Sei sulla pagina 1di 28

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTRUTURAS E
CONSTRUÇÃO CIVIL

CIV 268 - Análise de Segurança Estrutural de Edificações em


Situação de Incêndio

Trabalho Prático: Memorial De Cálculo

Cleber Eduardo Fernandes Leal

São Carlos
2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3
1.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA EDIFICAÇÃO .................................................. 3
1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS .......................................... 3
1.3 NECESSIDADE DE VERIFICAÇÃO ...................................................................... 6
2. DEFINIÇÃO DO TRRF................................................................................................... 7
3. CÁLCULO DA TEMPERATURA NOS ELEMENTOS .................................................... 7
4. DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE REDUÇÃO ....................................................... 8
5. COMBINAÇÃO DE AÇÕES .......................................................................................... 9
6. VERIFICAÇÃO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS METÁLICOS .................................. 9
6.1 VERIFICAÇÃO À COMPRESSÃO ....................................................................... 10
6.2 VERIFICAÇÃO À FLEXÃO .................................................................................. 10
6.3 VERIFICAÇÃO DA INTERAÇÃO ENTRE ESFORÇOS ....................................... 11
6.4 VERIFICAÇÃO AO CISALHAMENTO ................................................................. 12
6.5 RESULTADOS: VERIFICAÇÃO DOS PILARES À COMPRESSÃO ................... 14
6.6 RESULTADOS: VERIFICAÇÃO DOS PILARES À FLEXÃO .............................. 15
6.7 RESULTADOS: VERIFICAÇÃO DA INTERAÇÃO DE ESFORÇOS NOS
PILARES ......................................................................................................................... 15
6.8 RESULTADOS: VERIFICAÇÃO DA VIGA METÁLICA V4 À FLEXÃO E DE
TODAS AS VIGAS AO CISALHAMENTO ....................................................................... 16
7. VERIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS MISTOS .................................... 17
7.1 PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS E DOS MATERIAIS ..................................... 17
7.2 DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA NOS PERFIS E NA LAJE .................... 18
7.3 DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE REDUÇÃO ............................................. 20
7.4 VERIFICAÇÃO DAS VIGAS MISTAS À FLEXÃO ............................................... 20
7.4.1 CÁLCULO DO MOMENTO RESISTENTE EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO ...... 20
7.4.2 COMPARAÇÃO COM MOMENTO SOLICITANTE ........................................... 21
7.5 DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA CRÍTICA NOS PERFIS ........................ 22
7.6 VERIFICAÇÃO DAS VIGAS MISTAS AO CISALHAMENTO .............................. 23
8. DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO DOS PERFIS ................................................ 23
9. VERIFICAÇÃO DA LAJE DE CONCRETO ................................................................. 26
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 28
3

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta as etapas de verificação de uma estrutura metálica em


situação de incêndio, como parte dos requisitos para aprovação na disciplina “CIV 268 -
Análise de Segurança Estrutural de Edificações em Situação de Incêndio”.

O documento encontra-se dividido em seções, sendo cada seção correspondente à


uma etapa do processo. Todos os procedimentos exibidos a seguir foram realizados com
base em notas de aula do Prof. Dr. Alex Sander Clemente de Souza, tutor da disciplina, e na
normalização apresentada ao longo do texto.

1.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA EDIFICAÇÃO

O caso tomado para este estudo consiste no exemplo fornecido por Bellei, Pinho e
Pinho (2008), p. 470. Trata-se de um Edifício de 8 pavimentos tipo (térreo + 7), em estrutura
metálica e com uso voltado à acomodação de escritórios. No Quadro 1 são apresentados
dados gerais da edificação.

Quadro 1 - Dados gerais da edificação


Altura total do edifício (em metros) = 25,00
Comprimento total do pavimento tipo (em metros) = 30,00
Largura total do pavimento tipo (em metros) = 18,00
Área por pavimento (em m²) = 540
Pé-direito (em metros) = 3,00
Quantidade de pilares por pavimento = 24
Vão entre pilares (em metros) = 6,00
Fonte: Bellei, Pinho e Pinho (2008).

1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Neste trabalho foram avaliados apenas os elementos estruturais pertencentes ao 1º


pavimento (mais solicitados). Quanto à identificação, os pilares foram nomeados da
esquerda para a direita ( ) e de cima para baixo ( ). Todas as vigas foram identificadas
com os índices de 1 a 4, levando em conta as 4 seções diferentes existentes. Perfis HP
foram utilizados nos pilares e perfis W nas vigas.
A planta baixa da edificação, locação dos pilares, área de influência dos pilares e
identificação das vigas são apresentados nas Figuras 1 a 4, respectivamente. O
detalhamento dos perfis é exibido pelo Quadro 2.
4

Figura 1 - Planta baixa do edifício

Fonte: Autor (2018).

Figura 2 - Locação dos pilares

Fonte: Autor (2018).


5

Figura 3 - Área de influência dos pilares

Fonte: Autor (2018).

Figura 4 - Identificação das vigas

Fonte: Autor (2018).


6

Quadro 2 - Detalhamento dos perfis

(a) – Perfil HP 310 x 93 (b) – Perfil HP 310 x 79

(c) – Perfil W310 x 21 (d) – Perfil W 310 x 32,7

(e) – Perfil W 360 x 39 (f) – Perfil W 460 x 68


Fonte: Autor (2018).

1.3 NECESSIDADE DE VERIFICAÇÃO

O edifício em questão não foi isento da verificação em situação de incêndio por


extrapolar os seguintes limites fornecidos pela ABNT NBR 14432:2001:
a) Área total > 1500 m² (Igual à 4320 m²);
b) Mais de 2 pavimentos (8 pavimentos).
7

2. DEFINIÇÃO DO TRRF
Nesta seção serão apresentados os passos tomados para determinação do Tempo
de Requerido de Resistência ao Fogo - TRRF do edifício em questão. Para tal, optou se
pelo uso do Método Tabular, qual leva em conta, entre outros fatores, a classe de
uso/ocupação da edificação e a altura até o último piso habitável. Para o caso abordado, a
classificação do edifício segundo a ABNT NBR 14432:2001 e o TRRF encontrado são
apresentados pelo Quadro 3 e Figura 5, respectivamente.

Quadro 3 - Classificação do edifício segundo ABNT NBR 14432:2001


Uso/ocupação = Serviços profissionais, pessoais e técnicos
Divisão = D -1 (Escritórios)
Altura até a última laje habitável (em metros) = 21,00
Fonte: Autor (2018).

Figura 5 - TRRF do edifício segundo Método Tabular

Fonte: ABNT NBR 14432 (2001).

3. CÁLCULO DA TEMPERATURA NOS ELEMENTOS

As temperaturas dos elementos em altas temperaturas foram obtidas por meio do


Método Analítico Simplificado, dado pela Equação 3.1:

F
Δ  h 'Δt
c. (3.1)

Onde:
= variação de temperatura no elemento;
= fluxo de calor por unidade de área;
= intervalo de tempo;
= calor especifico do material;
= massa especifica do material;
= fator de forma ou massividade do componente ou elemento
considerado.
8

Tendo em vista a Equação 3.1, as massividades obtidas conforme ABNT NBR


14323:2003 para cada elemento foram utilizadas como dados de entrada na planilha
“Cálculo da temperatura do aço sem proteção segundo a curva padrão ISO”, cedida pelo
professor tutor da disciplina. Como resultados, foram obtidos os valores de temperatura em
cada elemento no tempo igual ao TRRF (60 min). Visando maior precisão nos valores da
temperatura, adotou-se na planilha um incremento de tempo igual a 5 segundos.

4. DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE REDUÇÃO

A verificação de elementos em situação de incêndio é governada pela redução das


propriedades mecânicas dos materiais, consequência da elevação das temperaturas. De
posse dos valores das temperaturas nos perfis os coeficientes de redução Ky,θ para o aço e
Kc,θ para o concreto foram determinados com base no Quadro 4.

Quadro 4 - Fatores de redução para o aço e concreto em altas temperaturas

Fonte: Souza (2018).

Para temperaturas não inteiras contidas nos intervalos contemplados pelo Quadro 4
os fatores de redução foram obtidos por meio de interpolação linear.
9

5. COMBINAÇÃO DE AÇÕES

Para verificação dos pilares metálicos P1 a P24 em situação de incêndio foi utilizada
a Combinação Última Excepcional (ELU). De acordo com a ABNT NBR 8681:2003, são
consideradas excepcionais as ações advindas de explosões, choques de veículos,
incêndios, enchentes ou sismos. Segundo a ABNT NBR 8800:2008, esta combinação está
relacionada à atuação de ações que podem provocar efeitos catastróficos na estrutura.
Para este tralhado será aplicada a combinação prescrita pela ABNT NBR 8800:2008,
exposta na Equação 5.1

Fd     gi  FGi ,k   FQ ,exc    qj  0 j ,ef  FQj ,k 


m n

(5.1)
i 1 j 1
Onde:
Fd  Ação solicitante de cálculo em situação de incêndio;
 gi  coeficiente de ponderação para ações permanentes (Igual a 1,20 por se
tratar de elementos construtivos industrializados com adições in loco);
FGi ,k  valor característico da ação permanente (peso próprio da estrutura e
de elementos construtivos permanentes);
FQ,exc  valor da ação transitória excepcional (ações térmicas decorrentes do
incêndio);
 qj  coeficiente de ponderação para ações variáveis (Igual a 1,00 para
ações variáveis excepcionais)
 0 j ,ef  fatores de combinação efetivos de cada uma das ações variáveis que
podem atuar concomitantemente com a ação excepcional. (Igual a 0,4
considerando o incêndio como ação de curta duração quando
comparada a vida útil da estrutura – valor de  2 j ).

Para verificação tanto das vigas mistas V1, V2 e V3 quanto da viga metálica V4,
admitiu-se o Momento Solicitante em Situação de Incêndio (Msd,fi) como sendo igual à 40%
do Momento Resistente à Temperatura Ambiente (Mrd), ou seja Msd ,fi  0,4  Mrd .

6. VERIFICAÇÃO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS METÁLICOS

Nesta seção serão apresentados os procedimentos referentes à verificação à


compressão e à flexão dos pilares e vigas metálicos contidos na estrutura.
10

6.1 VERIFICAÇÃO À COMPRESSÃO


Para elementos metálicos comprimidos em situação de incêndio deve-se atender a
mesma condição de elementos tracionados. Entretanto, a força normal resistente de cálculo
Nrd,fi passa a ser dada pela Equação 6.1:

Nrd , fi   fi .Q fi .k y , . Ag . f y (6.1)

Onde:
= Fator de redução da resistência ao escoamento do aço à temperatura ;
= área bruta da seção transversal da barra;
= resistência ao escoamento do aço à temperatura ambiente;
= fator de redução total associado à flambagem local em situação de
incêndio;
= fator de redução associado à resistência à compressão em situação de
incêndio.

6.2 VERIFICAÇÃO À FLEXÃO


Para elementos metálicos submetidos à flexão em situação de incêndio procurou-se
atender à condição estabelecida pela Equação 6.2:

M sd , fi  Mrd , fi (6.2)

Para seções I laminadas com dois eixos de simetria, não sujeitas à torção e fletidas
em relação ao eixo de maior inércia o Mrd,fi nos estados-limites de Flambagem Lateral da
Mesa - FLM e Flambagem Lateral da Alma - FLA é dado pelas Equação 6.3, Equação 6.4 e
Equação 6.5 de acordo com a esbeltez do elemento:

M rd , fi 1. 2 . k y , .M pl para   p (6.3)

    p , fi 
M rd , fi  1. 2 . k y , .  M pl   M pl  M r  .  para  p    r
 r , fi  p, fi  (6.4)

M rd , fi 1. 2 . kE , .M cr para  >r (somente para FLM) (6.5)


11

Já para o Estado-Limite de Flambagem Lateral com Torção - FLT o momento


resistente é calculado pela Equação 6.6, Equação 6.7 e Equação 6.8, conforme a esbeltez
do elemento.

M rd , fi 1. 2 . k y , .M pl para   p (6.6)

    p , fi 
M rd , fi  1. 2 . k y , .Cb .  M pl   M pl  M r  .   1. 2 . k y , .M pl
 r , fi  p , fi 
para  p    r
(6.7)

M rd , fi  kE , .M cr para  >r (6.8)

Onde:
= Fator de redução da resistência ao escoamento do aço à temperatura ;
= fator de redução do módulo de elasticidade do aço à temperatura ;
= fator de correção para temperatura não-uniforme na seção transversal;
= fator de correção para temperatura não-uniforme ao longo do
comprimento da barra;
= momento de plastificação da seção transversal à temperatura
ambiente;
= momento fletor correspondente ao início do escoamento da seção
transversal para projeto à temperatura ambiente, obtido de acordo com a
NBR 8800:2008, para o estado limite em consideração;
= momento fletor de flambagem elástica à temperatura ambiente, obtido
de acordo com a NBR 8800:2008, para o estado limite em consideração;
= fator de modificação para diagrama de momento fletor não uniforme,
obtido de acordo com a NBR 8800:2008.

6.3 VERIFICAÇÃO DA INTERAÇÃO ENTRE ESFORÇOS


Para elementos os submetidos aos efeitos combinados de força axial e momento
fletor, sem que ocorra torção, é necessário que se faça a verificação para atuação
simultânea. Para a atuação simultânea da força axial de tração ou compressão e de
momentos fletores, devem ser obedecidas as Equações 6.9 e 6.10.
12

Nsd ,fi
Para  0,2 têm-se:
Nrd ,fi

N sd , fi 9  Mxsd , fi Mysd , fi 
     1, 0
N rd , fi 8  Mxrd , fi Myrd , fi 
(6.9)

Nsd ,fi
Para  0,2 têm-se:
Nrd ,fi

N sd , fi  Mxsd , fi Mysd , fi 
    1, 0
2  N rd , fi  Mx Myrd , fi (6.10)
 rd , fi 
Onde:

Nsd , fi  Força axial solicitante de cálculo de tração ou compressão em


situação de incêndio, a que for aplicável;
Nrd , fi  é a força axial resistente de cálculo de tração ou compressão em

situação de incêndio, a que for aplicável;

Mxsd , fi e Mysd , fi são os momentos fletores solicitantes de cálculo em situação

de incêndio, respectivamente em relação aos eixos x e y da seção


transversal;

Mxrd , fi e Myrd , fi são os momentos fletores resistentes de cálculo em situação

de incêndio, respectivamente em relação aos eixos x e y da seção


transversal.

6.4 VERIFICAÇÃO AO CISALHAMENTO


Para a verificação dos perfis I quanto ao esforço cortante buscou-se atender a
condição dada pela Equação 6.11:

vsd , fi  vrd , fi (6.11)

Quanto ao esforço resistente, este foi calculado pela Equação 6.12, Equação 6.13 e
Equação 6.14, conforme a esbeltez do elemento:

Vrd , fi  k y , .Vpl para   p (6.12)

p
Vrd , fi  k y , . .V pl para  p    r
 (6.13)
13

 
2

Vrd , fi  k y , .1, 28.  p  .Vpl para   r


  
(6.14)

Onde:
= Fator de redução da resistência ao escoamento do aço à temperatura ;
= parâmetro de esbeltez da alma, determinado de acordo com a NBR
8800:2008;
= parâmetro de esbeltez da alma correspondente ao início do escoamento,
determinado de acordo com a NBR 8800:2008;
= parâmetro de esbeltez da alma correspondente à plastificação,
determinado de acordo com a NBR 8800:2008;
= força cortante correspondente à plastificação da alma por cisalhamento,
determinada de acordo com a NBR 8800:2008.
14

6.5 RESULTADOS: VERIFICAÇÃO DOS PILARES À COMPRESSÃO


Os resultados obtidos durante as verificações dos pilares à compressão, à flexão e da análise da interação entre os esforços são
exibidos pelo Quadro 5, Quadro 6 e Quadro 7, respectivamente.
Quadro 5 - Resultados obtidos na verificação dos pilares à compressão
Nrd Nsd,fi fy Ag Temp. Nrd,fi
Pilar Perfil 0  a afi   Ky KE 0  cr F (m-1) Verif. Proteção?
(kN) (kN) (kN/cm²) (cm²) Elem. (kN)
P1 HP 310X79 2587 516 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.20 1.80 0.392 0.252 0.686 0.821 633 44.15 918 924.89 OK! Necessária proteção
P2 HP 310X79 2632 1032 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.39 1.05 0.449 0.294 0.680 0.824 609 87.70 939 1064.17 OK! Necessária proteção
P3 HP 310X79 2632 1032 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.39 1.05 0.449 0.294 0.680 0.824 609 87.70 939 1064.17 OK! Necessária proteção
P4 HP 310X79 2632 1032 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.39 1.05 0.449 0.294 0.680 0.824 609 87.70 939 1064.17 OK! Necessária proteção
P5 HP 310X79 2632 1032 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.39 1.05 0.449 0.294 0.680 0.824 609 87.70 939 1064.17 OK! Necessária proteção
P6 HP 310X79 2587 516 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.20 1.80 0.392 0.252 0.686 0.821 633 44.15 918 924.89 OK! Necessária proteção
P7 HP 310X93 3091 1032 34.5 119.20 0.54 0.88 1.10 1.00 0.33 1.80 0.656 0.484 0.628 0.848 540 76.50 937 1904.4 OK! Necessária proteção
P8 HP 310X79 3306 2006 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.61 1.30 0.861 0.600 0.659 0.834 500 180.00 944 2063.51 OK! Necessária proteção
P9 HP 310X93 3306 2108 34.5 119.20 0.54 0.88 1.10 1.00 0.64 1.05 0.731 0.554 0.620 0.851 516 0.00 20 2131.66 OK! Dispensa proteção
P10 HP 310X93 3306 2108 34.5 119.20 0.54 0.88 1.10 1.00 0.64 1.05 0.731 0.554 0.620 0.851 516 0.00 20 2131.66 OK! Dispensa proteção
P11 HP 310X79 3306 2006 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.61 1.30 0.861 0.600 0.659 0.834 500 180.00 944 2063.51 OK! Necessária proteção
P12 HP 310X93 3091 1032 34.5 119.20 0.54 0.88 1.10 1.00 0.33 1.80 0.656 0.484 0.628 0.848 540 76.50 937 1904.4 OK! Necessária proteção
P13 HP 310X93 3091 1032 34.5 119.20 0.54 0.88 1.10 1.00 0.33 1.80 0.656 0.484 0.628 0.848 540 76.50 937 1904.4 OK! Necessária proteção
P14 HP 310X79 3306 2006 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.61 1.30 0.861 0.600 0.659 0.834 500 180.00 944 2063.51 OK! Necessária proteção
P15 HP 310X93 3306 2108 34.5 119.20 0.54 0.88 1.10 1.00 0.64 1.05 0.731 0.554 0.620 0.851 516 0.00 20 2131.66 OK! Dispensa proteção
P16 HP 310X93 3306 2108 34.5 119.20 0.54 0.88 1.10 1.00 0.64 1.05 0.731 0.554 0.620 0.851 516 0.00 20 2131.66 OK! Dispensa proteção
P17 HP 310X79 3306 2006 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.61 1.30 0.861 0.600 0.659 0.834 500 180.00 944 2063.51 OK! Necessária proteção
P18 HP 310X93 3091 1032 34.5 119.20 0.54 0.88 1.10 1.00 0.33 1.80 0.656 0.484 0.628 0.848 540 76.50 937 1904.4 OK! Necessária proteção
P19 HP 310X79 2587 516 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.20 1.80 0.392 0.252 0.686 0.821 633 44.15 918 924.89 OK! Necessária proteção
P20 HP 310X79 2632 1032 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.39 1.05 0.449 0.294 0.680 0.824 609 87.70 939 1064.17 OK! Necessária proteção
P21 HP 310X79 2632 1032 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.39 1.05 0.449 0.294 0.680 0.824 609 87.70 939 1064.17 OK! Necessária proteção
P22 HP 310X79 2632 1032 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.39 1.05 0.449 0.294 0.680 0.824 609 87.70 939 1064.17 OK! Necessária proteção
P23 HP 310X79 2632 1032 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.39 1.05 0.449 0.294 0.680 0.824 609 87.70 939 1064.17 OK! Necessária proteção
P24 HP 310X79 2587 516 34.5 100.00 0.55 0.88 1.10 1.00 0.20 1.80 0.392 0.252 0.686 0.821 633 44.15 918 924.89 OK! Necessária proteção
Fonte: Autor (2018).
15

6.6 RESULTADOS: VERIFICAÇÃO DOS PILARES À FLEXÃO

Quadro 6 - Resultados obtidos na verificação dos pilares à flexão


MSd,fi Sigma_r fy Ag Zx Wx Mpl Mr Mr Temp. Mrd,fi
Pilar Perfil Ky KE cr F (m-1) Verif. Proteção?
(kN) (kN.cm) (kN/cm²) (cm²) (cm³) (cm³) (kN.cm) (kN.cm) (kN.cm) Elem. (kN)
P7 HP 310X93 16994.4 10.35 34.5 119.2 1450.3 1299.1 50035.35 31373.27 44818.95 0.900 0.600 500 76.5 937 33725.86 OK! Necessária proteção
P12 HP 310X93 16994.4 10.35 34.5 119.2 1450.3 1299.1 50035.35 31373.27 44818.95 0.900 0.600 500 76.5 937 33725.86 OK! Necessária proteção
P13 HP 310X93 16994.4 10.35 34.5 119.2 1450.3 1299.1 50035.35 31373.27 44818.95 0.900 0.600 500 76.5 937 33725.86 OK! Necessária proteção
P18 HP 310X93 16994.4 10.35 34.5 119.2 1450.3 1299.1 50035.35 31373.27 44818.95 0.900 0.600 500 76.5 937 33725.86 OK! Necessária proteção
P1 HP 310X79 13373.2 10.35 34.5 100.0 1210.1 1091.3 41718.45 26354.90 37649.85 0.900 0.600 500 44.15 918 28176.34 OK! Necessária proteção
P6 HP 310X79 13373.2 10.35 34.5 100.0 1210.1 1091.3 41718.45 26354.90 37649.85 0.900 0.600 500 44.15 918 28176.34 OK! Necessária proteção
P19 HP 310X79 13373.2 10.35 34.5 100.0 1210.1 1091.3 41718.45 26354.90 37649.85 0.900 0.600 500 44.15 918 28176.34 OK! Necessária proteção
P24 HP 310X79 13373.2 10.35 34.5 100.0 1210.1 1091.3 41718.45 26354.90 37649.85 0.900 0.600 500 44.15 918 28176.34 OK! Necessária proteção
Fonte: Autor (2018).

6.7 RESULTADOS: VERIFICAÇÃO DA INTERAÇÃO DE ESFORÇOS NOS PILARES

Quadro 7 - Resultados obtidos na verificação de interação entre esforços


Pilar Perfil Msd,fi (kN) Mrd,fi (kN) Nsd,fi (kN) Nsd,fi (kN) Nsd,fi/ Nrd,fi Verificação
P7 HP 310X93 16994.4 33725.86 1032 1904.4 0.557 0.979<1.0 OK!
P12 HP 310X93 16994.4 33725.86 1032 1904.4 0.557 0.979<1.0 OK!
P13 HP 310X93 16994.4 33725.86 1032 1904.4 0.557 0.979<1.0 OK!
P18 HP 310X93 16994.4 33725.86 1032 1904.4 0.557 0.979<1.0 OK!
P1 HP 310X79 13373.2 28176.34 516 924.89 0.542 0.989<1.0 OK!
P6 HP 310X79 13373.2 28176.34 516 924.89 0.542 0.989<1.0 OK!
P19 HP 310X79 13373.2 28176.34 516 924.89 0.542 0.989<1.0 OK!
P24 HP 310X79 13373.2 28176.34 516 924.89 0.542 0.989<1.0 OK!
Fonte: Autor (2018).
16

6.8 RESULTADOS: VERIFICAÇÃO DA VIGA METÁLICA V4 À FLEXÃO E DE TODAS AS VIGAS AO CISALHAMENTO

A seguir, os resultados obtidos durante a verificação à flexão e ao cisalhamento da viga metálica V4 são expostos pelo Quadro 8 e
Quadro 9, respectivamente.

Quadro 8 - Resultados da verificação à flexão para viga metálica V4


Msd,fi Sigma_r fy Ag Zx Wx Mpl Mr Mr Temp. Mrd,fi
Viga Perfil Ky KE cr F (m-1) Verificação
(kN) (kN.cm) (kN/cm²) (cm²) (cm³) (cm³) (kN.cm) (kN.cm) (kN.cm) Elem. (kN)
V4 W 460X68 17155.2 10.35 34.5 87.6 1495.4 1300.7 51591.3 31412 44874.2 0.420 0.273 620.83 125.52 938.3 17341.28 OK! Necessária proteção
Fonte: Autor (2018).

Quadro 9 - Verificação da viga metálica V4 ao cisalhamento


Viga Perfil Fy (kN/cm²) Aw (cm²) Ky Vsd,fi (kN) Vrd,fi (kN) cr Temp. Elem. Verificação
V1 W 310X21 34.5 14.90 0.369 110.6 113.81 642.21 943.20 OK! Necessária proteção
V2 W 310X32 34.5 19.21 0.378 147.82 150.31 638.29 941.22 OK! Necessária proteção
V3 W 360X39 34.5 21.58 0.373 164.16 166.62 640.46 941.17 OK! Necessária proteção
V4 W 460X68 34.5 41.77 0.420 314.40 363.15 620.83 938.3 OK! Necessária proteção
Fonte: Autor (2018).
17

7. VERIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS MISTOS

Nesta seção serão apresentados os cálculos relacionados à verificação à flexão, e


cisalhamento das vigas V1, V2 e V3, elementos mistos de aço e concreto.

7.1 PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS E DOS MATERIAIS

Como primeira etapa de verificação das vigas mistas, realizou-se a determinação das
propriedades geométricas dos perfis adotados por Bellei, Pinho e Pinho (2008) bem como
das capas de concreto que compõem as seções mistas.
O cálculo das massividades ou fatores de forma para cada elemento dos perfis (alma
e mesas) se deu com base em suas dimensões (especificadas na Figura 6), e nas
Equações 7.1 a 7.3.

Figura 6 - Dimensões consideradas para cálculo das massividades

Fonte: ABNT NBR 14323 (2003).


Para mesa inferior:

2   b fi  t fi 
F
b fi  t fi (7.1)

Para alma:

2  tw  h 
F
tw  h (7.2)

Para mesa superior, conectada à laje maciça:


18

b fs  2  t fs
F
b fs  t fs (7.3)

Onde:
F  Massividade do elemento em m1 .

As Equações 7.1 a 7.3 foram implementadas no software Microsoft Office Excel e os


resultados obtidos para cada uma das vigas do edifício são apresentados no Quadro 10.

Quadro 10 - Massividade dos perfis adotados e propriedades do concreto


Dimensões (mm) Propriedades Capa de Concreto
Dimensões
Mesas Geométricas Material
Perfil Alma (cm)
Viga fck
Adotado d Inferior Superior Massividade (m^-1)
fy (MPa)
A A A Mesa Mesa tc bc
bf tf bf tf h tw Alma (kN/cm²)
(cm²) (cm²) (cm²) Inferior Superior
V1 W310x21,0 303 101 5,7 5,76 101 5,7 5,76 292 5,1 14,89 370,68 399,01 195,24 34,5 9 80 20
V2 W310x32,7 313 102 11 11,02 102 10,8 11,02 291 6,6 19,21 204,79 309,90 112,20 34,5 9 150 20
V3 W360x39,0 353 128 11 13,70 128 10,7 13,70 332 6,5 21,58 202,54 313,72 109,08 34,5 9 150 20

Fonte: Autor (2018).

7.2 DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA NOS PERFIS E NA LAJE

Em seguida, as massividades obtidas e apresentadas no Quadro 10 foram inseridas


na planilha “Cálculo da temperatura do aço sem proteção segundo a curva padrão ISO”,
cedida pelo professor tutor da disciplina. Como resultados, foram obtidos os valores de
temperatura em cada componente dos perfis (alma e mesas) no tempo igual ao TRRF (60
min). O incremento de tempo adotado para as vigas mistas também foi igual a 5 segundos.
As temperaturas encontradas são exibidas no Quadro 11.

Quadro 11 - Temperatura nos perfis


Temperatura no Perfil Metálico p/ TRRF (ºC)*
Viga Mesa Inferior e Alma (considerando
Mesa Superior
massividade da mesa inferior)
V1 943,20 941,00
V2 941,22 937,30
V3 941,17 937,04
*Planilha Prof. Alex, 2ª aba
Fonte: Autor (2018).
A temperatura capa de concreto (trecho de laje considerado na seção) foi calculada
segundo o modelo de fatias, conforme prescrições da ABNT NBR 14323:2003. O
procedimento adotado e os cálculos para o edifício em questão são ilustrados pelo Quadro
12 e Quadro 13, respectivamente.
19

Quadro 12 - Variação de temperatura na altura das lajes de concreto de densidade


normal

Fonte: ABNT NBR 14323 (2003).

Quadro 13 - Temperatura nas lajes do edifício em questão p/ TRRF 60 min


Altura da Laje (mm) Nº de Faixas TRRF (min)
90 14 60
Faixa Espessura (mm) Temperatura (ºC)
1 de 0 a 5 705
2 de 5 a 10 642
3 de 10 a 15 581
4 de 15 a 20 525
5 de 20 a 25 469
6 de 25 a 30 421
7 de 30 a 35 374
8 de 35 a 40 327
9 de 40 a 45 289
10 de 45 a 50 250
11 de 50 a 55 200
12 de 55 a 60 175
13 de 60 a 80 140
14 maior que 80 100
Temperatura Média (ºC)* 317,67
*Média ponderada das temperaturas, sendo o peso a espessura de cada faixa.

Fonte: Autor (2018).


20

7.3 DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE REDUÇÃO

De posse dos valores das temperaturas nos perfis os coeficientes de redução Ky,θ
para os perfis metálicos e Kc,θ para a capa de concreto foram determinados por meio da
interpolação linear dos valores contidos no Quadro 4. Os resultados constam no Quadro 14.
Vale ressaltar que a ABNT NBR 14323: 2003 permite adotar a mesma temperatura
para as almas e as mesas inferiores dos perfis. Como consequência, têm-se também, um
único valor de Ky,θ para ambos os componentes do perfil.

Quadro 14 - Fatores de redução para os perfis e para laje

Valores de Ky,θ obtidos para os Perfis


Valor de Kc,θ obtido
Viga
para LAJE
Mesa Inferior e Alma Mesa Superior
V1 0,3687 0,0518
V2 0,3781 0,0525 0,8323
V3 0,3729 0,0526
Obs.: Valores Interpolados
Fonte: Autor (2018).

7.4 VERIFICAÇÃO DAS VIGAS MISTAS À FLEXÃO

7.4.1 CÁLCULO DO MOMENTO RESISTENTE EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO


Nesta seção calcula-se o Momento Fletor Resistente em Situação de Incêndio
(Mrd,fi) para as vigas mistas. Para tal, serão tomadas as seguintes considerações:
a) Linha neutra na capa de concreto (laje);
b) Interação TOTAL entre perfil metálico e capa de concreto (sem deslizamento
relativo).
O primeiro passo adotado para obtenção do momento resistente foi verificar a
posição da linha neutra, uma vez que as formulações empregadas são diferentes quando a
mesma se localiza na laje e quanto está no perfil. Assim, a profundidade da linha neutra foi
obtida com base na Equação 7.4.

a
 A  k i y , i  As  k y , s   f y
 tc
0,85  K c ,  fck  b (7.4)

Onde:
a  Posição da linha neutra, partindo do topo da capa de concreto (em cm);
 Ai  soma das áreas inferiores: mesa inferior e alma (em cm²);
ky , i  fator de redução para mesa inferior e alma;
21

As  área da mesa superior (em cm²);


ky , s  fator de redução para mesa superior;
f y  tensão de escoamento do aço usado no perfil (em kN/cm²);
kc,  fator de redução para resistência à compressão do concreto;
fck  resistência característica à compressão do concreto (em kN/cm²);
b  faixa de laje considerada no seção mista (em cm);
tc  altura da laje (em cm).

Verificando-se que a profundidade da Linha Neutra não tenha sido maior que a altura
da laje ( a  tc ), o Momento Resistente em Situação de Incêndio foi então calculado por

meio da Equação 7.5. Para tal, foram levados em consideração o valor de “a”, as dimensões
dos perfis de da laje identificadas na Figura 3 e apresentadas no Quadro3.

  t fi  a   h  a 
M rd , fi  K y , i  f y   b fi  t fi    d  h f  tc     h  tw    t fs  h f  tc   
  2   2 
 t a
K y , s  f y   b fs  t fs    h f  tc  fs 
 2 
(7.5)
7.4.2 COMPARAÇÃO COM MOMENTO SOLICITANTE
Nesta seção, o valor de “Mrd,fi” calculado pela Equação 7.5 será comparado ao
Momento Fletor Solicitante em Situação de Incêndio (Msd,fi).
Para tal, adotou-se “Msd,fi” como sendo igual à 40% do Momento Fletor Resistente
em Temperatura ambiente (Mrd), que, por sua vez, foi fornecido por Bellei, Pinho e Pinho
(2008). A comparação realizada é ilustrada pela Equação 7.6.

M Sd , fi  M rd , fi
0, 4  M rd  M rd , fi (7.6)

Onde:
MSd ,fi  Momento fletor solicitante em situação de incêndio (em kN/cm²);
Mrd ,fi  Momento fletor resistente em situação de incêndio (em kN/cm²);
M rd  Momento fletor resistente em temperatura ambiente (em kN/cm²).

Não sendo a Equação 7.6 atendida com os valores de Ky,θ obtidos no tempo igual
ao TRRF (60 min), têm-se que a temperatura crítica (θ, crítica) dos elementos se encontra
abaixo das temperaturas atingidas após 60 min de incêndio. Dessa forma, novas tentativas
foram feitas elevando-se os valores de Ky,θ da alma e da mesa inferior até que os valores
22

de “Msd,fi” e “Mrd,fi” se igualassem, ou quando “Mrd,fi” fosse imediatamente superior a


“Msd,fi”. Esta igualdade se dá justamente quando a θ, crítica do perfil é atingida.
Todas as iterações realizadas para as Vigas mistas V1, V2 e V3, bem como a
posição da linha neutra, valores dos momentos solicitante e resistentes em incêndio são
apresentados pelo Quadro 15. No quadro, os números em negrito correspondem aos
valores finais de Ky,θ, ou seja, obtidos quando a igualdade entre solicitante e resistente foi
alcançada.

Quadro 15 - Comparação entre momentos solicitante e resistente em situação de


incêndio: tentativas
Ky,θ
Msd,fi Mrd,fi
Tentativas Mesa Inferior a (cm) Verificação
Mesa Superior (kN.cm) (kN.cm)
e Alma
1ª - V1 0,0514 0,0518 0,41 6724,80 1122,39 Não OK!
2ª - V1 0,47 0,0518 3,05 6724,80 9047,89 OK!
3ª - V1 0,23 0,0518 1,54 6724,80 4599,97 Não OK!
4ª - V1 0,3430 0,0518 2,25 6724,80 6726,37 OK!
1ª - V2 0,0518 0,0525 0,35 11082,00 1805,58 Não OK!
2ª - V2 0,343 0,0525 1,78 11082,00 10635,26 Não OK!
3ª - V2 0,3582 0,0525 1,85 11082,00 11084,23 OK!
1ª - V3 0,0518 0,0526 0,41 14029,20 2318,53 Não OK!
2ª - V3 0,35 0,0526 2,12 14029,20 13945,65 Não OK!
3ª - V3 0,3523 0,0526 2,14 14029,20 14032,92 OK!
Fonte: Autor (2018).

7.5 DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA CRÍTICA NOS PERFIS

De posse dos valores finais de Ky,θ e, sabendo-se que os mesmos denotam


temperaturas entre 600ºC e 700ºC, a Equação 7.7 foi utilizada para o cálculo das
temperaturas críticas em cada viga. Os resultados finais de Ky,θ e de θ,crítica são
apresentados no Quadro 16.

1,91  K y , i
 para 600ºC    700ºC (7.7)
0, 0024
Onde:
ky , i  fator de redução para mesa inferior e alma;
  temperatura obtida.
Quadro 16 - Temperaturas críticas para cada viga
Viga Ky,θ θ,crítica (ºC)
V1 0,343 652,92
V2 0,3582 646,58
V3 0,3523 649,04
Fonte: Autor (2018).
23

7.6 VERIFICAÇÃO DAS VIGAS MISTAS AO CISALHAMENTO

No Quadro 17 são apresentados os resultados da verificação ao esforço cortante (Item 6.4 deste trabalho) para as vigas mistas V1, V2,
e V3 em situação de incêndio.

Quadro 17 - Verificação ao cisalhamento para as vigas mistas em situação de incêndio


Viga Perfil Fy (kN/cm²) Aw (cm²) Ky Vsd,fi (kN) Vrd,fi (kN) cr Temp. Elem. Verificação
V1 W 310X21 34.5 14.90 0.369 110.6 113.81 642.21 943.20 OK! Necessária proteção
V2 W 310X32 34.5 19.21 0.378 147.82 150.31 638.29 941.22 OK! Necessária proteção
V3 W 360X39 34.5 21.58 0.373 164.16 166.62 640.46 941.17 OK! Necessária proteção
Fonte: Autor (2018).

8. DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO DOS PERFIS

Conhecendo-se os valores de θ,crítica para cada uma dos elementos, deu-se início ao dimensionamento da proteção. O material
adotado para todos os elementos estruturais analisados foi a argamassa projetada Monokote MK-6, do fabricante Grace Construction
Products, que atende temperaturas críticas de até 650ºC.
O processo foi realizado com base na Carta de Cobertura contida na Tabela 1, obtida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT e
encontrada no trabalho de Guimarães (2007).
24

Tabela 1 - Carta de cobertura argamassa projetada Monokote MK-6 (θ, crítica = 650ºC)

Fonte: IPT, citado por Guimarães (2007).


Para o uso da tabela, foi necessário calcular as massividades dos perfis das vigas
como um todo, cujos valores são apresentados no Quadro 18.

Quadro 18 - Massividade dos perfis inteiros para cada viga mista


Cálculo da massividade dos perfis inteiros
Viga Perfil Massividade (m^-1)
V1 W310x21,0 340,68
V2 W310x32,7 222,61
V3 W360x39,0 220,08
Fonte: Autor (2018).

Cruzando-se os valores do TRRF (60 min) e da massividade dos perfis inteiros,


foram obtidas pela Tabela 1 as espessuras de argamassa projetada necessárias para
proteção de cada viga. Os resultados são expostos no Quadro 13.
25

Quadro 19 - Espessuras de argamassa projetada adotadas em cada viga mista


Espessura
Viga Perfil Proteção Adotada
(mm)
V1 W310x21,0 Argamassa projetada Monokote-MK6 26
V2 W310x32,7 Argamassa projetada Monokote-MK6 19
V3 W360x39,0 Argamassa projetada Monokote-MK6 18
Fonte: Autor (2018).

Vale ressaltar que as espessuras de proteção para vigas V2 e V3 foram obtidas


interpolando linearmente os valores da Tabela 1 e arredondando os valores obtidos na
interpolação para valores inteiros imediatamente superiores. Para a Viga V1, realizou-se
uma extrapolação, também seguida de aproximação para o próximo valor inteiro de
espessura.
Para os elementos metálicos (Pilares 1 a 24 e Viga V4) as espessuras adotadas são
apresentadas pelo Quadro 20.

Quadro 20 - Espessuras de argamassa projetada para pilares e viga V4


Elemento Perfil Massividade (m¹) Espessura (mm)
P1 HP 310X79 152.78 12
P2 HP 310X79 152.78 12
P3 HP 310X79 152.78 12
P4 HP 310X79 152.78 12
P5 HP 310X79 152.78 12
P6 HP 310X79 152.78 12
P7 HP 310X93 128.58 11
P8 HP 310X79 152.78 12
P9 HP 310X93 - -
P10 HP 310X93 - -
P11 HP 310X79 152.78 12
P12 HP 310X93 128.58 11
P13 HP 310X93 128.58 11
P14 HP 310X79 152.78 12
P15 HP 310X93 - -
P16 HP 310X93 - -
P17 HP 310X79 152.78 12
P18 HP 310X93 128.58 11
P19 HP 310X79 152.78 12
P20 HP 310X79 152.78 12
P21 HP 310X79 152.78 12
P22 HP 310X79 152.78 12
P23 HP 310X79 152.78 12
P24 HP 310X79 152.78 12
V1 W 310X21 340.68 26
V2 W 310X32.7 222.61 19
V3 W 310X39 220.08 18
V4 W 460X68 157.61 13
Fonte: Autor (2018).
26

Para os pilares P9, P10, P15 e P16, envoltos pela alvenaria, o uso de argamassa de
proteção foi dispensado.

9. VERIFICAÇÃO DA LAJE DE CONCRETO

Além de considerar, em situação de incêndio, a contribuição capa de concreto (laje)


nas seções das vigas mista, também é necessário verificar a laje de concreto como
elemento estrutural. Tal verificação será aqui realizada com base no Método Tabular
prescrito pela ABNT NBR 15200:2012, o qual consiste basicamente em checar as
dimensões dos elementos estruturais (largura das vigas, espessura das lajes, seções
transversais de pilares) de forma que as mesmas atendam às condições mínimas a garantir
a função corta-fogo.
Para o exercício em questão, as características das lajes são as seguintes:
 Vãos: l x  l y  600 cm ;

 Espessura: 9 cm
 Revestimento: 3 cm de argamassa na face superior (piso)
2,5 cm de gesso na face inferior (forro)
 Concreto utilizado: C20 (fck=20 Mpa)

As dimensões mínimas exigidas pela ABNT NBR 15200 para lajes biapoiadas e para
lajes contínuas em concreto armado são apresentadas pelo Quadro 21 e Quadro 22,
respectivamente.

Quadro 21 - Dimensões mínimas para lajes de concreto armado biapoiadas em vigas

Fonte: ABNT NBR 15200 (2012).


27

Quadro 22 - Dimensões mínimas para lajes de contínuas concreto armado

Fonte: ABNT NBR 15200 (2012).

Para o edifício em questão:

ly
Considerando o TRRF= 60 min e a relação entre as dimensões da laje  1,00 a
lx
espessura mínima que as lajes deveriam ter para atender à função corta-fogo seriam iguais
à 8 cm sejam elas calculadas como biapoiadas ou como contínuas. Como as lajes do
exercício em questão possuem espessura de 9 cm atendem a ambos os critérios.
Quanto aos recobrimentos das armaduras, estes não são especificados no livro por
Bellei, Pinho e Pinho (2008). No entanto, sabendo-se da possibilidade de incorporar os
revestimentos na espessura de proteção, os 2,5 cm de gesso, por si só, já seriam maiores
que os 10 mm para lajes biapoiadas e 15 mm exigidos para lajes contínuas, sendo
suficientes para garantir a proteção das armaduras ao fogo.
28

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 8800: Projeto de


estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro,
2008. 237p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 8681: Ações e


segurança nas estruturas - Procedimento. Rio de Janeiro, 2003. 15p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14323:


Dimensionamento de estruturas de aço e de estruturas mistas aço-concreto de edifícios em
situação de incêndio. Rio de Janeiro, 2003. 89p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14432: Exigências de


resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações. Rio de Janeiro, 2001. 14p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15200: Projeto de


estruturas de concreto em situação de incêndio. Rio de Janeiro, 2012. 48p.

BELLEI, I. H.; PINHO, F. O.; PINHO, M. O. Edifícios de múltiplos andares em aço.


2 ed. São Paulo: Pini, 2018. 556p.

GUIMARÃES, P. P. O. Sobre o dimensionamento do revestimento contra fogo


de estruturas de aço. 2007. 145 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola
Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

SOUZA, A. C. CIV 268 - Análise de Segurança Estrutural de Edificações em Situação


de Incêndio. São Carlos: UFSCar/PPGECiv, 2018. Notas de aula.

Potrebbero piacerti anche