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BATERIAS
Estudo da capacidade
disponível para pilhas
recarregáveis
MESTRADO INTEGRADO EM
Este Relatório foi realizado pelos elementos acima referidos durante as primeiras
semanas do semestre no âmbito da Unidade Curricular Projeto FEUP. A integração de todos
os novos alunos na Faculdade é um dos objetivos deste projeto, mas a compreensão do
tema proposto por parte de quem procura a informação faz também parte da essência
desta Unidade Curricular.
Este Relatório Técnico iniciou-se por uma breve história acerca da pilha, desde a
primeira utilização até às que atualmente conhecemos, fazendo uma breve referência à sua
estrutura e caraterísticas, bem como a diferença entre pilha e bateria.
Após essa breve alusão, aprofundou-se acerca dos tipos de pilha, Níquel-Metal (NiMH)
e Zinco Carbono (ZnC), mais concretamente sobre os fatores que influenciam a eficiência e
a durabilidade da pilha. Através do estudo prático dos dois tipos de pilha referidos
anteriormente, foi possível perceber qual era a mais duradoura e a mais recomendável,
dependendo do tipo de utilização.
PALAVRAS-CHAVE
Pilha;
Bateria;
Elétrodo;
NiMH;
ZnC.
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Voltagem da pilha A (300 mAh) ao longo do tempo 15
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Categoria e tamanhos de diferentes pilhas 11
Lista de acrónimos 5
Glossário 5
Introdução 6
História 7
Estrutura 10
Tabela de tamanhos 11
Tipos de pilha 11
Zinco-Carbono 12
Níquel-Metal-Hidreto 13
Tratamento de dados 15
Reciclagem 21
Futuro 21
Conclusão 22
Referências bibliográficas 23
NiMh: Níquel-Metal-Hidreto;
ZnC: Zinco-Carbono;
NiCd: Níquel-Cádmio;
NiOOh: Oxi-Hidróxido de Níquel;
mAh: miliampere-hora;
cm3: centímetro cúbico.
GLOSSÁRIO
Eletrólito: substância que se dissolve para dar uma solução que conduz
eletricidade;
Eletrostática: estudo das cargas elétricas em repouso;
Elétrodo: terminal utilizado para conectar um circuito elétrico a uma parte
metálica/não metálica ou a uma solução aquosa – “pólo”;
A pilha é, sem dúvida alguma, um elemento ativo e fundamental nas nossas vidas.
Podemos não ter uma grande perceção, mas a pilha está presente em grande parte
das ferramentas que usamos diariamente, desde o comando da televisão até ao
telefone sem fios. Podemos afirmar, com grande convicção, que esta é usada por
todos, pelo mais novo na sua figura de ação falante, pelo adolescente para fazer uma
conta na sua máquina de calcular, pelo trabalhador para consultar o seu relógio e pelo
idoso para ouvir o jogo da sua Seleção, através do rádio. Ela está sempre presente, de
forma direta, mesmo que não nos apercebamos desse facto.
Mas, para a pilha ser o que é hoje, foi preciso uma grande dedicação em torno
desta pequena célula de energia, não só para se obter uma maior capacidade e,
consequentemente, um maior proveito dela, mas também para se alcançar uma pilha
de dimensões mais reduzidas.
Contudo, apesar das eficazes transformações realizadas, a pilha tem vindo a
evoluir muito pouco nos últimos tempos, não havendo um grande motivo para a sua
utilização em vez da bateria que, apesar de ser de maiores dimensões, proporciona
uma utilização mais duradoura, devido a possuir valores de intensidade e de
descarregamento de maior valia em relação à pilha.
Acredita-se que o uso de pilhas tenha começado há 2000 anos atrás após a
descoberta de um instrumento num túmulo na zona de Bagdad, Israel.
Este artefacto era um jarro selado que continha uma barra de ferro no centro,
envolta numa chapa de cobre. As suas dimensões eram um pouco superiores às das
pilhas atuais (altura - 15 cm; diâmetro - 4cm; comprimento - 12 cm). A partir desta
descoberta realizaram-se inúmeros ensaios de réplicas e estas produziram desde 1,5V
a 2V entre os dois metais, tendo ficado denominada por pilha de Bagdad.
1747
Sir William Watson provou que era possível que uma corrente podia ser enviada
através de um fio longo utilizando a terra como outro meio condutor do circuito.
Atualmente, este fenómeno denomina-se por uma descarga eletrostática.
1786
Luigi Galvani, ao realizar uma dissecação de uma rã, onde se encontrava uma
máquina eletrostática ao lado, repara na reação dos músculos das pernas da rã ao
tocar com um bisturi no nervo desta. Neste momento, sucedeu-se o contacto entre
dois metais diferentes numa superfície húmida (rã) o que levou à contração dos
músculos do anfíbio.
Após esta observação, Galvani passa a defender a teoria da “eletricidade animal”,
em que defende que os metais eram apenas condutores da eletricidade, pensando que
esta pertenceria aos músculos da rã.
1859
Raymond Gaston Plante, no seu primeiro modelo de acumulador - Planté, colocou
duas tiras de folha de chumbo separadas por pedaços de borracha imergidos numa
solução de ácido sulfúrico, sendo necessário um separador melhorado para resistir ao
ácido. Desta forma, a capacidade de fornecimento de corrente aumenta ao carregar e
descarregar alternadamente esta célula.
1881
Camille Faure criou uma bateria de ácido forma de revestimento de folhas de
chumbo fundido com pasta de óxido de chumbo, ácido sulfúrico e água que melhorou
a capacidade de fornecer a corrente comparativamente às baterias anteriores. Esta
nova vantagem levou ao fabrico em escala industrial desta bateria.
Henri Tudor, apoiando-se em Plante e Faure, juntou a pasta de óxido de chumbo à
grade fundida em chumbo, onde obteve bons resultados que levou ao
desenvolvimento de vários tipos de grades para melhorar a retenção dos constituintes
da pilha.
(Reis s.d.)
1898-1908
Thomas Edison desenvolve uma bateria destinada ao uso industrial e ferroviário
que tem como principal constituintes níquel-ferro. É reconhecida pela sua
durabilidade.
(Sólido s.d.)
1893-1909
Jungner e Berg, na Suécia, desenvolveram a bateria níquel-cádmio semelhante ao
trabalho de Edison, no entanto no lugar do ferro usou-se cádmio. Esta bateria
funcionou melhor a baixas temperaturas e a sua autodescarga era menor face à bateria
de Edison, e pode ser carregada a uma taxa muito menor.
1950
Samuel Ruben inventou a bateria de óxido de zinco-mercúrio, que se veio a tornar
mais tarde “Duracell”.
Figura 3 - Diferença
entre pilha e bateria
(em série ou em
paralelo).
(Arcanjo s.d.)
ESTRUTURA
(Arcanjo s.d.)
Atualmente, as pilhas são rotuladas segundo uma tabela. Conforme o seu tamanho
podem ser introduzidas em diferentes categorias.
Foram criados vários formatos e tamanhos de pilhas ao longo da humanidade. Hoje
em dia, os tipos de pilhas mais usados são: AA, AAA, C, D, 9V.
TIPOS DE PILHA
Pilha primária (não recarregável): é uma pilha na qual as reações químicas acabam
por destruir um dos elétrodos, normalmente o negativo. A pilha primária não pode ser
recarregada.
Pilha secundária (recarregável): é uma pilha na qual as ações químicas alteram os
elétrodos e o eletrólito. Os elétrodos e o eletrólito podem ser restaurados à sua
condição original pela recarga da pilha. Estas pilhas também se denominam como
acumuladores.
(Arcanjo s.d.)
TENSÃO: Opera usualmente com uma voltagem de 1,2V, um pouco menor que a
pilha usual de 1,5V. É possível encontrar pilhas de NiMH com mais de 2000mAh.
Grau de sobrecarga
A determinação do grau adequado de sobrecarga para a alimentação de uma
bateria é influenciada pelo uso que lhe é dado. A sobrecarga da pilha é
fundamental para garantir que carrega na sua totalidade como também para
garantir o seu equilíbrio, no entanto a manutenção de correntes de carga durante
longos períodos de tempo pode contribuir para reduzir a sua duração.
Reversão da bateria
A descarga das pilhas NiMh é realizada, na sua maioria, em sentido inverso o
que pode reduzir a vida útil das baterias, especialmente se esta descarga se torna
rotineira.
Tempo(s)
Gráfico 1: Voltagem da pilha A (300 mAh) ao longo do tempo;
Tempo(s)
Descarga: 550mAh (0,5C);
Capacidade média: 948,14mAh; Gráfico 2: Voltagem da pilha A
Tempo de descarga: 1 hora, 2 minutos e 50 segundos. (550 mAh) ao longo do tempo;
Á𝑟𝑒𝑎
𝐶𝑚 =
𝛥𝑡 × 𝑇
Legenda:
Cm – capacidade média (mAh); Área – Área do gráfico (voltagem/tempo);
Δt – tempo de descarga (segundos); T -Tensão (1,2V).
Uma pilha de NiMh, geralmente, apresenta uma capacidade média de 1500mAh. Este
seria o caso para uma pilha completamente nova e carregada. Ou seja, pelos valores obtidos
da capacidade média concluímos que as pilhas analisadas já se encontravam bastante gastas,
apresentando por isso valores bastante inferiores em relação a uma pilha nova.
FUTURO
Há medida que os aparelhos eletrónicos têm evoluído, a bateria que lhes fornece
energia não tem acompanhado esse desenvolvimento. Para resolver este problema
tem vindo a ser usada uma bateria maior, em vez de melhor, para os alimentar.
Nos últimos 150 anos, comparando com outros progressos feitos nas várias áreas
tecnológicas, a pilha não evoluiu de forma significativa. Não existem maneiras
economicamente viáveis para se conseguir reduzir o tamanho das pilhas e manter a
mesma capacidade. Para existir inovação, a tecnologia tem de se adaptar aos tempos
de hoje e circundar esta limitação.