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Como você viu, a 4ª Revolução Industrial é um conjunto de tecnologias que se
beneficia da redução dos limites ou barreiras entre as pessoas e os mundos digital e
físico, permitindo que as máquinas e os seres humanos trabalhem e se comuniquem de
maneira colaborativa, o que promove a eficiência, minimiza a ociosidade e o
desperdício, além de possibilitar a criação de processos e mercados.
Essas mudanças foram impulsionadas pelo acesso maciço da sociedade ao mundo
digital, que passou a influenciar todos os mercados. Pode-se dizer, portanto, que essa
evolução partiu das necessidades da sociedade para o mercado, atingindo os meios
produtivos e de serviços.
No contexto da Indústria 4.0, esse conjunto de tecnologias, chamadas habilitadoras,
possibilita que as linhas de produção sejam ágeis e atendam o consumidor final de
maneira personalizada, sem prejudicar sua produtividade.
Saiba mais!
Indicadores de Radiofrequência – RFID (em inglês, Radio-Frequency
Identification), redes wireless, dispositivos móveis e sensores têm permitido a
construção de grandes aplicações e sistemas industriais em áreas como
Agricultura, Indústria de Processamento de Alimentos, Indústria de Serviços de
Saúde, Monitoramento Ambiental, Transporte, entre outros.
Para entender melhor essa conectividade, veja o caminho dos dados na arquitetura dos
elementos da IoT.
IOT E INDÚSTRIA 4.0
Na Indústria 4.0, a Internet das Coisas contribui para a integração dos ambientes físico e
digital, resultando no chamado ambiente cyber-físico.
Um ambiente de produção cyber-físico pode ser entendido como uma rede on-line de
máquinas organizadas de forma semelhante às redes sociais. De modo geral, há conexão
entre a TI, os componentes mecânicos e os componentes eletrônicos das máquinas e dos
equipamentos, que também se comunicam entre si por meio de seus protocolos de
comunicação.
Dentro da indústria, esse processo de comunicação entre os mundos físico e digital vem
sendo chamado de Internet Industrial das Coisas (IIoT).
Ela também cria uma rede inteligente entre máquinas, propriedades, sistemas de
comunicação, produtos inteligentes e indivíduos em toda a cadeia de valor da empresa,
durante todo o ciclo de vida do produto.
Isso é possível graças aos sensores e elementos de controle que permitem que as
máquinas sejam ligadas à plantas, frotas, redes e aos seres humanos através da Internet.
Com base nas informações disponíveis nesta rede inteligente, processos e contratos
podem ser coordenados com o objetivo de aumentar a eficiência da empresa, otimizar os
tempos de produção e de logística, reduzir energia, aumentar a qualidade dos produtos,
otimizar as vendas e as compras.
Graças à IIoT, a empresa ganha agilidade na tomada de decisão, pois há
compartilhamento de informação em tempo real.
NA PRÁTICA
Veja nos cases a seguir a aplicação da Internet das Coisas. Em seguida, reflita
sobre como essa tecnologia poderá ser aplicada em sua empresa e/ou em suas
atividades.
FÁBRICA INTELIGENTE
Para as empresas que fabricam produtos exclusisamente para montadoras (OEM,
em português Fabricante Original de Equipamentos), como é o caso da empresa
Hirotec America, o tempo de inatividade operacional é um problema
significativo.
Normalmente, essas paradas na fábrica são causadas por máquinas que operam
fora das condições adequadas. Ou seja, sem manutenção preventiva ou preditiva,
esses equipamentos são mantidos em operação até a falha ocorrer. E quando
ocorre, a equipe de manutenção (ou o técnico) é contatada e o equipamento fica
parado até que os reparos sejam realizados.
A fim de eliminar essa tendência de manutenção reativa, a HIROTEC procurou
usar seus sistemas e registros para obter uma visão mais profunda de suas
operações. Nesse processo, os profissionais da empresa perceberam a
necessidade de conectividade, acesso a dados e escalabilidade, e viram na
Internet das Coisas (IoT) a ferramenta ideal para alcançar esse objetivo.
Com isso, desenvolveram uma estratégia competitiva para capitalizar os
potenciais benefícios da Internet das coisas. A iniciativa começou por identificar
as tecnologias fundamentais que alimentariam a IoT. A empresa optou por uma
plataforma IoT para permitir que os dispositivos da empresa se conectassem à
nuvem.
Ao implementar esta solução, a Hitotec alcançou maior visibilidade de seus
ativos e recursos, e de suas necessidades e prioridades, o que permitiu à empresa
melhorar sua produtividade.
Para Justin Hester, pesquisador sênior da Hirotec America, com a solução IoT, a
empresa ganhou mais visibilidade em seis semanas do que em toda a sua
existência.
CIDADE INTELIGENTE
Com a massificação da conexão dos objetos à Internet surge uma gama de
aplicações como em cidades inteligentes, por exemplo, que se sustentam nos
pilares Sustentabilidade, Eficiência, Pessoas e Segurança. Observe o exemplo:
RECAPITULANDO
Módulo 2
Nesse módulo, você conheceu o conceito de IoT e as tecnologias que viabilizam
a integração dos objetos nos ambientes físico e digital.
Você viu que essa conectividade têm proporcionado a criação de novos modelos
de negócios tanto na indústria como na área de serviços e que a expectativa é que
as empresas usem a IoT para se tornarem ágeis e mais competitivas.
No próximo módulo, você vai conhecer o conceito de Computação em nuvem,
suas tecnologias e aplicações.
Avance para continuar seus estudos.
Módulo 03
COMPUTAÇÃO EM NUVEM
Neste módulo, você conhecerá o conceito de Computação em Nuvem, a evolução dos
sistemas de armazenamento, e os modelos de implantação de nuvem e de serviços
fornecidos por provedores.
Esperamos que ao final de seus estudos, você tenha entendido como essa tecnologia
disponibiliza e amplia o acesso à informação, e que seja capaz de selecionar o modelo
de serviço e de plataforma adequados à cada aplicação.
1880
1950
1962
1963
1971
1990
1994
1995
1999
2000
2013
SAIBA MAIS.
Na ciência da computação, os fatores multiplicativos são Megabytes, Gigabytes e
Terabytes (mega, giga e tera) que equivalem:
MODELOS DE IMPLEMENTAÇÃO DE
NUVENS
O Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia - NIST define também modelos para a
implementação de nuvens. Os modelos definidos mais consagrados são: nuvem
pública, nuvem privada, nuvem comunitária e nuvem híbrida.
NUVEM PÚBLICA
Centenas de empresas podem usá-la ao mesmo tempo, mas separadamente. Pode ser
acessada por qualquer usuário.
O provedor da nuvem é responsável pela manutenção e pela segurança.
Por serem de uso geral, há maior risco à privacidade.
NUVEM PRIVADA
Propriedade de uma única empresa que faz uso exclusivo dos recursos (servidores
e software), com a utilização apenas de pessoas específicas. Protegida pelo firewall e
administrada de acordo com o regimento da organização. Seu custo, no entanto, pode
ser alto e, consequentemente, impeditivo para muitas empresas.
NUVEM COMUNITÁRIA
Pode ser compartilhada por diversas empresas que, normalmente, possuem interesses
em comum. A administração geralmente é realizada por uma das empresas parceiras.
Os custos também são divididos.
NUVEM HÍBRIDA
Composta de duas ou mais nuvens, que preservam as características originais de seu
modelo, interligadas por uma tecnologia que possibilite a portabilidade de informações
e aplicações.
NA PRÁTICA
Navegue pelos cases e saiba como as empresas estão usando a Computação em
Nuvem. Aproveite para pensar de que maneira essa tecnologia pode ser utilizada
na área ou na empresa em que você trabalha.
Fórmula 1
A Fórmula 1 é um bom exemplo da junção de tecnologias como Computação em
Nuvem, Big Data e Internet das Coisas, pois antes, durante e depois dos treinos e
das corridas, vários dados são coletados, armazenados e analisados.
Os engenheiros das equipes analisam em tempo real dados de, aproximadamente,
150 sensores em cada carro, que contemplam informações sobre pressão dos
pneus, consumo de combustível, força do vento, localização na pista, via GPS,
temperatura dos freios, entre outras. Cada sensor se comunica tanto com a equipe
no boxe como com um time de engenheiros na fábrica. Eles podem transmitir
2GB de dados em uma volta e 3TB em uma corrida.
Os resultados dessas análises têm aumentado a segurança dos pilotos e
mecânicos, reduzido o consumo de peças, pneus e combustível e aumentado a
competitividade entre as escuderias. Mas não é só isso, no conceito de
Horizontalização, os dados obtidos pelas equipes são compartilhados com os seus
fornecedores, a indústria, que os usam para aprimorar seus produtos seja no
design, durabilidade e eficiência das peças, seja na eficiência do combustível.
Eficiência Energética
Em 2008, quando os Estados Unidos da América enfrentavam uma crise de
energia, e a escalada do preço dos barris parecia não ter limites, a pergunta não
era mais se haveria crise mundial no setor de Energia, mas quando ela começaria.
Então, a aplicação das novas tecnologias na exploração do xisto transformou a
indústria e em apenas alguns anos a produção de petróleo e de gás de xisto
dobrou nos EUA.
Os geólogos sabiam sobre os depósitos de rocha de xisto ricos em petróleo há
pelo menos 100 anos, o que eles não sabiam era como aproveitar essas formações
para produzir petróleo e gás a preços competitivos. Os avanços na perfuração
horizontal e na fraturação hidráulica, no entanto, começaram a ser promissores: a
ideia era perfurar, por kilometros, a superfície da Terra para muitos locais a partir
de uma única plataforma acima do solo, então, injetar água pressurizada na rocha
de xisto, liberando grandes quantidades de petróleo e de gás. Para encontrar essas
formações de xisto e descobrir os melhores lugares para abri-las, é necessário
uma modelagem 3D altamente sofisticada de formações sub-superficiais. As
leituras sísmicas e a análise dos dados permitiram aos geólogos e engenheiros
identificar os melhores locais para perfurar. Além disso, a coleta e análise de
dados em tempo real, possibilitados pela computação em nuvem, aceleraram o
aprimoramento dos processos, tendo com base os dados sobre o sucesso ou o
fracasso dos poços, as formações rochosas e as técnicas.
Segundo Mark Mills, especialista em Energia, "A velocidade da melhoria tem
sido notável, com praticamente nenhum aumento de capital”.
Em menos de cinco anos, houve melhora de 50 a 100% nos três quesitos-chave:
tempo, equipamento e distância de perfuração.
Indústria Automotiva
Da criação da linha de produção em série aos dias de hoje, muita coisa mudou na
Indústria Automotiva que, por sinal, é uma das áreas da indústria que mais têm se
beneficiado dos avanços da tecnologia.
Don Butler, diretor executivo de uma montadora de veículos, explica que a
Computação em Nuvem permite que a empresa “colete dados dos veículos,
armazene-os e os analise a fim de descobrir o valor que pode derivar deles como,
por exemplo, reparar mais facilmente esses veículos considerando como as
pessoas os estão usando". Em outras palavras, a Computação em Nuvem permite
que a indústria automotiva crie mais produtos, serviços e experiências baseados
nos dados coletados, em tempo real, sobre a necessidade do consumidor e em sua
experiência de uso.
Além disso, Don Butler está pilotando, no Google Earth, uma solução
desenvolvida pela Siemens que, baseada na nuvem, habilita a navegação virtual
das linhas de montagem em suas plantas, até o nível de estações de trabalho
individuais. Com isso, a empresa busca obter melhoria em comunicação,
eficiência, globalização e padronização de seus processos e produtos.
Módulo 3
Neste Módulo, você conheceu o conceito de Computação em Nuvem, os tipos de
Nuvens e de serviços oferecidos por provedores.
Você viu a evolução dos sistemas de armazenamento de dados digitais e que a Nuvem
permite o acesso sob demanda, um grande diferencial desse novo sistema de
armazenamento, dentre outros benefícios dessa tecnologia para a Indústria 4.0
No próximo módulo, você vai conhecer o conceito de Big Data, suas tecnologias e
aplicações.
Módulo 04
BIG DATA
Neste módulo, você conhecerá o conceito de Big Data, suas características e aplicações;
e entenderá como o uso dessa tecnologia possibilita que as empresas se tornem ágeis.
Além disso, conhecerá como surgiram a Inteligência Artificial e o processo de análise
de dados.
Esperamos que ao final desse módulo, você tenha entendido como Big Data, IoT,
Computação em Nuvem e Inteligência Artificial podem ser utilizados para beneficiar a
indústria, o setor de serviços e a sociedade.
O QUE É BIG DATA
Estamos vivendo a era da informação. Diariamente, são gerados milhões de dados. No
ano de 2017, por exemplo, foram gerados 2.5 quintilhões de bytes de dados por dia
(DOMO, 2017). Se fôssemos armazenar esses dados em discos Blu-ray seriam
necessários 10 milhões de discos. Para se ter uma ideia da velocidade na geração dos
dados, é sabido que 90% dos dados disponíveis hoje foram gerados nos últimos dois
anos. Ou seja, a sociedade atual está gerando uma quantidade de informação muito
superior à gerada por toda a humanidade ao longo dos séculos.
A Internet é uma das principais fontes de dados. Globalmente, a web recebe os mais
diversos formatos de dados, de artigos científicos a publicações nas redes sociais, nos
formatos de texto, imagem, vídeo e áudio.
Este grande volume de dados recebe o nome de Big Data. No entanto, Big Data não
deve ser entendido apenas pelo volume de dados. O fator principal, para a indústria, no
uso dessa tecnologia é a capacidade de processar e avaliar as informações
relevantes, pois de nada serve possuir grandes volumes de dados se não puder fazer uso
deles. É preciso extrair conhecimentos úteis e valiosos, de modo que se faz necessário o
uso de ferramentas e técnicas de gestão para processar grande volume de dados, em
diversos formatos, em velocidade adequada.
Há cinco características-chave em Big Data: volume, velocidade, variedade,
veracidade e valor.
VOLUME
Refere-se à quantidade de dados cada vez maior que está sendo gerada e/ou
consumida.
O desafio de armazenar e recuperar o grande volume de dados. Por meio de soluções
computacionais capazes de armazenar volumes massivos de dados e indexá-los para
uma rápida pesquisa e recuperação.
Além disso, o custo para a armazenagem dos dados está mais barato. De acordo com a
revista Computer World, em 1970, por exemplo, armazenar 1 gigabyte de dados custava
$185.000 (cento e oitenta e cinco mil dólares). Essa mesma quantidade, em 2017, estava
sendo ofertada por $0.02 (2 centavos de dólar).
VELOCIDADE
Refere-se à velocidade com que os dados são gerados e/ou recuperados.
De acordo com o site domo.com (2018), em 2017, a cada minuto, foram realizadas mais
de 150 mil chamadas no Skype, mais de 4 milhões de visualizações no YouTube.
Em 1992, por exemplo, a humanidade gerava 100 GB de dados por dia. Em 2013,
passamos a gerar 28.875 GB de dados por segundo! A previsão para 2018 é de 50.000
GB sendo gerados a cada segundo.
A velocidade dos dados está ligada a taxa de geração, mas também à taxa de consumo.
Para a indústria, essa velocidade é um desafio de Big Data, pois é preciso desenvolver
mecanismos capazes de processar esses dados em tempo real.
VARIEDADE
Refere-se aos mais diversos formatos de dados. No início da era digital, buscou-se
fazer uso de dados estruturados, como em modelos de banco de dados relacionais.
Porém, com o avanço da Internet, e a proliferação das redes sociais, passamos a utilizar
dados não-estruturados, como vídeos, imagens, textos (mensagens). Processar tais
formatos de dados requer o desenvolvimento de tecnologias especializadas.
VERACIDADE
Refere-se à obtenção de dados verídicos. O conceito de velocidade está alinhado com o
conceito de veracidade, pois os dados devem ser analisados em tempo real. Ou seja, os
dados devem ser analisados de forma constante para dar veracidade à análise.
VALOR
Refere-se ao valor agregado ao processo: coleta, armazenamento e análise dados. Em
outras palavras, o processo de análise de dados pode gerar novos conhecimentos e valor
para a indústria.
BIG DATA ANALYTICS
Tirar o melhor proveito do Big Data requer a capacidade de tratamento desses dados.
Esse processo pode ser definido como Big Data Analytics, formado por métodos de
gestão, técnicas de processamento, mineração de dados e descoberta de conhecimento,
inclusive com o uso da Inteligência Artificial.
Conheça uma proposta de processo de Big Data Analytics:
1 - Estabelecer questionamentos
A primeira coisa a fazer é estabelecer as perguntas para as quais buscaremos respostas.
Normalmente, essa formulação acontece em dois estágios: em Adquirir Dados (2) e em
Realizar modelo (4), no qual as perguntas são refinadas.
2 - Adquirir dados
Nessa etapa, são consultadas diversas fontes de dados a fim de estabelecer os elementos
da análise.
3 - Limpar dados
Essa etapa consiste na aplicação de técnicas de limpeza de dados (data cleaning), com
o objetivo de detectar e sanar imperfeições nos dados coletados. Isso porque nem todos
os dados coletados são necessários para responder ao questionamento estabelecido. Pois
podem conter informações irrelevantes, duplicadas ou em formato inapropriado para o
modelo.
4 - Realizar modelo
Se os dados coletados apresentarem formato adequado para a resolução do problema,
serão transformados em uma semântica que permita ao analista de dados proceder com
a análise. Nesse estágio, os dados são agrupados, formatados e/ou transformados para
os métodos analíticos, normalmente empregando técnicas de aprendizagem de máquina.
5 - Analisar dados
Esse é considerado o passo fundamental do processo. É nesse estágio que, com uso de
técnicas estatísticas, de manipulação de dados e de aprendizado de máquina, os dados
são transformados em conhecimento.
6 - Apresentar
Os resultados dos métodos analíticos são compostos por diversos elementos e a sua
compreensão não é imediata e de fácil assimilação. Por isso, são utilizadas técnicas de
visualização para representar o novo conhecimento de uma maneira coerente e de
fácil compreensão.
7 - Analisar resultados
Nesse momento, as considerações sobre os resultados obtidos são apresentadas por
meio de um conjunto de relatórios que descrevem o processo realizado e
as descobertas geradas ao longo das etapas anteriores.
8 - Refinar o problema
Normalmente, o processo de Big Data Analytics busca a melhoria contínua e o
aperfeiçoamento das análises. Dessa forma, nesse estágio o problema é refinado, seja
para novos questionamentos ou para maior detalhamento do problema abordado.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Você viu que na análise de dados são empregadas técnicas de aprendizagem de
máquina, ou seja, inteligência artificial. Mas, você sabe o que é inteligência artificial e
como ela surgiu?
Na década de 1950, pesquisadores descobriram que ao descrever as ações humanas por
meio de uma série de deduções e lógicas matemáticas, seria possível programar o
computador para realizar estas operações, simulando a inteligência humana. A esta linha
de pesquisa deu-se o nome de Inteligência Artificial (AI, do inglês Artificial
Intelligence), que desde sua criação tem se buscado fazer com que os computadores
simulem a forma de pensar e agir dos seres humanos, modelando elementos como ações
reativas e até sentimentos.
Para melhor compreender os objetivos da Inteligência Artificial, conheça o teste
proposto em 1950 por Alan Turing, conhecido com o pai da computação.
AGRUPAMENTO
As técnicas de agrupamento consistem em segmentar em subgrupos um conjunto de
registros a partir da similaridade de seus atributos.
Observe a ilustração que mostra dados não rotulados. No processamento, os padrões são
detectados e os dados são rotulados. Em seguida, um algoritmo de agrupamento é
utilizado para agrupar um conjunto de dados a partir do conceito de similaridade entre
os dados.
Esse processo ajuda a empresa a ser ágil na tomada de decisão em resposta aos eventos
da planta e às demandas do mercado, e a aprender com as ações tomadas, as reações de
sua cadeia de valor e decisões tomadas no processo.
A indústria automotiva vem se beneficiando das novas tecnologias tanto para melhorar a
experiência de condução do motorista como para otimizar os processos de produção.
Por exemplo, sensores instalados no veículo coletam e enviam dados sobre o
desempenho do automóvel...
O fabricante pode usar os dados coletados para avisar o motorista sobre a necessidade
de manutenção no veículo, com sugestão de data e local para essa manutenção...
... ao mesmo tempo, o fabricante aciona o concessionário mais próximo do cliente a fim
de que a oficina se prepare para realizar a manutenção do veículo.
Os dados coletados ainda podem ser usados para otimizar a linha de produção, com
peças ou acessórios mais demandados...
... Ou para aprimorar os projetos de novas versões do veículo ou de outros modelos.
Módulo 4
Nesse módulo, você conheceu o conceito de Big Data, as etapas do processo de análise
de dados, no Big Data Analytics, e os conceitos de Inteligência Artificial e Mineração
de Dados.
Você viu, também, como Big Data e Inteligência Artificial podem ser utilizados no
contexto da Indústria 4.0 para promover redução de defeitos, a otimização da matéria-
prima e da energia elétrica, assim como para definir a melhor configuração do ambiente
produtivo para atender flutuações do mercado.
No próximo módulo, você vai conhecer o conceito de Robótica Avançada, suas
tecnologias e aplicações.
Avance para continuar seus estudos.
Módulo 05
ROBÓTICA AVANÇADA
Neste módulo, você conhecerá a Robótica Avançada e sua aplicação. Também,
conhecerá a composição, as características e os tipos de robôs, bem como sua aplicação
dentro e fora da indústria.
Esperamos que ao final de seus estudos, você consiga selecionar o robô mais adequado
a cada tipo de trabalho e tenha entendido como esta tecnologia contribui para tornar a
indústria ágil.
O QUE É ROBÓTICA
Robótica é o uso dos robôs para a execução de atividades, em substituição do ser
humano em locais insalubres e em atividades que possam colocar em risco a
saúde do homem.
A utilização da robótica requer conhecimentos de mecânica (pneumática,
hidráulica, cinemática), eletrônica (sensores e atuadores), softwares e
programação (Microcontroladores e CLP – Controladores lógicos Programáveis).
Cerca de 90% dos robôs industriais são do tipo manipuladores que podem realizar
diversas atividades e também são os mais utilizados nas indústrias. Os AVG também
começam a ter aplicação na área industrial.
Observe a projeção de uso desses robôs nos próximos anos e o potencial que o Brasil
tem para desenvolver e aplicar essa tecnologia no campo da Indústria 4.0:
Sensores
Podem ser comparados aos nossos cinco sentidos. São responsáveis por coletar
informações do ambiente para que o robô as utilize para tomar decisões baseadas em
sua programação. Para esta interação, são utilizados sensores que podem ser do tipo
termopar (temperatura), GPS (localização), piezoelétrico (pressão), ultrassom
(proximidade), ccd ou cmos (imagem), entre outros.
Manipuladores
São como os nossos membros, por exemplo, braço, antebraço e mão que são
responsáveis por manipular objetos.
Transmissão
Equivalente ao nosso sistema circulatório. É responsável por levar energia e informação
aos diversos pontos do sistema. É basicamente composta por fios, na transmissão de
sinais elétricos, e tubos para transmissão de energia pneumática ou hidráulica.
Atuadores
São responsáveis pelo movimento do robô, assim como nossos músculos. Os atuadores
podem ser elétricos, pneumáticos e hidráulicos.
Estrutura
Pode ser comprada ao nosso esqueleto, pois ela é a responsável por dar sustentação ao
robô e auxiliar os seu movimentos.
Controladores
São o sistema nervoso responsável por tomar as decisões previamente programadas.
São, basicamente, um computador que pode ser programado para repetir ações.
Fonte de energia
Como o alimento para nós, a fonte de energia do robô é responsável por garantir energia
para as atividades. As principais fontes são:
Elétrica: via cabo ou bateria.
Pneumática: ar comprimido.
Hidráulica: utiliza o movimento do fluido hidráulico para produzir
movimentos.
SAIBA MAIS.
Para saber mais sobre a composição e o funcionamento dos robôs, visite os endereços
abaixo.
Atuadores que funcionam como os músculos humanos:
https://www.youtube.com/watch?v=2iG1ybuchx0
Robôs com inteligência artificial, preparados para aprender e tomar decisões com base
em suas experiências:
https://www.youtube.com/watch?v=5nCVE76LqZQ
Principais tipos de sensores:
https://www.citisystems.com.br/sensor-voce-sabe-que-quais-tipos/
SAIBA MAIS.
Assista ao vídeo para conhecer o funcionamento de
um robô cartesiano:
https://www.youtube.com/watch?v=mME-ykrfAYg
Robô de Coordenadas Articulado ou Antropormófico
É um Robô industrial que possui pelo menos 3 eixos de rotação. O eixo de rotação da
base é ortogonal aos dois outros eixos de rotação que são simétricos entre si. Esta
configuração permite maior mobilidade ao robô.
Esse é um dos robôs mais utilizados nos principais processos de fabricação devido a sua
flexibilidade.
SAIBA MAIS.
Assista ao vídeo para conhecer o funcionamento de um
robô de coordenadas articulado:
https://www.youtube.com/watch?v=L2sk4qGY7-I
MANUFATURA ADITIVA
Neste módulo, você conhecerá o conceito de manufatura aditiva, suas principais
tecnologias, características e aplicações. E verá como esse processo contribui para
tornar a indústria mais ágil.
Esperamos que ao final de seus estudos, você seja capaz de identificar as principais
tecnologias utilizadas na manufatura aditiva e os benefícios desse processo em relação à
manufatura por usinagem.
O QUE É MANUFATURA ADITIVA
A indústria aplica diversos métodos de fabricação. Um dos mais utilizados na produção
é a usinagem, que aplica a técnica de manufatura por remoção de material. Nessa
técnica, o material é extraído do bloco até se chegar à forma do produto esperado. Ela
pode ser realizada manualmente, por exemplo: limar, cortar, alargar, ou com o auxílio
de máquinas operatrizes como torno mecânico e fresadora.
Observe, no vídeo a seguir, como este processo é realizado em um centro de usinagem:
Já a manufatura aditiva é um processo de sobreposição de material para criar objetos a
partir de dados de um modelo virtual tridimensional, usualmente a adição da matéria-
prima ocorre em camada sobre camada.
Observe, no vídeo a seguir, como este processo é realizado em impressora 3D:
Além de manufatura aditiva, outros termos são utilizados para definir esse processo:
impressão 3D, fabricação aditiva, processo aditivo, técnicas aditivas, manufatura aditiva
por camadas, manufatura por camadas.
Saiba mais!
Segundo o dicionário Michaelis,
Manufatura é:
1- Ato ou efeito de manufaturar, de fabricar ou produzir; manufaturação.
2- Trabalho realizado à mão ou em máquina caseira.
O termo Manufatura Aditiva surgiu em 2010, quando a Sociedade Americana de
Ensaios e Materiais - ASTM - American Society for Testing and Materials, definiu o
nome desse processo produtivo para melhor descrever os potencias dessa tecnologia.
O conceito produtivo da manufatura aditiva é inovador, pois ao invés de extrair
material, como na subtrativa, ele é depositado e fixado, camada por camada. Além
disso, a espessura da camada depende da capacidade e da tecnologia do equipamento de
impressão.
A forma correta do depósito das camadas é especificada no modelo 3D, em três
dimensões, que é feito em softwares específicos de desenho, que podem ser AutoCad,
Catia, Inventor, Solidwork, Sketchup, 3ds Max, Meshmixer, TinkerCAD, entre outros.
Observe a representação dos processos:
Manufatura subtrativa Manufatura aditiva
Saiba mais!
A tecnologia de prototipagem rápida foi introduzida no mercado no fim da década de
1980. A partir de então, o desenvolvimento de novas tecnologias de impressão
proporcionou maior precisão dos movimentos e maior resolução dos desenhos. Com
isso, a partir dos anos 2.000, peças mais complexas e com maior precisão começaram a
ser produzidas.
Vale lembrar que existem várias tecnologias de prototipagem, e a chamada manufatura
aditiva não é a evolução do processo e sim um dos tipos. Para cada manufatura existe
um processo que melhor se adequa à necessidade de produção.
IMPRESSÃO EM 3D
Com a evolução das tecnologias, também no que se refere aos materiais que podem ser
empregados, setores como o médico, odontológico, automobilístico, aeroespacial e
bélico conseguem atender demandas muito específicas como a necessidade de
customização, redução de massa (peso) e aumento da velocidade de fornecimento.
Além disso, a manufatura aditiva vem sendo usada em outras áreas industriais devido à
sua capacidade de produzir peças de geometrias complexas.
Acompanhe o processo produtivo com impressão 3D, ou seja, a manufatura aditiva.
Clique sobre os números.
O primeiro passo consiste em desenhar o produto em um software de
modelagem 3D, respeitando as condições mecânicas do produto.
Converter o arquivo (desenho) para um formato aceito pela impressora (por
exemplo, extensão STL ou IGS).
IMPRIMIR O PRODUTO.
Observe que antes da impressão, foram selecionados os materiais que serão
utilizados como base do produto e o acabamento que será dado à peça. Essa escolha
determina a resistência do produto de acordo com a sua aplicação.
Saiba mais!
Assista ao vídeo para saber como esse processo ocorre:
https://www.youtube.com/watch?v=uCrczfO0s8Q
Estereolitografia por Processamento de Luz Digital - Digital
Light Processing (DLP)
Esse método também funciona com uma resina líquida. A diferença entre esse e o SLA
é que ao invés da cura acontecer por um feixe de laser, ela ocorre com a utilização da
luz. A luz é projetada pela parte inferior do tanque e o produto vai sendo retirado do
tanque, o que faz parecer que um objeto sólido está sendo retirado de um meio líquido.
O processo de acabamento da esteriolitografia acontece em 3 fases: limpeza da resina
líquida que resta no produto, retirada dos suportes e, em muitos casos, a colocação do
produto em uma câmara de calor ou de luz para concluir a cura da resina.
RECAPITULANDO
Módulo 6
Nesse módulo, você viu o que é Manufatura Aditiva e conheceu as principais
tecnologias aplicadas na impressão 3D.
Você viu que a escolha da tecnologia está intimamente ligada à aplicação, ou
seja, ao produto que se pretende fabricar, considerando, dentre outras coisas,
custo, prazo e volume de produção.
Conheceu as vantagens do uso da Manufatura Aditiva em comparação ao
processo de produção por usinagem e como ela pode contribuir para que sua
empresa seja mais competitiva e ágil no atendimento as demandas de seus
clientes.
No próximo módulo, você vai conhecer o conceito de Manufatura Digital, suas
tecnologias e aplicações.
Avance para continuar seus estudos.
Módulo 07
MANUFATURA DIGITAL
Neste módulo, você conhecerá o processo de manufatura digital, os conceitos de
comissionamento virtual, realidade aumentada e de realidade virtual, e verá as etapas de
virtualização do produto, dos equipamentos e da célula.
Esperamos que ao final desse módulo, você tenha entendido como essas tecnologias
contribuem para tornar a indústria ágil na implantação de projetos e na tomada de
decisão, e possa listar o passo a passo para preparar a empresa para o uso das
tecnologias habilitadoras da indústria 4.0.
MODELOS VIRTUAIS
Como você viu, a construção de um modelo virtual compreende várias etapas e permite
diversas simulações. Clique nas abaspara conhecer os detalhes de cada uma das etapas
de virtualização:
PROJETOS DE ENGENHARIA
A modelagem tridimensional do produto contempla o produto e seus
componentes, levando em conta a geometria e suas dimensões. Nesta etapa,
existe a possibilidade de análise das interferências de montagem do conjunto,
com base nos requisitos do projeto, e a análise cinemática do movimentos das
peças quanto aos graus de liberdade e de deslocamento funcional.
O modelo proporciona a representação em vista explodida, o que permite criar
procedimentos de montagem e desmontagem do produto para manutenção, fornecendo
detalhes visuais inclusive com movimento entre as peças.
SIMULAÇÕES DE ENGENHARIA
Com base nas características geométricas da peça, nas características do material
e nas condições de fixação, assim como no esforço atuante, é possível efetuar
simulações cujos resultados fornecerão indicadores para aprovação ou
reprovação da peça (ou produto) de acordo com a condição de uso em estudo.
Geralmente, os modelos virtuais de análise são validados com ensaios das
condições reais de uso.
A grande vantagem dos ensaios virtuais é que erros de projeto podem ser
detectados nesta fase. Desta forma, a utilização de ensaios de protótipos reais cai
drasticamente e, consequentemente, o custo do projeto. Há, ainda, o aumento da
qualidade dos componentes analisados.
SIMULAÇÕES DE USINAGEM CNC
As simulações dos processos de usinagem possibilitam avaliar as melhores
estratégias de usinagens, ferramentas, parâmetro, possibilidades de colisões para
máquinas em CNC dos tipos Tornos, Centros de torneamento, Centros de
usinagens 2, 3 e 5 eixos.
Após a simulação de usinagem, o programa CNC é gerado automaticamente.
Esse programa será enviado à máquina CNC para a execução da operação.
Observe nas ilustrações:
Simulação de usinagem Geração do programa Usinagem real conforme
programa gerado
SIMULAÇÕES ROBÓTICAS
As simulações dos processos robóticos possibilitam analisar as melhores
estratégias de movimentação e atuação das ferramentas terminais (garras) durante
o processo. Permite identificar as possibilidades de colisões com elementos do
próprio processo, assim como em processos anterior ou posterior numa
integração com diversos módulos fabris. Após o teste e a análise, toda a
programação gerada na simulação virtual poderá ser transmitida ao processo real.
Caso se planeje alterações no processo, estas poderão ser simuladas virtualmente
e retransmitidas sem a necessidade de parada do processo produtivo.
Manufatura Digital
A montagem do processo produtivo traz todos os equipamentos e infraestruturas
necessários e simula, virtualmente, o ambiente fabril.
SIMULAÇÕES MANUFATURA DIGITAL
O processo de simulação da Manufatura Digital conecta todos os conhecimentos
da virtualização: modelamento tridimensional de produtos, componentes,
máquinas, programações de unidades de usinagem, programações de sistemas
robotizados necessários ao processo produtivo e as informações da análise da
produção como o layout e tempos de processos, por exemplo.
Observe um exemplo no vídeo abaixo:
COMISSIONAMENTO VIRTUAL
No comissionamento virtual é utilizado o modelo virtual do processo ligado diretamente
ao controlador lógico programável (CLP), controlando equipamentos automatizados,
robôs, equipamentos de segurança, sensorização do sistema. Desta forma, é possível
analisar e validar novos programas de controle do processo, além de corrigir falhas e
efetuar alterações, testando-as.
REALIDADE AUMENTADA
A realidade aumentada - RA vem sendo utilizada no processo produtivo para ampliar o
acesso à informação sobre máquinas, equipamentos, produtos e processos. Utilizando os
óculos, como mostrado no vídeo a seguir, o colaborador poderá obter informações sobre
a máquina, acessar seu manual e, ainda, contatar, por meio de vídeo-chamada, um
especialista para ajudá-lo.
Saiba mais.
O recurso de realidade aumentada também pode ser utilizado por meio de aplicativo,
em tablets ou celulares.
Assista ao vídeo e saiba como:
https://www.youtube.com/watch?v=EUmNbNa3RYY
REALIDADE VIRTUAL
A Realidade virtual permite recriar, virtualmente, ambientes físicos e inserir elementos
que levam o indivíduo, que imerge nesses ambientes, a simular experiências e sensações
muito próximas àquelas vivenciadas em ambientes reais.
Entre as vantagens proporcionadas por esses ambientes virtuais, estão a integridade da
saúde e da segurança do indivíduo, a preservação de máquinas e equipamentos e a
oportunidade de testar inovações sem custo com mão de obra, matéria-prima e energia,
entre outros.
Por exemplo, a análise de projetos em ambientes de projeção tridimensional permite aos
analistas, especialistas e engenheiros uma visão geral de detalhes, erros e oportunidades
de melhoria.
A RV é utilizada também em treinamentos. As tarefas de grande periculosidade em
ambientes reais ou de alto custo são problemas no treinamento de pessoas. Com a
utilização de ambientes virtuais, o indivíduo estará em um ambiente similar ao real e
poderá simular movimentos e decisões sem correr riscos. Como exemplo, podemos citar
os simuladores de voo para a aviação, os de autoescolas para treino de direção de
veículos, no processo de habilitação de novos motoristas e os simuladores para
condutores de trens.
Saiba mais.
Clique aqui e veja outras possibilidades de uso da realidade virtual.
Saiba mais.
Para não ficar sem o estudo de caso, acesso o link abaixo e saiba como as empresas têm
aplicado as tecnologias habilitadoras:
https://exame.abril.com.br/revista-exame/a-fabrica-do-futuro/
RECAPITULANDO
Módulo 7
Nesse módulo, você conheceu o conceito, os ciclos e as tecnologias e processos
que envolvem a Manufatura Digital.
Você viu que esse modelo de manufatura proporciona vários benefícios ao
processo produtivo e pode agregar tecnologias como Realidade Aumentada e
Realidade Virtual.
Além disso, você viu o que deve ser considerado na implementação das
tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, como é o caso da Manufatura Digital.
No próximo módulo, você vai conhecer como a Integração de Sistemas tem
tornado as empresas ágeis.
Avance para continuar seus estudos.
Módulo 08
INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS
Neste módulo, você conhecerá o conceito de integração sistemas, a verticalização e a
horizontalização na indústria 4.0.
Esperamos que ao final de seus estudos, você tenha conseguido entender a diferença
ente verticalização e horizontalização e como a integração dos sistemas e a capacitação
dos recursos humanos contribuem para tornar a empresa ágil.
SISTEMAS INTEGRADOS -
VERTICALIZAÇÃO E
HORIZONTALIZAÇÃO
Como você tem visto, as empresas buscam, cada vez mais, estratégias para se tornarem
competitivas frente a um mercado altamente dinâmico. O aumento dos lucros já não está
mais relacionado ao aumento do preço do produto, e sim à diminuição dos custos
empresariais.
Frente às mudanças globais e à concorrência empresarial, velhos conceitos e bases
estratégicas que visavam apenas a otimização dentro da fábrica começaram a ser
questionados e modificados por meio de novas estratégias que envolvem todos os
integrantes das cadeias de suprimentos, dando margem a um horizonte de possibilidades
para redução de custos.
Um dos conceitos que abordam mudanças estratégicas da forma de atuação das
empresas na elaboração de seus produtos é a integração de sistemas de
maneira vertical e horizontal.
Este conceito é utilizado para apresentar como os dados, processos, produtos, sistemas
de produção e sistemas de gestão se integram na Indústria 4.0.
É, também, um desafio para as empresas que estão, ou estarão, na transição para 4.0,
uma vez que seus sistemas de TI - Tecnologia da Informação e de TA - Tecnologia da
Automação ainda não estão integrados, e mais que isso, não foram pensados para serem
integrados em sua totalidade.
Pois, com o advento da Industria 4.0, cresce a demanda pela comunicação entre
sistemas para coleta, compartilhamento e análise de dados.
A integração dos sistemas, mapeando todos os processos da empresa, como o
desenvolvimento de produtos, melhoria de produtos já existentes, planejamento
estratégico e processos produtivos é chamada de verticalização. Ela permite uma visão
sistêmica do funcionamento da empresa.
Já o processo de comunicação realizado entre a empresa e suas cadeias de valor e de
suprimentos, ou seja, seus fornecedores, prestadores de serviço, clientes e outros
agentes externos à planta é chamado de horizontalização. Nessa integração, é possível
rastrear o ciclo de vida do produto, desde a matéria-prima que o compõe até a sua
reciclagem.
Embora haja diferença entre a integração vertical e a horizontal, o objetivo em ambos os
processos é transformar em informação de valor os dados gerados pelos sistemas e
processos que envolvem a fabricação e a comercialização de produtos.
Clique na imagem abaixo e observe a representação gráfica dessa comunicação:
Os maiores benefícios que estas estratégias de integração oferecem para a indústria são
a flexibilidade na produção e agilidade na tomada de decisão.
As tecnologias habilitadoras nesses processos são:
A Robótica avançada: os sensores e atuadores instalados nas máquinas
captam e enviam para a rede os dados de seu funcionamento;
A Internet das coisas: que permite que os dados enviados pelos sensores e
atuadores sejam disponibilizados na rede;
O Big Data: que agrega, em tempo real, dados dos ambientes interno e
externo;
A Computação em nuvem: que viabiliza o armazenamento de dados,
informação e sistemas fora dos domínios da fábrica;
A Segurança digital: que garante que a segurança dos equipamentos, dos
sistemas e da informação que transita entre máquinas. Essa segurança é
fundamental, pois mais do que roubar dados, dentro do contexto da
Indústria 4.0, um invasor pode parar máquinas, operá-las remotamente e
expor os trabalhadores da planta a riscos físicos. Você estudará esse tema
no próximo módulo.
VERTICALIZAÇÃO INTEGRADA
Os dados gerados nos processos externos podem influenciar os processos internos e
impactar custo, tempo e até mesmo qualidade na produção de um produto.
Mas, para que a empresa tire o melhor proveito das informações fornecidas pelas suas
cadeias de suprimentos e de valor, é preciso que tenha uma visão detalhada de seu
ambiente interno, o que é possível por meio da integração vertical.
Na verticalização, há integração dos sistemas de TI em vários níveis hierárquicos,
passando pela interface com os dispositivos físicos do chão da planta (sensores e
atuadores), pelo nível de controle de máquinas e sistemas, linha de produção,
planejamento da produção, controle de qualidade, até os processos de negócios nas
áreas de marketing e de vendas.
As soluções e tecnologias típicas na integração vertical são:
CLP - Controlador lógico programável: Responsável por controlar os
processos de fabricação. Se encontra no nível de controle.
SCADA - Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados: Permite
monitorar, controlar e supervisionar várias tarefas no nível de produção.
MES - Manufacturing Execution System: É um sistema de execução de
fabricação para o gerenciamento do nível operacional da planta.
ERP - Enterprise Resource Planning: É o sistema inteligente da empresa
que opera no nível de planejamento empresarial, o nível mais alto da
hierarquia.
Mas, para que essa conexão ocorra, é preciso que a linguagem de comunicação e a
arquitetura sigam um padrão. O modelo de arquitetura utilizado pela indústria 4.0 é o
RAMI 4.0 (Reference Architectural Model for Industrie 4.0) que propõe que a
informação seja organizada em camadas, desde o nível mais baixo (o sensor instalado
na máquina, por exemplo) até o nível mais alto, o de gestão.
Observe a representação gráfica:
Em outras palavras, todos os componentes e áreas estão conectados, o que permite que
os dados compartilhados por máquinas, equipamentos e sistemas sejam transformados
em informação que suportam as tomadas de decisão.
Clique nos icones e observe o processo:
s
Camada de dispositivos
Sensores e atuadores instalados nas máquinas enviam dados para a rede.
Camada de integração
Os dados passam do sistema físico (rede) para o sistema virtual (Nuvem).
Camada funções
Essa camada fornece os dados para as tomadas de decisão. É um canal para integração
horizontal de várias funções.
Camada de comunicação
Os dados são “traduzidos” para a linguagem padrão. São estruturados e integrados.
Camada de informação
Os dados são analisados e selecionados por cada área que pode fazer uso deles.
Como você viu na planta e ao longo desse curso, o uso das tecnologias habilitadoras
vem revolucionando a produção industrial globalmente. Os benefícios da
implementação dessas tecnologias nas empresas são diversos, assim como os desafios.
Os investimentos vão além de capital financeiro na aquisição de tecnologias e
dispositivos. Para tornar a empresa digital, ágil e inteligente, é preciso investir também
no desenvolvimento de novas competências no capital humano e na criação de uma
cultura digital na empresa, como mostram os cenários nacional e internacional.
No âmbito nacional, a pesquisa Indústria 4.0: Digitização como vantagem
competitiva no Brasil, conduzida pela PwC Brasil em 2016, apontou que:
No Brasil, apenas 9% das empresas brasileiras se classificam como avançadas
em níveis de digitização, mas elas apostam em um avanço acelerado nessa
área nos próximos anos. Em 2020, a expectativa é que o percentual salte para
72%.
A integração de tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0 requer mão de obra
qualificada em áreas como TI, robótica, eletroeletrônica, mecânica e mecatrônica.
Para os entrevistados pela PwC Brasil,
O investimento nas tecnologias adequadas é importante, mas o sucesso ou o
fracasso vai depender de diversos fatores relacionados a pessoas. As empresas
precisam desenvolver uma cultura digital robusta e ter certeza de que a
mudança é impulsionada por uma liderança clara da alta administração.
Também precisam atrair, reter e treinar funcionários para trabalhar em um
ambiente digital dinâmico.
Alinhado ao contexto global,
O SENAI compreende que a manufatura avançada é mais do que adotar novas
tecnologias, como inteligência artificial e big data. Exige, entre outros
aspectos, a qualificação dos profissionais que vão programar máquinas
complexas, implantar novos processos e, principalmente, tomar decisões
embasadas e em tempo real. Passa também pelo investimento em inovação,
essencial para que o Brasil participe das principais cadeias globais de valor.
(Carta da Indústria 4.0)
No Brasil, algumas empresas já caminham nessa direção. Avance para saber mais.
NA PRÁTICA
Saiba como as empresas estão investindo na capacitação de seus colaboradores e reflita
sobre como essas ações podem ser revertidas em aprendizados para você e para a sua
empresa.
Evolução profissional
De acordo com o estudo realizado em 2015 pela Boston Consulting Group, a
configuração da Indústria 4.0 provocará redução significativa nos postos de trabalho de
funções repetitivas e mais braçais. Em contrapartida, a indústria abrirá postos de
funções estratégicas, que exigirão dos profissionais conhecimento mais técnico e
especializado para lidar com máquinas e sistemas inteligentes e comportamento mais
flexível para trabalhar em equipe e tomar decisão rapidamente.
Em outras palavras, é preciso que os profissionais de hoje se capacitem para mudar de
posição na empresa, pois com a previsão de um aumento de 6% no número de empregos
até 2025 na Alemanha, onde a indústria 4.0 surgiu, espera-se que o mundo acompanhe a
tendência de desenvolvimento humano, profissionais de mecatrônica com habilidade
em software, por exemplo, da mesma forma como acompanhou o desenvolvimento de
sistemas e equipamentos na planta.
Mesmo antes de serem divulgados os resultados desse estudo, no Brasil, as empresas já
se articulavam frente às mudanças anunciadas pela Indústria 4.0. Um exemplo dessa
articulação é o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Aeronáutica criado em 2014
com o objetivo de melhorar os processos e aumentar a competitividade das
empresas brasileiras do setor aeronáutico. Apoiado pela Embraer e pela Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, o programa envolve 75 empresas da
cadeia de fornecedores da indústria aeronáutica brasileira e visa capacitar os
colaboradores dessas empresas nas novas tecnologias e soluções usadas na indústria
4.0.
Outro exemplo vem das indústrias do setor de alimentos e bebidas que estão
capacitando os seus colaboradores com cursos complementares a fim de que
profissionais aumentem sua visão sobre a área em que atuam, ultrapassando as barreiras
de suas funções na planta e colaborando em outras funções.
Fontes: Valor Econômico, 2018. | Fispal Digital, 2018.
RECAPITULANDO
Módulo 8
Neste módulo, você conheceu o conceito de Integração de Sistemas e a diferença
ente verticalização e horizontalização.
Você também viu como a verticalização integrada contribui para tornar a
indústria ágil, e a importância da capacitação dos recursos humanos na indústria
4.0.
No próximo módulo, você vai conhecer o conceito de Segurança Digital, suas
tecnologias e aplicações.
Avance para continuar seus estudos.
Módulo 09
SEGURANÇA DIGITAL
Neste módulo, você conhecerá o conceito de segurança digital, os pilares da segurança
digital e os novos riscos aos quais a indústria está exposta com a digitalização.
Esperamos que ao final de seus estudos, você consiga identificar os requisitos e as boas
práticas para garantir a segurança da informação na indústria 4.0.
Confidencialidade
É a certeza de que o acesso à informação será feito apenas por aqueles que possuem o
direito. É importante frisar que o objetivo não é negar o acesso à informação, mas sim
impedir que a informação fique disponível para pessoas indevidas, enquanto se garante
que aquelas que estão autorizadas possa acessá-la.
Disponibilidade
É a garantia de que a informação estará disponível sempre que necessário.
REQUISITOS DE SEGURANÇA
Há, ainda, requisitos que são valiosos na proteção da informação de uma empresa
(Iepsen, 2014):
Autenticidade
É a certeza de que as partes envolvidas em um processo de troca de informação sejam
quem afirmam ser.
Auditoria
É a capacidade de rastrear diversos passos de um negócio ou de um processo,
identificando os participantes, assim como locais e horários dos eventos.
Não repúdio
É a segurança de que o emissor ou manipulador da informação não possa negar sua
autoria ou responsabilidade. Por exemplo, uma troca de e-mails utilizando certificados
digitais para assinar digitalmente o e-mail garante que o emissor não pode negá-lo, caso
sua autoria seja questionada, assim como garante ao receptor saber quem escreveu a
mensagem.
Privacidade
É a confiança da capacidade de manter oculto o usuário criador ou manipulador da
informação, não sendo possível realizar uma associação direta entre a informação e o
usuário. Não se pode confundir este conceito com confidencialidade. A
confidencialidade visa manter confidencial a informação, com o acesso apenas para
usuários autorizados (logo, deve-se conhecer quem é o usuário). A privacidade visa não
associar a informação ao usuário. Um bom exemplo desta privacidade são as urnas
eletrônicas brasileiras, que não permitem associação de um voto a um eleitor, tornando
o voto secreto.
Legalidade
É a certeza da legalidade da informação, de modo que esta fique aderente à legislação.
BOAS PRÁTICAS
No cuidado com a segurança da informação, algumas práticas são tradicionais e muitas
pessoas as utilizam, outras são utilizadas apenas por especialista de Tecnologia da
Informação.
Clique nas setas para conhecer algumas delas:
Backup
A cópia de segurança, conhecida como backup, é imprescindível para garantir a
disponibilidade da informação em caso de dano na armazenagem ou de roubo.
O backup pode ser guardado tanto em dispositivos físicos como na nuvem.
Redundância de sistemas
A infraestrutura replicada, seja ela física ou virtual, permite que outro sistema entre em
operação caso um servidor ou equipamento falhe, de forma rápida, sem que o usuário
perceba.
Eficácia no controle de acesso
O controle de acesso à informação pode ser físico ou lógico. Exemplos de controle físico
são câmeras de monitoramento e travas especiais nas portas com uso de senhas. E como
exemplo de controle lógico podemos citar o Firewall, que aplica protocolos de segurança
sobre o tráfego de informação de uma máquina para outra.
A tendência para a indústria 4.0 é o uso de assinatura digital, que identifica e autentica o
usuário por meio da impressão digital, da voz, do rosto inteiro ou da íris dos olhos.
Contratos de confidencialidade
Os colaboradores de uma organização, contratados ou terceirizados podem ter acesso a
informações confidenciais.
O contrato de confidencialidade é uma forma de preservar a segurança das informações.
NA PRÁTICA
Veja, no case a seguir, a falha de uma grande empresa no quesito segurança da
informação. Em seguida, reflita sobre o que poderia ter sido feito para garantir a
segurança dos dados.
Dados roubados
Em 2013, a empresa de segurança LastPass, especialista em senhas, descobriu que
dados (nomes e senhas) de mais de 152 milhões de usuários de contas da Adobe
Systems haviam sido disponibilizados na internet, fato que foi considerado, na época, o
maior vazamento de informação da história.
Do mesmo modo, 2,8 milhões de dados bancários ficaram disponíveis, além dos
códigos-fonte de aplicativos como ColdFusion, Adobe Acrobat e Reader. A empresa
negou essa proporção, alegando que a invasão havia comprometido apenas 38 milhões
de contas.
Segundo a LastPass, entre os dados furtados havia endereços de e-mail,
senhas criptografadas e dicas de senhas armazenadas sem proteção nos perfis dos
usuários. Os dados roubados foram disponibilizados em um site acessado por
cybercriminosos.
No entanto, a Adobe explicou que nem todas as contas encontradas no site eram
genuínas, porque o principal data center visado era um sistema de backup que estava
prestes a ser substituído. Ou seja, pelo menos 25 milhões de registros eram de e-
mails inválidos, e 18 milhões de senhas não tinham efeito. O porta-voz da empresa
disse, ainda, que uma parte considerável dos perfis encontrados era fictícia, tendo sido
usada por seus criadores com o intuito de baixar softwares gratuitos e outros recursos.
Mesmo assim, os perfis “reais” poderiam ser usados para práticas criminosas
de phishing, para obtenção de dados bancários, por exemplo.
Paul Stephens, diretor da ONG Privacy Rights Clearinghouse, dedicada à segurança da
informação, ressaltou que se uma pessoa tinha uma conta antiga da Adobe que não
usava mais, mas utilizava a mesma senha para operações na intranet, criminosos
poderiam roubar informações utilizando essa senha.
Para Joe Siegrist, diretor executivo da LastPass, a Adobe não protegeu adequadamente
as senhas dos usuários porque deixou de usar um código extra junto a cada senha
criptografada (técnica conhecida como “salgar a senha”) antes de armazená-la no data
center. Pelo menos 108 milhões de contas tinham senhas fáceis, e 1,9 milhões usavam
praticamente a mesma senha, completou Siegrist.
Adaptado de: O Globo e Mihajlo Prerad, Canal Tech.
RECAPITULANDO
Módulo 9
Nessa aula, você viu o que é Segurança Digital e conheceu as principais medidas
e boas práticas para garantir a segurança da informação.
Você viu que as ameaças à segurança da informação podem estar dentro e fora da
empresa. Por isso, é imprescindível que todos os colaboradores, contratados e
terceirizados, tenham acesso à política de segurança adotada pela empresa e que
compreendam a importância das medidas de segurança.
No próximo e último módulo, você vai conhecer como aplicar em sua empresa o
conhecimento que adquiriu nesse curso.
Avance para continuar seus estudos.
Módulo 10
ENCERRAMENTO
Neste módulo, você conhecerá os níveis de maturidade das empresas em relação à
indústria 4.0, e outros fatores, além da tecnologia, que impactam as empresas
inteligentes.
Esperamos que ao final de seus estudos, você consiga identificar os fatores que devem
ser considerados pela empresa ao se preparar para as mudanças nos processos e nas
tecnologias adotados na Indústria 4.0.
PRÓXIMOS PASSOS
Agora que você já tem uma visão geral da Indústria 4.0 e de como as tecnologias
habilitadoras se integram à ela, deve estar se perguntando como aplicar esse
conhecimento em sua empresa.
Como você viu, as tecnologias habilitadoras permitem à empresa acelerar a tomada de
decisão e as mudanças nos processos. Tornando a empresa ágil em um processo de
aprendizagem contínua.
Você percebeu, também, que a tecnologia, por si só, não representa a solução. É preciso
que tanto a sua escolha como a sua aplicação seja aderente às necessidades da empresa,
e que os colaboradores estejam preparados para o novo cenário, dominando a
tecnologia, se adaptando às mudanças nos processos e se antecipando às demandas do
mercado.
A escolha das ferramentas deve ser baseada na visão abrangente sobre todas as áreas do
negócio, as oportunidades de melhoria e o planejamento para atingir seus objetivos de
curto, médio e longo prazos. Em outras palavras, a empresa deve ter muito claro onde
está, aonde quer chegar e o que precisa para chegar lá.
RASMUS, R. & NICHOLS, J. (2016) listam alguns fatores que devem ser considerados
pelas empresas rumo à Indústria 4.0:
Clique nos ícones centrais (em destaque) para saber mais:
Pessoas
Ao apostar na melhoria contínua, a empresa deve pensar no todo. O primeiro passo é
cuidar do recurso humano adotando:
Processos
Ainda antes de investir em tecnologia, a empresa deve mapear e simplificar os seus
processos, a fim de promover:
IMPORTANTE!
O mapeamento e a mudança de processos podem gerar economias às empresas. Ao
adotar métodos consagrados como manufatura enxuta, eficiência energética e produção
mais limpa, a indústria passa a conhecer melhor suas deficiências e oportunidades de
melhorias antes de implantar a digitalização e de adotar novas tecnologias previstas na
Indústria 4.0. O SENAI possui metodologias e indicadores padronizados nacionalmente
para cada uma dessas etapas.
Tecnologia
Ao investir em tecnologia, a empresa deve ter claros os seus objetivos a fim de eleger a
solução que melhor responda às suas expectativas. Como, por exemplo:
NA PRÁTICA
O SENAI conduziu em 2017, em todo o território nacional, o programa Indústria mais
produtiva – I+P para aplicação das ferramentas do Lean Manufacturing em 3.000
empresas, buscando a otimização do processo produtivo. Essa intervenção proporciona
resultados e melhorias rápidas, com baixo custo, e gera alto impacto na produtividade
da empresa.
ALÉM DA TECNOLOGIA
Os dados do Programa I+P corroboram as descobertas da empresa Accenture Strategy,
em uma pesquisa conduzida em 2015, que apontam outros fatores, além da tecnologia,
que podem impactar a produtividade da empresa. Os pesquisadores compilaram os
principais desafios, ou obstáculos, enfrentados pelas empresas na adoção da tecnologia
digital.
A pesquisa apontou, ainda, que desenvolver nos colaboradores as competências
necessárias para tirar o melhor proveito das mudanças é uma das principais
preocupações das empresas. Pois as competências não são apenas técnicas, mas também
interpessoais (soft skills), em especial a capacidade de trabalhar de forma colaborativa,
uma vez que a palavra-chave na Indústria 4.0 é conexão.
Outro ponto importante, relacionado à empresa, é a escolha da tecnologia. Em muitos
casos, a empresa falha em adotar tecnologias que não estão alinhadas aos seus objetivos.
As tecnologias devem suportar benefícios aderentes ao negócio.
A boa prática tem sido começar pelo “fim”, identificando os principais resultados que a
empresa deseja obter com a digitalização (reduzir custo, aumentar produtividade,
flexibilizar a produção, alcançar novos mercados etc.).
Conectividade
As tecnologias isoladas são substituídas por componentes conectados a fim de refletir os
principais processos da empresa. Partes dos sistemas de tecnologia operacional (TO)
fornecem conectividade e interoperabilidade, mas a integração completa das camadas de
TI e TO ainda não ocorreu.
Visibilidade
Nessa etapa, a fábrica adota os equipamentos com sensores que permitem que os
processos sejam capturados do começo ao fim. A empresa, como um todo, pode ser
enxergada em tempo real, em vez de apenas em áreas individuais como a célula de
produção como era anteriormente. Isso permite ter uma visão da fábrica em todos os
momentos.
Transparência
O terceiro estágio consiste em criar uma versão digital da empresa de maneira a ter
todos os dados a serem usados no próximo estágio.
Capacidade preditiva
Com base nos dados da etapa anterior, a empresa é capaz de simular cenários futuros e
identificar os mais prováveis. As possibilidades podem ser testadas na versão digital
antes de serem implementadas na planta física. Em outras palavras, as empresas podem
antecipar desenvolvimentos futuros, tomar decisões e implementar as medidas
apropriadas em tempo hábil.
Adaptabilidade
A capacidade preditiva é um requisito fundamental para ações e tomada de decisão
automatizadas. A adaptação contínua permite que uma empresa delegue certas decisões
ao sistema de TI para que ele possa se adaptar e fornecer resposta ao mercado o mais
rápido possível.