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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

JEAN CARLO HOFFMANN

EM BUSCA DE SENTIDO

Resenha sobre o livro “Em Busca de Sentido”,


de autoria de Viktor E. Frankl.

Professora: Rossane Frizzo de Godoy.

CAXIAS DO SUL

2019
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RESENHA

Impactante e emocionante! São duas palavras que descrevem muito bem esta
primeira parte do livro: Em busca de Sentido, de Viktor E. Frankl. Já havia lido outros
títulos sobre o assunto, mas nenhum deles abordava o tema com este olhar psicológico e,
ao mesmo tempo, espiritualizado,
No decorrer da leitura, é possível “vivenciar” a história, fazer parte da narrativa
de Frankl, sentindo a angústia, mesmo sem tê-la vivenciado. Alguns trechos nos chocam,
outros nos energizam diante de tanta determinação e coragem. Com certeza, muitos de
nós, acostumados aos confortos da vida moderna, não teríamos resistido bravamente a
tantas privações. Por muito menos, já ficamos apáticos em nosso dia-a-dia.
A primeira passagem que me chamou a atenção foi àquela onde seu
companheiro mais próximo estava agitado durante o sono, em virtude de estar tendo um
pesadelo, e mesmo assim, ele desistiu de acordá-lo, pois, como ele mesmo descreve, nem
mesmo o sonho mais terrível poderia ser tão ruim como a realidade que os cercava. Ali,
era possível vivenciar a desvalorização da vida, tendo em vista que muitos já se
consideravam mortos em vida.
Outra passagem, para mim, muito impactante foi a viagem de três noites e dois
dias, apertados em um vagão de trem, em condições sub-humanas e, ao chegarem ao
novo local, foram castigados e obrigados a permanecer em pé no frio e na chuva, durante
a noite inteira e uma parte da manhã, tudo porque um dos prisioneiros havia caído em
sono profundo e não compareceu na contagem inicial.
Foi possível também, durante a leitura, perceber outras “relatividades”, como,
por exemplo, quando fica explícita a inveja que os prisioneiros do campo de
concentração tinham dos presidiários comuns, tendo em vista que estes dispunham de
muito mais conforto, mesmo tendo sua liberdade tolhida. O tempo cronológico também
fica relativo na descrição do autor. Como podemos observar que, diante de tantas
incertezas e perigos, um dia demorava mais para passar se comparado a uma semana.
Me chamou também a atenção, a importância da fé no futuro e da vontade de
futuro, como descreve o autor. Encontrar sentido para o sofrimento e, até mesmo, para a
morte. E mesmo diante de um quadro completamente desfavorável, perguntar-se: “O
que a vida espera de mim?”. Ao invés de perguntar-se: “O que posso esperar da vida?”.
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Alguns trechos me impactaram demais durante a leitura. Citarei aqui mais


alguns.
Quando o autor comenta sobre a escolha de cada um: “Mesmo sob aquelas
circunstâncias pode decidir o que ele acabará dando, em sentido espiritual: um típico
prisioneiro de campo de concentração, ou então uma pessoa humana, que também ali
permanece sendo ser humano e conserva a sua dignidade.”
Sobre o deixar-se contaminar pelo ambiente: “Somente aquele que entrega os
pontos espiritual e humanamente, sucumbe às influências do ambiente.”
Sobre a oportunidade de crescimento: “Muitas vezes é justamente uma situação
exterior extremamente difícil que dá à pessoa a oportunidade de crescer interiormente
para além de si mesma.”
E, finalmente, a definição de ser humano que passará a me acompanhar para o
resto da vida: “O que é o ser humano? É o ser que sempre decide o que ele é.”
Sem dúvida, muitos ensinamentos profundos estão nestas linhas escritas por
Frankl, a quem passei a admirar profundamente, tanto como profissional, bem como ser
humano dotado de uma inteligência espiritual notável, que transcendeu o tempo, e hoje,
se perpetua em suas obras.
Finalizo esta resenha com outra frase inesquecível, também descrita pelo autor
durante a sua narrativa, e atribuída a Nietzsche:
“Quem tem por que viver aguenta quase qualquer como.”

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