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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9

Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE


NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

AVALIAÇÃO

REFLEXÃO/AÇÃO

PROFª PDE
LUCIANE CRISTINE SANTOS DE OLIVEIRA
Produção de Caderno Temático apresentada à Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, Departamento de políticas e Programas
Educacionais, Coordenação do PDE, para o cumprimento do segundo
período do Plano Integrado de Formação Continuada.

Orientação: Profª Drª Dalva Rocha (UEPG)

PONTA GROSSA

2013/2014
Sumário

FICHA PARA CATÁLOGO.................................................................................................... 4

AVALIAR COM QUALIDADE O PROCESSO ENSINO- APRENDIZAGEM ......... 5

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 6

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 8

1.REFLEXÕES e ORIENTAÇÕES SOBRE O PROCESSO AVALIATIVO


..................................................................................................................................................... 10

1.1 O PONTO DE VISTA ................................................................................. 10

1.2 (AMPLI) AÇÃO PEDAGÓGICA ................................................................... 13

1.1. ANALISAR A APRENDIZAGEM QUALITATIVAMENTE............................ 15

2.UM OLHAR CRÍTICO SOBRE OS DOCUMENTOS NORTEADORES DA


AVALIAÇÃO APRENDIZAGEM ....................................................................................... 20

2.1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO versus AVALIAÇÃO DISCENTE .... 20

2.2. AVALIAÇÃO versus PLANO DE TRABALHO DOCENTE ......................... 22

3.ALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS ADEQUADAS, PARA EFETIVAÇÃO DA


APRENDIZAGEM. ................................................................................................................. 24

3.1 CRIAÇÃO/RECRIAÇÃO DA PRÁTICA AVALIATIVA ......................................... 24

DICAS PEDAGÓGICAS ...................................................................................................... 25

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ...................................................................... 28

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 34
FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: Avaliar com qualidade o processo ensino-aprendizagem


Autora Luciane Cristine Santos de Oliveira
Disciplina/Àrea Ciências
Escola de Implementação Colégio Estadual “Olavo Bilac” E.F.M
Município Jaguariaíva
Núcleo Regional de
Educação Wenceslau Braz
Professora Orientadora Dra. Dalva Cassie Rocha
Instituição de Ensino
Superior Universidade Estadual de Ponta Grossa
Relação Interdisciplinar Todas as disciplinas da Educação Básica
Resumo Avaliação escolar tem sido considerada apenas a
etapa final de um processo. Contudo,
documentos norteadores da educação salientam
que se trata de uma etapa do processo
necessária para orientar as ações posteriores a
serem tomadas para que o conhecimento seja
consolidado pelo aluno. Há uma dificuldade de
compreensão por parte dos alunos e dos
professores quanto ao significado de avaliação e
recuperação no processo ensino-aprendizagem,
como atividade contínua, emancipadora e que
garanta o acesso ao conhecimento por parte do
aluno. Este caderno temático pretende propor a
reflexão sobre o ato de avaliar como processo de
ação-reflexão-ação docente e discente assim
como promover uma análise sobre a
diversificação de características e formas de
avaliação. Após apresentar embasamento teórico
para refletir sobre o processo de avaliação
ensino-aprendizagem, espera-se definir,
coletivamente, formas de registros das ações
trilhadas pelos alunos nas atividades de
avaliação e de recuperação, como partes
integrantes do processo ensino-aprendizagem.
Aprendizagem Significativa; Avaliação Contínua;
Palavras-chave Prática Docente
Formato do Material Didático Caderno Temático
Professores da Educação Básica, da Rede
Público Alvo Pública e Ensino

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AVALIAR COM QUALIDADE O PROCESSO ENSINO- APRENDIZAGEM

Autora: OLIVEIRA, Luciane Cristine Santos


lucianecso@seed,pr.gov.br
Orientadora: ROCHA, Dalva Cassie
dalva_rocha@uol.com.br

“Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que


marcha, não tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A
escola em que se pensa, em que se atua, em que se cria, em que se ama,
se advinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida”

(Paulo Freire)

RESUMO: Avaliação escolar tem sido considerada apenas a etapa final de


um processo. Contudo, documentos norteadores da educação salientam que se
trata de uma etapa do processo necessária para orientar as ações posteriores a
serem tomadas para que o conhecimento seja consolidado pelo aluno. Há uma
dificuldade de compreensão por parte dos alunos e dos professores quanto ao
significado de avaliação e recuperação no processo ensino-aprendizagem, como
atividade contínua, emancipadora e que garanta o acesso ao conhecimento por
parte do aluno. Este caderno temático pretende propor a reflexão sobre o ato de
avaliar como processo de ação-reflexão-ação docente e discente assim como
promover uma análise sobre a diversificação de características e formas de
avaliação. Após apresentar embasamento teórico para refletir sobre o processo de
avaliação ensino-aprendizagem, espera-se definir, coletivamente, formas de
registros das ações trilhadas pelos alunos nas atividades de avaliação e de
recuperação, como partes integrantes do processo ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Aprendizagem Significativa; Avaliação Contínua; Prática Docente

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APRESENTAÇÃO

Ao ingressar no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), criei


grandes expectativas em relação às leituras e aos estudos que o tempo disponível
me proporcionaria. Estava ávida por conhecer melhor sobre Avaliação da
Aprendizagem, ler textos que mexessem comigo, que me fizessem aprender a
registrar o desempenho dos alunos e que fundamentassem, teoricamente, as
minhas práticas, pois no cotidiano escolar sempre concordei com Hoffmann (2008)
que afirma “o compromisso, do educador, é o de agir refletidamente, criando e
recriando alternativas pedagógicas adequadas a partir da melhor observação do
conjunto”. Fui percebendo, a excessiva preocupação minha e dos demais
educadores, com os quais trabalhei, com a definição de critérios e com as formas
de registrar avaliação/recuperação, entre outras questões de caráter burocrático.

Por toda a estrutura que coordena o sistema educacional e pelos discursos e


concepções que circulam nos cursos de formação continuada somos impelidos a
tomarmos caminhos somente burocráticos sem fazer uma análise consciente dos
reflexos dessas ações.

Ao longo das minhas leituras, especialmente sobre o Projeto Político


Pedagógico como elemento norteador da ação pedagógica, compreendi que a
avaliação da aprendizagem tem por objetivos, retratar a qualidade da ação e, por
isso precisa ser repensada quanto às suas finalidades e aplicabilidades.

Sentia-me cada vez mais incomodada e desestabilizada em relação aos


significados que atribuía à avaliação da aprendizagem e tanto mais desejosa de
envolver-me com aquelas discussões.

Foi nesta busca por novas compreensões que senti aumentar o desejo de
ler, e de compartilhar as descobertas com os meus colegas professores, então
passei a esquematizar os resumos com as informações relevantes para a atuação
pedagógica em torno do assunto avaliação, com o intuito de preparar textos
apropriados para aproximar os educadores, de forma sucinta, das aprendizagens
que este período de PDE me proporcionou.

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Ao preparar os resumos, refleti e passei articular as experiências pelas quais
passei, dotando-os de significado, identificando escolhas, bem como permitirei criar
ou recriar sua concepção de avaliação.

Essa é a leitura reflexiva, indicada aos educadores para reconstruir e/ou


inovar suas práticas, conscientes das concepções que regem suas ações, como
afirma Hoffmann, (2008).

A partir dessa consciência, escolhi elaborar esta produção didática,


analisando documentos norteadores da ação pedagógica.

Optei por organizar o texto em três seções teóricas que julguei representar
etapas significativas no meu percurso de estudos formativo como docente; não
para julgar e classificar o caminho percorrido mas para favorecer a evolução da
prática da avaliação da aprendizagem.

Desejo que a leitura seja tão produtiva para vocês quanto foi para mim.

Luciane

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INTRODUÇÃO

O direito do aluno à recuperação paralela está garantido pela legislação.


Embora essa recuperação seja feita, muitas vezes apenas para atender
a uma formalidade legal, provavelmente porque para o professor, essa etapa no
processo de ensino-aprendizagem não tem significado. A partir dessa postura,
verifica-se que há dificuldades dos mesmos; em registrar as ações desenvolvidas
que indicam o acompanhamento dos caminhos trilhados pelos alunos.
Por esta razão, pretende-se promover a reflexão sobre o significado
dessa etapa de aprendizagem e consequente modificação no processo de
avaliação e recuperação.
A avaliação em qualquer nível e em qualquer área do conhecimento,
deve ultrapassar a apreciação do desempenho dos alunos e deve ser aplicada de
modo relacionado com a ação pedagógica. O que é avaliar com qualidade o
processo ensino-aprendizagem?
Esta é a primeira questão norteadora dessa produção didática, mas
outras se derivam, por exemplo:
a) Qual a sua postura diante da avaliação e da recuperação paralela
no processo de aprendizagem do aluno?
b) É possível ao professor motivar-se para desenvolver a avaliação
e a recuperação paralela como um processo contínuo e significativo para ele
próprio e para o aluno?
Este trabalho se propõem a questioná-los e provocar-lhes a reflexão
para que a avaliação escolar seja parte de um processo contínuo, emancipadora e
que garanta o acesso ao conhecimento por parte do aluno.
A partir destas intencionalidades, num trabalho coletivo, este material
também pretende permitir à leitores:
 Oportunidade de análise sobre a diversificação de características e
formas de avaliação, para provoca-los a desconstruir e reconstruir
suas concepções e posturas diante das ações avaliativas

Para isso, o tema em questão será abordado sob três seções:

Reflexões e Orientações sobre o Processo Avaliativo

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Um Olhar Crítico sobre os Documentos Norteadores da Avaliação da
Aprendizagem

Alternativas Pedagógicas Adequadas, para Efetivação da Aprendizagem.

Espera-se, dessa forma, contribuir significativamente com os professores,


para que se efetive a ruptura da velha lógica, para construir uma outra concepção
de que a avaliação é decorrência de processo normal de aprendizagem e, como
exposto no início, “criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem medo
do risco, por isso que recusa o imobilismo. (Paulo Freire, 1995)

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1. REFLEXÕES e ORIENTAÇÕES SOBRE O PROCESSO AVALIATIVO

1.1 O PONTO DE VISTA

Tradicionalmente, a avaliação tendo sido classificatória e seletiva, o que a


torna incompatível com uma educação democrática. Com a democratização do
acesso à escola brasileira, nas últimas três décadas, discutir sobre a “Avaliação da
Aprendizagem” tornou-se necessário.
Em função de uma escola democrática inclusiva, marcada pela lógica do
diálogo, da construção de autonomia, pela mediação e na qual todas as pessoas
são acolhidas como capazes de aprender, a avaliação precisa ser entendida e
vivenciada efetivamente como decorrente de um processo de aprendizagem.
Para isso deverá haver a ruptura da lógica de aprovar e reprovar
(desconstruir) para (re)construir uma outra concepção provocando a prática
educativa com ações que contribuam com a emancipação humana.
As concepções de avaliação de alguns pesquisadores resulta do ponto de
vista de cada um.
Segundo Hoffmann (2012) existe MITO E DESAFIO no contexto da avaliação
(Quadro1)
Quadro1. Avaliação: Mito & Desafio (HOFFMANN, 2012, p.27, modificado)
MITO DESAFIO
O mito é decorrente de sua O maior dentre os desafios é
estória que vem perpetuando os ampliar-se o universo dos educadores
fantasmas do controle e do preocupados com fenômeno avaliação,
autoritarismo há muitas gerações. A entender-se a discussão no interior das
desmistificação, por outro lado, escolas e toda a sociedade. Temos o
ultrapassa o desfilamento dessa compromisso de construir outra estória
estória e a análise dos pressupostos para as futuras gerações,
teóricos que fundamentam a descaracterizadas da feição autoritária
avaliação até então que a reveste, em busca de ação
libertadora.
Do ponto de vista de Cipriano Luckesi (2011), o processo de avaliar passa,
basicamente, por três passos indicados no quadro a seguir:

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Quadro 2. Compreendendo o Ato de Avaliar. (LUCKESI, 2011, págs.276 a 294)

 Conhecer o nível de desempenho do aluno em forma de constatação da


realidade

 Comparar, a constatação da realidade, com aquilo que é considerado


importante no processo educativo

 Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados.

Do ponto de vista de Jussara Hoffmann (2008) a escola deve desenvolver e


constituir uma cultura avaliativa mediadora; fundamentada também em três
princípios:

Quadro 3. Rumos da Avaliação. (HOFFMANN, 2008, págs.15 a 36, modificado)

 O primeiro princípio é o de uma avaliação à serviço da ação


 O segundo princípio é o da avaliação como projeto de futuro
 O terceiro é o princípio ético, cuja finalidade da avaliação é sempre
promover a melhoria da realidade educacional.

Para Celso dos Santos Vasconcellos (2005)

“A principal finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar a garantir


a formação integral do sujeito pela mediação da efetiva construção do
conhecimento, a aprendizagem por parte de todos os alunos”
(VASCONCELLOS, 2005, p.57)

Do ponto de vista de Philippe Perrenoud (1999)

“A avaliação está no centro de um octógono, para mostrar as


interdependências com as práticas de avaliação. Partindo das relações
entre as famílias e a escola para contornar o octógono no sentido dos
ponteiros de um relógio” (PERRENOUD,1999, p. 146)

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Figura 1. O processo de avaliação escolar e suas relações interdependentes
no sentido horário com outros elementos (PERRENOUD, 1999, p.146)

Pedro Demo (1995) assegura que:

“A avaliação qualitativa supõe, em seu grau mais elevado e em si correto,


um profundo processo participativo, que realiza não somente a necessária
envolvência política, mas o surgimento de outras formas de conhecimento,
obtidas da prática, da essência, da sabedoria, sem com isto desprezar, em
momento algum, a boa teoria.” (DEMO, 1995, p.41)

Verifica-se que, desde o final do século XX, esses autores e outros educadores
buscam apresentar a avaliação como uma ação inerente ao processo de
aprendizagem, com participação ativa do aprendiz e do docente, com efeitos de
retroalimentação e com a finalidade maior de proporcionar conhecimento para os
sujeitos envolvidos.
Pode-se dizer que avaliação é a ação de considerar a prática (seja do aluno,
seja do professor) como fato para averiguar o conhecimento adquirido e
internalizado em relação ao conhecimento prévio de cada um.

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1.2 (AMPLI) AÇÃO PEDAGÓGICA

Os melhores professores são lembrados, pelas descobertas que levaram


seus alunos a experimentarem o sabor do saber, o papel do educador é
fundamental na aprendizagem do educando, cabe ao educador criar condições que
favoreçam a construção do conhecimento.
Tanto Luckesi (2011) quanto Hoffmann(2008) defendem a ideia de que para
avaliar é necessário ter clareza dos objetivos a serem alcançados para que, a
avaliação possa desempenhar sua finalidade de revelar a eficiência da ação
pedagógica.
Nesse contexto, a avaliação da aprendizagem dos educandos, é ao mesmo
tempo, a avaliação do processo de ensinagem por parte do educador, pois o
educador fará uma reflexão de sua ação, que orientará sua tomada de decisões
com relação às intervenções futuras que beneficiarão a construção do
conhecimento de seus educandos e possibilitem alcançar os resultados esperados.
Encontramos em Luckesi (2011) e Hoffmann (2008) consenso (Quadro 4) de
que nem todos os educandos vivenciarão do mesmo modo as atividades didáticas
propostas pelo professor, pois reconhecem que o conhecimento não é
unidimensional, mas acontece em meio a multiplicidade de fatores, a serem
considerados no processo ensino-aprendizagem.
Nesta perspectiva, é possível averiguar na prática que na mesma etapa do
processo, muitos aprendizes encontram obstáculos e outros avançam e; por isto foi
inserida a “Recuperação Paralela” como uma outra atividade do processo de
ensino-aprendizagem, com função complementar a avaliação, para garantir a
aprendizagem daqueles que encontram obstáculos.
Essa intervenção pedagógica é um investimento na heterogeneidade dos
sujeitos para, não deixar alguns a margem do processo em relação aos outros.

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Quadro 4. Intervenção Pedagógica, investindo na heterogeneidade
LUCKESI (2011.p.136) HOFFMANN (2008.p. 25)
“Haverá uma diversidade de “Uma turma de estudantes nunca irá
assimilações em virtude dos recursos prosseguir de forma homogênea em
que cada um traz de sua história de relação a um tema em estudo,
vida, mas com certeza todos poderão compreendendo todos do mesmo jeito,
ser tocados e transformados” ao mesmo tempo, utilizando-se das
mesmas estratégias cognitivas. A
grande aventura do educador consiste
em prosseguir na diversidade,
valorizando a multiplicidade de
caminhos percorridos pelos vários
alunos, investindo na heterogeneidade
ao invés de buscar homogeneidade”

Ao constatar as dificuldades individuais, dos alunos reveladas a partir de


uma avaliação, o educador com um olhar diferenciado e demonstrando
preocupação com a aprendizagem do aluno poderá acionar a recuperação paralela
para contribuir com a superação dessas dificuldades, garantindo avanço no
processo ensino-aprendizagem.
A Recuperação Paralela é direito do aluno, garantido pela legislação. Porém
tem sido equivocadamente definida como recuperação de notas. Repetem-se
testes e exercícios que já foram aplicados, oportuniza-se a realização de trabalhos
sobre temas já estudados.
Essas ações revelam a concepção compartilhada por muitos alunos e
professores quanto ao significado de avaliação/recuperação no processo ensino-
aprendizagem. Para que seja modificada essa concepção sobre o valor da
avaliação como atividade contínua, emancipadora e que garanta o acesso ao
conhecimento por parte do aluno, bem como o valor da sua função no processo
educacional, são necessárias leituras e reflexões.
É importante salientar que nem sempre o processo de Recuperação
Paralela, precisa estar explícito para o aluno, pois como o objetivo é promover a

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evolução do aluno em sua aprendizagem, o educador poderá, propor aos alunos,
gradativos desafios e tarefas articuladas (e complementares) às etapas anteriores,
frequentemente ao longo do processo.

1.1. ANALISAR A APRENDIZAGEM QUALITATIVAMENTE

É importante que o professor compreenda que a sua maneira de entender e


direcionar a aprendizagem é fruto de uma concepção filosófica e histórica que
norteou a sua formação educacional (escolar e cultural) e que lhe foi impelida, com
intencionalidades. Isso pode acarretar marcas na construção do saber. A educação
pode ser interpretada por autores que seguem correntes pedagógicas norteadas
por concepções histórico-críticas como sendo resultante da construção social e
histórica que se transforma conforme intencionalidades políticas. Na educação
brasileira, Saviani (2003) é um autor que defende esta visão.

A sociedade capitalista, cujo eixo passa a girar em torno da cidade,


incorpora, na própria forma de organização, os códigos escritos, gerando a
necessidade de que todos possam dominá-los. Decorre daí a proposta de
universalização da escola e é sobre essa base que vão se estruturar os
currículos escolares (SAVIANI, 2003).

Contudo, há quem não concorde com essa interpretação histórico-política,


como por exemplo o filósofo contemporâneo Paulo Chiraldelli Jr. (2008).
Na opinião de Leonardo Boff, filósofo e teólogo brasileiro, a sociedade atual
precisa agir de forma ética em sua totalidade. Em sua fala (ouça em
<http://www.youtube.com/watch?v=ETve9WC7hXc>) ele sintetiza a ética em quatro
princípios, independente da cultura e nacionalidade: o cuidado, o respeito, a
responsabilidade e a solidariedade (BOFF, 2012).
Ao conhecer a história da educação, pode-se inferir que o professor amplie
sua visão para tomar decisões sobre sua prática docente. A sua concepção sobre o
valor da avaliação e a natureza de seus registros avaliativos sobre o desempenho
de seus alunos são parte da sua prática pedagógica. Pode-se dizer que a qualidade

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da educação a ser oferecida ao cidadão depende dos valores e da ética que a
sociedade na qual ele está inserido preconiza.
Somente com um olhar subjetivo e intencional voltado para identificar os
obstáculos a serem vencidos pelo aluno com dificuldades de aprendizagem, bem
como, um olhar apurado para detectar progressivamente os avanços atingidos,
mesmo que de forma lenta; as situações de dificuldades poderão ser superadas.
Com esta postura, não estamos reduzindo a responsabilidade do aluno nesse
processo, nem mesmo estamos colocando apenas nos ombros do professor a
responsabilidade da aprendizagem. Sobretudo, queremos enfatizar o
comportamento ético como mediador da aprendizagem, enfatizando os princípios
do cuidado, do respeito, da responsabilidade e da solidariedade para que o aluno
receba uma educação para a autonomia e torne-se um cidadão com esses mesmos
princípios.
Para realizar aprendizagem qualitativa segundo Hoffmann (2008), as
reflexões devem ser feitas com base em três planos, conforme indicamos no
quadro 5
Vasconcellos (2005) indicou três ordens para efetivar a análise qualitativa da
aprendizagem (Quadro 6).

Quadro 5. Análise Qualitativa da Aprendizagem a partir da diversidade


O não fazer a tarefa ou fazê-la diferente podem
significar não entendimento da noção, uma PLANO EPISTEMOLÓGICO
exigência demasiada ao aluno
Orientações mal formuladas sobre a tarefa, PLANO DIDÁTICO
falta de tempo para respondê-la
Desinteresse e descomprometimento com os PLANO RELACIONAL
estudos

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Quadro 6. Mudança de Postura do Professor frente a uma nova concepção de
avaliação

ORDEM EPISTEMOLÓGICA Como se dá a construção do conhecimento?


ORDEM DIDÁTICA Como deve o professor ensinar?
ORDEM RELACIONAL Como o aluno aprende?

Para que a percepção no plano epistemológico se efetive é importante a


realização de atividades livres e espontâneas, que não passarão pela “correção” do
professor, mas serão consideradas por terem sido cumpridas. Essas atividades
devem ser realizadas para estabelecer o conceito (princípio) de “responsabilidade”
no cumprimento de tarefas estabelecidas em acordos, além disso o objetivo é
coletar informações sobre os conhecimentos que o educando traz consigo, de sua
vivência, sobre determinado conteúdo (assunto), permitindo ao educador adequar
os conteúdos às necessidades prementes dos educandos.
Essa forma de atividade manifesta os conhecimento prévios; são expressos
como ideias, revelam dados que servirão de sustentação para um novo saber, o
que é alicerce segundo Moreira e Mansini (2001) para a aprendizagem significativa.

“A aprendizagem significativa processa-se quando o material novo, ideias


e informações que apresentam uma estrutura lógica, interage com
conceitos relevantes e inclusivos, claros e disponíveis na estrutura
cognitiva, sendo por eles assimilados, contribuindo para sua diferenciação,
elaboração e estabilidade.” (MOREIRA e MANSINI, 2001.p. 14)

A aprendizagem passa a ser significativa para o aluno quando o educador


torna-se cuidadoso e passa a conduzir as propostas de tarefas em classe como
mediador dos conhecimentos elaborados, respeitando o tempo do educando para
aprender determinado conteúdo e desenvolvendo um olhar subjetivo para com
aqueles que não conseguem estar inseridos na aprendizagem, coletiva, analisando
suas formas de expressões, direcionando-o para frente, através de atividades que
promovam sua inclusão no processo e despertem o gosto pelo aprender.
Cabe ao educador comprometido socialmente com a construção de uma
sociedade justa e equitativa efetivar a aprendizagem dos seus aprendizes. Para
isso, deverá ter uma relação bem sucedida, de quem acredita, subsidia, provoca e
promove a evolução de seus educandos mediando a construção do conhecimento,

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na busca por autonomia, e permitindo-se criar e recriar conceitos. O primeiro
aprendiz desse educador será ele próprio.
Vasconcellos (2005) quanto Luckesi (2011), corroboram o processo ensino-
aprendizagem como ativos. (Quadro 7)

Quadro 7. Alteração de Metodologias em Sala de Aula


VASCONCELLOS (2005) LUCKESI (2011)
“Não se pode conceber uma “Utilizar um ensino ativo é um
avaliação reflexiva, crítica, parâmetro para a avaliação de nossa
emancipatória, num processo de atividade, assim como da confirmação
ensino passivo, repetitivo, ou dos efeitos de nossa atividade sobre os
alienante”. educandos”

Para que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos, como


sugere a Lei das Diretrizes e Base (LDB) o educador deverá agir refletidamente,
ampliando seus registros e levando em consideração a melhor observação e
conhecimento de cada aluno, sem perder a observação do conjunto. Para tal o
educador precisará ajustar sua ação pedagógica às etapas do processo, refletindo
sobre seu papel frente às vulnerabilidades do aprendiz.
Avaliar com qualidade o processo ensino-aprendizagem depende da
disponibilidade do educador em descrever a realidade e acolhê-la, fazendo a
escolha adequada, da teoria, que irá guiar sua investigação e norteará a
elaboração de seus instrumentos avaliativos, que deverá ser processual e respeitar
a inclusão.
As concepções não-críticas que nortearam a educação brasileira nos tempos
coloniais estabeleceram os critérios de avaliação com certo peso de “castigo”. No
século XX, sobretudo nas décadas de 70 e 80, foram estabelecidos os critérios
considerados “científicos” porque passaram a ser expressos exclusivamente por
valores numéricos. A partir desse período, o avanço do aluno nos níveis do sistema
escola passou a ser medido principalmente pela habilidade de memorização do
indivíduo, pois cada vez mais informações diversas sobre assuntos variados fazem
parte dos currículos escolares como conteúdos a serem oferecidos e cobrados.

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A escolarização da população tornou-se mais acessível ao longo dos
tempos, mas ainda desconsidera a diversidade de sujeitos, com suas variadas
características e individualidades. Para isso, será necessário apurar os valores
subjetivos do ser humano, sem supervalorizar o quantitativo, é preciso encontrar o
equilíbrio entre os critérios quantitativos e qualitativos. O desempenho do aprendiz
pode e deve ser analisado sob os aspectos subjetivos, como criatividade,
espontaneidade, superação, empenho, capricho, emoção, entre outros, que
somente com o contato humano podem ser concretizados. Além disso, em uma
sociedade na qual o acesso as informações científicas tem se intensificado e
tornam-se cada vez mais rápidas, também é preciso repensar a necessidade de
avaliar a memorização dessas informações técnicas, como sendo o alicerce do
aprendizado.
Avaliar o outro com qualidade sob seu avanço no processo de ensino-
aprendizagem depende da disponibilidade do educador em interpretar a realidade
na qual está inserido e acolhê-la, fazendo a escolha adequada da conduta, do
conteúdo informativo e da teoria que irão guiar sua prática pedagógica e norteará a
elaboração de seus instrumentos avaliativos como etapa processual e respeitando
individualidade e diversidade, ou seja, a inclusão.

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2. UM OLHAR CRÍTICO SOBRE OS DOCUMENTOS NORTEADORES DA
AVALIAÇÃO APRENDIZAGEM

2.1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO versus AVALIAÇÃO DISCENTE

Há grande inquietude, entre os professores quando o assunto é “Avaliar com


Qualidade o Processo Ensino-Aprendizagem”.
A dificuldade pode estar na compreensão de que a avaliação é o elemento
norteador da ação pedagógica, e que esta ação deve estar voltada para a
emancipação humana do educando, conforme nos propõe as Diretrizes
Curriculares para Educação Básica, construídas com base em concepções
pedagógicas histórico-crítica:

“Formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que


compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos
e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção
cidadã transformadora da sociedade. (PARANÁ, 2013.p.33)

Nesta mesma direção, é necessário avaliar e por atenção cuidadosa na


construção do Projeto Educacional da escola no qual estará expresso as
finalidades filosóficas, políticas e pedagógicas que darão rumo à ação dos docentes
que ali atuarão. Logo, o ponto de apoio, do professor deve ser o Projeto Político
Pedagógico (PPP) da escola, construído, coletivamente, cujas intencionalidades e
estratégias para alcançar objetivos devem estar inseridas; orientando o conjunto de
profissionais envolvidos no processo de formação do educando. O Projeto Político
Pedagógico (PPP) é uma construção humana, passível de modificações que devem
atender aos princípios da formação educacional de uma sociedade.
Todo o processo de ensino-aprendizagem é orientado pelo Projeto Político
Pedagógico do curso, que deve conter três elementos fundamentais descritos no
Quadro 8.

20
Quadro 8. Aspectos do Projeto Político Pedagógico

PROJETO sujeito a mudanças, a novos contextos

revela o que pretende-se na prática educativa:


POLÍTICO - Formar cidadãos?
- Formar sujeitos acumuladores de informações?
define a relação professor/aluno:
PEDAGÓGICO - Relação de poder, na qual o professor é o detentor do
saber verdadeiro?
- Relação de mediador de um processo, no qual o aluno
constrói seu conhecimento com a ajuda do professor?

Sugestões de leituras complementares :


http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-
610995.shtml
http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/questoes-essenciais-projeto-pedagogico-
427805.shtml

Na visão do estudioso brasileiro sobre Avaliação, Cipriano Luckesi (2011),


afirma sobre o Projeto Político Pedagógico da escola

“Se o Projeto Político-Pedagógico visa a emancipação humana, por


intermédio da escola, deve ter uma concepção que considere o ser
humano como um ser em construção, voltado para o desenvolvimento,
pois ele não está pronto e acabado. Ser for assim, não pode pensar, por
exemplo, que se o aluno concluiu o 6º ano e chegou ao 7º, está pronto e
acabado. Que o professor pode trabalhar com o aluno como se fosse
dever dele saber todos os conteúdos da série anterior, sem fazer uma
sondagem para avaliar se apresenta ou não os pré-requisitos
necessários.” (LUCKESI, 2011)

Nota-se que, para este autor conhecer o educando é identificar suas


dificuldades e defasagens de aprendizagem. Este é o papel da avaliação prévia e
deve ser considerado no Projeto Político-Pedagógico. Como afirma novamente
Luckesi (2011) ““(...) Não podemos praticar avaliação sem termos clareza do

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Projeto Político-Pedagógico da ação – da Teoria – que oferece os contornos de
nosso ato avaliativo.”
Neste sentido, entende-se que o Projeto Político-Pedagógico é parte da
práxis, ou seja, é ação docente que deve ser reflexivo sobre sua própria conduta.

A práxis como ação transformadora, é uma concepção marxista segundo


Pucci (2007). Este autor traz informações sobre a concepção de educação
formadora do filósofo Theodor Adorno e afirma

Adorno nos adverte: a práxis é a fonte de onde a teoria extrai suas forças,
mas não é recomendada por esta. Sugiro, então, orientações
metodológicas na busca da articulação reflexiva da teoria crítica com a
práxis educativa (PUCCI, 2007, p.2)

Conhecer mais sobre as concepções filosóficas e as teorias da educação


proporcionam ao educador mais elementos para reflexões.

Consideramos que o educador que tem clareza sobre quais teorias


orientaram sua formação cultural e pedagógica poderá tomar decisões conscientes
sobre sua ação docente. Este é o desafio da educação, sinta-se desafiado a buscar
mais, busque!

2.2. AVALIAÇÃO versus PLANO DE TRABALHO DOCENTE

O principal objetivo do processo ensino-aprendizagem é o desenvolvimento


do educando. Para que isso se efetive é fundamental que o educador tenha
definido seus objetivos, suas intencionalidades.
Os conteúdos historicamente elaborados e definidos para o ensinar e o
aprender atuais podem e devem ser repensados aos elaborar seu Plano de
Trabalho.
É no Plano de Trabalho docente que os conteúdos, os objetivos e a
abordagem metodológica; devem estar descritos e a avaliação deverá servir de
parâmetro para qualificar a ação docente e discente.
Na perspectiva de Vasconcellos (2005) a avaliação deve ter os critérios
preconizados no PPP da escola.

22
“Um posicionamento fundamental quando se fala de avaliação é
relativamente aos objetivos da educação, pois deles é que derivarão os
critérios de análise do aproveitamento. A avaliação escolar está
relacionada a uma concepção de homem, de sociedade (que tipo de
homem e de sociedade queremos formar), ao Projeto Político-Pedagógico
da instituição. É justamente aqui que encontraremos uma distorção: de
modo geral, não se percebe a discrepância entre a proposta de educação
e a prática efetiva. Em parte, isto ocorre em função de uma prática de
planejamento meramente formal, levando a que os professores
simplesmente “esqueçam” quais foram os objetivos propostos. Temos que
superar esta contradição através da reflexão crítica e coletiva sobre a
prática”. (VASCONCELLOS, 2005.p.56)

Esse Plano de Trabalho Docente precisa ser revisto permanentemente para


acompanhar e, se necessário, adaptar suas intencionalidades para cada
turma/série/ano; buscando a melhor forma de ensinar e, analisar se há eficácia dos
instrumentos utilizados; permitindo ao docente rever suas práticas e replanejar
intervenções.
No cotidiano escolar outra situação é observada. É comum a prática do
“vencer o programa e cumprir o plano” descrita por Perrenoud (1999):

“(...) avança-se através do programa em um ritmo suficiente para recobri-lo


inteiramente, deixando, a cada novo capítulo, alunos à beira do caminho.
Importa ainda muito frequentemente que o programa tenha sido ensinado,
não que tenha sido assimilado pela maioria dos alunos. (...) ou ainda
autorizados a dar continuidade à sua progressão no curso, na esperança
de que suas dificuldades passarão miraculosamente despercebidas.”
(PERRENOUD, 1999.p.153 e 154)

Estamos propondo refletir constantemente sobre a ação pedagógica.


A avaliação permitirá diagnosticar a realidade da aprendizagem e, se
necessário, o educador fará intervenções adequadas ao processo. Luckesi (2011)
afirma

“Se efetivamente nos comprometermos com o ideário de que o


conhecimento emancipa o ser humano, o que ensinamos como
significativo deve ser aprendido pelo educando de forma qualitativamente
satisfatória; se isso não ocorreu, importa ensiná-lo novamente, para que o
seja. Para saber se o educando aprendeu ou não só há uma caminho:
coletar dados sobre o seu desempenho e qualificá-lo (o desempenho)
tendo por base um critério comprometido com o Projeto.” (LUCKESI,
2011.p.339)

23
Os documentos como Projeto Político Pedagógico da escola e o Plano de
Trabalho Docente são elementos burocráticos do sistema escolar, cuja finalidade é
direcionar as ações do docente para efetivar o processo de aprendizagem do aluno.

3. ALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS ADEQUADAS, PARA EFETIVAÇÃO DA


APRENDIZAGEM.

3.1 CRIAÇÃO/RECRIAÇÃO DA PRÁTICA AVALIATIVA

Para que o educador possa acompanhar, a efetivação da Aprendizagem, sua


proposta, precisará ser constantemente adequada às possibilidades cognitivas dos
educandos e ao contexto escolar, como afirma SANT”ANNA,(1995):

“A importância da avaliação, bem como seus procedimentos, tem variado


no decorrer dos tempos, sofrendo a influência das tendências de valoração
que acentuam em cada época, em decorrência dos desenvolvimentos da
Ciência e da Tecnologia.” (SANT”ANNA, 1995.p.36)

Cabe ao educador criar caminhos para os diversos sujeitos aprendizes.


A seguir, sugerimos alguns passos para as etapas de avaliação e
recuperação paralela

24
Dicas Pedagógicas
Fonte: RECORTE DA REVISTA NOVA ESCOLA, dezembro, 2009 p. 44 e 45
Reportagem de Beatriz Santomauro

1) Faça Sempre o Diagnóstico Inicial


 Antes de ensinar um conteúdo, faça o diagnóstico. Ele é uma ferramenta rica
para registrar em que nível cada sujeito está e o que falta para que os
objetivos propostos sejam alcançados. Além disso, considere essas
informações até o fim do ano. Elas são úteis para a análise do percurso dos
estudantes.
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/2010/Ciencias/
Artigos/15construtivismo.pdf

2) Diga ao Aluno o que Espera Dele


 Os critérios de avaliação devem estar sempre claros. Só quando o estudante
sabe os objetivos de cada atividade e o que é aprendizado essencial ele
será capaz de corresponder ao esperado. Essa prática é ainda mais
importante do 6º ao 9º ano, quando há vários professores e é preciso
coordenar diferentes maneiras de trabalho. Sugiro como ilustração o
“Segredo de Beethoven” http://www.youtube.com/watch?v=DddM1N0QDlI

3) Documente Trabalhos Significativos


 Registrar as atividades e guardar as produções mais relevantes de cada
aluno é importante para analisar o percursor de cada um e o que foi vivido
em sala. Esse material é útil tanto para você orientar as próximas
intervenções como para os pais e futuros professores conhecerem a vida
escolar de cada estudante.
http://www.if.ufrgs.br/~moreira/apsigcritport.pdf

4) Avalie o Potencial de Aprendizagem


 Ao desafiar os jovens com questões sobre o que ainda não foi visto em sala,
você analisa o percurso que estão construindo e a relação que fazem entre o
conhecimento adquirido e informações novas. Para tanto as ações de
aprendizagem deve ser articuladas.
http://www.youtube.com/watch?v=c7OK8f9WeuM

25
5) Compartilhe os Erros e os Acertos

 O principal objetivo das avaliações não deve ser atender à burocracia, ou


seja, determinar as notas a ser enviadas à secretaria. A função delas é
mostrar a você e aos estudantes o que foi aprendido e o que ainda falta ser.
Por isso compartilhe os resultados pontuando os erros e mostrando como
podem ser superados.

6) Na hora de Avaliar
 Note três aspectos: o avanço de todo o grupo, as mudanças de cada
estudante e o aprendizado dele em relação à turma.” (LINO DE MACEDO,
professor do Instituto de Psicologia da universidade de São Paulo (USP)
apud Revista Escola, 2009 )

7) Use a Avaliação para Mudar o Rumo

 Proponha durante todo o ano, tarefas a serem executadas pelos alunos,


para que demonstrem o que aprenderam ao longo do processo. Essas
ferramentas só são úteis quando servem para você redirecionar a prática e
oferecer pistas sobre novas estratégias ou como trabalhar conteúdos de
ensino.
Sugestões de livros da Biblioteca do Professor, no ensino de Ciências:
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=129

8) Reflita sobre sua Atuação para Melhorar

 A autoavaliação é preciosa para ajudar a perceber fragilidades. Todos os


dias, ocorrem situações que permitem repensar o trabalho em sala e o
contato estabelecido com a equipe e a família dos alunos. Coloque essas
práticas em xeque: alcancei os objetivos? Em que preciso melhorar? Tendo
isso claro.
http://www.ufvjm.edu.br/site/educacaoemquimica/files/2010/11/Avaliacao-Como-
Processo-de-Construcao.pdf

26
Avaliação Diagnóstica
- Determina a presença ou ausência de habilidades e/ou pré-requisitos dos
alunos;
- Analisa o comportamento cognitivo e psicomotor do aluno;
- Deve ser aplicada sempre no início de um conteúdo, ou durante o ensino
quando o professor reconhece ineficiência no processo de ensino;
- Instrumentos para coleta de dados: teste diagnóstico, ficha de
observação, ou qualquer outro instrumento elaborado pelo professor.

Avaliação Formativa
- Informar ao professor e ao aluno sobre o rendimento da aprendizagem
durante o desenvolvimento das atividades escolares;
- Localizar deficiências na organização do ensino de modo a possibilitar
reformulações no mesmo e aplicação de técnicas de recuperação para o aluno;
- Analisar comportamento cognitivo, afetivo e psicomotor do estudante;
- Deve ser aplicada em meio às ações de ensino;
- Instrumentos para a coleta de dados: especificamente planejados de
acordo com os objetivos propostos; podem ser qualitativos (diário, relatórios) ou
quantitativos (registro de cumprimento total ou parcial das tarefas, registro de
comportamento e atitudes)

Avaliação Classificatória
- Classificar os alunos ao fim de um semestre, ano ou curso, segundo
níveis de aproveitamento;
- Analisar geralmente comportamento cognitivo;
- Aplica-se ao final de um semestre, do ano letivo ou do curso;
- Instrumentos de coleta de dados: são exames, prova ou teste final;
geralmente instrumentos apenas quantitativos.
Para Moreira (2005): “É conveniente aqui fazer distinção entre três
tipos gerais de aprendizagem: cognitiva, afetiva e psicomotora”

27
Frente aos resultados coletados, por meio dos instrumentos
avaliativos, para que reconheçamos, se houve privilégio dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos é necessário compreendermos que a qualificação ocorre por
comparação entre a realidade descrita e o critério de qualificação.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A motivação é um fator de extrema importância; pois


mobilizará a reflexão e influenciará a participação nessa
MOTIVAÇÃO proposta de aprofundamento teórico. Por esta razão, na
primeira seção, todos os capítulo iniciarão com uma
atividade reflexiva e motivadora

FOTO 1 – não aparece a imagem do carro


FOTO 2 – aparece a dianteira do carro
FOTO 3 – aparece a traseira do carro
ANÁLISE DE IMAGENS
OBJETIVO: perceber que as concepções
Dependem do ponto de vista.

MORH, A., PIRES, F.D.A.


Reencontrar o sentido e o sabor dos
LEITURA COLETIVA saberes escolares. Rev. Ensaio. v.13,
n.02, p.173-186. 2011. Disponível em
http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.p
hp/ensaio/article/view/650/619

“Reencontrar o Sentido e o
Sabor dos Saberes Escolares”
“Aprender”
PARÓDIA
Adriana
www.slidesare.net Mohr,
(música de Gonzaguinha)
Fernando Pires

28
O embasamento teórico se faz necessário em cada
capítulo, visto que as mudanças não ocorrem
APROFUNDANDO espontaneamente, ao acaso, ao contrário, surge de uma
O TEMA intencionalidade. Vários autores têm se dedicado à
pesquisa e ao estudo das questões relacionadas a
“Avaliação da Aprendizagem” e apresentam sugestões
para um intervenção para quando ela não se efetiva.

Disponibilizar aos professores a


base teórica através da apresentação em
ATIVIDADE 1
Power Point ou leituras, coletiva dos
textos, que expõem e fundamentam o
tema “Avaliação/Recuperação” em estudo.

Mesa redonda – servirá para que


os professores exponham suas dúvidas e

ATIVIDADE 2 questionamentos, suas ideias a respeito


do tema e suas conclusões após o
aprofundamento teórico, explicitando
como a teoria poderá intervir na sua
prática.

2.3 Reflexões individuais através


de um Reflexões individuais
roteiro proposto, através
a fim, de quede
um roteiro proposto,
analisem a fim,pedagógica
suas ações de que analisem
bem
ATIVIDADE 3 suas
como ações pedagógica
da escola bem como da
em que atuam.
escola em que atuam.

29
ANÁLISE DOCUMENTAL

Realizar uma análise do Projeto


Político Pedagógico da escola em que
atuam, a fim de identificar a teoria
ANÁLISE 1 pedagógica, bem como as metas e
objetivos a serem alcançados e a
concepção de avaliação que fundamenta
a prática pedagógica. Expor as
informações coletadas, para toda a
escola

Comparação, individualmente, do
Plano de Trabalho Docente com as
ANÁLISE 2
informações coletadas do Projeto Político
Pedagógico, a fim de promover uma
reflexão sobre a atuação.

Analisar, coletivamente, os
instrumentos e critérios e comparar com os
ANÁLISE 3 critérios elaborados e impostos no P.P.P,
retratando desta forma o panorama
pedagógico, da escola.

30
DEFININDO AÇÕES, COLETIVAS

Discutir e rever as mudanças


AÇÃO 1 necessárias na relação ensino-
aprendizagem dos professores, alunos e
da escola.

Criar/recriar e utilizar instrumentos


de avaliação, bem estruturados,
AÇÃO 2 diversificados e o mais possível
adaptados aos alunos que necessitam de
intervenção imediata no seu processo de
aprendizagem.

De posse de todas as informações,


devem-se definir as ações a serem

AÇÃO 3 realizadas, visando repensar avaliação;


realimentando o P.P.P e se necessário, a
adequação curricular.

Definir as medidas necessárias


quanto as formas de registros dos
caminhos trilhados pelos alunos, de forma
AÇÃO 4
coletiva, lembrando-se que cada turma é
única e nem sempre vai funcionar da
mesma maneira em todos os casos.

31
Os registros das conclusões, destas atividades será
CONCLUSÕES socializada junto à comunidade escolar de diferentes
maneiras; aqui vai algumas sugestões, pois será escolhida
pelos envolvidos:

 Escrita: através de relatórios, análises e depoimentos


 Slides: elaboração de slides
 Fotos: de registro de diversos momentos
 Filme: realização de documentário de cada etapa
 Portfólio: conjunto das atividades realizadas.

A apresentação dos registros será no final dos


APRESENTAÇÕES encontros propostos, e poderão ser realizadas:

 Mesa redonda
 Exposição
 Seminários

“Ao socializar as ideias entre seus pares, com


certeza muitas outras irão surgir de forma a melhorar os
elementos da avaliação.”
Vale a pena investir nisso!!

32
ANEXOS

TEXTOS

1.FREITAS L.M. encruzilhadas teóricas:


desvios necessários na formação inicial docente. Rev.
TEXTO 1 Ensaio. v.13, n.01, p.29-42. 2011.
http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.php/ensaio/art
icle/view/177/584

3.GÜLLICH, R.; SILVA, L..O enredo da


experimentação no livro didático: construção de
conhecimentos ou reprodução de teorias e
TEXTO 3 verdades científicas? Rev. Ensaio. v.15, n.02,
p.155-167. 2013. Disponível em
http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.php/ensaio/
article/view/843/1295

4.RODRIGUES, M.E.C. Temas Gerador.


Disponível em
TEXTO 4
http://forumeja.org.br/go/sites/forumeja.org.br.go/files/T
EMA_GERADOR_Retorno_da_Pesquisa.pdf

33
REFERÊNCIAS

GASPARIN, José Luís. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.


Campinas: Autores Associados, 2002.

GONÇALVES, Terezinha Valim Oliver. Avaliação no ensino de ciências.


In: Quanta ciência há no ensino de ciências. PAVÃO, A. C; FREITAS, D. (orgs.)
São Carlos: EDUFSCAR, 2008.

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover. 10ª edição. Porto Alegre:


Mediação, 2008.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem componente do


ato pedagógico. São Paulo: Cortez, 2011.

MOREIRA, Marco Antonio; MASINI, Elcie F. Salzano. Aprendizagem


significativa: a teoria de David Ausebel. 2ª edição. São Paulo: Centauro, 2001.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da


Educação Básica: Ciências. Curitiba, Secretaria da Educação, 2008.

PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das


aprendizagens ---- entre duas lógicas. / Philippe Perrenoud; trad. Patrícia Chittoni
Ramos – Porto Alegre: Artes médicas Sul, 1999

SANT´ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? Como avaliar?: critérios e


instrumentos. 3ª edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

SANTOMAURO,B.50 Ideias para 2010. Nova Escola. Ed.228. 2009.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: Concepção Dialética


Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. 15ª edição. São Paulo, SP:
Libertad, 2005. ---- (Cadernos Pedagógicos do Libertad; v.3)

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