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Universidade Federal do Pará

Pró-Reitoria de Extensão
Diretoria de Programas e Projetos

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE BOLSISTA DE EXTENSÃO


ASSISTÊNCIA LABORATORIAL AOS PACIENTES PORTADORES DO VÍRUS DA HEPATITE
VIRAIS C (HCV) E B (HBV)

Programa de Extensão: (X) Pibex ( ) Eixo Transversal ( ) Navega Saberes

Discente: Luiz Fernando Souza de Lima


Coordenador (a): Dra. Luísa Caricio Martins

Belém/2019
Pró-Reitoria de Extensão / Diretoria de Programas e Projetos

1 IDENTIFICAÇÃO

Nome do Bolsista: Luiz Fernando Souza de Lima


Curso: Medicina
Matricula: 201509740123
Campos em que está matriculado: Belém
Data de início da bolsa: 01/03/2018 - Data de término da bolsa: 28/02/2019

2 RESUMO

A hepatite B é uma doença infecciosa causada pelo vírus da hepatite B (VHB) e que, na
atualidade, constitui um dos principais problemas de saúde pública do mundo, com elevado
número de óbitos devido, principalmente, às complicações da infecção crônica de longa data,
como câncer hepatocelular (CHC) e a cirrose hepática. A hepatite B ocasiona a inflamação do
fígado e pode evoluir aguda ou cronicamente. A infecção aguda pode se apresentar como
assintomática, anictérica e ictérica típica, até insuficiência hepática aguda grave (fulminante). A
infecção crônica geralmente cursa silenciosamente, apresentando manifestações clínicas já em
estágio avançado de acometimento hepático, que pode incluir fibrose, cirrose hepática,
carcinoma hepatocelular (CHC) e envolvimento de outros órgãos. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), dois bilhões de pessoas no mundo tiveram contato com o VHB;
desses, 240 milhões estão infectadas cronicamente com a hepatite B, e, aproximadamente,
780.000 óbitos ao ano no mundo ocorrem devido à infecção pelo VHB, principalmente devido às
suas complicações crônicas, como a cirrose e o CHC. No Brasil, entre 1999 e 2017, foram
confirmados 218.257 casos de hepatite B, com grande variação regional na distribuição dos
casos. A principal forma de transmissão da hepatite B em áreas endêmicas é verticalmente, no
momento do parto, com transmissão direta da mãe para o recém-nascido e, em áreas não-
endêmica, ocorre majoritariamente a transmissão horizontal, através da exposição aos fluidos
corporais de uma pessoa infectada, especialmente no momento da relação sexual desprotegida. O
diagnóstico precoce permite o tratamento adequado da infecção e tem impacto direto sobra a
qualidade de vida, sendo ainda um poderoso instrumento de prevenção de complicações
crônicas. O diagnóstico laboratorial da hepatite B pode ser determinado por método sorológico
utilizando marcadores de infecção aguda e crônica, imunização e cura. Esse estudo tem objetivo
de ampliar o conhecimento sobre o VHB e sobre os pacientes atendidos no Núcleo de Medicina
Tropical (NMT), a partir da determinação da prevalência dos marcadores sorológicos, do perfil
socioeconômico dos pacientes, bem como educação em saúde para os que são atendidos no
ambulatório de infectologia do NMT. A partir dos dados coletados e analisado, pode-se observar
maior participação de mulheres no estudo, sendo a faixa etária de 20 a 29 anos a mais prevalente
entre os participantes. A maior parte foi composta por pacientes que declararam renda entre 1 a 3
salários mínimos. Com relação ao número de parceiros, foi observado que a maior prevalência
está no intervalo de 1 a 2 parceiros nos últimos 12 meses. Já quanto ao uso de preservativo, mais
da metade informou que não utilizam de forma frequente. Portanto, esse estudo pode contribuir
com dados epidemiológicos sobre a soroprevalência dos marcadores para o HBV, sobre o perfil
dos pacientes atendidos no laboratório de Patologia Clínica do NMT e

3 OBJETIVOS PREVISTOS ALCANÇADOS:

Objetivo Geral:
Ampliar o conhecimento sobre o VHB nos pacientes encaminhados ao NMT.

3 de março de 2019
Pró-Reitoria de Extensão / Diretoria de Programas e Projetos

Objetivos específicos:
1. Determinar a prevalência dos marcadores sorológicos VHB (HbsAg, anti-HBC, anti-HBs) nos
pacientes encaminhados ao NMT.
2. Obter o perfil sócio econômico destes pacientes e os possíveis principais fatores de risco a que
eles estão expostos.
3. Realizar atividades em Educação para Saúde no auxílio do controle da infecção pelo VHB.

Descrição dos objetivos atingidos, contemplando, de forma concisa, sua análise e


interpretação.

4 OBJETIVOS PREVISTOS NÃO ALCANÇADOS COM JUSTIFICATIVA

Todos os objetivos foram alcançados.

5 RESULTADOS ALCANÇADOS

Foram incluídos nesse estudo 112 pacientes atendidos no Laboratório de Patologia Clínica do
NMT. Na tabela 1, é demostrado os dados que compõe o perfil socioepidemiológico dos
participantes desse estudo. Foi verificado maior coeficiente de prevalência entre o sexo
feminino, de 77,7%, com uma razão de sexo entre homens e mulheres de 1:3,48. A média de
idade foi de 30,5 anos (DP ± 13,1) e a mediana de 25 anos, com idades máxima e mínima de 18 e
69 anos respectivamente, havendo maior prevalência, em relação à distribuição por grupos
etários, na faixa etária de 20 a 29 anos, totalizando 67 pacientes (59,8%).
A maioria dos pacientes declarou renda familiar de 1 a 3 salários mínimos, com o coeficiente de
prevalência de 62,9%. Com relação ao número de parceiros, foi observado que a maior
prevalência está no intervalo de 1 a 2 parceiros nos últimos 12 meses, encerrando 92
participantes (81,5%). Já quanto ao uso de preservativo, 69,1% informaram que não utilizam de
forma frequente.

Tabela 1 – Perfil socioepidemiológico dos pacientes atendidos no Laboratório de


Patologia Clínica do NMT. Município de Belém, estado do Pará, Brasil, 2018
Variáveis N %
Média de idade 30,17 12,9 DP
Mediana da idade 25
Faixa etária (anos)
18-19 8 7,1
20-29 67 59,8
30-39 16 14,2
40-49 6 5,4
50-59 6 5,4
60-69 9 8
Sexo
Feminino 87 77,7
Masculino 25 22,3
Renda familiar (salário mínimo)
<1 18 16
1a3 77 69,1
4a6 14 12,3

3 de março de 2019
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7 ou + 3 2,5
N° de parceiro nos últimos 12 meses
0 5 4,9
1a2 92 81,5
3a4 7 6,2
5 ou + 8 7,4
Uso frequente preservativo
Sim 35 30,9
Não 77 69,1

A determinação sorológica dos participantes para os marcadores do VHB resultou nos seguintes
dados: 8 reagentes para o marcador HBsAg (7,0%), 18 reagentes para o marcador anti-HBc
(15,8%) e 25 reagentes para o marcador anti-HBs (22,8%). O perfil sorológico e o diagnóstico
laboratorial estão descrita na tabela 2.

Tabela 2 – Perfil sorológico e diagnóstico laboratorial dos marcadores sorológicos dos


pacientes atendidos no Laboratório de Patologia Clínica do NMT. Município de Belém,
estado do Pará, Brasil, 2018
Interpretação HBsAg Anti-HBc Anti-HBs Total N Total %
Susceptível à infecção pelo HBV - - - 74 66,6
Infecção pelo HBV (aguda ou
+ + - 14 12,3
crônica)
Imune após infecção - + + 10 8,8
Imune após vacinação - - + 14 12,3

A maior prevalência, quanto ao perfil sorológico, entre os pacientes foi de susceptíveis à


infecção, de 74 pacientes (66,6%). A prevalência dos pacientes com infecção aguda ou crônica
pelo HBV na população atendida foi de 14 e coeficiente de prevalência de 12,3%. Já a
prevalência dos pacientes imunizados após vacinação foi de 12,3% e a prevalência de pacientes
imunizados após cura da infecção foi de 8,8%.
O pacientes atendido no Laboratório de Patologia Clínica do NMT e encaminhado do
ambulatório de infectologia do NMT receberam palestras educativas com as principais
informações referentes à definição, transmissão, prevenção, diagnostica evolução da doença e
tratamento. As palestras ocorreram na sala de espera do ambulatório, com encontros mensais.

6 DIFICULDADES ENCONTRADAS PARA ATUAÇÃO NO PROJETO/PROGRAMA

Não houve dificuldades encontradas no desenvolvimento do projeto.

7 CONCLUSÃO COM BASE NO QUE FOI DESENVOLVIDO

3 de março de 2019
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST,


Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e
Coinfecções. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das
Hepatites Virais. Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites Virais. – Brasília: Ministério
da Saúde, 2016.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico:
Hepatites Virais 2018. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018.

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Coordenador (a) do Programa/Projeto Bolsista do Programa/Projeto

3 de março de 2019

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