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FACULDADE PORTO-ALEGRENSE
Porto Alegre
2016
SIMONE CORREA MIRANDA
Porto Alegre
2016
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................... 4
2. CONTEXTUALIZAÇÃO............................................................................................................. 5
3. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................................7
5. CONCLUSÃO......................................................................................................................... 18
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................. 19
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1. INTRODUÇÃO
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2. CONTEXTUALIZAÇÃO
A turma com a qual foi realizada a prática possui 20 alunos, com idades entre 13 e 14
anos. As características que estes alunos possuem seriam de que são agitados, gostam
de conversar e manusear o celular. Ao realizar a observação da turma, o professor titular
me orientou que eles somente poderiam utilizar-se do mesmo quando houvesse
pesquisas de trabalhos em sala de aula. Porém, ao longo da prática, percebi que era uma
turma que se envolvia nas atividades e esclarecia dúvidas em torno do conteúdo e das
atividades propostas. Durante essa observação, percebi a responsabilidade que cabia a
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mim fazer com que a aula de História despertasse o interesse dos alunos e que se
conseguisse traçar um paralelo entre a atualidade e o presente. O desafio é desenvolver
uma prática de ensino de História que se seja adequada aos novos tempos e também aos
novos alunos, que vem com o passar dos anos em constante mutação. Segundo Pinsky
Humanizar o homem é percebê-lo em sua organização social de produção, mas
também no conteúdo específico dessa produção. E, para o momento específico
em que vivemos, no começo do século XXI, isso é particularmente importante.
(PINSKY, 2008, p.27)
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3. REFERENCIAL TEÓRICO
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em voz alta e que pudéssemos debater em aula. Aos poucos, a turma começou a interagir
mais.
No período seguinte, nos dirigimos para a sala de multimídia e mostrei a eles então
um power point que contava um pouco a respeito do Rio Nilo e seus recursos de
aproveitamento de água. Em seguida, eles formaram grupos e distribui imagens do
cartunista Ziraldo, e pedi para que eles desenvolvessem uma cartilha falando da
importância da água na atualidade e no passado.Esta atividade fez com que eles crissem
tanto diálogos como uma história a respeito da água. Eles, ao final da aula apresentaram
suas conclusões ao grande grupo. Esta atividade foi muito prazerosa para mim, pois vi ali,
que consegui alcançar meus objetivos. Os alunos interagiram nas aulas de uma forma
que me impressionei, pois durante a observação vi que era uma turma um pouco agitada.
Essa motivação, parte importante do processo de aprendizagem que senti com a turma,
faz com que o aluno se interesse e por conseqüencia questione, e devido a essa
curiosidade se obtenha um ensino de qualidade. Conforme Schwartz:
A motivação está ligada á interação dinâmica entre as características pessoais e
os contextos em que ocorrem as aprendizagens [...] a carga afetiva desempenha
um papel importante na aprendizagem. Ela pode inibir ou contribuir para o
crescimento intelectual e emocional do sujeito, dependendo de como for
trabalhada. Nesse sentido, saber motivar para aprendizagens supõe o
conhecimento de como as pessoas aprendem. (SCHWARTZ, 2002, p.117).
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A aula deste dia teve início com a revisão do conteúdo que ministrei na aula
anterior. Em seguida, pedi para que eles fizessem à leitura do livro didático no capítulo
que dizia respeito ao conteúdo trabalhado do dia, onde dividi a turma em três grupos.
Cada grupo ficou com um título e fez a leitura em voz alta . Assim, partimos para nossa
atividade da tarde, onde dividi o quadro em três partes e com a ajuda deles, coloquei as
características de cada período do Egito Antigo. Após, criei uma linha do tempo em papel
pardo que preenchi com a ajuda dos alunos conforme iam consultando o livro didático e
ainda ilustraram essa linha com recortes de revista e jornais. Foi uma atividade da qual vi
a interação da turma de uma forma que não era apenas por valer nota,mas percebi a
forma como a atiidade foi proposta os atraiu. Essa linha do tempo ficou colada na parede
da sala de aula, onde eles puderam consultá-la inclusive em dias de prova. O resultado
desta atividade foi bastante positivo, pois conforme fui explicando a periodização do Egito
Antigo, os alunos acompanhavam em seu caderno a linha do tempo, empolgados com o
novo conhecimento.
A próxima atividade foi de entregar a eles um texto a respeito do poder dos faraós e
pedi resposta a questionamento do tipo: qual o sistema de monarquia dos faraós?Qual a
origem da palavra teocracia? Estas respostas foram anotadas no quadro e pedi que eles
copiassem. Neste mesmo contexto expliquei a origem da palavra e qual seu significado,
do qual seria uma introdução para próxima atividade.
Pedi para que a turma se reunisse em três grupos, onde cada grupo ficou com uma
reportagem a respeito do Irã na atualidade. O objetivo da atividade seria que eles
comparassem a Teocracia do Egito Antigo com a atualidade e se assemelhava com a
teocracio dos faraós. Não notei a turma envolvida, porém essa atitude mudou quando
trabalhei com eles uma charge, onde os questionamentos foram muitos tais como
“Professora, porque este homem tem um polvo na barba? Por que há diferença de
tamanho entre eles?” Prontamente respondi estes questionamentos.
Com o uso da charge como recurso didático, é preciso estar atento aos detalhes,
podendo perceber os diferentes significados que podem ser explorado junto aos alunos, o
que, naturalmente, resultará em variadas interpretações. Segundo Kossoy
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Meu objetivo nesta aula foi de que os alunos analisassem sociedade egípcia. Para
isso, trabalhei com o conceito “Escravidão”. Fomos para o auditório, onde exibi o power
point a respeito da pirâmide social egípcia. Expliquei o que era uma pirâmide social e
perguntei se sabiam como era a sociedade do Brasil atual com o objetivo de explicar as
classes sociais existentes no Egito Antigo. Expliquei as diferenciações dessas classes
sociais e um aluno me disse que se assemelhava com a nossa atualidade, onde os ricos
sempre ficavam no topo e os pobres abaixo. Achei interessante essa associação, pois
comecei a ver que minha proposta com a turma estava funcionando. Eles estavam
começando a problematizar, sendo que essa atividade torna-se importante por fazer com
que o aluno reflita sobre questões que o professor lança sobre o conteúdo a ser
trabalhado, tirando-o também de um pensamento tradicional.
Pedi então, que eles desenhassem como eles achavam que era a sociedade
brasileira atual em forma de pirâmide. Surgiram trabalhos muito interessantes, onde os
alunos mostraram através das ilustrações a desigualdade social no Brasil. Foi a atividade,
que segundo os alunos, eles mais se interessaram. Na seqüencia, exibi um documentário
a respeito da desigualdade social no Egito antigo e exploração de trabalho. Pedi após a
exibição, o preenchimento do roteiro para discutirmos na próxima aula. Ao final,
debatemos um pouco a respeito da escravidão e se ainda existia na atualidade. Foi um
momento onde os alunos expuseram suas opiniões a respeito da escravidão ao mesmo
tempo questionando sua existência.
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6ª e 7ª aula: dia 04/05/2016 – 13h30min ás 15h
No início da aula, entreguei o roteiro aos alunos e fiz sua correção, onde através
destas respostas construi no quadro um texto e pedi para que todos copiassem. Acredito
que a tarefa tenha sido um pouco difícil para eles, pois notei um grau de dificuldade da
turma fazer algumas associações, talvez porque eles não eram estimulados por meio
deste tipo de atividade.
Entregarei a eles um fragmento do Livro “Como seria sua vida no Egito Antigo” com
o capítulo intitulado “Os Deuses, em quem você acreditaria?”. Fiz os questionamentos a
respeito dos deuses e sua importância para os egípcios . Foi uma atividade da qual os
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Em seguida, entreguei a eles uma folha com imagens de uma escultura de faraós
e do artista Abelardo da Horta pedi para que eles as interpretassem comparando a arte
atual e a da sociedade egípcia em forma de texto. Percebi muita dificuldade por parte
deles em desenvolver a parte textual, pois a maioria era objetiva nas respostas. O
envolvimento dos alunos nesta atividade foi muito fraco. Acredito a atividade não atraiu,
fazendo então que estes não interagissem muito.
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Nesta aula novavente trabalhei com imagens, onde a dinâmica era de que levei a
foto de uma escultura de um escriba e comecei a indagar que personagem seria aquele.
Alguns compararm o escriba com um jornalista. Muitos tinham muita curiosidade e
expliquei sua importância na pirâmide social. Em seguida, entreguei a eles uma cópia do
livro de Ruth Rocha “O livro da escrita”. Neste momento, dividi a turma em pequenos
grupos e em voz alta fizeram a leitura do texto. Conforme era lido, eu fazia uma pausa e
mostrava algumas imagens que colei em paspatur e coloquei no quadro para que eles
observassem e acompanhassem a explicação. A curiosidade deles em relação aos tipos
de escrita foi muito interessante. Surgiram questionamentos como “como os egípcios não
se confundiam com tantos símbolos?”
Na seqüência trabalhei com novamente com quadrinhos, desta vez uma tirinha do
personagem Snoopy, onde questionei qual a importância de ler e escrever. Neste
momento um aluno me disse “É fácil professora, a função de ler e escrever é para que se
consiga um bom emprego”. Neste momento, começaram uma série de debates a respeito
do tema que foi muito produtivo. Optei trabalhar com história em quadrinhos, pois acredito
que esta pode ser uma excelente ferramenta para desenvolver em sala de aula. Barbosa
(2007, p. 21) destaca que no uso das histórias em quadrinhos em sala de aula é muito
importante “estabelecer a estratégia mais adequada às suas necessidades e às
características da faixa etária, nível de conhecimento e capacidade de compreensão de
seus alunos”
Na última atividade deste primeiro período, entreguei aos alunos uma folha com o
alfabeto egípcio, onde eles responderiam um questionamento do que mais chamou a
atenção nessa forma de escrita, como surgiu o nosso alfabeto e quais os tipos de escritas
existentes no Egito Antigo. Os alunos se divertiram porque a última tarefa era criar um
bilhete para seu colega do lado com o alfabeto Egípcio.
No período subsequente, fomos a sala de multimídia onde passei aos alunos um
power point falando um pouco das construções faraônicas, as pirâmides e sua função no
Egito Antigo. Foi um pouco difícil este último período, pois a turma estava muito agitada
em função da aula de educação física, pois teria torneio de futebol.
Em seguida, fizeram a leitura do livro didático, que falava da força da ideologia da e
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da propaganda no Egito Antigo. Então perguntei se eles sabiam o que era uma ideologia.
Todos se olharam e então respondi que era um conjunto de idéias, pensamentos de
pessoas ou grupos e que está presente em nosso dia a dia. Exemplifiquei este conceito
falando da ideologia política existente nos dias atuais. Depois da leitura do texto,
perguntei qual a importância das construções arquitetônicas para os faraós do Egito
Antigo. Muitos disseram que era apenas onde ficava seus corpos depois que morressem.
Expliquei então sua função de mostrar o poder do faraó. Timidamente, surgiram outras
respostas e questionamentos interessantes que acrescentaram bastante para a aula
deste dia.
Aproveitando estar na sala de multimídia, exibi uma propaganda do governo federal
e perguntei após se propaganda governamental da atualidade é igual a que os faraós
faziam de seus reinados, e se os governantes atuais usam a propaganda para enaltecer
seus governos como faziam e de que forma essa ação influencia a vida dos brasileiros.
Esses questionamentos foram respondidos no caderno e, ao final da aula dei visto a cada
aluno que me mostrou. Notei então, uma dificuldade muito grande deles fazer
associações, pois muitos me indagavam que não haviam entendido a proposta da
atividade. Uma aluna havia me comentado dessa dificuldade, pois o professor titular não
os estimulava a pensar, sendo uma aula tradicional.
Percebi que o professor comanda todas as ações da sala de aula e sua postura
está intimamente ligada à transmissão de conteúdos. Ao aluno, neste contexto, era
reservado o direito de aprender sem qualquer questionamento, através da repetição e
automatização de forma racional. Consiste, enfim, na transmissão de conteúdo e a
imitação dos modelos aprendidos.
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No período após o recreio, fiz a correção da prova. Revisei cada uma das questões
com os alunos. Para minha alegria a turma teve um bom desempenho. O sistema de
avaliação da escola é baseado em pareceres: Plenamente satisfatório (CSA),
parcialmente satisfatório (CPA) e não atingiu (CRA). Da turma de 21 alunos, somente um
não conseguiu atingir a nota, todos ficaram com pelo menos, a nota com parcialmente
satisfatório. Fiquei satisfeita, pois é resultado de que atingi meus objetivos.
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5. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
MORLEY, Jaquekine. Como seria sua vida no Egito Antigo?1º ed. São Paulo. Editora
Scipione,1996.
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PADRÓS, Enrique Serra. Papel do professor e função social do magistério: reflexão sobre
a prática docente. In:CORSETTI, Berenice.Ensino de história: formação de
professores e cotidiano escolar. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia, 2002.
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla. Por uma história prazerosa e consequente. In: KARNAL,
Leandro (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo:
Contexto, 2008.
ROCHA, Ruth; ROTH, Otavio. O livro da escrita. 2. ed. São Paulo: Melhoramentos,
0000. 32 p. (Coleção O Homem e a Escrita), 1992.
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