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Cálculo Diferencial e

Integral II
Prof. Roberto Carlos Lourenço
SUMÁRIO
BLOCO 1. INTEGRAL.................................................................................................. 3
BLOCO 2. TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO I........................................................................ 14
BLOCO 3. TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO II.......................................................................... 24
BLOCO 4. FUNÇÕES DE DUAS OU MAIS VARIÁVEIS.................................................... 31
BLOCO 5. LIMITE E DERIVADAS PARCIAIS................................................................... 40
BLOCO 6. DERIVADAS PARCIAIS E INTEGRAL DUPLA................................................... 48

2
BLOCO 1. INTEGRAL
Neste bloco, iniciamos um conteúdo muito importante em Cálculo e que certamente assume
um papel fundamental na sua formação. Estudaremos a Integral!
Teremos o contato com a Integral de algumas funções, conhecendo as regras básicas para
assim determinar a primitiva de uma função. Estudaremos a definição de Integral Indefinida,
onde será possível comparar com a operação de derivadas. A definição de Integral Definida
será outro ponto importante, como também a Soma de Riemann, cálculo de área de regiões
determinadas pelas funções e a apresentação do Teorema Fundamental do Cálculo. Bons
estudos!

1.1. Integral de algumas funções – Regras básicas


1.1.1. Primitiva de uma função
Para ser possível entender o que é a primitiva de uma função, basta pensar que se uma função
foi derivada e determinou a função , logo, é a função primitiva de para o mesmo
domínio de .
Alguns exemplos:
a) é uma função primitiva de
dF
Isso ocorre, pois F ( x)  x ³   F ' ( x)  f ( x)  3 x ²
dx
Repare que a derivada da função resulta na função .

b) é uma função primitiva de


Ao derivar a função , determinamos a função .

c) é uma função primitiva de .


Resolução:

ao ser derivado, temos:


 .

1.1.2. Notação de integral para primitivas (antiderivadas)


Uma outra maneira de identificar a primitiva de uma função é antiderivada.

3
Notação:

 f ( x)dx  F ( x)  c
Para “c” que representa uma constante arbitrária, temos F uma função antiderivada de ,
onde no domínio de .

Regras básicas
I. Regra da Constante

 Kdx  K .x  c (onde K é um valor constante)

Exemplo:

 5dx  5.x  c

II. Regra do Múltiplo Constante

 Kf ( x)dx  K. f ( x)d.x


Exemplo:

 7.senxdx  7. senxd .x  7.( cos x)  c  7. cos x  c

III. Regra da Soma

 [ f ( x)  g ( x)]dx   f ( x)d.x   g ( x)d.x


Exemplo:

x4
 [ x³  cos x)]dx   x³d .x   cos xd .x  4
 senx  c

IV. Regra da Diferença

 [ f ( x)  g ( x)]dx   f ( x)d.x   g ( x)d.x


Exemplo:

1 1 x3
 [ x ² 
x
]dx   x ² d . x  x d . x 
3
 ln x  c

1.2. Definição de Integral Indefinida


Nesse momento, vamos compreender que integração indefinida de uma função é o mesmo
que o processo inverso da derivação.

4
Definição: Se é uma primitiva de , a expressão é chamada integral
indefinida da função e é denotada por:

 f ( x)dx  F ( x)  c
Onde:

 f ( x)dx  F ( x)  c  F ' ( x)  f ( x).

1.2.1. Propriedades da Integral Indefinida


Sejam , em R e K uma constante. Então:

i)  K. f ( x)dx  K.  f ( x)dx
ii )  ( f ( x)  g ( x))dx   f ( x)dx   g ( x)dx

Seguem alguns exemplos de integrais:

a)  dx  x  c
x b 1
 x dx  b  1  c  1)
b
b) (b é cons tan te

1
c)  x dx  ln x  c
 e dx  e c
x x
d)

e) cos xdx senx  c

f ) senxdx   cos x  c

g ) sec ² xdx tgx  c

h) cos ec ² xdx   cot gx  c

dx
i)  arctgx  c
x²  1

Agora, calculemos algumas integrais indefinidas:

 2 
a ) F ( x)    4 x³  7  x  x dx
5

5
Resolução:
1
F ( x)   4 x³dx   7dx  2. x dx  
5
x dx

x4 5
 F ( x)  4.  7.x  2. ln x  .5 x 6  c
4 6


b) F ( x )   dx
x²  1

Resolução:
x² x²  1  1
F ( x)   dx  F ( x)   dx
x²  1 x²  1
 x²  1 1   1 
 F ( x)     dx  F ( x)   1  dx
 x²  1 x²  1   x²  1 
dx
 F ( x)   dx    F ( x)  x  arctgx  c
x²  1

Por fim, agora encontre a primitiva , da função f ( x)  x5  2 x  1 quando .

F ( x)   f ( x)dx   (x 5  2 x  1)dx
x6 2x2
 F ( x)   (x 5  2 x  1)dx   xc
6 2
x6
 F ( x)   x²  x  c
6
06
 F (0)   0²  0  c  7
6
c7
x6
 F ( x)   x²  x  7
6

1.3. Definição da Integral Definida


1.3.1. Definição
Seja uma função definida no intervalo e seja uma partição qualquer de .A
integral definida de de até , denotada por:
b
a
f ( x)dx

6
onde:
n

 f (ci )x
b
a
f ( x)dx  lim
máxxi 0
i 1
i

Interpretação Geométrica

Soma de Riemann
n

 f (ci )x
b
a
f ( x)dx  lim
máxxi 0
i 1
i

Se é contínua e no intervalo não assume valor menor que zero, a função definida
coincide com a área da região sob o gráfico de no intervalo
Se for integrável em , então:
n
f ( x)dx  lim  f ( xi )x
b
a n 
i 1

ba
x 
Onde n e xi  a  i.x

7
Agora, calcule a soma de Riemann para tomando como pontos amostrais as
extremidades direitas e .

Resolução:

b  a 30 1
x     0,5
n 6 2

Extremidades direitas:

8
1.4. Aplicações das Integrais Definidas e Indefinidas
Aplicando a Integral Definida
Cálculo de Área

9
10
Aplicando Integral Indefinida

1.5. Teorema Fundamental do Cálculo ‒ Parte I


Sendo uma função contínua em um intervalo I, escolhendo um determinado valor c que
pertence ao intervalo I, e trabalhando com uma determinada função A, sendo I o domínio
dessa função, representada por:

11
x
i) A( x)   f
c

Sendo , para todo que pertence ao intervalo I, temos que é a área sob o
gráfico de (quando ):

c
ii) A( x)   f
x

Sendo para todo que pertence ao intervalo I, temos que é a área sob o
gráfico de (quando ):

x c
Sendo assim, temos que: A( x)   c
f   f
x

Teorema Fundamental do Cálculo ‒ Parte II


Trabalhando com uma função contínua dada por em um determinado intervalo I, onde
assume o papel de uma primitiva de f em I, então:
b
 f  F ( x) a  F (b)  F (a)
b
a

12
Sendo quaisquer elementos do intervalo I.
Exemplo:
3
Calcule S   ( x³  6 x)dx
0

Resolução:
3 3
3  x 4 6 x²   x4  34  04 
S   ( x ³  6 x)dx        3x ²    3.3²    3.0² 
0
 4 2 0  4 0 4  4 
81 81 27
  3.9  0   27  
4 4 4

27
S    6,75
4

Conclusão
Neste bloco, estudamos a Integral de função com uma variável, sendo um momento oportuno
para conhecermos a Integral de algumas funções, conhecendo as regras básicas. Passamos
pelas definições de Integral Indefinida e Integral Definida, sendo possível determinar as
funções primitivas e área de regiões, ao conhecer a Soma de Riemann, e concluímos com a
apresentação do Teorema Fundamental do Cálculo.

Referências
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Makron Books, 1999. v. 1.
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivada, integração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 1.

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BLOCO 2. TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO I
Neste bloco, estudaremos algumas técnicas de Integração. Teremos a oportunidade de
conhecer a Integração por Decomposição, observando as propriedades da integral, aplicações
dessas integrais em problemas de Física e Engenharia, para ser possível compreender como
esse conteúdo é importante. Ainda teremos neste bloco a Integração por Substituição, técnica
fundamental para resolver a integral de uma função em casos onde a decomposição não é o
suficiente.

2.1. Integração por Decomposição

Caso 1:  a. f ( x)  b.g ( x)dx


Para calcular algumas integrais, é necessário conhecer técnicas. Nesse momento, vamos

estudar a decomposição no caso  a. f ( x)  b.g ( x)dx , sendo constantes.

Onde:

 a. f ( x)  b.g ( x)dx   a. f ( x)dx   b.g ( x)dx a. f ( x)dx  b. g ( x)dx
Sendo assim, temos:

 a. f ( x)  b.g ( x)dx  a. f ( x)dx  b. g ( x)dx


Exemplo:

 3.sen( x)  7e dx
x
Calcule

Resolução:

 3.sen( x)  7e dx  3. senxdx  7. e dx  3.( cos x)  7.e  c  3. cos x  7.e x  c
x x x

Caso 2:  a. f ( x)  b.g ( x)dx


A decomposição no caso  a. f ( x)  b.g ( x)dx , constantes.

Onde:

 a. f ( x)  b.g ( x)dx   a. f ( x)dx   b.g ( x)dx a. f ( x)dx  b. g ( x)dx
Sendo assim, temos:

 a. f ( x)  b.g ( x)dx  a. f ( x)dx  b. g ( x)dx

14
Exemplo:

 2

Calcule  5. cos( x)  dx
x
Resolução:

 2 1
  5. cos( x)  x dx  5. cos xdx  2. xdx  5.senx  2. ln x  c

2.2. Decomposição – Aplicações dessas integrais em problemas de física e engenharia


Volume de Sólido
Quando uma determinada região plana gira em torno de uma reta no plano, obtemos um
sólido que é chamado de sólido de revolução.

Nesse caso, obtemos um cone.


Definição:
Para uma função contínua em , onde R é a região sob o gráfico de de até , temos
que o volume do sólido gerado pela revolução de R em torno do eixo das abscissas é definido
por:

V   .  f ( x) dx
b 2

Exemplo
1. A região R, limitada pela curva e o eixo das abscissas no intervalo , gira
em torno do eixo dos . Determine o volume desse sólido de revolução.

V   .  f ( x) dx
b 2

15
2 2
V   . (x²  2)²dx   . (x 4  4 x²  4)dx
0 0

 V   .  x 4 dx   4 x²dx   4dx 


2 2 2

 0 0 0 
 x5 2 4 x3 2 
 V   .   4x 0 
2

 5 3 0 
 0 
 25 05 4.23 4.03 
 V   .     4.2  4.0 
5 5 3 3 
 32 32  376
 V      8  V 
 5 3  15

Exemplo
2. Calcule quantos litros de água são necessários para abastecer a piscina representada a
seguir, sabendo que sua profundidade mede 1,3 m e os valores do gráfico estão graduados em
metros.

f ( x)  cos x  3

Resolução:
1º Calcular a área da região apresentada
2
A  cos x  3dx
0

16
2 2 2
A  cos x  3dx   cos xdx   3dx
0 0 0
2 2
 A  senx 0  3x 0

 A  sen2  sen0  3.2  3.0


 A  6 m²

2º Calcular o volume da piscina


V  A.h
V  6 .1,3  7,8 m³
V  7,8.3,142  24,5076 m³
3º Calcular quantidade de água em litros
V  24,5076 .1000  24507,6l

2.3. Integração por Substituição


Método da Substituição
Para calcular algumas integrais, utilizamos o método da substituição, onde podemos substituir
uma parte da função, facilitando assim a sua integração.

Exemplo 1
Calcule a integral:
2x
 5  x² dx
Nesse caso, escolhemos para assumir o valor , sendo .

du
 2 x  du  2 xdx
dx
2x du
 5  x² dx   u
 ln u  c  ln 5  x²  c

Exemplo 2
Calcule a integral:

 sen² x. cos xdx

17
Vamos definir uma função como u, sendo a mais conveniente, para obter a integral mais
simples possível.

du
 cos x  du  cos xdx
dx
u3 sen³ x
 sen² x. cos xdx   u ².du  3
c 
3
c

Exemplo 3
Calcule a integral:

 t 2  2t 4 dt

Primeiro, é necessário reestruturar a função dada.

 t 2  2t 4 dt   t ².(1  2t 2 )dt   t. 1  2t ² dt

Em seguida, escolhemos uma função para ser .

du du
 4t  du  4tdt    t.dt
dt 4

 du 
1 3
1 1 2 1 1
 t. 1  2t ² dt   u .     . u 2 .du   . .u 2  c   . u 3   .u. u
 4  4 4 3 6 6
1
  .(1  2t ²). 1  2t ²  c
6

2.4. Substituição – Aplicações dessas integrais em problemas de física


4t
v(t ) 
1. No movimento de uma partícula, tem-se 4t ²  5 . Determine a função horária que,
para , toma o valor , ou seja, para .

Resolução:

s(t )   v(t )dt

4t
s(t )   dt
4t ²  5

18
19
20
2.5. Aplicações dessas Integrais em problemas de engenharia

21
22
Conclusão
Neste bloco, estudamos algumas técnicas de integração, de modo que foi possível conhecer a
Integração por Decomposição, observando as propriedades da integral, aplicações dessas
integrais em problemas de física e engenharia, e passamos pela técnica de Integração por
Substituição.

Referências
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Makron Books, 1999. v. 1.
FLEMMIING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivada, integração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 1.

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BLOCO 3. TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO II
Neste bloco, estudaremos a técnica de Integração por Partes, onde o passo a passo
apresentado faz uma demonstração da fórmula que colabora com o cálculo de integrar uma
determinada função.
Ainda neste bloco, veremos as integrais de funções trigonométricas, passando pelas aplicações
das integrais em problemas de Física e Engenharia.

3.1. Integração por Partes


Definição
Para primitiva de primitiva de , temos:
Uma função composta pelo produto , onde sua derivada fica:

Logo:

 ( F .G)'   f .G   F .g
 FG   f .G   F .g
  f .G  FG   F .g

Gerando a fórmula de Integração por Partes:

 f ( x).G( x)dx  F ( x).G( x)   F ( x).g ( x)dx

Exemplo 1

Calcule  x. cos x.dx


1º Passo: Escolher as funções
e

2º Passo: Determinar :

3º Passo: Utilizar a fórmula  f ( x).G( x)dx  F ( x).G( x)   F ( x).g ( x)dx


 x. cos x.dx  senx.x   (senx).1.dx  x.senx  cos x

24
Exemplo 2

Calcule  x².ln x .dx


1º Passo: Escolher as funções :
e

2º Passo: Determinar :

3º Passo: Utilizar a fórmula  f ( x).G( x)dx  F ( x).G( x)   F ( x).g ( x)dx


x³ x³ 1 x³ x² x³ x³
 x².ln x .dx  3
. ln x   . .dx  . ln x   .dx  . ln x 
3 x 3 3 3 9

3.2. Aplicações dessas integrais em problemas de Física e Engenharia


Exemplo 1. Um tanque de 72 litros de capacidade está cheio de um líquido. No instante ,
tomando como origem do tempo, abre-se uma torneira do tanque, e uma bomba faz com que
o líquido saia pela torneira a uma razão, no instante , de – litros por min. Calcule o
volume de líquido no tanque no instante .
Resolução:
dV
Sendo V (t ), temos vazão    ln(t  1)
dt

25
26
3.3. Integração de algumas Funções Trigonométricas
Algumas identidades trigonométricas
Para integrar algumas funções trigonométricas, é fundamental conhecer essas identidades:

sen² x  cos ² x  1

tg ² x  sec ² x  1
1  cos 2 x
sen² x 
2
cot g ² x  cos ec ²u  1

1  cos 2 x
cos ² x 
2

Exemplo 1

 sen
5
Calcule x. cos 2 xdx

27
1º Passo

sen 5 x. cos 2 x  ( sen²)².senx. cos ² x  (1  cos ² x)².senx. cos ² x


 (1  2. cos ² x  cos 4 x).senx. cos ² x  senx. cos ² x  2. cos 4 x.senx  cos 6 x.senx
2º Passo

 sen x. cos 2 xdx   (senx. cos ² x  2. cos 4 x.senx  cos 6 x.senx)dx


5

  senx. cos ² xdx  2. cos 4 x.senxdx   cos 6 x.senxdx

1 2 1
  . cos ³ x  . cos 5 x  cos 7 x  c
3 5 7

Exemplo 2

 cot g
4
Calcule (2 x)dx

1º Passo

cot g 4 (2 x)  cot g ²(2 x). cot g ²2 x)  cot g ²(2 x).(cos ec ²(2 x)  1)


 cot g ²(2 x). cos ec ²(2 x)  cot g ²(2 x)
 cot g ²(2 x). cos ec ²(2 x)  cos ec ²(2 x)  1
 cot g ²(2 x). cos ec ²(2 x)  cos ec ²(2 x)  1
2º Passo

 cot g (2 x)dx   (cot g ²(2 x). cos ec ²(2 x)  cos ec ²(2 x)  1)dx
4

1 1
  . cot g ³(2 x)  . cot g (2 x)  x  c
6 2

3.4. Integração de algumas funções Trigonométricas - Aplicações


1. Um determinado local de uma cidade possui a temperatura dada por graus Celsius,
onde representa o tempo em horas do dia, no intervalo de 6h até 12h. Calcule a temperatura

f (t )   sen 4 x
média no intervalo indicado para 4 .

28
Resolução
Valor médio de em é dado por:

29
2. Um determinado fio retilíneo localizado no intervalo tem densidade no ponto de

abscissa . Determine a massa desse fio sendo  ( x)  cos x .


5

Resolução:

2
m   cos 5 xdx
0

Conclusão
Neste bloco, estudamos a técnica de integração por partes, as integrais de funções
trigonométricas e ainda as aplicações das integrais em problemas de Física e Engenharia.

Referências
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Makron Books, 1999. v. 1.
FLEMMIING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivada, integração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 1.

30
BLOCO 4. FUNÇÕES DE DUAS OU MAIS VARIÁVEIS
Neste quarto bloco, estudaremos as funções de duas ou mais variáveis, passando pelo
conjunto domínio da função e também pelo conjunto imagem da função.
Vamos aproveitar para estudar os gráficos e equações de algumas superfícies, como a esfera e
o traço de superfície.

4.1. Funções de duas ou mais variáveis


Definição:

Seja A um conjunto do espaço n-dimensional ( A  R ), isto é, os elementos de A são n-uplas


n

ordenadas ( x1 , x2 , x3 ,..., xn ) de números reais, se a cada ponto P do conjunto A associamos

um único elemento de z ϵ R, temos uma função f : A  R n  R . Essa função é chamada

função de n-variáveis reais.

Exemplos de Funções com duas variáveis


Volume de um cilindro

Onde o volume depende das variáveis r (raio da base) e h (altura do cilindro).

Área de um paralelogramo

Sendo a área do paralelogramo o produto entre as duas variáveis, (base) e (altura).

31
Exemplos de Funções com várias variáveis
Área de trapézio

( B  b).h
AT 
2
Para determinar a área do trapézio, é preciso três variáveis: (base maior), (base menor) e
(altura).

Estado de um gás ideal


n.R.T
p
V
Onde:
p = pressão;
V = volume;
n = massa gasosa em moles;
R = constante molar do gás; e
T = temperatura.

4.2. Domínio das funções


Exemplos

32
33
34
4.3. Imagem das funções

35
36
4.4. Gráficos e Equações de uma Superfície

A Esfera

Exemplos

37
Traços de Superfície

38
Conclusão
Neste bloco, estudamos as funções de duas ou mais variáveis, passando pelo conjunto domínio
da função e também pelo conjunto imagem da função, onde os gráficos se apresentam com
uma enorme importância para uma melhor compreensão.
Passamos ainda pelos gráficos e equações de algumas superfícies, como a esfera e o traço de
superfície.

Referências
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Makron Books, 1999. v. 1.
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivada, integração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 1.
FLEMMIING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo B: funções de várias variáveis, integrais
múltiplas, integrais curvilíneas e de superfície. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 2.

39
BLOCO 5. LIMITE E DERIVADAS PARCIAIS
Neste bloco, estudaremos a definição e propriedades de limite de funções de duas ou várias
variáveis. Teremos alguns exemplos envolvendo o cálculo de limite quando ocorre uma
indeterminação, onde existem algumas técnicas para colaborar no desenvolvimento.
Ainda neste bloco, vamos estudar as Derivadas Parciais, uma ferramenta fundamental em
Cálculo para determinar pontos extremos de uma determinada função.

5.1. Definição e Propriedades de Limite


Definição:
Seja uma função de duas variáveis definida em todo o interior de um círculo de centro ,
exceto possivelmente no próprio .
A afirmação lim f ( x, y)  L significa que, para , existe , tal que se
( x , y )( a ,b )

0  ( x  a) 2  ( y  b) 2   , f ( x, y)  L  

Proposição
Sendo J e K dois subconjuntos de , ambos com como ponto de acumulação, se
tem limites diferentes quando tende a através de pontos de J e de K,
respectivamente, então lim f ( x, y) não existe.
( x , y )( a ,b )

Propriedades de Limite
Se são funções de duas variáveis, onde lim f ( x, y) e lim g ( x, y)
( x , y )( a ,b ) ( x , y )( a ,b )

existem, e , temos:
I. lim [ f ( x, y)  g ( x, y)]  lim f ( x, y)  lim g ( x, y)
( x , y )( a ,b ) ( x , y )( a ,b ) ( x , y )( a ,b )

II. lim [ f ( x, y)  g ( x, y)]  lim f ( x, y)  lim g ( x, y)


( x , y )( a ,b ) ( x , y )( a ,b ) ( x , y )( a ,b )

III. lim [ f ( x, y)  g ( x, y)]  lim f ( x, y)  lim g ( x, y)


( x , y )( a ,b ) ( x , y )( a ,b ) ( x , y )( a ,b )

f ( x, y ) lim f ( x, y )
( x , y ) ( a , b )
IV. lim  se lim g ( x, y )  0
( x , y ) ( a ,b ) g ( x, y ) lim g ( x, y ) ( x , y ) ( a , b )
( x , y )  ( a ,b )

V. lim f ( x, y)  lim f ( x, y) se lim f ( x, y)  0


( x , y )( a ,b ) ( x , y )( a ,b ) ( x , y )( a ,b )

40
n
VI. lim f ( x, y) n   lim f ( x, y) se n  N
( x , y )( a ,b ) ( x, y )( a ,b ) 

VII. lim c  f ( x, y)  c  lim f ( x, y)


( x , y )( a ,b ) ( x , y )( a ,b )

5.2. Limite de funções de duas variáveis


Exemplos

41
42
43
5.3. Problemas de Aplicações das Funções de duas ou várias variáveis
Exemplos

44
de temperatura?

5.4. Derivadas Parciais

Definição:
Seja uma função de duas variáveis, as derivadas parciais são as funções f x e f y :

f ( x  h, y)  f ( x, y) f
f x ( x, y)  lim  fx   Dx f
h 0 h x

45
f ( x, y  h)  f ( x, y) f
f y ( x, y )  lim  fy   Dy f
h 0 h y
f x : considere a variável como constante e derive com relação a .

f y : considere a variável como constante e derive com relação a .

Exemplo 1
 
Se encontre f x (1, ) e f y (3, ).
3 2

Resolução:
Para determinar f x , considere a variável como constante e derive com relação a .

f 1
f x ( x, y)    y ³  2 x. cos y
x x

1    3 1 3
3
     2.1. cos  1   2. 
f x (1, )
3 = 1 3 3 27 2 27

Para determinar f y , considere a variável como constante e derive com relação a .

f
f y ( x, y)   0  3xy ²  x².(seny)  3xy ²  x².seny
y

    ² 9. ²
2

f y (3, )  3.3.   3².sen  9.  9.1  9


2 2 2 4 4

Exemplo 2

 x  f f
Se f ( x, y )  sen  , calcule e :
1 y  x y

f  x  1 
 cos . 
x 1 y  1 y 

46
f  x   0.(1  y)  x.(0  1)   x  (  x)  x  x
 cos .   cos .   cos .
y 1 y   (1  y)²   1  y  (1  y)²  1  y  (1  y)²

Conclusão
Neste bloco, estudamos a definição e propriedades de limite de funções de duas ou várias
variáveis. Ao estudar alguns exemplos envolvendo o cálculo de limite, foi possível identificar
que existem casos de indeterminação, onde algumas técnicas são necessárias para análise da
existência desse limite no valor indicado. Aproveitamos para estudar as Derivadas Parciais, que
é um tópico fundamental para identificarmos os pontos extremos de uma determinada
função.

Referências
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Makron Books, 1999. v. 1.
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivada, integração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 1.
FLEMMIING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo B: funções de várias variáveis, integrais
múltiplas, integrais curvilíneas e de superfície. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 2.

47
BLOCO 6. DERIVADAS PARCIAIS E INTEGRAL DUPLA
Neste bloco, estudaremos as Derivadas Parciais Sucessivas, onde será importante recordar as
regras de Derivação de Função com uma Variável, passando ainda pelas Derivadas Direcionais
e o Vetor Gradiente, sendo um tópico de cálculo que auxilia na determinação da taxa de
variação em um determinado intervalo com o uso do vetor unitário. Dando sequência ao
conteúdo, estudaremos os Extremos de Funções de Duas Variáveis, para assim determinar o
ponto de máximo, ponto de mínimo, ponto de sela da função e concluiremos com as Integrais
Múltiplas.

6.1. Derivadas Parciais Sucessivas


Definição:
Seja uma função de duas variáveis, as derivadas parciais de segunda ordem são as funções:
f xx , f xy , f yy e f yx :

f  f   ² f
f xx   
x  x  x²
f  f   ² f
f xy   
y  x  yx

f  f   ² f
f yy   
y  y  y ²

f  f   ² f
f yx   
x  y  xy

Exemplo 1
Se f ( x, y)  3x³ y ²  7 x²  9 y ³ , apresente suas derivadas parciais de 2ª ordem.

Resolução:
1ª ordem:
f
f x ( x, y)   9 x² y ²  14 x
x
f
f y ( x, y)   6 x ³ y  27 y ²
y

48
2ª ordem:
² f
f xx   18 xy ²  14
x ²
² f
f xy   18 x ² y
yx
² f
f yy   6 x ³  54 y
y ²
² f
f yx   18 x ² y
xy

Exemplo 2
² f ² f
Se f ( x, y)  sen3x  7 y , calcule e :
xy yx
1ª Ordem
f
 cos3x  7 y).(3  0  3. cos3x  7 y 
x
f
 cos3x  7 y).(0  7   7. cos3x  7 y 
y

2ª Ordem
² f 
 [7. cos(3x  7 y)]  7.[sen(3x  7 y).(3  0)]  21. cos(3x  7 y)
xy x
² f 
 [3. cos(3x  7 y)]  3.[sen(3x  7 y).(0  7)]  21. cos(3x  7 y)
yx y

49
6.2. Derivadas Direcionais e o Vetor Gradiente

50
51
6.3. Extremos de funções de duas variáveis
Definição
Funções de duas variáveis podem apresentar pontos de máximo, de mínimo ou de sela.
Seja f uma função de duas variáveis, um par ordenado é ponto crítico de se:
f x (a, b)  0 e f y (a, b)  0

ou
f x (a, b) ou f y (a, b) não existe.
Discriminante
D( x, y)  f xx ( x, y). f yy ( x, y)  f xy ( x, y). f yx ( x, y)

Teste da Segunda Derivada


Se e f xx (a, b)  0 , então é um mínimo local.

Se e f xx (a, b)  0 , então é um máximo local.

Se , então o é ponto de sela de e o gráfico de cruza seu plano tangente


em .
Se , não dá nenhuma informação.

Exemplo
Determine os valores máximos e mínimos locais e os pontos de sela de

f ( x, y)  x 4  y 4  4 xy  1 .
1º Passo: Identifica os pontos críticos

fx ( x, y)  4 x 3  4 y e f y ( x, y)  4 y 3  4 x
Igualando as derivadas a zero, temos as equações:


4 x  4 y  0
3

 3

4 y  4 x  0
Resolvendo o sistema onde , temos:

x0
x0 x0 ou
4( x ³)  4 x  0  x  x  0  x.( x  1)  0  ou
3 9 8
 ou  x  1
x 81 x 1 ou
x  1

Encontrando os pontos: .

52
2º Passo: Segundas derivadas parciais e .

fxx ( x, y)  12 x 2 , f yy ( x, y)  12 y 2 , fxy ( x, y)  4 e f yx ( x, y)  4


3º Passo: Teste da segunda derivada
Ponto
, então o é ponto de sela de e o gráfico de cruza seu plano
tangente em .

Ponto
e f xx (1,1)  12.(1)²  12  0 , então é um

mínimo local.

Ponto
e f xx (1,1)  12.(1)²  12  0 , então é um mínimo

local.

6.4. Integrais múltiplas

Integral Dupla

53
Integral Tripla

54
Conclusão
Neste bloco, estudamos as Derivadas Parciais Sucessivas, as Derivadas Direcionais e o Vetor
Gradiente, os Extremos de Funções de Duas Variáveis, para assim determinar o ponto de
máximo, ponto de mínimo, ponto de sela da função e concluímos com as Integrais Múltiplas.

Referências
BOULOS, P. Cálculo diferencial e integral. São Paulo: Makron Books, 1999. v. 1.
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivada, integração. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 1.
FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo B: funções de várias variáveis, integrais
múltiplas, integrais curvilíneas e de superfície. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
STEWART, J. Cálculo. São Paulo: Cengage Learning, 2013. v. 2.

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