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Máquina Extrusora
Os materiais, de uma forma geral, podem ser extrudados tanto no estado sólido,
quanto no estado fundido. Os polímeros são normalmente extrudados no estado
fundido e, neste caso, o polímero é alimentado no estado sólido, funde, e é então
transportado até a saída da extrusora. A parte da máquina que contém um orifício pelo
qual o material é forçado a sair, é normalmente conhecida como matriz. medida que o
material passa através da matriz, assume o formato desta. Assim, são produzidas as
fibras, os tubos, as chapas, os fios, etc.
Para que o material possa ser arrastado, é preciso que não gire com a rosca ou, pelo
menos, que gire com velocidade menor do que a de rotação da rosca. Comparando,
seria o mesmo que uma porca e um parafuso girando ao mesmo tempo, o que tornaria
impossível a fixação de qualquer dispositivo. Para que possa oferecer aperto , ou a
porca ou o parafuso deve permanecer fixo enquanto o outro gira.
cilindro. Quanto maior o atrito, menor a rotação do material junto com a rosca e,
conseqüentemente, maior é o movimento em direção à saída da extrusora.
Por outro lado, o movimento de rotação da rosca, mais a força de atrito, cria um
segundo tipo de fluxo, conhecido como fluxo transversal.
Tipos de Mistura
NTP – Núcleo de Tecnologia do Plástico 93
Escola SENAI Mario Amato – Processos de Transformação I
COMPONENTES DA MÁQUINA
Motor
O motor tem a função de girar a rosca na velocidade desejada, e deve ser capaz de
mantê-la constante, uma vez que flutuações na velocidade da rosca resultarão em
flutuações na vazão, que por sua vez acarretará em variações dimensionais no
extrudado.
O motor deve também ser capaz de fornecer a quantidade necessária de torque e, por
último, ser capaz de variar a velocidade da rosca em uma faixa relativamente grande
(que, em muitos casos pode ser de zero a 1200 rpm). Os principais tipos de motores
são os de corrente alternada (AC), os de corrente contínua (DC) e os hidráulicos.
A força na rosca pode ser obtida multiplicando-se a pressão na matriz pela área da
secção transversal da rosca. Assim, quando o tamanho da extrusora aumenta, a força
no mancal também aumenta, com o diâmetro da rosca ao quadrado. Por exemplo, uma
extrusora de 150 mm de diâmetro, produzindo com uma pressão na matriz de 35 MPa,
NTP – Núcleo de Tecnologia do Plástico 94
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sofrerá uma força de 620 KN. Este exemplo ilustra que forças relativamente altas agem
na rosca e assim, o desenho e o dimensionamento correto do mancal é um fator crítico
para o correto funcionamento da extrusora.
Alguns exemplos são mostrados na figura a seguir, sendo estas as geometrias mais
comumente utilizadas.
retirado, pode entrar dentro da extrusora e sair junto com o polímero. Este ar, uma vez
saindo pela matriz, causará imperfeições superficiais e, em alguns casos, pequenas
explosões. Um método recomendado para resolver este problema é o uso de silos com
sistema de vácuo acoplado. A princípio parece simples, mas na prática, a aplicação de
vácuo é muito complicada. Um dos principais problemas é como encher o silo sem
perder vácuo. A solução para este problema foi o desenvolvimento de silos duplos,
onde o material é alimentado no primeiro silo e o ar é removido antes que o material
chegue ao silo principal.
Outro método para evitar o problema de ar, durante a extrusão, é o uso de roscas de
dois estágios, em extrusoras com degasagem.
Cilindro
O cilindro da extrusora (ou barril) consiste em um simples tubo metálico que tem que
suportar pressões relativamente altas, da ordem de 70 MPa (10.000 psi). Esse tubo
deve possuir, também, boa rigidez estrutural, para não sofrer deflexão. O cilindro é
envolto por resistências elétricas que permitirão aquecê-lo, de forma a fundir o
polímero dentro da rosca.
Rosca
A rosca é o coração da máquina. Sua rotação é responsável pelo transporte de
material, por parte do calor gerado e pela homogeneização do material. Em termos
simples, a rosca é um cilindro metálico, rodeado por filetes em forma de hélice. Para a
maioria das extrusoras de termoplásticos, o diâmetro externo da rosca é constante. A
distância entre o filete da rosca e o cilindro, é aproximadamente 1000 vezes menor que
o diâmetro da rosca.
RELAÇÃO L/D : é definido como sendo o comprimento da rosca dividido pelo seu
diâmetro, ou quantas vezes o diâmetro está contido no comprimento.
Cabeçote
O cabeçote é um conjunto localizado no final do cilindro de extrusão, fixado através de
parafusos e porcas. Pode-se afirmar que o cabeçote é o molde da extrusora, pois o
mesmo tem funções de:
• dar continuidade ao processo;
• moldar continuamente o produto no formato desejado;
• proporcionar melhores aspectos e bom acabamento superficial.
• flange de fixação;
• porta-telas ou placa perfurada;
• telas;
• matriz.
Porta-telas: Esta placa consiste em uma peça de metal, com orifícios múltiplos que
permitem a passagem do material plástico fundido e é adaptada na ponta da rosca e
do cilindro. O dispositivo de fixação da placa perfurada serve também como elemento
de união entre o cilindro e a matriz. É muito importante que o porta-telas não apresente
pontos de estagnação de material, caso contrário, haverá possibilidade de marcas de
fluxo aparecerem no produto extrudado. Isso pode ser evitado, escariando-se as duas
extremidades dos orifícios e não superaquecendo a zona de aquecimento.
encontram na massa, antes que eles atinjam a matriz. Caso isso ocorra, poderá causar
danos ao produto final, e algumas vezes, até ao próprio equipamento. Geralmente são
utilizados conjuntos de duas ou mais telas, combinando-se diversas medidas
(20,40,60,80 e 100 mesh). Em condições normais, as telas aprimoram as funções do
porta-telas.
Existem duas principais razões para o uso de telas antes da matriz: a primeira é
provocar um alinhamento do fluxo e evitar distorção do extrudado; a outra razão é a de
agir como um filtro, evitando impurezas e contaminantes. Às vezes, a tela age de
forma a aumentar a pressão no cabeçote, melhorando a eficiência da mistura da
extrusora.
Matriz: a matriz é uma das partes mais críticas da extrusora, pois é nela que o
polímero fundido vai tomar forma. Apesar de todo avanço tecnológico da indústria do
plástico, o desenho da matriz ainda é uma ciência empírica, pois depende do
comportamento reológico (condições de fluxo) do polímero fundido, que evidentemente
varia de polímero para polímero.
Sistema elétrico
O sistema elétrico de uma extrusora é responsável pela distribuição da energia
elétrica, para os diversos comandos e acionamentos da máquina e seus periféricos. A
tabela a seguir, lista as principais partes do sistema elétrico, presentes numa máquina
extrusora e suas respectivas funções e particularidades.
COMPONENTE FUNÇÃO
1. Temperatura de processamento,
2. RPM de rosca,
3. temperatura da água da banheira;
4. velocidade do granulador;
5. relação L/D;
6. taxa de compressão.
pequenas têm de duas a quatro zonas, enquanto extrusoras maiores têm de cinco a
dez zonas de aquecimento. Cada zona de temperatura é controlada independen-
temente das demais. Assim, pode-se ter perfis de temperatura crescente, decrescente,
igual em todas as zonas, etc. O perfil escolhido dependerá das condições de processo
e das propriedades reológicas do polímero que está sendo processado.
Por outro lado, o resfriamento da extrusora pode ser considerado um mal necessário.
Em todos os casos, deve-se evitar ao máximo, usar condições de processo que exijam
resfriamento, uma vez que resfriar significa que muito calor foi gerado
desnecessariamente, ou seja, ocorreu a perda de energia.
A outra metade diz respeito à interface rosca-polímero. Muitas extrusoras não usam
aquecimento e resfriamento das roscas, por ser bastante complicado, uma vez que
elas estão girando dentro da extrusora.