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UFCD 1720 - Controlo da Qualidade

em Microbiologia

Célia Craveiro
Objectivos:

Reconhecer o controlo interno e externo nos ensaios


microbiológicos.
Temas a Abordar:

1. Controlo de Qualidade em Microbiologia

2. Repetibilidade e reprodutibilidade

3. Cálculo de incertezas
Excelência – Gestão da Qualidade Total

A Qualidade é uma responsabilidade que deve ser igualmente partilhada por


todos.

São essenciais as vertentes:


Motivação
Comunicação
Formação

Para obter a qualidade total é essencial:


Estabelecer uma política e estratégia da organização
Uma gestão eficaz e eficiente da organização
Visar sempre a melhoria contínua

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GARANTIA
Antes dos ensaios
Durante os ensaios
Confiança nos resultados
Prevenir erros/falhas CONTROLO
Depois dos ensaios
Exemplos Avaliar os resultados
Formação Detectar erros/falhas
Calibração
Organização Exemplos
Documentação Réplicas
PQ
MRC
Ensaios interlaboratoriais

Efectuar Planeamento, dependendo de:


Tipo de ensaio, Operações executadas, Amostragem, Armazenamento,
Preparação, Execução da determinação

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GARANTIA DA QUALIDADE E CONTROLO DA QUALIDADE

GARANTIA DA QUALIDADE – conjunto de todas as actividades planeadas e


sistematicamente implementação no âmbito do sistema da qualidade,
demonstração necessárias para proporcionar confiança adequada de que
uma entidade está em condições de satisfazer os requisitos da qualidade.

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GARANTIA DA QUALIDADE E CONTROLO DA QUALIDADE

Internamente, a garantia da qualidade:


Proporciona confiança à gestão

Externamente, a garantia da qualidade:


Proporciona confiança ao cliente

São actividades planeadas para assegurar que as actividades de controlo da


qualidade são adequadamente implementadas.

Os requisitos da qualidade devem abranger totalmente as necessidades do


cliente.

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GARANTIA DA QUALIDADE E CONTROLO DA QUALIDADE

CONTROLO DA QUALIDADE – conjunto das técnicas e actividades de carácter


operacional utilizadas com vista a satisfazer os requisitos da qualidade.
Todas as actividades desenvolvidas para verificar a qualidade das medições.

SISTEMA NA QUALIDADE – conjunto da estrutura organizacional, dos


procedimentos dos processos e dos recursos necessários para implementar a
gestão da qualidade.

Um sistema da qualidade deve ser tão compreensível quanto o requerido para


alcançara as necessidades dos Clientes

Pelo que os procedimentos e responsabilidades da Organização devem estar bem


definidos.

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É essencial monitorizar a validação dos ensaios e/ou calibrações, pelo que os
dados de controlo devem ser sistematicamente registados de modo a
detectarem-se anomalias ou tendências (medidas por exemplo através de
cartas de controlo) .

Dispor de Procedimento de Controlo de Qualidade o qual deve incluir;


Uso de padrões internos ou materiais de referência
Participação em Ensaios Interlaboratoriais (EIL)
Análise de réplicas, usando o mesmo métodos ou outro
Análise de amostras já analisadas;

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As medidas de Controlo da Qualidade dependem do ensaio/calibração em
causa, volume de trabalho, experiência do laboratório, experiência do
analista, fase de implementação/uso do método;

É obrigatória a participação em ensaios interlaboratoriais (nacionais ou


internacionais);

Deve ser dada preferência aos ensaios promovidos ou recomendados pelo


IPAC (para os laboratórios Acreditados alguns são de participação
obrigatória);

Analisar os resultados dos EIL e desencadear as acções de trabalho não-


conforme, quando os resultados forem insatisfatórios;

Apenas as medidas de Controlo de Qualidade dos Métodos Acreditados ou


pospostos para Acreditação são Auditados.
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Os resultados do controlo de qualidade devem ser analisados.
Quando os valores se encontrarem fora dos critérios definidos,
devem ser desencadeadas acções correctivas por forma a
corrigir o problema e a prevenir resultados incorrectos.
Um método de ensaio é um processo que envolve manipulação susceptíveis de
acumularem erros (sistemáticos e/ou aleatórios), podendo assim, em algumas
situações, alterar de forma significativa o valor do resultado final.

Erros Aleatórios – são pequenos e irregulares, detectam-se porque ao efectuar


repetições de ensaio os resultados obtidos não são exactamente iguais, as suas
fontes podem ser incerteza instrumental, do método ou do operador, não são
elimináveis, mas podem reduzir-se com trabalho cuidadoso. Afectam a
PRECISÃO.

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Erros Sistemáticos – Ocorrem sempre com o mesmo valor e sentido, as suas
fontes podem ser erros instrumentais, do método, ou do operador, são
reconhecíveis e podem reduzir-se parcial ou completamente, reconhecem-se
pelo afastamento entre o valor verdadeiro e o valor médio. Afectam a
EXACTIDÃO.

É fundamental que os Laboratórios disponham de meios e critérios objectivos,


para Prevenir o seu aparecimento – Garantia da Qualidade e Controlar a sua
Ocorrência - Controlo da Qualidade.

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Controlo de Qualidade (CQ) – conjunto das técnicas e actividades de carácter
operacional com vista a responder às exigências da qualidade (ISO 8402)

Controlo de Qualidade Externo – acções de CQ efectuadas pelo


laboratório, mas cuja realização depende de uma intervenção (ou
participação) exterior ao laboratório – CONTROLO DE EXACTIDÃO.

Controlo de Qualidade Interno – acções de CQ cuja implementação


depende apenas da vontade e meios do laboratório, e não de factor
externo – CONTROLO DA PRECISÃO.

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CONTROLO EXTERNO

Os processos normalmente utilizados para avaliar a exactidão


de uma metodologia são:

-Materiais de referência certificados (MRC);

- Ensaios interlaboratoriais.

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Materiais de referência Certificados

Sempre que possível, os materiais de Referência Certificados (MRC) devem ser


usados no processo de validação e controlo da qualidade de um método de
ensaio.

Estes materiais constituem uma excelente ferramenta no Controlo Externo da


Qualidade de uma análise Química.

Um MRC possui um valor de concentração (ou outra grandeza) para cada


parâmetro e uma incerteza associada

O uso correcto dos MRC consiste na sua análise para avaliar o desempenho do
Laboratório.

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Materiais de referência Certificados

O valor obtido na análise de um MRC deve ser comparado com o valor


certificado, determinando-se o erro e a exactidão da análise.

Quando o valor obtido não se encontrar dentro do intervalo de incerteza


indicado para o valor certificado, o Laboratório deve procurar as causas desse
desvio e tentar eliminá-las ou aceitá-las.

Conforme o rigor definido para os seus resultados, o Laboratório pode adoptar


critérios diferentes para a aceitação dos resultados dos MRC.

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Materiais de referência Certificados

Alguns dos processos para avaliar, os resultados obtidos da análise de um


MRC, são os seguintes:

- Erro relativo
- Factor de desempenho Z (Z-score)
- Teste de hipóteses (teste t)
- Erro normalizado

Sempre que nos processos de avaliação utilizados não se verifiquem as


condições satisfatórias, deverá ser elaborado um plano de acções correctivas
de forma a procurar as causas do sucedido, corrigi-las e reavaliar-se o ensaio.

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Materiais de referência Certificados

O desempenho do Laboratório não deve ser extrapolado para amostras com


matrizes diferentes, nestes casos permitem uma evidência mínima do domínio
da técnica analítica.

A periodicidade de análise dos MRC deve ser estipulada em função da


frequência de análises efectuadas:
- Amostras de rotina
- Amostras pontuais
- conhecimento das amostras
- da complexidade das técnicas,
- grau de confiança exigido ao resultado.

Como referência, uma análise anual pode ser a frequência mínima.


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Ensaios Interlaboratoriais

Existem diversos tipos de ensaios interlaboratoriais, consoante os objectivos a


que se destinam. Tais como:

Ensaio Interlaboratorial de Aptidão: destina-se a avaliar o desempenho dos


laboratórios participantes, funcionando em alguns países como uma
condição para a acreditação do laboratório

Ensaio Interlaboratorial de Normalização: destina-se a estudar as


características de um método de análise, nomeadamente a sua
repetibilidade e reprodutibilidade. Neste caso, é condição de acesso a
utilização exclusiva do método em causa.

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Ensaios Interlaboratoriais

Os resultados obtidos pelo laboratório nos ensaios interlaboratoriais em que


participa devem ser objecto de uma análise cuidada, de que pode resultar um
plano de acções correctivas.

Avaliação do Desempenho

A avaliação do desempenho do Laboratório participante é feita pela entidade


organizadora, através do Z-scoore.

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CONTROLO INTERNO

O laboratório deve estabelecer um sistema de CQ interno dos


resultados, nomeadamente para as análises de rotina, e
técnicas de análise mais usadas ou susceptíveis de erro,
baseado em:

- uso de Materiais de Referência Internos (MRI);


- uso de técnicas complementares de CQ de resultados;
- uso de cartas de controlo estatístico.

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Materiais de Referência Internos (MRI)

São materiais preparados pelo laboratório com as seguintes características:


- pode ser (por ordem de preferência) uma amostra de controlo (de um lote reservado
para esse fim), um padrão de matriz ajustada com as amostras, ou um padrão
semelhante (mas independente dos) de calibração;
- estáveis a médio/longo prazo, de modo a permitir a comparação de lotes de MRI novos
com antigos, e assim avaliar continuamente a variabilidade de resultados no tempo;
- a homogeneidade de cada lote de MRI ser igual ou superior à precisão exigida aos
resultados;
- o valor de referência do MRI deve ser atribuído tomando as precauções necessárias
para garantir a sua exactidão (por exemplo, por aferição com um MRC ou por
confrontação de técnicas).

Os MRI permitem controlar a precisão ao longo do tempo, e devem ser utilizados em


cada série/dia de análises, com uma frequência superior a 5% do total de amostras da
série/dia.

A frequência do uso dos MRI deve aumentar quando:


- não houver MRC ou ensaios interlaboratoriais disponíveis e adequados;
- não forem utilizados outros meios de controlo da precisão a médio/longo prazo.

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Técnicas complementares de CQ

Incluem-se:

- análise de brancos em paralelo com as amostras;


- uso de análises em duplicado (ou outro número de réplicas);
- repetição de análises anteriormente efectuadas (no caso de amostras não-
perecíveis);
- testes de recuperação de quantidades adicionadas a amostras;
- uso do método de adição de padrão;
- confrontação de resultados obtidos por diferentes técnicas analíticas;
- correlação de resultados de características diferentes da mesma amostra.

A selecção de técnicas complementares de CQ a usar deve ser feita de acordo


com a complexidade e dificuldade dos métodos, e com as fontes de erro que se
pretendem controlar.

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Técnicas complementares de CQ

Brancos

Análise de contaminações (reagentes, ambientais, material…)

Utilizados em análises instrumentais e titrimétricas.

Duplicados

O recurso à análise da amostra em duplicado, não garante que o resultado final


tenha um menor erro – maior exactidão, uma vez que se existir erro sistemático
ambos os duplicados o possuirão.

Se ocorrer um erro acidental num dos duplicados, e o outro não o possua,


podemos facilmente detectá-lo

A análise de duplicados deve ser encarada como uma ferramenta de detecção


de erros acidentais, e de controlo de repetibilidade.
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Técnicas complementares de CQ

Duplicados

Recomenda-se que uma parcela de 5 a 10% do total de análises seja repetida.

O uso de duplicados é particularmente recomendado para análises com vários


passos e fontes de erro, bem como para novas amostras ou amostras de difícil
homogeneização e/ou estabilidade

Usada para o treino de novos analistas, ou domínio e aprendizagem de novos


ensaios.

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Técnicas complementares de CQ

Amostras – Cegas

Amostras conhecidas dos supervisores mas que os analistas pensam tratar-se


de amostras vulgares.

Podem ser MRC ou MRI, ou até amostras anteriormente analisadas.

O emprego de amostras cegas tem por fim conhecer a precisão ou exactidão


dos resultados produzidos, podendo ser um meio de conhecer e avaliar o
desempenho do analista ou estagiário.

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Técnicas complementares de CQ

Testes de Recuperação

A recuperação do analíto pode ser estimada pela análise de amostras dopadas


com quantidades conhecidas do mesmo (spike).

Amostras dopadas com o analíto em pelo menos três diferentes concentrações:


- próximo ao limite de detecção,
- próximo à concentração máxima permissível
- concentração próxima à média da faixa de uso do método.

Controlo da exactidão, selectividade e especificidade do método.

Frequência não inferior a 5% do total das amostras externas

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Técnicas complementares de CQ

Especificidade/Selectividade

Selectividade - é a capacidade de um método identificar e distinguir um


analito em particular numa mistura complexa sem interferência dos outros
componentes.

Método Específico – quando permite discriminar o analito relativamente a


outras substâncias, eventualmente presentes na amostra a analisar, ou seja,
quando oferece garantias que a grandeza medida provém apenas do analito.

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Técnicas complementares de CQ

Adição Padrão

Destina-se a eliminar o chamado efeito de matriz, causado por as amostras


terem composições diferentes dos padrões.

O emprego deste método de calibração contribui para eliminar este erro


sistemático, melhorando a exactidão do resultado.

O seu emprego não garante que se obtenha o verdadeiro valor, dado que
outros erros e interferências podem ocorrer.

O seu emprego (e de testes de recuperação) constitui uma prática


recomendada quando se suspeita da existência de problema de matriz.

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CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO FÍSICA

VERIFICAÇÃO FUNCIONAL DE EQUIPAMENTOS TÉRMICOS

As verificações funcionais de equipamento com controladores de temperatura,


estufas, muflas, fornos, banhos, etc. consiste em estudos do seu
comportamento térmico, e devem ser feitos com instrumento calibrados,
apropriados à exactidão requerida.

Devem ser avaliados os seguintes pontos:


- estabilidade térmica no tempo, com registo da temperatura máxima e mínima
obtida durante o intervalo de tempo que abranja os ciclos liga-desliga do
termóstato, ou o indicado na norma de ensaio;
- homogeneidade da temperatura no interior do equipamento (existência de
gradiente entre o centro e os vértices), tendo em conta a capacidade, volume,
da estufa e as tolerâncias definidas na norma de ensaio.

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CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO FÍSICA

CALIBRAÇÃO INSTRUMENTAL

A calibração instrumental deve ser efectuada sempre que a norma de ensaio o


exija, ou quando tenha uma influência directa ou significativa no resultado.

Pode ser necessário calibrar, por exemplo:


- o comprimento de onda ou a absorvância medida por um espectrofotómetro
(para medições absolutas expressas nestas grandezas);
- a temperatura medida por um sensor integrado num potenciómetro ou
condutivímetro.

Recomenda-se o uso de intervalos iniciais de calibração anuais, a serem


ajustados consoante o historial obtido.

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Tabela 1 - Guia de calibração genérico para alguns equipamentos
CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO FÍSICA

CALIBRAÇÃO ANALÍTICA

Calibração Analítica -Calibração efectuada recorrendo a padrões químicos e/ou


materiais de referência, geralmente por intermédio de uma recta ou curva de
calibração.

O tipo de calibração analítica deve ser adoptado ao tipo de análises e amostras


a ensaiar:
-recta/curva de calibração;
-adição de padrão;
-padrão interno;
-padrão externo;

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CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO FÍSICA

CALIBRAÇÃO ANALÍTICA

Cada uma destas opções é mais adequada para diferentes casos concretos, pelo
que o laboratório deverá definir os critérios de escolha e aplicabilidade.

Uma vez definido o método, deverão estabelecer-se critérios para aceitar as


curvas de calibração obtidas (nomeadamente quanto à sua linearidade e
ajustamento).

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CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO FÍSICA

CALIBRAÇÃO ANALÍTICA

Periodicidade

A calibração analítica deve ser efectuada com a periodicidade indicada na


norma respectiva (em regra, conjuntamente com a realização da análise das
amostras). Contudo, atendendo a que alguns sistemas analíticos (quando
aplicados adequada e controladamente) são bastante estáveis, poderá ser feita
apenas periodicamente como descrito abaixo.

Assume-se que previamente (na fase de validação ou implementação do


método) foi estudado o sistema analítico, nomeadamente quanto à linearidade
nas gamas de interesse (exemplo: ISO 8466-1) e aplicabilidade às amostras em
causa ou esperadas.

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CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO FÍSICA

CALIBRAÇÃO ANALÍTICA

Periodicidade

A calibração analítica deve ser efectuada com a periodicidade indicada na norma


respectiva (em regra, conjuntamente com a realização da análise das amostras).
Contudo, atendendo a que alguns sistemas analíticos (quando aplicados adequada e
controladamente) são bastante estáveis, poderá ser feita apenas periodicamente como
descrito abaixo.

Assume-se que previamente (na fase de validação ou implementação do método) foi


estudado o sistema analítico, nomeadamente quanto à linearidade nas gamas de
interesse (exemplo: ISO 8466-1) e aplicabilidade às amostras em causa ou esperadas.

Assume-se ainda que cada utilização de equipamento de análise instrumental foi


antecedida de um protocolo de verificação do bom funcionamento do aparelho,
contemplando (nomeadamente e se aplicável) a estabilidade, alinhamento óptico,
linearidade e sensibilidade do detector, estabilidade da linha de base.
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CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO FÍSICA

CALIBRAÇÃO ANALÍTICA

Periodicidade

Calibração diária - Recomenda-se que a calibração diária (ou em cada secção de


trabalho) seja feita usando pelo menos 3 padrões e um branco se relevante. Com
critérios de aceitação estabelecidos.

Calibração Periódica - O laboratório pode adoptar a calibração periódica desde que


cumpra todas as seguintes alíneas:
- trabalhar com matrizes conhecidas e estáveis;
- evidenciar um historial prévio de pelo menos 5 calibrações sucessivas com a
periodicidade pretendida, que demonstrem a estabilidade do sistema analítico, pela
semelhança dos parâmetros de calibração obtidos; devem ainda existir critérios de
aceitação da calibração periódica, tal como na calibração diária.

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CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO FÍSICA

CALIBRAÇÃO ANALÍTICA

Periodicidade

Calibração Periódica - Os intervalos máximos entre calibrações periódicas deverão estar


definidos, tendo em atenção que a mudança de reagentes, lâmpadas, ou colunas, ou
ainda qualquer intervenção no equipamento, ou alteração de instalações ou pessoal,
são susceptíveis de alterar significativamente a estabilidade do sistema analítico e sua
resposta.

Esta opção de calibração periódica deve ser usada com prudência, e reforçada com o
programa de controlo da qualidade, não dispensando utilização de padrões (ou
amostras) de controlo independentes dos de verificação da calibração.

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CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO FÍSICA

PROCESSAMENTO INFORMÁTICO DOS DADOS

Os equipamentos integrando sistemas informáticos para aquisição e/ou


tratamento de dados devem estar sob controlo do laboratório. Assim, devem
ser conhecidas ou validadas as fórmulas usadas, nomeadamente para:
- o traçado da curva de calibração e interpolação de valores (cálculo de
resultados);
- a correcção ou definição da linha de base e cálculo de áreas ou alturas de
picos (ou sinais).

Todo o sistema informático deverá possuir medidas restritivas de acesso e


segurança dos dados e “software” compatíveis com a sua importância e
confidencialidade.

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CALIBRAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO FÍSICA

SINAIS INSTRUMENTAIS

Em algumas técnicas analíticas, conseguem-se indicações úteis representando


em CC parâmetros instrumentais, como sejam:
- tempos de retenção/número de pratos teóricos em cromatografia;
- absorvância de padrões em absorção molecular/atómica.

Este tipo de parâmetros destina-se principalmente ao controlo do


equipamento, nomeadamente condições de operação e optimização.

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CONTROLO AMBIENTAL

O laboratório deve implementar um programa de controlo ambiental


apropriado, incluindo, por exemplo, o controlo do ar através da exposição de
Placas de Petri e de zaragatoas de superfícies, tendo em conta os níveis de
contaminação admissíveis para o tipo de ensaios realizados.

Fontes de risco/Causas de contaminação:


- Equipamento;
- Pessoas;
- Meio ambiente.

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CONTROLO AMBIENTAL

CONTROLO MICROBIOLÓGICO DO AR POR CENTRIFUGAÇÃO

CONTROLO DO AR POR SEDIMENTAÇÃO

CONTROLO DE SUPERFÍCIES

CONTROLO DE LUVAS

CONTROLO DE FARDAS

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Temas a Abordar:

1. Controlo de Qualidade em Microbiologia

2. Repetibilidade e reprodutibilidade

3. Cálculo de incertezas
REPETIBILIDADE & REPRODUTIVIDADE

É uma ferramenta da Qualidade usada na análise de um sistema de medição e


usado para medir, repetidas vezes, as amostras de um produto.

A repetitividade se refere à variabilidade característica do instrumento de


medição, e decorre da sua capacidade de fornecer leituras repetidas muito
próximas, sob as mesmas condições.

A reprodutibilidade se refere à capacidade de um sistema de medição


apresentar os mesmos resultados a partir da alteração nas condições de
medição, tais como mudanças de avaliadores, diferentes turnos de trabalho, ou
alterações de processo.

O objetivo do estudo de R&R é determinar se a variabilidade do SM é


relativamente menor que a variabilidade do processo monitorado

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REPETIBILIDADE

É a capacidade do instrumento de medição para dar, em condições de utilização


definidas, as respostas muito próximas quando se aplica repetidamente o
mesmo sinal de entrada. Estas condições incluem: redução ao mínimo das
alterações; devido ao observador; mesmo procedimento de medição; o mesmo
observador; o mesmo equipamento, utilizado nas mesmas condições; o mesmo
local; e repetições durante um curto intervalo de tempo. A repetibilidade pode
ser expressa quantitativamente através das características da dispersão das
indicações

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REPRODUTIBILIDADE

Aproximação entre resultados das medições de uma mesma grandeza, quando


as medições individuais são afetadas fazendo variar condições tais como:
métodos de medição; operador; instrumento de medida; local; condições de
utilização; tempo. A reprodutibilidade pode exprimir-se quantitativamente em
termos de características da dispersão dos resultados

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Temas a Abordar:

1. Controlo de Qualidade em Microbiologia

2. Repetibilidade e reprodutibilidade

3. Cálculo de incertezas
CÁLCULO DE INCERTEZA

Os Laboratórios acreditados devem estimar a incerteza dos ensaios.

A estimativa da incerteza apenas permite apreciar a confiança a atribuir aos


resultados dos ensaios, não devendo ser relacionada com a competência do
laboratório.

O cálculo da incerteza em ensaios microbiológicos deverá ser efectuado


através da abordagem global (baseia-se abordagem global baseada na
variabilidade total do processo analítico, cujo final é o resultado do ensaio,
inclui o viés “bias” (componente sistemática) e a precisão (componente
aleatória)).
CÁLCULO DE INCERTEZAS

INCERTEZA (da medição)


Parâmetro associado ao resultado de uma medição que caracteriza a
dispersão de valores que se pode razoavelmente atribuir à grandeza
medida.

INCERTEZA expandida, U
Quantidade que define um intervalo de um resultado de uma medição no
qual é esperado que inclua uma grande fracção da distribuição dos valores
que podem razoavelmente ser atribuídos à grandeza medida.
(Guide to the Expression of Uncertainity of Measurement)
CÁLCULO DE INCERTEZAS

1. Analisar o método
2. Identificar as fontes de incerteza
3. Definir o tipo de incerteza
Tipo “A”
“Quando n observações independentes tenham sido efectuadas para
uma das Grandezas de Entrada (Xi) nas mesmas condições de medição”
Tipo “B”
“Quando é a avaliação de uma estimativa de uma Grandeza de Entrada
(Xi) por outro meio que não o da análise estatística de uma série de
observações repetidas”
CÁLCULO DE INCERTEZAS

4. Quantificar as fontes de incerteza

5. Identificar o tipo de distribuição para cada fonte de incerteza


Tipo B: Normal [N]
Tipo B: Rectangular [R]
Tipo A: Student [S]
CÁLCULO DE INCERTEZAS

6. Calcular a variância para cada fonte de incerteza


𝐼𝑛𝑐2
ν𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 =
4

𝐼𝑛𝑐2
ν𝑟𝑒𝑡𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 =
3

𝑠2 σ𝑛
𝑖=1 (𝑙𝑖−𝑙𝑚)
νΔ (𝑠é𝑟𝑖𝑒) = >>>>>> 𝑠=√
𝑛 𝑛−1

𝑠 = 𝑑𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜
CÁLCULO DE INCERTEZAS

7. Calcular a incerteza padrão para cada fonte de incerteza


𝐼𝑛𝑐 𝑃𝑎𝑑𝑖 = √ν𝑖

8. Determinar o número de graus de liberdade para cada fonte de incerteza


Rectangular Probabilidade 100% Número
graus liberdade[NL]=Infinito
Rectangular Probabilidade<100% Número
graus liberdade[NL]=50
Normal Sem indicação Número
graus liberdade[NL]=50
Série medições (n) Número graus de liberdade= n-1
CÁLCULO DE INCERTEZAS

9. Exprimir em termos matemáticos a dependência da


Mensuranda Y(grandeza de saída) em relação às grandezas de
entrada Xi. Numa comparação directa Y=Xi+Δx
10.Calcular o coeficiente de sensibilidade para cada fonte de
incerteza
𝜕𝑌
𝐶𝑖 = 𝜕𝑋𝑖
11. Calcular a incerteza padrão da grandeza objeto da medição
𝐼𝑛𝑐 𝑃𝑎𝑑𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = √σ𝑖(𝐶𝑖 2 × ν𝑖)
CÁLCULO DE INCERTEZAS
12.Calcular o número de graus de liberdade da
grandeza objeto da medição
𝐼𝑛𝑐 4 𝑃𝑎𝑑𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙
𝑁 = ν𝑒𝑓 = 𝐶𝑖×𝐼𝑛𝑐𝑃𝑎𝑑𝑖 4
σ𝑛
𝑖=1 𝑁𝐿𝑖

13.Determinar o fator de expansão “k”


a.Por tabela numa distribuição de “t”
b.No “Excel” “=TINV(NLG;0,0455)”
CÁLCULO DE INCERTEZAS
14.Calcular a “Incerteza Expandida de Medição”
𝐼𝑛𝑐 = 𝑘 × 𝐼𝑝

a.Apresentar resultado com, no máximo, 2 algarismos


significativos
b.Analisar resultado obtido
i. Número de algarismos significativos
ii. Resolução do instrumento sob calibração

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