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Termodinâmica I
Professora: Giselle Aline dos Santos Gonçalves
Compressores
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Compressores
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Sumário
1. Histórico ......................................................................................................................................... 4
2. Introdução ....................................................................................................................................... 7
3. Justificativa ...................................................................................................................................... 7
4. Objetivo ........................................................................................................................................... 7
5. Sistemas de refrigeração ..................................................................................................................... 8
5.1 Classificações da Refrigeração ...................................................................................................... 8
5.2 Sistemas de Compressão Mecânica de Vapor (CMV) ................................................................... 9
5.3 Sistemas de Refrigeração por Absorção...................................................................................... 12
5.4 Refrigerações Termoelétricas ..................................................................................................... 13
5.5 Climatizações Evaporativas ......................................................................................................... 15
5.5.1 Princípio de funcionamento: ................................................................................................ 16
6. Classificação e tipos de compressores .............................................................................................. 18
6.1 Quanto à aplicação:..................................................................................................................... 18
6.2 Quanto ao princípio construtivo: ................................................................................................ 18
6.3 Quanto ao funcionamento: ......................................................................................................... 18
7. Principio de funcionamento de compressores alternativos ............................................................. 19
7.1 - Ciclo de compressão ................................................................................................................. 19
7.2 Acionamento ............................................................................................................................... 20
7.3 A Disposição dos cilindros ........................................................................................................... 21
7.4 Numero de estágios .................................................................................................................... 21
7.5 Componentes de um compressor alternativo ............................................................................ 21
7.6 Sistema de Lubrificação............................................................................................................... 24
7.7 Sistema de Arrefecimento........................................................................................................... 25
7.8 Elementos de controle ................................................................................................................ 26
8. Compressor Parafuso ........................................................................................................................ 28
8.1 Princípios de Operação. .............................................................................................................. 29
8.2 Razão entre Volumes .................................................................................................................. 35
9. Compressores de Palhetas (Rotativos).............................................................................................. 39
10. Centrífugo........................................................................................................................................ 41
11. Compressores Scroll ........................................................................................................................ 45
12. Fluidos Refrigerantes e a Camada de Ozônio. ................................................................................ 47
13. Conclusão ........................................................................................................................................ 48
14. Referencias Bibliográficas ............................................................................................................... 49
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1. Histórico
• Primeira aplicação: certamente, na pré-história, para avivar as brasas de uma
fogueira.
• Primeiro compressor: os pulmões humanos, 100 l/min e pressão de 0,02 a0,
08 bar em valores médios.
• Encontra aplicação até nos dias de hoje.
• Por volta de 3.000 AC, quando o homem começou a trabalhar com metais
esse compressor se mostrou ineficiente. Usou-se o vento como fonte de ar.
• No Egito, em 1.500 AC, foram introduzidos os foles acionados com os pés ou
com as mãos.
• Os foles manuais permaneceram em uso por mais de 2.000 anos. A figura 1
mostra um fole de 1530, usado para a ventilação de minas.
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• Em 1762 John Smeaton registra a patente de um compressor acionado por
uma roda d’água (vide figura 2).
• Aperfeiçoamento com a invenção de John Wilkinson, a máquina de broquear.
• O desenvolvimento dos compressores possibilitou o incremento do
processamento de minérios e da produção dos metais.
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Figura 3 Rede de distribuição de ar comprimido na França
A técnica de construção e de materiais foi se desenvolvendo, a figura 4,
mostra um compressor de ar alternativo, resfriado a água, de duplo efeito e
duplo estágio, fabricação Mannesmann, de 1935.
• O escoamento e aumento de pressão de fluidos compressíveis se torna
possível por máquinas como os compressores, ejetores, ventiladores,
sopradores e bombas de vácuo.
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2. Introdução
O compressor é um equipamento concebido para aumentar a pressão de um fluido
em estado gasoso (ar, vapor de água, hidrogênio etc.) e armazená-la em
reservatórios próprios para que esta pressão possa ser utilizada para diversos
trabalhos. Possui o mesmo princípio de funcionamento que as bombas e as
diferenças entre eles são decorrentes das diferenças existentes nas propriedades
dos líquidos (incompressíveis, mais densos) e dos gases (compressíveis menos
densos). Em uma visão mais voltada a prática destes equipamentos, compressores
são máquinas operatrizes que transformam trabalho mecânico em energia
comunicada a um gás, preponderantemente sob forma de energia de pressão.
Graças a essa energia de pressão que adquire, isto é, à pressurização, o gás pode:
Deslocar-se a longas distancias em tubulações;
Ser armazenado em reservatórios para ser usado quando necessário, isto é,
acumulo de energia;
Realizar trabalho mecânico, atuando sobre dispositivos, equipamentos e
máquinas motrizes (motores a ar comprimido, por exemplo).
Nesse trabalho de pesquisa abordaremos os compressores de refrigeração que são
máquinas desenvolvidas por certos fabricantes com vistas a essa aplicação. Operam
com fluidos bastante específicos e em condições de sucção e descarga pouco
variáveis, possibilitando a produção em série e até mesmo o fornecimento incluindo
todos os demais equipamentos do sistema de refrigeração.
3. Justificativa
A atividade de pesquisa visa o crescimento acadêmico o conhecimento dos
sistemas de refrigeração usuais, aplicando conhecimentos termodinâmicos,
conhecendo tipos de compressores e suas funcionalidades industriais.
4. Objetivo
Conhecer aplicações de cálculos termodinâmicos nos sistemas de
refrigeração;
Tipos de compressores, principio de funcionamento e aplicações;
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5. Sistemas de refrigeração
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5.2 Sistemas de Compressão Mecânica de Vapor (CMV)
Pode-se entender a lógica de funcionamento dos principais sistemas de refrigeração
atuais estudando o funcionamento de um refrigerador doméstico comum, também
conhecido como sistema de compressão mecânica de vapor. Na figura 5 temos um
modelo simplificado de um refrigerador doméstico.
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Figura 6 Esquema de um ciclo de refrigeração
Figura 7 Compressor
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Figura 8 Condensador
TUBO CAPILAR: é um tubo de cobre com diâmetro reduzido que tem como função
receber o fluido refrigerante do condensador e promover a perda de carga do fluido
refrigerante separando os lados de alta e de baixa pressão.
EVAPORADOR: recebe o fluido refrigerante proveniente do tubo capilar, no estado
líquido a baixa pressão e baixa temperatura (veja figura 10). Nesta condição, o
fluido evapora absorvendo o calor da superfície da tubulação do evaporador,
ocorrendo a transformação de líquido subresfriado para vapor saturado abaixa
pressão. Este efeito acarreta o abaixamento da temperatura do ambiente interno do
refrigerador.
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Figura 10 Evaporador
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Figura 12 Esquema observado por Seebeck
Em 1834, Peltier observou o efeito inverso. Isto é, fazendo-se circular uma corrente
elétrica na mesma direção da F.E.M. gerada pelo efeito Seebeck, verifica-se o
resfriamento do ponto de junção, e vice-versa.
Em 1857, Willian Tomphson (Lord Kelvin) descobriu que um condutor simples,
submetido a um gradiente de temperatura sofre uma concentração de elétrons em
uma de suas extremidades, e uma carência dos mesmos na outra.
A aplicação da termoeletricidade se restringiu, durante muito tempo, quase que
exclusivamente à mensuração de temperaturas através dos chamados termopares.
As primeiras considerações objetivas a respeito da aplicação do efeito Peltier à
refrigeração foram feitas pelo cientista alemão Alternkirch, que demonstrou que o
material termoelétrico é qualitativamente bom quando apresenta um alto coeficiente
Seebeck (ou poder termoelétrico), alta condutividade elétrica e uma baixa
condutividade térmica.
Infelizmente, até 1949, não existiam materiais termoelétricos adequados. A partir de
1949, com o desenvolvimento da técnica dos semicondutores, que apresentam um
coeficiente Seebeck bastante superior ao dos metais, é que a refrigeração termo
elétrica tomou um grande impulso, permitindo criar maiores gradientes de
temperaturas entre a fonte quente e a fonte fria.
O refrigerador termoelétrico utiliza-se de dois materiais diferentes, como os pares
termoelétricos convencionais. Há duas junções entre esses dois materiais em um
refrigerador termoelétrico. Uma está localizada no espaço refrigerado e outra no
meio ambiente.
Quando uma diferença de potencial é aplicada, a temperatura da junção localizada
no espaço refrigerado decresce e a temperatura da outra junção cresce.
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Operando em regime permanente, haverá transmissão de calor do espaço
refrigerado para a junção fria. A outra junção estará a uma temperatura acima da
ambiente e haverá então a transmissão de calor para o local, conforme mostra a
figura 13.
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Figura 14 Climatizador
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6. Classificação e tipos de compressores
6.1 Quanto à aplicação:
Compressores de ar para serviços ordinários;
Compressores de ar para serviços industriais;
Compressores de gases ou de processos;
Compressores para instalações de refrigeração;
Compressores para vácuo.
Cada um desses equipamentos tem características próprias que atendem uma
determinada aplicação específica.
Alternativos
Volumétricos
Palhetas
Rotativos Parafusos
Lóbulos
Compressores
Ejetores
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7. Principio de funcionamento de compressores alternativos
Compressores são utilizados para proporcionar a elevação da pressão de um gás ou
escoamento gasoso. Os compressores alternativos são compressores volumétricos
que conseguem a elevação
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Figura 15 Ciclo de compressão
7.2 Acionamento
Os Compressores estacionários são geralmente acionados por motores elétricos
enquanto que motores de combustão predominam para o acionamento de
compressores portáteis. Motores a Diesel são adequados para toda a gama de
potência e motores a gasolina até cerca de 20 kW.
Turbinas a vapor e a gás são também algumas vezes usadas com compressores
estacionários. Quando o acionamento é feito por motor elétrico, é requerida uma
margem de potência de 10 a 15 %, para prevenir contra queda de voltagem e etc.
Não é econômico usar-se uma grande margem já que a eficiência e o fator de
potência serão muito baixos. Motores de combustão são também selecionados com
uma margem de potência semelhante para permitir operações em altitudes
moderadas e sob temperaturas ambientes acima do normal. Arranjo de
acionamento: Acionamento com correias em V. Do ponto de vista construtivo de
maneira geral, o compressor em questão tem uma ponta de eixo externa, ou seja,
necessita de motor (elétrico ou de combustão interna) externo para virar o volante,
que através de uma interligação por correias e polias faz-se o acionamento do
compressor. Foi basicamente o primeiro a surgir na história da evolução dos
compressores.
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7.3 A Disposição dos cilindros
A disposição desses cilindros poderá ser em “V”, em linha, opostos, em estrela, etc.
Figura 17 Estágios
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sua vez são o elo entre os pistões que por sua vez estão montados dentro dos
cilindros. O virabrequim tem a função de transformar o movimento alternativo de
sobe e desce dos pistões em movimento de rotação.
Pino do pistão: é o órgão que serve de articulação entre biela e o pistão. Consiste
em um pino vazado de aço tratado termicamente.
Os anéis de óleo - tem a função de descarregar todo excesso de óleo lançado pelo
anel raspador para o interior do cárter.
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Anel elástico: é um elemento usado para impedir o deslocamento axial do pino.
Conhecido também por anel de retenção, de trava ou de segurança.
Rolamento de agulhas: utilizado para evitar atrito entre o conjunto pino do pistão
biela.
a) Armazenar ar comprimido;
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Elementos básicos:
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Figura 22 Movimento do pistão
Os filtros devem:
a) Ter alta eficiência de separação – boa retenção das partículas sem perda de
outras propriedades;
b) Boa capacidade de acumulação – uma boa capacidade aumenta os intervalos
de manutenção. Compressor com resfriamento por Compressor com
resfriamento a ar;
c) Baixa resistência ao fluxo de ar – os filtros de óleo têm a maior queda de
pressão -15 mbar.
d) Construção robusta – têm de suportar as pulsações de ar, os mais usuais são
os de papel e de labirinto.
Válvula de Segurança: uma válvula de segurança deve sempre ser colocada no tubo
de descarga, imediatamente após o compressor. Esta válvula deveria ser posta a
operar quando é ultrapassada a pressão de descarga máxima permissível do
compressor.
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Válvula interruptora (Shut-off): a válvula interruptora (“shut-off”) deve ser do tipo que
causa pequena queda de pressão. Os tipos recomendáveis são as válvulas de
diafragma ou as válvulas de gaveta. Antes da válvula “shut-off” deve ser colocada
uma válvula de segurança de modo que o compressor possa ser despressurizado
depois de paralisado. Isto sempre deve ser feito antes das tampas de válvulas
serem removidas para inspeção ou conserto das válvulas.
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8. Compressor Parafuso
Os compressores parafuso são hoje largamente usados em refrigeração industrial
para a compressão de amônia e outros gases. Conceitualmente simples, a
geometria dessas máquinas é de difícil visualização, e muitas pessoas utilizam os
compressores parafuso, tendo somente uma vaga ideia de como eles realmente
operam. Uma compreensão dos princípios básicos de sua operação irá contribuir
para a sua correta utilização, evitando problemas e alcançando um melhor
desempenho global da instalação (vide figura 23).
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O ciclo de operação possui três fases distintas: sucção, compressão e descarga
Vedação.
Todos os compressores parafuso utilizados em refrigeração utilizam injeção de óleo
na câmara de compressão para lubrificação, vedação e resfriamento. A vedação
entre os diferentes níveis de pressão compreende uma estreita faixa entre o
engrenamento dos rotores e a periferia dos mesmos na câmara de compressão. O
óleo é injetado diretamente na câmara de compressão em uma quantidade
suficiente, de forma a minimizar o vazamento e resfriar o gás. Posteriormente, este
óleo é separado do gás em um separador de óleo. A utilização da quantidade
adequada de óleo permite que este absorva a maioria do calor proveniente da
compressão, fazendo com que a temperatura de descarga seja baixa, mesmo
quando a razão de compressão for alta. Por exemplo, operando numa razão de
compressão 20:1 em simples estágio com amônia sem injeção de óleo, a
temperatura de descarga pode chegar a 340ºC. Com o resfriamento de óleo, esta
mesma temperatura não excede 90ºC. Entretanto, operando a 20:1 ou mesmo numa
razão mais alta e em simples estágio, não há como superar a eficiência dos
sistemas de duplo estágio, que não danificam o compressor. As instalações com
sistema de duplo estágio são bastante comuns hoje em dia.
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Figura 24 princípios de sucção
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Comparação entre processos de sucção.
Compressão
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Figura 27 Cunha em forma de "V"
Início da compressão
Descarga
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Figura 28 Descarga
Continuação da Compressão.
Início da descarga.
São utilizadas duas aberturas: uma para descarga radial na saída final da válvula de
deslizamento e uma para descarga axial na parede de final da descarga. Estas duas
acarretam uma liberação do gás comprimido internamente, permitindo que seja
jogado na região de descarga do compressor. O posicionamento da descarga é
muito importante, pois controla a compressão, uma vez que determina a razão entre
volumes internos (Vi). Para se atingir a maior eficiência possível, a razão
entrevolumes deve possuir uma relação com a razão entre pressões.
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Figura 30 Descarga em detalhe
Descarga
Fim da descarga.
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parafuso, nenhum volume “nocivo” permanece no interior da câmara de
compressão, ou seja, todo o gás é jogado para fora. Esta é uma razão que faz com
que os compressores parafuso sejam capazes de operar com razões de
compressão mais altas do que os compressores alternativos.
𝑉𝑠
𝑉𝑖 =
𝑉𝑑
onde :
Vs = volume na sucção
Vd = volume na descarga
𝑃𝑖 = 𝑉𝑖. 𝑐𝑝
onde :
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de refrigeração, a pressão de descarga do sistema é determinada pela temperatura
de condensação, e a temperatura de evaporação determina a pressão de sucção.
Se a razão entre volumes do compressor for muito alta para uma dada condição de
operação, a descarga do gás tornar-se-á muito longa e a pressão ficará acima da
pressão de descarga.
Sobre-compressão - Diagrama P x V.
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Quando a razão entre volumes é muito baixa para as condições de operação do
sistema, isto é chamado sub-compressão e está representada na figura 32. Neste
caso a abertura da porta de descarga acontece antes que a pressão do gás alcance
a pressão de descarga. Isto faz com que o gás que estava do lado de fora do
compressor invada a câmara de compressão, elevando a pressão imediatamente
para o nível de pressão da descarga. O compressor tem que trabalhar com um nível
de pressão mais alto, no lugar de trabalhar com uma gradual elevação do nível de
pressão.
Sub-compressão - Diagrama P x V.
Nos dois casos, o compressor ainda funcionará, e o mesmo volume de gás será
deslocado, porém comum a potência requerida maior do que aquela que seria
utilizada se as aberturas de descarga estivessem localizadas corretamente, de modo
a equiparar a razão entre volumes com a necessidade do sistema. Isto gera um
custo de energia maior. Projetos de razão entre volumes variável são usados para
otimizar a localização da câmara de descarga e minimizar a potência requerida.
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Figura 33 Relação entre pressão e volume
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9. Compressores de Palhetas (Rotativos)
Existem dois tipos básicos de compressores de palhetas: o de palheta simples e o
de múltiplas palhetas.
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de acionamento coincide com a do cilindro, mas é excêntrica com relação ao rotor,
de modo que este permanece em contato com o cilindro a medida que gira. O
compressor de palheta simples apresenta um divisor, atuado por mola, dividindo as
câmaras de aspiração e descarga.
𝜋
𝐷= (𝐴2 − 𝐵 2 )𝐿𝑈 , (m3/s)
4
Onde:
No compressor de múltiplas palhetas o rotor gira em torno do seu próprio eixo, que
não coincide com o do cilindro. O rotor é provido de duas ou mais palhetas,
mantidas permanentemente em contato com a superfície do cilindro pela força
centrífuga.
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10. Centrífugo
O primeiro compressor centrífugo em instalações frigoríficas foi introduzido por Willis
Carrier, em 1920. De lá para cá este tipo de compressor tornou-se o mais utilizado
em grandes instalações. Eles podem ser utilizados satisfatoriamente de 200
a10.000kW (172.10³ a 8,6.106kcal/h) de capacidade de refrigeração. As
temperaturas de evaporação podem atingir a faixa de –50 a –100ºC, em sistemas de
estágios múltiplos,embora uma aplicação bastante generalizada do compressor
centrífugo seja o resfriamento da água até 6 a 8ºC em instalações de ar
condicionado.
A operação dos mesmos é normal, não sendo motivo para preocupação. Entretanto,
com cargas baixas (10 a 20% da plena carga), o “surging” causa sobreaquecimento
do compressor, aumentando a temperatura dos mancais. Assim, o compressor não
deve ser operado continuamente nestas condições. Se houver necessidade de
operação prolongada com cartas baixas, poderá ser necessária a instalação de um
“bypass” para o gás quente.
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Figura 39 Controle de Variação automático para compressor centrífugo
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11. Compressores Scroll
Os compressores scroll (espiral), Figura abaixo, são um novo conceito de
compressores para refrigeração. São herméticos, i.e., não se tem acesso aos seus
componentes e em caso de quebra ou “queima”, são substituídos. Trabalham de
forma mais silenciosa e vibram menos que os seus concorrentes para uma mesma
potência.
A sucção do gás é feita em (A). O gás passa pela abertura entre o motor (C).
Entrando na câmara em (D) onde é preso pela espiral móvel. O óleo vindo com o
gás é separado por câmaras e jogado nas superfícies internas do compressor para
lubrificação e retorna para o reservatório.
O gás preso pela espiral é “empurrado” pelo movimento da espiral móvel, movendo-
se entre esta última e a espiral fixa até o centro das espirais. Ao concluir seu
percurso, o gás já comprimido e em alta pressão é descarregado na cúpula
(cabeçote) do compressor, sendo então descarregado (E). Vide figura 41.
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Figura 42 Compressor em corte
A capacidade de refrigeração dos compressores Scroll, para sistemas de expansão direta, está
na faixa de 1 a 15 TR (52,3 kW) e para resfriadores tipo Chiller está na faixa de 10 a 60 TR
(35 a 210 kW). Os compressores Scroll possuem alta eficiência volumétrica, variando de
93,6% a 96,9% para um aumento de relação de pressão de 2,7 para 3,58. Os compressores
Scroll possuem maior COP (3,35) em relação aos compressores rotativos e alternativos. O
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HCFC-2 é o refrigerante utilizado atualmente em compressores Scroll e os refrigerantes HFC-
407C e HFC- 410A são, em longo prazo, seus substitutos, visto que o ano previsto para o fim
da fabricação do refrigerante HCFC-2 é 2020.
Equivalência entre as unidades mais usadas: 12.000 Btu/h = 1,0 TR = 3.024 Kcal/h =
3.516,28 W.
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13. Conclusão
Embora tenha evoluído nos últimos anos, o setor de compressores necessita de profissionais
com interesse e empenho em melhoria de suas construções.
A atenção dada ao ar comprimido deve ser muito mais criteriosa e controlada. Imagine que
para produzir uma unidade de energia pneumática são necessárias, em média, oito de energia
elétrica. Portanto, se o ar como matéria-prima é abundante, como fonte de energia é muito
caro de ser produzido. Um produto de sucesso exige um projeto que busque máxima
eficiência, preocupação com a segurança e meio ambiente e ainda disponibilize uma
Assistência Técnica eficaz.
O estudo sobre sistemas de refrigeração nos trouxe maior entendimento quanto à aplicação
prática das leis da termodinâmica. Assim podemos compreender melhor a finalidade da
disciplina em nossa grade curricular e conhecemos mais um ramo da Engenharia fascinante
que pode ser uma boa opção no mercado de trabalho para nós, alunos de Engenharia Química.
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14. Referencias Bibliográficas
Ebah http://www.ebah.com.br/content/ABAAABcJMAD/compressores-alternativos,
acessado em 26 de agosto de 2012 às 13:54
RAHN, Marco; “Válvulas de Expansão”. Revista Oficina do Frio, Ano 06, Nº 42,
Revista Oficina do Frio, Ano 2, N.º 11, Jan.-Fev. 1995, pág. 20 a 28.
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