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Roma antiga –

Origens: Costumes, cultura, cidadania e direito

Ao ler este texto, em língua portuguesa, você já está se


revelando um herdeiro da antiga civilização romana. O
português, assim como o espanhol, o francês, o italiano e o
romeno são línguas que se originaram do latim - a língua dos
antigos romanos. Mas a herança que Roma nos deixou além das
línguas neolatinas. Os romanos também transmitiram
as culturas grega e oriental aos povos “bárbaros” e à
“civilização” da Idade Média, que, por sua vez, a transmitiram ao
mundo moderno e contemporâneo.
Roma nos deixou ainda uma série de ensinamentos
notáveis no campo da política (a ideia de República), e do direito
(o direito romano é a base da ciência jurídica da maioria dos
povos contemporâneos). Além disso, no âmbito da arquitetura e
do sistema de administração municipal, bem como a
organização da Igreja católica - que modelou o mundo medieval
- existem diversos legados romanos. Desse modo, conhecer a história de Roma é conhecer um pouco de nossa
própria história.
As origens mitológicas de Roma
Vamos começar nossa jornada à Roma da Antiguidade pela maneira como os próprios romanos contavam o
seu passado mais remoto: através de mitos. Segundo a mitologia, os romanos descendem de Enéas, um herói troiano
que conseguiu escapar quando os gregos destruíram sua cidade, possivelmente no século 15 a.C. Filho de Vênus, a
deusa do amor, Enéas passou por muitas aventuras até chegar à Itália, onde seu filho Ascânio fundaria Alba Longa,
o núcleo da futura Roma, que seria fundada por seus descendentes Rômulo e Remo, em 753 a.C.
Rômulo e Remo eram irmãos gêmeos e, após o nascimento, foram atirados ao rio Tibre por ordem de Amúlio,
usurpador do trono de Alba Longa. No entanto, conseguiram chegar às margens no sopé do monte Palatino e
sobreviveram, sendo amamentados por uma loba. Criados por camponeses, ao chegar à idade adulta, depuseram o
usurpador e restituíram ao trono seu avô, Númitor, de quem receberam a missão de fundar uma nova cidade na região
do Lácio.
No local escolhido, o monte Palatino, às margens do Tibre, Rômulo traçou um sulco no chão com um arado,
demarcando a sua propriedade. Insatisfeito, Remo saltou essa linha sobre a terra, desafiando o irmão, que o matou.
Rômulo fundou seu povoado, onde acolheu fugitivos de diversas partes da Itália. Sobre eles reinou durante muito
tempo, até desaparecer misteriosamente numa tempestade e se transformar no deus Quirino, uma das principais
deidades mitológicas dos romanos.
Origens históricas de Roma
A data lendária (753 a.C.) da fundação de Roma não representa o período mais antigo de ocupação do local
onde a cidade surgiu. Vestígios de povoação foram encontrados e remontam à Idade do Bronze. É provável que a
cidade tenha surgido de um forte erguido pelos habitantes do Lácio (latinos e sabinos) para defender-se dos etruscos,
que dominavam parte da península Itálica. Roma surgiu no topo do monete Palatino e se expandiu gradualmente
pelos outros seis montes vizinhos, o Esquilino, o Célio, o Quirinal, o Viminal, o Capitolino e o Aventino. Mas a cidade
não parou de crescer ao longo dos séculos.
Primitivamente, a economia romana era baseada em atividades agrárias e pastoris. A propriedade de terra
era a base da riqueza, o que evidencia o caráter aristocrático dessa sociedade. Os proprietários de terra eram o grupo
social dominante, sendo chamados de patrícios. Através de laços familiares formavam clãs que compreendiam
também os parentes pobres que prestavam serviços e eram conhecidos como clientes. Finalmente, quem não
pertencesse ao clã era chamado de plebeu. Esse grupo era formado por artesãos, comerciantes, estrangeiros e
pequenos proprietários de lotes pouco férteis.
Cidadania e direito
Para Roma, o Estado estava acima de tudo e quem estivesse a serviço da res publica (coisa pública) deveria
respeitar os deuses, ser leal e corajoso e ambicionar a glória - virtudes que evidenciam o caráter guerreiro que logo
se manifestou entre os romanos. A vida do cidadão era regulamentada por leis, que podiam dizer respeito aos
negócios do Estado (direito público) e às relações entre famílias e particulares (direito privado).
Vale à pena notar a importância dessa distinção, até hoje fundamental para o funcionamento do estado de
direito. No entanto, essas noções bem como as instituições que as traduziram na prática não datam do primeiro
momento da história romana, o período monárquico, mas sim do período republicano. Isso, porém, nos obriga a deixar
de lado esse esboço das origens e da organização sócio-cultural de Roma para entrar em sua história política - o que
requer um capítulo à parte.

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