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Os verbetes que dão título a essa matéria , embora pareçam, não são sinônimos.
Para os mais desavisados e, quem sabe, para as gerações mais jovens, talvez corte
possa parecer uma parte do processo de namoro, mas, na verdade, o termo trata
de um processo específico e pouco usual em nossos dias. Cortejar ou fazer a corte
é uma prática antiga e de fundamental importância para os relacionamentos que se
pretendem duradouros e conscientes. Mas, para entender essa prática que caiu em
desuso e hoje é alvo de resgate, é necessário conhecer o contexto em que era
empregada e qual é a proposta atual.
Nas sociedades medievais, e até há poucos séculos, era comum que os reis e
nobres casassem entre si para preservar genealogias, tradições, bens e posses
adquiridas. Um costume que foi assimilado pelas sociedades, adotado por famílias
que se pretendiam comparáveis à nobreza e herdado pelo senso comum ao longo
das gerações. Normalmente, os pais escolhiam quem seria o marido de suas filhas
quando acreditavam ser tempo de casá-las. Outras vezes, as mulheres eram
prometidas, logo após o nascimento, para honrar diferentes propósitos, inclusive
dívidas.
O retorno às veredas
"Vede e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho. Andai por
ele e achareis descanso para as vossas almas."
Com essas palavras, o profeta Jeremias anunciava os caminhos e propósitos que
Deus espera de seu povo. Para Janice Goulart, coordenadora e facilitadora do
Veredas Antigas, a vereda citada em Jeremias 6:16 é a receita que se aplica a todo
tipo de relacionamento, principalmente os familiares. Para ser uma família feliz é
preciso compreensão, aceitação e sobretudo conhecimento do querer de Deus para
a sua descendência. Assim, nada mais óbvio do que trabalhar a formação do novo
lar quando, ainda, em sua fase embrionária, a corte.
Janice lembra que nos casamentos citados na Bíblia, como no caso de Isaque e
Rebeca, os pais escolhiam os esposos para seus filhos. E acrescenta: "O pai de
Isaque sabia que a família de Rebeca vivia dentro dos mesmos princípios que eles,
nas mesmas veredas de Deus. Hoje, o que se vê são gerações destruídas porque as
medidas de proteção dadas por Deus foram quebradas, de geração em geração." E,
avalia: "É difícil começar um trabalho que visa resgatar um princípio de Deus. Mas
estamos semeando. Uma geração que semeia, começa a se reproduzir. Não
podemos ficar de braços cruzados vendo os nossos jovens agindo de acordo com os
padrões impostos pela mídia e pelo processo de comunicação normal, e não fazer
nada."
Os pais
"Os pais devem ensinar seus filhos a guardarem seus corações e a entregarem
seus sentimentos a Deus." Cléber crê que se outras pessoas se somarem ao
Aliança nessa proposta, alcançarão bons resultados. "Queremos que as famílias
vivam um padrão de excelência, que elas desfrutem de tudo aquilo que Jesus
conquistou na cruz do calvário. Muitas vezes queremos fazer o nosso próprio
caminho, em vez de andar nos caminhos de Deus. Precisamos nos voltar à Palavra
e resgatar esses valores que são eternos", enfatiza.
Namoro
Cléber admite que o namoro é uma legalidade para que aconteça a defraudação já
que, para muitos, namorar é tirar proveito, é satisfazer a si próprio, como a relação
sexual antes do casamento.
Ainda hoje sabe-se que pessoas requerem do parceiro o relacionamento mais
íntimo como "prova de amor". Essa prática está tão cristalizada que muitas vezes,
no imaginário das pessoas, já existe essa máxima: "Quem ama, transa."
Comportamento e mídia
"A defraudação pode trazer ao casal uma vida sexual problemática, sentimento de
culpa, ciúmes, insegurança", comenta Cléber. "Quando passamos por cima da linha
divisória estabelecida por Deus, atraímos maldição sobre nós." Os jovens, com o
apelo da mídia, muitas vezes querem demonstrar ser uma coisa que não são e
acabam perdendo grandes oportunidades de desenvolver amizades com pessoas do
sexo oposto. Eles se tornam imaturos e inseguros. "Essa insegurança faz com que
mintam, enganem a si mesmos, porque a mídia e seus colegas cobram deles
determinado comportamento", sentencia Cléber. "Um exemplo é quando um
menino de 15 anos é criticado pelos colegas por não estar saindo com nenhuma
garota. Já começam a colocar em dúvida a masculinidade dele. O fato de não
namorar passa a ser uma vergonha."
A maioria dos jovens não consegue trabalhar essa questão e chegar ao casamento
sem temores. "Eu não vejo nenhum problema de moças e rapazes terem amizade.
O que é preciso é que em primeiro lugar dêem seus corações a Deus para que Ele
escreva a história da vida deles. A corte é esse relacionamento de amizade entre
duas pessoas onde ambas entregam seus corações a Deus e permitem que o
próprio Deus diga se, ou quando aquela amizade deve se encaminhar para um
casamento." E prosseguindo: "Quando o casamento começa errado, ocorre o
sofrimento em conseqüência do pecado: famílias desestruturadas, filhos nas
drogas, na prostituição, violência, etc. Em um casamento nascido de um
relacionamento como a corte, os jovens enxergam muito além do mundo natural."
Saindo do muro
Momento de decisão