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Assistente em Administração

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Noções de Administração Geral e Pública
Noções de Direito Administrativo
Aquivologia e Redação Oficial
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
burocráticos difundidos por Max Weber. O auge dessas mudanças
Professora Silvana Guimarães ocorre em 1936 com a criação do Departamento Administrativo do
Serviço Público (DASP), que tinha como atribuição modernizar a
Formada em Direito. Especialização em Gestão Empresarial.
Consultora em Gestão de Projetos e Desenvolvimento máquina administrativa utilizando como instrumentos a airmação
Comportamental dos princípios do mérito, a centralização, a separação entre público
e privado, a hierarquia, a impessoalidade, a rigidez e universali-
dade das regras e a especialização e qualiicação dos servidores.
2) 1956 a 1960 – A administração paralela de JK: A admi-
1. NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO: CONCEITOS, OBJETI- nistração paralela foi um artifício utilizado pelo governo JK para
VOS, EVOLUÇÃO HISTÓRICA, ORGANIZA- atingir o seu Plano de Metas e seguir seu projeto desenvolvimen-
ÇÕES, EFICIÊNCIA E EFICÁCIA; • ABOR- tista. Surgiu com a criação de estruturas alheias à Administração
DAGENS CLÁSSICA, COMPORTAMENTAL E Direta.
SISTÊMICA DAS ORGANIZAÇÕES. • O PRO- 3) 1967 – A reforma militar: Durante a ditadura militar, a
CESSO ADMINISTRATIVO: PLANEJAMEN- administração pública passa por novas transformações, tais como:
TO, ORGANIZAÇÃO, LIDERANÇA E CON- A ampliação da função econômica do Estado com a criação de
TROLE; • ORGANIZAÇÃO: ESTRUTURAS várias empresas estatais, a facilidade de implantação de políticas
ORGANIZACIONAIS; • ADMINISTRAÇÃO – em decorrência da natureza autoritária do regime, e o aprofunda-
PÚBLICA E REFORMA DO ESTADO. mento da divisão da administração pública, mais especiicamente
através do Decreto-Lei 200/67, que distinguiu claramente a Ad-
ministração Direta (exercida por órgãos diretamente subordinados
aos ministérios) da indireta (formada por autarquias, fundações,
empresas públicas e sociedades de economia mista). Essa reforma
Administração é o ato de administrar ou gerenciar negó- trouxe modernização, padronização e normatização nas áreas de
cios, pessoas ou recursos, com o objetivo de alcançar metas de- pessoal, compras e execução orçamentária, estabelecendo ainda,
inidas. cinco princípios estruturais da administração pública: planejamen-
A gestão de uma empresa ou organização se faz de forma que to, coordenação, descentralização, delegação de competências e
as atividades sejam administradas com planejamento, organização, controle.
direção, e controle. Segundo alguns autores (Montana e Charnov)
4) 1988 – A administração pública na nova Constituição:
o ato de administrar é trabalhar com e por intermédio de outras
A nova Constituição da República Federativa do Brasil voltou a
pessoas na busca de realizar objetivos da organização bem como
fortalecer a Administração Direta instituindo regras iguais as que
de seus membros.
deveriam ser seguidas pela administração pública indireta, princi-
A administração tem uma série de características entre elas:
um circuito de atividades interligadas tais como busca de obten- palmente em relação à obrigatoriedade de concursos públicos para
ção de resultados, proporcionar a utilização dos recursos físicos e investidura na carreira e aos procedimentos de compras públicas.
materiais disponíveis, envolver atividades de planejamento, orga- 5) 1990 – O governo Collor e o desmonte da máquina pú-
nização, direção e controle. blica : Essa etapa da administração pública brasileira é marcada
Administrar, independente do nível organizacional, requer al- pelo retrocesso da máquina administrativa, o governo promoveu
gumas habilidades, que podem ser classiicadas em três grupos: a extinção de milhares de cargos de coniança, a reestruturação e
 Habilidades Técnicas – requer conhecimento especia- a extinção de vários órgãos, a demissão de outras dezenas de mi-
lizado e procedimentos especíicos e pode ser obtida através de lhares de servidores sem estabilidade e tantos outros foram coloca-
instrução. dos em disponibilidade. Segundo estimativas, foram retirados do
 Habilidades Humanas – capacidade de relacionamento serviço público, num curto período e sem qualquer planejamento,
interpessoal, envolvem também aptidão, pois interage com as pes- cerca de 100 mil servidores.
soas e suas atitudes, exige compreensão para liderar eicazmente. 6) 1995/2002 – O gerencialismo da Era FHC: A reforma
 Habilidades Conceituais – trata-se de uma visão pa- administrativa foi o ícone do governo Fernando Henrique Cardoso
norâmica das organizações, o gestor precisa conhecer cada setor, em relação à administração pública brasileira. A reforma gerencial
como ele trabalha e para que ele existe. teve como instrumento básico o Plano Diretor da Reforma do Apa-
A evolução da Administração veio de um modelo patrimonial relho do Estado (PDRAE), que visava à reestruturação do aparelho
percebida até década de 30, na sequencia veio a Era Vargas, onde do Estado para combater, principalmente, a cultura burocrática.
vemos o modelo burocrático e na segunda metade da década de 90, 7) Nova Administração Pública: O movimento “reinven-
deu início a implementação do modelo gerencial. tando o governo” difundido nos EUA e a reforma administrativa
Podemos dividir essa estruturação em sete etapas, quais sejam: de 95, introduziram no Brasil a cultura do management, trazendo
1) 1930 a 1945 – Burocratização da Era Vargas: Nessa técnicas do setor privado para o setor público e tendo como carac-
primeira etapa, em decorrência do Estado patrimonial, da falta de terísticas básicas:
qualiicação técnica dos servidores, da crise econômica mundial e ● O foco no cliente
da difusão da teoria keynesiana, que pregava a intervenção do Es- ● A reengenharia
tado na Economia, o governo autoritário de Vargas resolve moder-
● Governo empreendedor
nizar a máquina administrativa brasileira através dos paradigmas
● Administração da qualidade total

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
O modelo de administração pública burocrática, ou racional- ministração Pública em todo o mundo vem experimentando um
legal, foi adotado em muitos países visando à substituição processo de profundas transformações, que se iniciou na década
aquele tipo de administração onde patrimônio público e privado de 70, formado por um conjunto amplo de correntes de pensamen-
eram confundidos. O modelo burocrático visava o combate do to, que formam a chamada “Nova Gestão Pública”. Esse processo
clientelismo, nepotismo, empreguismo e, até mesmo, da corrupção. também ocorre no Brasil. Para entender o que é a gestão pública
Ocorre que o modelo burocrático sofreu o ataque natural do hoje, precisamos retroceder no tempo e analisar sua evolução ao
tempo, não sendo o mais apropriado para gerir as estruturas do longo das décadas.
Estado. Para responder a essas limitações do modelo burocrático, Nos últimos anos assistimos em todo o mundo a um debate
houve a adoção de certos padrões gerenciais na administração acalorado – ainda longe de concluído – sobre o papel que o Estado
pública. Esses novos modelos teóricos acerca da gestão do Estado deve desempenhar na vida contemporânea e o grau de interven-
foi chamado de Nova Administração Pública. ção que deve ter na economia. Nos anos 50, o economista Richard
Trata-se de um modelo mais lexível e mais próximo das Musgrave enunciou as três funções clássicas do Estado:
práticas de gestão do setor privado, conhecido como administração • Função alocativa: prover os bens e serviços não adequada-
mente fornecidos pelo mercado
pública gerencial. No Brasil, a tentativa de se implantar tais
• Função distributiva: promover ajustamentos na distribui-
teorias se deu com a publicação do Plano Diretor da Reforma do
ção da renda;
Aparelho, com uma série de diretrizes a serem implementadas
• Função estabilizadora: evitar grandes lutuações nos níveis
na administração pública denominando esse modelo de pós- de inlação e desemprego.
burocrático. De fato, entre o período que vai de 1945 (inal da segunda
A partir da década de 90, o foco central das discussões de guerra mundial) e 1973(ano do choque do petróleo), a economia
políticos e formuladores de políticas públicas passou a ser a mundial experimentou uma grande expansão econômica, levando
reforma administrativa. Com isso, deu-se início à implementação este período a ser denominado de “era dourada”.
de novas formas de gestão, com modelos mais próximos daqueles Desenvolveu-se a igura do Estado-Provedor de bens e servi-
empregados na iniciativa privada. ços, também chamado de Estado de Bem-Estar Social. Houve uma
Assim, a denominação de gerencialismo na administração grande expansão do Estado (e, consequentemente, da Administra-
pública seria referente ao desaio de realizar programas ção Pública), logicamente com um crescimento importante dos
direcionados ao aumento da eiciência e melhoria da qualidade custos de funcionamento da máquina pública. A partir dos anos
dos serviços prestados pelo Estado. O gerencialismo seria um 70, o ritmo de expansão da economia mundial diminui, e o Estado
pluralismo organizacional sob-bases pós-burocráticas vinculadas começa a ter problemas no desempenho de suas funções, perdendo
aos padrões históricos (institucionais e culturais) de cada nação, gradativamente a capacidade de atender às crescentes demandas
não se constituindo num novo paradigma capaz de substituir por sociais. Esta situação, aliada a um processo de crescente endivi-
completo o antigo padrão burocrático. damento público, acarretaria mais tarde, principalmente nos anos
Esse novo modelo não se materializou de modo completo, de 80, a chamada crise iscal do Estado: a perda de sua capacidade de
forma a poder ser reconhecido um novo mecanismo de governança realizar os investimentos públicos necessários a um novo ciclo de
do Estado, capaz de atuar totalmente independente da burocracia. expansão econômica. Da crise iscal passamos à crise de gestão do
Autores mais recentes deinem o tipo organizacional pós- Estado, uma vez que a percepção dos cidadãos sobre a disponibi-
burocrático como organizações simbolicamente intensivas, lidade de serviços públicos se deteriora gradativamente, à medida
produtoras de consenso através da institucionalização do diálogo. que o Estado perde a capacidade de realizar suas funções básicas,
Essas organizações seriam mais especiicamente caracterizadas e não consegue acompanhar as pressões crescentes por mais saú-
por: de, educação, segurança pública, saneamento, etc. Essa crise de
 Constituir grupos de trabalho lexíveis e forças-tarefa gestão implica na tentativa de superar as limitações do modelo de
gestão vigente até então, conhecido como “modelo burocrático”,
com objetivos claros;
transformando-o em algo novo, mais parecido como o modo de
 Criar espaços para diálogo e conversação;
gestão do setor privado, conhecido na área pública como “modelo
 Enfatizar coniança mútua;·.
gerencial”.
 Usar o conceito de missão como ferramenta estratégica; Assim, a redeinição do próprio papel do Estado é um tema
 Disseminar informação; de alcance universal nos anos 90. No Brasil, essa questão adquiriu
 Criar redes de difusão e recuperação de conhecimento; importância decisiva, tendo em vista o peso da presença do Estado
 Criar mecanismos de opinião e avaliação de desempenho na economia nacional: tornou-se um tema constante a questão da
 Criar capacidade de resiliência e lexibilidade na reforma do Estado, uma vez que o mesmo não conseguia mais
organização atender com eiciência a sobrecarga de demandas a ele dirigidas,
No entanto, organizações baseadas em princípios como esses sobretudo na área social. Em resumo, a Crise do Estado deine-se
são particularmente raras e, na verdade, mesmo os defensores como:
do conceito de pós-burocracia concedem que, como tipo ideal, 1. Uma crise iscal, caracterizada pela deterioração crescente
organizações verdadeiramente pós-burocráticas não existem. das inanças públicas, sendo o déicit público um fator de redução
A evolução dos modelos de gestão na Administração Pú- de investimentos na área privada;
blica 2. Uma crise do modo de intervenção do Estado na economia,
Vamos a partir de agora tratar da Administração Pública no com o esgotamento da estratégia estatizante; as empresas públicas
Brasil, considerando a evolução histórica do modo pelo qual a não mais teriam condições de alavancar o crescimento econômico
gestão das organizações governamentais vem sendo praticada em dos países; o paradigma do Estado interventor, nos moldes da eco-
nosso país. A importância do tema reside no fato de que a Ad- nomia Keynesiana estava cada vez mais ultrapassado;

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3. Uma crise da forma de administrar o Estado, isto é, a supe- trimonialismo. Na medida, porém, que o Estado assumia a respon-
ração da administração pública burocrática, rumo à administração sabilidade pela defesa dos direitos sociais e crescia em dimensão,
pública gerencial. os custos dessa defesa passaram a ser mais altos que os benefícios
No Brasil, a principal repercussão destes fatos foi a Reforma do controle. Por isso, neste século as práticas burocráticas vêm
do Estado nos anos 90, cujos principais pontos eram: cedendo lugar a um novo tipo de administração: a administração
1. O ajuste iscal duradouro, com a busca do equilíbrio das gerencial.
contas públicas; Assim, partindo-se de uma perspectiva histórica, veriica-se
2. A realização de reformas econômicas orientadas para o que a administração pública evoluiu através de três modelos bá-
mercado, que, acompanhadas de uma política industrial e tecnoló- sicos: a administração pública patrimonialista, a burocrática e a
gica, garantissem a concorrência interna e criassem as condições gerencial. Essas três formas se sucedem no tempo, sem que, no
para o enfrentamento da competição internacional; entanto, qualquer uma delas seja inteiramente abandonada.
3. A reforma da previdência social, procurando-se dar susten-
tabilidade à mesma, equilibrando-se os montantes de contribui- Administração Pública Patrimonialista
ções e benefícios;
Nas sociedades anteriores ao advento do Capitalismo e da De-
4. A inovação dos instrumentos de política social, proporcio-
mocracia, o Estado aparecia como um ente “privatizado”, no sen-
nando maior abrangência e promovendo melhor qualidade para os
tido de que não havia uma distinção clara, por parte dos governan-
serviços sociais;
tes, entre o patrimônio público e o seu próprio patrimônio privado.
5. A reforma do aparelho do Estado, com vistas a aumentar
sua “governança”, ou seja, sua capacidade de implementar de for- O Rei ou Monarca estabelecia seu domínio sobre o país de
ma eiciente as políticas públicas. forma absoluta, não aceitando limites entre a res publica e a res
A reforma do Estado envolve múltiplos aspectos. O ajuste is- principis. Ou seja, a “coisa pública” se confundia com o patrimô-
cal devolveria ao Estado a capacidade de deinir e implementar po- nio particular dos governantes, pois não havia uma fronteira muito
líticas públicas. Através da liberalização comercial, o Estado aban- bem deinida entre ambas.
donaria a estratégia protecionista da substituição de importações. Nessas condições, o aparelho do Estado funcionava como
Nesse contexto, o programa de privatizações levado a cabo nos uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servido-
anos90 foi uma das formas de se perseguir tais objetivos. Por esse res, possuíam status de nobreza real. Os cargos eram considerados
programa, transferiu se para o setor privado a tarefa da produção, prebendas, ou seja, títulos passíveis de negociação, sujeitos à dis-
dado o pressuposto de que este, a princípio, realizaria tal atividade cricionariedade do governante.
de forma mais eiciente. A corrupção e o nepotismo eram inerentes a esse tipo de ad-
Finalmente, por meio de um programa de publicação, preten- ministração. O foco não se encontrava no atendimento das neces-
dia-se transferir para o setor público não estatal a produção dos sidades coletivas, mas, sobretudo, nos interesses particulares do
serviços competitivos ou não exclusivos de Estado, estabelecendo- soberano e de seus auxiliares.
-se um sistema de parceria entre Estado e sociedade para seu inan- Este cenário muda no inal do século XIX, no momento em
ciamento e controle. que o capitalismo e a democracia se tornam dominantes. Mercado
Portanto, segundo a ideia da reforma, o Estado reduziria seu e Sociedade Civil passam a se distinguir do Estado. Neste novo
papel de executor ou provedor direto de serviços, mantendo-se, momento histórico, a administração patrimonialista torna-se ina-
entretanto, no papel de regulador e provedor indireto ou promo- ceitável, pois não mais cabia um modelo de administração pública
tor destes, principalmente dos serviços sociais como educação e que privilegiava uns poucos em detrimento de muitos.
saúde, etc. Como promotor desses serviços, o Estado continuará a As novas exigências de um mundo em transformação, com o
subsidiá-los, buscando, ao mesmo tempo, o controle social direto desenvolvimento econômico que se seguia, trouxeram a necessi-
e a participação da sociedade. dade de reformulação do modo de gestão do Estado.
Nessa nova perspectiva, busca-se o fortalecimento das fun-
ções de regulação e de coordenação do Estado, particularmente
Administração Pública Burocrática
no nível federal, e a progressiva descentralização vertical, para os
Surge na segunda metade do século XIX, na época do Esta-
níveis estadual e municipal, das funções executivas no campo da
do liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo
prestação de serviços sociais e de infraestrutura.
patrimonialista. Constituem princípios orientadores do seu desen-
Considerando essa tendência, pretende-se reforçar a gover-
nança, a capacidade de governo do Estado, através da transição volvimento a proissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia
programada de um tipo de administração pública burocrática, rí- funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese, o poder
gida e ineiciente, voltada para si própria e para o controle inter- racional legal.
no, para uma administração pública gerencial, lexível e eiciente, Os controles administrativos implantados visam evitar a cor-
voltada para o atendimento do cidadão, melhorando a capacidade rupção e o nepotismo. A forma de controle é sempre a priori, ou
do Estado de implementar as políticas públicas, sem os limites, a seja, controle dos procedimentos, das rotinas que devem nortear a
rigidez e a ineiciência da sua máquina administrativa. realização das tarefas.
Parte-se de uma desconiança prévia nos administradores pú-
As três formas de Administração Pública blicos e nos cidadãos que a eles dirigem suas diversas demandas
No plano administrativo, a administração pública burocrática sociais. Por isso, são empregados controles rígidos dos processos
surgiu no século passado conjuntamente com o Estado liberal, exa- como, por exemplo, na admissão de pessoal, nas compras e no
tamente como uma forma de defender a coisa pública contra o pa- atendimento aos cidadãos.

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Uma consequência disto é que os próprios controles se tornam Dominação de caráter racional
o objetivo principal do funcionário. Dessa forma, o Estado volta- Decorre da legalidade de normas instituídas racionalmente e
-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é dos direitos de mando das pessoas a quem essas normas respon-
servir à sociedade. sabilizam pelo exercício da autoridade. A autoridade, portanto, é a
A principal qualidade da administração pública burocrática é contrapartida da responsabilidade.
o controle dos abusos contra o patrimônio público; o principal de- No caso da autoridade legal, a obediência é devida às normas
feito, a ineiciência, a incapacidade de voltar-se para o serviço aos impessoais e objetivas, legalmente instituídas, e às pessoas por
cidadãos vistos como “clientes”. elas designadas, que agem dentro de uma jurisdição. A autoridade
Esse defeito, entretanto, não se revelou determinante na épo- racional fundamenta-se em leis que estabelecem direitos e deveres
ca do surgimento da administração pública burocrática porque os para os integrantes de uma sociedade ou organização. Por isso, a
serviços do Estado eram muito reduzidos. O Estado limitava-se a autoridade que Weber chamou de racional é sinônimo de autori-
manter a ordem e administrar a justiça, a garantir os contratos e a dade formal.
propriedade. O problema começou a se tornar mais evidente a par-
tir da ampliação da participação do Estado na vida dos indivíduos. Uma sociedade, organização ou grupo que depende de leis
Valem aqui alguns comentários adicionais sobre o termo “Bu- racionais tem estrutura do tipo legal-racional ou burocrática.
rocracia”. É uma burocracia.
Max Weber, importante cientista social, ocupou-se de inúme- A autoridade legal-racional ou autoridade burocrática substi-
ros aspectos das sociedades humanas. Na década de 20, publicou tuiu as fórmulas tradicionais e carismáticas nas quais se baseavam
estudos sobre o que ele chamou o tipo ideal de burocracia, ou seja, as antigas sociedades. A administração burocrática é a forma mais
um esquema que procura sintetizar os pontos comuns à maioria racional de exercer a dominação. A burocracia, ou organização bu-
das organizações formais modernas, que ele contrastou com as so- rocrática, possibilita o exercício da autoridade e a obtenção da obe-
ciedades primitivas e feudais. As organizações burocráticas seriam diência com precisão, continuidade, disciplina, rigor e coniança.
máquinas totalmente impessoais, que funcionam de acordo com Portanto, todas as organizações formais são burocracias. A
regras que ele chamou de racionais – regras que dependem de ló- palavra burocracia identiica precisamente as organizações que se
gica e não de interesses pessoais. baseiam em regulamentos. A sociedade organizacional é, também,
Weber estudou e procurou descrever o alicerce formal-legal uma sociedade burocratizada. A burocracia é um estágio na evolu-
em que as organizações reais se assentam. Sua atenção estava di- ção das organizações.
rigida para o processo de autoridade obediência (ou processo de De acordo com Weber, as organizações formais modernas ba-
dominação) que, no caso das organizações modernas, depende de seiam-se em leis, que as pessoas aceitam por acreditarem que são
leis. No modelo de Weber, as expressões “organização formal” e racionais, isto é, deinidas em função do interesse das próprias pes-
“organização burocrática” são sinônimas. soas e não para satisfazer aos caprichos arbitrários de um dirigente.
“Dominação” ou autoridade, segundo Weber, é a probabilida- O tipo ideal de burocracia, formulado por Weber, apresenta
de de haver obediência dentro de um grupo determinado. Há três três características principais que diferenciam estas organizações
tipos puros de autoridade ou dominação legítima (aquela que conta formais dos demais grupos sociais:
com o acordo dos dominados): • Formalidade: signiica que as organizações são constituídas
com base em normas e regulamentos explícitos, chamadas leis,
Dominação de caráter carismático que estipulam os direitos e deveres dos participantes.
Repousa na crença da santidade ou heroísmo de uma pessoa. • Impessoalidade: as relações entre as pessoas que integram
A obediência é devida ao líder pela coniança pessoal em sua re- as organizações burocráticas são governadas pelos cargos que elas
velação, heroísmo ou exemplaridade, dentro do círculo em que se ocupam e pelos direitos e deveres investidos nesses cargos. Assim,
acredita em seu carisma. o que conta é o cargo e não a pessoa. A formalidade e a impes-
A atitude dos seguidores em relação ao dominador carismá- soalidade, combinadas, fazem a burocracia permanecer, a despeito
tico é marcada pela devoção. Exemplos são líderes religiosos, so- das pessoas.
ciais ou políticos, condutores de multidões de adeptos. O carisma • Proissionalismo: os cargos de uma burocracia oferecem a
está associado a um tipo de inluência que depende de qualidades seus ocupantes uma carreira proissional e meios de vida. A parti-
pessoais. cipação nas burocracias tem caráter ocupacional.
Apesar das vantagens inerentes nessa forma de organização,
Dominação de caráter tradicional as burocracias podem muitas vezes apresentar também uma série
Deriva da crença quotidiana na santidade das tradições que de disfunções, conforme a seguir:
vigoram desde tempos distantes e na legitimidade daqueles que • Particularismo – Defender dentro da organização interesses
são indicados por essa tradição para exercer a autoridade. de grupos internos, por motivos de convicção, amizade ou interes-
A obediência é devida à pessoa do “senhor”, indicado pela se material.
tradição. A obediência dentro da família, dos feudos e das tribos é • Satisfação de Interesses Pessoais – Defender interesses
do tipo tradicional. Nos sistemas em que vigora a dominação tradi- pessoais dentro da organização.
cional, as pessoas têm autoridade não por causa de suas qualidades • Excesso de Regras – Multiplicidade de regras e exigências
intrínsecas, como acontece no caso carismático, mas por causa das para a obtenção de determinado serviço.
instituições tradicionais que representam. É o caso dos sacerdotes • Hierarquia e individualismo – A hierarquia divide respon-
e das lideranças, no âmbito das instituições, como os partidos po- sabilidades e atravanca o processo decisório. Realça vaidades e
líticos e as corporações militares. estimula disputas pelo poder.

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• Mecanicismo – Burocracias são sistemas de cargos limita- A administração pública gerencial inspira-se na administra-
dos, que colocam pessoas em situações alienantes. ção de empresas, mas não pode ser confundida com esta última.
Portanto, as burocracias apresentam dois grandes “proble- Enquanto a administração de empresas está voltada para o lucro
mas” ou diiculdades: em primeiro lugar, certas disfunções, que as privado, para a maximização dos interesses dos acionistas, espe-
descaracterizam e as desviam de seus objetivos; em segundo lugar, rando-se que, através do mercado, o interesse coletivo seja atendi-
ainda que as burocracias não apresentassem distorções, sua estru- do, a administração pública gerencial está explícita e diretamente
tura rígida é adequada a certo tipo de ambiente externo, no qual voltada para o interesse público.
não há grandes mudanças. A estrutura burocrática é, por natureza, Neste último ponto, como em muitos outros (proissionalis-
conservadora, avessa a inovações; o principal é a estabilidade da mo, impessoalidade), a administração pública gerencial não se
organização. diferencia da administração pública burocrática. Na burocracia
Mas, como vimos, as mudanças no ambiente externo determi-
pública clássica existe uma noção muito clara e forte do interesse
nam a necessidade de mudanças internas, e nesse ponto o paradig-
público. A diferença, porém, está no entendimento do signiicado
ma burocrático torna-se superado.
do interesse público, que não pode ser confundido com o interesse
Administração Pública Gerencial do próprio Estado. Para a administração pública burocrática, o in-
Surge na segunda metade do século XX, como resposta à ex- teresse público é frequentemente identiicado com a airmação do
pansão das funções econômicas e sociais do Estado e ao desenvol- poder do Estado.
vimento tecnológico e à globalização da economia mundial, uma A administração pública gerencial vê o cidadão como con-
vez que ambos deixaram à mostra os problemas associados à ado- tribuinte de impostos e como uma espécie de “cliente” dos seus
ção do modelo anterior. serviços. Os resultados da ação do Estado são considerados bons
Torna-se essencial a necessidade de reduzir custos e aumentar não porque os processos administrativos estão sob controle estão
a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneiciário, resul- seguros, como quer a administração pública burocrática, mas por-
tando numa maior eiciência da administração pública. A reforma que as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas.
do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos
pelos valores da eiciência e qualidade na prestação de serviços princípios da coniança e da descentralização da decisão, exige for-
públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas or- mas lexíveis de gestão, de estruturas, descentralização de funções,
ganizações. incentivos à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do formalismo
A administração pública gerencial constitui um avanço, e até e do rigor técnico da burocracia tradicional. À avaliação sistemá-
certo ponto um rompimento com a administração pública burocrá- tica, à recompensa pelo desempenho, e à capacitação permanen-
tica. Isso não signiica, entretanto, que negue todos os seus princí-
te, que já eram características da boa administração burocrática,
pios. Pelo contrário, a administração pública gerencial está apoia-
acrescentam-se os princípios da orientação para o cidadão-cliente,
da na anterior, da qual conserva, embora lexibilizando, alguns dos
seus princípios fundamentais, como: do controle por resultados, e da competição administrada.
• A admissão segundo rígidos critérios de mérito (concurso Existem vários modelos de organização, Organização
público); Empresarial, Organização Máquina, Organização Política entre
• A existência de um sistema estruturado e universal de remu- outras. As organizações possuem seus níveis de inluência. O
neração (planos de carreira); nível estratégico é representado pelos gestores e o nível tático,
• A avaliação constante de desempenho (dos funcionários e de representado pelos gerentes. Eles são importantes para manter
suas equipes de trabalho); tudo sob controle. O gerente tem uma visão global, ele coordena,
• O treinamento e a capacitação contínua do corpo funcional. deine, formula, estabelece uma autoridade de forma construtiva,
A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa competente, enérgica e única.
de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados. A ri- As Organizações formais possuem uma estrutura hierárquica
gorosa proissionalização da administração pública continua sendo com suas regras e seus padrões. Os Organogramas com sua
um princípio fundamental. estrutura bem dimensionada podem facilitar a autonomia interna,
Na administração pública gerencial a estratégia volta-se para: agilizando o processo de desenvolvimento de produtos e serviços.
1. A deinição precisa dos objetivos que o administrador públi- O mundo empresarial cada vez mais competitivo e os clientes a
co deverá atingir sua unidade; cada dia mais exigentes levam as organizações a pensar na sua
2. A garantia de autonomia do administrador na gestão dos estrutura, para se adequar ao que o mercado procura. Com os
recursos humanos, materiais e inanceiros que lhe forem colocados
órgãos bem dispostos nessa representação gráica, ica mais bem
à disposição para que possa atingir os objetivos contratados;
objetivada a hierarquia bem como o entrosamento entre os cargos.
3. O controle ou cobrança posterior dos resultados.
Adicionalmente, pratica-se a competição administrada no in- As organizações fazem uso do organograma que melhor
terior do próprio Estado, quando há a possibilidade de estabelecer representa a realidade da empresa, vale lembrar que o modelo
concorrência entre unidades internas. piramidal icou obsoleto, hoje o que vale é a contribuição, são
No plano da estrutura organizacional, a descentralização e a muitas pessoas empenhadas no desenvolvimento da empresa,
redução dos níveis hierárquicos tornam-se essenciais. Em suma, todos contribuem com ideias na tomada de decisão.
airma-se que a administração pública deve ser permeável à maior Com vistas às diversidades de informações, é preciso estar
participação dos agentes privados e/ou das organizações da socie- atento para sua relevância, nas organizações as informações são
dade civil e deslocar a ênfase dos procedimentos (meios) para os importantes, mesmo em tomada de decisões. É necessário avaliar a
resultados (ins). qualidade da informação e saber aplicar em momentos oportunos.

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Para o desenvolvimento de sistemas de informação, há que Depois de entender o signiicado e a relação existente entre
se deinir qual informação e como ela vai ser mantida no sistema, eiciência e eicácia, ica mais fácil falar sobre efetividade, o que
deve haver um estudo no organograma da empresa veriicando não quer dizer que seja um conceito simples. Entre eiciência,
assim quais os dados e quais os campos vão ser necessários para eicácia e efetividade, o último dos três termos é o mais comple-
essa implantação. Cada empresa tem suas características e suas xo. Enquanto a eiciência consiste na condição e aptidão para a
necessidades, e o sistema de informação se adéqua a organização realização de uma tarefa, a eicácia em alcançar os objetivos, a
e aos seus propósitos. efetividade é a satisfação, o sucesso na prática do que é feito. Sim-
Para as organizações as pessoas são as mais importantes, pliicando, ser efetivo é realizar aquilo que foi feito (eiciência) da
por isso tantos estudos a im de sanar interrogações a respeito da maneira certa (eicácia).
complexidade do ser humano. Apesar da relação interessante existente entre estes termos, é
O comportamento das pessoas nas organizações afeta importante ressaltar que nem sempre elas dependem umas das ou-
diretamente na imagem, no sucesso ou insucesso da mesma, o tras. É possível ser eicaz sem ser eiciente, por exemplo. Mesmo
comportamento dos colaboradores reletem seu desempenho. Há com estas possibilidades, busque sempre aliar eiciência, eicácia e
uma necessidade das pessoas de ter incentivos para que o trabalho efetividade. Você só tem a ganhar com isto.
lua, a motivação é intrínseca, mas os estímulos são imprescindíveis
para que a motivação pelo trabalho continue gerando resultados • Fazer as coisas de maneira adequada
para a empresa. • Resolver problemas
Eficiência é • Salvaguardar os recursos aplicados
Eiciência, eicácia • Cumprir seu dever
• Reduzir os custos
Os conceitos de eiciência, eicácia e efetividade, apesar de
serem usados indistintamente, não têm o mesmo signiicado.
• Fazer as coisas certas
A eiciência é a obtenção de resultados através da ênfase nos
• Produzir alternativas criativas
meios, da resolução dos problemas existentes e da salvaguarda Eficácia é • Maximizar a utilização de recursos
dos recursos disponíveis com o cumprimento das tarefas e • Obter resultados
obrigações. Signiica fazer bem as tarefas, administrar os custos, • Aumentar o lucro
reduzir as perdas e o desperdício. É um conceito que tem um
cunho “analógico”, o que signiica que pode haver mais, ou menos
eiciência. • Manter-se no mercado
Efetividade é • Apresentar resultados globais positivos ao
A eicácia é a obtenção de resultados através da ênfase nos longo do tempo
próprios resultados e nos objetivos a serem alcançados, com
a exploração máxima do potencial dos processos. Signiica a
otimização das tarefas com a agilização de recursos para alcançar
o resultado esperado. É um conceito que tem um cunho “digital”,
o que signiica que há, ou não há eicácia. Ao longo da história notamos a evolução dos conceitos na ad-
Já a efetividade é a obtenção de resultados através da ministração, são teorias defendidas por diversos autores, cada um
ênfase na percepção do cliente. Signiica que há preenchimento com uma abordagem própria como veremos a seguir.
das expectativas do cliente, através de uma ação programada e Alguns fatores contribuíram para o surgimento das teorias da
planejada para satisfazer os seus desejos. É um conceito que tem administração, entre eles podemos citar:
um cunho “sensitivo”, o que signiica que há comprovação, pelo  Consolidação do capitalismo (lógica de mercado) e de
cliente, dos resultados alcançados. novos modos de produção e organização de trabalho, que levou
De acordo com alguns autores de livros sobre administração, ao processo de modernização da sociedade (substituição da auto-
economia e comunicação, a eiciência consiste em fazer alguma ridade tradicional pela autoridade racional-legal);
coisa da maneira certa. Ter um dever ou obrigação e fazê-lo da  Crescimento acelerado da produção e força de trabalho
desqualiicada;
forma correta. Uma pessoa eiciente é uma pessoa que, diante de
 Ausência de sistematização de conhecimentos em gestão.
uma determinada circunstância, é capaz de exercer aquilo que lhe
Vamos estudar detalhadamente cada uma das principais
é proposto.
abordagens.
Já a eicácia diz respeito a coisa certa a ser feita. A eicácia
está relacionada ao processo de escolha, de tomada de decisão. Abordagem Clássica –
Enquanto a eiciência está ligada em como as coisas devem ser fei- A abordagem clássica da administração se divide em:
tas, a eicácia refere-se ao resultado deste processo. Segundo Paulo  Administração Cientíica – defendida por Frederick
Sandroni, mestre em economia e professor da Escola de Economia Taylor
da Fundação Getúlio Vargas e da Faculdade de Economia e Ad-  Teoria Clássica – defendida por Henry Fayol
ministração da PUC-SP, “Fazer a coisa certa de forma certa é a Os dois autores acima citados partiram de pontos distintos
melhor deinição de trabalho eiciente e eicaz”. Uma pessoa eicaz com a preocupação de aumentar a eiciência na empresa.
é aquela que não só faz algo da maneira certa, mas se preocupa Taylor se preocupava basicamente com a execução das tarefas
com os resultados, independente do esforço e tempo que isso pode enquanto Fayol se preocupava com a estrutura da organização
levar.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
 Administração Cientíica - Pressupostos de Frederick • Disciplina: estabelecer convenções, formais e informais com
Taylor seus agentes, para trazer obediência e respeito;
• Organização Formal. • Unidade de comando: recebimento de ordens de apenas um
• Visão de baixo para cima; das partes para o todo. superior – princípio escalar;
• Estudo das Tarefas, Métodos, Tempo padrão. • Unidade de direção: um só chefe e um só programa para um
• Salário, incentivos materiais e prêmios de produção. conjunto de operações que tenham o mesmo objetivo;
• Sistema fechado: foco nos processos internos e operacionais. • Subordinação do particular ao geral: O interesse da empresa
• Padrão de Produção: eiciência, racionalidade. deve prevalecer ao interesse individual;
• Divisão equitativa de trabalho e responsabilidade entre • Remuneração do pessoal: premiar e recompensar;
direção e operário. • Centralização: concentrar autoridade no topo;
• Ser humano egoísta, racional e material: homo economicus; • Cadeia escalar ou linha de comando: linha de autoridade que
• Estudo de Tempos e Movimentos e Métodos; vai do topo ao mais baixo escalão;
• Desenho de Cargos e Tarefas; • Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar;
• Seleção Cientíica do Trabalhador (eliminação de todos que • Equidade: tratar de forma benevolente e justa;
não adotem os métodos); • Estabilidade: manter as pessoas em suas funções para que
• Preocupação com Fadiga e com as condições de trabalho; possam desempenhar bem;
• Padronização de instrumentos de trabalho; • Iniciativa: liberdade de propor, conceber e executar;
• Divisão do Trabalho e Especialização; • Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas.
• Supervisão funcional: autoridade relativa e dividida a Comparativo entre Administração Cientíica e Escola
depender da especialização e da divisão de trabalho. Clássica
Enquanto a administração cientíica preocupava-se na
Princípios da Administração Cientíica melhoria da produtividade no nível operacional a gestão
• Desenvolvimento de uma ciência de Trabalho: uma administrativa preocupava-se com a organização em geral e a
investigação cientíica poderá dizer qual a capacidade total de um busca da efetividade.
dia de trabalho, para que os chefes saibam a capacidade de seus
operários; Abordagem Burocrática – Trata-se de uma teoria que também
• Seleção e Desenvolvimento Cientíicos do Empregado: tem por escopo a estrutura organizacional. Foi defendida pelo
para atingir o nível de remuneração prevista o operário precisa sociólogo e economista alemão Max Weber que é considerado o
preencher requisitos; “pai da burocracia”.
• Combinação da Ciência do trabalho com a Seleção do Weber distingue três tipos de sociedade e autoridades
Pessoal: os operários estão dispostos a fazer um bom trabalho, legítimas:
mas os velhos hábitos da administração resistem à inovação de • Tradicional: patrimonial, patriarcal, hereditário e delegável.
métodos; • Carismática: personalística, mística.
• Cooperação entre Administração e Empregados: uma • Legal, racional ou burocrática: impessoal, formal,
constante e íntima cooperação possibilitará a observação e medida meritocrática.
sistemática do trabalho e permitirá ixar níveis de produção e Além disso, Weber faz uma distinção entre os conceitos de
incentivos inanceiros Autoridade e Poder:
• Autoridade: probabilidade de que um comando ou ordem
Princípios de Taylor especíica seja obedecido – poder oicializado.
• Princípio da separação entre o planejamento e a execução; • Poder: potencial de exercer inluência sobre outros,
• Princípio do preparo; imposição de arbítrio de uma pessoa sobre outras.
• Princípio do controle; A Burocracia surge na década de 40 em razão da fragilidade
• Princípio da exceção. da teoria clássica e relações humanas; necessidade de um modelo
 Teoria Clássica – Pressupostos de Henry Fayol aplicado a todas as formas de organização; racionalização do
• Anatomia – estrutura. direito e consolidação da sociedade em massa e capitalista. Ela
• Fisiologia – funcionamento. busca organizar de forma estável, duradoura e especializada a
• Visão de cima para baixo; do todo para as partes. cooperação de indivíduos, apresentando uma abordagem descritiva
• Funções da Empresa: Técnica, Comercial, Financeira, e explicativa, mantendo foco interno e estudando a organização
Segurança, Contábil, Administrativa (coordena as demais). como um todo.
• Abordagem Prescritiva e Normativa.
Principais características:
Funções da Administração Clássica - processo • Caráter legal das normas;
organizacional • Caráter formal das comunicações;
• Prever: adiantar-se ao futuro e traçar plano de ação; • Divisão do trabalho e racionalidade;
• Organizar: constituir o organismo material e social da • Impessoalidade do relacionamento;
empresa; • Hierarquização da autoridade;
• Comandar: dirigir o pessoal; • Rotinas e procedimentos padronizados;
• Coordenar: ligar, unir e harmonizar os esforços; • Competência técnica e mérito;
• Controlar: tudo corra de acordo com as regras. • Especialização da administração – separação do público e
privado;
Princípios Gerais da Administração Clássica • Proissionalização: especialista, assalariado; segue carreira.
• Divisão do Trabalho: especializar funções; Vantagens Principais:
• Autoridade e Responsabilidade: direito de mandar e poder • Racionalidade
de se fazer obedecer; • Precisão na deinição do cargo

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
• Rapidez nas decisões
• Univocidade de interpretação
• Continuidade da organização:
• Redução do atrito entre pessoas
• Constância
• Coniabilidade
• Benefícios para as pessoas
• O nepotismo é evitado, diiculta a corrupção.
A maior vantagem é a democracia: em razão da impessoalidade e das regras legais, que permitem igualdade de acesso.
Desvantagens
• Internalização das normas;
• Excesso de formalismo e papelório;
• Resistência a mudanças;
• Despersonalização do relacionamento;
• Categorização do relacionamento;
• Superconformidade às rotinas e procedimentos;
• Exibição de sinais de autoridade;
• Diiculdades com clientes.

Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administração veio signiicar uma nova direção e um novo enfoque dentro da
teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores
e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional.
A Teoria Comportamental defendia a valorização do trabalhador em qualquer empreendimento baseado na cooperação, buscando um
novo padrão de teoria e pesquisa administrativas. Foi bastante inluenciado pelo desenvolvimento de estudos comportamentais em vários
campos da ciência, como a antropologia, a psicologia e a sociologia. Adotando e adaptando para a administração conceitos originalmente
elaborados dentro dessas ciências, propunha-se fornecer uma visão mais ampla do que motiva as pessoas para agirem ou se comportarem do
modo que o fazem, particularizando as situações especíicas do indivíduo no trabalho.
Para explicar o comportamento organizacional, a Teoria Comportamental se fundamenta no comportamento individual das pessoas.
Para poder explicar como as pessoas se comportam, torna-se necessário o estudo da motivação humana. Os autores behavioristas veriicaram
que o administrador precisa conhecer as necessidades humanas para melhor compreender o comportamento humano e utilizar a motivação
humana como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações.
Dentre as teorias citadas, a mais difundida é a da Hierarquia das Necessidades, abaixo mais detalhes sobre ela.
Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow: necessidades isiológicas, necessidades de segurança, necessidades sociais,
necessidades de autoestima e necessidades de autorrealização.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração

Abordagem Sistêmica – Trata-se da teoria de Sistemas por Ludwig Von Bertalanffy, onde defende que os sistemas existem dentro
de sistemas; apresenta a Teoria da forma ou Gestalt; os Sistemas abertos; tem um objetivo ou propósito; e as partes são interdependentes,
provocando globalismo.
Características:
• Sistema é um conjunto ou combinação de partes, formando um todo complexo ou unitário;
• Organização como sistema vivo: orgânico
• Comportamento não determinístico e probabilístico;
• Interdependência entre as partes;
• Entropia: característico dos sistemas fechados e orgânicos, estabelece que todas as formas de organização tendem à desordem ou à
morte;
• Negentropia ou Entropia negativa: os sistemas sociais se reabastecem de energia, assegurando suprimento contínuo de materiais e
pessoas;
• Homeostase dinâmica ou Estado Firme: regula o sistema interno para manter uma condição estável, mediante múltiplos ajustes de
equilíbrio dinâmico de ruptura e inovação;
• Fronteiras ou limites: deine a área da ação do sistema e o grau de abertura em relação ao meio ambiente;
• Diferenciação: os sistemas tendem a criar funções especializadas – Integração (coordenação);
• Equiinalidade: um sistema pode alcançar o mesmo estado inal a partir de diferentes condições iniciais;
• Resiliência: determina o grau de defesa ou vulnerabilidade do sistema a pressões ambientais externas.
• Holismo: o sistema só pode ser explicado em sua globalidade;
• Sinergia: o todo é maior que a soma das partes;
• Morfogênese: capacidade das organizações de modiicar a si mesmo e a estrutura;
• Fluxos: componentes que entram e saem do sistema (informação, energia, material);
• Feedback: é a retroalimentação, como controle do sistema, no qual os resultados retornam ao indivíduo, para que os procedimentos
sejam analisados e corrigidos;
• Homem Funcional: desempenha um papel especíico nas organizações, inter-relacionando-se com os demais indivíduos.
A teoria dos sistemas desmistiica a “ótima solução administrativa” para a ideia de “soluções alternativas satisfatórias”.
Processo Administrativo
O processo administrativo apresenta-se como uma sucessão de atos, juridicamente ordenados, destinados todos à obtenção de um
resultado inal. O procedimento é, pois, composto de um conjunto de atos, interligados e progressivamente ordenados em vista da produção
desse resultado.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
O devido processo legal simboliza a obediência às normas • É mais uma questão de comportamento e atitude da
processuais estipuladas em lei; é uma garantia constitucional con- administração do que propriamente um elenco de planos e
cedida a todos os administrados, assegurando um julgamento justo programas de ação;
e igualitário, assegurando a expedição de atos administrativos de- • É a busca da racionalidade nas tomada de decisões;
vidamente motivados bem como a aplicação de sanções em que • É um curso de ação escolhido entre várias alternativas de
se tenha oferecido a dialeticidade necessária para caracterização caminhos potenciais;
da justiça. Decisões proferidas pelos tribunais já tem demonstrado • É interativo, pois pressupõem avanços e recuos,
essa posição no sistema brasileiro, qual seja, de defesa das garan- alterações e modiicações em função de eventos novos ocorridos
tias constitucionais processuais no sentido de conceder ao cidadão no ambiente externo e interno da empresa.
a efetividade de seus direitos. • O planejamento é um processo essencialmente participa-
Seria insuiciente se a Constituição garantisse aos cidadãos tivo, e todos os funcionários que são objetos do processo devem
inúmeros direitos se não garantisse a eicácia destes. Nesse desi- participar.
derato, o princípio do devido processo legal ou, também, princípio • Para realizar o planejamento, a empresa deve saber onde
do processo justo, garante a regularidade do processo, a forma pela está agora (presente) e onde pretende chegar (futuro).
qual o processo deverá tramitar, a forma pela qual deverão ser pra- Para isso, deve dividir o planejamento em sete fases sequen-
ticados os atos processuais e administrativos. ciais, como veremos abaixo.
Cabe ressaltar que o princípio do devido processo legal res-
Etapas do planejamento
guarda as partes de atos arbitrários das autoridades jurisdicionais
e executivas.
O processo é composto de fases e atos processuais, que devem
ser rigorosamente seguidos, viabilizando as partes a efetividade do
processo, não somente em seu aspecto jurídico-procedimental, mas
também em seu escopo social, ético e econômico. Razão pela qual,
pode-se airmar que o princípio do devido processo legal reúne em
si todos os demais princípios processuais, de modo a assegurar o
cumprimento dos princípios constitucionais processuais, somente
aí, ter-se-á a efetivação de um Estado Democrático de Direito, no
qual o povo não se sujeita a imposição de decisões, mas participa
ativamente destas.
Toda atuação do Estado há de ser exercida em prol do públi-
co, mediante processo justo, e mediante a segurança dos trâmites
legais do processo.
O conceito de administração representa uma governabilidade,
gestão de uma empresa ou organização de forma que as atividades 1.Deinir: visão e missão do negócio
sejam administradas com planejamento, organização, direção, e
controle. Visão
É a direção em que a empresa pretende seguir, ou ainda, um
PLANEJAR quadro do que a empresa deseja ser. Deve reletir as aspirações da
É a função administrativa em que se estima os meios que empresa e suas crenças.
possibilitarão realizar os objetivos (prever), a im de poder tomar Fórmula base para deinição da visão:
decisões acertadas, com antecipação, de modo que sejam evitados Verbo em perspectiva futura + objetivos desaiadores + até
entraves ou interrupções nos processos organizacionais. quando.
É também uma forma de se evitar a improvisação.
Nesta função, o gerente especiica e seleciona os objetivos a Missão
A declaração de missão da empresa deve reletir a razão de ser
serem alcançados e como fazer para alcançá-los.
da empresa, qual o seu propósito e o que a empresa faz.
Exemplos: o chefe de seção dimensiona os recursos necessários
Fórmula base para deinição da Missão:
(materiais, humanos, etc.), em face dos objetivos e metas a serem
Fazer o quê + Para quem (qual o público?) + De que forma.
atingidos; a montagem de um plano de ação para recuperação de
uma área avariada. 2. Analisar o ambiente externo
Uma vez declarada a visão e missão da empresa, seus dirigen-
Planejamento: funciona como a primeira função tes devem conhecer as partes do ambiente que precisam monitorar
administradora, pois serve de base para as demais. para atingir suas metas. É preciso analisar as forças macroambien-
• É uma relexão que antecede a ação; tais (demográicas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais,
• É um processo permanente e contínuo; sociais e culturais) e os atores microambientais (consumidores,
• É sempre voltado para o futuro; concorrentes, canais de distribuição, fornecedores) que afetam sua
• É uma relação entre as coisas a serem feitas e o tempo habilidade de obter lucro.
disponível para tanto;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Oportunidades
Um importante propósito da análise ambiental é identiicar novas oportunidades de marketing e mercado.

Ameaças
Ameaça ambiental é um desaio decorrente de uma tendência desfavorável que levaria a deterioração das vendas ou lucro.

3. Analisar o ambiente interno


Você saberia dizer quais são as qualidades e o que pode ou deve ser melhorado na sua empresa? Esses são os pontos fortes/forças e
fracos/fraquezas do seu negócio.

4. Analisar a situação atual


Depois de identiicados os pontos fortes e pontos fracos e analisadas as oportunidades e ameaças, pode-se obter a matriz FOFA (força ou
fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças) ou SWOT (strengths, weaknesses, opportunities e threats). Inclua os pontos fortes e fracos
de sua empresa, juntamente com as oportunidades e ameaças do setor, em cada uma das quatro caixas:

A análise FOFA fornece uma orientação estratégica útil.

5. Deinir objetivos e Metas


São elementos que identiicam de forma clara e precisa o que a empresa deseja e pretende alcançar. A partir dos objetivos e de todos os
dados levantados acima, são deinidas as metas.
As Metas existem para monitorar o progresso da empresa. Para cada meta existe normalmente um plano operacional, que é o conjunto
de ações necessárias para atingi-la; Toda meta, ao ser deinida, deve conter a unidade de medida e onde se pretende chegar.

6. Formular e Implementar a estratégia


Até aqui, você deiniu a missão e visão do seu negócio e deiniu metas e objetivos visando atender sua missão em direção à visão de-
clarada. Agora, é necessário deinir-se um plano para se atingir as metas estabelecidas, ou seja, a empresa precisa de uma formulação de
estratégias para serem implantadas.
Após o desenvolvimento das principais estratégias da empresa, deve-se adotar programas de apoio detalhados com responsáveis, áreas
envolvidas, recursos e prazos deinidos.

7. Gerar Feedback e Controlar


À medida que implementa sua estratégia, a empresa precisa rastrear os resultados e monitorar os novos desenvolvimentos nos ambientes
interno e externo. Alguns ambientes mantêm-se estáveis de um ano para outro. O ideal é estar sempre atento à realização das metas e estra-
tégias, para que sua empresa possa melhorar a cada dia.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Princípios aplicados ao planejamento A Liderança é uma inluência interpessoal, a inluência
 Princípio da deinição dos objetivos (devem ser traçados envolve conceitos como poder e autoridade, abrangendo todas as
com clareza, precisão) maneiras pelas quais se introduzem mudanças no comportamento
 Princípio da lexibilidade do planejamento (poderá e de- de pessoas ou de grupos de pessoas. A importância da Liderança,
verá ser alterado sempre que necessário e possível). sobretudo nas empresas, é bastante visível nos dias de hoje, pois
Com esta primeira função montaremos o plano teórico, se a liderança é uma inluência interpessoal, que modiica o
completando assim o ciclo de planejamento: Estabelecer objetivos, comportamento, esta, deve ser dirigida à aumentar a satisfação na
tomar decisões e elaborar planos. conquista de determinada meta e na diminuição dos riscos.
O líder apresenta traços marcantes pôr meio dos quais pode
ORGANIZAR inluenciar o comportamento das pessoas, passando para elas
É a função administrativa que visa dispor adequadamente os parte das suas ações, a maneira de agir em determinada situação,
diferentes elementos (materiais, humanos, processos, etc.) que como lidar com pessoas temperamentais, enim alguns líderes
compõem (ou vierem a compor) a organização, como objetivo de possuem traços tão marcantes que pode até inluenciar a missões
aumentar a sua eiciência, eicácia e efetividade.
importantes como religião ou uma missão militar.
Hoje em dia o espírito de Liderança é muito valorizado,
DIREÇÃO
tanto no âmbito proissional como no pessoal, ser Líder não é
Podemos dividir essa função em duas subfunções:
ser o “chefe” ou o “gerente”, é muito diferente disto. Os Líderes
COMANDAR autênticos são pessoas que já absorveram a verdade fundamental
É a função administrativa que consiste basicamente em: da existência: que não é possível fugir das contradições inerentes
Decidir a respeito de “que” (como, onde, quando, com que, à vida. A mente de Liderança é ampla. O comportamento de
com quem) fazer, tendo em vista determinados objetivos a serem Liderança envolve funções como planejar, dar informações,
conseguidos. avaliar, arbitrar, controlar, recompensar, estimular, punir etc., deve
Determinar as pessoas, as tarefas que tem que executar. ajudar o grupo a satisfazer suas necessidades. Um líder inato pode
É fundamental para quem comanda desfrutar de certo poder: ser facilmente reconhecido perante o grupo, pois sua capacidade
•Poder de decisão. de coordenar, direcionar, conduzir o grupo a atingir seus objetivos
•Poder de determinação de tarefas a outras pessoas. icam evidentes e o tornam uma espécie de guia representativo do
•Poder de delegar – a possibilidade de conferir á outro parte grupo.
do próprio poder. A liderança está baseada no prestígio pessoal do administrador
•Poder de propor sanções àqueles que cumpriram ou não ás e na aceitação pelos dirigidos ou subordinados. Três fatores, pelo
determinações feitas. menos, inluem no poder de liderança de um administrador:
· posição hierárquica (status) - decorrente de sua função de
COORDENAR autoridade (direito de mandar e de se fazer obedecer);
É a função administrativa que visa ligar, unir, harmonizar todos ·competência funcional - resultante de seus conhecimentos
os atos e todos os esforços coletivos através da qual se estabelece gerais e especializados (cultura geral e técnica).
um conjunto de medidas, que tem por objetivo harmonizar recursos · personalidade dinâmica - produto de suas características e
e processos. Dois tipos de Coordenação: qualidades pessoais (aspecto físico, temperamento, caráter, etc.).
•Vertical/Hierárquico: É aquela que se faz com as pessoas Os estilos de liderança determinam o tipo de relação dos
sempre dentro de uma rigorosa observância das linhas de comando líderes com os grupos, dependendo da diversidade da situação e
(ou escalões hierárquicos estabelecidos). das diversas forças que afetam a conduta dos liderados.
•Horizontal: É aquela que se estabelece entre as outras pes- A liderança autocrática é aquela em que as decisões são
soas sem observância dos níveis hierárquicos dessas mesmas pes-
tomadas
soas. Essa coordenação possibilita a comunicação entre as pessoas
unicamente pelo líder, sem a participação da equipe.
de vários departamentos e de diferentes níveis hierárquicos. Risco
A liderança liberal é aquela que praticamente não conta com
Básico: Desmoralização ou destruição das linhas de comando ou
a participação do líder.
hierarquia.
Na liderança democrática, o líder participa e estimula na
LIDERANÇA equipe os comportamentos desejados, mas a equipe possui relativa
Liderança é uma habilidade que o indivíduo tem para autonomia para, com apoio do líder, decidir.
inluenciar os outros, levando-os a fazerem aquilo que ele deseja. A liderança situacional depende da relação entre líder,
A Liderança é necessária em todos os tipos de organização liderados e situação, não estando sujeita a um único estilo.
humana, principalmente nas empresas, onde uma boa liderança
pode gerar satisfação num grupo de pessoas envolvidas pelo líder, CONTROLAR
assim como uma má liderança pode gerar separação do grupo não Esta função se aplica tanto a coisas quanto a pessoas.
atingindo o mesmo objetivo da organização. Para que a função de controle possa efetivamente se processar
Liderança é uma questão de redução de incertezas do grupo, e aumentar a eiciência do trabalho, é fundamental que o estabele-
pois o indivíduo que passa a contribuir mais com orientações e cido ou determinado esteja perfeito, claramente explicado.
assistência ao grupo (auxiliando para tomada de decisões eicazes) “O que perturba o bom entendimento não são regras do jogo
tem maiores possibilidades de ser considerado seu líder. Assim, a muito exigentes, mas sim regras esclarecidas após o jogo inicia-
Liderança é uma questão de tomada de decisões do grupo. do.”

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
É a função administrativa através da qual se veriica se o • Chefe torna-se um generalista, não pode se especializar.
que foi estabelecido ou determinado foi cumprido (sem entrar • Congestionamento das linhas formais de comunicação
especiicamente nos méritos e se deu ou não bons resultados). na medida em que a empresa cresce.
• Comunicações demoradas e sujeitas a intermediários e
Um sistema de controle deve ter: a distorções.
•um objetivo, um padrão, uma linha de atuação, uma norma,
uma regra “decisorial”, um critério, uma unidade de medida; Organização Funcional
•um meio de medir a atividade desenvolvida; Tipo de estrutura organizacional que aplica o princípio
•um procedimento para comparar tal atividade com o critério funcional ou princípio da especialização das funções para cada
ixado; tarefa.
•algum mecanismo que corrija a atividade como critério i- Princípio funcional separa, distingue e especializa: é o germe
xado. O processo de controle é realizado em quatro fases a saber: do staff.
a) Estabelecimento de padrões ou critérios;
b) Observação do desempenho; Características da Organização Funcional
c) Comparação do desempenho com o padrão estabelecido; • Autoridade funcional ou dividida. Nenhum superior tem
autoridade total sobre os subordinados, mas autoridade parcial e
d) Ação para corrigir o desvio entre o desempenho atual e o
relativa, decorrente de sua especialidade.
desempenho esperado.
• Linhas diretas de comunicação. Comunicação efetuada
diretamente, sem necessidade de intermediação.
ORGANIZAÇÃO
• Descentralização das decisões. Não é a hierarquia, mas a
Podemos classiicar as estruturas organizacionais em
especialidade quem promove as decisões.
tradicionais e contemporâneas. • Ênfase na especialização. As responsabilidades são
Dentre as tradicionais temos as Organizações Linear, delimitadas de acordo com as especializações.
Funcional e Linha Staff conforme veremos abaixo.
Vantagens da Organização Funcional
Organização Linear • Proporciona o máximo de especialização nos órgãos ou
A denominação “linear” indica que entre o superior e os cargos.
subordinados existem linhas diretas e únicas de autoridade e de • Permite a melhor supervisão técnica possível.
responsabilidade. • Desenvolve comunicações diretas, rápidas e com menos
distorções.
Características da organização linear • Separa as funções de planejamento e controle da função
• Autoridade linear ou única - autoridade única e absoluta execução.
do superior sobre seus subordinados (decorrente do princípio da
unidade de comando). Organização Linha-Staff
• Linhas formais de comunicação - as comunicações entre • Resultado da combinação dos tipos de organização linear
os órgãos ou cargos são efetuadas unicamente através das linhas e funcional, buscando-se incrementar as vantagens e reduzir as
existentes no organograma. desvantagens dos dois tipos de organização.
• Na organização linha-staff existem órgão de execução
• Centralização das decisões - só existe uma autoridade (linha) e de apoio (staff).
máxima que centraliza todas as decisões e o controle da • É o tipo de organização mais empregado atualmente.
organização.
• Aspecto piramidal - à medida que se sobe na escala Principais Funções do Staff
hierárquica diminui o número de cargos ou órgãos. • Serviços: atividades especializadas como: compras,
pessoal, pesquisa, informática, propaganda, contabilidade, etc.
Vantagens da Organização Linear • Consultoria e assessoria: assistência jurídica, organização
• Estrutura simples e de fácil compreensão. e métodos etc.
• Nítida e clara delimitação das responsabilidades dos • Monitoramento: acompanhar e avaliar determinada
órgãos ou cargos. atividade ou processo.
• Facilidade de implantação. • Planejamento e controle: planejamento e controle
• Estabilidade, permitindo uma tranquila manutenção do orçamentário, controle de qualidade etc.
funcionamento.
Características da Organização Linha-Staff
• Fusão da estrutura linear com a estrutura funcional, com
Desvantagens da Organização Linear
predomínio da primeira.
• Mais adequado para pequenas empresas.
• Coexistência entre as linhas formais de comunicação
• Estabilidade pode levar à rigidez e à inlexibilidade da
com as linhas diretas de comunicação.
organização. • Separação entre órgãos operacionais (executivos) e
• Pode tornar-se autocrática. órgãos de apoio (assessores).
• Ênfase exagerada na função de cheia e comando. • Hierarquia versus especialização.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Vantagens da Organização Linha-Staff Estrutura Matricial
• Assegura assessoria especializada e inovadora, mantendo É um tipo de estrutura mista, uma excelente alternativa para
o princípio da autoridade única. Os serviços prestados não precisam organizações que desenvolvem projetos, mas também adotam as
ser aceitos como estão recomendados. estruturas: divisional, funcional, staff etc. é indicado para empresas
• Atividade conjunta e coordenada dos órgãos de linha e que desenvolvem vários projetos, mas que se utilizam de diversas
órgãos de staff. tecnologias. As principais características são:
• Multidimensional, pois se utiliza de características de es-
Desvantagens da Organização Linha-Staff truturas permanentes, por função, produtos e projetos;
• Possibilidade de conlitos entre a assessoria e os demais • Permanente, sendo temporários apenas os grupos de cada
órgãos e vice-versa. projeto;
• Diiculdade na obtenção e manutenção do equilíbrio • Adaptativa e lexível: quanto mais complexa a ambiência
dinâmico entre linha e staff. organizacional, mais complexa deve ser a estrutura da empresa;
• Combina a estrutura hierárquica vertical tradicional com
Já no conceito de estruturas contemporâneas temos as uma estrutura superposta, horizontal, de coordenadores de proje-
estruturas matriciais e as estruturas com base em projetos. tos/produtos.

Estrutura com Base em Projetos As principais vantagens:


Este tipo de estrutura advém de desenvolvimento de projeto • Equilíbrio de objetivos pela atenção dispensada tanto às
com um grupo de atividades com tempo de duração pré-deinido e áreas funcionais quanto às coordenações de projetos;
proissional contratados especiicamente para cada projeto. • Visão dos objetivos dos projetos por meio das coordena-
Este tipo de estrutura deve ser utilizado quando: existem mui- ções de projetos;
tas pessoas/organizações interdependentes, planos sujeitos a mu- • Desenvolvimentos de um forte e coeso trabalho de equi-
danças, diiculdade de prognósticos, exigência do cliente e estru- pe e metas de projetos
tura organizacional rígida. • Elimina mão de obra ociosa;
Para montar uma estrutura com base em projetos, a empresa • Elimina extensas cadeias hierárquicas;
• Conhecimento especializado pode estar disponível para
precisa: deinir as funções do projeto, montar a estrutura organiza-
todos os projetos igualmente, podendo ser transferido de um pro-
cional (organograma do projeto), deinir as atribuições das funções
jeto para outro;
(responsabilidades e autoridades) e alocar pessoal. As principais
• Utilização de Mao de obra pode ser lexível.
características são:
As principais desvantagens:
• Unidimensional, onde cada unidade da organização está
• Subutilização de recursos disponíveis;
voltada para o desenvolvimento de um único projeto e cheiada por
• Insucesso na obtenção de coordenação de funções, no
um único gerente;
estabelecimento de padrões de eiciência e de uniformidades de
• A base da estrutura é o projeto; prática entre os especialistas que não são controlados por um único
• Objetivos e prazos bem deinidos; chefe;
• Prazo relativamente curto, sendo, portanto de natureza • Insegurança entre os membros dos projetos;
temporária; • Indivíduo de posição intermediária possui dois chefes:
• Depende de inovação de produto, que se torna obsoleto chefe do seu departamento funcional e coordenador do projeto
em pouco tempo; onde está alocado;
• Departamentalização interna é funcional. • Conlito entre gerentes funcionais e coordenadores de
projetos quanto à autoridade.
As principais vantagens:
• Unidade de direção voltada para o objetivo único, que é Tendências e Práticas Organizacionais
o projeto; Visando oferecer soluções práticas e que atendam às
• Identiicação com o projeto; emergências impostas pelas mudanças e transformações, ao inal
• Comunicação informal como fonte importante de inte- da era neoclássica surgiram algumas técnicas de intervenção:
gração; • Melhoria contínua – os processos de mudança devem
• Gerente controla todos os recursos para desenvolvimento começar pequenos e sempre de baixo para cima, ou seja, da base
do projeto. para a cúpula. A ilosoia da melhoria contínua deriva do Kaizen
(palavra japonesa). As melhorias não precisam ser grandes, mas
As principais Desvantagens: devem ser contínuas e constantes.
• Não é bem aceita pela organização permanente em razão • Qualidade total – qualidade é o atendimento das exigên-
de se caráter temporário. cias do cliente. O tema central da qualidade total está nas pes-
• Meios duplicados: cada projeto tem sua própria estrutu- soas que a produzem sendo os funcionários e não os gerentes os
ra; responsáveis pelo elevado padrão de qualidade. Para isso devem-
• Ineicácia na utilização de recursos; -se proporcionar aos funcionários habilidades e a autoridade para
• Insegurança no emprego, já que possui caráter tempo- tomar decisões que tradicionalmente eram dadas aos gerentes. O
rário; gerenciamento da qualidade total trouxe técnicas conhecidas, tais
• Pessoal alocado em determinado projeto pode perder lu- como o enxugamento, a terceirização e a redução do tempo do
gar na estrutura permanente. ciclo de produção.

14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
• Reengenharia – para reduzir a enorme distância entre a do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil de
velocidade das mudanças ambientais e a permanência das organi- 1988, que assim dispõe em seu caput: “Art. 37. A administração
zações tratou-se de aplicar um remédio forte e amargo. Reenge- pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
nharia signiica fazer uma nova engenharia da estrutura organi- Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos prin-
zacional, ou seja, é uma reconstrução e não apenas uma reforma cípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
total ou parcial da empresa. A reengenharia não se confunde com eiciência e, também, ao seguinte”.
a melhoria contínua, pois pretende criar um processo inteiramente Princípios Constitucionais Expressos: Diante de tais princí-
novo e não o aperfeiçoamento gradativo e lento do processo atual. pios expressos constitucionalmente temos:
A reengenharia trás consequência para a organização: os departa-
mentos tendem a desaparecer; estrutura organizacional horizonta- Princípio da Legalidade:
lizada; atividades baseadas em equipe; a avaliação deixa de ser a Este é o principal conceito para a coniguração do regime
atividade e passa a ser os resultados alcançados; os gerentes pas- jurídico-administrativo, pois se justiica no sentido de que a
sam a icar mais próximo das operações e das pessoas e passam a Administração Pública só poderá ser exercida quando estiver em
ser educadores dotados de habilidades interpessoais. conformidade com a Lei.
O administrador não pode agir, nem mesmo deixar de agir,
• Benchmarking – é um processo contínuo de avaliar pro-
senão de acordo com o que dispõe a lei. Para que a administração
dutos, serviços e práticas dos concorrentes mais fortes e daquelas
possa atuar, não basta à inexistência de proibição legal, é necessária
empresas que são reconhecidas como líderes empresariais. Isso
para tanto a existência de determinação ou autorização da atuação
permite comparações entre empresas para identiicar o “melhor do administrativa na lei. Os particulares podem fazer tudo o que a
melhor” e alcançar um nível de superioridade ou vantagem com- lei não proíba, entretanto a Administração Pública só pode fazer
petitiva. aquilo que a lei autorizar.
• Equipes de alto desempenho – as organizações estão mi- Importante ainda esclarecer que a administração pública
grando velozmente para o trabalho em equipe, visando obter a par- está obrigada, no exercício de suas atribuições, à observância
ticipação das pessoas na busca de respostas rápidas às mudanças não apenas dos dispositivos legais, mas também em respeito aos
no ambiente de negócios. princípios jurídicos como um todo, inclusive aos atos e normas
• Gestão de projetos – todas as organizações desempe- editadas pela própria administração pública.
nham algum tipo de trabalho e este envolve operações e projetos.
O im de um projeto é alcançado quando os objetivos do projeto Princípio da Impessoalidade:
são atingidos ou quando ica claro que seus objetivos não podem Por tal princípio temos que a Administração Pública tem
ser atingidos. que manter uma posição de neutralidade em relação aos seus
As tendências organizacionais no mundo moderno se administrados, não podendo prejudicar nem mesmo privilegiar
caracterizam por: quem quer que seja. Dessa forma a Administração pública deve
• Cadeias de comando mais curtas (enxugar níveis hierár- servir a todos, sem distinção ou aversões pessoais ou partidárias,
quicos). buscando sempre atender ao interesse público.
• Menos unidade de comando (a subordinação ao chefe Impede o princípio da impessoalidade que o ato administrativo
está sendo substituída pelo relacionamento horizontal em direção seja emanado com o objetivo de atender a interesses pessoais
ao cliente). do agente público ou de terceiros, devendo ter a inalidade
• Maior responsabilidade e autonomia às pessoas. exclusivamente ao que dispõe a lei, de maneira eiciente e
• Ênfase nas equipes de trabalho. impessoal.
• Organizações estruturadas sobre unidades autônomas e Ressalta-se ainda que o princípio da impessoalidade tem
autossuicientes, com metas e resultados a alcançar. estreita relação com o também principio constitucional da
• Infoestrutura (permite uma organização integrada sem isonomia, ou igualdade, sendo dessa forma vedada perseguições
ou benesses pessoais.
necessariamente estar concentrada em um único local).
• Preocupação maior com o alcance dos objetivos e metas
Princípio da Moralidade:
do que com o comportamento variado das pessoas.
Tal princípio vem expresso na Constituição Federal no caput
• Foco no negócio básico e essencial (enxugamento e ter- do artigo 37, que trata especiicamente da moral administrativa,
ceirização visando reorientar a organização para aquilo que ela foi onde se refere à ideia de probidade e boa-fé.
criada). A partir da Constituição de 1988, a moralidade passou ao
• As pessoas deixam de ser fornecedoras de mão de obra status de principio constitucional, dessa maneira pode-se dizer que
para serem fornecedoras de conhecimentos capazes de agregar va- um ato imoral é também um ato inconstitucional.
lor ao negócio. A falta da moral comum impõe, nos atos administrativos a
presença coercitiva e obrigatória da moral administrativa, que se
Administração Pública constitui de um conjunto de regras e normas de conduta impostas
A Administração Pública é a atividade do Estado exercida ao administrador da coisa pública.
pelos seus órgãos encarregados do desempenho das atribuições Assim o legislador constituinte utilizando-se dos conceitos da
públicas, em outras palavras é o conjunto de órgãos e funções ins- Moral e dos Costumes uma fonte subsidiária do Direito positivo,
tituídos e necessários para a obtenção dos objetivos do governo. como forma de impor à Administração Pública, por meio de juízo
A atividade administrativa, em qualquer dos poderes ou esfe- de valor, um comportamento obrigatoriamente ético e moral
ras, obedece aos princípios da legalidade, impessoalidade, mora- no exercício de suas atribuições administrativas, através do
lidade, publicidade e eiciência, como impõe a norma fundamental pressuposto da moralidade.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
A noção de moral administrativa não esta vinculada às Dessa maneira, a administração pública deve ter sai ação con-
convicções intimas e pessoais do agente público, mas sim a noção trolada pelo povo, por meios de mecanismos criados pelo Estado
de atuação adequada e ética perante a coletividade, durante a para esta inalidade, visto que o interesse público não pode ser
gerência da coisa pública. disponível.
- Princípio da Autotutela: A Administração Pública pode
Princípio da Publicidade: corrigir de oicio seus próprios atos, revogando os irregulares e
Por este principio constitucional, temos que a administração inoportunos e anulando os manifestamente ilegais, respeitado o
tem o dever de oferecer transparência de todos os atos que praticar, direito adquirido e indenizando os prejudicados, cuja atuação tem
e de todas as informações que estejam armazenadas em seus a característica de autocontrole de seus atos, veriicando o mérito
bancos de dados referentes aos administrados. do ato administrativo e ainda sua legalidade;
Portanto, se a Administração Pública tem atuação na defesa - Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade: A
e busca aos interesses coletivos, todas as informações e atos Administração deve agir com bom senso, de modo razoável e
praticados devem ser acessíveis aos cidadãos. proporcional;
Por tal razão, os atos públicos devem ter divulgação oicial - Princípio da Continuidade: Os serviços públicos não podem
como requisito de sua eicácia, salvo as exceções previstas em lei, parar, devendo manter-se sempre em funcionamento, dentro das
onde o sigilo deve ser mantido e preservado. formas e períodos próprios de sua regular prestação;
- Princípio da Especialidade: Por tal principio aplica-se mais
Princípio da Eiciência: as autarquias, não podem elas ter outra função, além daquelas para
Por tal principio temos a imposição exigível à Administração as quais foram criadas.
Pública de manter ou ampliar a qualidade dos serviços que presta Na Administração temos algumas teorias, tais como, Clássica,
ou põe a disposição dos administrados, evitando desperdícios e Burocrática e Sistêmica.
buscando a excelência na prestação dos serviços. Alguns fatores contribuíram para o surgimento das teorias da
Tem o objetivo principal de atingir as metas, buscando boa administração, entre eles podemos citar:
prestação de serviço, da maneira mais simples, mais célere e  Consolidação do capitalismo (lógica de mercado) e de
mais econômica, melhorando o custo-benefício da atividade da novos modos de produção e organização de trabalho, que levou
administração pública. ao processo de modernização da sociedade (substituição da auto-
O administrador deve procurar a solução que melhor atenda ridade tradicional pela autoridade racional-legal);
aos interesses da coletividade, aproveitando ao máximo os recursos  Crescimento acelerado da produção e força de trabalho
públicos, evitando dessa forma desperdícios. desqualiicada;
 Ausência de sistematização de conhecimentos em gestão.
Princípios administrativos implícitos Como vimos anteriormente, houve uma evolução nas teorias
Diante de tais princípios tidos como expressamente constitu- administrativas. A partir da década de 1930, então, expandiu-se
cionais, decorrem outros, implícitos, de igual importância para a o modelo chamado de Estado de Bem-Estar Social, no qual o
regulamentação das atividades públicas senão vejamos: Estado é organizador da política e da economia, encarregando-se
da promoção e defesa social. O Estado atua ao lado de sindica-
– Princípio da Supremacia do Interesse Público: tos e empresas privadas, atendendo às características de cada país,
Tal Princípio, muito embora não se encontre expresso no com o intuito de garantir serviços públicos e proteção à população.
enunciado do texto constitucional é de suma importância para a O Estado de Bem-Estar Social ganhou ainda mais terreno com a
atividade administrativa, tendo em vista que, em decorrência do inclusão do conceito de cidadania, propagado após a queda dos
regime democrático adotado pelo Brasil, bem como o seu sistema regimes totalitários na Europa. Associou-se a ideia de que os indi-
representativo, temos que toda a atuação do Poder Público seja víduos são dotados de direitos sociais. O modelo de organização
consubstanciada pelo interesse público e coletivo. estatal concede aos indivíduos bens e serviços públicos durante
Assim, para que o Estado possa atingir a inalidade principal toda a vida. Os direitos sociais conferem serviços de educação,
que lhe foi imposta pelo ordenamento jurídico, qual seja, o inte- saúde, seguridade e lazer.
resse público, é assegurado a administração pública uma série de O Estado de Bem-Estar Social é também chamado de Estado
prerrogativas, não existente no direito privado, para que se alcance Providência e Estado Social. Foi o modelo predominante nos
a vontade comum da coletividade. países ocidentais na segunda metade do século XX defendendo
Assim, a supremacia do interesse público deve se sobressair o desenvolvimento do mercado, porém acompanhado de políticas
sobre os direitos particulares dos administrados, pois decorre deste públicas e da interferência do Estado na economia para corrigir os
princípio que, na hipótese de haver um conlito entre o interesse erros e proteger a população. Atualmente, diz-se que o modelo está
público e os interesses de particulares, é evidente e lógico que a em crise. O primeiro país a abandonar o modelo foi a Inglaterra,
vontade comum e o interesse coletivo deve prevalecer, respeitados no governo de Margareth Thatcher. Ela alegou que o Estado não
os princípios do devido processo legal, e do direito adquirido. dispunha mais de recursos para sustentar o Estado de Bem-Estar
Social e retirou os direitos que os cidadãos haviam conquistado
- Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público: no decorrer das décadas. Nasceria, então, o Estado Neoliberal. A
Em decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse consequência seria o embate entre os dois modelos. Mas o Estado
público são vedados ao administrador da coisa pública qualquer Neoliberal também já se mostra em crise e políticos e ideólogos
ato que implique em renúncia a direitos da administração, ou que de direita e de esquerda debatem qual modelo seria mais viável.
de maneira injustiicada e excessiva onerem a sociedade. O fato é que a maior parte dos países que investiram quantidades

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
signiicativas do Produto Interno Bruto em políticas sociais pos- Os cidadãos estão-se tornando mais conscientes de que a ad-
sui elevado Índice de Desenvolvimento Humano. No entanto, a ministração pública burocrática não corresponde às demandas que
relação não é direta, pois não se trata apenas de investir, mas da a sociedade civil apresenta aos Governos, no capitalismo contem-
maneira como é investido. Outra evidência que está associada ao porâneo.
investimento em políticas sociais é a redução da pobreza. Os cidadãos começam a exigir do Estado, mais do que o Es-
No Brasil, houve um esboço de implantação do Estado de tado está apto a dar. Sendo assim a causa imediata da lacuna, não
Bem-Estar Social nas décadas de 1970 e 1980. Todavia, o modelo é apenas iscal, nem apenas política, como é também administrati-
não seria aplicado como investimento produtivo para sociedade, va. Os recursos econômicos e políticos são escassos por deinição,
mas de forma assistencialista. Logo, o que se veriicou foi a ma- mas se pode superar parcialmente a limitação com o uso eiciente
pelo Estado, quando não se pode contar com o mercado, quando
nutenção da acentuada desigualdade social, os elevados índices de
a alocação de recursos pelo mercado não é solução factível, dado
pobreza e o insucesso no Índice de Desenvolvimento Humano. O
seu caráter distorcido ou dada sua incompletude. Sendo assim, a
governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, 1994-2002, função de uma administração pública eiciente passa a ter valor
assumiu o modelo Neoliberal como direcionador do Estado, fa- estratégico, ao reduzira lacuna que separa a demanda social e a
zendo a contraposição. Seu sucessor, Luís Inácio “Lula” da Silva, satisfação desta demanda.
recuperou as ideias do Estado Providência, investindo em policiais Há porém uma razão mais ampla para o interesse que a re-
sociais que resultaram na diminuição dos índices de pobreza. No forma do Estado, e particularmente da administração pública, tem
entanto, os investimentos em políticas sociais ainda são pequenos despertado, que é a proteção do patrimônio público (res publica)
e mal administrados no Brasil. contra as ameaças de “privatização” ou, em outras palavras, contra
atividades de rent-seeking. A proteção do Estado, que este inclui
As políticas públicas no Brasil atravessaram diversos avatares a res publica, corresponde a direitos básicos que, inalmente, co-
de acordo com o desenvolvimento histórico da economia, da meçaram a ser deinidos - direitos que podem ser chamados “os
sociedade e, particularmente, do Estado brasileiro. Assim, direitos públicos”. (Direitos públicos são os direitos que nos as-
tomando como base os textos de Keinert (1994) e Medeiros (2001), seguram que o patrimônio público, a res publica, entendido em
sentido amplo, seja público - que seja de, e para, todos, em vez de
podemos repartir a evolução do Estado de Bem-Estar Social, das
ser objeto de rentseeking, em vez de ser privatizada por intereses).
políticas públicas e da administração pública no Brasil em diversos O Estado deve ser público, as organizações não estatais e sem
períodos de acordo com as metamorfoses do caráter do Estado e os ins lucrativos (ou organizações não governamentais) devem ser
estágios de desenvolvimento econômico e desenvolvimento social públicas. Bens estritamente públicos, como um meio ambiente
da nossa história republicana, a saber: protegido, devem ser públicos.
1889-1929 – República Velha Estado tem importante papel social e econômico, a estratégia
1930-1945 – Estado Novo básica da administração pública burocrática – o controle hierárqui-
1945-1964 – Período Democrático-Desenvolvimentista co e formalista sobre os procedimentos - provou ser inadequada.
1964-1985 – Ditadura Militar Esta estratégia talvez pudesse evitar a corrupção e o nepotismo,
1985-2002 – Nova República mas era lenta, cara, ineiciente.
2002 em diante – Fase Atual Ao invés da velha administração pública burocrática, uma
nova forma de administração, que tomou emprestados os imensos
Podemos encontrar muitas razões para o crescente interesse avanços pelos quais passaram, durante o século X, as empresas de
administração de negócios sem, contudo, perder a característica
de que tem sido alvo a reforma do Estado nos anos 90. A razão
especíica que a faz ser administração pública: uma administração
básica está, provavelmente, no fato de que houve a percepção ge- que não visa ao lucro, mas à satisfação do interesse público.
neralizada de que o ajuste estrutural não era suiciente para que À nova administração pública não basta ser efetiva em evitar
houvesse a retomada do crescimento. A reforma do Estado envolve o nepotismo e a corrupção: ela tem de ser eiciente ao prover bens
aspectos atuais como os: públicos e semipúblicos que cabe ao Estado diretamente produzir
 Políticos - os que se relacionam à promoção da gover- ou, indiretamente, inanciar. Se, nos países desenvolvidos, os
nabilidade; direitos civis e sociais estavam razoavelmente protegidos, os
 Econômicos e administrativos – aqueles que visam a au- direitos públicos não estavam: a res publica estava exposta a todo
mentar a governança. tipo de ameaças. O nepotismo e a corrupção mais visíveis foram
Dentre as reformas o objetivo: controlados, mas surgiram novas modalidades de apropriação
 É aumentar a capacidade de governar - a capacidade privada de uma fatia maior do patrimônio público.
efetiva de que o Governo dispõe para transformar suas políticas As reformas administrativas, todas visam duas metas:
em realidade;  Redução dos gastos públicos a curto prazo e
 Aumento da eiciência mediante orientação gerencial, a
 As que primeiro foram iniciadas, ainda nos anos 80, fo-
médio prazo.
ram aquelas que devolvem saúde e autonomia inanceira para o
Reformando a estrutura do Estado A administração pública ge-
Estado: particularmente o ajuste iscal, a privatização. Mas, igual- rencial envolve uma mudança na estratégia de gerência, mas esta
mente importante, é a reforma administrativa que torne o servi- estratégia tem de ser posta em ação em uma estrutura administra-
ço público mais coerente com o capitalismo contemporâneo, que tiva reformada. A ideia geral é a descentralização, a delegação de
permita aos governos corrigir falhas de mercado sem incorrer em autoridade. Porém, tem de ser mais especíico, deinir claramente
falhas maiores. Este tipo de reforma foi de crescente atenção nos os setores que o Estado opera, as competências e as modalidades
anos 90. de administração mais adequadas a cada setor.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Fontes (Trabalho e Capital Monopolista por Harry Braver- d) O plano operacional traduz o plano estratégico em ações
nan/Introdução à Teoria Geral da Administração por Chiavena- especializadas, como marketing, operações e outros
to/ O neoliberalismo por David Harvey/Teoria Geral da Admi- e) Planejamento operacional deine atividades e recursos que
nistração por Maximiano/ GIL, Antonio Carlos. Administração possibilitam a realização de objetivos estratégicos ou funcionais
de Recursos Humanos/MATTOS, Ruy de A. De Recursos a seres
humanos: o desenvolvimento humano na empresa/ ROCHA, Luiz 04. (CESGRANRIO/2012 - Chesf - Proissional de Nível
Osvaldo Leal da. Organização e Métodos: uma abordagem práti- Superior) - Como o planejamento é um processo de decisão,
ca/ MONTANA, Patrick J e CHARNOV, Bruce H. Administração/ os passos importantes seguidos durante o planejamento
Cruz, Tadeu. Sistemas, métodos e processos. São Paulo: Atlas, formal são similares aos passos básicos do processo de decisão.
2005. BRASIL, Plano Diretor da Reforma do Estado. Presidên- Nesse sentido, a correspondência entre os passos do
cia da República, Câmara da Reforma do Estado, 1995. Dispo- planejamento e os estágios do processo de tomada de decisão
nível: www.planalto.gov.br/ GOMES, Adhemar Martins Bento. permite airmar que a(o)
Atualidade e perspectivas da administração pública/http://www. a) seleção de metas e planos de um processo de planejamento
professorcezar.adm.br/http://www.ebah.com.br/Por Prof. Elisabe- corresponde à implementação da decisão, já que determina a
th Moreira) atribuição da responsabilidade por cada passo
b) fase de gerar objetivos alternativos que possam ser buscados
EXERCICIOS no futuro e os planos alternativos que possam ser utilizados para
atingir esses objetivos correspondem ao estágio do processo de
01. (FGV - 2013 - FBN - Assistente Administrativo) decisão de avaliação de alternativas.
Administração Pública é o conjunto harmônico de princípios c) avaliação das vantagens, das desvantagens e dos efeitos
jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas potenciais de cada objetivo e de cada plano alternativo corresponde
tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os ins ao estágio de identiicação e de diagnóstico do problema em um
desejados pelo Estado. processo de decisão
Assinale a airmativa que indica os dois sentidos em que se d) planejamento inicia-se com uma análise situacional que
divide o conceito de Administração Pública. corresponde ao estágio da tomada de decisão de elaboração
a) Objetivo e funcional. de soluções alternativas, o que é defendido pela abordagem
b) Material e funcional. contingencial
c) Objetivo e subjetivo. e) processo de monitoramento e de controle do planejamento
d) Subjetivo e orgânico. formal corresponde ao estágio do processo decisório de avaliação
da decisão que coleta informações sobre o quão bem a decisão está
02. (CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO) - Com referência operando
ao regime jurídico e aos princípios da administração pública,
assinale a opção correta de acordo com o pensamento 05. (FESMIP/BA - 2011 – MPE/BA - Assistente
doutrinário dominante. Administrativo) - As organizações formais constituem um
a) São considerados como basilares da administração pública modo de agrupamento social, estabelecido de maneira
os princípios da legalidade, da supremacia do interesse público deliberada ou proposital, para alcançar objetivos especíicos.
sobre o privado e o da continuidade do serviço público. A alternativa que apresenta uma das principais características
b) Para o particular, o princípio da legalidade apresenta da organização formal é a
conotação negativa ou restritiva; já para a administração pública a) Estrutura organizacional baseada na departamentalização
ele apresenta caráter positivo ou ampliativo. matricial
c) Do princípio da continuidade do serviço público decorrem b) Flexibilidade nas atribuições de responsabilidades
os princípios da sindicabilidade e da autoexecutoriedade. c) Valorização dos recursos humanos
d) O princípio da sindicabilidade é reconhecido expressamente d) Decisões integradas
pela jurisprudência do STF. e) Divisão do trabalho
e) Sempre que a administração pública estiver envolvida
em relações jurídicas, sejam elas de direito público ou de direito 06. (FCC/ 2013 - Sergipe Gás S.A. - Assistente Técnico
privado, o interesse da administração pública deverá imperar, pois Administrativo - RH) - Considere as informações abaixo
ele sempre se sobrepõe ao interesse privado.

03. (ESAF/2013 - DNIT - Técnico Administrativo)


Planejamento é uma ferramenta importante na condução das
organizações. Sobre esse tema, indique a opção correta.
a) O plano tático estabelece missão, produtos e serviços
oferecidos pela organização
b) O planejamento estratégico alcança apenas os níveis
institucional e gerencial, não contemplando orientações para o
nível operacional .
c) O planejamento tático abrange toda a organização, deinindo
a sua relação com o seu ambiente

18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
A correta relação entre os tipos de estrutura e suas 10. (TRT1/2013 – FCC – Analista judiciário – Execução de
características é: mandados) A propósito dos princípios que informam a atuação
a) I-2, II-1 e III-3 da Administração pública tem-se que o princípio da:
b) I-3, II-2 e III-1 a) eiciência e o princípio da legalidade podem ser ex-
c) I-1, II-3 e III-2 cludentes, razão pela qual cabe ao administrador a op-
d) I-1, II-2 e III-3 ção de escolha dentre eles, de acordo com o caso concreto.
e) I-2, II-3 e III-1 b) tutela permite que a administração pública exerça, em algum
grau e medida, controle sobre as autarquias que instituir, para ga-
07. (UnB/CESPE / TJ-AL/ 2012) Acerca das diferentes rantia da observância de suas inalidades institucionais.
abordagens da administração, assinale a opção correta. c) autotutela permite o controle dos atos praticados pelos en-
A - A abordagem sistêmica pressupõe uma alta especialização tes que integram a administração indireta, inclusive consórcios
no desenvolvimento de uma tarefa especíica de modo que o públicos.
trabalhador consiga ter uma visão holística do processo produtivo. d) supremacia do interesse público e o princípio da lega-
B - A abordagem clássica da administração tem como princípio lidade podem ser excludentes, devendo, em eventual conli-
aumentar o nível de entropia da organização. to, prevalecer o primeiro, por sobrepor-se a todos os demais.
C - A abordagem burocrática considera as pessoas em primeiro e) publicidade está implícito na atuação da administração, uma vez
plano por serem as responsáveis pela aplicação de suas normas e que não consta da constituição federal, mas deve ser respeitado nas
regras. mesmas condições que os demais.
D - A visão mecanicista proposta por Bertalanffy revela
que, para compreender a realidade, é preciso analisar não apenas 11. (Prova: PUC-PR - 2012 - DPE-PR – Técnico) - Leia as
elementos isolados, mas também suas inter-relações. três airmativas a seguir:
E - De acordo com os princípios da administração cientíica I. Realização de um trabalho com o mínimo de esforço,
descritos por Taylor, o objetivo da boa administração é pagar altos custo ou desperdício.
salários e ter baixos custos. II. Realização de tarefas que ajudam a cumprir objetivos
organizacionais.
08. (UnB/CESPE / TJ-AL/ 2012) Um dos objetivos da III. Um funcionário disciplinado desempenha as funções
administração é estudar os processos produtivos. Nesse em acordo com as normativas da sua área.
contexto, o ser humano, peça fundamental na maioria dos Assinale a alternativa CORRETA:
sistemas organizacionais, deve ter seu comportamento e as a) As airmativas I e II correspondem respectivamente à
relações que estabelece com o meio em que vive estudados. eiciência e à eicácia. A airmativa III exempliica a eicácia.
As variáveis que inluenciam o seu desempenho devem ser b) As airmativas I e II correspondem respectivamente à
conhecidas e assimiladas de modo a encontrar mecanismos eicácia e à eiciência. E a airmativa III exempliica a padronização
de estímulo cada vez melhores e, assim, incrementar a sua c) As airmativas I e II correspondem respectivamente à
capacidade de produção. Tendo o texto acima como motivador, efetividade e à lucratividade. E a airmativa III exempliica a
assinale a opção correta a respeito da gestão de pessoas e das efetividade
teorias administrativas. d) As airmativas I e II correspondem respectivamente à
A - A autocracia é um modelo de liderança voltado para o eiciência e à eicácia. A airmativa III exempliica a eiciência
indivíduo, elemento central do processo de liderança. e) As airmativas I e II correspondem respectivamente
B - O enfoque comportamental se divide inicialmente em dois à economia de esforços e à objetividade. E a airmativa III
grandes grupos, aquele que estuda as pessoas como indivíduos e exempliica a eicácia
outro que busca compreender as pessoas como membros de grupos.
C - A estima corresponde ao topo da pirâmide de Maslow. GABARITO
D - O enfoque sistêmico coloca a gestão de pessoas em
primeiro plano por compreender que as relações de uma 01 C
organização dependem diretamente da interferência humana.
E - O experimento de Hawthorne, apesar de insigniicante para 02 D
a gestão de pessoas, conseguiu comprovar a relação direta entre 03 E
as variações na iluminação e a produtividade do grupo estudado, 04 E
evento já conhecido na teoria.
05 E
09. (UnB/CESPE / TJ-AL/ 2012) De acordo com a 06 A
abordagem neoclássica da administração, as principais 07 E
funções do processo administrativo são:
A - iscalização, comunicação, correção e ação. 08 B
B - planejamentos estratégico, tático e operacional. 09 D
C - comunicação, direção, controle e avaliação. 10 B
D - planejamento, organização, direção e controle.
E - organização, direção, avaliação e controle. 11 D

19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
redator, mas se obedece a regras que, norteando a comunicação
Professora Elaine Moreno Mendonça oicial, a tornam correta, coerente, clara, concisa, simples, obje-
tiva.
Graduada em Letras - licenciatura plena inglês/português
Graduada em Relações Internacionais - Bacharel
A CORREÇÃO
Curso técnico de Hotelaria
A correção, portanto, consiste em falar e escrever bem uma
Professora de inglês, português, espanhol
língua. Os vícios de linguagem contrariam a índole da correção.
Para evitá-los torna-se necessário o uso de formas adequadas
Caros alunos, o material a seguir compreende todos os tó-
quanto à gramática normativa. Deve-se observar, principal-mente,
picos descritos no edital, são eles:
a sintaxe de concordância, de regência e de colocação. É necessá-
rio, pois que se evite, além dos vícios de linguagem, o emprego de
palavras que, ao se encontrarem, dêem lugar a uma dupla interpre-
2. REDAÇÃO OFICIAL tação, deselegância ou ridículo. Vícios de linguagem são palavras
MODALIDADES DE TEXTOS TÉCNICOS ou construções que desvirtuam ou diicultam a manifestação do
• ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFI- pensamento.
CIAL. CONCEITO E PRINCÍPIOS DE RE-
DAÇÃO OFICIAL. IMPESSOALIDADE. LIN- COERÊNCIA
GUAGEM DOS ATOS E COMUNICAÇÕES As idéias apresentadas devem ser pertinentes ao tema pro-
OFICIAIS. CONCISÃO E CLAREZA. FE- posto. Sua elaboração deve seguir critérios que possibilitem um
CHOS PARA COMUNICAÇÃO. perfeito entendimento entre remetente e destinatário. Logo, não
IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO. se pode fugir ao tema e, muito menos, incluir o que não esteja de
MODELOS OFICIAIS – NORMAS GERAIS. acordo com o desenvolvimento do assunto que está em pauta.
• PRONOMES DE TRATAMENTO.
CONCORDÂNCIA. EMPREGO. • ABREVIA- A CLAREZA
TURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS. • COMUNI- É resultante da coerência. Qualidade imprescindível na reda-
CAÇÕES OFICIAIS. O PADRÃO OFÍCIO. ção oicial, consiste em apresentar-se o texto de modo facilmente
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS. MENSAGEM. inteligível, reletindo bem o que se pretende e o que se quer dizer.
TELEGRAMA. FAX. CORREIO Frases ambíguas, mal construídas, distorcem o sentido e afetam a
ELETRÔNICO. clareza.
A correção oicial dispensa as iguras as iguras literárias ou
tropos que são recursos de embelezamento da expressão em busca
da originalidade, mas exige a simplicidade, ou seja, a forma espon-
tânea, sem ornatos, a maneira natural de dizer e de escrever.
CORRESPONDÊNCIA OFICIAL
A CONCISÃO
Correspondência Oicial é a comunicação que se estabelece
Consiste em expor-se um assunto de maneira breve, precisa
oicialmente entre expedidor e receptor que representem, ou pelo
e exata. É dizer o máximo com o mínimo de palavras, utilizando
menos um deles, algum órgão da Administração Pública.
apenas o necessário, para o que se deve eliminar:
A correspondência oicial obedece a normas regedoras das
• O uso excessivo dos indeinidos um e uma:
comunicações escritas, internas ou externas, das repartições pú-
“É uma cópia de um despacho adjucatório da licitações reali-
blicas; sua redação é portanto, padronizada, alterando-se apenas,
zadas ou de uma justiicativa para uma dispensa ou uma inexigibi-
natural-mente, o conteúdo especíico de cada comunicação.
lidade com um respectivo embasamento legal.”
Quanto ao seu trânsito, a correspondência oicial pode ser in-
• O redundante, o supérluo:
terna - a que mantêm, entre si, diversas autoridades, bem como
“Ao contrário disso, pensamos diferente.”
seus respectivos subordinados no âmbito de determinado órgão
“Venho por estas mal traçadas linhas...”
administrativo, sobre qualquer assunto de serviço – e externa, ou
“Ao ensejo, quero apresentar-lhe os votos de consideração,
seja, a correspondência que se efetua entre a autoridade geral e
estima e apreço...”
outra autoridade da administração local e as demais autoridades,
• A pormenorização de dados e elementos em excesso num
fora do âmbito de sua atuação, bem como a particular.
único período:
Enquanto a correspondência interna faz-se por meio de ofício,
“O processo que agora se encontra nesta Seção para ser re-
carta oicial, memorando, indicação, consulta, requerimento, rela-
latado e que trata da demissão do servidor que entrou no Serviço
tório, circular, ordem de serviço, etc., a correspondência externa é
Público há 16 anos, tendo servido no setor de Contrato, depois no
feita por meio de ofício, carta oicial, telegrama, radiograma, re-
Almoxarifado, onde foi um comprador excelente e, por último, na
querimento, relatório, proposta e outras.
Seção de Custas, que ica em nosso edifício anexo, ao seguir seus
trâmites deve ser encaminhado à Diretoria de Recursos Humanos.”
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA CORRESPON-
(sublinhamos o essencial, o restante é excesso).
DÊNCIA OFICIAL
A concisão não admite, também, a abundância de adjetivação
Na correspondência oicial não se leva em consideração o es-
e as repetições desproporcionais (circunlóquios e sobrecarga de
tilo, isto é, a maneira própria, individual de expressar e pensar do
palavras cuja condensação será o aconselhável).

20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
NORMAS DA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL (FOR- Pronome de tratamento é, pois, a palavra ou expressão usada
MAS DE CORTESIA) para se referir à segunda pessoa, em lugar dos pronomes pessoais
São expressões utilizadas para o encerramento de uma corres- tu e vós, como você, vocês, o senhor, os senhores, a senhora, as se-
pondência dirigida a uma autoridade. Sua inalidade é a de saudar nhoras, Vossa Excelência, Vossa Senhoria, etc. Pode-se usar, tam-
o destinatário e marcar o im do texto. As formas de cortesia atual- bém para a terceira pessoa, em lugar de ele, ela, eles, elas como
mente em vigor foram reguladas pela Instrução Normativa nº. 4, Sua Excelência, Suas Excelências, Sua Senhoria, Suas Senhorias,
de 6 de março de 1992, da Secretaria da Administração Federal. Sua Majestade, etc. Em ambos os casos, o verbo ica na terceira
pessoa.
FORMAS DE CORTESIA UTILIZADAS NO FECHO
DA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL FORMAS DE TRATAMENTO
De acordo com a Instrução Normativa nº. 4/92 da Secretaria
de Administração Federal, atualmente em vigor, há dois tipos de As formas de tratamento mais usuais são:
fecho para todas as modalidades de comunicação oicial: · Você (v.) – Vocês (vv.) usa-se para pessoas familiares ou com
“Respeitosamente”, para autoridades superiores, inclusive o quem se tem intimidade.
Presidente da República. · Senhor (Sr.) – Senhora (Srª. Ou Sra.) - Senhores (Srs.) – Se-
“Atenciosamente”, para autoridades da mesma hierarquia ou nhoras (Sr.ªs ou Sras.) – para pessoas com quem se tem um certo
hierarquia inferior. distanciamento respeitoso.
Observação importante: · Vossa Senhoria (V. S.ª ou V. Sa.)– Vossas Senhorias (V. S.ªs
Conforme o Manual de Redação da Presidência da República ou V. Sas.) – para pessoas de cerimônia, em correspondências co-
de 1991 e de acordo com o decreto nº 468/92 e com a Instrução merciais e oiciais.
Normativa nº 4/92 da Secretaria de Administração Federal: · Vossa Excelência (V. ou V. Exa.)– Vossas Excelências (V.
Fica abolido o uso dos tratamentos: Ex.ªs ou V. Exas.) – para altas autoridades.
Digníssimo (DD.), Mui Digno (MD.) e Ilustríssimo (ILMO.), · Vossa Eminência (V. Em.ª ou V. Ema.) – Vossas Eminências
sendo desnecessária a sua evocação. (V. Em.ªs ou V. Emas.) – para cardeais.
“Doutor” e “Professor” não são formas de tratamento e sim tí- · Vossa Alteza (V. A..) – Vossas Altezas (VV. AA.) – para prín-
tulos acadêmicos, não devendo ser utilizados indiscriminadamen- cipes e duques.
te. Assim, não se poderá dizer ou escrever: · Vossa Santidade ( V. S.) – para o Papa.
· Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.ª Rev. ma ou V. Exa.
“Doutor Superintendente Fulano de Tal” ou Magníico Profes-
Revma.) – para arcebispos e bispos.
sor Reitor Beltrano”.
· Vossa Reverendíssima (V. Rev. ma ou V. Revma.) – Vossas
O correto é:
Reverendíssimas (V. Rev. mas ou V. Revma.) – para monsenhores,
“Senhor Superintendente Fulano de Tal” ou Magníico Reitor
cônegos e superiores religiosos.
Professor Beltrano”.
· Vossa Reverência (V. Rev.ª ou V. Rev.) – para sacerdotes,
OBS.: A Lei Orgânica da Magistratura adota para o cargo de
pastores e religiosos em geral.
Juiz o título “Doutor”. Deste modo, deve-se dizer: Doutor Juiz. · Vossa Paternidade (V. P.) – Vossas Paternidades (VV.PP.) -
para superiores de ordens religiosas.
EXPRESSÕES DE TRATAMENTO · Vossa Magniicência (V. Mag.ª ou V. Maga.) – Vossas Mag-
Expressão de tratamento é o pronome ou a locução de que se niicências (V. Mag. ªs ou V. Magas.) – para reitores de universi-
serve uma pessoa para falar ou escrever a outra. dades.
As expressões de tratamento são, teoricamente, da segunda · Vossa Majestade (V.M.) ou Vossas Majestade (VV.MM.) –
pessoa gramatical – a pessoa com quem se fala – desde que uma para reis e rainhas.
tradição milenar estabeleceu que às autoridades supremas não se · Vossa Excelência - Sua Excelência – é a forma de tratamen-
poderia falar diretamente, senão por meio de seus elevados atri- to mais elevada. Aplica-se aos três Chefes de Poder (Presidente
butos. Daí terem surgido expressões como Vossa Majestade, Vos- da República, Presiden-te do Congresso Nacional e Presidente do
sa Excelência, Vossa Santidade e outras, nas quais ao possessivo Supremo Tribunal Federal) para os quais não se deve usar as cor-
“vosso” juntou-se um substantivo abstrato (Majestade, Excelên- respondentes abreviaturas (V. Exª e S. Exa.ª).
cia, Santidade, Senhoria, Alteza). OBS.: Alguns redatores estendem esta deferência a altos dig-
Com o correr do tempo, no entanto, a concordância do verbo nitários e aos membros do clero. Dizem: “Sua Excelência, o Senhor
deixou de ser feita com o pronome “vossa”, passando a acompa- Governador...”, “Senhor Embaixador, tenho a honra de submeter a
nhar o substantivo abstrato (Majestade, Excelência, Senhoria) e, vossa Excelência...”, “Sua Excelência o Senhor Bispo de...”
deste modo icando na terceira pessoa, o que aparentemente, veio a O tratamento “Excelência” se aplica, ainda, e normalmente
conigurar uma anomalia, ou seja, uma segunda pessoa gramatical abreviado, aos altos representantes dos poderes Públicos: minis-
em concordância formal com a terceira. tros, senadores, deputados, oiciais-generais, governadores, de-
Daí que as expressões de tratamento são, teoricamente, da Se- sembargadores, juízes, prefeitos e, também, a presidentes de as-
gunda pessoa gramatical - a pessoa com quem se fala – porém a sociações.
concordância do verbo será sempre feita na terceira pessoa: Postos que não seja imposição gramatical, não se devem em-
“Vossa Excelência conhece o processo...” pregar,, relativamente às formas altamente cerimoniosas de Exce-
“Vossa Senhoria pertence ao grupo dos bons advogados...” lência e de Eminência, os possessivos seu, sua nem as variações
“Vossa Santidade é bem-vinda ao Brasil...” pronominais o e lhe . Assim, dir-se-á:

21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
“Remetemos, em anexo, para exame de V. Ex.ª ...” (e não: para Para Eminência: Eminentíssimo Senhor
seu exame). Para Senhoria: Senhor
“Aproveitamos o ensejo para informar a V. Ex.ª...” (e não: Para juiz: Meritíssimo
para informá-lo). Para os Tribunais: Colendo, Egrégio, Venerado
Vossa Senhoria – na troca de correspondência entre chefes de Para Reitor: Magníico
idêntica hierarquia, é comum esse tratamento cujo emprego, na Na correspondência oicial, o título de representante di-
maioria das vezes, se faz abreviadamente (V. S.ª). plomático ou consular não deve preceder o nome pessoal. Assim,
Vós – é um tratamento comum no serviço público dado, em dir-se-á:
geral, a servidor ou servidores de categoria não inferior à de quem Exmo. Sr. Fulano de Tal, Embaixador do Brasil em ...”.
assina o ato administrativo. Os vocativos constituídos por expres- “Senhor Sicrano de Tal, Cônsul do Brasil em ...”.
sões indicadoras de cargos não alteram o tratamento vós. Assim, Não se abrevia o vocativo na correspondência dirigida aos três
é correto dizer: Chefes de Poder, grafando-se:
“Passo às vossas mãos, senhor Diretor...” “Excelentíssimo Senhor Presidente da República”.
É bom não esquecer que os possessivos vosso(s) e vossa (s) “Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Fe-
podem ser usados com o tratamento vós, mas são incompatíveis deral”.
com as outras formas de tratamento. Redigir-se-á, pois, correta- “Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional”.
mente:
“Fica a critério de Vossa Excelência...” e nunca: “Vossa Exce- OBS.: Alguns redatores também não abreviam o vocativo em
lência tem a vosso critério...” correspondência para Ministros, Governadores de Estado, Desem-
bargadores, Prefeitos Municipais e autoridades eclesiásticas de
CONCORDÂNCIA maior nível hierárquico.
Embora de 3ª pessoa, as formas de tratamento, chamadas for-
mas de reverência, como possessivo Vossa se aplicam à pessoa a Usa-se o vocativo ”Senhor” seguido do cargo respectivo
quem falamos e a quem nos dirigimos. A concordância, no entanto, para as seguintes autoridades:
é feita com a forma verbal e com as formas pronominais da 3ª Vice-Presidente da República; Ministro de Estado; Secretá-
pessoa: rio-Geral da Presidência da República; Consultor-Geral da Re-
“Vossa Excelência deve apresentar o Relatório...” pública; Chefe do Gabinete Militar; Chefe do Gabinete Pessoal
“Vossa Senhoria já pode divulgar a sua Ordem de Serviço...”. do Presidente da República; Secretário da Presidência da Repú-
Nas leis, decretos, resoluções e portarias, a autoridade é indi- blica; Advogado-Geral da União; Procurador Geral da Repúbli-
cada na 3ª pessoa: ca; Comandante das Três Armas; Chefe do Estado-Maior das Três
“O Presidente da República decreta...”. Armas; Oiciais Gerais das Forças Armadas; Embaixadores; Se-
“O Diretor resolve...”. cretários Executivos de Ministérios; Secretário-Nacional de Mi-
nistérios; Presidente, Vice-Presidente e Membros do Senado Fede-
OBSERVAÇÕES ral, da Câmara dos Deputados, das Assembléias Legislativas dos
1 – Não se usa artigos diante de pronomes de tratamento, à Estados, da Câmara Distrital do Distrito Federal e dos Tribunais;
exceção de senhor, senhora e senhorita: Governadores e Vice-Governadores de Estados e do Distrito Fe-
“Esperei Sua Excelência por mais de duas horas”. deral; Secretários de Estado de Governos Estaduais; Presidentes
“Esperei a senhora por mais de duas horas...”. das Câmaras Municipais; Juízes; Desembargadores; Auditores da
2 – Os pronomes de tratamento são formas rigorosamente fe- Justiça Militar.
mininas. Quando se tratar de homem, é aceitável a concordância
com o masculino (concordância ideológica). Para essas autoridades, o vocativo na correspondência
“Sua Excelência estava preocupada ou preocupado com o pro- será:
cesso”. “Senhor Vice-Presidente”.
Se houver aposto faz-se a concordância obrigatória com o “Senhor Ministro”.
aposto: “Senhor Chefe de Gabinete”.
“Sua Excelência, o presidente, parece preocupado”. “Senhor Advogado-Geral da União”.
“Sua Excelência, a desembargadora, parece preocupada”. “Senhor General”.
3 – Usa-se Vossa Excelência quando nos dirigimos à pessoa: “Senhor Presidente do Senado Federal”.
“Convido Vossa Excelência a participar da sessão...”. “Senhor Senador”.
Usa-se Sua Excelência quando falamos a respeito da pessoa: “Senhor Governador”.
“Aguardamos a assinatura de Sua Excelência para dar anda-
mento ao processo”. Para as demais autoridades e particulares que recebem o
tratamento de Vossa Senhoria, o vocativo será “Senhor” segui-
VOCATIVO OU INVOCAÇÃO do do cargo respectivo. Grafar-se-á, pois:
É a expressão pela qual se chama a atenção da pessoa a quem “Senhor Superintendente”.
se escreve ou qualiicativo que indica a expressão de tratamento a
“Senhor Diretor-Presidente”.
ser empregada no texto do expediente.
“Senhor Chefe”.
Os vocativos mais usuais são:
Para Excelência: Excelentíssimo Senhor

22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Para Reitores de universidades o vocativo será: sempre abreviado (V. Ex.ª ou S. Ex.ª):
“Magníico Reitor”. Presidente, Vice-Presidente e Membros do Senado Federal e
da Câmara dos Deputados;
Para o Papa: Presidente e Ministros do Tribunal de Contas da União;
“Santíssimo Padre”. Presidente e Conselheiros dos Tribunais de Contas dos Esta-
dos e do Distrito Federal;
Para Cardeais: Presidente e Membros das Assembleias Legislativas Esta-
“Eminentíssimo Senhor Cardeal” ou Eminentíssimo e Reve- duais;
rendíssimo Senhor Cardeal”. Presidentes das Câmara Municipais.
Para Arcebispos e Bispos:
“Excelência Reverendíssima”. · Do Poder Judiciário:
sempre por extenso (Vossa Excelência e Sua Excelência):
Para Monsenhores, cônegos, superiores religiosos, sacer- Presidente do Supremo Tribunal Federal;
dotes clérigos e pastores: sempre abreviado (V. Ex.ª ou S. Ex.ª):
“Reverendo”. Vice-Presidente e Ministros do Supremo Tribunal Federal;
Presidente e Ministros do Supremo Tribunal de Justiça;
EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO NO Presidente e Ministros do Supremo Tribunal Militar;
CORPO DA CORRESPONDÊNCIA Presidente e Ministros do Superior Eleitoral;
Com exceção dos três Chefes de Poder, os pronomes de tra- Presidente e Ministros do Superior do Trabalho;
tamento são escritos abreviados no corpo da correspondência (V. Presidente e Desembargadores dos Tribunais de Justiça;
Ex.ª, V. Sº, V. Mag.ª) Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Federais;
As expressões “Senhor”, “Senhores” escrevem-se abreviadas Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais;
quando seguidas do nome ou cargo exercido pelo destinatário: Presidente e Membros dos Tribunais Regionais do Trabalho;
“Sr. Fulano”, “Srs. Membros da Comissão”, “Sr. Comandan- Juízes Titulares e Substitutos;
te”. Auditores da Justiça Militar.
Se não estiverem seguidas do cargo ou nome do destinatário,
escrevem-se por extenso: ENDEREÇAMENTO
“...o senhor já deve ter tido ciência...”. No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às
“...o que os senhores reclamam...”. autoridades obedece aos seguintes padrões:
Emprega-se Vossa Excelência, no corpo da correspondência,
em comunicações dirigidas às seguintes autoridades: DESTINATÁRIO
· Do Poder Executivo: Presidente da República, do Congresso Nacional e do Su-
sempre por extenso (Vossa Excelência e Sua Excelência): premo Tribunal Federal
Presidente da República; Envelope:
sempre abreviado (V. Ex.ª ou S. Ex.ª): Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Vice-Presidente da República; (nome do Presidente)
Ministros do Estado; Palácio do Planalto
Consultor-Geral da República; Praça dos Três Poderes
Comandante das Três Armas; 70100-000 – Brasília – DF
Secretário-Geral da Presidência da República;
Envelope:
Chefe do Gabinete Militar da Presidência da
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional
República;
(nome do Senador ou Deputado Presidente)
Chefe do Gabinete Civil da
Senado Federal
Secretários da Presidência da República;
Praça dos Três Poderes
Procurador –Geral da República;
70100-000 – Brasília – DF
Advogado-Geral da República;
Envelope:
Advogado-Geral da União;
Chefes de Estado-Maior das Três Armas; Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Fe-
Oiciais Generais das Forças Armadas; deral
Embaixadores; Ministro (nome do Presidente do Supremo)
Secretário-Executivo e Secretário-Nacional de Ministérios; Supremo Tribunal Federal
Governadores e Vice-Governadores dos Estados e do Distrito Praça dos Três Poderes
Federal; 70100-000 – Brasília – DF
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Autoridades tratadas por Vossa ou sua Excelência
Prefeitos Municipais. Envelope:
Excelentíssimo Senhor
· Do Poder Legislativo: (nome da autoridade)
sempre por extenso (Vossa Excelência e Sua Excelência): Ministro de Estado dos Transportes
Presidente do Congresso Nacional. Esplanada dos Transportes

23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Esplanada dos Ministérios, Bloco “R” Aviso nº 145/SG
70044-900 – Brasília – DF Ofício nº 145/DGP
Envelope:
Excelentíssimo Senhor LOCAL E DATA
Senador (nome do senador) O local e a data em que o expediente foi assinado devem ser
Ministro de Estado dos Transportes datilografados ou digitados por extenso, com alinhamento à direita
Senado Federal do texto.
70165-900 – Brasília – DF Exemplo:
Envelope: Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 2003. ou
Excelentíssimo Senhor Governador Brasília, em 28 de agosto de 2002.
(nome do Governador) VOCATIVO
Palácio Anchieta O vocativo, que invoca o destinatário, deve ser seguido de
Praça J. Clímaco s/n vírgula:
29010-080 – Vitória – ES Exemplo:
Envelope: Excelentíssimo Senhor Presidente da República; Senhora Mi-
Excelentíssimo Senhor Deputado nistra; Senhor Chefe de Gabinete.
(nome do Deputado)
Câmara dos Deputados TEXTO
Praça dos Três Poderes Nos casos em que não for de mero encaminhamento de docu-
70165-900 – Brasília – DF mentos, o expediente deve apresentar em sua escritura:
Autoridades tratadas por Vossa ou sua Senhoria
Envelope: INTRODUÇÃO
Ao Senhor Confunde-se com o parágrafo de abertura e nela é apresentado
(nome do destinatário) o assunto que motiva a comunicação. Deve ser evitado o uso de
Rua xymnz, nº 000 - Pampulha frases feitas para iniciar o texto. No lugar de “Tenho a honra de”,
30000-000 – Belo Horizonte – MG “Tenho o prazer de “, “Cumpre-me informar que”, empregue-se a
forma direta: “Informo a Vossa Excelência que”, “Submeto à apre-
Reitores de Universidades ciação de Vossa Excelência”, “Encaminho a V. S.ª”.
Envelope:
Ao Senhor DESENVOLVIMENTO
(nome do reitor) No desenvolvimento o assunto é detalhado. Quando o texto
Magníico Reitor da Universidade de Brasília contiver mais de uma idéia sobre o assunto, elas devem ser tra-
Campos universitário – Bloco “SN” tadas cada uma em um parágrafo, o que confere maior clareza à
70919-970 – Brasília – DF exposição.
Cardeais
Envelope: CONCLUSÃO
A Sua Excelência Reverendíssima É na conclusão que se reairma ou simplesmente se reapresenta
Dom (nome do cardeal) a posição recomendada sobre o assunto.
Cardeal-Arcebispo de São Paulo
Catedral Metropolitana – Praça da Sé NUMERAÇÃO DOS PARÁGRAFOS
00000-000 – São Paulo – SP No texto à exceção do primeiro parágrafo e do fecho, todos os
demais parágrafos devem ser numerados, com o número colocado
O PADRÃO OFÍCIO a 2,5cm ou dez toques datilografados da borda esquerda do papel,
É a modalidade de comunicação oicial comum aos órgãos como maneira de facilitar a remissão. No computador, no progra-
que compõem a Administração Federal. ma ”Microsoft Word”, clica-se no menu Arquivo e, no comando
Conigurar Página, escolhe-se 2,5 na opção Margem Esquerda.
TIPOS DE EXPEDIENTES Clica-se OK.
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela i-
nalidade do que pela forma: a exposição de motivos, o aviso e o FECHO
ofício. Para uniformizá-los, a Instrução Normativa nº 4, de 6 de O fecho das comunicações oiciais possui, além da inalidade
março de 1992, da Secretaria da Administração Federal, adotou óbvia de marcar o inal do texto, a de saudar o destinatário. Os mo-
uma diagramação única denominada “padrão ofício”, contendo as delos para o fecho foram regulados, pela primeira vez, na portaria
seguintes partes: nº 1 do Ministério da Justiça, em julho de 1937. Essa portaria esta-
belecida cerca de quinze padrões diferentes de fecho. Hoje, com a
TIPO E NÚMERO DO EXPEDIENTE desburocratização e de acordo com a Portaria nº 4, de 6 de março
O tipo e número do expediente devem ser seguidos da sigla do de 1992, da Secretaria de Administração Federal, há apenas dois
órgão que o expede: tipos de fecho para todas as modalidades de comunicação oicial:
Exemplo:
EM nº 145/MEFP

24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Exemplo: (nome e cargo de quem presidiu a reunião) ........... e pelos demais
Respeitosamente para o Presidente da República e todas as membros presentes. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
autoridades do primeiro escalão inclusive dos Estados e Atencio- xxxxxxxxxx
samente para as demais autoridades e autoridades da mesma hie- ............ (assinatura de quem presidiu a reunião e de todos os
rarquia ou de hierarquia inferior. demais presentes, por último a do secretário) ............................ .
Ficam excluídas dessas fórmulas as comunicações dirigidas
a autoridades estrangeiras que atendem a rito e tradição próprios, AVISO Correspondência oicial, com estrutura semelhante à
de acordo com as normas do Ministério das Relações Exteriores. do ofício, assinada por Ministro de Estado e/ou dirigente de órgãos
integrantes da Presidência da República para comunicação com
ASSINATURA E IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO outra autoridade de igual nível hierárquico ou com seus subalter-
Todas as comunicações oiciais, excluídas as assinadas pelo nos.
Presidente da República, devem trazer digitado ou datilografado o Estrutura
nome e o cargo da autoridade que a expede, logo abaixo do local Título – AVISO, nº seguida da sigla do órgão que o expede,
de sua assinatura. Esse procedimento facilita em muito a identii- com alinhamento á direita e a data 1,5cm abaixo, com alinhamento
cação da origem das comunicações. A forma de identiicação deve à esquerda.
ser a seguinte: Vocativo – Seguido de vírgula.
Exemplo: Texto – Exposição do assunto.
(espaço para assinatura) Fecho – “Atenciosamente”.
RUBENS AYALA PROTOCACARREIRO Assinatura – Nome e cargo do emitente.
Ministro do Orçamento e Gestão Exemplo:
Ou Aviso nº 145/MOG
(espaço para assinatura) Brasília, ......... de ........................ de ..........
JOSÉ ADOLFO VIANNA DE OLIVEIRA Senhor Ministro,
Diretor do Departamento de Serviços Gerais do Ministério Com o presente encaminho a V. Exa. o ................................
da Fazenda .........................................................................................................
....................Considera esta pasta, a ..............................................
EXEMPLARES CARACTERÍSTICOS DOS ATOS OFI- ...................
CIAIS Atenciosamente,
ATA É o registro sucinto de fatos, ocorrências, resoluções e (espaço para assinatura)
decisões de uma assembleia, sessão ou reunião. Geralmente é la- (nome em maiúsculas e cargo do emitente)
vrada em livro próprio, devidamente autenticado, com suas pági- A sua Excelência o Senhor
nas rubricadas pela autoridade que redigiu os termos de abertura e FULANO DE TAL
de encerramento. Ministro de Estado do Meio Ambiente
Esplanada dos Ministérios Bloco “M”
Estrutura 70044-900 – Brasília – DF
Título – Ata, número de ordem da reunião e nome da entidade.
Texto – escreve-se tudo seguidamente sem rasuras, emendas CARTA Forma de correspondência com personalidade públi-
ou entrelinhas, em linguagem simples, clara e concisa. Devem- ca ou particular, utilizada para fazer solicitações, convites, exter-
-se evitar as abreviaturas, e os números são escritos por extenso. nar agradecimentos ou transmitir informações.
Caso veriique qualquer engano no momento da redação, deverá As cartas, em princípio, não devem ser numera das sequen-
ser imediatamente retiicado empregando-se a palavra “digo”. Na cialmente, à exceção dos órgãos que as utilizam com frequência.
hipótese de qualquer omissão ou erro depois de lavrada a Ata, far- Estrutura
-se-á uma ressalva com a expressão: “em tempo: na linha ............., Local e data – Com alinhamento à direita do papel.
onde se lê...................., leia-se ......................” . Destinatário – Nome e cargo do destinatário, com alinhamen-
Exemplo: to à esquerda do papel e abaixo da data.
ATA DA ..............(nº de ordem e identiicação da reunião) Vocativo – Poderá ser dispensado (in DASP Nº 133/82).
............. do (a) ............ (nome da entidade) ............. Texto – A redação deverá ser simples, clara, objetiva, concisa
Aos ........ (por extenso) ...............dias do mês de ......... (in DASP Nº 133/82).
(por extenso)...............do ano de ..................... (por extenso) no(a) Fecho – Utilizar as formas usuais de cortesia.
........ (local da reunião ............. com a presença dos srs. ................... Assinatura – Nome do emitente e do respectivo cargo.
(pessoas presentes, devidamente qualiicadas) ........ e sob a Presi- Exemplo:
dência do sr. ............. (presidente dos trabalhos) ..... e com objetivo Brasília, ........ de ........................ de ............. .
de ........... (inalidade da reunião) ............... realizou-se a presente Exmo. Sr.
reunião em que ........................................ (o que ocorreu na reu- Fulano de Tal
nião) ...................... e nada mais havendo a tratar, o ............. (cargo Prefeito de Caxias do Sul
de quem preside a reunião) .............................. declarou encerrada Prefeitura Municipal de Caxias do Sul
a reunião, da qual eu, ............. (nome por extenso do secretário) .. – Caxias do Sul – RS
.............................. na qualidade de secretário(a), lavrei a presente Senhor Prefeito,
Ata, que dato, e assino, após ser lida e assinada pelo .................... Agradecendo o honroso convite para participar da Festa da

25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Uva a se realizar nessa cidade, informo a V. Exa. que, lamentavel- Em ..... de ............................. de ...........
mente, não poderei estar presente a tão relevante acontecimento, Ao (À) Sr.(a) ............ (nome do cargo) .....................
tendo em vista compromissos assumidos anteriormente para essa ASSUNTO: ......................................................
data. Encaminho a V. S.ª, para exame e pronunciamento, em
Atenciosamente caráter de urgência, o Processo nº ...................... / .............. que
(espaço para assinatura) deverá retornar a este Departamento.
(nome, em maiúscula, e cargo do emitente) Atenciosamente,
(espaço para assinatura)
CIRCULAR É correspondência oicial enviada (nome, em maiúsculo, e cargo do emitente)
simultaneamente a diversos destinatários, com texto idêntico,
transmitindo instruções, ordens, recomendações, determinando a
execução de serviços ou esclarecendo o conteúdo de leis, normas OFÍCIO É correspondência oicial usada pelas autoridades
e regulamentos. Pode ser apresentada sob a forma de ofício, públicas para tratar de assuntos de serviço ou de interesse da admi-
memorando, carta ou fax, mas sempre multidirecional. Pode nistração. É também utilizado por particulares. Tem formato uni-
conter ementa. forme, de acordo com a Instrução Normativa nº4m de 6 de marco
Estrutura de 1992, da Secretaria de Administração Federal.
(É idêntico à do ofício) Estrutura
Título – CIRCULAR ou OFÍCIO-CIRCULAR número e data. Referência – OFÍCIO, em maiúsculo, seguido do número se-
Texto – Desenvolvimento do assunto tratado. quencial e sigla do órgão expedidor.
Fecho – “Respeitosamente” ou “Atenciosamente, conforme Local e data – Devem ser colocados com alinhamento à di-
o caso. reita do papel.
Assinatura – Nome e cargo do emitente. Vocativo – Cargo da autoridade a quem se dirige o ofício.
Exemplo: Texto – Exposição do assunto, sendo que, à exceção do pri-
OFÍCIO-CIRCULAR Nº 86/01 – DRI meiro parágrafo e do fecho, todos os demais parágrafos devem ser
Brasília, .......... de ......................... de ............ numerados.
Senhor Dirigente, Fecho – “Respeitosamente” ou “Atenciosamente, conforme
Com o processo de adaptação administrativa introduzido pela o caso.
Lei nº ................. , vimos informar que ........................................... Assinatura – Nome e cargo do emitente.
............................................
Em decorrência, e após estudados realizados pela ................... RELATÓRIO É documento em que se expõe à autoridade
.................................................................... superior a execução de trabalhos concernentes a certos serviços
Recomenda-se, outrossim, ........................................... ou a execução de serviços inerentes ao exercícios do cargo em
Atenciosamente, determinado período. Deve iniciar aludindo à disposição legal que
(espaço para assinatura) exige a sua apresentação ou à ordem recebida de algum dos ór-
(nome, em maiúsculo, e cargo do emitente) gãos do serviço público. Caso seja necessária a inclusão de grá-
icos, ilustrações, mapas, tabelas, etc., estas devem ser inseridas
MEMORANDO É correspondência interna utilizada entre em anexos, devidamente numerados. O último parágrafo conterá a
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar expressão: É o relatório.
hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente, na qual Estrutura
Título – RELATÓRIO, em maiúscula e centralizado.
se expõe qualquer assunto referente à atividade administrativa.
Introdução – Ligeiro histórico do motivo do relatório, com a
Comunicação, Papeleta e Nota são documentos que têm as
disposição legal.
mesmas características do memorando, usados conforme a tradi-
Texto – Pode ser dividido em partes, capítulos, títulos e sub-
ção do órgão.
títulos, itens e subitens, onde se faz a exposição dos fatos, atos e
Estrutura
ocorrências que são causa do relatório escrito, numa linguagem
Título - MEMORANDO, em maiúsculas, seguido do número
ordenada, simples, concisa e objetiva.
de ordem e sigla de identiicação de sua origem, com alinhamento
Fecho – Conterá apreciações subjetivas, sugestões, planos (se
à esquerda. couberem) e conclusão.
Data – Por extenso, com alinhamento à direita. Local e data – centralizados a um centímetro abaixo do últi-
Destinatário – Ao (À) Sr. (a) seguido do nome do cargo que mo parágrafo.
ocupa. Assinatura – A 2cm da data e, logo abaixo, os nomes em
Assunto – Exposição do assunto de maneira clara e concisa, maiúsculas.
logo abaixo do nome do destinatário. 1º Exemplo
Texto – Exposição da matéria de forma clara e concisa. Todos ...........................................
os parágrafos devem ser numerados na margem esquerda do corpo (órgão)
do texto, menos o primeiro e o fecho. ...........................................
Assinatura – Nome do emitente, em maiúsculas, e cargo que (unidade)
ocupa. RELATÓRIO DA COMISSÃO INSTITUÍDA PELA POR-
Exemplo: TARIA Nº ........... DE ................................. DE ........................,
MEMORANDO Nº ................ / ................

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
PUBLICADA NO DOU DE ............... DE .............................. DE par interinamente a Presidência do Bando do Brasil “desrespeitou
....................... normas legais pertinentes do Banco, notadamente no Art. 21, o
A comissão em epígrafe, especialmente desig- inciso III, dos seus estatutos”.
nada por V. S.ª para ......................................... (exposi- O mencionado inciso III do Art. 21 preconiza que:
ção do assunto) ............................................................. “Art. 21. O Presidente será substituído:
. ............................................................ (considerações i- III – No caso de vacância, até a posse do substituto nomeado,
nais)........................................................................... pelo diretor mais antigo, funcionário, o mais idoso, no caso de
É o relatório que encaminhamos à apreciação de V.S.ª igual antigüidade.”
Brasília, ............ de ......................... de .............. Ao analisar o assunto, a instrução da PASECEX assinala ini-
.................................. .................................. cialmente que o Sr. Fayet ocupou interinamente o cargo de Presi-
.................................. .................................. dente do Bando do Brasil por apenas 26 dias, de 30/09 a 25/10/91,
(nome e assinatura dos membros da comissão) o que tornaria irrelevante o exame da questão, segundo entende.
2º Exemplo Aiança ainda que o Estatuto do Bando do Brasil não é uma
RELATÓRIO norma legal, mas sim, uma norma interna, cuja eicácia não pode-
Ao término dos trabalhos integrantes da programação desti- ria ultrapassar os limites da empresa, para sujeitar atos do Presi-
nada a esta Seção, para o exercício de ..........................., e, em ob- dente da República.
servância disposto no Art. 12, item IV, do Regimento Interno deste Ademais, no dia 29/09/92, além da nomeação do Sr. Fayet,
departamento , aprovado pelo Decreto nº ............., de ............ de houve também a exoneração “a pedido” do Sr. Lafaiete Coutinho,
........................ de ............., apresento a V. S.ª o presente Relatório, não caracterizando a hipótese de vacância, prevista no citado inci-
junto ao qual se expressam os índices numéricos das atividades so III, o qual é aplicável apenas à situação em que falte a nomeação
operacionais cometidas a esta Seção e por ela executadas no refe- do substituto por parte do Sr. Presidente da República, vez que,
rido exercício. nos termos do Art. 20, inciso I, do mesmo Estatuto, o Presidente
2.Quanto às observações desta Cheia, concernentes ao rele- do Bando do Brasil é nomeado e demissível ad nutum por aquela
vante problema de deinição das metas e objetivos da programação autoridade.
a ser elaborada para o próximo exercício, com aproveitamento dos Assim, por desconhecer qualquer norma legal que haja sido
resultados obtidos, a partir do início do último semestre, reporta- desrespeitada pela designação do Sr. Fayet para ocupação interina
-se este Relatório às sugestões e justiicativas sustentadas por esta do cargo de Presidente do Bando, não havendo o que discutir sobre
Cheia nos encontros e debates promovidos, dá relevo aos procedi- a permanência do mesmo senhor no cargo, vez que já substituído
mentos administrativos, adotados nesta Seção, retrata as proposi- em 26/10/92, o parecer da instrução é no sentido de que se conheça
ções constantes da Súmula CT nº ........ /....... da denúncia para julgá-la improcedente, comunicando-se a Deci-
3. Os gráicos, quadros, e cronogramas, que ilustram este Re- são ao denunciante, arquivando-se o processo e cancelando-se a
latório e dão relevos ao procedimentos administrativos, adotados chamada de sigiloso.
nesta Seção, retratam, com recursos técnicos mais favoráveis à Os demais pareceres estão de acordo,
percepção, os índices de aumento da produtividade, relativamente E o relatório.
aos anos anteriores. Brasília, ...... de ....................... de .........
Fiel às diretrizes traçadas. Pôde esta Seção alcançar nos meses (espaço para assinatura)
de fevereiro a dezembro, os seguintes totais de estudos e pareceres (Extraído do DOU de 10/05/94)
técnicos, elaborados pelas equipes que a integram, e sob a super-
visão direta desta cheia:
REQUERIMENTO É um instrumento pelo qual o requerente
I - .................................................................
se dirige a uma autoridade pública para solicitar o reconhecimento
II - ................................................................
de um direito ou concessão de algo sob o amparo da lei. Se um
III - ................................................................
requerimento é indeferido pode-se fazer um outro, para a mesma
Os aspectos positivos dos saldos apresentados por esta Seção,
autoridade, e intitulado “pedido de reconsideração”. Caso este
ao término deste exercício, coniguram bem o acerto das inovações
seja, também, indeferido, pode-se fazer um outro requerimento à
introduzidas na dinâmica dos trabalhos, principalmente no que diz
instância administrativa superior, denominando “recurso”.
respeito à política de pessoal adotada, que veio aumentar, conside-
ravelmente, as situações favoráveis à satisfação das necessidades O requerimento só contém dois parágrafos. O primeiro terá
de cada um e do grupo, no ambiente de trabalho. A validação do um só período, com a identidade completa do peticionário , inclu-
outro tornou-se mole para o desenvolvimento das potencialidades sive a proissão, residência e domicílio, bem como a explicação
individuais e fator preponderante para a integração do grupo, sem- do direito ou da concessão pedida. No segundo, ocorre a forma
pre mais interessado nos objetivos da administração deste órgão. terminal, em uma ou duas linhas. Será sempre redigido na terceira
É relatório. pessoa.
São Paulo, ...... de ....................... de .........
(espaço para assinatura) Estrutura
(nome, em maiúsculo, e cargo do emitente) Vocativo – Fica a 2,5cm da margem superior do papel. No
3º Exemplo programa “Microsoft Word” procede-se da seguinte maneira: Cli-
RELATÓRIO car no menu Arquivo e selecionar 2,5 na opção margem superior.
Pelo expediente de ls. 1, o Sr. Deputado Federal Augusto Clicar OK. O vocativo é: Excelentíssimo Senhor ou Senhor, segui-
Carvalho denuncia a este Tribunal que a designação do Sr. Luiz do da indicação do cargo da pessoa a quem é dirigido o requeri-
Antônio Camargo Fayet, então diretor de Crédito Rural, para ocu- mento, iniciando na margem esquerda do papel.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Texto – A 4cm do vocativo. No programa “Microsoft Word”, clica-se no menu Formatar e, depois, no comando Parágrafo, no item Es-
paçamento, vai-se a Entrelinhas e escolhe-se múltiplos. A seguir, no item Em deine-se 4. Clicar OK. O texto constará do nome do requeren-
te, sua qualiicação(nacionalidade, naturalidade, RG, CPF, estado civil, idade, residência, domicílio e proissão) e do objeto do requerimento
com a indicação dos respectivos fundamentos legais, tudo em um único período.
Fecho – A fórmula terminal mais usada é: “Nestes termos, pede deferimento”.
Local e data – A um espaço vertical do texto, a partir da alínea paragrafal.
Assinatura(s) – Seguindo a alínea paragrafal.
Exemplo
Senhor ...................................... (cargo da pessoa a quem é dirigido o requerimento) .............................
....................................... (nome do requerente) .............................................. (qualiicação completa do requerente) ......................
............................................. requer a V. S.ª ..................................................... (objetivo e fundamento legal) .........................................
Nestes termos,
Pede deferimento.
Brasília, ........ de ....................... de ........
(assinatura)
...................................
Para cada situação de correspondência, desencadeada pelo ambiente e pelo momento, existe um tipo especial de texto com formatos e
esquemas especíicos, que se devem aprender para evitar-nos o ridículo de um indeferimento ou de uma ignorância. Chegam quase a uma
centena esses tipos e modelos.

Telegrama

Deinição e Finalidade
Com o ito de uniformizar a terminologia e simpliicar os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de telegrama toda comu-
nicação oicial expedida por meio de telegraia, telex, etc.
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do
telegrama apenas àquelas situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência justiique sua utilização e,
também em razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela concisão .

Forma e Estrutura
Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio na
Internet.

Fax

Deinição e Finalidade
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de comunicação que está sendo menos usada devido ao desenvolvi-
mento da Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há
premência, quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue posteriormente
pela via e na forma de praxe.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se
deteriora rapidamente.

Forma e Estrutura
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes.
É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto, i. é., de pequeno formulário com os dados de identi-
icação da mensagem a ser enviada, conforme exemplo a seguir:

[Órgão Expedidor]
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]
________________________________________________________________________________
Destinatário:_____________________________________________________________________
No do fax de destino:_____________________________________ Data:_______/_______/____
Remetente: _____________________________________________________________________
Tel. p/ contato:____________________ Fax/correio eletrônico:____________________________
No de páginas: esta +___________________________No do documento:___________________
Observações:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Correio Eletrônico 2. (TRERN – Técnico Judiciário – 2011)
A redação de documentos oiciais deve pautar-se impessoali-
Deinição e inalidade dade, clareza, concisão e pelo uso correto da norma culta. Todas
O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e cele- essas qualidades são respeitadas no seguinte trecho:
ridade, transformou-se na principal forma de comunicação para (A) Este setor do Governo Estadual, responsável pelo atendi-
transmissão de documentos. mento a vítimas de desastres naturais, elaborou um plano geral de
assistência a ser encaminhado às entidades que colaboram nesse
atendimento, para a adequada efetivação dos trabalhos nas oca-
Forma e Estrutura siões de calamidade pública.
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é (B) O Instituto Benefício para Todos deverá estar sendo con-
sua lexibilidade. Assim, não interessa deinir forma rígida para vidado para fazer parte de uma campanha destinada a angariar
sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem donativos, que se espera seja suiciente para atender a todos os de-
incompatível com uma comunicação oicial (v. 1.2 A Linguagem sabrigados da enchente; conforme estipulado pela Coordenadoria,
dos Atos e Comunicações Oiciais). que foi considerada de relevante interesse social.
O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensa- (C) Como Deputado da Bancada Estadual, sinto-me avexado
gem deve ser preenchido de modo a facilitar a organização docu- por que não estou podendo atender com mais prontidão e benefí-
mental tanto do destinatário quanto do remetente. cios as vítimas dessa implacável seca, que teve motivos alheios à
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, minha vontade para não conseguir isso.
(D) Membros da Comissão Técnica destinada a averiguar a
preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que enca-
distribuição de favores em troca de votos, apurou que o Presidente
minha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu do Conselho de Agricultores do Estado airmou ao seu Vice de que
conteúdo.. ele poderia estar sendo investigado por desvio de verbas.
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de conirma- (E) O critério metodológico de escolha dos participantes
ção de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensa- das equipes de atendimento à vítimas de desastres naturais estão
gem pedido de conirmação de recebimento. sendo preparados, tendo em vista que é importante observar a
correspondência entre tais desastres e o atingimento de pessoas
Valor documental nessa situação.
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de
correio eletrônico tenha valor documental, i. é, para que possa ser 3. (TRTMA -2009) Considere as airmativas seguintes so-
aceito como documento original, é necessário existir certiicação bre redação de documentos.
digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida I. Correspondência oicial utilizada por autoridades para tratar
em lei. de assuntos de serviço ou de interesse da Administração.
II. Com estrutura especíica, esse documento deve, de início,
EXERCÍCIOS PROPOSTOS ser numerado em ordem sequencial, com sigla do órgão expedidor
e data.
1. (TRERN – Analista Judiciário – 2011) III. Na exposição do assunto, os parágrafos devem ser nume-
rados, com exceção do primeiro e do último.
Considerando-se as qualidades exigidas na redação de docu-
IV. Utiliza, no fecho, as palavras “Atenciosamente” ou “Res-
mentos oiciais, está INCORRETA a airmativa: peitosamente”, seguida de assinatura e do cargo do emitente.
(A) A concisão procura evitar excessos linguísticos que nada Trata-se de:
acrescentam ao objetivo imediato do documento a ser redigido, (A) Requerimento
dispensando detalhes irrelevantes e evitando elementos de subjeti- (B) Ata
vidade, inapropriados ao texto oicial. (C) Parecer
(B) A impessoalidade, associada ao princípio da inalidade, (D) Portaria
exige que a redação de um documento seja feita em nome do ser- (E) Oicio
viço público e tenha por objetivo o interesse geral dos cidadãos,
não sendo permitido seu uso no interesse próprio ou de terceiros. 4. É um documento que se destina a registrar as ocorrên-
(C) Clareza e precisão são importantes na comunicação oicial cias de uma assembleia, sessão ou reunião:
e devem ser empregados termos de conhecimento geral, evitando- A) memorando
-se, principalmente, a possibilidade de interpretações equivocadas, B) translado oicial
como na airmativa: Diretor informou ao seu secretário que os C) cópia autenticada
relatórios deveriam ser encaminhados a ele. D) ata
(D) A linguagem empregada na correspondência oicial, ainda E) termo
que respeitando a norma culta, deve apresentar termos de acordo
5. É um instrumento de comunicação interna, utilizado
com a região e com requinte adequado à importância da função
por diretores e chefe numa empresa ou repartição pública, por
desempenhada pela autoridade a quem se dirige o documento. meio do qual são transmitidas informações ou solicitações de
(E) Textos oiciais devem ser redigidos de acordo com a for- caráter rotineiro:
malidade, ou seja, há certos procedimentos, normas e padrões que A) ata
devem ser respeitados com base na observância de princípios di- B) circular
tados pela civilidade, como cortesia e polidez, expressos na forma C) memorando
especíica de tratamento.
D) apostila
E) ordem de serviço

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
6. Todas as alternativas estão corretas, exceto: 10. Considerando o tratamento e o vocativo que se lhe
De acordo com a Instrução Normativa nº. 4 publicada segue, assinale o incorreto:
no DO de 6 de março de 1992: a) Excelência – Excelentíssimo senhor
a) está abolida na correspondência oicial a expressão Dig- b) Meritíssimo – Meritíssimo Juiz
níssimo; c) Eminência – Eminentíssimo Senhor
b) não se deve usar a expressão Ilustríssimo; d) Doutor – Ilustríssimo Doutor
c) as expressões de cortesia do fecho da correspondência e) Reitor – Magníico Reitor
são Atenciosamente e Respeitosamente;
d) pode-se usar no fecho a expressão Atenciosas saudações; Gabarito
e) a expressão professor é usada antes do nome pessoal.
01. D 02. A 03. E 04. D 05. C
7. Faça a associação correta. 06. D 07. C 08. A 09. E 10. D
1) memorando
2) carta
3) ata ANOTAÇÕES
4) aviso
5) carta de ratiicação
( ) Documento destinado a registrar as ocorrências de
uma assembleia, sessão ou reunião.
( ) Conirma Tratados. Tem valor de Decreto. —————————————————————————
( ) Instrumento de caráter semioicial utilizado para res-
ponder a uma cortesia, ou para fazer solicitação ou convite, ex- —————————————————————————
ternar agradecimento ou, ainda, transmitir informações.
—————————————————————————
( ) Correspondência feita por Ministro de Estado para
seus iguais ou subalternos. —————————————————————————
( ) Instrumento de comunicação interna por meio do qual
são transmitidas informações ou solicitações. —————————————————————————
—————————————————————————
A sequência obtida é:
a) 3-5-4-2-1 —————————————————————————
b) 2-4-3-1-5
—————————————————————————
c) 3-5-2-4-1
d) 2-3-5-4-1 —————————————————————————
e) 3-5-4-1-2
—————————————————————————
8. Uma das normas abaixo não pertence ao padrão ofí- —————————————————————————
cio. Assinale-a:
A) O local e a data são colocados por extenso, com alinha- —————————————————————————
mento à esquerda do texto.
B) O tipo e número do expediente vêm antes da sigla do —————————————————————————
órgão que o expede. —————————————————————————
C) O vocativo é colocado de acordo com a alínea paragra-
fal. —————————————————————————
D) Os parágrafos devem ser numerados à exceção do pri-
—————————————————————————
meiro e do último.
E) A numeração dos parágrafos deve estar com alinhamen- —————————————————————————
to à esquerda do texto.
—————————————————————————
9. Nos expedientes no padrão ofício deve-se: —————————————————————————
A) tratar todas as ideias em um único parágrafo.
B) colocar a numeração dos parágrafos de acordo com a —————————————————————————
alínea paragrafal.
C) numerar os parágrafos seguindo a margem direita do —————————————————————————
texto. —————————————————————————
D) redigir todo o texto em apenas dois parágrafos.
E) numerar todos os parágrafos à exceção do primeiro e —————————————————————————
do último.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Os arquivos são conjuntos organizados de documentos, pro-
Ariane Francine Serafim duzidos ou recebidos e preservados por instituições públicas ou
privadas, ou mesmo, pessoas físicas, na consistência e em decor-
Bacharel em Secretariado Executivo pela Universidade Es- rência de seus negócios, de suas atividades especíicas e no cum-
tadual de Londrina. primento de seus objetivos, qualquer que seja a informação ou a
MBA Excelência em Gestão de Projetos e Processos Organi- natureza do documento.
zacionais – Centro Paula Souza O intuito dos arquivos é fazer com que as informações estejam
Professora do Curso Técnico em Secretariado. Coordenado- organizadas e à disposição para quando se izerem necessárias, já
ra de Projetos da Coordenadoria de Ensino Técnico em Médio que de nada adianta ter informação, se não souber onde encontra-
do Centro Paula Souza, sendo responsável pelas Capacitações -la.
dos Professores do Curso Técnico em Secretariado e dos Pro- Arquivo seria então, a arrumação de coisas, necessidade de
fessores que lecionam o componente Curricular sobre Comu- comunicação entre os seres humanos, tendência à formação de so-
nicação Empresarial. Experiência em Eventos Empresariais e ciedade e de comunidade, preocupação com a perpetuação através
Assessoria Executiva em Grandes Empresas. de registros, origem da escrita e da documentação.
Os arquivos tem como função, armazenar ordenadamente os
documentos de valor que circulam na empresa, garantir a perfeita
conservação dos documentos armazenados, constituir um Centro
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA Ativo de Informação e Documentação a disposição de todos os
ARQUIVOLOGIA; setores administrativos da empresa, proporcionar rápida recupe-
ração dos documentos, satisfazendo eicientemente e da maneira
mais econômica possível a exigência dos departamentos e setores
da empresa, assegurar o luxo de solicitações de documentos pro-
venientes dos diversos setores da organização, transformando-se
Arquivologia é uma disciplina cientíica da Ciência da Infor- num centro ativo de informação a serviço de toda a empresa, re-
mação. Com suas bases modernas fundamentadas na Revolução constituir o passado, formando uma memória de grande valor, ser
Francesa, a Arquivologia cuida da informação que tem por objeti- a memória ativa dos atos e fatos que ocorrem numa empresa em
vo se tornar evidência, fator de prova de que algum evento ocorreu. uma ou mais época.
Portanto, a Arquivologia é a ciência que estuda teorias e mé- Documento é qualquer meio que contenha informações que
todos de organização e tratamento de documentos, e sua conversão comprovem algum fato, ato que aconteceu.
em potencial de informação. Informação é um conjunto de dados, que juntos, constituem
O proissional que trabalha com arquivos deve conduzir a ges- um signiicado.
tão da informação, ao acompanhamento do processo documental e Assim, arquivo é o local onde abrigam-se os documentos que
informativo, a identiicação das espécies e tipologias documentais, possuem informações que são relevantes e importantes para uma
o planejamento para o tratamento de novos documentos e o contro- instituição, nação ou pessoa.
le de meios de reprodução. Segundo as Entidades criadoras/mantenedoras os Arquivos
O tratamento técnico dos documentos arquivísticos fazem podem ser classiicados, em:
parte de etapas de trabalho, como o arranjo, a descrição, avaliação, Públicos (federal, estadual, municipal);
conservação e restauração de documentos. Inclui também como Institucionais (escolas, igrejas sociedades, clubes, associa-
peril a direção e organização dos centros de informação constituí- ções);
dos de acervos arquivísticos, assim como serviços de microilma- Comerciais (empresas, corporações, companhias) ;e
gem e de informatização aplicados aos arquivos. Pessoais (fotos de família, cartas, originais de trabalhos etc)
A importância dos arquivos cresceu enormemente à medida Diagnosticar é determinar a natureza e as causas de algo.
que se desenvolveram os conceitos sociais, econômicos e cultu- Em arquivologia, diagnosticar um documento, é saber qual o
rais da humanidade. A industrialização também representou papel im que ele terá. Ou seja, é saber a natureza e classiicação desse
importante na sociedade, exigindo arquivos de melhor qualidade, documento.
Tudo isso, para saber qual deve ser o procedimento dado à ele.
maiores e mais funcionais. A disseminação do ideal democrático,
Quanto à natureza do assunto, os documentos podem ser :
por seu turno, ampliou os horizontes dos indivíduos e abriu-lhes as
Ostensivos ou ordinários: Documentos comuns, que não pos-
portas da consulta, pesquisa e arquivos.
suem sigilo. Esta classiicação é dada aos assuntos cuja divulgação
Fala-se muito de desburocratização, que pretende tornar mais
não prejudica a administração.
eicientes os órgãos públicos. A mudança de mentalidade não deve Sigilosos: Por sua natureza, devem ser de conhecimento res-
basear-se pura e simplesmente numa fórmula de eliminação de trito e, portanto, requerem medidas especiais de guarda para sua
papéis e distribuição indiscriminada de documentos. O documen- custódia e divulgação.
to por si só, não pode ser encarado como um entrave ao correto Segundo a necessidade de sigilo e quanto à extensão do meio
desempenho da administração pública. Muitos arquivos foram e que pode circular, são quatro os graus de sigilo e suas correspon-
continuam sendo totalmente destruídos. Há necessidade de crité- dentes categorias:
rios rigorosos para evitar o aniquilamento da memória nacional. a)ultrassecreto
O valor e importância dos arquivos e dos documentos precisam b)secreto
ser avaliados a todo instante, antes de qualquer medida drástica c)Conidencial
de destruição. d)Reservado

31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Os ultrassecretos são os de assuntos que requeiram excepcio- Vertical lateral: As pastas com os documentos são dispostas
nal grau de segurança e cujo teor ou características só devem ser uma ao lado da outra, com a parte lateral voltada para quem irá
do conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseá-lo.
manuseio. Para o arquivamento vertical de papeis e ichas, os principais
Os secretos são dados à assuntos que requeiram alto grau de equipamentos, são:
segurança e cujo teor ou características podem ser do conhecimen- - Arquivos para cartas, documentos, etc.:
to de pessoas que, sem estarem intimamente ligadas ao estudo ou São fabricados de madeira ou aço, sendo os de aço muito su-
ao seu manuseio, sejam autorizadas a tomar conhecimento, funcio- periores, não só quanto à apresentação. Mas, também, quanto à
nalmente. São assuntos normalmente classiicados como secretos resistência, como também a segurança. São mais econômicos e
ou referentes a planos, programas e medidas governamentais; os ocupam menor espaço.
assuntos extraídos de matéria ultrassecreta que, sem comprometer Esses arquivos variam quanto ao tamanho, ao formato, aos
o excepcional grau de sigilo da matéria original, necessitam de dispositivos destinados a prender o material nas corrediças, quanto
maior difusão. às gavetas, que podem ser simples, duplas, deslizadoras, etc..
Os conidenciais são os assuntos que, embora não requeiram - Caixas com pastas suspensas:
alto grau de segurança, seu conhecimento por pessoas não autori- Tamanho grande para o arquivamento de mapas, plantas, de-
zadas pode ser prejudicial a um indivíduo ou entidade, ou ainda, senhos, etc.. Nestas caixas as peças icam suspensas verticalmente,
criar embaraço administrativo. presas por meio de tiras gomadas, com projeções numeradas.
São assuntos normalmente classiicados como conidenciais - Estantes:
os referentes a pessoal, material, inanças, etc., cujo sigilo deve ser Podem ser com prateleiras ixas ou prateleiras móveis.
mantido por interesse do governo ou entidade. - Armários:
Os Reservados são dados aos assuntos que não devem ser do Podem ser de madeira ou de aço. As pastas icam suspensas
conhecimento público em geral. São assuntos normalmente classi- e são mais usadas quando há necessidade de resguardar os docu-
icados como reservados: mentos ou quando se deseja uma aparência melhor. Pois, possuem
- informações de qualquer natureza portas. Geralmente estes armários tem capacidade para 300 pastas.
- assuntos técnicos - Arquivos conjugados:
- partes de planos, programas e projetos e as suas respectivas São mesas de escritórios as quais podem ter nas suas gavetas,
ordens de execução arquivo para pastas suspensas e ichários, etc..
- cartas, fotograias aéreas e negativas nacionais ou estrangei- - Equipamentos Giratórios:
ras que indiquem instalações importantes. Consiste numa mesa de trabalho normal, com arquivos nas ex-
Os arquivos também podem ser classiicados quanto ao gê- tremidades em forma cilíndrica e giratória. A principal vantagem
nero: destas unidades giratórias sobre os arquivos verticais e as estantes
Textuais: manuscritos, datilografados ou impressos. é que facilitam o acesso a um número maior de documentos con-
Audiovisuais: ilmes e itas videomagnéticas centrados em uma área geral.
e Sonoros: discos, itas audiomagnéticas. - Fichários Simples:
Cartográicos: dimensões e formatos variáveis = mapas, plan- São arquivos que podem ser de madeira ou de aço, destinadas
tas e peris – ligados à geograia, engenharia e arquitetura. a abrigar coleções de ichas. Atualmente são usadas em todos os
Iconográicos: imagens estáticas = fotograias (negativos e setores de trabalho, existindo uma variedade imensa de tipos de
ampliações), desenhos, gravuras, litogravuras (litograia = feito ichários, tamanhos e formatos.
na pedra/rocha), cartazes, cartões postais, estampas, diapositivos - Fichários Rotativos:
(slides), partituras. Mais usados para anotações rápidas, como por exemplo, indi-
Micrográicos: rolos, microichas, jaquetas, cartões-janela. cação de endereços. São painéis para cada letra do alfabeto, presos
Informáticos: disquetes, pen drives, discos rígidos, discos óti- a uma base central rotativa, equipados com ichas, havendo dis-
cos. positivos especiais para segurá-las, ou com calhas de um material
Também podem ser classiicado quanto à espécie: A docu- plástico transparente para receber pequenas tiras de papel conten-
mentação escrita ou textual apresenta inúmeros de tipos ou espé- do informações.
cies documentais criados para produzir determinada ação especíi- Os arquivos horizontais prestam mais para o arquivamento
ca, tais como: mensagem, ofício, circular, relatório, requerimento, de ichas. São considerados horizontais, porque as ichas de docu-
despachos, aviso, carta, memorando, edital, certidão, ata, regimen- mentos são guardadas horizontalmente.
to, regulamento, ordem de serviço, decreto, portaria, decreto-lei, Para o arquivamento horizontal, os móveis podem ser em for-
dentre outros. ma de:
A importância desse diagnóstico é fundamental para a sequên- - Gabinete: O Kardex é o mais conhecido. Neste arquivo as
cia de tratamentos que a empresa terá. É fundamental a análise de ichas são guardadas horizontalmente dispostas umas sobre as ou-
todos esses quesitos para a informação não se perder, ou, chegar tras, sendo que a margem inferior, que recebe as notações relativas
até quem não deveria. às diversas ichas icam visíveis.
Os arquivos podem ser verticais e horizontais. - Arquivos para mapas, plantas, desenhos, etc.: são móveis
Existem dois tipos de arquivos verticais: para arquivamento horizontal, formado por gavetas rasas.
Vertical frontal: As pastas com os documentos são dispostas Acessórios utilizados para arquivar
umas atrás da outra, com a parte da frente voltada para quem irá A função dos acessórios é proporcionar, juntamente com o
manuseá-lo. método escolhido, a rápida localização dos documentos.

32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Principais acessórios:
- Pastas TEORIA DAS TRÊS IDADES;
- Guias
- Projeções
- Etiquetas
Pastas são folhas de cartolina ou cartão prensado, dobradas, A teoria das 3 idades dos arquivos é simples de entender e
compreender. Por isso, tudo o que precisaríamos para entender an-
em tamanhos padronizados. Servem para guardar, abrigar e reu-
tes sobre ela, já vimos. Então iremos direto ao assunto, já que os
nir documentação a ser arquivada.
próximos tópicos também contêm informações que irão completar
Guias são cartões resistentes, do tamanho das pastas ou das seu entendimento.
ichas; as guias são usadas para auxiliar o arquivamento vertical A Arquivologia abrange diversos conceitos, dentre eles o con-
e o encontro rápido dos documentos, pois, separam as várias se- ceito do ciclo de vida documental ou ciclo de vida dos documentos,
ções nas gavetas dos arquivos. Servem também para protegeras segundo a qual todo documento de arquivo passa por um ou mais
pastas, para manter a arrumação vertical em ordem e para evitar períodos, caracterizados pela frequência e pelo tipo de utilização
enganos no arquivamento. Estas guias são chamadas também que dele é feita. Esse conceito decorre da interpretação da teoria
divisões ou índices. Em uma gaveta devem ser colocadas, em da avaliação, desenvolvida por Schellenberg no pós-guerra - Se-
média 20 guias, dependendo do número de pastas. gunda Guerra Mundial (1939-1945). Com o aumento exponencial
Projeções são saliências superiores das pastas e guias que re- na produção documental, surgiu a necessidade de desenvolver uma
cebem as notações determinadas pelo método de arquivamento. metodologia que permitisse melhorar a recuperação da informação
Essas projeções podem ser do mesmo material das pastas e guias, necessária à tomada de decisão e otimizar o uso dos espaços ad-
de plástico ou metal, para serem encaixadas em pastas suspensas. ministrativos para a guarda de documentos. A partir do conceito
do ciclo de vida dos documentos desenvolveu-se a teoria das três
As Etiquetas são rótulos adesivos ou não que, após a notação
idades, uma estratégia de organização documental que reparte o
desejada, são aplicadas sobre as projeções das pastas ou guias,
ciclo de vida documental em três fases ou idades.
permitindo a devida identiicação. Variam quanto ao módulo e A teoria das três idades, também pode ser chamada de ciclo
cor. vital dos documentos, e trata da frequência com que é consultado
e o tipo de utilização que dele é feita. A idade desses ciclos é di-
vidida em:
- Corrente (1ª idade): idade administrativa, documentos vi-
PRINCÍPIO DE PROVENIÊNCIA; gentes e frequentemente consultados;
- Intermediário (2ª idade): idade intermediária, inal da vi-
gência; documentos que aguardam prazos longos de prescrição e
precaução; raramente consultados e aguardam a destinação inal
É o princípio básico da organização de arquivos, segundo o (eliminação ou guarda permanente);
qual deve ser respeitado a autonomia de cada fundo ou núcleo, - Permanente (3ª idade): idade histórica, documentos que per-
não misturando os seus documentos com os de outros. A pro- deram a vigência administrativa, porem são providos de valor se-
cundário ou histórico-cultural.
veniência transmite informação importante sobre o contexto em
que os documentos foram criados.
Princípio do respeito pela ordem original: É o princípio se-
gundo o qual os arquivos de uma mesma proveniência devem PROTOCOLO;
conservar a organização estabelecida pela entidade produtora, a
im de se preservar as relações entre os documentos como teste-
munho do funcionamento daquela entidade. Também chamado A tramitação de um documento dentro de uma instituição
de princípio da organicidade. depende diretamente se as etapas anteriores foram feitas da forma
Princípio da territorialidade: É o princípio segundo o qual correta. Se feitas, ica mais fácil, com o auxílio do protocolo, saber
os arquivos públicos, próprios de um território, seguem o desti- sua exata localização, seus dados principais, como: data de en-
no deste último. Para que os arquivos permaneçam vivos, sejam trada, setores onde já passou; enim, acompanhar o desenrolar de
utilizados e melhor entendidos, devem ser conservados o mais suas funções dentro da instituição. Isso agiliza as ações dentro da
próximo possível do local emanado ou que inluenciaram a sua instituição, acelerando assim, processos que anteriormente encon-
produção. Esse local pode ser nacional, regional e institucional. travam diiculdades, como a não localização de documentos, que
impedem de usá-los no sentido de valor probatório, por exemplo.
Princípio da unicidade: Disciplina que os documentos de ar-
Após cumprirem suas respectivas funções, os documentos de-
quivos devem conservar o seu caráter único, em função do seu
vem ter seu destino decidido, seja sua eliminação ou recolhimento.
contexto de produção, independente de sua forma, gênero, tipo É nesta etapa que a expedição de documentos torna-se importante,
ou suporte. pois ica fácil fazer a avaliação do documento, podendo decidir
Princípio da indivisibilidade ou integridade: Os fundos de de uma forma mais coniável, o destino do documento. Dentre as
arquivo devem ser preservados sem dispersão, mutilação, aliena- recomendações com relação a expedição de documentos, desta-
ção, destruição não autorizada ou adição indevida. cam-se:

33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Receber a correspondência, veriicando a falta de anexos e - Análise do conteúdo: veriicar a existência de despachos
completando dados; em todos os documentos que chegar ao setor;
Separar as cópias, expedindo o original; - Conservação para preservação: retirar o excesso de objetos
Encaminhar as cópias ao Arquivo. metálicos (grampos, clips) e se for imprescindível o uso dos mes-
É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não valem mos, tentar, dentro do possível substituir todos estes objetos metá-
como regras, visto que cada instituição possui suas tipologias licos por objetos de plásticos;
documentais, seus métodos de classiicação, enim, surgem - Análise da classiicação: Avaliar se a classiicação atribuí-
situações diversas. Servem apenas como exemplos para a da está correta
elaboração de rotinas em cada instituição. (principalmente em caso de pedido de arquivamento deiniti-
Após a discussão das vantagens de implantação de um sistema vo) retiicando-a, se for o caso;
de protocolo, cabe avaliar as desvantagens do uso deste sistema, - Arquivamento: arquivar o documento de acordo com os cri-
se feito de forma errônea. Num primeiro momento, deve-se pensar térios adotados;
num sistema simples de inserção de dados, que atenda as necessi- Empréstimo: Talvez a mais “especial” das atividades arqui-
dades da empresa. Contudo, é essencial que as pessoas que traba- vísticas, ainal, essa é uma das essências da criação dos arquivos.
lhem diretamente com o recebimento e registro de documentos, - Controle de empréstimo: Controlar através de icha manual
recebam um treinamento adequado, para que possam executar essa ou sistema de protocolo informatizado, o nome de quem retirou
tarefa da forma correta, visto que, se feita da forma errada, todo o documento, o setor e a data.
trâmite do documento pode ser comprometido. Deve-se esquecer a
ideia de que basta inserir dados e números num sistema, que todos
os problemas serão resolvidos. A própria conscientização dos fun- LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA.
cionários, no sentido de que, se organizados e devidamente regis-
trados, as tarefas que necessitam do uso de documentos se tornarão
mais fáceis para todos que venham a executá-las, proporcionado
assim, um melhor rendimento de todo o pessoal. Portanto, ica cla-
ro que o protocolo pode ser uma saída para os problemas mais LEI Nº 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991.
comuns de tramitação documental, desde que utilizado da forma
CAPÍTULO I
correta. Do contrário, a implantação deste sistema pode ocasionar
DISPOSIÇÕES GERAIS
outros problemas, talvez de cunho ainda maior.
O sistema ou setor de protocolo de um arquivo é um ser-
Art. 1º - É dever do Poder Público a gestão documental e a
viço auxiliar responsável pelo controle das correspondências
proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de
recebidas pela instituição e pelo trâmite dos documentos produ-
apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento cientíico e
zidos pela mesma. Dessa forma, é indissociável o trabalho proto-
como elementos de prova e informação.
colar de recebimento, classiicação, registro, controle do trâmite, Comentário: Esse artigo airma que é dever do Poder Públi-
atendimento e expedição de correspondência, dos serviços de co proteger e custodiar documentos que sejam ferramentas e que
arquivamento e empréstimo de documentos. Não há um padrão tenham valor para provar e informar acontecimentos e fatos im-
para a execução dessa dupla função exercida pelo protocolo. portantes.
No entanto, alguns parâmetros são utilizados para a gestão Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os ins desta Lei, os
desses serviços. No que tange às correspondências temos as conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos pú-
seguintes atividades: blicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em
- Recebimento: receber a correspondência separar os par- decorrência do exercício de atividades especíicas, bem como por
ticulares dos oiciais, distribuir as correspondências particula- pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a na-
res, separar as correspondências oiciais ostensivas das sigilosas. tureza dos documentos.
Abrir, ler, veriicar a existência de antecedentes, analisar e classi- Comentário: Trata-se do conceito de arquivo.
icar as correspondências ostensivas; Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de
- Classiicação: analisar ou interpretar o conteúdo do docu- procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tra-
mento, determinar o assunto do mesmo e enquadrá-lo no plano mitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e inter-
de classiicação de documentos adotado pela instituição; Regis- mediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda
tro: Colocar o carimbo com a data e o número que o documen- permanente.
to deve receber; Comentário: Nesse artigo conceitua a Gestão de Documen-
- Recibo de entrega: Entregar as correspondências median- tos. E também restringe essa gestão apenas às fases corrente e in-
te recibo; termediária, visto que a fase permanente trata-se da fase na qual o
- Expedição: Receber a documentação expedida pelos seto- documento ica aguardando sua destinação inal.
res da empresa para envio, datar original e cópias, expedir o origi- Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos in-
nal devolver a cópia ao setor responsável; formações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou
- Atendimento: Consiste em prestar informações de sua área geral, contidas em documentos de arquivos, que serão prestadas
de competência, bem como realizar empréstimos. no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas
No que se refere aos documentos produzidos e recebi- cujos sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Es-
dos pela instituição em decorrência de suas atividades, são atri- tado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada,
buições do protocolo: da honra e da imagem das pessoas.

34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Comentário: Especiica quais documentos que são de direito Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identiicados pelo
do cidadão ter acesso. Poder Público como de interesse público e social, desde que sejam
Art. 5º - A Administração Pública franqueará a consulta aos considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e
documentos públicos na forma desta Lei. desenvolvimento cientíico nacional.
Comentário: A administração pública será a responsável em Comentário: Os arquivos mesmo sendo privados, dependen-
conceder o acesso ao cidadão, cumprindo esta lei. do da sua relevância e teor, podem ser considerados de interesse
Art. 6º - Fica resguardado o direito de indenização pelo dano público.
material ou moral decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo Art. 13 - Os arquivos privados identiicados como de interesse
das ações penal, civil e administrativa. público e social não poderão ser alienados com dispersão ou perda
da unidade documental, nem transferidos para o exterior.
CAPÍTULO II Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder
DOS ARQUIVOS PÚBLICOS Público exercerá preferência na aquisição.
Art. 14 - O acesso aos documentos de arquivos privados iden-
Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos tiicados como de interesse público e social poderá ser franqueado
produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos mediante autorização de seu proprietário ou possuidor.
públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e muni- Art. 15 - Os arquivos privados identiicados como de interes-
cipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas se público e social poderão ser depositados a título revogável, ou
e judiciárias. doados a instituições arquivísticas públicas.
§ 1º - São também públicos os conjuntos de documentos Art. 16 - Os registros civis de arquivos de entidades religiosas
produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por produzidos anteriormente à vigência do Código Civil icam identi-
entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no icados como de interesse público e social.
exercício de suas atividades.
§ 2º - A cessação de atividades de instituições públicas e de CAPÍTULO IV
caráter público implica o recolhimento de sua documentação à DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INS-
instituição arquivística pública ou a sua transferência à instituição TITUIÇÕES ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS
sucessora.
Comentário: Arquivo público são os documentos que são Art. 17 - A administração da documentação pública ou de
caráter público compete às instituições arquivísticas federais, esta-
produzidos por instituições públicas.
duais, do Distrito Federal e municipais.
Art. 8º - Os documentos públicos são identiicados como cor-
§ 1º - São Arquivos Federais o Arquivo Nacional os do Poder
rentes, intermediários e permanentes.
Executivo, e os arquivos do Poder Legislativo e do Poder Judiciá-
Comentário: Os arquivos públicos passam pelas 3 fases
rio. São considerados, também, do Poder Executivo os arquivos do
(Teoria das 3 Idades)
Ministério da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores, do
§ 1º - Consideram-se documentos correntes aqueles em curso
Ministério do Exército e do Ministério da Aeronáutica.
ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas
§ 2º - São Arquivos Estaduais os arquivos do Poder Executivo,
freqüentes.
o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário.
§ 2º - Consideram-se documentos intermediários aqueles
§ 3º - São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder
que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões Executivo, o Arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder
de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou Judiciário.
recolhimento para guarda permanente. § 4º - São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo
§ 3º - Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos e o arquivo do Poder Legislativo.
de valor histórico, probatório e informativo que devem ser § 5º - Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de
deinitivamente preservados. acordo com sua estrutura político-jurídica.
Art. 9º - A eliminação de documentos produzidos por institui- Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhi-
ções públicas e de caráter público será realizada mediante autori- mento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Exe-
zação da instituição arquivística pública, na sua especíica esfera cutivo Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos do-
de competência. cumentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política
Comentário: Para tanto é necessário ter uma tabela de tem- nacional de arquivos.
poralidade. Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o
Art. 10º - Os documentos de valor permanente são inaliená- Arquivo Nacional poderá criar unidades regionais.
veis e imprescritíveis. Comentário: O poder público poderá criar arquivos descen-
tralizados (do Nacional), para uma melhor gestão e administração
CAPÍTULO III desses documentos.
DOS ARQUIVOS PRIVADOS Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Fede-
ral a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebi-
Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os conjuntos de dos pelo Poder Legislativo Federal no exercício das suas funções,
documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídi- bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua
cas, em decorrência de suas atividades. guarda.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal Ostensivos ou ordinários: Documentos comuns, que não pos-
a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos suem sigilo. Esta classiicação é dada aos assuntos cuja divulgação
pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas funções, tra- não prejudica a administração.
mitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem como Sigilosos: Por sua natureza, devem ser de conhecimento res-
preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. trito e, portanto, requerem medidas especiais de guarda para sua
Art. 21 - Legislação estadual, do Distrito Federal e municipal custódia e divulgação.
deinirá os critérios de organização e vinculação dos arquivos esta- Segundo a necessidade de sigilo e quanto à extensão do meio
duais e municipais, bem como a gestão e o acesso aos documentos, que pode circular, são quatro os graus de sigilo e suas correspon-
observado o disposto na Constituição Federal e nesta Lei. dentes categorias:
Comentário: Os estados e municípios podem criar legisla- a)ultrassecreto
ções para gestão dos arquivos e documentos de sua competência. b)secreto
c)Conidencial
DISPOSIÇÕES FINAIS d)Reservado

Art. 25 - Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e admi- Os ultrassecretos são os de assuntos que requeiram excepcio-
nistrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que desigurar nal grau de segurança e cujo teor ou características só devem ser
ou destruir documentos de valor permanente ou considerado como do conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou
de interesse público e social. manuseio.
Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (CO- Os secretos são dados à assuntos que requeiram alto grau de
NARQ), órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que deinirá a segurança e cujo teor ou características podem ser do conhecimen-
política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema to de pessoas que, sem estarem intimamente ligadas ao estudo ou
Nacional de Arquivos (SINAR). ao seu manuseio, sejam autorizadas a tomar conhecimento, funcio-
§ 1º - O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo nalmente. São assuntos normalmente classiicados como secretos
Diretor-Geral do Arquivo Nacional e integrado por representantes ou referentes a planos, programas e medidas governamentais; os
assuntos extraídos de matéria ultrassecreta que, sem comprometer
de instituições arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas.
o excepcional grau de sigilo da matéria original, necessitam de
§ 2º - A estrutura e funcionamento do conselho criado neste
maior difusão.
artigo serão estabelecidos em regulamento.
Os conidenciais são os assuntos que, embora não requeiram
alto grau de segurança, seu conhecimento por pessoas não autori-
zadas pode ser prejudicial a um indivíduo ou entidade, ou ainda,
INSTRUMENTO DE GESTÃO DE criar embaraço administrativo.
DOCUMENTOS/ PLANO DE São assuntos normalmente classiicados como conidenciais
CLASSIFICAÇÃO/TABELA DE os referentes a pessoal, material, inanças, etc., cujo sigilo deve ser
TEMPORALIDADE; mantido por interesse do governo ou entidade.
Os Reservados são dados aos assuntos que não devem ser do
conhecimento público em geral. São assuntos normalmente classi-
icados como reservados:
- informações de qualquer natureza
Documento é qualquer meio que contenha informações que - assuntos técnicos
comprovem algum fato, ato que aconteceu. - partes de planos, programas e projetos e as suas respectivas
Informação é um conjunto de dados, que juntos, constituem ordens de execução
um signiicado. - cartas, fotograias aéreas e negativas nacionais ou estrangei-
Assim, arquivo é o local onde abrigam-se os documentos que ras que indiquem instalações importantes.
possuem informações que são relevantes e importantes para uma Documentação é o conjunto documentos, que são fontes de
instituição, nação ou pessoa. informações, que ajudam a tomar decisões, comprovam situações
Gerenciar informação e documentos corresponde ao fato de e registram acontecimentos.
administrar tudo o que chega à organização, de forma que as in- Tem como característica reunir informações escritas acumu-
formações necessárias tenham o tratamento que precisam e as que ladas numa linha sucessiva, quando dizem respeito a uma organi-
não são importantes também. zação ou a um indivíduo, assumem a característica de documento.
Tudo isso, pensando em otimização para as tomadas de deci- O conjunto dos documentos passa a constituir a documen-
sões, tempo e espaço. tação, com ins comerciais, pessoais, institucionais, jurídicos,
A Gestão de Informação e Documentos é uma ferramenta es- escolares. Ou seja, isso vai depender de sua natureza e tipologia,
tratégica. e também, do assunto.
Diagnosticar é determinar a natureza e as causas de algo. Objetivos da gestão de documentos:
Em arquivologia, diagnosticar um documento, é saber qual o - Assegurar o pleno exercício da cidadania
im que ele terá. Ou seja, é saber a natureza e classiicação desse - Agilizar o acesso aos arquivos e às informações
documento. - Promover a transparência das ações administrativas
Tudo isso, para saber qual deve ser o procedimento dado à ele. - Garantir economia, eiciência e eicácia na administração
Quanto à natureza do assunto, os documentos podem ser : pública ou privada

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
- Agilizar o processo decisório No que se refere aos documentos produzidos e recebi-
- Incentivar o trabalho multidisciplinar e em equipe dos pela instituição em decorrência de suas atividades, são atribui-
- Controlar o luxo de documentos e a organização dos arquivos ções do protocolo:
- Racionalizar a produção dos documentos9 · Análise do conteúdo: veriicar a existência de despachos
- Normalizar os procedimentos para avaliação, transferência, em todos os documentos que chegar ao setor;
recolhimento, guarda e eliminação de documentos · Conservação para preservação: retirar o excesso de
- Preservar o patrimônio documental considerado de guarda objetos metálicos (grampos, clips) e se for imprescindível o uso,
permanente. tentar dentro do possível, substituir todos estes objetos metáli-
cos por objetos de plásticos;
Atividades da gestão de documentos · Análise da classiicação: Avaliar se a classiicação atribuída
- Produção de documentos – elaboração padronizada de tipos/ está correta
séries documentais, implantação de sistemas de organização da in- (principalmente em caso de pedido de arquivamento deiniti-
formação e aplicação de novas tecnologias aos procedimentos ad- vo) retiicando-a, quando for o caso;
ministrativos. · Arquivamento: arquivar o documento de acordo com os crit
- Utilização dos documentos - inclui todas as atividades de Pro- érios adotados;
tocolo (recebimento, classiicação, registro, distribuição, tramitação ·Empréstimo: Talvez a mais “especial” das atividades arqui
e expedição), todas as atividades de Arquivo (organização e arqui- vísticas, ainal, essa é uma das essências da criação dos arquivo
vamento, reprodução, acesso à documentação e recuperação de in- s: Compartilhar informações; torna-las disponíveis e de fácil
formações) e a gestão de sistemas de protocolo e arquivo, sejam eles localização.
manuais ou informatizados. ·Controle de empréstimos: Controlar através de icha manual
- Destinação de documentos - inclui uma das atividades mais ou sistema de protocolo informatizado, o nome de quem retirou
complexas da gestão de documentos que é a avaliação. A avaliação documento, o setor e a data.
se desenvolve a partir da classiicação dos documentos produzidos, O objetivo da classiicação é, basicamente, dar visibilidade às
recebidos e acumulados pelos órgãos públicos ou empresas priva- funções e às atividades do organismo produtor do arquivo, deixan-
das, com vistas a estabelecer seus prazos de guarda e sua destinação do claras as ligações entre os documentos. Podemos entender que
inal, garantindo a preservação de documentos de guarda perma- a classiicação é, antes de tudo, lógica: a partir da análise do orga-
nente e a eliminação criteriosa de documentos desprovidos de valor nismo produtor de documentos de arquivo, são criadas categorias,
probatório e informativo. classes genéricas, que dizem respeito às funções/atividades detec-
- Tramitação - estudo das instâncias de decisão, padronização e tadas (estejam elas coniguradas ou não em estruturas especíicas,
controle do luxo documental (worklow). como departamentos, divisões, etc.). Exemplo: uma classe “Ad-
- Organização e arquivamento – de acordo com os critérios de- ministração de Finanças”, subdividida em quatro outras: “Con-
inidos no Plano de Classiicação. trole orçamentário geral”, “Receita”, “Despesa”, “Movimentação
- Reprodução – Duas razões para a reprodução: 1. reprodução bancária”. Outro exemplo: uma classe “Departamento Financei-
visando a preservação do documento original de guarda permanente ro”, subdividida em duas: “Contabilidade” e “Tesouraria”. Nas
e, 2. reprodução visando a substituição do documento em papel pelo subclasses, serão inseridas as séries tipológicas: notas de empenho
e comprovantes de pagamento, ligados às atividades de despesas
microilme. O documento em papel de guarda temporária poderá ser
controladas pela área de Contabilidade; extratos bancários, folhas
eliminado e o microilme deverá ser preservado pelo prazo indicado
de conciliação bancária, registro diário de caixa e bancos, todos
na Tabela de Temporalidade de Documentos de Arquivo.
ligados às atividades de controle da movimentação bancária, de
- Classiicação – recupera o contexto de produção dos docu-
modo geral.
mentos, isto é, a função e a atividade que determinou a sua produção
A classiicação é geralmente traduzida em esquema no qual
e identiica os tipos/séries documentais.
a hierarquia entre as classes e subclasses aparecem representadas
- Avaliação – trabalho multidisciplinar que consiste em identi- espacialmente. Esse esquema é chamado “plano de classiicação”.
icar valores para os documentos e analisar seu ciclo de vida, com Quanto à ordenação, seu objetivo básico é facilitar e agilizar
vistas a estabelecer prazos para sua guarda e destinação (eliminação a consulta aos documentos, pois, mesmo no que se refere a uma
ou guarda permanente). mesma atividade, e em relação a um mesmo tipo documental, os
documentos atingem um volume signiicativo. A adoção de um ou
Fonte: Arquivo do estado de São Paulo. mais critérios de ordenação para uma série documental permite
evitar, em princípio, que, para a localização de um único documen-
Classiicação: analisar ou interpretar o conteúdo do documento, to, seja necessária a consulta de dezenas ou centenas de outros.
determinar o assunto e enquadrá-lo no plano de classiicação de O procedimento técnico de classiicação alcança, portanto, os
documentos adotado pela instituição; Registro: Colocar o carim- tipos documentais (identiica-os e articula-os entre si), mas, consi-
bo com a data e o número que o documento deve receber; dera sobretudo, a forma e as razões que determinaram sua existên-
· Recibo de entrega: Entregar as correspondências mediante re cia (como e por quê foram produzidos). Já a ordenação aborda os
cibo; tipos documentais especialmente do ponto de vista das consultas
· Expedição: Receber a documentação expedida pelos setores d que lhes forem feitas.
a empresa para envio, datar original e cópias, expedir o original, de Utilizando o exemplo dado anteriormente: cabe à ordenação
volver a cópia ao setor responsável; deinir a melhor maneira de dispor isicamente as notas de empe-
· Atendimento: Consiste em prestar informações de sua área nho (numericamente?), os extratos bancários (cronologicamente?)
de competência, bem como realizar empréstimos. e todos os demais tipos documentais.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
- É POSSÍVEL CLASSIFICAR SEM ORDENAR? Esse instrumento se utilizado racionalmente, poderá propiciar
Certamente, é possível classiicar sem ordenar, mas não é re- um maior controle dos acervos documentais, uma maior rapidez
comendável (pois a organização dos documentos icará incomple- na recuperação das informações, bem como, oferecer suporte às
ta). Documentos organizados através de um plano de classiicação decisões, além de maximizar o luxo documental.
que não estiverem ordenados por nenhum critério serão mais dii- É o instrumento com o qual se determina o prazo de
cilmente manipulados (o acesso a eles será mais difícil). permanência de um documento em um arquivo e sua destinação
- É POSSÍVEL ORDENAR SEM CLASSIFICAR? após este prazo, pois existem documentos que devem ser guardados
No Brasil, na maior parte dos organismos acumuladores/ pro- por mais tempo como os relacionados às áreas: contábil, iscal, i-
dutores de arquivos, são pouco frequentes que a organização dos nanceira e pessoal. Ela é muito utilizada pelos órgãos públicos.
documentos esteja a cargo de um proissional que conheça e apli- É importante frisar que a eliminação de documentos de arquivos,
que ao seu trabalho os princípios técnicos arquivísticos. Assim, é devem obedecer às normas do CONARQ (Conselho Nacional de
Arquivos), em destaque os documentos produzidos por todos os
muito raro encontrar, nestes organismos, documentos classiicados
órgãos integrantes do poder público.
de acordo com a estrutura ou com as funções que os geraram. Mais
A tabela de temporalidade documental (TTD) é o instrumento
comumente, a organização dos documentos de arquivo costuma de gestão arquivística que determina:
ser resumida à sua ordenação - após serem separados por tipo ou • Os prazos em que os documentos devem ser mantidos
espécie, são ordenados cronologicamente, alfabeticamente ou nu- no arquivo corrente (setorial);
mericamente. • Quando devem ser transferidos ao arquivo intermediá-
No entanto, tal organização não é suiciente para informar so- rio (central);
bre os vínculos da documentação com o seu organismo produtor. • E por quanto tempo devem ali permanecer.
A natureza destes vínculos ica verdadeiramente clara através do Além disso, a TTD estabelece critérios para a migração de
plano de classiicação. suporte (microforma, digitalização etc.) e para a eliminação ou re-
Assim, é exatamente em função de sua complementaridade colhimento dos documentos ao arquivo permanente.
que a classiicação e a ordenação estão sendo aqui consideradas É necessário que cada organização faça a constituição legal
de forma conjunta. de sua Comissão Permanente de Avaliação de Documentos.
Sem a classiicação, ica nebulosa a característica que torna os Dependendo do porte, poderá haver mais de uma Comissão.
documentos de arquivo peculiares e diferenciados em relação aos A comissão permanente de avaliação de documentos tem por
demais documentos: a organicidade. Nenhum documento de ar- inalidade assessorar à Divisão de Arquivo Geral nas ações e pro-
quivo pode ser plenamente compreendido isoladamente e fora dos cedimentos referentes a avaliação documental, também orientar
quadros gerais de sua produção - ou, expresso de outra forma, sem e realizar a análise, avaliação e seleção da produção documental
produzida e acumulada, deve ser formada por representantes dos
o estabelecimento de seus vínculos orgânicos. Por consequência,
mais importantes setores da instituição.
a classiicação torna-se condição para a compreensão plena dos
A Tabela de temporalidade documental deve ser vista como
documentos de arquivo – tanto a perspectiva de quem os organiza um documento institucional e normativo, servindo de suporte para
como de quem os consulta. De outro lado, o acesso bem sucedido questões que se referem a períodos de permanência de documen-
à documentação está associado, entre outros fatores, à sua localiza- tos no arquivo. Os processos de arquivamento que não estejam
ção rápida e precisa, algo que depende da conveniente ordenação orientados por uma TTD, necessitam frequentemente de novas
dos documentos. reorganizações, pois o crescimento em volume passa a não ter
Buscar alcançar boa qualidade técnica na organização de do- limites, ser descontrolado e desordenado.
cumentos de arquivo, que implica entender a necessidade de rea- A equipe do arquivo terá que dedicar um tempo considerável
lização conjunta - embora não necessariamente simultânea - dos para trabalhos de triagem frequentes, pois quanto mais ampla for
procedimentos de classiicação e de ordenação. a TTD, no que diz respeito a cobertura da massa documental pro-
- A ORDENAÇÃO SOBRE QUAIS DOCUMENTOS RE- duzida pela organização, maior será a eicácia no processo de ar-
CAI? quivamento. A pessoa responsável pelo processo de arquivamento
A ordenação está sendo entendida como, tecnicamente muito tem que ter um conhecimento básico sobre as ferramentas da TTD
menos complexa que a classiicação: trata-se de estabelecer um ou para que haja o melhor funcionamento do arquivo.
mais critérios que determinem a disposição física de um dado con- São inúmeras as vantagens da aplicação de uma TTD, como
junto de documentos - e não um conjunto qualquer, mas uma sé- por exemplo, diminuição da ocupação do espaço físico, agilidade
rie, isto é, o conjunto de unidades de um mesmo tipo documental. na recuperação da informação, deinições de responsabilidade para
com a gestão dos processos de arquivamento, diminuição com
Em princípio, se a classiicação precedeu a ordenação, os diversos
custos operacionais, controle geral da massa documental, eicácia
tipos documentais deverão ser facilmente visualizáveis, pois, es-
sobre a gestão documental.
tarão (ou deveriam estar) contidos no plano, identiicáveis sempre As organizações devem levar em consideração algumas
como as menores subdivisões no interior de cada grande classe. orientações práticas para efetivação das TTDs que são as se-
Tabela de Temporalidade é um documento que deine prazos guintes: planejar com simplicidade sobre os mecanismos de
de guarda e destinação de documentos de valor corrente e/ou in- execução; a participação de todos da organização para criação da
termediário, produzidos e recebidos dentro de uma organização. Comissão Permanente de Avaliação de Documentos; obtenção de
Além disso, estabelece a destinação de documentos, que pode ser conhecimento sobre a estrutura funcional da organização e de seu
por descarte e guarda permanente dos documentos de valor histó- objetivo, ou seja, das atividades meio e im; conhecer a tipologia
rico. documental produzida ou recebida pela organização.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
1. Fundo (Ministério da Saúde)
ARQUIVOS PERMANENTES 2. Seções (Secretaria Executiva)
3. Grupos (Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas)
4. Séries (Coordenação de Pessoal Inativo)
5. Item documental (dossiê ou processo)
Arquivos permanentes são conjuntos de documentos custodiados
em caráter deinitivo, em função de seu valor. Essas hierarquias são básicas. E existem, ainda, subfundos,
Os arquivos permanentes são aqueles que já passaram pelo ar- subgrupos, subseções ou subséries, que poderão ser estabelecidos
quivo corrente e intermediário. E por não ter data de temporalidade, a critério do arquivista responsável. Não existe consenso na área
ou seja, a validade é perpétua. E devem icar em um arquivo no qual a respeito deste nível hierárquico, nem entre o Arquivo Nacional.
não há periodicidade O sistema de arranjo deve ser baseado na organização original
O arquivo permanente corresponde ao 3º e último ciclo de vida do arquivo, a qual, na sua essência, corresponde à organização do
de um documento. É composto por todos os documentos que, tendo órgão administrativo que o produziu.
perdido a sua utilidade administrativa, pelo seu valor probatório, in- Princípios de arranjo de arquivos: O conservador de arquivos
formativo, histórico e de investigação não podem ser destruidos, sen- não se ocupa apenas com o arranjo dos documentos de uma única
do pois de conservação permanente ou deinitiva. repartição, como é o caso do arquivista encarregado dos documen-
Em arquivologia entende-se por arranjo a ordenação dos docu- tos de uso corrente. Ocupa-se do arranjo de todos os documentos
mentos em fundos, a ordenação das séries dentro dos fundos e, se
sob sua custódia, os quais emanam de diversos órgãos, de muitas
necessário, dos itens documentais dentro das séries.
subdivisões administrativas e de numerosos funcionários indivi-
O arranjo é uma das funções mais importantes em um arquivo,
duais. Arranja seus documentos para uso não corrente, em contra-
e, por isso, deve ser feito por pessoa qualiicada e especializada. As
posição ao uso corrente, e arranja-os de acordo com certos princí-
atividades desenvolvidas no arranjo são de dois tipos: intelectuais e
físicas pios básicos da arquivística e não segundo qualquer classiicação
O arranjo é o processo de agrupamento dos documentos singula- predeterminada ou esquema de arquivamento.
res em unidades signiicativas e o agrupamento, em relação signiica-
tiva, de tais unidades entre si. Ou seja, processo que, na organização Exercícios;
de arquivos permanentes, consiste na ordenação - estrutural ou fun-
cional - dos documentos em fundos, na ordenação das séries dentro 1) TCE/ES - Analista Administrativo – CESPE/2013)
dos fundos e, se necessário, dos itens documentais dentro das séries. Uma informação classiicada como secreta deve permanecer
Sendo assim, uma atividade técnica e intelectual semelhante à sigilosa por:
classiicação. Porém, com uma diferença importante: o arranjo é rea- a) vinte e cinco anos.
lizado na fase permanente. b) cinco anos.
O instrumento oriundo é o quadro de arranjo constituído ora pela c) dez anos.
forma orgânico-estrutural, ora de acordo com as classes e subgrupos d) quinze anos.
destinados à fase permanente do plano de classiicação. e) vinte anos.
Os arquivos permanentes formam-se a partir de documentos
recolhidos dos arquivos correntes, portanto a administração destes 2) TCE/ES - Analista Administrativo – CESPE/2013) Os
inluencia diretamente os arquivos de custódia. Em vista disso, é im- elementos estruturais que compõem o sistema arquivístico ins-
portantíssima a atuação do arquivista na fase de administração dos titucional incluem o(a)
arquivos ativos, incluindo o controle e planejamento da produção do- a) plano de classiicação.
cumental. b) unidade político-administrativa responsável pela ges-
O arranjo jamais deve ser confundido com a ordenação (em que tão dos arquivos.
surgem as técnicas de arquivamento), que é a atividade de organizar o c) proissional qualiicado.
acervo documental (ora por ordem alfabética, numérica, cronológica d) depósito de arquivo.
ou geográica ou outras maneiras), de forma que seja facilitada a pes- e) tabela de temporalidade.
quisa aos usuários.
Fundo de arquivo é o conjunto documental proveniente de uma
3) (PC/DF - Escrivão de Polícia – CESPE/2013) A clas-
pessoa física ou jurídica no âmbito de suas atividades. Um exemplo é
siicação de documentos de arquivo é realizada a partir de um
o Ministério da Saúde.
instrumento especíico para essa tarefa denominado tabela de
O arquivista responsável deve inserir o Ministério como fundo,
porque é a instituição que reúne a documentação de acordo com as temporalidade.
funções, atividades e tarefas exercidas. Certo
O fundo pode ser aberto (se a instituição estiver realizando suas Errado
atividades) ou fechado (se a instituição estiver encerrada). Depois
de fechado, o fundo não pode receber mais documentação após a 4) (TCE/RS – Oicial de Controle Externo - CES-
data-limite que indica o encerramento das atividades da instituição. PE/2013) O método de arquivamento alfanumérico, que con-
Porém, não signiica dizer que os documentos não podem ser con- siste na combinação de letras e números, pertence ao sistema
sultados. Eles podem se não forem classiicados, como sigilosos. indireto.
No fundo, podem ser reunidos graus de hierarquias diferentes, Certo
conforme a complexidade organizacional e funcional da área: Errado

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/Assistente em Administração
5) (TCE/RS – Oicial de Controle Externo - CES-
PE/2013) O arquivo permanente é constituído essencialmente ANOTAÇÕES
de documentos que perderam todo o valor de natureza admi-
nistrativa, mas que devem ser conservados em razão do seu
valor histórico.
Certo
Errado
—————————————————————————
Gabarito comentado; —————————————————————————
1) Vejamos: Lei de Acesso a Informação 12.527/11, estabe- —————————————————————————
lece que uma informação deve permanecer sigilosa:
Ultrassecreto: 25 anos —————————————————————————
Secreto: 15 anos
—————————————————————————
Reservado: 5 anos
—————————————————————————
RESPOSTA: “D”
—————————————————————————
2) Vejamos: A unidade político-administrativa é a respon-
—————————————————————————
sável pela gestão dos arquivos e é um elemento que compões o
sistema arquivístivo institucional. —————————————————————————
Plano de Classiicação e Tabela de Temporalidade são ferra-
mentas da gestão de arquivos; o proissional qualiicado é funda- —————————————————————————
mental para gerenciar o sistema, e depósito de arquivo é o local no
—————————————————————————
qual onde ele permanece.
—————————————————————————
RESPOSTA: “B”
—————————————————————————
3) Vejamos: A tabela de temporalidade é um instrumento
arquivístico resultante de avaliação, e não da classiicação que tem —————————————————————————
por objetivos deinir prazos de guarda e destinação de documentos. —————————————————————————
RESPOSTA: “Errado” —————————————————————————

4) Vejamos: Os sistemas de arquivamento, são: Direto e In- —————————————————————————


direto. —————————————————————————
Direto: a busca do documento é feita diretamente no local
onde está arquivado. —————————————————————————
Indireto: para a busca do documento necessita antes consultar
um índice ou um código. —————————————————————————
—————————————————————————
RESPOSTA: “ERRADO”
—————————————————————————
5) Vejamos: Para a Lei de Arquivos, Arquivo permanente é:
“conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e infor- —————————————————————————
mativo que devem ser deinitivamente preservados”. —————————————————————————
RESPOSTA: “CERTO” —————————————————————————
—————————————————————————
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