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ÍNDICE

Introdução.......................................................3
Quadros da OAB...............................................4
Tipos de Inscrição...........................................8
Licença e Cancelamento da Inscrição...........10
Incompatibilidade e Impedimento................12
Direitos dos Advogados.................................15
Atos Privativos da Advocacia........................24
Responsabilidade Funcional do Advogado....28
Reabilitação..................................................38
Sociedade de Advogados...............................39
Advogado Empregado....................................42
Honorários Advocatícios...............................44
Formas Judiciais de Cobrança.......................46
Elementos Éticos para a Estipulação............47
Prescrição......................................................49
Órgãos da OAB...............................................55
Eleições e Mandatos......................................58
Código de Ética e Disciplina.........................59
Da Ética do Advogado....................................61
Das Relações com o Cliente..........................63
Da Publicidade..............................................65
Conferência Nacional dos Advogados...........66
Medalha Rui Barbosa.....................................67

GIH BELTRÃO
INTRODUÇÃO
O eBook “Como Gabaritar Ética na Primeira Fase da
OAB” foi criado com o objetivo de auxiliar os
estudantes de direito que estão se preparando para
1º Fase do Exame.

Nele você vai encontrar todo o assunto exigido no


edital, em especial os assuntos mais cobrados, e
comentários após as transcrições dos artigos e
incisos para que todo o conteúdo fique claro e de
fácil absorção.

Como Ética é uma matéria relativamente fácil, indico


que o estudo desse material seja realizado uma ou
duas semanas antes da prova, isso fará com que suas
chances de gabaritar a disciplina aumentem.

Espero que gostem e bons estudos.

GIH BELTRÃO
QUADROS DA OAB
1 - Advogados (art. 8º do EAOAB);
2 - Estagiários (art. 9º do EAOAB).

Agora vamos saber que além da aprovação no exame, existe outros requisitos
a serem preenchidos.

Requisitos necessários para se inscrever no quadro de advogados da OAB:


Atenção, em uma prova, caíram 5 questões só desse artigo

Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:

I – Capacidade civil;

Capacidade plena e presumida. A capacidade civil plena, é aquela que


atingimos aos 18 anos, e presumida, porque ao juntar os documentos que
comprovam a maioridade, presume-se que o candidato seja capaz
civilmente.

Obs. 1: Caso a pessoa não tenha mais de 18 anos, a capacidade civil é


comprovada pelo diploma ou certidão de conclusão do curso.

Obs. 2: A emancipação não faz com que a pessoa atinja a maioridade, mas faz
cessar a incapacidade.

Então se cair na prova, por exemplo, “Alguém com menos de 18 anos pode ser
advogado? Sim, desde que conclua o curso de direito.

II – Diploma ou certidão de graduação em direito, obtido


em instituição de ensino oficialmente autorizada e
credenciada;

O art. 23 do Regulamento Geral, exige ainda o histórico escolar, ou seja, na


ausência do diploma, exige-se a certidão de graduação acompanhada do
histórico escolar (autenticado).

GIH BELTRÃO
QUADROS DA OAB
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se
brasileiro;
E os estrangeiros?

Veja o art. 8º, § 2º, do EAOAB:

“O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve


fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira,
devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos
neste artigo.”

Provimento 129/2008: O advogado português quem tem a OAP – Ordem dos


Advogados de Portugal, pode vir ao Brasil e se inscrever na OAB, sem precisar
revalidar o diploma e sem precisar fazer o exame de ordem e a mesma coisa
acontece com os advogados daqui.

IV - Aprovação em Exame de Ordem;

V - Não exercer atividade incompatível


com a advocacia;
Atenção: não confundir atividade incompatível, conduta incompatível,
inidoneidade moral e crime infamante.

Atividade incompatível é uma expressão que está ligada a vida profissional da


pessoa, e encontram descritas no art. 28 EAOAB.
Ex. policial militar não pode ser advogado.

Conduta incompatível é uma expressão que está ligada a vida social / pessoal, e
se praticado com habitualidade, vai gerar uma suspensão para o advogado.
Ex. embriaguez habitual / o uso de drogas habitual / prática reiterada de jogos de
azar não autorizado por lei / incontinência pública.

Inidoneidade moral é uma expressão que está ligada a vida social / pessoal,
sendo que mais grave (grande repercussão) que a anterior. Basta ser praticada
uma vez, para que seja caracterizada, uma vez caracterizada, vai gerar uma
exclusão para o advogado.

GIH BELTRÃO
QUADROS DA OAB
Obs: Para o advogado ser excluído da ordem dos advogados, tem que ter 2/3
dos votos de todos os membros do conselho competentes.

Crime infamante é aquele crime que causa a má fama na advocacia, crime


que as pessoas começam a falar mal da advocacia, que fique com uma
imagem denegrida, neste caso, vai gerar exclusão do advogado.

VI - Idoneidade moral;

VII - Prestar compromisso perante o conselho.


Este compromisso é solene, personalíssimo e indelegável

Requisitos necessários para estagiário da OAB (art. 9º do


EAOAB

Tem que está cursando os últimos 2 anos da faculdade ou ser bacharel em


direito.
Atenção: Para ser estagiário, o estudante precisar provar que já tem um
estágio garantido.

Art. 9º Para inscrição como estagiário é necessário:

I - preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V,


VI e VII do art. 8º;

II - ter sido admitido em estágio profissional de


advocacia.
Para ser estagiário, o estudante precisar provar que já tem um estágio
garantido.

GIH BELTRÃO
QUADROS DA OAB
§ 1º O estágio profissional de advocacia, com duração de
dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico,
pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino
superior pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos
jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela
OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do
Código de Ética e Disciplina.

§ 2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho


Seccional em cujo território se localize seu
curso jurídico.
ou seja, o local de inscrição da OAB do estagiário é no conselho seccional da
faculdade (onde estuda).

§ 3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade


incompatível com a advocacia pode freqüentar o estágio
ministrado pela respectiva instituição de ensino superior,
para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB.

§ 4º O estágio profissional poderá ser cumprido por


bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem.

GIH BELTRÃO
TIPOS DE INSCRIÇÃO
Os 3 tipos de inscrição a seguir só são válidas para advogados

1 - Principal

Art. 10, EAOAB: A inscrição principal do advogado deve ser


feita no Conselho Seccional em cujo território pretende
estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do
regulamento geral.

§ 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da


atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o
domicílio da pessoa física do advogado.
Pode advogar ilimitadamente no estado onde tem inscrição principal,
podendo também advogar eventualmente e limitadamente, em qualquer
outro estado.

Obs: Se o advogado passar a advogar com habitualidade em outro estado,


deverá ter uma inscrição suplementar, tendo inclusive que pagar outra
anuidade.

2 - Suplementar

Art. 10, § 2º, EAOAB: Além da principal, o advogado deve


promover a inscrição suplementar nos Conselhos
Seccionais em cujos territórios passar a exercer
habitualmente a profissão considerando-se habitualidade
a intervenção judicial que exceder de cinco causas por
ano.
Não contam “advocacia extrajudicial”, acompanhamento de carta precatória,
impetração de habeas corpus e nos tribunais superiores (STJ / STF / TSE / TST)
e interestaduais.

GIH BELTRÃO
TIPOS DE INSCRIÇÃO
Art 15, § 5º, EAOAB: O ato de constituição de filial deve ser
averbado no registro da sociedade e arquivado junto ao
Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios
obrigados à inscrição suplementar.

3 - Por Transferência

Art. 10, § 3º, EAOAB: No caso de mudança efetiva de


domicílio profissional para outra unidade federativa, deve
o advogado requerer a transferência de sua inscrição para
o Conselho Seccional correspondente.

GIH BELTRÃO
LICENÇA E CANCELAMENTO DA
INSCRIÇÃO
Licença: Quando acontecer qualquer uma das hipóteses do art. 12 do
estatuto, o advogado ficará afastado do exercício da advocacia, vai estar
licenciado. Não poderá advogar, não poderá votar, apenas quando cessar o
motivo que ocasionou a licença, ou seja, a licença tem caráter temporário.
Volta a advogar com o mesmo número de inscrição.

Cancelamento: Quando acontecer qualquer uma das hipóteses do art. 11. O


indivíduo deixa de ser advogado e volta a ser um bacharel.

Caso ele se inscreva de novo e volte a advogar, ele voltará com um novo
número de inscrição, ou seja, tem o cancelamento tem caráter definitivo. Obs:
Não precisa fazer a prova da ordem de novo.

Vou deixar abaixo os artigos relacionados de Licença e Cancelamento para


leitura:

I - Assim o requerer, por motivo justificado;

Art. 12, EAOAB: Licencia-se o profissional que:

II - Passar a exercer, em caráter temporário, atividade


incompatível com o exercício da advocacia;

Prefeito, Governador, presidente da república

III - sofrer doença mental considerada curável.

Art. 11, EAOAB: Cancela-se a inscrição do profissional que:

I - Assim o requerer (perceba que não precisa de um


motivo justificável como o da licença)

GIH BELTRÃO
LICENÇA E CANCELAMENTO DA
INSCRIÇÃO
II - Sofrer penalidade de exclusão;

III - Falecer;

IV - Passar a exercer, em caráter definitivo, atividade


incompatível com a advocacia;

Delegado de polícia, juiz, polícia militar

V - Perder qualquer um dos requisitos necessários para


inscrição;

Perder qualquer um dos requisitos do art.8º do estatuto

GIH BELTRÃO
INCOMPATIBILIDADE E
IMPEDIMENTO
Incompatibilidade

Está ligada a Atividade Incompatível


                  
Que pode ser Temporária ou Definitiva
                                        
    Licença Cancelamento

Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e


o impedimento, a proibição parcial do exercício da
advocacia.
Casos de incompatibilidade:

Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa


própria, com as seguintes atividades:

I - Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder


Legislativo e seus substitutos legais;

II - Membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério


Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados
especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de
todos os que exerçam função de julgamento em órgãos
de deliberação coletiva da administração pública direta e
indireta;

III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos


da Administração Pública direta ou indireta, em suas
fundações e em suas empresas controladas ou
concessionárias de serviço público;

GIH BELTRÃO
INCOMPATIBILIDADE E
IMPEDIMENTO
IV - Ocupantes de cargos ou funções vinculadas direta ou
indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os
que exercem serviços notariais e de registro; (servidores)

V - Ocupantes de cargos ou funções vinculadas direta ou


indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;

VI - Militares de qualquer natureza, na ativa;

Exército, marinha e aeronáutica não pode advogar.

VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham


competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização
de tributos e contribuições parafiscais;

VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em


instituições financeiras (bancos), inclusive privadas;

Perceba que todos os casos dos incisos acima, com exceção do inciso VIII,
estão relacionados a atividades públicas, como: militares, funcionários de
cartório, polícia, judiciário, fiscal. Todos são do “alto escalão”.

Alto Escalão significa que tem um poder de decisão naquela área.

Casos de impedimento:

Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:

GIH BELTRÃO
INCOMPATIBILIDADE E
IMPEDIMENTO
I - Os servidores da administração direta, indireta e
fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere
ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;

Neste caso, pode advogar menos contra a Fazenda que o remunera.

II - Os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes


níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito
público, empresas públicas, sociedades de economia
mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou
empresas concessionárias ou permissionárias de serviço
público.

Perceba que todos os casos de impedimento, são “baixo escalão”.

Baixo Escalão significa que não tem o poder de decisão naquela área.

Exceções:

1 - Art. 28, I, “in fine”, EAOAB: membros da MESA do Poder


Legislativo = incompatíveis;

2 - Art. 30, parágrafo único, EAOAB: professor de direito é livre para


advogar;

3 - Art. 28, § 2º, EAOAB: Diretor sem poder de decisão e diretor


acadêmico de direito: não há incompatibilidade;
Art. 29, EAOAB: Procurador Geral tem exclusividade para o
desempenho do cargo;

4 - Art. 28, II, EAOAB c/c ADI 1.127-8: advogado que é juiz eleitoral
pode advogar.
GIH BELTRÃO
DIREITOS DOS ADVOGADOS
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre
advogados, magistrados e membros do Ministério Público,
devendo todos tratar-se com consideração e respeito
recíprocos.

Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e


os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado,
no exercício da profissão, tratamento compatível com a
dignidade da advocacia e condições adequadas a seu
desempenho.
Isso quer dizer que, é um direito do advogado ser bem tratado e um dever de
tratar bem as pessoas.

Art. 7º São direitos do advogado:

Artigo muito importante, houve provas que já caíram 8 questões dos direitos
do advogado.

I - Exercer, com liberdade, a profissão em todo o território


nacional;

II – A inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho,


bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua
correspondência escrita, eletrônica, telefônica e
telemática, desde que relativas ao exercício
da advocacia;

GIH BELTRÃO
DIREITOS DOS ADVOGADOS
Essa inviolabilidade não é absoluta, é relativa, vejamos o art. 7ª, § 6º:

Art. 7º, § 6º Presentes indícios de autoria e materialidade


da prática de crime por parte de advogado, a autoridade
judiciária competente poderá decretar a quebra da
inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste
artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de
busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser
cumprido na presença de representante da OAB, sendo,
em qualquer hipótese, vedada a utilização dos
documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a
clientes do advogado averiguado, bem como dos demais
instrumentos de trabalho que contenham informações
sobre clientes.

§ 7º A ressalva constante do §6º deste artigo não se


estende a clientes do advogado averiguado que estejam
sendo formalmente investigados como seus partícipes ou
coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à
quebra da inviolabilidade.

Quando houver indícios de que o advogado praticou um crime, a autoridade


judiciária, ou seja, o juiz, (nada de delegado ou qualquer outra autoridade),
poderá decretar a quebra dessa inviolabilidade.

O juiz expedirá um mandado de busca e apreensão, “específico e


pormenorizado”, isso quer dizer que nesse mandado estará de forma
específica o que a polícia poderá buscar. Esse mandado de busca e apreensão
tem que ser cumprido na presença de representante da OBA.

GIH BELTRÃO
DIREITOS DOS ADVOGADOS
Analise o cuidado que o § 6º tem quando fala que é vedada “utilização das
mídias e dos objetos pertencentes aos clientes do advogado averiguado, e
todo e qualquer documento que contenham informações sobre clientes,
sendo que essa vedação não se estende aos clientes que possam estar
envolvidos no crime praticado pelo advogado.

Obs: Se o representante da OAB não comparecer, o STF entende que pode ser
cumprido de forma legal.

III - Comunicar-se com seus clientes, pessoal e


reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se
acharem presos, detidos ou recolhidos em
estabelecimentos civis ou militares, ainda que
considerados incomunicáveis;

Ou seja, é um direito do advogado visitar cliente preso sem procuração.

IV - Ter a presença de representante da OAB, quando


preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da
advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de
nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à
seccional da OAB;
Atenção:
Art. 7º, § 3º, EAOAB: O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por
motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o
disposto no inciso IV deste artigo.

Ou seja, o advogado só tem o direito de um representante da OAB quando for


preso em flagrante mas por motivo ligado ao exercício da advocacia (roubo,
furto, homicídio, estelionato, não estão relacionados ao exercício da
advocacia), sob pena de nulidade (a prisão passar ser ilegal cabendo
relaxamento da prisão).
Atentar que o advogado só poderá ser preso em flagrante, se o crime
cometido for INAFIANÇÁVEL.

GIH BELTRÃO
DIREITOS DOS ADVOGADOS
V - Não ser recolhido preso, antes de sentença transitada
em julgado, senão em sala de Estado Maior, com
instalações e comodidades condignas, assim
reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão
domiciliar;

Atentar a expressão “assim reconhecidas pela OAB”, foi considerada


inconstitucional pelo STF.

VI - Ingressar livremente:

a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos


cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;

b) nas salas e dependências de audiências, secretarias,


cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro,
e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de
expediente e independentemente da presença de seus
titulares;

c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione


repartição judicial ou outro serviço público onde o
advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação
útil ao exercício da atividade profissional, dentro do
expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache
presente qualquer servidor ou empregado;

d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou


possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva
comparecer, desde que munido de poderes especiais;

GIH BELTRÃO
DIREITOS DOS ADVOGADOS
Na situação da letra "D", tem a exigência de uma procuração, inclusive com
poderes especiais.

VII - Permanecer sentado ou em pé e retirar-se de


quaisquer locais indicados no inciso anterior,
independentemente de licença;

VIII - Dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e


gabinetes de trabalho, independentemente de horário
previamente marcado ou outra condição, observando-se a
ordem de chegada;

Ou seja, é o direito do advogado de despachar com o juiz a qualquer


momento.

IX – Sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou


processo, nas sessões de julgamento, após o voto do
relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo
de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido;

Atentar a esse inciso que foi considerado inconstitucional.

Não é em qualquer recurso que cabe sustentação oral, só nos recursos que
permita a sustentação. Outro ponto, não seria após o voto do relator e sim
antes do voto, pois quando o relator vota já começou o julgamento.

E quando diz, “prazo de quinze minutos”, pode ser mais ou menos que 15
minutos.

GIH BELTRÃO
DIREITOS DOS ADVOGADOS
X - Usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou
tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer
equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos,
documentos ou afirmações que influem no julgamento,
bem como para replicar acusação ou censura que lhe
forem feitas;

XI - Reclamar, verbalmente ou por escrito, perante


qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a
inobservância de preceito de lei, regulamento ou
regimento;

XII - Falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão


de deliberação coletiva da Administração Pública ou do
Poder Legislativo;

XIII - Examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário


e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos
de processos findos ou em andamento, mesmo sem
procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo,
assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar
apontamentos;

XIV - Examinar em qualquer repartição policial, mesmo


sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos
ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade,
podendo copiar peças e tomar apontamentos;

XV - Ter vista dos processos judiciais ou administrativos de


qualquer natureza, em cartório ou na repartição
competente, ou retirá-los pelos prazos legais;

GIH BELTRÃO
DIREITOS DOS ADVOGADOS
XVI - Retirar autos de processos findos, mesmo sem
procuração, pelo prazo de dez dias;

Exceção:

Art. 7º, § 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:

1 - Aos processos sob regime de segredo de justiça;

2 - Quando existirem nos autos documentos originais


de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante
que justifique a permanência dos autos no cartório,
secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade
em despacho motivado, proferido de ofício, mediante
representação ou a requerimento da parte interessada;

3 - Até o encerramento do processo, ao advogado que


houver deixado de devolver os respectivos autos no
prazo legal, e só o fizer depois de intimado.

XVII - Ser publicamente desagravado, quando ofendido no


exercício da profissão ou em razão dela;

Vamos explicar aqui, o que é “Desagravo ao público”. (art. 18 e 19 do


Regulamento Geral)

Esporadicamente, os advogados são ofendidos por autoridades, (juízes,


delegados de polícia, promotores, defensores públicos), e sempre que o
advogado for ofendido no exercício da profissão, a OAB tem o direito de
providenciar o “Desagravo ao público”.

GIH BELTRÃO
DIREITOS DOS ADVOGADOS
A OAB pode instaurar um processo para apurar se tem necessidade do
“desagravo ao público” de ofício ou com a comunicação de qualquer pessoa à
OAB, mesmo se o advogado ofendido for contra a instauração do processo,
visto que o direito de desagravo ao público não é o direito pessoal do
advogado ofendido, e sim o direito de toda a classe.

Sendo caso de “desagravo”, será deferida a realização do processo, e a OAB


providenciará uma nota, que será lida pelo presidente da OAB.

Essa nota será encaminhada ao ofensor, será publicada na imprensa, e a OAB


marcará o desagravo pra ler essa nota e dará ampla divulgação.

Em regra, o “desagravo ao público” ocorre no Conselho Seccional (capital).


Mas poderá ser feito numa subseção, caso o advogado tenha sido ofendido
em outra cidade, por exemplo.

Obs: O desagravo poderá ser feito pelo Conselho Federal, quando os


ofendidos são: o Presidente do Conselho Seccional, o Conselheiro Federal, ou
quando o advogado for ofendido com repercussão nacional

Atentar, pois não cabe desagravo se a ofensa tiver caráter pessoal, religioso ou
doutrinário.

XVIII - Usar os símbolos privativos da profissão de


advogado;

XIX - Recusar-se a depor como testemunha em processo


no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato
relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado,
mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte,
bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;

GIH BELTRÃO
DIREITOS DOS ADVOGADOS
XX - Retirar-se do recinto onde se encontre aguardando
pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário
designado e ao qual ainda não tenha comparecido a
autoridade que deva presidir a ele, mediante
comunicação protocolizada em juízo.

Em direito do trabalho, são de 15 minutos

Art. 7º, § 4º, EAOAB O Poder Judiciário e o Poder Executivo


devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais,
delegacias de polícia e presídios, salas especiais
permanentes para os advogados, com uso e controle
assegurados à OAB. (Vide ADI 1.127- 8)

Essa expressão “uso e controle assegurados à OAB”, foi considerado


inconstitucional pelo STF.

Imunidade profissional do advogado

Art. 7º, §2º: O advogado tem imunidade profissional, não


constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis
qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua
atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções
disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.

O desacato não está mais no rol da imunidade


profissional, foi considerado inconstitucional. Caso a OAB
verifique que houve excesso por parte advogado, poderá
ter sanções disciplinares. Só a OAB poderá analisar se terá
punição.

GIH BELTRÃO
ATOS PRIVATIVOS DE ADVOCACIA
Atos judiciais:

1 - Ius Postulandi - Atuação do advogado - capacidade


postulatória - advogado;

2 - Atos possíveis sem a atuação do advogado: Juizados


especiais cíveis (até 20 salários mínimos), Impetração de
Habeas Corpus, Justiça do Trabalho (art. 791 CLT).

Atos Extrajudiciais.

Art. 1º São atividades privativas de advocacia:

I - A postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário


e aos juizados especiais

Atos judiciais

II - As atividades de consultoria, assessoria e direção


jurídicas.

Atos extrajudiciais

§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a


impetração de habeas corpus em qualquer instância
ou tribunal.

Qualquer pessoa pode impetrar habeas corpus

GIH BELTRÃO
ATOS PRIVATIVOS DE ADVOCACIA
§ 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas,
sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro,
nos órgãos competentes, quando visados por advogados.

§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com


outra atividade.

Quer dizer, o advogado não pode ser advogado e contador do mesmo


escritório, advogado e médico, ou dentista, do mesmo escritório.

Ele pode ter sim as duas profissões, só não pode desempenhá-las no mesmo
escritório.

Art. 2º O advogado é indispensável à administração da


justiça.

§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço


público e exerce função social.

§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na


postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao
convencimento do julgador, e seus atos constituem
múnus público.

§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por


seus atos e manifestações, nos limites desta lei.

Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território


brasileiro e a denominação de advogado são privativos
dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

GIH BELTRÃO
ATOS PRIVATIVOS DE ADVOCACIA
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao
regime desta lei, além do regime próprio a que se
subordinam, os integrantes da Advocacia-Geral da União,
da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria
Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das
respectivas entidades de administração indireta e
fundacional.

§ 2º O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode


praticar os atos previstos no art. 1º, na forma do regimento
geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade
deste.

Atos dos estagiários

Art. 29 do RG:

Os atos de advocacia, previstos no Art. 1º do Estatuto,


podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em
conjunto com o advogado ou o defensor público.

§ 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar


isoladamente os seguintes atos, sob a responsabilidade do
advogado:

I – Retirar e devolver autos em cartório, assinando a


respectiva carga;

GIH BELTRÃO
ATOS PRIVATIVOS DE ADVOCACIA
II – Obter junto aos escrivães e chefes de secretarias
certidões de peças ou autos de processos em curso ou
findos;

III – Assinar petições de juntada de documentos a


processos judiciais ou administrativos.

§ 2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário


pode comparecer isoladamente, quando receber
autorização ou substabelecimento do advogado.

Atos nulos

Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados


por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções
civis, penais e administrativas.

Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por


advogado impedido - no âmbito do impedimento -
suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade
incompatível com a advocacia.

GIH BELTRÃO
RESPONSABILIDADE FUNCIONAL
DO ADVOGADO
Essa responsabilidade está ligada a função, a atividade, a profissão do
advogado.

1. Responsabilidade penal:

1. Violação do sigilo profissional (art. 154, CP e arts. 25 ao 27, CED);

Art. 25. O sigilo profissional é inerente à profissão, impondo-se o seu respeito,


salvo, grave ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja
afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar
segredo, porém sempre restrito ao interesse da causa.

Art. 26. O advogado deve guardar sigilo, mesmo em depoimento judicial,


sobre o que saiba em razão de seu ofício, cabendo-lhe recusar-se a depor
como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou
sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou tenha sido advogado,
mesmo que autorizado ou solicitado pelo constituinte.

Art. 27. As confidências feitas ao advogado pelo cliente podem ser utilizadas
nos limites da necessidade da defesa, desde que autorizado aquele pelo
constituinte (pelo cliente).

Parágrafo único. Presumem-se confidenciais as comunicações epistolares


entre advogado e cliente, as quais não podem ser reveladas a terceiros.

2. Retenção abusiva dos autos (art. 356, CP; art. 196, CPC; art. 34, XXII, EAOAB);
Quando o advogado faz carga dos autos e não devolve.

3. Patrocínio infiel (art. 355, caput, CP);


Quando o advogado, por exemplo, cliente trai o seu cliente, fazendo acordo
com a outra parte, não recorrendo.

4. Tergiversação e patrocínio simultâneo (art. 355, parágrafo único, CP);


Tergiversação: Quando o advogado muda de lado.

5. Patrocínio simultâneo;
Quando advogado advoga para o autor e para o réu ao mesmo tempo.

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DO ADVOGADO
2.   Responsabilidade civil:

O advogado, por ação ou omissão, causar prejuízo ao cliente, será obrigado a


reparar o dano.

3.   Responsabilidade disciplinar.

Infrações e sanções disciplinares (arts. 34 ao 41 do EAOAB)

As infrações se encontram nos incisos I ao XXIV do art. 34. Vocês vão perceber,
que medida que vai passando os 29 incisos do artigo 34, as infrações vão se
agravando.

As infrações definidas nos incisos I ao XVI, são infrações leves, as infrações


definidas nos incisos XVII ao XXV, são infrações graves, e as infrações definidas
nos incisos XXVI ao XXVIII, são infrações gravíssimas. A infração do inciso
XXVIV, é uma infração leve e foi deixada por último, porque é uma infração
cometida pelo estagiário.

Art. 35: São as sanções disciplinares:


Censura: Na cesura o advogado pode continuar
advogando.

Suspensão: Na suspensão o advogado é impedido de


exercer sua profissão em todo território nacional. Essa
suspensão varia de 30 dias a 12 meses.

Exceção:

Existem 3 casos que a suspensão será aplicada por prazo indeterminado (Art.
37, § 2º e 3º EAOAB):

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DO ADVOGADO
1 - Quando o advogado deixar de pagar a OAB; (suspensão perdurará até o
pagamento a OAB);

2 - Quando o advogado deixar de prestar contas ao cliente;

3 - Inépcia Profissional - Quando o advogado cometer erros reiterados de


língua portuguesa, erros processuais.

Neste caso, o advogado considerado inepto profissionalmente, ficará


suspenso até que prestar novas provas de habilitação. Há quem diga que essa
nova prova de habilitação, seja novo exame de ordem, outros falam que
sejam cursos de reciclagem.

Exclusão: A exclusão é a sanção mais grave que a OAB


pode aplicar ao advogado, tanto que uma vez excluído, a
OAB é cancelada (Mas pode voltar a advogar sim).

Multa: É uma sanção acessória, não é aplicada


diretamente. Ela é acessória porque sempre vai vir
acompanhada de duas principais, a “Censura e a
Suspensão”.

Ela é aplicada quando houver circunstância agravantes (o


advogado é reincidente, por exemplo). A multa varia de 1 a
10 anuidades.

Obs: O art. 36, parágrafo único, traz uma advertência, mas não é considerada
uma sanção. Ele diz, que quando o advogado comete uma infração leve, mas
possui circunstância atenuantes (art. 40 EAOAB), a OAB ao invés de aplicar
uma censura, vai converter em uma advertência.

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DO ADVOGADO
Cada advogado tem uma “ficha” chamada “ASSENTAMENTO”.

Nesse assentamento fica registrado punições e elogios, quando o advogado é


censurado, suspenso ou excluído, será registrado no assentamento.

Se o advogado for censurado, e ele possuir circunstância atenuantes, poderá


ser aplicada uma advertência, ao invés da censura e não será registrado no
assentamento.

É como se a OAB estivesse dando uma “chance” ao advogado.

Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares, são


consideradas, para fins de atenuação, as seguintes
circunstâncias, entre outras:

I - Falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;

II - Ausência de punição disciplinar anterior; (advogado


primário)

III - Exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo


em qualquer órgão da OAB; IV - prestação de relevantes
serviços à advocacia ou à causa pública. (advogado já foi
diretor, conselheiro da OAB)

IV - Prestação de relevantes serviços à advocacia ou à


causa pública

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DO ADVOGADO
Como vocês podem ver, são 29 incisos para decorar, porém, até hoje me
recordo de um ótimo macete ensinado pelo Professor Paulo Machado,
chamado “FRIC FIC”.

Vou explicar pra vocês, pra que não precisem decorar todas as hipóteses.

Vamos lá…
Quando a infração tiver dinheiro envolvido, ou preencher a palavra FRIC, o
advogado será punido com SUSPENSÃO.

Obs.: Essas são as palavras mais comuns encontradas nos incisos de casos que
envolvem dinheiro: Locupletar / solicitar quantia / receber importância ou
valores.
$
Fraudar lei
Reter autos
Inépcia profissional
Conduta incompatível

Quando preencher a palavra FIC, a punição será uma EXCLUSÃO. (incisos


XXVI, XXVII e XXVIII)

Falsa prova de requisito (falsificar qualquer dos requisitos)


Inidoneidade moral
Crime infamante

Se tiver dinheiro envolvido e não preencher o FRIC, nem o FIC, vai sobrar, e a
“sobra” é punida com a CENSURA.

O Art. 43, inciso III do EAOAB, é a única exceção desse macete, pois envolve
dinheiro, mas será punido com CENSURA

Decorem esse macete pra não precisar decorar as 29 hipóteses do artigo, mas
caso tenham alguma dúvida sobre essa macete do “FRIC FIC”, corram lá no
Instagram do Prof. Paulo Machado e peçam mais detalhes.

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DO ADVOGADO
Outro ponto bastante importante, em relação a aplicação das sanções.

2 censuras ou a reincidência, gera 1 suspensão (na segunda já é a suspensão,


não precisa ter a terceira)
3 suspensões = 1 exclusão (na terceira já é a exclusão, não precisar ter a
quarta)

Vou deixar o artigo com os 29 incisos pra vocês darem uma lida.

Art. 34. Constitui infração disciplinar:

I - Exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou


facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não
inscritos, proibidos ou impedidos;

É o advogado que não pode exercer a profissão e pede pra outro advogado
ajudar.

II - Manter sociedade profissional fora das normas e


preceitos estabelecidos nesta lei;

III - valer-se de agenciador de causas, mediante


participação nos honorários a receber;

III - valer-se de agenciador de causas, mediante


participação nos honorários a receber;

São advogados que mandam uma causa para o colega e pede comissão pela
indicação.

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RESPONSABILIDADE FUNCIONAL
DO ADVOGADO
IV - Angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção
de terceiros;

São os advogados que ficam “caçando” clientes (Panfletagem por exemplo).

V - Assinar qualquer escrito destinado a processo judicial


ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que
não tenha colaborado;

Assinar petição que não fez.

VI - Advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se


a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade,
na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior;

VII - Violar, sem justa causa, sigilo profissional;

Ou seja, apenas se tiver justo motivo como já foi explicado por aqui.

VIII - Estabelecer entendimento com a parte adversa sem


autorização do cliente ou ciência do advogado contrário;

Fazer acordo com a outra parte, não pode. Tem que ser de advogado para
advogado.

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RESPONSABILIDADE FUNCIONAL
DO ADVOGADO
IX -Prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu
patrocínio;

X - Acarretar, conscientemente, por ato próprio, a


anulação ou a nulidade do processo em que funcione;

XI - Abandonar a causa sem justo motivo ou antes de


decorridos dez dias da comunicação da renúncia;

XII - Recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência


jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade
da Defensoria Pública;

XIII - Fazer publicar na imprensa, desnecessária e


habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas
pendentes;
Os advogados não podem fazer propaganda dos seus serviços em jornais,
televisão, e etc, podem ir a público de maneira informativa.

XIV - Deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação


doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos,
documentos e alegações da parte contrária, para
confundir o adversário ou iludir o juiz da causa;

XV - Fazer, em nome do constituinte, sem autorização


escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como
crime;

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RESPONSABILIDADE FUNCIONAL
DO ADVOGADO
XVI - Deixar de cumprir, no prazo estabelecido,
determinação emanada do órgão ou de autoridade da
Ordem, em matéria da competência desta, depois de
regularmente notificado; (Desobedecer a OAB.)

XVII - Prestar concurso a clientes ou a terceiros para


realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la;

XVIII - Solicitar ou receber de constituinte qualquer


importância para aplicação ilícita ou desonesta;

XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro,


relacionados com o objeto do mandato, sem expressa
autorização do constituinte;

XX - Locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente


ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa;

XXI - Recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao


cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por
conta dele;

XXII - Reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos


com vista ou em confiança;

XXIII - Deixar de pagar as contribuições, multas e preços


de serviços devidos à OAB, depois de regularmente
notificado a fazê-lo;

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RESPONSABILIDADE FUNCIONAL
DO ADVOGADO
XXIV -Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia
profissional;
XXV - Manter conduta incompatível com a advocacia;

XXVI - Fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para


inscrição na OAB;

XXVII - Tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da


advocacia;

XXVIII - Praticar crime infamante;

XXIX - Praticar, o estagiário, ato excedente de sua


habilitação.

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REABILITAÇÃO
Art. 41. É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção
disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a
reabilitação, em face de provas efetivas de bom
comportamento.

A partir de um ano, ele pode pedir a reabilitação.

Atenção: O advogado não precisará fazer o Exame de Ordem novamente.

Parágrafo único. Quando a sanção disciplinar resultar da


prática de crime, o pedido de reabilitação depende
também da correspondente reabilitação criminal.

No âmbito penal, o pedido de reabilitação será mais de um ano.

Depois do cumprimento da pena, o advogado conta 2 anos para poder pedir


a reabilitação penal.

Conseguindo a reabilitação penal, ele poderá pedir a reabilitação disciplinar


na OAB.

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SOCIEDADE DE ADVOGADOS (arts. 15 ao 17 do EAOAB; arts. 37 ao 43 do RG)

Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade civil


de prestação de serviço de advocacia, na forma
disciplinada nesta lei e no regulamento geral.

Para uma sociedade de advogados adquirir personalidade jurídica, é


necessário registrar o contrato social no Conselho Seccional da OAB do
Estado onde está localizado o escritório.

Nesse contrato, também deverá constar o nome, a razão social do escritório.


A razão social, tem que ter o nome de pelo menos um sócio (pode ser
abreviado), mais uma expressão que indique a finalidade daquele escritório.

Ex. Beltrão Advogados / Escritório Jurídico Cavalcanti Vidal / Carla Advocacia.

Obs: Se um dos sócios morrer, o escritório só poderá permanecer com o nome


do sócio falecido, se houver previsão contratual autorizando.

Caso um dos sócios passe a exercer uma atividade incompatível com a


advocacia em caráter definitivo (temporário não é necessário), como
delegado de polícia por exemplo, deverá ser feito uma alteração contratual
no nome, tendo em vista que o sócio deixará de ser advogado.

Um advogado só pode ser sócio de um escritório por estado, mesmo com o


consentimento dos outros sócios.

O escritório não pode utilizar as siglas "ME / S.A / LTDA / CIA" e Nome Fantasia

Ex. Justa Causa advogados / Invictos Advocacia / Carla Advocacia ME.

Não pode ser usado símbolos que fujam da advocacia

O escritório como pessoa jurídica não pode receber poderes.


Os poderes devem ser passados individualmente e não coletivamente, ou
seja, na procuração terá que ter o nome de cada advogado.

Vou deixar os artigos para leitura, mas tudo já foi bem explicado acima.

GIH BELTRÃO
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Arts. 15 ao 17 do EAOAB

§ 1º A sociedade de advogados adquire personalidade


jurídica com o registro aprovado dos seus atos
constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base
territorial tiver sede;

§ 2º Aplica-se à sociedade de advogados o Código de Ética


e Disciplina, no que couber;

§ 3º As procurações devem ser outorgadas


individualmente aos advogados e indicar a sociedade de
que façam parte;

§ 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma


sociedade de advogados, com sede ou filial na mesma
área territorial do respectivo Conselho Seccional;

§ 5º O ato de constituição de filial deve ser averbado no


registro da sociedade e arquivado junto ao Conselho
Seccional onde se instalar, ficando os sócios obrigados à
inscrição suplementar;

§ 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade


profissional não podem representar em juízo clientes de
interesses opostos;

GIH BELTRÃO
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Art. 16. Não são admitidas a registro, nem podem
funcionar, as sociedades de advogados que apresentem
forma ou características mercantis, que adotem
denominação de fantasia, que realizem atividades
estranhas à advocacia, que incluam sócio não inscrito
como advogado ou totalmente proibido de advogar.

§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de,


pelo menos, um advogado responsável pela sociedade,
podendo permanecer o de sócio falecido, desde que
prevista tal possibilidade no ato constitutivo.

§ 2º O licenciamento do sócio para exercer atividade


incompatível com a advocacia em caráter temporário
deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando
sua constituição.

§ 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de


pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade
que inclua, entre outras finalidades, a atividade de
advocacia.

Art. 17. Além da sociedade, o sócio responde subsidiária e


ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por
ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo
da responsabilidade disciplinar em que possa incorrer.

GIH BELTRÃO
ADVOGADO EMPREGADO (arts. 18 ao 21 do EAOAB)

Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado,


não retira a isenção técnica nem reduz a independência
profissional inerentes à advocacia.

Mesmo na condição de advogado empregado, não retira a isenção técnica.


Não é o “patrão” que deverá dizer como ele vai peticionar, ou qual recurso vai
interpor, por exemplo. Ele tem liberdade para conduzir o processo.

Parágrafo único. O advogado empregado não está


obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse
pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego.

Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será


fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em
acordo ou convenção coletiva de trabalho.
O salário mínimo do advogado nunca será fixado por lei, apenas em sentença
normativa ou acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado,


no exercício da profissão, não poderá exceder a duração
diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas
semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em
caso de dedicação exclusiva.

Essa dedicação exclusiva é determinada no próprio contrato individual de


trabalho

GIH BELTRÃO
ADVOGADO EMPREGADO
§ 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período
de trabalho o tempo em que o advogado estiver à
disposição do empregador, aguardando ou executando
ordens, no seu escritório ou em atividades externas,
sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com
transporte, hospedagem e alimentação.

§ 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada


normal são remuneradas por um adicional não inferior a
cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo
havendo contrato escrito.

Significa dizer que a hora extra, tem um adicional de 100% ou mais, mesmo
havendo contrato escrito.

§ 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de


um dia até às cinco horas do dia seguinte são
remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de
vinte e cinco por cento.

Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou


pessoa por este representada, os honorários de
sucumbência são devidos aos advogados empregados.

Parágrafo único. Os honorários de sucumbência,


percebidos por advogado empregado de sociedade de
advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na
forma estabelecida em acordo.

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HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (arts. 22 ao 26 do EAOAB; arts. 35 ao 43 do CED)

O art. 23 do Estatuto prevê 3 tipos de honorários:

1.   Pactuados (ou convencionados);


O advogado e o cliente acordam um determinado valor. Aqui há um
consentimento de ambos. Esse valor pactuado pode ser feito de forma verbal
ou escrito.

2.   Arbitrados judicialmente;
Esse tipo de honorários é arbitrado em sentença, quando não foi feito um
acordo anteriormente. Nos casos também quando não há defensoria pública
naquela cidade, a OAB vai escolher um advogado para a causa, e os
honorários do advogado escolhido, serão pagos ao final do processo.

3.    Sucumbenciais.
São os honorários pagos pela parte sucumbente (vencida / perdedora), ao
advogado da parte vencedora.

Art. 22, § 3º, EAOAB - Salvo estipulação em contrário, os


honorários podem ser divididos em 3 vezes:

1/3 - O advogado recebe no início;


1/3 - O advogado recebe na sentença de 1ª instância;
1/3 - O advogado recebe ao final, quando transitar em julgado.
Esse parcelamento dos honorários em 3x não é uma obrigação, é salvo
estipulação em contrário como diz o art.

Pacto (ou cláusula) quota litis (art. 38, CED)

É uma quota da lide, ou seja, é uma parte dos bens litigiosos.

GIH BELTRÃO
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Art. 38. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os
honorários devem ser necessariamente representados por
pecúnia e, quando acrescidos dos de honorários da
sucumbência, não podem ser superiores às vantagens
advindas em favor do constituinte ou do cliente.

Ou seja, mesmo que o advogado receba como pagamento um bem, por


exemplo, um carro, deverá ser feito um contrato informando que o valor dos
honorários será de 30 mil reais. E em seguida faz uma cláusula quota litis,
dizendo que os 30 mil reais poderão ser pagos com um carro, marca tal, ano
tal.

Parágrafo único. A participação do advogado em bens


particulares de cliente, comprovadamente sem condições
pecuniárias, só é tolerada em caráter excepcional, e desde
que contratada por escrito.

Ou seja, quando o advogado receber como pagamento, um bem particular


do cliente, que não está relacionado com o processo, comprovando que o
cliente não tem dinheiro. O contrato só terá validade de forma escrita.

GIH BELTRÃO
FORMAS JUDICIAIS DE COBRANÇA
Art. 43

Havendo necessidade de arbitramento e cobrança judicial


dos honorários advocatícios, deve o advogado renunciar
ao patrocínio da causa, fazendo-se representar por um
colega.

Essa determinação fala que caso o cliente não pague os honorários, o


advogado precisará sair da causa para cobrar os devidos honorários,
contratando um advogado para essa cobrança.

É antiético processar o cliente em causa própria. O advogado pode ser punido


por violação ao código de ética.

1.   Execução por quantia certa (art. 24, EAOAB)

Contrato de honorários por escrito, ele tem força de título executivo


extrajudicial, logo, não precisará entrar com uma ação de conhecimento, o
advogado pode executar.

2.   Ação de Cobrança pelo rito sumário (art. 275, II, f, CPC)

Contrato de honorários de forma verbal, não terá como executar. Neste caso,
terá com uma ação de conhecimento, no caso ação de cobrança.

GIH BELTRÃO
ELEMENTOS ÉTICOS PARA A
ESTIPULAÇÃO (art. 36, CED)

Art. 36. Os honorários profissionais devem ser fixados com


moderação, atendidos os elementos seguintes:

Existe em cada estado, uma tabela de honorários advocatícios elaborada pelo


Conselho Seccional que vale para aquele estado.

Tem o valor mínimo a ser cobrado, abaixo daquele mínimo, em regra o


advogado não pode cobrar, mas pode ser cobrado em caráter excepcional.

I – a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das


questões versadas;

Quer dizer que o advogado pode cobrar mais, caso o processo seja complexo.

II – o trabalho e o tempo necessários;

III – a possibilidade de ficar o advogado impedido de


intervir em outros casos, ou de se desavir com outros
clientes ou terceiros;

Quer dizer que o advogado pode cobrar mais de um cliente, caso o mesmo
fique impossibilitado de prestar serviços a outros clientes.

IV – o valor da causa, a condição econômica do cliente e o


proveito para ele resultante do serviço profissional;

Não é antiético o advogado variar os honorários de acordo com a condição


econômica do cliente.

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ELEMENTOS ÉTICOS PARA A
ESTIPULAÇÃO
V – o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a
cliente avulso, habitual ou permanente;

Quer dizer, o advogado pode oferecer desconto a um cliente que sempre o


procura para contratar os seus serviços.

VI – o lugar da prestação dos serviços, fora ou não do


domicílio do advogado;

Pode ser cobrado mais, em virtude da distância.

VII – a competência e o renome do profissional;

Quanto mais renomado e conhecido advogado for, mais ele pode cobrar.

VIII – a praxe do foro sobre trabalhos análogos.

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PRESCRIÇÃO (art. 25, EAOAB)

Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de


honorários de advogado, contado o prazo:

I - do vencimento do contrato, se houver;

II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;

III - da ultimação do serviço extrajudicial;

IV - da desistência ou transação;

V - da renúncia ou revogação do mandato.

Art. 25-A. Prescreve em cinco anos a ação de prestação de


contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu
cliente, ou de terceiros por conta dele (art. 34, XXI).

Vou deixar aqui os artigos relacionados aos honorários para uma leitura, é
muito importante:

Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos


inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados,
aos fixados por arbitramento judicial e aos de
sucumbência.

§ 1º O advogado, quando indicado para patrocinar causa


de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade
da Defensoria Pública no local da prestação de serviço,
tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo
tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e
pagos pelo Estado.
GIH BELTRÃO
PRESCRIÇÃO
§ 2º Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários
são fixados por arbitramento judicial, em remuneração
compatível com o trabalho e o valor econômico da
questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na
tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB.

§ 3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos


honorários é devido no início do serviço, outro terço até a
decisão de primeira instância e o restante no final.

§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de


honorários antes de expedir-se o mandado de
levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que
lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a
ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já
os pagou.

§ 5º O disposto neste artigo não se aplica quando se tratar


de mandato outorgado por advogado para defesa em
processo oriundo de ato ou omissão praticada no
exercício da profissão.

Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por


arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado,
tendo este direito autônomo para executar a sentença
nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando
necessário, seja expedido em seu favor.

GIH BELTRÃO
PRESCRIÇÃO
Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e
o contrato escrito que os estipular são títulos executivos e
constituem crédito privilegiado na falência, concordata,
concurso de credores, insolvência civil e liquidação
extrajudicial.

§ 1º A execução dos honorários pode ser promovida nos


mesmos autos da ação em que tenha atuado o advogado,
se assim lhe convier.

§ 2º Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do


advogado, os honorários de sucumbência, proporcionais
ao trabalho realizado, são recebidos por seus sucessores
ou representantes legais.

§ 3º É nula qualquer disposição, cláusula, regulamento ou


convenção individual ou coletiva que retire do advogado o
direito ao recebimento dos honorários de sucumbência.

§ 4º O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte


contrária, salvo aquiescência do profissional, não lhe
prejudica os honorários, quer os convencionados, quer os
concedidos por sentença.

Art. 35. Os honorários advocatícios e sua eventual correção,


bem como sua majoração decorrente do aumento dos
atos judiciais que advierem como necessários, devem ser
previstos em contrato escrito, qualquer que seja o objeto e
o meio da prestação do serviço profissional, contendo
todas as especificações e forma de pagamento, inclusive
no caso de acordo.
GIH BELTRÃO
PRESCRIÇÃO
§ 1º Os honorários da sucumbência não excluem os
contratados, porém devem ser levados em conta no
acerto final com o cliente ou constituinte, tendo sempre
presente o que foi ajustado na aceitação da causa.

§ 2º A compensação ou o desconto dos honorários


contratados e de valores que devam ser entregues ao
constituinte ou cliente só podem ocorrer se houver prévia
autorização ou previsão contratual.

§ 3º A forma e as condições de resgate dos encargos


gerais, judiciais e extrajudiciais, inclusive eventual
remuneração de outro profissional, advogado ou não, para
desempenho de serviço auxiliar ou complementar técnico
e especializado, ou com incumbência pertinente fora da
Comarca, devem integrar as condições gerais do contrato.

Art. 37. Em face da imprevisibilidade do prazo de


tramitação da demanda, devem ser delimitados os
serviços profissionais a se prestarem nos procedimentos
preliminares, judiciais ou conciliatórios, a fim de que
outras medidas, solicitadas ou necessárias, incidentais ou
não, diretas ou indiretas, decorrentes da causa, possam ter
novos honorários estimados, e da mesma forma receber
do constituinte ou cliente a concordância hábil.

Art. 38. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os


honorários devem ser necessariamente representados por
pecúnia e, quando acrescidos dos de honorários da
sucumbência, não podem ser superiores às vantagens
advindas em favor do constituinte ou do cliente.
GIH BELTRÃO
PRESCRIÇÃO
Parágrafo único. A participação do advogado em bens
particulares de cliente, comprovadamente sem condições
pecuniárias, só é tolerada em caráter excepcional, e desde
que contratada por escrito.

Art. 39. A celebração de convênios para prestação de


serviços jurídicos com redução dos valores estabelecidos
na Tabela de Honorários implica captação de clientes ou
causa, salvo se as condições peculiares da necessidade e
dos carentes puderem ser demonstradas com a devida
antecedência ao respectivo Tribunal de Ética e Disciplina,
que deve analisar a sua oportunidade.

Art. 40. Os honorários advocatícios devidos ou fixados em


tabelas no regime da assistência judiciária não podem ser
alterados no quantum estabelecido; mas a verba
honorária decorrente da sucumbência pertence ao
advogado.

Art. 41. O advogado deve evitar o aviltamento de valores


dos serviços profissionais, não os fixando de forma irrisória
ou inferior ao mínimo fixado pela Tabela de Honorários,
salvo motivo plenamente justificável.

Art. 42. O crédito por honorários advocatícios, seja do


advogado autônomo, seja de sociedade de advogados,
não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro
título de crédito de natureza mercantil, exceto a emissão
de fatura, desde que constitua exigência do constituinte
ou assistido, decorrente de contrato escrito, vedada a
tiragem de protesto.
GIH BELTRÃO
PRESCRIÇÃO
Art. 43. Havendo necessidade de arbitramento e cobrança
judicial dos honorários advocatícios, deve o advogado
renunciar ao patrocínio da causa, fazendo-se representar
por um colega.

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ÓRGÃOS DA OAB (Art. 45 EAOAB)

Conselho Federal (arts. 51 a 55 , EAOAB ;


arts. 62 a 104, RG)
O Conselho federal é o órgão julgador supremo da OAB, sua sede é em
Brasília.
O presidente do CF é considerado como presidente nacional da OAB, e ele só
vota se tiver empate em alguma sessão.

Composição do Conselho Federal – Art. 51 EAOAB:

São Conselheiros Federais:

1 - Integrantes das delegações de cada unidade federativa;


Unidade federativa é cada estado do Brasil mais o Distrito federal. Cada
Estado manda 3 conselheiros federais (chapa vencedora) para Brasília

2 - Ex presidentes do Conselho Federal;

O presidente do CF pode ser reeleito mais uma vez. Após sua reeleição, ele
será ex presidente, se tornando conselheiro federal, na qualidade de “Membro
Honorário Vitalício”.

Competência do Conselho Federal – Art. 55 EAOAB

Em uma sessão de votação no Conselho Federal, os 3 conselheiros de cada


unidade federativa tem direito a 1 voto, ficando decidido entre eles 2x1 ou 3x0.
Na ausência de um desse 3 advogados em uma sessão, vai ser levado em
consideração o voto dos presente, no entanto, caso tenha empate nos 2
presentes, o voto não será computado.

Em uma sessão, os ex presidentes de até 1994 tem direito a voto e a voz, após
1994 eles só tem direito a voz.

GIH BELTRÃO
ÓRGÃOS DA OAB
Conselhos Seccionais (arts. 56 a 59, EAOAB;
arts. 105 a 114, RG)
Tem como base territorial (sede), os estados, DF e territórios. A criação de um
novo Conselho Seccional se dá através de Resolução do Conselho Federal da
OAB.

Composição dos Conselhos Seccionais – Art. 106, RG

O número de conselheiros seccionais é proporcional ao número de advogados


inscritos.

Se no estado tem abaixo de 3 mil advogados, poderá ter até 30 conselheiros


Acima de 3 mil advogados e a cada de 3 mil advogados completos, é incluído
mais 1, até um número máximo de 80 conselheiros seccionais.

Competência dos Conselhos Seccionais – Art. 58 EAOAB

Subseções (arts. 60 e 61, EAOAB; arts. 115 a 120, RG)


As subseções funcionam como extensões (suportes) dos conselhos seccionais,
serve para decentralizar algumas funções. A sede de uma subseção pode
abranger um município, mais de um município ou parte de um município
(pode ser em qualquer lugar). Para que o conselho seccional crie uma
subseção, basta ter pelo menos, 15 advogados domiciliados profissionalmente,
ou seja, mais de 15 advogados atuando naquela comarca.

Obs: se houver mais de 100 advogados, poderá ser criado um Conselho na


Subseção, que por sua vez, vai servir para aumentar um pouco a competência
que está descrita no Art.

Atenção: A subseção é o ÚNICO órgão da OAB, que não tem personalidade


jurídica própria. É um órgão autônomo da OAB.

GIH BELTRÃO
ÓRGÃOS DA OAB
Caixa de Assistência dos Advogados (art. 62, EAOAB; arts.
121 a 127, RG)
Tem a finalidade de prestar uma assistência aos advogados. Quem cria a
Caixa de Assistência é o Conselho Seccional. A sede da Caixa de Assistência
dos Advogados é a mesma do Conselhos Seccionais que a criou.

Não pode ter Caixa de Assistência em todos os estados, porque para que o
conselho seccional possa criar uma Caixa de Assistência, deve ter mais de
1500 advogados inscritos.

GIH BELTRÃO
ELEIÇÕES E MANDATOS (arts. 62 a 68, EAOAB ; arts; 128 a 137, RG)

As eleições são realizadas de 3 em 3 anos, e são feitas através de chapas.

Os advogados são obrigados a votar nas eleições. O voto é obrigatório para os


advogados, mas não é para os estagiários. Caso o advogado não vote ou não
justifique, será cobrada uma multa de 20% do valor da anuidade.
Esse assunto não é muito cobrado, mas é necessário a leitura dos artigos
acima.

GIH BELTRÃO
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA Deveres dos Advogados

Processo disciplinar na OAB – ART. 49 AO 66 do CED e os


arts. 70 e seguintes do EAOAB
O processo disciplinar se inicia de ofício ou por uma representação, essa
representação é feita por qualquer pessoa, sendo vedado o anonimato.

Iniciando por representação, essa representação será encaminhada /


endereçada ao presidente da OAB, podendo ser o presidente do Conselho
Seccional ou da Subseção que tenha conselho.

Uma vez o presidente recebendo essa representação, ele nomeará um relator


para ficar responsável pela instrução do processo. Pode ser seguindo dos
caminhos, o relator pode propor o arquivamento (ele não arquiva, ele só
propõe, quem arquiva é o presidente), ou pode abrir prazo pra defesa prévia,
sendo oferecida no prazo de 15, podendo ser prorrogado pelo prazo que o
relator achar pertinente (a lei não fala).

Com a defesa prévia, o relator pode propor de novo o arquivamento, ou pode


marcar uma audiência, onde poderão ser ouvidas 5 testemunhas para cada
parte.

Da audiência, é aberto o prazo de 15 dias para cada parte de alegações finais.


A partir deste momento, é feito um relatório e é encaminhado para
julgamento no “Tribunal de Ética e Disciplina, cabendo recurso no prazo de 15
dias para o Conselho Seccional, que da decisão, cabe recurso no prazo de 15
 dias para o Conselho Federal, se a decisão do Conselho Seccional não for
unânime, e se for unânime, tem que contrair o estatuto, o código de ética, o
regulamento geral, decisão de outro Conselho Seccional ou do Conselho
Federal.

Competência do Processo disciplinar -  Art. 70 EAOAB


A competência para processar e julgar um advogado é a do conselho
seccional onde foi praticada a infração, mesmo que o advogado não tenha
inscrição naquele conselho.

GIH BELTRÃO
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
Exceção:

Art. 70, § 3º EAOAB, se houver necessidade de uma suspensão preventiva, caso


o advogado cometa uma infração que cause uma repercussão prejudicial a
dignidade da advocacia, ele será processo pelo Tribunal de Ética e Disciplina
do Conselho Seccional onde tem inscrição principal.

Obs: Compete ao Conselho Federal originariamente julgar, o Presidente de


Conselho Seccional, Conselheiro federal ou advogado que ofende o próprio
Conselho Federal.

Deveres do Advogado – Art. 1 ao 48 do Código de Ética


O CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, ao instituir
o Código de Ética e Disciplina, norteou-se por princípios que formam a
consciência profissional do advogado e representam imperativos de sua
conduta, tais como:

Os de lutar sem receio pelo primado da Justiça; pugnar pelo cumprimento da


Constituição e pelo respeito à Lei, fazendo com que esta seja interpretada
com retidão, em perfeita sintonia com os fins sociais a que se dirige e as
exigências do bem comum; ser fiel à verdade para poder servir à Justiça como
um de seus elementos essenciais; proceder com lealdade e boa-fé em suas
relações profissionais e em todos os atos do seu ofício;
empenhar-se na defesa das causas confiadas ao seu patrocínio, dando ao
constituinte o amparo do Direito, e proporcionando-lhe a realização prática
de seus legítimos interesses; comportar-se, nesse mister, com independência
e altivez, defendendo com o mesmo denodo humildes e poderosos; exercer a
advocacia com o indispensável senso profissional, mas também com
desprendimento, jamais permitindo que o anseio de ganho material
sobreleve à finalidade social do seu trabalho; aprimorar-se no culto dos
princípios éticos e no domínio da ciência jurídica, de modo a tornar-se
merecedor da confiança do cliente e da sociedade como um todo, pelos
atributos intelectuais e pela probidade pessoal; agir, em suma, com a
dignidade das pessoas de bem e a correção dos profissionais que honram e
engrandecem a sua classe.

Inspirado nesses postulados é que o Conselho Federal da Ordem dos


Advogados do Brasil, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos arts.
33 e 54, V, da Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, aprova e edita este Código,
exortando os advogados brasileiros à sua fiel observância.

GIH BELTRÃO
DA ÉTICA DO ADVOGADO
Vou deixar os artigos abaixo para leitura.

DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS FUNDAMENTAIS

Art. 1º O exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos


deste Código, do Estatuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os
demais princípios da moral individual, social e profissional.

Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do


Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da
Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à
elevada função pública que exerce.

Parágrafo único. São deveres do advogado:

I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão,


zelando pelo seu caráter de essencialidade e indispensabilidade;

II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade,


lealdade, dignidade e boa-fé;

III – velar por sua reputação pessoal e profissional;

IV – empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e


profissional;

V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;

VI – estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que


possível, a instauração de litígios;

VII – aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial;

VIII – abster-se de:

a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;

b) patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia, em


que também atue;

GIH BELTRÃO
DA ÉTICA DO ADVOGADO
c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente
duvidoso;

d) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade


e a dignidade da pessoa humana;

e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono


constituído, sem o assentimento deste.

IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos


seus direitos individuais, coletivos e difusos, no âmbito da comunidade.

Art. 3º O advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar


as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um
instrumento para garantir a igualdade de todos.

Art. 4º O advogado vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação


empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços,
integrante de departamento jurídico, ou órgão de assessoria jurídica, público
ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência.

Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de


pretensão concernente a lei ou direito que também lhe seja aplicável, ou
contrarie expressa orientação sua, manifestada anteriormente.

Art. 5º O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento


de mercantilização.

Art. 6º É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo falseando


deliberadamente a verdade ou estribando-se na má-fé.

Art. 7º É vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem,


direta ou indiretamente, inculcação ou captação de clientela.

GIH BELTRÃO
DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE
Art. 8º O advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequívoca,
quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão
advir da demanda.

Art. 9º A conclusão ou desistência da causa, com ou sem a extinção do


mandato, obriga o advogado à devolução de bens, valores e documentos
recebidos no exercício do mandato, e à pormenorizada prestação de contas,
não excluindo outras prestações solicitadas, pelo cliente, a qualquer
momento.

Art. 10. Concluída a causa ou arquivado o processo, presumem-se o


cumprimento e a cessação do mandato.

Art. 11. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono
constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo justo ou para
adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis.

Art. 12. O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo os feitos,


sem motivo justo e comprovada ciência do constituinte.

Art. 13. A renúncia ao patrocínio implica omissão do motivo e a continuidade


da responsabilidade profissional do advogado ou escritório de advocacia,
durante o prazo estabelecido em lei; não exclui, todavia, a responsabilidade
pelos danos causados dolosa ou culposamente aos clientes ou a terceiros.

Art. 14. A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o


desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como não
retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual
verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente, em face do
serviço efetivamente prestado.

Art. 15. O mandato judicial ou extrajudicial deve ser outorgado


individualmente aos advogados que integrem sociedade de que façam parte,
e será exercido no interesse do cliente, respeitada a liberdade de defesa.

Art. 16. O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso de


tempo, desde que permaneça a confiança recíproca entre o outorgante e o
seu patrono no interesse da causa.

Art. 17. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou


reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem
representar em juízo clientes com interesses opostos.
GIH BELTRÃO
DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE
Art. 18. Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes, e não
estando acordes os interessados, com a devida prudência e discernimento,
optará o advogado por um dos mandatos, renunciando aos demais,
resguardado o sigilo profissional.

Art. 19. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex cliente ou ex-


empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o segredo
profissional e as informações reservadas ou privilegiadas que lhe tenham sido
confiadas.

Art. 20. O advogado deve abster-se de patrocinar causa contrária à ética, à


moral ou à validade de ato jurídico em que tenha colaborado, orientado ou
conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu impedimento
ético quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe houver
revelado segredos ou obtido seu parecer.

Art. 21. É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem


considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado.

Art. 22. O advogado não é obrigado a aceitar a imposição de seu cliente que
pretenda ver com ele atuando outros advogados, nem aceitar a indicação de
outro profissional para com ele trabalhar no processo.

Art. 23. É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo,


simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.

Art. 24. O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato


pessoal do advogado da causa.

§ 1º O substabelecimento do mandato sem reservas de poderes exige o prévio


e inequívoco conhecimento do cliente.

§ 2º O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente


seus honorários com o substabelecente.

GIH BELTRÃO
DA PUBLICIDADE (ART. 28 AO 34)

A publicidade do advogado é permita com algumas restrições.

O advogado pode anunciar seus serviços por escrito em jornais, revistas,


internet e sempre tem que ter nome completo e número da OAB.

Sempre tem que ter a finalidade INFORMATIVA, ou seja, nome, endereço


telefone, especialidade, título e qualificações (mestrado, pós – graduações,
doutorados)

O advogado não pode colocar expressões para captar cliente, como


“melhores honorários da praça", por exemplo.

Ele não pode anunciar atividades estranhas à advocacia, como advogado e


contador, por exemplo.

O advogado não pode anunciar em TV, rádio, outdoor, em ônibus, etc.

Art. 28. O advogado pode anunciar os seus serviços profissionais, individual ou


coletivamente, com discrição e moderação, para finalidade exclusivamente
informativa, vedada a divulgação em conjunto com outra atividade.

Depois é necessário uma lida nos artigos mencionados acima, que são
basicamente o resumo que fiz.

GIH BELTRÃO
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS
ADVOGADOS (arts. 145 ao 150, RG)

Art. 145. A Conferência Nacional dos Advogados é órgão consultivo máximo do


Conselho Federal, reunindo-se trienalmente, no segundo ano do mandato,
tendo por objetivo o estudo e o debate das questões e problemas que digam
respeito às finalidades da OAB e ao congraçamento dos advogados.

§1º. As Conferências dos Advogados dos Estados e do Distrito Federal são


órgãos consultivos dos Conselhos Seccionais, reunindo-se trienalmente, no
segundo ano do mandato.

§2º. No primeiro ano do mandato do Conselho Federal ou do Conselho


Seccional, decidem-se a data, o local e o tema central da Conferência.

§3o. As conclusões das Conferências têm caráter de recomendação aos


Conselhos correspondentes. (Não tem efeito vinculante)

Art. 146. São membros das Conferências:

I - Efetivos: os Conselheiros e Presidentes dos órgãos da OAB presentes, os


advogados e estagiários inscritos na Conferência, todos com direito a voto;

II - Convidados: as pessoas a quem a Comissão Organizadora conceder tal


qualidade, sem direito a voto, salvo se for advogado.

GIH BELTRÃO
MEDALHA RUI BARBOSA (art. 152, RG)

É uma homenagem que a OAB pode prestar a uma grande personalidade da


advocacia. Ela é concedida uma única vez a cada 3 anos, e esse advogado que
é “agraciado” com a Medalha Rui Barbosa, pode participar das sessões do
Conselho Federal, com direito a VOZ.

Art. 152. A “Medalha Rui Barbosa” é a comenda máxima conferida pelo


Conselho Federal às grandes personalidades da advocacia brasileira.

Parágrafo único. A Medalha só pode ser concedida uma vez, no prazo do


mandato do Conselho, e será entregue ao homenageado em sessão solene.

GIH BELTRÃO
CONCLUSÃO

Tenho certeza que com esse eBook suas chances de Gabaritar Ética na 1º Fase
da OAB aumentaram em pelo menos 90%, mas lembre-se, não limitem-se
apenas ao eBook, busquem outros materiais e exercitem muito!

"Não é sobre quantas vezes você foi rejeitado, caiu e teve que levantar, é sobre
quantas vezes você fica em pé, levanta a cabeça e segue em frente.

Se você tem um sonho, lute por ele."

~ Lady Gaga, Oscar 2019.

GIH BELTRÃO
SOBRE GIH BELTRÃO

Advogada trabalhista desde 2015, aprovada com Nota Máxima


na Segunda Fase da OAB, Especialista em Direito do Trabalho
e Processo do Trabalho.

“O Vire Advogada surgiu em 2017 com o objetivo de ajudar


outros estudantes a conseguirem a tão sonhada aprovação no
Exame da Ordem.” 

~ Gih Beltrão, 29 anos, Recife-PE


@VIREIADVOGADA

/VIREIADVOGADA

WWW.VIREIADVOGADA.COM.BR

GIH BELTRÃO

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