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LÍTIO

Ivan Jorge Garcia – DNPM/MG

1 OFERTA MUNDIAL – 2016


As reservas certificadas de lítio foram estimadas em 14,5 milhões de t de Li 2O contido em 2016, enquanto que a
produção mundial de concentrados, entre os países que divulgaram seus dados, foi de 35.540 t de Li2O, aumento de 12,4%
frente a 2015. Verificou-se, portanto, a permanência da tendência de incremento das reservas e, principalmente, da
produção. O destaque continuou sendo o crescimento contínuo da produção da Argentina, onde vários projetos têm
entrado em operação nos últimos anos: em 2016, a produção argentina cresceu 58,3% em relação a 2015, rendendo-lhe a
terceira posição entre os maiores produtores, com 16% de participação. A Austrália aumentou sua liderança, com 40,2%
da produção mundial, seguida pelo Chile, com 33,7%.
No Brasil, as reservas lavráveis permaneceram estáveis em 54 mil t de Li2O contido. Neste total, havia áreas em
Minas Gerais com reservas antigas já aprovadas, mas em processo de reavaliação, sem produção; além disso, novos
projetos iniciaram pesquisas minerais, mas, até o final de 2016, não haviam apresentado Relatório Final de Pesquisa (RFP),
ou seus RFPs ainda não haviam sido aprovados. Portanto, espera-se o aumento da participação do Brasil nas reservas
mundiais de lítio nos próximos anos, principalmente de origem pegmatítica (espodumênio, petalita e lepidolita).

Tabela 1 Reserva e produção mundial


Discriminação Reservas (103 t)(1)(2) Produção (t)(2)(3)
Países 2016 2015 2016 (% 2016)
Brasil 54 308 440 1,2
Austrália 1.600 14.100 14.300 40,2
Chile 7.500 10.500 12.000 33,8
Argentina 2.000 3.600 5.700 16,0
China 3.200 2.000 2.000 5,6
Zimbábue 23 900 900 2,6
Portugal 60 200 200 0,6
Estados Unidos da América 38 nd nd nd
Bolívia nd nd nd nd
TOTAL 14.475 31.608 35.540 100,0
Fonte: DNPM/DIPLAM e USGS-Mineral Commodity Summaries 2017. Dados em óxido de lítio (Li2O) contido. (1) A partir de 2009, a USGS passou a
apresentar dados de “reserva”, e não mais “reserva-base” – por essa razão, o DNPM passou a informar para o Brasil a reserva lavrável (conceito mais
próximo do critério do USGS), presente em Relatórios Anuais de Lavra (RAL) e Relatórios Finais de Pesquisa ou Reavaliação de Reservas aprovados; (2)
Estimativas do USGS, exceto Brasil (dados preliminares); (3) Bolívia e EUA não publicam seus dados de produção; (nd) dado não disponível.

2 PRODUÇÃO INTERNA
Em 2016, a única produtora de concentrados e compostos químicos fabricados a partir de lavras de minério de
lítio de áreas concessionadas no Brasil continuou a ser a Companhia Brasileira de Lítio (CBL). Outras áreas ainda estavam
ou em fase inicial de pesquisa mineral, ou paralisadas para realizar a reavaliação de reservas, ou aguardando a aprovação
do Relatório Final de Pesquisa (RFP) apresentado ao DNPM (ver Item 6 – Projetos em Andamento e/ou Previstos).
Depois de uma forte queda de 32,1% na sua produção de concentrados em 2015, a CBL se recuperou em 2016,
alcançando 8.804 t de espodumênio. Este resultado, 52,1% maior que no ano anterior, representou uma retomada do
patamar de produção registrado em 2014. A CBL extrai o espodumênio de uma lavra subterrânea de pegmatitos na Mina
da Cachoeira, e processa o concentrado na Unidade de Meio Denso, ambos em Araçuaí (MG). O teor médio foi de 5%, ou
440 t de Li2O contido. Do total concentrado, 266 t (13 t de Li2O) foram vendidos diretamente, e 8.520 t (426 t de Li2O) foram
transferidos para a fábrica de compostos químicos da empresa em Divisa Alegre (MG). A produção de compostos também
se recuperou em 2016, alcançando 725 t (crescimento de 37% sobre 2015 e correspondendo a 674 t de LCE – Lithium
Carbonate Equivalent – Carbonato de Lítio Equivalente), divididas em 429 t de hidróxido de lítio mono-hidratado e 296 t de
carbonato de lítio seco). Este desempenho na produção de compostos foi o melhor desde 2007.

3 IMPORTAÇÃO
Em 2016, a SECEX (MDIC) registrou a entrada de 1.616 kg de compostos químicos, avaliados em US$ 461,3 mil,
assim distribuídos: 1.400 kg t de sulfato (US$ 17,2 mil), 176 kg de hidróxido (US$ 438,3 mil), 28 kg de cloreto (US$ 4,4 mil),
7 kg de carbonato (US$ 900) e 5 kg de nitrato (US$ 530). Não houve importação de concentrados. Destaca-se o expressivo
aumento do preço do hidróxido de lítio, que saltou de U$ 685/kg, em 2015, para U$ 2.490/kg em 2016.

4 EXPORTAÇÃO
Segundo a SECEX, não houve exportações de compostos químicos em 2016. Nos concentrados, a Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN) registrou a exportação de 20.494 kg de petalita, com teor de 3,43% (702,9 kg de Li2O);
por seu baixo valor agregado, o valor FOB do concentrado não foi registrado isoladamente no sistema AliceWeb da SECEX.
LÍTIO
5 CONSUMO INTERNO
Permaneceu em 2016 o aumento da demanda mundial por compostos de lítio apropriados às novas tecnologias
no ramo eletroquímico, destinados, principalmente, à geração de energia para veículos elétricos e híbridos, a equipamentos
eletrônicos e ao armazenamento de energia captada de fontes alternativas. No entanto, no Brasil permaneceu o perfil
convencional de utilização dos concentrados e compostos de lítio, principalmente em graxas e lubrificantes (cerca de 80%
do consumo em LCE). Usos secundários estão nas indústrias metalúrgica (alumínio primário), cerâmica e nuclear. A pesquisa
em território nacional para aplicações eletroquímicas começam a crescer (ver Item 6).
Segundo BRAGA et al. (CETEM, 2013), há ainda um mercado adicional proveniente da importação de baterias de
Li-íon primárias e secundárias (recarregáveis) para eletroeletrônicos e bicicletas elétricas, representando um consumo bem
superior à produção nacional. Este volume não aparece nas estimativas de consumo aparente por razões metodológicas,
mas era estimado em 1.900 t LCE em 2012.

Tabela 2 Principais estatísticas - Brasil


Discriminação Unidade 2014(r) 2015(r) 2016(p)
Concentrado(1)/Contido(2) (t) 8.519 / 452 5.781 / 308 8.804 / 440
Produção
Comp. Químicos(3) (t) 619 (569) 529 (489) 725 (674)
(t) - - -
Concentrado
(US$-FOB) - - -
Importação
(kg) 695 1.210 1.616
Comp. Químicos
(US$-FOB) 28.570 103.391 461.334
(t) - - 20,5
Concentrado
(US$-FOB) - - nd(8)
Exportação
(kg) 5 251 -
Comp. Químicos
(US$-FOB) 1.620 1.576 -
Concentrado (t) 8.519 5.781 8.783,5
Consumo Aparente(4)(7)
Comp. Químicos(5) (t) 619,7 529,9 726,6
Espodumênio – importação (US$/Kg) - - -
Espodumênio – exportação (US$/Kg) - - -
Preços Médios(6)(7):
Compostos – importação (US$/Kg) 41,11 85,45 285,48
Compostos – exportação (US$/Kg) 324,00 6,28 -
Fonte: DNPM/DIPLAM, MDIC/SECEX, CBL.
(1) inclui espodumênio, petalita e lepidolita, transferidos para industrialização de sais de lítio (carbonato e hidróxido) ou vendidos moídos; (2) contido em
óxido de lítio; (3) produção total de sais de lítio, e em LCE (entre parênteses); (4) produção + importação – exportação; (5) consumo de sais de lítio no
mercado interno; (6) preço médio exp. ou imp.; (7) a partir do Sumário 2016, dados para os três anos mostrados têm como base o Sistema AliceWeb do
SECEX/MDIC, sem o arredondamento que antes era realizado no sistema COMEX/DNPM; (8) Exportação de petalita com valor não disponível no sistema
AliceWeb por razoes estatísticas; (-) dado nulo; (r) revisado; (p) preliminar.

6 PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS


Em 2016, a Sigma prosseguiu com o Projeto Opco, reavaliando reservas das áreas cedidas pela Arqueana de Metais
e Minérios em Minas Gerais (Araçuaí e Itinga). Prevê-se também a implantação de um complexo minerometalúrgico. Até o
final do ano, a empresa ainda não havia apresentado relatório de reavaliação das reservas para análise do DNPM.
A AMG Mineração, com áreas em Nazareno (MG), submeteu ao DNPM um relatório de reavaliação de reservas em
que solicitou o aditamento de uma reserva de minério de lítio (espodumênio) na Mina Volta Grande. A nova reserva medida
apresentada, estimada pela empresa em mais de 90 mil t de Li2O contido, ainda não havia sido aprovada pelo DNPM até o
final de 2016. A empresa também tem buscado a captação de investidores nacionais e internacionais.
A CBL negociava em 2016 o início de pesquisa conjunta com o IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares)
para a separação dos isótopos 6 e 7 do lítio, visando atender uma barreira existente na geração de energia nas usinas
nucleares de Angra I e II (RJ), que dependem da importação periódica de pequenas quantidades destes isótopos (dezenas
de kg). Além disso, desde 2012, a empresa conduz pesquisas para atender a demanda de lítio com grau eletroquímico.

7 OUTROS FATORES RELEVANTES


Os dados do Mineral Commodity Summaries, do USGS, indicaram que os preços dos compostos químicos de lítio
disparam em todo o mundo em 2016, confirmando o verificado nos dados da SECEX para as importações brasileiras (ver
Tabela 2, item “Preços Médios”). Na China, por exemplo, os preços no mercado spot do carbonato de lítio seco subiram
cerca de 300%. O comportamento dos preços corresponde a um cenário aquecido por um mercado de carros híbridos e
elétricos que começa a oferecer ao consumidor opções com preços mais acessíveis, principalmente na China e Índia.
No Brasil, devido à utilização no setor nuclear, a industrialização, importação e exportação de minérios e minerais
de lítio, produtos químicos derivados, lítio metálico e ligas de lítio são supervisionadas pela Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN), conforme o Decreto nº 2.413, de 04/12/1997, publicado no Diário Oficial da União em 05/12/1997, e
prorrogado até 31/12/2020 pelo Decreto nº 5.473, de 21/06/2005.

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