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2 PRODUÇÃO INTERNA
Em 2016, a única produtora de concentrados e compostos químicos fabricados a partir de lavras de minério de
lítio de áreas concessionadas no Brasil continuou a ser a Companhia Brasileira de Lítio (CBL). Outras áreas ainda estavam
ou em fase inicial de pesquisa mineral, ou paralisadas para realizar a reavaliação de reservas, ou aguardando a aprovação
do Relatório Final de Pesquisa (RFP) apresentado ao DNPM (ver Item 6 – Projetos em Andamento e/ou Previstos).
Depois de uma forte queda de 32,1% na sua produção de concentrados em 2015, a CBL se recuperou em 2016,
alcançando 8.804 t de espodumênio. Este resultado, 52,1% maior que no ano anterior, representou uma retomada do
patamar de produção registrado em 2014. A CBL extrai o espodumênio de uma lavra subterrânea de pegmatitos na Mina
da Cachoeira, e processa o concentrado na Unidade de Meio Denso, ambos em Araçuaí (MG). O teor médio foi de 5%, ou
440 t de Li2O contido. Do total concentrado, 266 t (13 t de Li2O) foram vendidos diretamente, e 8.520 t (426 t de Li2O) foram
transferidos para a fábrica de compostos químicos da empresa em Divisa Alegre (MG). A produção de compostos também
se recuperou em 2016, alcançando 725 t (crescimento de 37% sobre 2015 e correspondendo a 674 t de LCE – Lithium
Carbonate Equivalent – Carbonato de Lítio Equivalente), divididas em 429 t de hidróxido de lítio mono-hidratado e 296 t de
carbonato de lítio seco). Este desempenho na produção de compostos foi o melhor desde 2007.
3 IMPORTAÇÃO
Em 2016, a SECEX (MDIC) registrou a entrada de 1.616 kg de compostos químicos, avaliados em US$ 461,3 mil,
assim distribuídos: 1.400 kg t de sulfato (US$ 17,2 mil), 176 kg de hidróxido (US$ 438,3 mil), 28 kg de cloreto (US$ 4,4 mil),
7 kg de carbonato (US$ 900) e 5 kg de nitrato (US$ 530). Não houve importação de concentrados. Destaca-se o expressivo
aumento do preço do hidróxido de lítio, que saltou de U$ 685/kg, em 2015, para U$ 2.490/kg em 2016.
4 EXPORTAÇÃO
Segundo a SECEX, não houve exportações de compostos químicos em 2016. Nos concentrados, a Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN) registrou a exportação de 20.494 kg de petalita, com teor de 3,43% (702,9 kg de Li2O);
por seu baixo valor agregado, o valor FOB do concentrado não foi registrado isoladamente no sistema AliceWeb da SECEX.
LÍTIO
5 CONSUMO INTERNO
Permaneceu em 2016 o aumento da demanda mundial por compostos de lítio apropriados às novas tecnologias
no ramo eletroquímico, destinados, principalmente, à geração de energia para veículos elétricos e híbridos, a equipamentos
eletrônicos e ao armazenamento de energia captada de fontes alternativas. No entanto, no Brasil permaneceu o perfil
convencional de utilização dos concentrados e compostos de lítio, principalmente em graxas e lubrificantes (cerca de 80%
do consumo em LCE). Usos secundários estão nas indústrias metalúrgica (alumínio primário), cerâmica e nuclear. A pesquisa
em território nacional para aplicações eletroquímicas começam a crescer (ver Item 6).
Segundo BRAGA et al. (CETEM, 2013), há ainda um mercado adicional proveniente da importação de baterias de
Li-íon primárias e secundárias (recarregáveis) para eletroeletrônicos e bicicletas elétricas, representando um consumo bem
superior à produção nacional. Este volume não aparece nas estimativas de consumo aparente por razões metodológicas,
mas era estimado em 1.900 t LCE em 2012.