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ESCOLA SENAI “JOSÉ EPHIM MINDLIN”

ALEXANDRE AUGUSTO

RENAN SANTOS

WEVERTON MILANE

PROJETO: “REVISTA MUNDO NAS MÃOS”

Barueri, 2010
ESCOLA SENAI “JOSÉ EPHIM MINDLIN”

ALEXANDRE AUGUSTO

RENAN SANTOS

WEVERTON MILANE

MONOGRAFIA

PROJETO: “REVISTA MUNDO NAS MÃOS”

1ª REVISÃO

Trabalho de Conclusão de curso,

Apresentado como requisito

parcial na conclusão do curso

Técnico em Artes Gráficas da escola

SENAI JOSÉ EPHIM MINDLIN

Orientador: Professor Emerson Lambert


Barueri, 2010

Dedicatória

Agradecimentos

A Deus causa primária de tudo, soberanamente justo e bom, razão da nossa existência,
a quem nos deram inteligência e oportunidade de concretizar o que edificar de forma
primorosa nosso objetivos.
A nossa família que nunca mediram esforços para nos ajudar durante esse período de
curso que nos dedicaram tempo, apreço e reorgamização social.
Ao Professor Emerson Lambert pela orientação e paciência dada à realização deste
Trabalho que em seu inicio demonstrava incertezas de sucesso.
Aos nossos professores pelos conhecimentos a nós transmitidos com dedicação.
Aos colegas e amigos que cativamos ao longo dessa caminhada, sabendo que foram
Indispensáveis para o cumprimento das tarefas escolares. Finalizamos o curso, com saudades
dos grandes momentos compartilhados, de forma indireta ou direta que aumentou nosso
conhecimento humano e intelectual, que na certeza de um futuro cheio de esperança para
Todos nós.

Epigrafe

Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez dos homens.


Albert Einsten
Resumo

Este projeto faz um levantamento acerca das publicações de revistas com foco no
publico adolescente. É uma pesquisa que descreve a ausência de um produto (revista) voltado
ao publico adolescente masculino de 15 a 19 anos. Utilizando como base o mercado editorial
que Ed. Abril, a maior empresa de revistas no Brasil e detentora de mais de 50% desse
mercado. Foi estudado também o Dossiê Universo Jovem, publicado ele Emissora de
televisão MTV, que se percebe a viabilidade da produção e circulação de uma revista voltada
a esse público tratado de temas relacionados à vida do adolescente masculino.

Abstract

This project is a survey about the magazine publications focusing on adolescent audience. It is
a survey that describes the lack of a product (magazine) devoted to the male adolescent
audience from 15 to 19 years. Using as a reference basis for the publishing market that
Editora Abril, the largest magazines in Brazil and holds more than 50% of that market. We
also studied the Dossier Young Universe, he published Issuer MTV, we perceive the viability
of production and circulation of a magazine targeted to this audience dealt with the issues
related to male teenage life.
Sumario

I INTRODUÇÃO
1.1 Definições do Tema......................................................................................................... 13
1.2 A Problemática Ambiental e a Justificativa.................................................................. 15
1.3 Objetivos........................................................................................................................... 18

II FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Introdução
2.1 Fundamentações Teóricas............................................................................................. 19
2.2 Revisões da Literatura..................................................................................................... 07
2.3 Hipótese

REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 60
1 Introdução:

1.1 Definições do tema.

Desde a Revolução industrial o planeta vem sofrendo com as transformações ambientais,


causadas pela industrialização e por uma sociedade cada vez mais consumista de produtos
industrializados e personalizados esse consumo, recentemente, atinge todas as classes sociais
e todas as faixas etárias. como em todos os ramos a tecnologia se espalhou por todos os ramos
das industrias em todos os seguimentos de produção. Dentro todas as diversificações da
indústria em todo mundo a Indústria gráfica também se transformou e se tornou um
seguimento que tem diversos ramos e especializações.

A indústria gráfica em todo mundo produz conteúdo para públicos diversificado


sempre atendendo a necessidade criada pela empresas de divulgar produtos e informação.
Sendo assim hoje é facilmente encontrada no mercado publicações especializada em carros,
bebidas, informações, política musica homens, e mulheres. Essa caracterica da Indústria
gráfica de produzir periódicos especializados é também realidade também aqui no Brasil
como em todo mundo, sem exceções. Porem se formos um pouco mais a fundo no mercado
segmentado gráfico ainda há campos, ou publico específicos que a mídia impressa aqui no
Brasil ainda não explora. Como é o caso que nosso projeto pretende apresentar.

O projeto tem como objetivo apresentar uma revista voltada ao publico masculino de
15 a19 anos. Divulgando informação de uma maneira informal e diferente atraindo o
adolescente ao do interesse na leitura. A idéia de criar uma revista voltada para o universo
jovem masculino onde seja possível encontrar diversas informações como música, cinema,
esportes, jogos de vídeo game, atualidade e atrações.

1.2 Da problemática da criação de uma nova revista que atraia o público alvo.

Criar uma revista com leitura voltada ao publico adolescentes de 15ª 19 anos que
vivem em um mundo de rápida transformação. Atrair a leitura com e a atenção a revista de
uma maneira divertida inserindo a revista de modo que desperta a curiosidade e o sentimento
de necessidade de para comprá-la e tornar parte do seu cotidiano.

1.3 Objetivos

Este projeto tem o objetivo de apresentar a criação de uma nova revista especializada
no universo adolescente e discutir as razões e a necessidade de incluir ago novo nesse
segmento.

1.3.1 Geral

Incluir no mercado uma nova revista com temática adolescente masculina.

1.3.2 Especifico.

Atender ao publico masculino de 15 a 19 anos que não dispõe de uma revista


especializada nessa faixa etária.
2 Fundamentação teórica

Já dizia o Velho Guerreiro (Aberlado Barbosa – nosso saudoso Chacrinha) “quem não
se comunica se trumbica”.

2.1 A Evolução das revistas no Brasil.

A historia das publicações no Brasil é algo recente se comparado as primeiras


publicações européia, berço das imprenssa comercial. Mas mesmo com o inico tardio da
imprenssa em nosso pais conseguimos publicar diversas revista com durações curtas outrora
com mais anos de sobrevivência, porém hoje chegamos a patamates internacionas,
produzindo publicações em grande quantidade e com qualidade.
Segundo a jornalista Marília Scalzo, em seu livro jornalismo de Revisa ela nos mostra
como se teve a evolução das revista no Brasil.
“ A historia nos conta que as revistas chegaram ao Brasil juntamente com a corte
portuguesa, no início do século XIX. Porém a autorização para imprimir em território
nacional veio com a autorização para a instalação da imprensa régia, em 1908, determinada
por D. João VI. No entanto, a primeira revista de que se tem conhecimento, chamava-se “As
Variedades ou Ensaios de Literatura”, surgida em Salvador no ano de 1812, Essa publicação
seguia os moldes das revistas do mundo editorial da época, a revista baiana também tinha
“cara e jeito de livro” e se publicava discursos sobre costumes e virtudes sociais, algumas
novelas de escolhido gosto e moral, extratos de história antiga e moderna, nacional ou
Estrangeira, resumo de viagens, pedaços de autores clássicos portugueses – quer em prosa,
quer em verso – cuja leitura tenda a formar gosto e pureza na linguagem, algumas anedotas e
artigos que tenham relação com os estudos científicos propriamente ditos e que possam
habilitar os leitores a fazer-lhes sentir importância das novas descobertas filosóficas
Posteriormente, em 1813, contando com a colaboração da elite intelectual da época,
surge no Rio de Janeiro, a revista O Patriota com o propósito de divulgar autores e temas
nacionais. O crescimento e o desenvolvimento desta mesma elite propiciaram o surgimento de
outros periódicos como os Anais Fluminenses de Ciências, Artes e Literatura, lançada em
1822, também no Rio de Janeiro, cuja proposta editorial foi de abranger os vários campos do
conhecimento humano, atendendo aos interesses dos bacharéis de direito, engenheiros,
médicos, cientistas e outros profissionais liberais que começavam a atuar no país que acabava
de se tornar independente do domínio português.
Também buscando difundir informações científicas, nasce a primeira publicação
segmentada por tema no Brasil: O Propagador das Ciências Médicas, lançada em 1827 pela
Academia de Medicina do Rio de Janeiro, com assuntos totalmente voltados aos médicos.
Nesta mesma linha nasce, também em 1827, aquela que seria a primeira revista destinada ao
público feminino brasileiro: Espelho de Diamantino, veículo que surgiu, para “deixar a
mulher à altura da civilização e de seus progressos”.
O Espelho de Diamantino trazia temas como literatura, artes, teatro, política, moda,
crônicas e anedotas, todos escritos de forma simples e didática para servir ao gosto das
senhoras brasileiras.
Outro tipo de publicação que se destaca entre o final do século XIX e início do século
XX são as chamadas “galantes”, revistas totalmente voltadas para o público masculino que
mesclavam política, sociedade, piadas, caricaturas, desenhos, contos e fotos eróticas. A
publicação pioneira foi O Rio Nu, lançada em 1898. Porém, “o auge do gênero vem em
1922, com o lançamento de A Maçã, que se propõe a dizer com graça, com arte, com
literatura, o que se costumava dizer por toda parte sem literatura, sem arte, e muitas vezes sem
graça”.
Todas estas revistas, no entanto, possuem uma particularidade: tiveram existência
Muito curta. A falta de recursos e de assinantes fez com que algumas delas fossem obrigadas
a circular apenas uma ou duas vezes, além do que, contavam com uma tiragem muito baixa.
Entre elas, as revistas recordistas em permanência no mercado editorial brasileiro
à época “duraram”, no máximo, um ou dois anos. A mudança na permanência das revistas
junto ao seu público leitor começa com o lançamento de Museu Universal, em 1837;
periódico que trazia, “a experiências das Exposições Universais européias que dominaram o
século XIX”. A publicação caracterizou-se pelo fato de veicular, além de uma linguagem
muito acessível a um público “recém-alfabetizado a quem se queria oferecer cultura e
entretenimento”, mostrando, também, ilustrações. O modelo funcionou tanto que nesta mesma
linha surgiram inúmeras outras revistas no Brasil, entre elas, podemos destacar Gabinete da
Leitura, Museu Pitoresco, O Brasil Ilustrado e Universo Ilustrado. Todas elas, elaboradas
seguindo os moldes dos magazines europeus: buscavam um caminho para atingir mais leitores
e com isto conseguir se manter no mercado.

2.3 Revistas sEGMENTADAS no Brasil

Conforme Marilia Scalzo, também sem sue livro Jornalismo de Revista “As revistas
de variedades surgem no Brasil, efetivamente, em 1849, com a publicação de A Marmota da
Corte, periódico que abusa no uso das ilustrações como forma atrair leitores, inclusive os não
alfabetizados pertencentes às classes abastadas. Neste novo contexto alguns nomes como
Henrique Fleuiss, da revista Semana Ilustrada, e Ângelo Agostini, da Revista Ilustrada,
destacam-se e criam modelos para serem copiados.

Semana Ilustrada, foi o veículo de comunicação responsável pelas primeiras fotos


publicadas em revistas no território nacional. Em 1864, trouxe aos seus leitores, cenas dos
campos de batalha da Guerra do Paraguai, a guerra do Brasil Imperial contra Solano López, o
“tirano” governante paraguaio.”

No texto de Cadernos da Comunicação 2 (s/d, p. 13), era possível ler No início do


século XX, acompanhando a crescente evolução da indústria no país, começam a surgir os
mais variados tipos de publicações. A fotografia passa a ter lugar de destaque junto aos
periódicos nacionais a ponto de, em 1900, surgir A Revista da Semana, especializada em
fazer reconstituições de crimes em estúdios fotográficos instaurando, assim, no mercado
brasileiro de revistas, um modelo que veio para ficar: veículos recheados de ilustrações e
fotos atraentes aos olhos do consumidor. Dentro deste contexto, nascem inúmeros veículos
que se transformariam em verdadeiros fenômenos de vendagem. Em 1928, o jornalista Assis
Chateaubriand lança a revista Cruzeiro, que dando ênfase às grandes reportagens e destaque
especial ao fotojornalismo, atinge, na década de 1950, a marca de 700 mil exemplares por
semana. Sem conseguir adquirir um jornal em Porto Alegre/RS, na tentativa de completar a
expansão de seu "império editorial"a todos os cantos do Brasil, Assis Chateaubriand buscou
formatar uma publicação que atingisse o território nacional e, também, a América do Sul.
Chateaubriand e sua equipe de Cruzeiro prepararam o que hoje denominaríamos de ação de
marketing de guerrilha para apresentar a revista à população do Rio de Janeiro, em 5 de
dezembro de 1928.

Foi como se, de repente, começasse a nevar naquela tarde de verão carioca. [...]
Quando as repartições públicas encerravam o expediente e as lojas se preparavam para fechar
as portas, uma chuva de confetes, serpentinas e pedacinhos de papel começou a cair sobre a
Avenida Rio Branco, parando o trânsito lançaram folhetos do alto de prédios e até de aviões
que sobrevoavam o centro da Capital Federal1 brasileira onde, se lia “compre amanhã O
Cruzeiro , em todas as bancas, a revista contemporânea dos arranha-céus que tudo sabe, tudo
vê”. Bandas de música comandavam um carnaval antecipado. Nos cartazes dispostos nos
muros da cidade, a propaganda da revista informava que a Revista O Cruzeiro era impressa
em rotogravura, saía aos sábados, ao preço de mil réis. A revista era impressa em Buenos
Aires/AR, apesar de a redação estar instalada no centro do Rio de Janeiro. Um lançamento de
popstar que funcionou: no dia seguinte, a nova revista se esgotou em poucas horas Um luxo
editorial. Na capa, o logotipo: o nome Cruzeiro em letras vermelhas, sobre um fundo azul
com moldura prateada. As estrelas da constelação do Cruzeiro do Sul sobrevoavam o desenho
de um rosto de mulher de boca e olhos pintados, unhas cintilantes, uma melindrosa que, com
ar provocante, enviava um beijo para o público. Em quatro cores,impressa em papel couchê
de excelente qualidade.

A História das Revistas no Brasil 7

Fig. 3: Primeira Capa da Revista Cruzeiro.

Fonte: www.diaadia.pr.gov.br/.../3_cruzeiro1.jpg

Somadas a essas características, Cruzeiro apresentava matérias jornalísticas

sobre temas nacionais e estrangeiros, textos primorosos bem

diagramados, apresentando boas fotos e ilustrações, relata Scalzo

(2003). A receita da revista pode ser decifrada: uma resenha do noticiário

semanal nacional e internacional com muito material fotográfico,

literatura, reportagens sobre locais exóticos e quase desconhecidos da

flora e fauna nacionais, colunas que abordavam um grande espectro de

assuntos.
Em 10 de dezembro de 1928, ou seja, apenas quatro dias depois

do lançamento do novo veículo no Rio de Janeiro, Cruzeiro estava nas

bancas das principais cidades brasileiras, de todas as capitais e nas principais

revistarias de Montevidéu/UR e Buenos Aires/AR, segundo o

Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, César Maia, em depoimento aos

Cadernos de Comunicação 3, série Memória,

[...]a revista O Cruzeiro (sic) surgia com o compromisso

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8 Íria Baptista & Karen Abreu

de apresentar um Brasil moderno, sintonizado com os avanços

tecnológicos de um mundo que se reorganizava após a

Primeira Guerra Mundial.[...] a revista reflete as aspirações

de um país que se preparava para uma nova era. As reportagens

focavam o alcance da telefonia, a extensão do Correio

Aéreo, o confronto do automóvel, as grandes construções,

as estradas que facilitavam as comunicações entre os estados

da Federação. [...] Cruzeiro era a cara do Rio. Um Rio

que ditava modismos para todo o Brasil. Um Rio em que

a febre da construção civil acelerava o mercado imobiliário

e absorvia grande contingente de mão-de-obra. [...] Era,

principalmente, a visão de um Rio alegre, cosmopolita, que

aparecia nas páginas de Cruzeiro através do traço irônico

dos seus humoristas, das belezas das “misses”, da moda,

da música e do teatro. Mas era, também, o Rio capital da

República, sede das grandes decisões políticas, econômicas

e sociais. Um Rio que percebia e denunciava absurdos

como a exploração dos nordestinos vindos nos “pausde-


arara” em busca de um sonho nunca realizado (MAIA,

2002, apud, Cadernos de Comunicação, s/d, p. 9).

Composta por 64 páginas, a edição contava com muitos anúncios

coloridos, vários deles ocupavam o espaço de páginas inteiras. Os

anunciantes e as agências de publicidade mostravam que acreditavam

na viabilidade do projeto de Chateaubriand para incrementar as vendas

de seus produtos. Implantando novas técnicas na elaboração de

anúncios, a Revista Cruzeiro trouxe métodos de divulgação baseados

naqueles praticados nos Estados Unidos e na Europa, em especial no

Paris-Match, na França. Materiais bem impressos que mobilizavam a

atenção da opinião pública com modernas técnicas de divulgação dos

produtos. Com isso, a quantidade de anúncios aumentava a cada semana,

chegando a ocupar até 35% das páginas da revista e suportando

financeiramente o empreendimento.

Nas décadas de 1940 e 1950, os anunciantes disputavam a reserva e

a compra de espaços publicitários nas páginas de Cruzeiro. Os espaços

destinados aos anúncios das 52 edições semanais anuais eram comercializados

nos primeiros dias de janeiro de cada ano.

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A História das Revistas no Brasil 9

Tais características fizeram Cruzeiro se firmar como a grande revista

de penetração nacional em poucos meses após seu lançamento. Muitos

leitores se dirigiam à redação da revista na tentativa de encontrar o exemplar

que não haviam conseguido comprar nas bancas. Cruzeiro circulava

em todas as classes sociais; tinha como público fiel mulheres

e homens, idosos e adolescentes, moradores de grandes e de pequenas

cidades, circulavam do Sul ao Norte do país, como desejou “Chatô”, ao


projetar a revista.

Fig. 4: Capa da revista O Cruzeiro – 24 de fevereiro de 1951

A principal concorrente de Cruzeiro, na década de 19404, era a revista

Diretrizes, capitaneada por Samuel Weiner, com redação e impressão

no Rio de Janeiro, também com circulação mensal, era um

veículo de imprensa influente e primava pela não subserviência aos

órgãos que davam apoio à ditadura Vargas. Entre os profissionais que

4 A Revista Diretrizes surgiu em 1938, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, conforme

relata Faro (1999, p. 78). (N. da A.).

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10 Íria Baptista & Karen Abreu

construíam a Diretrizes, Weiner contava com nomes como Jorge Amado,

Álvaro Moreyra, Rubem Braga e Joel Silveira, por exemplo. Segundo

Faro (1999, p. 78), “a revista Diretrizes era concorrente de

Cruzeiro num duplo sentido. Disputava o público leitor e disputava

os melhores profissionais do Rio de Janeiro”.

A linha editorial de Diretrizes estava embasada, principalmente na

política, “em plena implantação do Estado Novo”, registra Faro (1999,

p. 78). Ainda segundo o autor, “o sucesso da revista, parcialmente

devido ao clima de expectativa provocado pela guerra na Europa, foi

intenso e suficientemente importante para que as correntes organizadas

de oposição ao governo vissem nela uma “tribuna” de veiculação de

plataformas políticas”.

Entretanto, a tiragem da revista Diretrizes não ultrapassava a casa

dos cinco mil exemplares; sua imagem foi consolidada através da publicação

de grandes reportagens, entre elas, a famosa e desconcertante,

mas não menos antológica “Grã-Finos em São Paulo”, escrita por Joel
Silveira, onde “relatava o dia-a-dia (sic) de Fifi’s, Lelé’s e Mimi’s”, em

contraponto com a miséria já incômoda às grandes cidades.

Algumas matérias jornalísticas publicadas em Diretrizes foram pontos

de atrito entre a redação da revista e o DIP – Departamento de Imprensa

e Propaganda, instituído no governo do Estado Novo a fim de

regular a distribuição de informações (censurar) à sociedade. Para seu

editor,

[...] entre abril de 1938 e julho de 1944, Diretrizes sustentou

contra o DIP uma luta sem tréguas, apoiada pelo entusiasmo

ideológico e pela capacidade intelectual de cada

um de seus componentes. Essas virtudes compunham seu

capital. Em 1944, a revista estava profissionalizada, mas

devia sua sobrevivência à visão romântica que tínhamos do

jornalismo. Faltavam anunciantes, faltava capital, a venda

em bancas não bastava para assegurar salários justos para

os homens que faziam a revista e a dívida com a gráfica

aumentava (WEINER, 1987, p. 67).

Conta Joel Silveira, em Tempo de Contar (1985, p. 36), que Diretrizes

tinha “todos os ingredientes para durar pouco. Mas durou bastante.

Pelo menos, o suficiente para fazer história”. Segundo Faro

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A História das Revistas no Brasil 11

(1999, p. 80), “guardadas as diferenças empresariais e políticas que

distinguem Cruzeiro de Diretrizes, pode-se dizer que as duas revistas

consolidaram a existência da grande-reportagem (sic) na imprensa

brasileira”. É importante perceber que houve espaço para os dois modelos

de revista, a primeira voltada ao leitor médio de variedades e notícias,


a segunda, ao leitor crítico-político.

Fig. 5: Capa da Revista Diretrizes.

Fonte: www.terra.com.br/.../317/fotos/pauliceia_08.jpg.

Seguindo a mesma escola, em 1952, a Editora Bloch, do ucraniano

naturalizado brasileiro Adolpho Bloch, lança a Revista Manchete,

periódico que torna a fotografia um de seus elementos mais relevantes.

Com um projeto editorial muito diferente das duas revistas apresentadas

anteriormente, Manchete,

primava por um jornalismo que se esgotava no visual de

suas ilustrações; não chegava a ser uma publicação de reportagens

verticalizadas e sua periodicidade, limitada ainda

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12 Íria Baptista & Karen Abreu

pelas deformações do entendimento do que deva ser a atualidade

no jornalismo, representava obstáculo praticamente

insuperável para sua redação (FARO, 1999, p. 93).

A revista da Editora Bloch, era, em síntese, uma revista direcionada

ao grande público urbano, que era tratado sem diferenciação nas revistas

Cruzeiro e Fatos & Fotos. Nessa década de 50, relata Faro (1999, p.

76), “a imprensa será a caixa de ressonância da crise” política e do

isolamento do regime ditatorial de Getúlio Vargas, o Estado Novo. Essa

realidade vai permear as páginas da imprensa nacional.

Fig. 6: Exemplar da Revista Manchete.

Fonte: http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=MLB&f=66670041

_9398.jpg&v=E

É nesse contexto que o surgimento e o amadurecimento das técnicas

de entrevista e reportagens se construíram no Brasil. Entretanto,


nas páginas de Manchete vê-se muitas imagens ilustrativas de pequenos

textos jornalísticos. Os assuntos abordados por Manchete beiram temas

definidos por curiosidades da cultura brasileira como o carnaval nas

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A História das Revistas no Brasil 13

manifestações das ruas e nos desfiles das escolas de samba no Rio de

Janeiro.

Manchete, por sua vez, é mais uma publicação com ênfase

nos recursos ilustrativos do que no texto de profundidade,

deixando insatisfeito o novo público que passa a despontar

no cenário brasileiro: a classe média urbana em formação,

constituída principalmente de jovens de nível escolar

superior ou pelo menos equivalente ao segundo grau5 de

hoje (PEREIRA LIMA, 1993, apud, FARO, 1999, p. 89).

Deduz-se, então, a partir da visão de Pereira Lima (1993), que a

revista Manchete construiu-se enquanto veículo de comunicação, mas

não enquanto veículo de jornalismo, distorcendo, inclusive a noção de

atualidade e, possivelmente, os critérios de noticiabilidade propostos

pela teoria moderna do jornalismo. É possível supor, também, que os

temas abordados na revista Manchete, principalmente, nas décadas de

70 e 80, tratavam de amenidades, ou, no máximo, curiosidades, mesmo

quando científicas (câncer, psicologia, entre outros), sem situar os textos

a fim de apresentar uma visão esclarecedora sobre o tema.

Talvez um dos indícios dessa superficialidade jornalística seja a sua

farta presença nas salas de espera de consultórios médicos e odontológicos,

substituídos, em parte, na atualidade, por revistas como Caras,

Quem, e Ricos e Famosos, que abordam o estilo de vida de alguns


membros de camadas privilegiadas socioeconômica e culturalmente no

Brasil.

Na década de 1960, mais precisamente em 1966, surge outra publicação

que se propõe a apresentar reportagens ao leitor nacional: Realidade,

que é vista como um marco na história da imprensa brasileira.

Consolidada a partir de reportagens que se propunham à objetividade da

informação, nos moldes da prática profissional da imprensa da década

de 60, a revista da Editora Abril S. A., publicou um produto editorial

alternativo, que se compunha de duas linguagens: existencial e política.

5 O nível de ensino ao qual se refere Edvaldo Pereira Lima, equivale na atualidade

(2010), ao ensino médio. (N. da A.)

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14 Íria Baptista & Karen Abreu

Fig. 7 e 8: Exemplares de capas da Revista Realidade (1966-1968).

Fonte: http://www.sebodomessias.com.br

/loja/imagens/produtos/produtos/79154_258.jpg

Victor Civita tinha a intenção de abocanhar parte dos leitores da

revista Cruzeiro com a publicação de Realidade. Em 1966, a Editora

Abril S.A. encomendou ao Instituto de Estudos Sociais e Econômicos

(INESE) uma pesquisa de mensuração dos efeitos da edição número

zero sobre uma amostragem de leitores em potencial, que definiu o

público que iria consumir a revista Realidade. Conta Faro (1999, p.

95), que a composição do leitorado seria: “85% de leitores entre 18 e

44 anos; 73% de leitores com escolaridade equivalente ou acima do 2o.

Grau; 59% de leitores situados entre as classes A e B”.

Mapeando o público, a pesquisa de mercado indicou quase a totalidade

das ações que concretizariam o sucesso da publicação, mostrando


que a revista Realidade viria a preencher uma lacuna no setor das revistas

de informação não especializadas. Conforme trecho extraído da

pesquisa editorial sobre a revista Realidade, realizada, em janeiro de

1966, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Guanabara,

Juiz de Fora e Londrina, eleitas pelo departamento de distribuição

da Editora Abril S. A.,

Ao comparar Realidade (número zero) com outras revistas a maioria

dos entrevistados considerou-a melhor ou muito melhor que as demais.

Cerca de 65% dos entrevistados gostariam de ler a revista regularmente.

[...] São de interesse mais geral – disse o INESE – matérias sobre Ciênwww.

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A História das Revistas no Brasil 15

cia e Progresso, Grandes Problemas Brasileiros e Assuntos relativos ao

Sexo e Educação Sexual. Em relação ao número zero, que havia servido

de base para a pesquisa, o artigo mais apreciado foi, de longe, ‘A vida

antes de nascer’ (70%). Outros artigos muito apreciados foram ‘Desgraçado

é o goleiro’ (23%) e ‘Este é o Humberto’ (29%) (FARO, 1999,

p. 95).

Conforme Kucinski (1991, p. 57), a revista Realidade surgiu “em

plena revolução da sexualidade e introdução da pílula anticoncepcional”

propondo temas embasados na “reportagem social, na discussão crítica

da moral e dos costumes, mostrando um Brasil real, em profundas transformações.

Era também um jornalismo com ambições estéticas, inspirado

no new journalism norte-americano”, que se estrutura a partir da

vivência do profissional com a realidade que pretende retratar.

Realidade era uma revista com características diferenciadas, conta

Kucinski (1999, p. 60), apresentava a “importância fundamental para


que se concretizasse como projeto avançado da imprensa brasileira”, e

funcionava “com uma redação que gozava de grande autonomia na orientação

de cada número que ia às bancas, embora pertencesse a grupo

editorial cujas relações com o poder do Estado autoritário e com o capital

estrangeiro vinham sendo denunciadas à época do lançamento da

revista.

Os jornalistas, na sua maioria, eram militantes de partidos de esquerda

e costumavam impor seus pontos de vista à direção da Editora

Abril S. A. Conforme declaração de Nilson Monteiro (apud, Kucinski,

1991, p. 64 -65), “o grupo todo tinha a mesma posição editorial, as

reuniões em que se definiam os rumos da revista tinham um espírito

democrático e uma grande preocupação política, não no sentido partidário,

mas no sentido das palavras que empolgavam a juventude da

época, debate e democracia”.

O caráter da revista fez com que ela atingisse o sucesso editorial rapidamente.

Realidade, segundo Faro (1999, p. 82), “herdou o clima de

dispersão que tomou conta da vários profissionais de imprensa que trabalhavam

em publicações variadas que desapareceram antes e depois do

golpe militar de 1964”. Percebe-se que a conjuntura não foi favorável à

revista Realidade. Mesmo sendo um elemento positivo na memória das

publicações nacionais, Fernandes (1988), apresenta uma causa estrutural

desfavorável à viabilidade editorial da revista Realidade.

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16 Íria Baptista & Karen Abreu

A revista de interesse geral, a respeito de tudo, não funcionava

mais. Havia uma preferência do público pelo fragmento,

pelo interesse específico. A televisão resumia tudo


e impunha velocidade nas informações e a aceitação maior

da imagem, da recepção imediata. Neste caso, roubava o

público, principalmente de revistas ilustradas, como Realidade

(FERNANDES, 1888, p. 19 -20 apud, FARO, 1999,

p. 92).

Uma análise das dificuldades mercadológicas enfrentadas no mercado

editorial das revistas no Brasil, encomendada pela Editora Abril

S. A., fez com que Roberto Civita deduzisse que “as revistas ilustradas

estavam com os dias contados, e só poderiam ser substituídas por revistas

de informação”, relata Faro (1999 p. 92). Profundas eram as

causas daquela crise no mercado editorial brasileiro: a TV, apresentava

audiências cada vez maiores, mostrava mais rapidamente imagens

em movimento, fatos que as revistas só poderiam retratar depois de alguns

dias, na edição semanal, isto é, perdendo em atualidade jornalística,

para o novo veículo, e em fotografia, ou seja, sem o glamour da

cinética. Faro (1999, p. 92), relata que Roberto Civita6 afirmava, sobre

o mercado de revistas na década de 60, que, “do ponto de vista publicitário,

nosso custo por leitor nunca poderia bater a televisão. Quanto à

fotografia, como poderíamos mostrar melhor amanhã as imagens que a

TV mostrou ontem?”.

Em 1976 a Revista Realidade, encontrando muitas dificuldades para

manter o seu projeto editorial inicial, que permitia ao repórter produzir

um “jornalismo de texto” operando com criatividade, diferentemente

dos modelos prontos do jornalismo, choca-se, também, com o

fechamento político proposto pelos Atos Institucionais (AI’s), em especial

pelo AI-5, quando institucionalizou-se as restrições à liberdade de

imprensa no Brasil.
Aquela revista que até hoje é considerada uma das mais bem conceituadas

publicações de reportagens no Brasil, fechou dez anos depois

do seu nascimento, em janeiro de 1976, sob o número 120, vendendo

cerca de 120 mil exemplares. Segundo Faro (1999, p. 103), “o número

6 Roberto Civita, filho de Victor Civita, era o responsável pela edição da revista

Realidade na Editora Abril S.A. (N. da A.).

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A História das Revistas no Brasil 17

121, embora pronto, não chegou a ser editado. Oficialmente, a Editora

Abril S. A. alegou que o fechamento da revista visava ao lançamento de

uma revista semanal de televisão”. Realidade, segundo Scalzo (2003,

p. 11), é “um mito, especialmente entre os jornalistas, por suas grandes

reportagens, primorosamente apuradas e editadas”.

Na carona desse ‘boom’ de publicações, Victor Civita e Mino Carta7

criam, em 1968, a revista Veja, uma publicação brasileira da Editora

Abril S. A., composta nos moldes de Life. Seus primeiros anos foram

de acúmulo de prejuízos. Somente após dez anos de circulação a revista

semanal Veja conseguiu arrecadar mais do que gastava em sua

produção.

Abordando temas do cotidiano da sociedade brasileira como economia,

política, guerras e outros conflitos territoriais, cultura e aspectos

diplomáticos, entre outros, Veja apresenta seções fixas – sobre cinema,

música, literatura e a “famosa entrevista das páginas amarelas”,

no princípio de cada edição – e colunas assinadas por Diogo Mainardi,

Stephen Kanitz, Tales Alvarenga, Lya Luft, Jô Soares e Reinaldo Azevedo,

por exemplo.

Fig. 9 e 10: Exemplares da Revista Veja (década de 70) e primeiro


exemplar da revista Época.

Fonte: http://historiadeindaiatuba.blogspot.com/2009/03/indaiatubana-

revista-veja.html

7 Atual proprietário e editor da revista Carta Capital, considerada por muitos a

única publicação de esquerda no território brasileiro. (N. da A.).

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18 Íria Baptista & Karen Abreu

Seus textos são elaborados em sua maior parte por jornalistas, porém,

nem todas as seções são assinadas. Também aborda temas como

ecologia, tecnologia e religião com certa freqüência. A revista é entregue

aos assinantes aos sábados, nas bancas aos domingos, e traz na

capa a data das quartas-feiras (subseqüente). Veja, hoje é a revista semanal

de informação de maior circulação no Brasil, que chegou a vender

1.200.000 exemplares. Veja é considerada a quarta maior circulação, no

mercado editorial de revistas semanais de informação, no mundo.

Victor Civita, filho de imigrantes italianos na América, veio para o

Brasil e criou um império editorial no ramo de revistas. Assim como

criou a Veja, em 1968, e suportou os prejuízos nos primeiros dez anos,

fechou a revista Realidade, em 1976, que circulava com quinhentos mil

(500.000) exemplares, e cobria todos os seus custos, não apresentando

revezes. Depois disso vieram Isto é, Isto é Senhor, Afinal e Época8,

que marca o ingresso das Organizações Globo no mercado editorial

brasileiro das revistas semanais de interesse geral (informação).

Outro segmento de revista que fez bastante sucesso no território

brasileiro, foi a publicação de fotonovelas. Nas décadas de 1950 e 1960,

inspiradas nas revistas italianas que misturavam técnicas de cinema e

quadrinhos nascem várias publicações de histórias de amor criadas sobre


imagens fotográficas.

Em 1952, Capricho, da Editora Abril S. A., chega a vender meio

milhão de exemplares por quinzena. Em 1970, perdendo terreno para as

teledramaturgias (telenovelas) encenadas na televisão, Capricho muda

sua linha editorial e passa a ser voltada para o público adolescente permanecendo

desta forma até o dia de hoje, posicionando-se no “recentemente”

descoberto mercado editorial teen (teenagers), destinado ao

público adolescente.

É, também, no final da década de 1950 e início de 1960 que aparecem

no Brasil, as primeiras revistas de Histórias em Quadrinhos (HQ’s)

nacionais trazendo grandes destaques como o Pererê, de Ziraldo, e Mônica,

Cebolinha e Cascão, de Maurício de Souza. É neste período, também,

que as revistas se consagram como ótimos veículos de publicidade

8 A revista Época é a tentativa da Editora Globo, da Família Marinho, de se inserir

no mercado editorial de revistas, lacuna existente até então, no império de Roberto

Marinho e seus descendentes, que estava focado nos jornais, na rede de Televisão bem

como na de Rádios AM e FM. (N. da A.).

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A História das Revistas no Brasil 19

e propaganda e, acompanhando o crescimento industrial, passam a apresentar

um novo conceito editorial: revistas vitrines. Em face disso,

surgem veículos especialmente voltados para atender às necessidades

de clientes específicos.

3 A Segmentação Editorial Norteia o Mercado

Brasileiro

Acompanhando o crescimento da indústria têxtil nacional, por exemplo,

aparecem as revistas de moda como Manequim (1959) e Claudia


(1961) buscando atingir o público feminino. Esse setor editorial também

se subdividiu apresentando revistas com modelos de vestidos de

noivas, buffets e serviços especializados em eventos (casamentos, festas

de formatura, de quinze anos e, até mesmo, de batizados, bar mitzva e

outros ritos religiosos).

Fig. 11, 12 e 13: Capas das Revistas Manequim (1959),Claudia e

Amiga da Editora abril S.A.

Fonte: http://arquivoderevistas.blogspot.com/2007/05/o-primeiroexmplar-

da-revista-amiga.html

É a percepção mercadológica aplicada ao mercado editorial que subdivide

os grupos, anteriormente separados por gênero (revistas masculinas

e femininas) ou por idade (histórias em quadrinhos infantis ou

fotonovelas), que faz surgir revistas especializadas como Casa Cláudia,

antiga seção da revista Cláudia, da Editora Abril, Arquitetura e

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20 Íria Baptista & Karen Abreu

Construção, também originária da mesma seção de Cláudia, mas com

o propósito de apresentar soluções gráficas e projetos de edificações,

Casa e Jardim, voltada a um público interessado em plantas e suas características,

por exemplo.

Claudia Cozinha é outro exemplo dessa segmentação propiciada

pelas consumidoras brasileiras, que implantou, inclusive, a cozinha experimental

de Cláudia, contratando profissionais da fotografia, da nutrição,

da culinária, entre outros, para a confecção das páginas da revista

especializada em pratos e sobremesas brasileiros.

E, aproveitando-se da oportunidade de novos negócios advindos da

industrialização promovida pelo governo JK, na década de 50, a presença


da novíssima indústria automobilística. Com isso, os homens têm

para si direcionado o lançamento, em 1960, da revista Quatro Rodas;

mais tarde surgem Duas Rodas, tratando de motocicletas, tendo como

fator mercadológico relevante a presença do clima tropical e subtropical

no país acrescido da economia de combustível proporcionada pelas

motos, e Placar, revista que aborda esportes e, em especial, o futebol.

Aliás, o futebol, em específico, não é um bom tema para editar revistas

no Brasil. Apesar de ser o esporte nacional e ter muitos adeptos e

interessados, no Brasil, o hábito de consumo de mídia relacionado ao

futebol está presente em outros veículos: os jornais diários e a televisão.

3.1 Mercado Editorial Brasileiro Segmentado:

Revistas Femininas para a Mulher Moderna

Geralmente pensadas, escritas e editadas por homens, as revistas femininas

fazem parte do cenário editorial brasileiro desde que este tipo de

periódico aportou por aqui. Inicialmente traziam as novidades da moda

na Europa, dicas e conselhos de culinária, pequenas notícias, um pouco

de humor (anedotas) e muita ilustração.

Na década de 1950, como vimos anteriormente, o público feminino

foi "bombardeado"com as revistas de fotonovelas, que além de

histórias românticas fotografadas nada mais traziam em termos de conteúdo

jornalístico para oferecer ao seu público leitor. Não havia, por

parte destas publicações, qualquer preocupação em pensar, discutir ou

apontar questões relativas à sociedade da época que começava a dar ares

de mudanças.

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A História das Revistas no Brasil 21

3.1.1 Nova: um novo modelo de Mulher


No Brasil, Cosmopolitan chama-se Nova, ou melhor, Nova/ Cosmopolitan.

Na verdade, a palavra Cosmopolitan está ali, presente na capa, no

título da revista, mas não foi incorporada à identidade da revista junto

ao público brasileiro. A revista NOVA Cosmopolitan é uma publicação

mensal da Editora Abril S. A., sob permissão do The Hearst Corporation,

de Nova Iorque, EUA.

Fig. 14, 15 e 16: Exemplares de Capa da Revista NOVA nas décadas

de 80 e 2000.

Fonte: Coleção particular da autora.

Em seu expediente, a revista Nova informa que não admite publicidade

redacional desde 1989, por exigência de sua concessora de Nova

Iorque. Os conteúdos abordados por NOVA (Cosmopolitan) podem ser

identificados em seções como o horóscopo do chefe, testes para identificar

o tipo de chefe e conviver melhor com ele, dentre outras, isto é,

a revista Nova/Cosmopolitan não é destinada às mulheres que ocupam

cargos ou funções de comando.

Distribuída em todo o Brasil pela Dinap S. A., Distribuidora Nacional

de Publicações, com sede em São Paulo/SP, a revista NOVA integra

o Núcleo Comportamento9 da Editora Abril S. A , voltada para o

público feminino, solteiro, com idade entre 20 e 35 anos.

9 As publicações Ana Maria, Cláudia, Faça e Venda, Sou Mais Eu!, Viva Mais! e

Nova são integrantes do mesmo grupo mercadológico da Editora Abril S. A. (N. da

A.).

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22 Íria Baptista & Karen Abreu

A publicação apresenta oito seções fixas que repartem seu conteúdo

mensal e se estruturam em: Capa, que localiza os assuntos veiculados


na capa da edição; Amor e Sexo, seção que apresenta temas voltados

para histórias de amor, testes para a leitora fazer e verificar sua postura

em relação aos temas pertinentes, experiências sexuais relatadas

por leitoras à revista, atitudes femininas bem aceitas pelos homens, e

colunas assinadas.

Beleza e Saúde, aborda questões relacionadas à alimentação, ao

relacionamento familiar, estresse e formas de controlá-lo, exercícios

físicos, reportagens sobre beleza, e três ou quatro colunas assinadas;

Vida e Trabalho, apresenta à leitora assuntos sobre astrologia da leitora

e do chefe, relatos de auto-ajuda de leitoras, depoimentos de personalidades

sobre algum contratempo (queda de avião, desastres naturais,

etc), dinheiro, carreira, situação jurídica da pessoa natural, relacionamentos.

É Quente, é Nova!, o espaço editorial destinado a colunistas que

abordam temas diferentes entre si mas que apresentam uma roupagem

nova, incluindo o diário da Grazi, escrito pela ex-BBB Graziele Massafera;

Moda e Estilo, geralmente é a seção com menor quantidade de

informação: três ou quatro matérias assinadas por repórteres abordando

moda, presentes, preços de cosméticos, perfumes, tendências de moda.

Gente Famosa, é o pedacinho da revista destinado a apresentar dois

ou três atores, cantores, esportistas, modelos, normalmente um exemplar

masculino que esteja despertando a atenção das mulheres como

Cauã Reymond, Fábio Assunção, Marcos Pasquim, entre outros, e algum

exemplar feminino de destaque momentâneo, a matéria com a

modelo que foi fotografada para a capa da revista naquele mês, a “garota

da capa”, que apresenta seu relato de vida e como tem superado as

agruras no seu caminho.

Mais, editoria que traz notícias da redação, horóscopo do mês, terapia


de cinco minutos, Nova de ouro, Nova online, endereços e radical

chic, de Miguel Paiva, no estilo das tiras. O acesso à redação da revista

Nova/Cosmopolitan pode ser efetuado através do e-mail da diretora de

redação, Cínthia Greiner: cgreiner@abril.com.br.

Há, também, disponível aos leitores de Nova/Cosmopolitan, o acesso

ao Portal de Nova no Celular, onde a revista instrui como acessar e

os conteúdos disponíveis em cada mês. Na web, Nova/Cosmopolitan

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A História das Revistas no Brasil 23

disponibiliza outras matérias aos assinantes bem como aos leitores da

compra avulsa em bancas ou outros pontos-de-venda (supermercados,

hipermercado, livrarias, tabacarias, etc.) através de uma palavra-chave

indicada no corpo da edição, que lhe permita usufruir dos conteúdos

online.

Pode-se arriscar a dizer que as mulheres solteiras integrantes do

público do mercado editorial nacional das décadas de 70, 80, 90 e do

início do novo milênio têm fácil acesso às páginas coloridas da revista

Nova brasileira. Editada pela Abril, a maior editora brasileira de revistas,

comandada pela família Civita, Nova chega às bancas mês a mês

e traz, em sua maioria, uma mulher brasileira estampada em sua capa.

Essa mulher é mostrada para as demais mulheres do Brasil, e acaba

por formar um “conceito da mulher brasileira” da atualidade. Esse processo

iniciou no Brasil em 1973, quando circulou a primeira revista

Nova/Cosmopolitan no território nacional.

4 Considerações

A trajetória do mercado editorial nacional nos traz alguns ensinamentos.

Perceber a evolução do mercado editorial brasileiro acompanhado da


transformação sociocultural da nação é uma delas. Notar a segmentação

dos títulos, a diversidade dos públicos e a conquista de leitores é fato

desde o início. Conta Mira (2001, p. 147), que “a partir dos anos 80,

o processo de segmentação da mídia se acelera de maneira geral, (...)

no meio revista, segmentado por definição, esse processo é ainda mais

intenso”. A década de 80 é também conhecida como a era do marketing

por segmentar sobremaneira o mercado editorial brasileiro com base na

valorização das identidades explicitadas através do consumo, como é o

caso de Nova/Cosmopolitan, explicitado acima.

Atualmente, conforme informações disponibilizadas por Tamanaha

(2006), o meio revista alcança principalmente as classes A e B no Brasil

(67%), entretanto, o público feminino, entre 10 e 29 anos, compõe cerca

de 56% dos leitores de magazines. Nas áreas de moda e comportamento,

as revistas são publicações de referência.

A presença da mídia revista no segmento publicitário brasileiro é

importante para o mercado editorial bem como para os negócios dos

anunciantes. A revista, enquanto mídia, caracteriza-se pelo elitismo

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24 Íria Baptista & Karen Abreu

editorial, seja nas versões semanais ou mensais, os textos de revista

buscam elaborar interpretações a fim de esclarecer o público leitor sobre

os principais fatos do cotidiano.

Com isso, não se espera ações noticiaristas das revistas; ao contrário,

busca-se no texto preparado para as páginas de uma revista uma

visão mais elaborada do fato, relacionando-o com aspectos históricos,

sociais, políticos, econômicos, culturais, educacionais, etc., e apresentando

tais relações e possíveis decorrências do fato jornalístico para o


leitorado.

As condições técnicas de reprodução10 das imagens com certa fidelidade

também agregam credibilidade ao meio revista. Tanto para os

conteúdos tratados na edição quanto para os anúncios, este é um aspecto

importante. Os valores de comercialização apresentados nas capas

das revistas ajudam a localizar os possíveis leitores e o grupo sócioeconômico

e cultural aos quais pertencem. Mesmo que existam edições

a preços módicos como ocorrem hoje no mercado editorial brasileiro, as

revistas posicionam-se também pelo preço e pela quantidade de profissionais

que engrossam suas redações, pelos temas abordados e pela proposta

editorial que representam/apresentam.

A partir desse olhar sobre o mercado editorial brasileiro é possível

afirmar que se pode conhecer a transformação da sociedade nacional

vislumbrando as edições dedicadas à mulher nesses anos. Desde a publicação

de Espelho de Diamantino (que se propunha a instruir a mulher

brasileira e atualizá-la em relação ao progresso) até as edições de

Nova/Cosmopolitan (que segmentam ao extremo as informações em

editorias abordando diversos assuntos atuais e de interesse feminino) o

crescimento do mercado editorial brasileiro de revistas tenta apresentarse

como um espelho da sociedade. Ao mesmo tempo, servir como uma

“bússola norteadora” dos caminhos possíveis para as editoras traçarem

estratégias editoriais com o propósito de apontarem trilhas a serem seguidas

por esta mesma sociedade.

Com todas estas informações, atualmente, nota-se uma maior segmentação

do mercado editorial de revistas brasileiras. Dentro da segmentação

por gênero, revistas femininas, encontramos, ainda, uma segmentação

por faixa etária o que apresenta cerca de mais de 15 títulos


10 A maioria das revistas se utiliza do processo de impressão rotográfico, que apresenta

alta qualidade de reprodução de imagens, em especial. (N. da A.).

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A História das Revistas no Brasil 25

destinados ao público feminino, produzidos apenas pela Editora Abril

S.A.

Também percebe-se outra segmentação: a econômica. Estas segmentações

vão ao encontro dos interesses do mercado publicitário que

está buscando, cada vez mais, encontrar mídias que efetivamente atinjam

grupos de interesse dos produtos, marcas ou serviços dos anunciantes,

atingindo, assim, os objetivos de comunicação de marketing das

empresas que eles representam.

Importante ressaltar que os nichos mercadológicos encontrados pelo

mercado editorial brasileiro apontam para aquilo que Mira (2001) descreve

como “nichos sociais” (gênero, geração e etnia). Os membros

desses nichos sociais passam a existir, ganham visibilidade, quando se

manifestam enquanto alteridades, ou seja, quando expressam sua diferença

em relação a outros grupos. Para a autora, esses nichos sociais

somente se tornarão segmentos de mercado se apresentarem potencial

de consumo, isto é, se pertencer(em) às classes médias e altas.

Conforme Mira (2001, p. 214), “(...) a lógica do mercado absorve

os movimentos sociais e culturais mas os rearticula de acordo com seus

interesses”. A década de 90 ampliou mais ainda a segmentação mercadológica

proposta na década anterior para o mercado editorial. Assim,

são registrados em 1997, no Brasil, segundo informações publicadas

por Mira (2001, p. 213), “1.130 títulos (de revistas) diferentes.

(...) Uma verdadeira avalanche de publicações superlota as bancas”.


Nesse grande espectro de títulos publicados todos os meses no território

brasileiro quem ganha são o mercado publicitário, o mercado

editorial e, também, o público leitor que encontra mais possibilidades

de informação e entretenimento nas edições disponibilizadas nas bancas

de jornais e revistas, nos setores especializados dos supermercados

ou nas assinaturas propostas pelas editoras.

Onde há leitores, há espaço para a segmentação dos títulos e, por

conseqüência, anunciantes interessados em participar das edições. Fortalecendo

o pensamento de Roberto Civita, expresso na entrevista concedida

em 1991 à revista Meio e Mensagem11, ao dizer que atuar no

mercado nacional é vantajoso porque não é necessário adivinhar o fu-

11 Revista Meio & Mensagem, publicação destinada ao mercado publicitário do

Brasil, edição de 15/7/1991. (N. da A.).

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26 Íria Baptista & Karen Abreu

turo"; futuro este que, segundo o presidente da Editora Abril S.A., concretizará

ainda mais a segmentação do meio revista.

5 Referências

BAPTISTA, Íria Catarina Queiróz (2007). Retratos de mulher: análise

da representação do corpo feminino nas capas das revistas mensais

brasileiras playboy e nova no ano de 2005. Dissertação de

mestrado apresentada ao programa de pós-graduação em Ciências

da Linguagem da Unisul. Florianópolis: UNISUL.

Cadernos de Comunicação, n. 3, Série Memória (2002). Cruzeiro:

a maior e melhor revista da América Latina. Rio de Janeiro:

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Especial de

Comunicação Social.
FARO, José Salvador (1999). Revista Realidade, 1966 – 1968: tempo

da reportagem na imprensa brasileira. Canoas, RS: ULBRA/

AGE.

KUCINSKI, Bernardo (1991). Jornalistas e revolucionários: nos tempos

da imprensa alternativa. São Paulo: Scritta Editorial.

LESSA, Patrícia (2005). Mulheres à venda: uma leitura do discurso

publicitário nos outdoors. Londrina, PR: Eduel.

MIRA, Maria Celeste (2001). O leitor e a banca de revistas: a segmentação

da cultura no século XX. São Paulo: Olho D’água.

PEREIRA, José Haroldo (2001). Curso básico de teoria da comunicação.

Rio de Janeiro: Quartet/UniverCidade.

SCALZO, Marília (2003). Jornalismo de revista. São Paulo: Contexto.

SILVEIRA, Joel (1985). Tempo de contar. Rio de Janeiro: Record.

TAMANAHA, Paulo (2006). Planejamento de mídia: teoria e experiência.

São Paulo: Pearson Prentice Hall.

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A História das Revistas no Brasil 27

THOMPSON, John B. (1995). Ideologia e cultura moderna: teoria

social crítica na era dos meios de comunicação de massa.

Petrópolis, RJ: Vozes.

—- (1998). A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. 7a.

Edição. Tradução: Wagner de Oliveira Brandão. Petrópolis, RJ:

Vozes.

WEINER, Samuel (1987). Minha razão de viver. Rio de Janeiro:

Record.

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2.1 Estudos metodológicos

O desenvolvimento do projeto “Mundo nas Mãos” tem como referencia a pesquisa


realizada pelo grupo MTV em seu relatório: Dossiê Universo Mundo jovem de 2008 e dados
divulgados pela Ed. Abril com informações sobre suas publicações aos interessados em
anunciar em seus produtos.

Essas fontes nos fornecem informações e motivações para acreditar que é viável a
criação de um novo produto no mercado editorial brasileiro, devido ao entendimento que
existe uma carência no ramo de revistas masculinas para a faixa etária de 15 a 19 anos.

2.2 Editora Abril

Conforme tabela de publicações divulgadas em seu site. O Grupo Abril que é o maior do
Brasil não tem um titulo direcionado jovens adolescentes do sexo masculino.

Circulação SEXO Classe social Faixa Etária

09- 15- 20- 25- 34- 45-


Revista M F A B C D E 14 19 24 34 44 49 50+
93
AnaMaria 7% % 6% 46% 42% 5% 0% 4% 8% 10% 23% 23% 10% 22%
Arquitetura & 55 31
Construção 45% % % 52% 14% 2% 0% 2% 7% 8% 22% 24% 9% 27%
50 17
Aventuras na História 50% % % 53% 22% 7% 0% 8% 15% 11% 25% 27% 7% 8%
86 19
Boa Forma 14% % % 51% 29% 2% 0% 2% 11% 17% 28% 24% 6% 12%
86 21
Bons Fluidos 14% % % 70% 6% 3% 0% 2% 5% 7% 18% 23% 15% 29%
51 21
Bravo! 49% % % 60% 17% 2% 0% 12% 3% 21% 27% 23% 5% 9%
91 10
Capricho 9% % % 40% 41% 9% 0% 22% 38% 12% 9% 9% 3% 6%
82 30
Casa Claudia 18% % % 51% 18% 1% 0% 3% 6% 11% 24% 21% 13% 22%
88 18
Claudia 12% % % 50% 29% 3% 0% 3% 11% 9% 22% 21% 8% 26%
78 12
Contigo! 22% % % 46% 37% 5% 0% 5% 12% 14% 24% 23% 8% 15%
78 28
Elle 22% % % 52% 18% 1% 0% 3% 10% 24% 15% 20% 8% 20%
84 16
Estilo 16% % % 42% 33% 9% 0% 8% 17% 17% 18% 20% 6% 15%
40 33
Exame 60% % % 53% 13% 1% 0% 1% 6% 14% 31% 20% 10% 19%
91 16
Gloss 9% % % 53% 28% 4% 0% 13% 35% 21% 15% 11% 2% 2%
54 18
Guia do Estudante 46% % % 50% 25% 0% 0% -- -- -- -- -- -- --
17 24
Info 83% % % 53% 23% 0% 0% 2% 9% 19% 34% 20% 6% 10%
99 11
Loveteen 1% % % 41% 39% 6% 0% 52% 38% 7% 1% 0% 3% 0%
94 13
Manequim 6% % % 45% 35% 6% 0% 4% 7% 10% 17% 27% 8% 27%
23 28
Men´s Health 77% % % 55% 17% 1% 0% 2% 16% 23% 35% 17% 5% 2%
91
Minha Novela 9% % 7% 39% 46% 7% 1% 6% 16% 19% 20% 17% 7% 14%
30 26
Mundo Estranho 70% % % 52% 21% 2% 0% 9% 26% 14% 29% 11% 9% 3%
31 30
National Geographic 69% % % 49% 20% 1% 0% 2% 12% 17% 26% 19% 9% 15%
88 18
Nova 12% % % 58% 22% 3% 0% 3% 11% 14% 31% 19% 11% 12%
82 11
Nova Escola 18% % % 57% 29% 3% 0% 7% 5% 14% 22% 27% 11% 14%
11 10
Placar 89% % % 43% 40% 6% 0% 10% 18% 15% 28% 15% 6% 8%
14 12
Playboy 86% % % 42% 38% 7% 1% 4% 15% 18% 29% 20% 7% 8%
19 22
Quatro Rodas 81% % % 47% 29% 2% 0% 5% 13% 17% 27% 19% 6% 13%
40 38
Recreio 60% % % 40% 24% 0% 0% 41% 5% 0% 0% 0% 0% 0%
74 21
Saúde 26% % % 52% 23% 3% 0% 6% 8% 12% 17% 14% 14% 28%
87
Sou Mais Eu! 13% % 5% 40% 49% 6% 0% 8% 24% 12% 14% 18% 6% 19%
45 27
Superinteressante 55% % % 56% 17% 1% 0% 4% 14% 19% 28% 17% 8% 11%
87
Tititi 13% % 5% 40% 47% 8% 0% 7% 17% 17% 20% 17% 6% 15%
53 28
Veja 47% % % 46% 23% 3% 0% 3% 10% 12% 22% 21% 9% 22%
57 34
Veja Rio 43% % % 48% 18% 1% 0% 2% 6% 12% 20% 23% 10% 27%
51 29
Veja São Paulo 49% % % 53% 15% 3% 0% 2% 11% 11% 22% 22% 8% 23%
57 27
Viagem e Turismo 43% % % 53% 16% 3% 0% 0% 7% 13% 32% 25% 6% 16%
66 24
Vida Simples 34% % % 67% 4% 4% 0% 3% 2% 16% 19% 24% 8% 29%
25 25
Vip 75% % % 47% 21% 7% 0% 3% 17% 24% 30% 14% 7% 5%
89
Viva! Mais 11% % 5% 38% 51% 7% 0% 5% 11% 15% 26% 20% 9% 13%
40 30
Você S/A 60% % % 62% 8% 0% 0% 3% 7% 17% 36% 21% 8% 9%
68 23
Women's Health 32% % % 58% 19% 1% 0% 0% 20% 19% 36% 12% 6% 8%

Dados divulgados no site da Ed. Abril (http://publicidade.abril.com.br/tabelas-


gerais/revistas/perfil-dos-leitores)

De acordo com essa tabela, entendemos que o foco da editora no mercado adolescente e o
publico feminino, com publicações sempre voltadas ao seu universo, Já para o publico
masculino encontramos a revista Super Interessante ainda assim seu publico alvo é uma
população mais adulta. Comprovando assim mais uma vez que é viável a criação e veiculação
de um novo titulo.

3.3 Dossiê Universo Jovem MTV-2008

Conforme pesquisa divulgada pela MTV em 2008 em seu Dossiê Universo Mundo Jovem.
A população brasileira em questão apresenta as seguintes estatísticas:

• 8 milhões de jovens nas 9 cidades pesquisadas


• 49 milhões de jovens no Brasil
• 92% do Índice de Potencial de Consumo, considerando as classes sociais pesquisadas
A: 23,9%, B: 42,4%, C: 25,7%
* Pagina 10 DOSSIÊ UNIVERSO JOVEM 2008

Esse perfil do jovem brasileiro é composto por uma cultura de que apresenta
características comuns segundo o Dossiê. Isso mostra como podemos fazer uma revista para
esse publico com assuntos que de interesse para essa população que existe e precisa de um
produto com foco especializado para atender suas necessidades.
Assuntos como violência, transito, desemprego e poluição são temas que participam
cotidiano o jovem brasileiro e que pode ser tratado com diferencial em uma revista que tenha
como foco essa faixa etária de15 a19 anos tornando assunto corrente em nosso projeto de
revista.

No dossiê o Jovem revela o assunto de seu dia.


(texto retirado da pagina 26 do Dossiê Universo Jovem 2008.)

“OS ASSUNTOS DO DIA A DIA


Os temas mais presentes no dia-a-dia refletem a fase hedonista
e de desenvolvimento pessoal, natural da juventude. Seja no
plano pessoal sejam no grupo de amigos, os temas sobre os
quais mais conversam e pelos quais mais se interessam são os
que estão em evidência na mídia, na TV, na internet: música,
esportes, cinema/teatro/shows, dinheiro, saúde e notícias do
Brasil e do mundo.
Os assuntos variam de acordo com a idade. Entre os mais
maduros, aparecem temas como casamento, profissão, medo de
ter filhos no mundo tão violento, medo da situação financeira,
medo do futuro.
“Hoje ter um filho é complicado. O sonho do meu marido é ser pai,
e eu não consigo pensar em ser mãe, acho complicado. Eu quero
“ter uma condição financeira melhor para isso.” (SP. 22/25. F.C)
“Os jovens estão procurando oportunidades fora porque aqui
não tem mais. Eu estou com medo. Faço minha facu, saio depois
de 5 anos e não tem o que fazer porque não tem emprego pra
ninguém. “Claro que vou tentar procurar alguma coisa fora.”
(SP. 15/17. F.A)
Independentemente da idade, os assuntos de que mais gostam
são: “os meninos”, “as meninas”, “quem pegou quem”, as baladas
e viagens do fim de semana, a vida alheia, a música, o futebol,
as fofocas ou acontecimentos do momento, os programas da TV,
tecnologia, o caso Isabela, a dengue, os videogames, a moda, os
estudos, a família, os relacionamentos, e o sexo. O papo entre
eles são esse.
“O que eu mais gosto de conversar com amigos é o que
acontece no dia; como a gente costuma falar aqui:
‘Qual foi o bafão de hoje?”‘“ (RIB.19. M.C)
“Com meus colegas do serviço mais sérios a gente conversa sobre
política, as eleições americanas. Mas, com meus colegas mais
“chegados, futebol e mulher.” (SP. 18/21. M.B)
“Eles vivem o momento. Eles até podem ficar aborrecidos por
cinco minutos, mas depois já estão pensando na balada. Não
vejo-oseles pensando muito no futuro. Quem cria preocupação para
eles somos nós, eles não estão nem aí. Mas, sinceramente, eles
não têm outro assunto além de namorada, computador, carro
e balada.” (Pai, São Paulo, classe A)”

O dossiê apresenta também a visão que o jovem tem do Brasil hoje e do futuro e como ele
imagina o mundo daqui para frente. Temas com esse são sempre tratados em diversos meio de
comunicação, porém como dito anteriormente não há nada voltado com uma linguagem dos
garotos que estão agora nas escolas entre o período da 7ª serie do ensino fundamental e 3ª ano
do ensino médio.
Segue abaixo algumas opiniões retiradas também retiradas do Dossiê Universo Jovem
2008.

“O Brasil vive um período de prosperidade econômica: a inflação


está controlada, a Bolsa e o real estão valorizados, os programas
sociais, como Bolsa Escola e Bolsa Família, ajudam o jovem
de baixa renda a participar mais do consumo, e o aumento de
crédito para todas as classes facilita a aquisição de moradia
e bens duráveis. Nunca tantos automóveis, computadores e
celulares foram vendidos.
No entanto, nos últimos 3 anos, o jovem brasileiro presenciou
sérios episódios de corrupção e escândalos políticos, dois graves
acidentes aéreos, períodos de caos nos aeroportos, crise na área
de saúde, epidemia de dengue e crise na segurança pública.
“ Política, corrupção, as CPIs, e nada acontece.” (SP.18/21.M.B)
“ Logo que voltei do intercâmbio teve o acidente da TAM, foi
aquela comoção geral. Quem é o responsável?” (SAL.22/25.F.B)
“A dengue me preocupa muito. Meu namorado pegou dengue e
pessoas que moram na minha rua também. Já falei no posto de
saúde que tem foco por perto, mas ninguém faz nada. Não sei o
que fazer, fico insegura de alguém mais pegar.” (RJ.25.F.C)
Mas, acima de tudo, o jovem vivenciou intensamente as notícias
na mídia sobre crimes bárbaros envolvendo adolescentes e
crianças no Brasil (em São Paulo, os adolescentes Liana e Felipe,
que foram acampar e foram mortos, Suzane Richthofen, que
matou os pais, e o caso Isabela; no Rio, João Hélio, arrastado
por ladrões) e no mundo (Madeleine, que sumiu de um hotel em
Portugal; Elizabeth, que foi encarcerada pelo pai, e Natasha,
(encarcerada durante 8 anos, ambas na Áustria).
“A gora só se fala no caso Isabela. É o assunto do momento.”
(SAL.22/25. F.B)
“A violência cada dia está crescendo mais, cada vez mais jovens
estão cometendo mais crimes. Hoje você vê crianças de 14 anos
matando. “Não tem como combater a violência.” (RJ. 24. F.C)
Preocupações co m o Brasil:
corrupção e violência na cabeça
Os jovens demonstram insatisfação com o governo, como
também com a passividade do povo brasileiro, que aceita uma
política “que não resolve nada”. Eles se perguntam qual será o
futuro político e acreditam que falta consciência ao povo para
pressionar mais os governantes.
Apontam como principais problemas: corrupção (37%);
violência (32%); desemprego (24%); desigualdade social
(24%); fome (23%) e drogas (21%).
“Falamos muito sobre a corrupção no país. Hoje está pior,
tudo é na base do dinheiro. Como educar um filho com isso?
O que falar para o seu filho? Fecha o olho, não fecha, entra
no esquema. Digo que tem o caminho certo e o errado, e que a
responsabilidade é dele. Outro problema é a desigualdade
social, que no nosso país nunca vai acabar. Eles vão ter que
conviver com isso, e a gente ensina a valorizar todas as pessoas
“por igual.” (Pai, São Paulo)
“Desemprego. Porque agora mal ou bem a maioria está
procurando entrar no mercado de trabalho. Daqui a pouco a
gente vai viver sem nossos pais, e desempregado não dá pra
“viver.” (POA. 15/17. M.A)
A obrigatoriedade do voto é um assunto polêmico: 49% dos
jovens já se posicionam contra ela.
Por reconhecerem a importância do voto, os jovens citam que
muitos brasileiros, por ignorância, pobreza e falta de formação
política, “trocam” seus votos por benefícios temporários.
Apesar de todas as preocupações com o futuro e incertezas
quanto ao desenvolvimento pessoal e profissional, 87% dos
jovens têm orgulho de ser brasileiro e continuam acreditando
que o Brasil é muito importante no cenário mundial (61%).
O Brasil no futuro
Na opinião dos jovens, o Brasil ganhará cada vez mais destaque
no cenário mundial, e a Amazônia poderá ser motivo de
conflitos entre países.
36% dos jovens acreditam que o Brasil vai ser um centro
de interesses, por ser o país que tem maior quantidade de
recursos naturais.
34% concordam totalmente que os países do primeiro mundo
irão se apropriar da Amazônia e dos recursos naturais
do Brasil. Isso porque 54% dos jovens acreditam que os
brasileiros não se esforçam para garantir a preservação
da Amazônia e de outros patrimônios naturais do país.
Em Manaus, a percepção de que o Brasil é muito importante
para o mundo ainda é mais forte (85%), provavelmente pela
importância da Amazônia no mundo.
“Tem umas ONGs que são formas dos estrangeiros entrarem
aqui e tirarem nossas riquezas. Tem tanta riqueza aqui...
No rio Madeira tem ouro, no rio Uruguai tem petróleo. Aqui
em São Gabriel da Cachoeira tem um minério muito valioso.
A Amazônia é vista como patrimônio, é a maior biodiversidade
do mundo, com áreas intocáveis pelo homem. Pois é, tem lugares
que o brasileiro nem pode mais entrar. Já está cercado por
outros países. “Essa é a preocupação.” (Depoimento de um jovem
(taxista de Manaus)

O MUNDO E O FUTURO
O mundo
O que o jovem tem ouvido sobre o mundo recentemente é mais
preocupante do que inspirador.
As muitas notícias sobre o progresso da ciência na tecnologia
e genética são menos freqüentes do que as notícias sobre
guerras, massacres e conflitos entre países, grupos religiosos
e terroristas.
Como se não fosse o bastante, nos últimos três anos os jovens
acompanharam, em tempo real, inúmeras tragédias causadas
por fenômenos naturais. Desde 2005, os jovens vivenciaram:
o Tsunami na Ásia, o furacão Katrina em New Orleans, o
furacão Wilma, que atingiu a Flórida e o México, o terremoto
em Caxemira e, mais recentemente, o ciclone em Miamar e o
terremoto na China.
Assim, quando o assunto é o mundo, os temas mais
preocupantes são: o aquecimento global (40%); as guerras
(36%); a fome e o terrorismo (23%); a violência (22%) e a
desigualdade social (18%).
“Antes eram guerras entre religiões e políticas. Agora a guerra
“é por dinheiro, petróleo, poder.” (SP. 18/21. M.B)
“São muito perceptíveis estes danos ao meio ambiente feitos por
nós, isso me preocupa. Aquecimento global me preocupa por que
pode chegar a um limite que pode tornar a vida do ser humano
“inviável aqui na Terra.” (RIB.24. F.A)
“O aquecimento global, isso me preocupa muito mesmo. Daqui a
50 anos a gente não vai ter tanta água como a gente tem hoje no
“planeta.” (SP. 22/25. F.C)
O Futuro
Quando pensam no futuro, dois temas ligados ao meio
ambiente se destaca entre as principais preocupações:
o aquecimento global (34%) e a falta de água (24%). Além
das questões ambientais e da violência, trabalho, fome,
drogas e educação continuam tirando o sono do jovem.
Todas as preocupações do jovem com o futuro dizem respeito
a um questionamento: como será a qualidade de vida
da minha geração?
“A gente tem sentido cada vez mais o calor que está nessa cidade,
“e bairros em Salvador que não faltavam água e hoje falta.”
(SAL.18/21. F.A)
“A questão da água. Não sei se vai interferir na nossa vida, mas
“com certeza dos nossos filhos, nossos netos.” (SAL.15/17. M.C)
“Hoje é contrato temporário, ou cooperativo. E os nossos
anos de trabalho? Eu vou ficar em casa velhinha, não vou ter
aposentadoria... E os meus remédios, comprar como? Eu me
“preocupo.” (SP. 22/25. F.C)
“Acho que o problema da falta de água, desmatamento, a
poluição, buracos imensos na camada de ozônio feitos pelas
indústrias poluentes... Isso é um agravante do aquecimento
global, e, em função desses problemas, a poluição está
“aumentando cada vez mais.” (RJ. 27. M.A)
“Isso é uma grande preocupação. Eu acho que a minha geração
não afeta ainda, mas meus filhos, meus netos podem sofrer
bastante por causa desta questão da falta de água. Este tema
“não é freqüente, mas já se ouve comentário, sim, na turma.”
(SP. 19. M.B)
P.5 Para você, atualmente, qual ou quais destes assuntos causam maior preocupação? P.6 E
pensando na sua
cidade, quais assuntos causam maior preocupação? P.7 E no país, quais assuntos causam
maior preocupação?
P.8 E no mundo, quais assuntos causam maior preocupação? P.9 E quais os assuntos ou temas
que preocupam
a sua geração em relação ao futuro? Base: Total da amostra = 2.579 entrevistas “

De acordo com os dados apresentado concluímos que a viabilidade de nosso projeto pode
provada com a criação de um produto que chame a atenção do adolescente para compra de
uma revista que reflita a opinião dele sobre o mundo em si e que ele possa ter informação
direta sobre tudo em suas mãos.

Com base em pesquisas, entrevistas e dados divulgados por: Grupo abril editorial, Dossiê
MTV – perfil do jovem brasileiro e Fernanda Bergier Cardoso; designer formada pela PUC-
RIO e criadora da agencia TZIP. Entendeu-se que exista a ausência de uma publicação no
mercado editorial brasileiro voltado ao publico masculino de 15 a19 anos.

Nessas consultas, concluímos que há várias revistas com foco no publico jovem,
porém o foco é sempre no mercado adolescente feminino e não há nada para a faixa etária de
15 a19 anos masculino. Com isso entendemos que é possível inserir no mercado uma nova
revista com foco nesse publico alvo e explorar esse nicho de mercado.
Hipótese

Para criar e publicar uma revista com foco no adolescente de 15 a 19 anos do


masculino, usaremos de uma linguagem dinâmica e diagramação diferenciada, como forte
apelo a imagens que interagem diretamente com a leitura do assunto em questão para cada
matéria. Explorar os grandes acontecimentos do “universo online” que o jovem esta
envolvido.

Como grande recurso propõe com nosso projeto mostrar que fora da esfera virtual onde nosso
publico diariamente freqüenta também há uma publicação física que é interessante ter nas
mãos Fazendo com que a Revista Mundo nas mãos seja atraente e faça parte da vida particular
e virtual do leitor. Sendo assim conseguiremos entrar no mercado com grande diferencial.

Justificativa

Percebemos que o Mercado editorial de publicação de periódicos existe uma ausência


de uma revista voltada ao publico adolescente masculino. Entendemos que esse público
dispõe de interesse em ler uma revista voltada para sua realidade, uma revista nova em que se
possam encontrar reportagens, matérias e informação sobre o que interessa a eles, sobre a sua
realidade onde ele possa saber de tudo sobram à vida cotidiana com atualidades, informação,
tecnologia, entretenimento, esportes educação e lazer.

Resumo

O tema de nosso Projeto é a criação da revista Mundo nas Mãos.


A revista “Mundo nas Mãos” é uma publicação voltada para ao adolescente masculino com
um design diferenciado algo que não se encontra no mercado. Apresentando uma leitura
simples e clara com informação e diversão.

O problema de nosso projeto é criar algo que disperte a atenção do nosso publico alvo. Para
combater essa dificuldade inicial utilizaremos de meios de chamar atenção do adolescente
propondo e ale uma revista que interaja com a sua vida já ocupada coma s atividades
cotidianas como a escola, jogos de vídeo game e internet. Fazendo com que nossa revista
participe sempre uma pouco de cada mometno do seu dia.

Nosso objetivo é entrar no mercado de revista adolescente com uma revista que atende o
publico masculino de 15ª 19 anos. Diferenciando-nos das outras revistas do segmento por não
termos no momento concorrente.

Conclusão

Referências

Apêndice

Anexos

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