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São Carlos
2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3
1.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DA EDIFICAÇÃO .................................................. 3
1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS .......................................... 3
1.3 NECESSIDADE DE VERIFICAÇÃO ...................................................................... 6
2. DEFINIÇÃO DO TRRF................................................................................................... 7
3. CÁLCULO DA TEMPERATURA NOS ELEMENTOS .................................................... 7
4. DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE REDUÇÃO ....................................................... 8
5. COMBINAÇÃO DE AÇÕES .......................................................................................... 9
6. VERIFICAÇÃO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS METÁLICOS .................................. 9
6.1 VERIFICAÇÃO À COMPRESSÃO ....................................................................... 10
6.2 VERIFICAÇÃO À FLEXÃO .................................................................................. 10
6.3 VERIFICAÇÃO DA INTERAÇÃO ENTRE ESFORÇOS ....................................... 11
6.4 VERIFICAÇÃO AO CISALHAMENTO ................................................................. 12
6.5 RESULTADOS: VERIFICAÇÃO DOS PILARES À COMPRESSÃO ................... 14
6.6 RESULTADOS: VERIFICAÇÃO DOS PILARES À FLEXÃO .............................. 15
6.7 RESULTADOS: VERIFICAÇÃO DA INTERAÇÃO DE ESFORÇOS NOS
PILARES ......................................................................................................................... 15
6.8 RESULTADOS: VERIFICAÇÃO DA VIGA METÁLICA V4 À FLEXÃO E DE
TODAS AS VIGAS AO CISALHAMENTO ....................................................................... 16
7. VERIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS MISTOS .................................... 17
7.1 PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS E DOS MATERIAIS ..................................... 17
7.2 DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA NOS PERFIS E NA LAJE .................... 18
7.3 DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE REDUÇÃO ............................................. 20
7.4 VERIFICAÇÃO DAS VIGAS MISTAS À FLEXÃO ............................................... 20
7.4.1 CÁLCULO DO MOMENTO RESISTENTE EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO ...... 20
7.4.2 COMPARAÇÃO COM MOMENTO SOLICITANTE ........................................... 21
7.5 DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA CRÍTICA NOS PERFIS ........................ 22
7.6 VERIFICAÇÃO DAS VIGAS MISTAS AO CISALHAMENTO .............................. 23
8. DIMENSIONAMENTO DA PROTEÇÃO DOS PERFIS ................................................ 23
9. VERIFICAÇÃO DA LAJE DE CONCRETO ................................................................. 26
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 28
3
1. INTRODUÇÃO
O caso tomado para este estudo consiste no exemplo fornecido por Bellei, Pinho e
Pinho (2008), p. 470. Trata-se de um Edifício de 8 pavimentos tipo (térreo + 7), em estrutura
metálica e com uso voltado à acomodação de escritórios. No Quadro 1 são apresentados
dados gerais da edificação.
2. DEFINIÇÃO DO TRRF
Nesta seção serão apresentados os passos tomados para determinação do Tempo
de Requerido de Resistência ao Fogo - TRRF do edifício em questão. Para tal, optou se
pelo uso do Método Tabular, qual leva em conta, entre outros fatores, a classe de
uso/ocupação da edificação e a altura até o último piso habitável. Para o caso abordado, a
classificação do edifício segundo a ABNT NBR 14432:2001 e o TRRF encontrado são
apresentados pelo Quadro 3 e Figura 5, respectivamente.
F
Δ h 'Δt
c. (3.1)
Onde:
= variação de temperatura no elemento;
= fluxo de calor por unidade de área;
= intervalo de tempo;
= calor especifico do material;
= massa especifica do material;
= fator de forma ou massividade do componente ou elemento
considerado.
8
Para temperaturas não inteiras contidas nos intervalos contemplados pelo Quadro 4
os fatores de redução foram obtidos por meio de interpolação linear.
9
5. COMBINAÇÃO DE AÇÕES
Para verificação dos pilares metálicos P1 a P24 em situação de incêndio foi utilizada
a Combinação Última Excepcional (ELU). De acordo com a ABNT NBR 8681:2003, são
consideradas excepcionais as ações advindas de explosões, choques de veículos,
incêndios, enchentes ou sismos. Segundo a ABNT NBR 8800:2008, esta combinação está
relacionada à atuação de ações que podem provocar efeitos catastróficos na estrutura.
Para este tralhado será aplicada a combinação prescrita pela ABNT NBR 8800:2008,
exposta na Equação 5.1
(5.1)
i 1 j 1
Onde:
Fd Ação solicitante de cálculo em situação de incêndio;
gi coeficiente de ponderação para ações permanentes (Igual a 1,20 por se
tratar de elementos construtivos industrializados com adições in loco);
FGi ,k valor característico da ação permanente (peso próprio da estrutura e
de elementos construtivos permanentes);
FQ,exc valor da ação transitória excepcional (ações térmicas decorrentes do
incêndio);
qj coeficiente de ponderação para ações variáveis (Igual a 1,00 para
ações variáveis excepcionais)
0 j ,ef fatores de combinação efetivos de cada uma das ações variáveis que
podem atuar concomitantemente com a ação excepcional. (Igual a 0,4
considerando o incêndio como ação de curta duração quando
comparada a vida útil da estrutura – valor de 2 j ).
Para verificação tanto das vigas mistas V1, V2 e V3 quanto da viga metálica V4,
admitiu-se o Momento Solicitante em Situação de Incêndio (Msd,fi) como sendo igual à 40%
do Momento Resistente à Temperatura Ambiente (Mrd), ou seja Msd ,fi 0,4 Mrd .
Nrd , fi fi .Q fi .k y , . Ag . f y (6.1)
Onde:
= Fator de redução da resistência ao escoamento do aço à temperatura ;
= área bruta da seção transversal da barra;
= resistência ao escoamento do aço à temperatura ambiente;
= fator de redução total associado à flambagem local em situação de
incêndio;
= fator de redução associado à resistência à compressão em situação de
incêndio.
M sd , fi Mrd , fi (6.2)
Para seções I laminadas com dois eixos de simetria, não sujeitas à torção e fletidas
em relação ao eixo de maior inércia o Mrd,fi nos estados-limites de Flambagem Lateral da
Mesa - FLM e Flambagem Lateral da Alma - FLA é dado pelas Equação 6.3, Equação 6.4 e
Equação 6.5 de acordo com a esbeltez do elemento:
p , fi
M rd , fi 1. 2 . k y , . M pl M pl M r . para p r
r , fi p, fi (6.4)
p , fi
M rd , fi 1. 2 . k y , .Cb . M pl M pl M r . 1. 2 . k y , .M pl
r , fi p , fi
para p r
(6.7)
Onde:
= Fator de redução da resistência ao escoamento do aço à temperatura ;
= fator de redução do módulo de elasticidade do aço à temperatura ;
= fator de correção para temperatura não-uniforme na seção transversal;
= fator de correção para temperatura não-uniforme ao longo do
comprimento da barra;
= momento de plastificação da seção transversal à temperatura
ambiente;
= momento fletor correspondente ao início do escoamento da seção
transversal para projeto à temperatura ambiente, obtido de acordo com a
NBR 8800:2008, para o estado limite em consideração;
= momento fletor de flambagem elástica à temperatura ambiente, obtido
de acordo com a NBR 8800:2008, para o estado limite em consideração;
= fator de modificação para diagrama de momento fletor não uniforme,
obtido de acordo com a NBR 8800:2008.
Nsd ,fi
Para 0,2 têm-se:
Nrd ,fi
N sd , fi 9 Mxsd , fi Mysd , fi
1, 0
N rd , fi 8 Mxrd , fi Myrd , fi
(6.9)
Nsd ,fi
Para 0,2 têm-se:
Nrd ,fi
N sd , fi Mxsd , fi Mysd , fi
1, 0
2 N rd , fi Mx Myrd , fi (6.10)
rd , fi
Onde:
Quanto ao esforço resistente, este foi calculado pela Equação 6.12, Equação 6.13 e
Equação 6.14, conforme a esbeltez do elemento:
p
Vrd , fi k y , . .V pl para p r
(6.13)
13
2
Onde:
= Fator de redução da resistência ao escoamento do aço à temperatura ;
= parâmetro de esbeltez da alma, determinado de acordo com a NBR
8800:2008;
= parâmetro de esbeltez da alma correspondente ao início do escoamento,
determinado de acordo com a NBR 8800:2008;
= parâmetro de esbeltez da alma correspondente à plastificação,
determinado de acordo com a NBR 8800:2008;
= força cortante correspondente à plastificação da alma por cisalhamento,
determinada de acordo com a NBR 8800:2008.
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A seguir, os resultados obtidos durante a verificação à flexão e ao cisalhamento da viga metálica V4 são expostos pelo Quadro 8 e
Quadro 9, respectivamente.
Como primeira etapa de verificação das vigas mistas, realizou-se a determinação das
propriedades geométricas dos perfis adotados por Bellei, Pinho e Pinho (2008) bem como
das capas de concreto que compõem as seções mistas.
O cálculo das massividades ou fatores de forma para cada elemento dos perfis (alma
e mesas) se deu com base em suas dimensões (especificadas na Figura 6), e nas
Equações 7.1 a 7.3.
2 b fi t fi
F
b fi t fi (7.1)
Para alma:
2 tw h
F
tw h (7.2)
b fs 2 t fs
F
b fs t fs (7.3)
Onde:
F Massividade do elemento em m1 .
De posse dos valores das temperaturas nos perfis os coeficientes de redução Ky,θ
para os perfis metálicos e Kc,θ para a capa de concreto foram determinados por meio da
interpolação linear dos valores contidos no Quadro 4. Os resultados constam no Quadro 14.
Vale ressaltar que a ABNT NBR 14323: 2003 permite adotar a mesma temperatura
para as almas e as mesas inferiores dos perfis. Como consequência, têm-se também, um
único valor de Ky,θ para ambos os componentes do perfil.
a
A k i y , i As k y , s f y
tc
0,85 K c , fck b (7.4)
Onde:
a Posição da linha neutra, partindo do topo da capa de concreto (em cm);
Ai soma das áreas inferiores: mesa inferior e alma (em cm²);
ky , i fator de redução para mesa inferior e alma;
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Verificando-se que a profundidade da Linha Neutra não tenha sido maior que a altura
da laje ( a tc ), o Momento Resistente em Situação de Incêndio foi então calculado por
meio da Equação 7.5. Para tal, foram levados em consideração o valor de “a”, as dimensões
dos perfis de da laje identificadas na Figura 3 e apresentadas no Quadro3.
t fi a h a
M rd , fi K y , i f y b fi t fi d h f tc h tw t fs h f tc
2 2
t a
K y , s f y b fs t fs h f tc fs
2
(7.5)
7.4.2 COMPARAÇÃO COM MOMENTO SOLICITANTE
Nesta seção, o valor de “Mrd,fi” calculado pela Equação 7.5 será comparado ao
Momento Fletor Solicitante em Situação de Incêndio (Msd,fi).
Para tal, adotou-se “Msd,fi” como sendo igual à 40% do Momento Fletor Resistente
em Temperatura ambiente (Mrd), que, por sua vez, foi fornecido por Bellei, Pinho e Pinho
(2008). A comparação realizada é ilustrada pela Equação 7.6.
M Sd , fi M rd , fi
0, 4 M rd M rd , fi (7.6)
Onde:
MSd ,fi Momento fletor solicitante em situação de incêndio (em kN/cm²);
Mrd ,fi Momento fletor resistente em situação de incêndio (em kN/cm²);
M rd Momento fletor resistente em temperatura ambiente (em kN/cm²).
Não sendo a Equação 7.6 atendida com os valores de Ky,θ obtidos no tempo igual
ao TRRF (60 min), têm-se que a temperatura crítica (θ, crítica) dos elementos se encontra
abaixo das temperaturas atingidas após 60 min de incêndio. Dessa forma, novas tentativas
foram feitas elevando-se os valores de Ky,θ da alma e da mesa inferior até que os valores
22
1,91 K y , i
para 600ºC 700ºC (7.7)
0, 0024
Onde:
ky , i fator de redução para mesa inferior e alma;
temperatura obtida.
Quadro 16 - Temperaturas críticas para cada viga
Viga Ky,θ θ,crítica (ºC)
V1 0,343 652,92
V2 0,3582 646,58
V3 0,3523 649,04
Fonte: Autor (2018).
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No Quadro 17 são apresentados os resultados da verificação ao esforço cortante (Item 6.4 deste trabalho) para as vigas mistas V1, V2,
e V3 em situação de incêndio.
Conhecendo-se os valores de θ,crítica para cada uma dos elementos, deu-se início ao dimensionamento da proteção. O material
adotado para todos os elementos estruturais analisados foi a argamassa projetada Monokote MK-6, do fabricante Grace Construction
Products, que atende temperaturas críticas de até 650ºC.
O processo foi realizado com base na Carta de Cobertura contida na Tabela 1, obtida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT e
encontrada no trabalho de Guimarães (2007).
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Tabela 1 - Carta de cobertura argamassa projetada Monokote MK-6 (θ, crítica = 650ºC)
Para os pilares P9, P10, P15 e P16, envoltos pela alvenaria, o uso de argamassa de
proteção foi dispensado.
Espessura: 9 cm
Revestimento: 3 cm de argamassa na face superior (piso)
2,5 cm de gesso na face inferior (forro)
Concreto utilizado: C20 (fck=20 Mpa)
As dimensões mínimas exigidas pela ABNT NBR 15200 para lajes biapoiadas e para
lajes contínuas em concreto armado são apresentadas pelo Quadro 21 e Quadro 22,
respectivamente.
ly
Considerando o TRRF= 60 min e a relação entre as dimensões da laje 1,00 a
lx
espessura mínima que as lajes deveriam ter para atender à função corta-fogo seriam iguais
à 8 cm sejam elas calculadas como biapoiadas ou como contínuas. Como as lajes do
exercício em questão possuem espessura de 9 cm atendem a ambos os critérios.
Quanto aos recobrimentos das armaduras, estes não são especificados no livro por
Bellei, Pinho e Pinho (2008). No entanto, sabendo-se da possibilidade de incorporar os
revestimentos na espessura de proteção, os 2,5 cm de gesso, por si só, já seriam maiores
que os 10 mm para lajes biapoiadas e 15 mm exigidos para lajes contínuas, sendo
suficientes para garantir a proteção das armaduras ao fogo.
28
REFERÊNCIAS