !acólito não aflorante quer indirectamente
com magmatismo em profundidade, fornecendo calor para níveis
mais superficiais e, consequentemente, induzindo maior mobili-
dade na unidade evaporítica (KuLLBERG, 1996).
Oiapiro de Sesimbra
83
termina a norte contra uma falha normal com polaridade para norte
- Falha de Cova da Raposa-Santana-Covão. Nos bordos da estrutura
existem acidentes dispostos radialmente a partir do seu núcleo.
Os acidentes NNW-SSE (Falha da Achada) e NE-SW estão injec-
tados de material da unidade evaporítica, cuja identação diapírica,
anterior à rotura nestes acidentes, originou um doma assimétrico forte-
mente arqueado, rodeado pelo respectivo sinclinal anelar. O bordo
ocidental da estrutura é constituído por calcários margosos do
Kimeridgiano a Oxfordiano médio, com inclinações para W e NW
bastante acentuadas. O bordo oriental é constituído pelas unidades
dolomíticas e carbonatadas do Sinemuriano-Oxfordiano, suavemente
inclinadas para NE. O núcleo, que é constituído pelas unidades dobra-
das do Jurássico superior e do Cretácico inferior a médio, corresponde
à parte da cúpula dobrada e fracturada do doma diapírico, colapsada
devido à migração lateral das unidades evaporíticas subdjacentes,
principalmente para o acidente ocidental , originando um maior afunda-
mento do bloco SE (KuLLBERG , 1996).
Tanto as unidades do Sinemuriano inferior a Hetangiano como as
unidades do Jurássico e Cretácico no interior do diapiro estão cortadas
por numerosos filões de rochas básicas, em geral muito alterados.
A Falha da Achada, de direcção NNW-SSE, inclinação 50°-60° NE,
foi reactivada como falha inversa, sendo provavelmente responsável
pela inversão dos sedimentos cretácicos, nalguns locais, como se
pode observar na estrada da Califórnia. A Falha de Sesimbra, de direc-
ção NE-SW e inclinação de 70°-80° NW, entre o Forte do Cavalo e
Covão, coloca em contacto tectónico, por cavalgamento, os Calcários
e grés intercalados do Risco (Kimeridgiano a Oxfordiano médio) sobre
os Calcários, grés e margas de Espichei (Titoniano e Kimeridgiano)
(MANUPPELLA , 1994; MANUPPELLA et a/. , 1996).
A Falha do Vale do Brejo-Frade-Zambujal , acidente periférico ao
diapiro de Sesimbra e de particular importância, tem orientação NW-SE.
Inclina para NE, apresentando uma movimentação aparente de desli-
gamento esquerdo que coincide no interior do diapiro com uma maior
espessura aflorante da unidade esvaporítica. Correspondeu , antes da
inversão miocénica, a um cavalgamento periférico do doma, com
deslocamento compatível com o esforço da identação diapírica. A falha
prolonga-se na sua extremidade meridional pela Falha de Cova da
Raposa-Santana-Covão, de movimentação vertical normal com polari-
dade para norte, que funcionou, antes da inversão miocénica, como
84
uma estrutura de transferência de movimento do doma do diapiro, com
amortecimento progressivo para este (KuLLBERG, 1996).
Anticlinal de Formosinho
85
dup/exes de rampa frontal , gerados perpendicularmente à direcção de
compressão máxima (KULLBERG et a/., 1995b; KULLBERG, 1996).
Anticlinal do Viso
86
dobra assimétrica, de orientação WSW-ENE , cavalgante para sul, com
o flanco sul jurássico a cavalgar o Miocénico deformado em sinclinal.
No núcleo do anticlinal , observam-se horst e grabens de orientação
N-S, resultantes de uma tectónica distensiva durante o Jurássico
médio, posteriormente fossilizados pelas unidades do Jurássico supe-
rior que assentam discordantemente nestes, com uma geometria que
parece materializar a actividade contemporânea de uma falha normal
de orientação ENE-WSW e inclinada para norte , posteriormente reac-
tivada durante a inversão miocénica como falha inversa - cavalga-
mento de S. Luís (KULLBERG , 1996). Na extremidade oriental da Serra
de S. Luís o cavalgamento roda para NE-SW, prolongando-se até as
proximidades de Palmeia. Alguns dos acidentes de orientação N-S
também foram reactivados durante a inversão miocénica.
Introdução
87
após a última reorganização significativa da tectónica regional , que se
terá processado no final do Neogénico. Trata, pois, da actividade tectó-
nica finipliocénica e quaternária (aproximadamente nos últimos 3
milhões de anos) .
Os dados existentes sobre a evolução tectónica no território portu-
guês no Neogénico e Quaternário indicam que, após o período
Miocénico, caracterizado por actividade tectónica intensa em várias
áreas, se seguiu um intervalo de relativa acalmia no Pliocénico, acen-
tuando-se novamente a actividade tectónica no final do Pliocénico,
prolongando-se pelo período quaternário (CABRAL, 1993, 1995).
Esta evolução está testemunhada na região da Península de
Setúbal, nomeadamente na Cadeia Orogénica da Arrábida, onde os
dois impulsos principais de deformação reconhecidos afectam intensa-
mente os depósitos miocénicos aí aflorantes, sendo o segundo
impulso pós-Tortoniano inferior a médio, mas anterior a sedimentos
pliocénicos que assentam em discordância e, escassamente deforma-
dos, sobre os depósitos miocénicos.
Para a identificação e caracterização da actividade neotectónica
regional, utilizaram-se as referências estratigráficas e geomorfológicas
disponíveis, de idade compreendida no período neotectónico conside-
rado, ou seja, inferior a cerca de 3 Ma.
Referências sedimentares
88
"areias feldspáticas de Fonte da Telha e de Coina" na presente
folha da Carta Geológica; atribui-se-lhes uma idade que poderá
estender-se do Miocénico terminal (fini-Messiniano) ao Placenciano,
principalmente pelo seu enquadramento estratigráfico;
- os depósitos predominantemente grosseiros, de cascalheira de
calhaus rolados de quartzito e quartzo, que assentam em descon-
tinuidade erosiva sobre a série arenosa pliocénica anterior; cons-
tituem uma formação sedimentar fluvial designada por Conglomerado
de Belverde (AZEVEDO, 1982), atribuída ao Plistocénico na
legenda da presente folha da Carta Geológica, mas considerada,
por argumentação diversa, de idade vilafranquiano médio (apro-
ximadamente -2,5 a -2 Ma, Pliocénico superior), em Azevedo
(1982) e Cabral (1993, 1995);
-os depósitos grosseiros, de fácies torrencial , que afloram em diver-
sas áreas da Pen ínsula de Setúbal , identificados por Azevedo
(1982) como a "Formação Vermelha de Marco Furado", situados
sempre em posição estratigráfica culminante, sobrepondo-se
erosivamente à série arenosa fluviomarinha pliocénica ou aos
sedimentos grosseiros do Conglomerado de Belverde , são data-
dos do Plistocénico na legenda da presente folha da Carta
Geológica, embora Azevedo (1982) lhes atribua uma idade do
topo do Vilafranquiano médio (aproximadamente 2 Ma, Pliocénico
superior) , mas que Cabral (1993, 1995) admite poder avançar até
ao final do Vilafranquiano (1 ,6 Ma, base do Plistocénico) .
Referências geomorfológicas
89
mente calcária, fortemente deformadas, considerada de abrasão mari-
nha pela sua grande regularidade , proximidade ao mar, e presença de
raros seixos rolados à superfície (RIBEIRO, 1935, 1968; DAVEAU &
AZEVEDO, 1980-81 ; PEREIRA, 1988; CABRAL, 1993, 1995).
Esta aplanação, designada por Plataforma do Cabo, estende-se
desde o Cabo Espichei, onde se situa a uma cota de cerca de 140 m,
até à vizinhança de Sesimbra, a uma altitude de 220m. Imediatamente
a leste ela encontra-se possivelmente deslocada por uma falha de
orientação NNW-SSE, originando o empolamento monoclinal da Serra
de Ares (RIBEIRO, 1935), onde atinge uma cota de 320 m por levanta-
mento do lábio oriental da fractura.
A oriente do relevo do Píncaro que, como refere Daveau (capítulo
"O Relevo", nesta Notícia Explicativa) , poderá resultar de "(uma) defor-
mação excepcionalmente acentuada da Plataforma do Cabo ou (constituir
um) relevo residual acima dela", a mesma superfície de erosão está
preservada no sopé ocidental da Serra da Arrábida, a uma altitude de
cerca de 200-225 m, prolongando-se para leste, onde se encontra repre-
sentada a uma cota semelhante nalguns interflúvios aplanados no sopé da
Serra de S. Luís, no topo arrasado da Serra dos Gaiteiros e nos topos
nivelados dos relevos desenvolvidos em sedimentos terciários com estru-
tura monoclinal (de tipo costeira) das Serras do Louro e S. Francisco.
A plataforma de erosão a 200-225 m de altitude é posterior ao
segundo impulso tectónico da Cadeia da Arrábida (pós-Tortoniano infe-
rior a médio) , uma vez que bisela relevos tectónicos correlativas dessa
fase de deformação. Por outro lado, desenvolveu-se após a génese da
superfície de erosão que se observa ao longo da arriba ocidental da
Península de Setúbal , na base dos sedimentos arenosos estuarinos
atribuídos ao Pliocénico, truncando as formações marinhas miocéni-
cas (CABRAL, DIAS & BRUM, 1984).
Assim, a superfície de erosão do Cabo Espichei (e o seu prolonga-
mento oriental) elaborou-se posteriormente a pelo menos parte do
enchimento fluviomarinho pliocénico do "Sincl inal de Albufeira"
(segundo a nomenclatura de Azevedo, 1982), sendo provavelmente
correlativa da superfície de colmatação do enchimento aluvial pliocé-
nico e datando do Pliocénico superior (CABRAL, 1993, 1995).
90
morfologia apresenta algum escalonamento de formas , que culminam
na Plataforma do Cabo, destacando-se, contudo, uma superfície com
aparência de um glacis suavemente inclinado, descendo de cotas de
100-120 m, a sul , até altitudes de cerca de 60-70 m (excepcionalmente
até 45 m) a norte. Frisam que esta superfície se desenvolveu sobretudo
em rochas brandas (de idades compreendidas entre o Apciano-Aibiano
e o Pliocénico), e consideram-na correlativa da deposição do Conglomerado
de Belverde.
Aquela morfologia suave prolonga-se, a cotas semelhantes, para leste
da área de cabeceira da Ribeira da Apostiça e do canal , escassamente
encaixado, da Vala Real (Riba de Coina), terminando abruptamente a
sul , a uma altitude de cerca de 100 m, no sopé setentrional dos relevos
em costeira das Serras do Louro e S. Francisco, definindo claramente
um importante embutimento por erosão diferencial. A norte deste impo-
nente rebordo erosivo, apenas a elevação de Ruivos (1 09 m) sobressai
na paisagem , correspondendo a um relevo residual de posição, desen-
volvido em sedimentos da Formação Vermelha de Marco Furado.
Na zona setentrional da Península de Setúbal identifica-se também
uma superfície de erosão horizontal de extrema regularidade , bem
preservada a uma cota de cerca de 11 O m no topo aplanado das coli-
nas, localizadas entre Almada e Trataria. Esta aplanação estende-se
para norte do Rio Tejo, onde se encontra testemunhada na região de
Lisboa a E e NE da elevação de Monsanto, observando-se também
evidências suas, à mesma cota, a sul da via rápida para a Costa de
Caparica, no interflúvio que liga Capuchos e Alto do Lazarim (Sobreda)
(CABRAL, 1993, 1995). ParaS e SE deste interflúvio, os terrenos situam-se
sempre a altitudes inferiores a 100 m, só voltando a atingir esta cota
junto ao bordo setentrional dos relevos da Cadeia da Arrábida .
É provável que a aplanação das colinas de Almada se correlacione
parcialmente (atendendo a retoques erosivos posteriores) com a "apla-
nação principal" (nível III) de DAVEAU & AzEVEDO (1980-1981) , referida
acima, correspondendo a uma extensa superfície de erosão elaborada
em estuário, por acção fluviomarinha , que se desenvolveu no interior
da Península de Setúbal por truncatura de uma espessura desconhe-
cida, mas eventualmente importante , de sedimentos pliocénicos
(CABRAL, 1993, 1995). Segundo este modelo, a associação daquela
superfície à fase de sedimentação do Conglomerado de Belverde,
proposta por DAVEAU & AzEVEDO (1980-81 ), implica um embutimento
erosivo importante desta formação sedimentar, no conjunto arenoso
pliocénico.
91
Seguiram-se episódios de retoque erosivo associados a descidas
relativas do nível de base geral , com encaixe da rede hidrográfica e
embutimento de níveis de praia na faixa litoral ocidental , conduzindo a
uma degradação lenta da "superfície principal" de aplanação.
Esta importante superfície de erosão, que se identifica a 100-120 m
de cota na região setentrional da Península de Setúbal e, embora de
forma menos evidente , na área de sopé do Cabo Espichei e das Serras
do Louro e S. Francisco é difícil de datar, tendo-se desenvolvido possi-
velmente no final do Pliocénico ou no Quaternário inferior (CABRAL,
1993, 1995).
92
suprajacentes atribuídos ao Pliocénico, e que corresponde a uma
discordância nos flancos meridional e (menos nítida) setentrional do
"Sinclinal de Albufeira" , representa uma lacuna importante, com erosão
subaérea associada a um período regressivo , possivelmente de
origem tectónica (relacionado com o segundo impulso de deformação na
cadeia orogénica da Arrábida), e/ou essencialmente de origem eustática
(desencadeada pela maior inflexão negativa de toda a curva eustática
cenozóica, no Tortoniano inferior) . Para NE, em áreas de depocentro
(Montijo, Barreiro) , poderá ter ocorrido continuidade na sedimentação
neogénica, como o indica a grande espessura de sedimentos aí
preservados, testemunhada por dados de sondagens e geofísicos
{AZEVEDO, 1982,1991; AZEVEDO, MARTINS & UBALDO, 1994; RIBEIRO et a/.,
1996).
Apesar da ocorrência provável de níveis eustáticos elevados, no
Pliocénico inferior e parte do Pliocénico superior, que podem ter atin-
gido cerca de + 80 m no Zancleano (HAa, HARDENBOL & VAIL, 1987), a
instalação e manutenção de condições de sedimentação estuarina na
área da Península de Setúbal , durante a deposição de toda a série
arenosa pliocénica, incluindo os níveis inferiores, implica uma reacti-
vação da subsidência na área vestibular da Bacia do Tejo durante o
Pliocénico, a qual foi mais intensa na região oriental da Península de
Setúbal (área de Barreiro-Montijo), justificando a espessura de areias de
cerca de 300 m aí identificada (AZEVEDO, 1982, 1991 ). Esta subsidência
traduz-se por uma amplificação do "Sinclinal de Albufeira" durante o
Pliocénico, apenas perceptível numa análise à escala regional.
A evolução quaternária da região da Península de Setúbal , enqua-
drada no contexto evolutivo da Bacia cenozóica do Tejo-Sado, carac-
terizou-se por uma passagem de sedimentogénese, no Pliocénico, a
gliptogénese, no Quaternário, por erosão fluvial associada ao encaixe
da rede de drenagem , em resposta a uma modificação na evolução
tectónica regional , com inversão da subsidência para levantamento em
quase toda a região.
A gliptogénese quaternária, resultante da resposta da rede hidro-
gráfica a uma descida relativa do nível do mar associada a um levan-
tamento regional do continente, a que se sobrepuseram os efeitos de
oscilações glacioeustáticas, está testemunhada pela sucessão de
superfícies planálticas escalonadas na topografia.
A disposição da "Aplanação Principal" na Península de Setúbal ,
situada a 100-120 m de cota na região setentrional (Superfície das
93
Colinas de Almada) e (embora de forma menos evidente) a uma cota
semelhante na área imediatamente a norte do Cabo Espichei e das
Serras do Louro e S. Francisco, sugere a ocorrência de um levanta-
mento em bloco de toda a península, posteriormente à sua génese .
Contudo, embora regionalmente a tendência tenha sido de levanta-
mento no Quaternário, este não se processou com a mesma intensidade
em todas as áreas. Com efeito , na área central da Península de
Setúbal identifica-se um declive bastante regular dos interflúvios no
sentido do "Mar da Palha", que é acompanhado por uma descida da
superfície da base da Formação de Marco Furado no mesmo sentido
(AZEVEDO, 1982).
Embora, devido à erosão subárea, não seja evidente que os inter-
flúvios conservem no seu topo testemunhos da mesma aplanação,
aquela disposição morfológica e estratigráfica sugere um levanta-
mento tectónico progressivamente mais reduzido em direcção ao "Mar
da Palha", ou seja, uma subsidência relativa (e também absoluta?)
desta área. Como salienta Azevedo (op. cit.) , o balançamento dos
interflúvios para um centro comum a NE do Barreiro é também suge-
rido pela convergência da rede hidrográfica para esta zona, disposta
radialmente de modo centrípeto.
94
Explicativa) a deformações longitudinais do nível de praia inferior,
conhecido por "nível do Forte da Baralha", por acção de falhas trans-
versais ao litoral. Atendendo a que estas deformações não são reco-
nhecíveis na superfície culminante do Cabo Espichei (para uma definição
de desnivelamento da ordem de uma dezena de metros) , conclui-se
que se trata de deslocamentos iniciados recentemente.
A semelhança de cotas a que se situam escalonadas as superfícies
de erosão nos flancos setentrional (área de Lisboa) e meridional (área
do Cabo Espichei-Arrábida) do Sinclinal de Albufeira sugere, como se
referiu , uma tendência de levantamento em bloco de toda a Península
de Setúbal (com exclusão da área subsidente de Barreiro-Montijo) ,
que, por sua vez, aponta para uma actividade reduzida , ou mesmo
para inactividade da zona de falha de cavalgante meridional da Cadeia
Orogénica Arrábida.
95
e as areias pliocénicas suprajacentes, a qual tende a ser regular e
subparalela à estrutura miocénica, a norte da Lagoa de Albufeira,
adquirindo uma morfologia muito acidentada, com abarrancamento
profundo das formações miocénicas, para sul da Lagoa.
Dados de microtectónica
96
Microfa/has na arriba da Fonte da Telha
2.4%
97
deformados e calhaus rolados por arraste tectónico indicam um movi-
mento predominante de dip-slip.
Os acidentes apresentam geralmente uma geometria complexa, rami-
ficada e anastomosada, tendendo frequentemente a diminuir de inclina-
ção para o topo da arriba, encontrando-se talhas com separação verti-
cal normal associadas a talhas inversas, numa disposição conjugada.
As microtalhas estudadas apresentam uma grande dispersão de
orientações, notando-se, no entanto, o seu agrupamento em duas
populações: um conjunto de talhas de direcção predominante WNW-ESE,
muito inclinadas para NE, e outro conjunto de fracturas de orientação
próxima de N-S, com maior dispersão de inclinações mas, de um modo
geral , um pouco menos inclinadas para E. Esta distribuição abrange
tanto as talhas com separação inversa como as de separação normal,
e não é aleatória no espaço, encontrando-se as estruturas orientadas
WNW-ESE no sector setentrional do corte estudado e os acidentes
submeridianos a sul.
As microtalhas identificadas na arriba junto à Fonte da Telha locali-
zam-se próximo da intersecção do Lineamento do Vale Interior do Tejo,
reconhecido por CONDE & ANDRADE (1976} e CONDE (1983), com a linha
de costa. Contudo, a sua relação não é evidente , atendendo à discor-
dância entre as suas direcções.
A associação de talhas com separações verticais normais e inversas,
aparentemente numa disposição conjugada, sugere um mecanismo de
geração de talhas antitéticas em upthrusting. Assim , a zona de Fonte da
Telha situa-se possivelmente numa área de influência de dois acidentes
tectónicos em profundidade: um acidente submeridiano a sul de Fonte
da Telha, muito inclinado para leste, com subida relativa do bloco oriental
(upthrusQ, e outra estrutura do mesmo tipo passando junto à povoação,
orientada NW-SE a WNW-ESE e muito inclinada para NE, que sofreu
subida relativa do compartimento setentrional (CABRAL, 1993, 1995).
98
(Fig. 11 ). Nos casos em que foi possível identificar separações verticais
(16) , estas mostraram-se sempre de tipo normal, com valores oscilando
entre 2 cm e 60 cm e abatimento relativo predominante para NE (Fig. 12).
Como se referiu acima, estas microfalhas estão possivelmente
associadas a um acidente tectónico de orientação NNW-SSE, localizado
10.8%
+ 13.5%
16.2%
Fig. 11 - Diagrama de densidade de distribuição dos pólos das microfalhas, medidas nos
três afloramentos.
~2 . 5%
+ 18.8%
Fig. 12 - Diagrama de densidade de distribuição dos pólos das microfalhas, com compo-
nente de movimentação normal, medidas nos três afloramentos.
99
ao longo da Ribeira de Coina, correspondendo a falhas secundárias
dispostas, na sua maioria, antiteticamente em relação à falha principal,
que se deslocou como componente de movimentação normal, produ-
zindo abatimento relativo do bloco ocidental.
100
N
VI - RECURSOS GEOLÓGICOS
GESSO
101
exploração de gesso a S de Palmeia. Actualmente todas as explora-
ções encontram-se desactivadas ou abandonadas.
CALCÁRIO
DOLOMITO
PEDRAS ORNAMENTAIS
102
Terras do Risco e o Corte do Fojo . É facilmente observável numa
antiga pedreira localizada a S da estrada para o Portinha da Arrábida.
CONGLOMERADOS QUARTZOSOS
ARGILA
DIATOMITO
103
explorações de Abogaria , Alfarim , Coelheira e Ferrarias. São ainda
conhecidas ocorrências de diatomito nos vales das Ribeiras de
Apostiça e de Ferrarias.
TURFA E LINHITO
AREIAS
104
VIl - HIDROGEOLOGIA
105
O clima da reg ião, bastante dependente da proximidade ao mar e
da orografia, apresenta características semiáridas, sendo classificado
de acordo com o índice hídrico de sub-húmido - seco (ALMEIDA,
1977) . A precipitação é mais incidente nas terras altas, não ultrapas-
sando, em média, os 600 mm/ano. O período húmido, com 1 mm/dia
de chuva, ocorre num terço do ano (97 dias), e, em apenas 24 dias ,
a precipitação excede os 1O mm/dia. A evapotranspiração real
ronda os 400 mm , enquanto o escoamento superficial se limita a um
curto período de tempo, durante a época das chuvas e quando a capa-
cidade de infiltração (90 % dos excedentes) é inferior ao valor dos
excedentes hídricos.
106
ralizadas (inferior a 150 mg/1) e pouco duras. A transmissividade
média é da ordem de 132 m2fdia (mín. =1,6; máx. =1097) e o caudal
específico médio de 1,71/s/m (mín. = 0,03; máx. = 12,4).
FUNCIONAMENTO HIDRÁULICO
107
Os parâmetros mais decisivos para a classificação das águas natu-
rais, destinadas ao consumo doméstico, são os aniões cloreto, sulfato
e nitrato, os quais, de acordo com as directivas da UE, agrupam as
águas em: "não potável, potável e sanitariamente tolerável".
O conceito de potabilidade da água para consumo humano resulta da
possibilidade da sua utilização, sem perigo para a saúde. Pressupõe
ter em conta certas características físicas , químicas, microbiológicas e
radioactivas, definindo critérios de qualidade.
O fluoreto e o nitrato, com 1,5 mg/1 e 45 mg/1 de limite máximo,
respectivamente, são exemplo de substâncias químicas que em quan-
tidades determinadas podem afectar a saúde. No campo da qualidade
bacteriológica, interessa determinar a existência de microrganismos
patogénicos ou que, pela sua presença, sejam indicadores de outros
igualmente perigosos.
A projecção da composição físico-química das águas captadas no
Pliocénico e no Miocénico sobre diagrama logarítmico ScHOELLER/
/BERKALOFF, que reúne as condições de composição química da água
de acordo com a potabilidade definida pela norma da UE, mostra em
termos gerais que, salvo fenómenos modificadores da sua qualidade
relacionados com contaminações, todas se agrupam no campo das
potáveis.
A aptidão destas águas subterrâneas para irrigação pode avaliar-se
através da classificação da U. S. Salinity Laboratory Staff, baseada na
concentração total de sais solúveis e na concentração relativa de sódio
em relação ao cálcio e magnésio (índice SAR- Sodium Adsorption
Ratio). As águas agrupam-se por classes, de acordo com as conduti-
vidades (C) e o perigo de alcalinização do solo (S) que aumenta com
a concentração total de sais, quando o valor de SAR permanece cons-
tante. No entanto, a qualidade da água não é um critério absoluto na
rejeição da utilização agrícola, a qual depende consideravelmente do
tipo de solo, do sistema de rega e da cultura em causa. Assim, a apli-
cação desta metodologia permitiu concluir que:
108
tolerantes aos sais, a mu ito tolerantes. As águas das classes
C 2 são de salin idade média e condutividade entre 250 Jlillcm e
750 J..l.Q/cm (a 25° C) (160 mg/1 a 480 mg/1 de mineralização).
Quando a mineralização aumenta, de forma que a condutividade
exceda os 750 Jlillcm (a 25° C) (classes C 3 ), as águas, embora
possam ser utilizadas em plantas tolerantes aos sais, só devem
sê-lo em solos com drenagem adequada e controlo de salini-
dade .
109
rechãs , a altitudes decrescentes, entalhadas pelo mar no decurso do
Plistocénico. A natureza qu ímica de tais rochas propiciou, por outro
lado, a conservação de conchas ou ossos de vertebrados, situação
igualmente ímpar no que ao território português diz respeito. Foi
também C. RIBEIRO (1867) quem, pela primeira vez, chamou a atenção
para tais ocorrências de conchas fossilizadas , no âmbito do estudo das
linhas de costa antigas, de que foi pioneiro em Portugal. A importância
destas descobertas motivou o interesse de P. Choffat, que promoveu
colheitas em cada um dos níveis marinhos fossilíferos anteriormente
assinalados. Os locais onde se obteve amostragem foram os seguin-
tes (CHOFFAT & DOLLFUS, 1904/1907):
11 o
QUADRO I
Distribuição dos moluscos plistocénicos observados na zona do Forte da Baralha
pelos níveis marinhos ali identificados (DOLLFUS & CHOFFAT, 1904/07)
ALTITUDES
06 m 15m 60 m
1. Solen marginatus PENNAN. ........ ...............
"" +
2. Mactra subtruncata var. triangula RENIER +
3. Mactra solida L. ..... ············. + +
4. Donax vittatus var. atlantica HIDALGO +
5. Tapes pu/lastra MONTAGU +
6. Venus gallina var. striatula DA COSTA +
7. Cardium echinatum L. .................... + +? +
8. Cardium edu/e var. umbonata WOOD .......... ....... + +
9. Cardium noNegicum var. ponderosa B. O. D. + +
10. Pectunculus bimaculatus POLI +?
11 . Pecten maximus L. ...... ················ + +
12. Mytilus galloprovincialis LAMARCK +
13. Mytilus edu/is L. , var. div. + + +
14. Patella vulgata L. ... ......................... + +
15. Patella safiensis LK. .... . ............. +
16. Patella coerulea var. subp/ana POTIER et MICHAUD + +
17. Echinus miliaris KL. ... .... ' ... .. .... +
18. Strongylocentrotus lívidos LK. ............•. •...... + +
19. Pollicipes cornucopia GML. ................. +
111
O principal elemento desta nova contribuição é o de referir, pela
primeira vez, a existência de uma plataforma a 20-25 m de altitude,
atribuída ao Tirreniano, com materiais paleolíticos.
O conjunto sedimentar mais moderno estaria representado por brecha
calcária avermelhada, contendo lascas de quartzo e de quartzito, do
Paleolítico médio, assente no nível conglomerático de 5-8 m (ZBYSZEWSKI ,
1943, p. 61 ; 1957, p. 177). Este depósito tem extenso desenvolvimento
lateral , aparecendo recorrentemente em diversas rechãs e grutas que
pontuam o litoral, relacionadas com aquele nível marinho: a sua extraor-
dinária constância ao longo da costa ocidental portuguesa foi salientada
por ZBYSZEWSKI & TEIXEIRA (1949, p. 3). Com efeito, aquele nível foi
identificado na lapa de Santa Margarida (BREUIL & ZsvszEWSKI, 1945),
bem como na vizinha gruta da Figueira Brava (Antunes & Cardoso, in
ANTUNES, 1990/1991 ; CARDOSO, 1993; CARDOSO & RAPOSO, 1995).
Nesta última cavidade, a sucessão observada foi a seguinte , de
cima para baixo:
112
No conjunto, a sucessão descrita não ultrapassa 1 m de potência.
Uma datação pelo radiocarbono , feita sobre conchas da C 2, deu o
seguinte resultado (ANTUNES et ai. , 1989}:
- Cervus elaphus .. .. .. 34 %;
- Capra pyrenaica .... .. 22 %;
- Bos primigenius ...... 22 %.
113
terísticas homogéneas, integrando-se claramente nos conjuntos do
Paleolítico médio portugueses (CARDoso & RAPOSO , 1995). Encon-
tra-se presente o talhe leva/lois e, nos utensílios, predominam os
raspadores - especialmente os simples convexos - seguidos dos
denticulados e dos entalhes. Foi comprovada a existência de utensí-
lios alóctones de rochas siliciosas finas , facto reforçado pela despro-
porção de relação núcleos/utensílios, observada entre o quartzo e
aquelas matérias-primas.
Outra cavidade do litoral meridional da Arrábida é a lapa de Santa
Margarida, debruçada sobre o mar, a qual conserva também vestígios
de enchimento plistocénico, cuja estratigrafia é a seguinte (BREUIL &
ZsvszEWSKI , 1945), de cima para baixo:
- C 4 - areias móveis;
- C 3 - brecha ossífera acinzentada, com indústrias de quartzo inca-
racterísticas;
-C 2- brecha ossífera de matriz greso-calcária avermelhada, com
indústrias de quartzo mustieróides;
-C 1 -conglomerado "grimaldiano", com elementos calcários, atingido
pela maré-cheia, com artefactos paleolíticos, entre os quais um
grande biface acheulense rolado.
114
limitada por escarpa vertical de cerca de 130 m. Esta superfície,
basculada para norte e localmente retocada pelo rejogo tectónico,
dataria, segundo ZBYSZEWSKI (1940) , do Pliocénico superior. O IV e
último nível da sucessão de rechãs, definidas pelas autoras, encontra-
-se representado , na encosta meridional da Arrábida, pela plataforma
dos Navegantes e outras idênticas, entre 40 e 50 m de altitude: '1er-se-iam
desenvolvido posteriormente à fase de deformação tectónica respon-
sável pelo balançamento da plataforma do Cabo e das rechãs altas".
Abaixo do nível referido , mencionam ainda outras pequenas rechãs,
como a do Forte do Cavalo, a oeste de Sesimbra, as quais , por maio-
ria de razão , se apresentam isentas de acções tectónicas. Com efeito ,
a continuidade dos dois níveis principais observados , a 12-15 m e a
5-8 m , sugere estabilidade, no decurso dos últimos 100 000 anos deste
sector da Arrábida, bem como , de um modo mais geral , do litoral
ocidental , onde o último se pode observar com evidente constância
(TEIXEIRA & ZBYSZEWSKI, 1949).
Tais retalhos de antigas linhas de costa constituíam, para além dos
pequenos abrigos e grutas a que se encontravam associados, locais
privilegiados de estacionamento de bandos de caçadores-recolectores
paleolíticos. Não espanta, pois, que, desde as pioneiras recolhas de
Carlos Ribeiro, sejam estes os locais que tenham fornecido a maioria dos
artefactos recolhidos. O reconhecimento das características muito parti-
culares destes levou BREUIL, VAULTIER & ZBYSZEWSKI (1942) , impressio-
nados pelo seu evidente arcaísmo em época já evoluída do talhe da
pedra, a proporem uma designação nova para as indústrias em
apreço: "Lusitaniano" e "Microlusitaniano" passariam , pois, a designar
as indústrias paleolíticas de seixos afeiçoados, desprovidas de bifaces
que, de Leixões à costa algarvia, se dispersam abundantemente pelas
sucessivas praias levantadas, escalonadas ao longo do litoral: "Ce ne
sont, pour la plupart, que des simples galets oblongs segmentés à une
extrémité par deux ou trois coups ; rarement ii y en a davantage".
De exclusiva recolha superficial , tanto em retalhos de depósitos da
frente ocidental da Península de Setúbal (Casal do Mocinho) como do
litoral meridional - rechã de 50-70 m de Boca dos Robaleiros , vd.
SERRÃO et a/., 1974 e de 20-25 m do Forte da Baralha - não se entre-
vêem evidentes variações tipológicas , dificultadas pela escassez das
colheitas; é a simplicidade que domina, imposta pelas limitações da
matéria-prima, correspondente a pequenos seixos quartzíticos.
Assim , o único elo que uniria grupos humanos responsáveis pela
confecção de tão frustes utensílios , de há mais de 1,5 milhões de anos
115
-na área interessada pela folha, representada pelas jazidas de Peru ,
Arcos e Basteza da Mó (AZEVEDO et a/. , 1979) - até épocas relativa-
mente recentes , situáveis no Paleolítico médio, ou mesmo ulteriores,
foi, tão-somente , o de terem recorrido às mesmas técnicas elementa-
res para o fabrico de tais artefactos, forçosamente frustes (CARDoso,
1994).
Com efeito, as jazidas pré-acheulenses da Península de Setúbal
são as únicas, além dos depósitos calabrianos a norte da Serra de
Sintra, a disporem de elementos geológicos de interesse para a
respectiva datação. Conquanto o número de artefactos seja muito infe-
rior ao recolhido no litoral a norte de Sintra, impossibilitando uma
caracterização precisa da utensilagem, encontram-se presentes
exemplares de talhe característico (CARDoso, 1996, Fig. 2, n.o• 9 e 1O;
Fig. 13), executados em pequenos seixos achatados de quartzito.
Pelas características sedimentológicas, admite-se que os respectivos
leitos conglomeráticos, que constituem a Formação de Belverde
(AzEVEDO, 1982), representada na parte norte da folha, se tenham
formado na confluência oceânica de vasto dispositivo fluviodeltaico,
originando vastas praias, onde os bandos de hominídeos circulariam
livremente, entregues sobretudo à recolecção.
Atendendo ao movimento de subsidência que caracteriza a Península
de Setúbal, tais depósitos sofreram, ulteriormente à sua formação,
assentamentos significativos, o que explica as altitudes máximas a que
actualmente se encontram , entre 11 O e 120 m, muito inferiores às veri-
ficadas na Seixosa, a norte de Sintra (cerca de 150 m).
A relevância destas descobertas veio ainda a ser reconhecida por
SERRÃO (1994) , arqueólogo que, já nos inícios da década de 1970,
tinha chamado a atenção para a importância da prospecção arqueoló-
gica dos depósitos de praias do Quaternário antigo (SERRÃO & JORGE,
1970/1971 ).
Assente na Formação conglomerática de Belverde, desenvolve-se
espessa série de arenitos vermelhos com passagens conglomeráticas,
essencialmente constituídas por seixos de quartzo deficientemente
rolados: trata-se da Formação vermelha de Marco Furado, cuja idade
não poderá ser ulterior ao Vilafranquiano médio, a qual se encontra
igualmente representada na área em apreço. Também ela forneceu
diversos artefactos talhados, recolhidos "in situ", dos quais o mais
representativo é uma grande lasca de quartzo, achada perto do cemi-
tério da Baixa da Banheira, já fora dos limites da folha (CARDOso, 1996,
Fig . 18).
116
Na procura de explicações para a evidente sobrevivência tipológica
destas indústrias sobre seixos no decurso dos tempos geológicos,
devemos ter presente a hipótese de ocupação sazonal do litoral por
bandos de recolectores , que ciclicamente o procuravam , ter determi-
nado, de alguma forma , a estagnação evolutiva. De facto , se não se
pretendia mais do que a simples e fácil recolecção de moluscos ao
longo do litoral, numa dada época do ano, seriam dispensáveis arte-
factos mais poderosos e elaborados como os utilizados, pelos mesmos
grupos, na caça. A aparente "paralisia da engenhosidade", invocada
por 8REUIL, VAULTIER & ZBYSZEWSKI (1942), pode dever-se justamente a
uma inteligente adaptação à pouco exigente vida no litoral , bastando a
recorrência a artefactos de ocasião . Não se pretenda, pois, atribuir à
aparente homogeneidade tipológica destas indústrias de seixos
simplesmente talhados , da região em apreço, uma homogeneidade e
significado cronológico-cultural que, efectivamente, não possuem.
Com efeito, com base nos mesmos suportes líticos foi possível o talhe
de instrumentos sobre lasca, tipologicamente muito diferentes, como
os recolhidos em grande abundância na gruta da Figueira Brava, antes
referidos , os quais se podem relacionar com actividades mais espe-
cializadas , como a da caça.
117
espessos e fortemente convexos, frequentemente com intensos
sinais de utilização. Na terminologia de Breuil e Zbyszewski, trata-se
fundamentalmente de seixos raspadores, de raspadores em "D", e
de raspadeiras nucleiformes, a que se associam os discos talha-
dos em toda a periferia e as lascas, retocadas ou não, cuja real
importância no conjunto destas indústrias ainda não foi cabal-
mente esclarecida: na área em apreço, recolhas não selectivas e
cuidadosas permitem associar às peças nucleares um conjunto
de utensílios sobre lasca, de sílex branco ou cinza e muito homo-
géneo, de origem não-local, incluindo, entre outros artefactos,
furadores , entalhes, denticulados, núcleos de tendência prismá-
tica de lascas e lamelas, buris de ângulo, raspadores unguiformes
e lamelas de bordo abatido, os quais definem um conjunto de
aspecto azilóide (SILVA & SOARES, 1986).
O NEOLÍTICO
118
em determinados sítios aponta para a existência de fundos de cabana,
em encosta suave e desprovida de condições naturais de defesa,
como é habitual em ocupações desta época. Outra zona que atesta
este tipo de ocupação é a vasta plataforma de Pinheirinhos (SILVA &
SOARES, 1986, Fig . 26), bem como O sítio de Amieira (CARDOSO, 1992 a).
Do ponto de vista geomorfológico, a colina suave e de substrato
arenoso onde se implanta a estação quadra-se bem nos contextos da
mesma época da região e do litoral baixo-alentejano. A larga predomi-
nância dos resíduos de talhe sobre os artefactos e, nestes, a expres-
são dominante dos núcleos (sempre de lascas) sugerem uma jazida
com características oticinais, atendendo às recolhas não selectivas do
material , onde os fragmentos cerâmicos são vestigiais. A quase totali-
dade do material é de sílex, não existente no local. O interesse principal
desta ocorrência é o de demonstrar na região e no Neolítico antigo a
existência de estações funcionalmente diferenciadas: ao povoado da
Fonte de Sesimbra e à possível necrópole do estrato interior da gruta
natural , conhecida por Lapa do Fumo, soma-se esta oficina de talhe, a
qual sugere uma já complexa organização da ocupação e exploração
do território. Com efeito, a necrópole da Lapa do Fumo, sobranceira à
escarpa meridional da Arrábida, a oeste de Santana, forneceu restos
de dois vasos em forma de saco e com decoração de folículos impres-
sos a punção, que remontarão ainda a esta fase cultural (SERRÃO,
1975). Porém, não se ignora que tais motivos decorativos, recorrendo
à mesma técnica, perduraram na região até o Neolítico final : disso são
prova os restos exumados no povoado de altura do Alto de S. Francisco,
entre Vila Fresca de Azeitão e Cabanas, investigado por C. Tavares da
Silva e J . Soares (SILVA & SoARES, 1986). A procura de sítios altos e
com condições de defesa, como a colina em referência, testemunha a
crescente necessidade de protecção, sentida pelos ocupantes da região ,
decorrente de uma economia agro-pastoril pela primeira vez com
possibilidades de ser excedentária, proporcionando a acumulação de
bens que careciam de defesa, os quais, por outro lado, propiciavam o
desenvolvimento de actividades de carácter especializado, plenamente
afirmadas no Calcolítico.
É ainda ao Neolítico final que devem reportar-se as grutas arti-
fi ciais (h ipogeus) da Quinta do Anjo, utilizadas po r sucessivas
populações que ocuparam a região durante quase mil anos. Possuem
um corredor, precedido de vestíbulo, desembocando numa grande
câmara circular, munida de "clarabóia". As quatro grutas identifica-
das no século passado foram objecto de importante monografia,
119
na qual se publica todos os espólios exumados (LEISNER, ZsvszEWSKI
& FERREIRA, 1961 ).
Na área interessada pela folha , importa ainda citar duas importan-
tes necrópoles, e que forneceram numeroso espólio arqueológico e
osteológico. Trata-se da já referida Lapa do Fumo e da Lapa do Bugio,
igualmente uma gruta natural aberta no topo da encosta meridional da
serra, junto à povoação de Azóia de Baixo, a qual foi objecto de estudo
de conjunto (CARDoso, 1992 b).
O CALCOLÍTICO
120
aplicadas a vasos globulares, considerados de armazenamento .
A abundância destas formas sugere que a acumulação de excedentes
de produção agro-pastoril se terá acentuado nesta fase, a qual corres-
ponde ao florescimento de actividades produtivas relacionadas com a
plena afirmação da chamada "Revolução dos Produtos Secundários".
É também nesta fase que se terá afirmado a metalurgia do cobre, bem
documentada na Rotura. A recolecção de moluscos seria, contudo,
ainda importante na dieta alimentar das populações ribeirinhas deste
período: disso é prova a grande abundância destes restos na Rotura,
povoado que então dominaria vasta enseada estuarina, formada por
um braço do rio Sado, hoje completamente desaparecida.
É neste contexto que ocorrem as primeiras cerâmicas campanifor-
mes, as quais, depois de período de coexistência com os tipos ante-
riores, característicos do Calcolítico pleno, se afirmam plenamente nos
níveis superiores do povoado da Rotura (SILVA, 1971 ), onde predomi-
nam , segundo o referido autor, os vasos campaniformes do Gupo
Internacional; a forma mais característica deste Grupo é a do vaso em
forma de campânula invertida, decorado a ponteado por bandas para-
lelas preenchidas interiormente. A explicação avançada é a de terem
sido os povoados, que conheceram o auge no período imediatamente
anterior, os locais primeiramente ocupados pelos portadores ou utiliza-
dores deste novo tipo de recipientes, os quais, no contexto das cerâ-
micas campaniformes, são considerados os mais antigos .
Das mútuas influências recebidas das cerâmicas calcolíticas
preexistentes e a elas transmitidas, surgiu um grupo de característi-
cas próprias, cuja forma mais típica é a grande taça de lábio aplanado
e decorado. Foi nos hipogeus de Palmeia que se recolheram , aquando
das explorações ali efectuadas por ordem de Carlos Ribeiro, os primei-
ros exemplares de tais recipientes , os quais ficaram conhecidos por
"taças de Palmeia", ao mesmo tempo que certas pontas de cobre, de
seta ou de dardo receberiam, pela mesma razão , a designação de
"pontas de Palmeia". A mescla de elementos da cultura material de
origens distintas evidencia uma das realidades mais marcantes das
cerâmicas campaniformes, cujo verdadeiro estatuto como marcadores
socioculturais e cronológicos na região do Baixo Tejo e Baixo Sado
ainda está longe de se encontrar esclarecido .
Neste período, são reocupados os povoados do Pedrão - abando-
nado desde o Calcolítico inicial , aquando da ocupação do vizinho
morro da Rotura - e do Moinho da Fonte do Sol (SOARES, BARBIERI &
SILVA, 1972), enquanto outros , como o das Malhadas, são pela primeira
121
vez ocupados (SILVA & SoARES, 1986, Fig. 68) , correspondente à
presença isolada do Grupo Campaniforme de Palmeia. Os materiais
exumados apontam para uma prática recolectora no estuário, comple-
mentada pela caça, criação de gado e agricultura pouco importante; a
metalurgia do cobre encontra-se, ao contrário, bem representada pela
presença de cadinhos de fundição e de resíduos.
Verifica-se a continuação do aproveitamento sepulcral de certas
grutas naturais, como as Lapas do Fumo e do Bugio, para além dos
hipogeus de Palmeia, conforme evidenciam as cerâmicas campanifor-
mes exumadas, e onde são agora numerosos os exemplares incisos,
que corporizam o terceiro e último grupo da classificação de SoAREs &
SILVA (1974/77): O Grupo Inciso, consubstanciando uma transição
paulatina e sem sobressaltos para a Idade do Bronze.
A IDADE DO BRONZE
122
monumento (SPINDLER & FERREIRA, 1973). Esta complexa construção
servia de túmulo a dois indivíduos, do sexo masculino, talvez perten-
centes a uma classe sacerdotal em afirmação: não obstante ser
evidente a sua alta categoria - atestada por objectos ditos de prestí-
gio, como um soberbo pente de marfim, fíbula de enrolamento no arco
e pinças de bronze- dela se encontravam totalmente ausentes quais-
quer armas. Aqueles artefactos estão frequentemente representados
em estelas de chefes ou guerreiros heroicizados do Bronze final , de
que é expoente a de Ervidel (GOMES & MONTEIRO, 1976/77), subli-
nhando o alto estatuto das duas personagens inumadas no monu-
mento, o qual revela características até ao presente, únicas em territó-
rio português. Trata-se, sem dúvida, de algo totalmente novo e de
evidente origem exógena, talvez explicável pela presença de popula-
ções mediterrânicas aqui apartadas. Neste monumento recolheram-se
também grandes recipientes de armazenamento, exibindo do lado
externo as características decorações de "ornatos brunidos", produzi-
das por pontas rombas, provavelmente de madeira, constituídas por
finas caneluras definindo motivos reticulados de natureza exclusiva-
mente geométrica. Este tipo decorativo foi identificado pela primeira
vez na Lapa do Fumo (SERRÃO, 1958), sendo característico do último
período do Bronze final (CARDoso, 1995, 1996), com términos aquando
das primeiras influências orientalizantes, no século VIII a. C.
As cerâmicas de ornatos brunidos da Lapa do Fumo - o conjunto
mais importante até agora conhecido -seriam, deste modo, a expres-
são material, na região estremenha, do período proto-orientalizante,
caracterizado na Andaluzia. Corresponderiam a oferendas fúnebres
ou , em alternativa, a deposições relacionadas com santuário rupestre ,
atendendo à dificuldade de se poderem relacionar com quaisquer
sepulturas, a menos que estas fossem de incineração, hipótese que,
embora carecendo de demonstração, é plausível.
À Idade do Bronze e a momento anterior ao Bronze final , pertence
o conjunto arqueológico exumado em gruta natural , situada a escassas
dezenas de metros da Lapa do Bugio -trata-se da Lapa da Furada, onde
se realizaram recentemente escavações, cujas principais conclusões foram
já publicadas (CARDOSO, 1993, 1997; CARDOSO & SANTINHO, 1996).
A IDADE DO FERRO
123
escoamento de matérias-primas oriundas do interior do território,
susceptíveis de serem transaccionadas por produtos trazidos por
comerciantes fenícios que, a partir do século VIII a. C., demandaram a
região. O sucesso de tal empresa pode avaliar-se pela abundância da
difusão daqueles produtos, especialmente cerâmicos, e dos seus
sucedâneos, de origem púnica, a partir do século V a. C., reconheci-
dos em diversas estações, situadas nos estuários e cursos inferiores
daqueles dois grandes rios . No tocante à área que agora interessa,
avulta o povoado de altura de Chibanes, primeiramente estudado por
A. I. Marques da CosTA (1908), o qual evidenciou, além da já mencio-
nada ocupação calcolítica, coeva da verificada na Rotura, uma outra
da li e III Idade do Ferro. Estas conclusões foram confirmadas e preci-
sadas pela intervenção arqueológica ali presentemente em curso
(SILVA & SOARES, 1997). Foi então construído um importante povoado
fortificado , cuja fundação não parece anterior ao século III a. C. ,
ocupando longitudinalmente a crista da serra do Louro, com 300 m de
comprimento. Os materiais importados, simultaneamente de origens
mesetenhas e mediterrâneas, evidenciam o papel polarizador deste
sítio, no tocante às trocas comerciais de âmbito regional então efec-
tuadas, em estreita conexão com o estuário do Sado, primeiro de
origem púnica, do século III a. C. até ao advento do Império Romano.
Com efeito, pode admitir-se que, no decurso do Período Republicano,
o comércio tenha continuado em mãos púnicas, através da manuten-
ção do importante centro comercial que era a cidade de Gades,
pagando pesados tributos a Roma, cujo controlo político e administra-
tivo da região era uma realidade, a contar de meados do século li a. C.
A importância assumida pelo povoado fortificado de Chibanes, a
partir do século III a. C., deverá ser compreendida numa lógica regio-
nal e mesmo transregional. Com efeito, até aos séculos V/IV a. C., o
comércio marítimo seria directamente assegurado pelo povoado da
colina de Santa Maria, actualmente integrada no casco antigo de
Setúbal, enquanto ulteriormente, nos séculos 11/1 a. C., afirmam-se
paralelamente a Chibanes outros núcleos, como o Pedrão, em esporão
rochoso sobranceiro ao Sado, e o Castelo dos Mouros, nos quais os
produtos de origem púnica se mesclam, como em Chibanes, com mate-
riais itálicos, especialmente ânforas vinárias, configurando uma última
etapa da Idade do Ferro, a qual , tal como as anteriores na região,
mantém estreitos os laços ao mundo meridional e mediterrâneo.
Provavelmente uma das actividades principais, de índole industrial,
consistia na produção de salgas de peixe, na zona ribeirinha do vasto
124
estuário, destinadas essencialmente, como viria a contecer ulterior-
mente , em pleno domínio romano, à exportação para o mundo itálico
que, como se disse, controlava, desde meados do século 11 a. C., os
mercados marítimos peninsulares.
Ainda dentro da presença da Idade do Ferro, são de destacar as
sepulturas de inumação da 11 Idade do Ferro do Casalão (Calhariz) ,
constituídas por caixas rectangulares de !ages dispostas verticalmente,
com outras, servindo de cobertura, as quais ofereceram escasso mobi-
liário funerário, entre o qual avulta uma pequena faca de ferro afalca-
tada (SERRÃO, 1964).
O PERÍODO ROMANO
125
em outro poema grego do século I a. C. , o qual, por sua vez, se teria
baseado em um périplo massaliota do último quartel do século VI a. C ..
Na parte relativa ao sector costeiro em causa, diz o seguinte (FERREIRA,
1985, p. 22}:
126
posição na periferia dos sapais do Sado (SILVA et a/., 1986). Já SoARES
& SILVA (1980) e, depois, ANTUNES (1983) chamaram a atenção para as
características marinhas das faunas malacológica e ictiológica, reco-
lhidas naqueles concheiros neolíticos.
A estação romana de Tróia foi inicialmente ocupada na segunda
metade do século I a . C. , atingindo os derradeiros materiais exumados
o século VI da nossa era. O apogeu da cidade industrial ter-se-á veri-
ficado nos séculos li e III d . C . A zona de maior concentração de estru-
turas e materiais estende-se por cerca de 1 km do litoral fluvial da
península, encontrando-se ainda em grande parte sob as areias. Trata-se
de um dos mais notáveis complexos industriais do Mundo Romano ,
dedicados a uma actividade especializada: a preparação de produtos
derivados do pescado. Para o efeito, construíram-se diversos núcleos
fabris, constituídos por tanques de salga, correspondentes , provavel-
mente, a outras tantas sociedades. (ALMEIDA, PAIXÃO & PAIXÃO,
1978/79). Tanques mais pequenos destinar-se-iam à preparação do
"garum". Tanto o peixe salgado como este condimento, muito apre-
ciado pelos Romanos , seriam exportados em larga escala, por via
marítima, em ânforas fabricadas em diversos fornos existentes na
margem direita do estuário do Sado, alguns dos quais foram anterior-
mente referidos.
São diversos os cemitérios já identificados e parcialmente escava-
dos, bem como diversas são as tipologias das sepulturas e os ritos
funerários (inumação e incineração) . O mais importante apresentava
7 m de potência estratigráfica, tumulações dos séculos 11 , III , IV e da
Alta Idade Média (SOARES, 1980). O centro religioso parece correspon-
der ao local onde, mais tarde , se edificou capela paleocristã. Atesta-o ,
sobretudo, o fragmento de políptico com a representação de Mitra e do
deus Sol. Ali teria o seu templo , o Mitraeum. A tipologia das sepulturas
de um dos cemitérios é única (ALMEIDA, PAIXÃO & PAIXÃO, 1978). Perto,
situa-se uma estrutura hidráulica de captação , armazenamento e distri-
buição de água, destinada à laboração fabril , cujas características são
também únicas no território português (QUINTELA, MASCARENHAS &
CARDOSO, 1993/94).
Outras ocorrências arqueológicas romanas a destacar na área inte-
ressada por esta notícia são de salientar.
No casco urbano de Setúbal, recolheram-se no ano de 1957 (Rua
de Fran Paxeco) , no decurso de obras camarárias , duas ânforas,
contendo na totalidade 18 181 moedas de bronze do Baixo Império,
exaustivamente estudadas e publicadas (FERNANDES, 1995) . Trata-se
127
do mais notável conjunto até ao presente conhecido no Mundo
Romano desta época. Com efeito, o vol. VIII do "Roman Imperial
Coinage", Londres, Seaby, 1983, menciona apenas três com mais de
1O 000 moedas, dos quais o mais numeroso não atinge o número das
presentes neste tesouro que, aliás, contém exemplares extremamente
raros (de Nepociano e Vetrânio, entre outros) e numerosas variantes
desconhecidas.
Devem mencionar-se ainda os dezasseis cepos de âncoras de
chumbo e os três de pedra, encontrados no Mar de Ancão, Sesimbra,
até 1973 (MAIA, 1975). Tais achados testemunham a importante nave-
gação litoral ao longo da costa da Arrábida, durante o Período Romano
(podendo mesmo alguns cepos ser mais antigos) , correspondendo o
local, talvez, mais a fundeadouro importante do que a lugar de naufrá-
gios (MAIA, 1975; SERRÃO, 1994).
Pelo que foi dito, conclui-se que a presença romana na região em
causa foi dominada pelas actividades industriais e comerciais, ambas
de índole marítima. Com efeito, foi diminuta a ocupação agrícola do
território, denunciada pela escassez de materiais e sua fraca relevân-
cia arqueológica (ver SERRÃO, 1973, 1994, que apresenta a cartografia
das estações romanas do concelho de Sesimbra; e CosTA, 1907, que
localiza as dos arredores de Setúbal ; para as restantes , ver FERREIRA
et a/., 1993).
O PERÍODO MUÇULMANO
128
o ocultamente de tão valioso conjunto , tanto de cristãos como de
adversários político-religiosos (SERRÃO, 1994), na esperança de este
mais tarde vir a ser recuperado. Com efeito, Afonso Henriques, após a
conquista de Lisboa, em 1147, tomou Alcácer, em 1158, e, no ano
seguinte, Évora e Beja, perdidas depois, mas voltadas a mãos portu-
guesas, respectivamente , em 1165 e 1162; neste contexto , facilmente
se percebe a insegurança em que decorreria o quotidiano das popula-
ções muçulmanas de Sesimbra e de Palmela; provavelmente, o
castelo de Sesimbra seria, nessa época, mais fortaleza do que propria-
mente lugar de povoação; voltou de novo a ser reocupado por muçul-
manos , no decurso da invasão almóada de 1190/91 , comandada por
Almansor; os muçulmanos viriam, porém, a encontrar uma fortaleza
totalmente arrasada pelos cristãos (Rui de Pina, Crónica de D. Sancho 1),
sem interesse militar. Com efeito, só após a última reconquista, em
1200, se reedificou o castelo, desde os alicerces . Talvez por isso os
testemunhos mouriscas sejam ali quase inexistentes, ou duvidosos.
Outros testemunhos da presença muçulmana têm sido identificados
na área em apreço: cerâmicas na Lapa do Fumo (CARVALHO & FERNANDES,
1996), no castelo de Palmela (FERNANDES & CARVALHO, 1993) e no
Creiro, Portinha da Arrábida, onde constituíram, curiosamente , os
primeiros achados seguros deste período do concelho de Setúbal
(SILVA & COELHO-SOARES, 1987). No de Palmela, merecem destaque OS
importantes materiais exumados em recentes escavações efectuadas
no interior do castelo (FERNANDES & CARVALHO, 1993).
O PERÍODO PORTUGUÊS
129
venções arqueológicas ali realizadas , à semelhança do verificado na
área urbana da vila (escavações de A. R. Carvalho e I. C. Fernandes) .
Enfim , na área urbana de Setúbal , em escavações conduzidas por
elementos do Museu de Arqueologia e Etnografia da Assembleia
Distrital de Setúbal recuperaram-se numerosos testemunhos medie-
vais e renascentistas, em boa parte ainda inéditos (SILVA, 1989). Tais
factos salientam o interesse de execução de trabalhos arqueológicos,
em áreas urbanas ocupadas desde a Idade Média, cujos resultados
podem contribuir, de forma determinante, para o esclarecimento de
aspectos de carácter histórico que, de outro modo, ficariam sem
resposta ou permaneceriam de todo desconhecidos.
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