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10 Educação Musical: planejamento e atividades – Conteúdo

Planejamento de atividades lúdicas em Educação Musical

Planejamento de atividades em Educação Musical

Criando estratégias de ensino e aprendizagem musical

Questões para pensar estratégias de ensino e aprendizagem musical

Envolvendo o aluno

Por que pesquisar atividades?

Conhecer, adaptar, inventar

Uma infinidade de recursos...

... e o recurso fundamental: a criatividade!

Didática
da Música

Material elaborado para o Curso de Licenciatura em Música da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pró-Licenciaturas II da CAPES.
Produzido pela equipe do CAEF. Porto Alegre, 2010
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10 Educação Musical: planejamento e atividades – Conteúdo
Planejamento de atividades lúdicas em Educação Musical

Quando pensamos em certas atividades musicais como jogos, por exemplo, é mais fácil associá-los a
qual faixa etária: crianças ou adultos? É possível aprender brincando? Como um conteúdo complexo
pode ser abordado de forma lúdica? Trabalhar em grupo pode ser mais vantajoso para o
desenvolvimento de nossos alunos?

Ser Educador Musical não requer, somente, o domínio dos conteúdos musicais que estamos
aprendendo ao longo deste curso. É necessário, também, conhecer e aprender a desenvolver
estratégias para provocar nossos alunos e estimular sua aprendizagem. Quando temos uma
concepção própria bem definida de como se constrói o conhecimento musical, nos tornamos capazes
de lançar mão de diferentes formas de ensinar os variados conteúdos musicais, conforme o perfil dos
alunos, seus interesses, o contexto espaço-temporal em que se realiza a aula de Música, etc. O
conhecimento teórico sólido, ou seja, clareza de qual concepção epistemológica utilizamos, nos
subsidia para a elaboração de atividades criativas, interessantes e, principalmente adequadas ao
objetivo que desejamos atingir e aos alunos que temos em sala de aula. A concepção
epistemológica está implicada com nossa compreensão sobre como um indivíduo aprende,
passando de um grau de conhecimento a outro, mais complexo.

Nesta Unidade de Estudos vamos falar sobre atividades musicais na aula de Música enquanto
abordagens (estratégias metodológicas) de ensino e aprendizagem de conteúdos musicais adequados
para a sala de aula. Ao fim de sua leitura, releia o primeiro parágrafo e reflita sobre o que você
acredita a respeito da Educação Musical. Bom trabalho!

Didática
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Material elaborado para o Curso de Licenciatura em Música da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pró-Licenciaturas II da CAPES.
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10 Educação Musical: planejamento e atividades – Conteúdo
Planejamento de atividades em Educação Musical

Você já se perguntou de que forma utilizará os conteúdos vistos no curso de Licenciatura em


Música na sua sala de aula, a partir do reconhecimento das necessidades e contexto sociocultural
de seus alunos? Quais serão as necessidades de seus alunos e como você irá abordá-los? Esta é
uma das perguntas mais complexa que um professor de Música pode fazer a si próprio.

O primeiro desafio do professor é que apesar de existirem diretrizes como os PCNs, por exemplo,
que auxiliam o professor (ou a escola) a compor seu próprio currículo de trabalho; diferentemente
de outras áreas do conhecimento, ainda não se estabeleceu, de forma detalhada, o que cada
nível de ensino deverá trabalhar na área de Música na escola.

Por este motivo, o papel do professor de Música é muito ativo no que tange ao planejamento de
seu trabalho. É do professor em conjunto com a escola e o Projeto Político Pedagógico desta, as
decisões sobre o que temáticas e conteúdos serão desenvolvidos durante o ano letivo. Em função
disso, um bom tempo do planejamento deve ser dedicado a tomadas de decisões sobre
conteúdos e métodos e para o conhecimento do grupo de alunos atendidos.

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10 Educação Musical: planejamento e atividades – Conteúdo
Criando estratégias de ensino e aprendizagem musical

Quando se pensa em criar o que chamamos de “estratégias de ensino e aprendizagem musical” é


preciso definir alguns parâmetros que serão fundamentais para nossa proposta pedagógico-
musical seja eficaz, ou seja, para que seja aceita e compreendida pelo público-alvo e assim
consigamos atingir nossos objetivos pedagógicos.

O planejamento de atividades em educação musical requer, além da seleção adequada dos


conteúdos - sempre levando em consideração o que os alunos já sabem, o que gostariam de
saber e suas inserções culturais – um bom planejamento, com objetivos claros e simples e
materiais pedagógicos criativos e bem organizados. Importante, também, conhecer seu local de
trabalho: que materiais e espaços dispõem. Essas características fazem com que o trabalho fique
bastante personalizado e individual, envolvendo fatores tais como perfil dos alunos, demandas da
escola, legislações educacionais vigentes, realidade comunitária, nacional, mundial e,
principalmente, competências e motivações musicais do próprio professor

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Questões para pensar estratégias de ensino e aprendizagem musical

Você já deve estar familiarizado com o que vamos enumerar a seguir:

1) Você está trabalhando com Educação Básica? Ensino Fundamental ou Ensino Médio?
Educação de Jovens e Adultos? Você trabalha com crianças bem pequenas, ainda não
alfabetizadas? Seu coro é de funcionários de uma empresa que não tem nenhum conhecimento
musical formal?

2) O grupo é grande e difícil de controlar, como uma turma com 30 crianças de oito anos de
idade? Você dá aulas individuais de instrumento em uma escola de Música? O trabalho é com
adultos, no horário noturno, após uma jornada de 8 horas de trabalho sua e de seus alunos?

3) O local conta com sala cuidadosamente organizada para receber a aula de Música? Tem
instrumentos de boa qualidade e em número suficiente para todos os alunos? Ou os recursos
existentes são apenas as carteiras e a lousa? Sucata é a única fonte para criar materiais sonoros
para o uso nas aulas? Você tem um equipamento de som a sua disposição? Um computador com
acesso a Internet faz parte de sua realidade como professor?

4) Quais conteúdos você está contemplando em seu planejamento? Que objetivo você tem para o
grupo e para o trabalho com Música? Há uma apresentação comemorativa, um espetáculo a ser
construído ou não? A coordenação de sua escola pediu para você sintonizar os conteúdos com os
projetos das outras disciplinas?

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10 Educação Musical: planejamento e atividades – Conteúdo
Envolvendo o aluno

A concepção contemporânea de Educação Musical, defendida pelos documentos públicos e referenciada


por pesquisadores, acredita que o fazer musical é um processo ativo que deve sempre considerar o
aluno e seu desenvolvimento integral. A aula de Música é um espaço onde podemos desenvolver uma
coleção organizada de atividades musicais lúdicas que vão ao encontro dos objetivos que queremos
atingir e de temáticas que queremos desenvolver, favorecendo o desenvolvimento do aluno.

O jogo, a brincadeira, ao mesmo tempo em que promove momentos prazerosos, é a ponte que facilita a
aprendizagem. A ludicidade é elemento motivador para qualquer tipo de aula. Ou seja, quando usamos
uma atividade lúdica, o aluno se apropriará de diversos conhecimentos vivenciando-os, descobrindo por
si só e na relação com outro as respostas. “Ao brincar a criança movimenta-se em busca de parceria e
na exploração de objetos; comunica-se com seus pares; expressa-se através de múltiplas linguagens;
descobre regras e toma decisões; lúdico como fator de desenvolvimento”. (CAMPOS, 1986). Este tipo
de estratégia de ensino e aprendizagem musical não lhe parece mais interessante, ao invés da
“educação bancária” (Paulo Freire), em que se objetiva depositar conteúdos na mente do aluno como se
este fosse um banco de dados de informações, sem preocupação com as relações que o aluno construiu
entre estes novos conhecimentos e aqueles que já possuía e que fazem sentido para ele?

Quando propomos uma atividade lúdica que não fornece a resposta certa de imediato, fazemos com que
os jogadores precisem se organizar e refletir sobre as alternativas para criar as soluções para um
problema proposto. Assim, estamos (a) pensando no aluno como um ser capaz de se organizar e criar
estratégias, (b) provocando o aluno a pesquisar e usar os conhecimentos que já construiu e (c) usando o
prazer como motivação e motor propulsor da aprendizagem.

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10 Educação Musical: planejamento e atividades – Conteúdo
Por que pesquisar atividades?

Até agora falamos das tomadas de decisões, por parte do educador, entretanto, estas tomadas de
decisões, numa perspectiva de escola ativa, devem levar em consideração a participação do
aluno. Devemos aprender a ouvir mais nossos estudantes, do contrário caímos numa perspectiva
tradicional de educação que não considera a participação, a escuta, a pesquisa, a integração
curricular, a valorização da cultura, os conhecimentos prévios, etc. Na tarefa de planejar aulas
lúdicas e criativas em parceria com seus alunos, existem coisas importantes que você precisa
saber sobre o uso de atividades lúdicas e como planejá-las para o seu grupo.

Em 2005, pela Editora da UFMG, as autoras Rosa Lucia dos Mares Guia e Cecília Cavalieri
França lançaram um livro chamado “Jogos Pedagógicos para a Educação Musical” (GUIA;
FRANÇA, 2005). O livro consiste em oitenta e cinco propostas de jogos para uso direto em sala
de aula para diversas faixas etárias visando abordar diversos conteúdos. Em 2006, Viviane
Beineke e Sérgio Paulo de Freitas lançaram o conjunto de livro + cd + cd-rom chamado “Lenga la
Lenga: jogos de mãos e copos” (BEINEKE; FREITAS, 2006) com uma coleção de canções para
usar copos, sons e movimentos corporais com grupos de crianças, jovens e adultos.

Assim como essas duas propostas, diversos outros educadores musicais dedicam-se a pesquisar
e a documentar material desenvolvido por eles próprios e por outros profissionais testados e
aprovados para o trabalho com Música. Se você visitar a sessão de “referências” desta Unidade
de Estudos, verá que muita gente tem se dedicado a escrever sobre a importância das atividades
mais lúdicas e criativas para a sala de aula.

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Conhecer, adaptar, inventar

Cada um a sua maneira, renomados pedagogos musicais do século XX Dalcroze, Kodaly, Willems
e Orff discutiram a necessidade da vivência sensorial e corporal dos elementos musicais para se
compreender o material musical. Em seus métodos, é possível encontrar recomendações de
utilização dos recursos musicais. Muito do material utilizado por professores de música, hoje em
dia, é fruto das proposições teóricas e práticas desses autores.

É bem possível que os primeiros jogos musicais que você utilize sejam a transposição de uma
atividade que você aprendeu com um professor ou colega para a sua realidade. Não há problema
algum em utilizar estas sugestões ou os manuais de jogos. Entretanto, é muito importante que
tudo seja construído a partir de reflexão sobre as necessidades do grupo ou do aluno pelo qual
você é responsável.

Pense, primeiramente, no conteúdo que seria interessante desenvolver. Talvez um conteúdo


relacionado a algum projeto temático que um grupo de professores ou a escola como um todo
está buscando desenvolver, projeto este que nasceu a partir do diálogo da escola com interesses
dos alunos e da comunidade escolar. Pode ser um material bem específico, como a forma musical
A B A. Ou algo mais amplo como “A História da Bossa-Nova”. Após esta decisão, visualize o seu
público-alvo e recursos físicos e materiais disponíveis, utilizando os itens enumerados
anteriormente. Por fim está na hora de lançar mão da criatividade para tornar a busca pelo
conhecimento algo agradável e desafiador ao mesmo tempo.

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Uma infinidade de recursos...

É possível criar uma coreografia para trabalhar a música? Movimentos iguais para partes iguais da
música podem favorecer a noção de forma musical. Dançar obedecendo à pulsação ou marcações
rítmicas (sentindo padrões rítmicos que se repetem na música) é uma maneira de promover o
desenvolvimento destes parâmetros musicais.

Proponha aos alunos cantarem uma música em tonalidade maior; busquem extrair desta experiência
a escala maior que estrutura esta música; reproduzam esta escala em garrafas com diferentes níveis
de água; percebam como a escala pode ser visualizada na topografia de diferentes instrumentos
musicais! E se você utilizasse uma história para trabalhar a escala maior? A partir da vivência da
música na tonalidade maior, retome o conteúdo desta forma lúdica: Sete alunos podem fazer sete
sons diferentes que, juntos, formam uma “escada de sons”, que podem se combinar de muitas
maneiras – do som mais grave ao mais agudo..., ao contrário..., ou se criando diferentes melodias!
Quem vai ser o “regente” desta orquestra?!

Já jogou bingo musical? As cartelas podem conter intervalos de notas que são executados pelo
professor à medida que são sorteados e os alunos os adivinham e identificam em suas cartelas.
Na flauta doce, só podemos assoprar? É possível criar um arranjo utilizando sons alternativos,
percutindo a flauta na mão ou desmontando-a e buscando sonoridades mais divertidas.

A construção de instrumentos alternativos aos instrumentos musicais industrializados ou


manufaturados de virar uma caça a sonoridades, aguçando a percepção sonora e promovendo ações
positivas como a utilização de material reciclável e enriquecendo a coleção de instrumentos musicais
da escola.
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Danças de roda são simples e não requerem material previamente preparado. Proponha um
resgate da cultura local, pedindo contribuição das famílias sobre cantigas cantadas em casa e
transmitidas oralmente. Na hora de dançar, permita que as pessoas se organizem, sejam elas
crianças ou adultos, e criem suas próprias regras de movimentação.

Está difícil ensinar uma seqüência de notas nos instrumentos? Que tal inventar uma estratégia
mais divertida, modificando o ritmo, solfejando antes de tocar, repetindo bem-de-va-gar? Desafie o
aluno e tire o problema principal de foco? O desafio que parecia intransponível aos poucos, de
forma divertida e musical, vai sendo superado – e o que antes não fazia sentido agora dá gosto
fazer!

Bom, agora é com você. A criatividade é sua!

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