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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

1ª Semana
Introdução

Desejo cm este estudo fazer com que a Bíblia possa fazer parte da nossa vida Nosso
desafio é estudar com profundidade, porém sempre com princípio práticos para a vida
cristã. A intenção é estudar a Bíblia durante 1 ano. Começaremos hoje e iremos terminar
em Outubro de 2014. Para que este estudo seja produtivo será indispensável que cada
um possa estudar e ler em casa os livros da Bíblia. Iremos começar com o princípio, o
livro de Génesis.

Lutero escreveu “Não há nada mais bonito do que o livro do Génesis”. Concordo com
esta afirmação. Logo nos primeiros capítulos do livro temos as grandes doutrinas da
Bíblia – a soberania de Deus como Criador, o poder de sua Palavra, a dignidade original
do ser humano, homem e mulher, ambos feitos à sua imagem e como a incumbência de
administrar a terra, a igualdade e complementaridade dos sexos, a excelência da
criação, o trabalho trazendo dignidade e o descanso periódico.

Gn. 1 – 2:3

Gn. 1:1 - As 3 primeiras palavras da Bíblia “No princípio Deus” formam uma introdução
indispensável para todo o resto. Elas revelam que nunca podemos nos antecipar a Deus
ou surpreende-lo, pois ele está sempre lá, “no princípio” A iniciativa é sempre Dele.

Nada existia além Dele mesmo. Somente Ele estava lá, no início de todas as coisas. Só
Ele é eterno. Deus é o centro do livro do Génesis. Esta é a imagem logo nos primeiros
capítulos. Deus Criou e Sustenta todas as coisas. Em Génesis temos a imagem do lugar
onde Deus sempre que o homem habitasse. Ele é quem faz o sol brilhar, a chuva cair.
Ele alimenta os pássaros e protege as flores. O fôlego da vida no ser humano está nas
mãos do Senhor.

Gn. 1-2 – A terra era vazia e sem forma, escura e inabitada. Gradativamente, vemos em
Gn. 1, que Deus vai transformando a desordem em ordem, o caos em cosmos. O Deus
Trino é revelado nos primeiros versos da Bíblia. É interessante o tempo em que vivemos.
Muitas vezes é comum ver pessoas enfatizando uma ou outra pessoa da Trindade,
porém, Deus coloca essa situação em ordem. Todas as 3 Pessoas do Ser Divino são
importantes e de igual poder.
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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

Gn. 1:3 – O território de Israel ficava espremido entre os poderosos impérios da


Babilónia, ao norte, e do Egipto, ao Sul. Ambos impérios praticavam alguma forma de
adoração ao sol, à lua e as estrelas. Não é de estranhar que muitos do povo de Deus se
deixassem contaminar com essas crenças. (Jr. 8:2)

É neste contexto de idolatria que Génesis 1 deve ser lido e enquadrado. Enquanto os
demais povos adoravam o sol, lua e estrelas, o Deus de Israel, o Único Deus, era o criador
de todas elas.

Gn. 1-27 – O clímax de toda a atividade criativa de Deus está na criação dos seres
humanos. Eles foram feitos a imagem e semelhança de Deus. Esse imagem expressa-se
não fisicamente, mas com emoções, sentimentos, capacidade intelectual/racional,
espiritualidade, atributos que somente o ser humano possui. Ele é a “sobra de Deus” na
terra. Este homem, nos decretos de Deus, apresenta-se em 2 sexos. Ambos de igual
dignidade e importância – ambos, portadores de todos os atributos que Deus
comunicou. Ambos os sexos com a mesma responsabilidade de mordomos sobre a
criação. Tudo o que está estabelecido na criação em relação a igualdade dos sexos pode
ser alterado quer seja por ideologias, quer por culturas. Nada pode mudar os decretos
estabelecidos por Deus, eles são eternos.

Conclusão

Devemos louvar a Deus por Ele ser Soberano sobre todas as coisas. Como igreja devemos
prestar cultos a Deus de acções de graças pelo Seu cuidado connosco.

Deus continua a ser a Luz neste mundo. Ele revelou-se como Luz em Cristo, e nos deu
este ministério reluzente, para que como astros divinos, possamos reluzir neste mundo
em trevas.

Devemos valorizar o ser humano, pois ele tem um carácter sagrado, foi feito a imagem
e semelhança de Deus.

Homens e mulheres cristãos devem honrar e dar valor uns aos outros mais do que
aqueles que fazem parte de uma sociedade não-cristã, pois reconhecem seu status.
Somos iguais na criação e ainda mais iguais na redenção.

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

2ª Semana [DOCUMENT TITLE]


Introdução

A boa providência de Deus nos deu 2 relatos da criação que completam um ao outro.
Ambos concentram-se na criação dos seres humanos. Há, no entanto, uma diferença
significativa entre eles. Em Génesis 1, o Criador é chamado de “Deus”, sustenta todo o
cosmos, porém, enquanto Génesis 2, Ele recebe o nome de Deus da aliança, o “Senhor
Deus”, que desfruta de comunhão íntima com suas criaturas humanas. O texto de
Génesis 2 trata de maneira especial de duas pedras fundamentais para a vida humana
na terra: o trabalho e o casamento. Ambos são apresentados como provisão amorosa
de Javé.

Gn. 2:3 - O que significa o facto de Deus ter “abençoado” o 7º Dia e o santificado? É
claro que o dia em si não sofreu nenhuma mudança; o que mudou foi somente o uso
deste dia, pois Deus separou-o dos outros 6 dias da semana para um propósito especial.

No ano de 1985 foi lançada uma campanha no Reino Unido com o slogan: “Mantenha o
domingo como um dia especial”, enfatizando a necessidade de evitar que os
trabalhadores fossem obrigados a trabalhar aos domingos, expecto aquelas actividades
essenciais. A acção na Inglaterra também visava preservar a família. O sucesso foi brutal.
Poucas pessoas na Inglaterra trabalham aos domingos.

Creio que o propósito de Deus foi que o homem tivesse um tempo de descanso para
cuidar de si mesmo, da sua família, e principalmente um tempo de adoração a Deus.
P – Para você que está cá nesta noite, qual deveria ser este dia (Sábado, Domingo,
outro). Repare na ordem estabelecida em Génesis. A cada final de dia em que Deus cria
(1º dia, 2º dia), a uma ordem que repete-se “E foi tarde e manhã e manhã, o 1º dia”.

Creio que temos aqui um grande ensino. Na visão de Deus o “Dia do Senhor” não tem
nada a ver com a opressão criada por alguns movimentos herdeiros de judaizantes que
estabeleceram literalmente o dia de Sábado como sendo este dia reservado a Deus
(falar da experiência em Israel). Também não tem nada a ver com o movimento em que
ensina que é o Domingo o Dia do Senhor. O grande ensino é revolucionador aqui: Para
Deus o Dia do Senhor teve um início lá na criação e não teve fim (a ordem de fim do dia).

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Gn. 2:15 – Se Deus preocupou-se tanto com o ser humano que até institui um dia de
descano a ele, isto significa que Deus está intimamente envolvido com o homem. É
maravilhoso ver a imagem deste texto. O Deus criou tudo a partir do nada, segundo a
narrativa de Génesis 1, agora dá o privilégio ao homem dele cuidar do Jardim do Senhor.
Existem muitas pessoas que têm a síndrome da 2ª feira. Acordam mal dispostos, até
chegam a amaldiçoar o 1º dia de trabalho. Algumas pessoas dizem que o trabalho é a
maldição de Deus ao homem depois que este pecou. É um erro pensar assim. Devemos
dizer “Graças a Deus que é 2ª feira”. Precisamos adquirir a autêntica filosofia do
trabalho. Ela não é apenas necessária e dolorosa.

Imaginem Adão indo trabalhar todos os dias no Jardim do Éden, cheio de energia,
entusiasmo, plenamente motivado. Afinal, Deus colocou o homem que ele havia criado
para cuidar do jardim. Por iniciativa própria Deus revela humildade a fim de “precisar”
da colaboração do homem para cuidar do jardim. Ele poderia fazer todo o trabalho
sozinho, afinal, Ele havia criado todas as coisas, porém Ele deu essa oportunidade ao
homem para trabalhar. Deus convida-nos para partilharmos de seu trabalho. De facto,
quando olharmos o trabalho como sendo ele um privilégio, quando entendermos que
estamos a colaborar com Deus, creio que o trabalho será encarado de outra maneira.

Gn. 1:26-28 – O reflexo dessa colaboração de Deus tem que ser vista na realidade na
nossa mordomia cristã. Ao sermos feitos “imagem e semelhança de Deus”, a Bíblia está
a dizer que somos o reflexo Dele no mundo. A palavra hebraica usada para “imagem e
semelhança” traduzida literalmente é “sombra”. O homem é a sombra de Deus na terra.
Temos a responsabilidade de cuidar de toda a criação de Deus como sendo seus
representantes na terra. Os verbos “dominar e subjugar” não tem que ser visto retirar
todo o proveito do mundo. Isso é que temos feito até agora, e cada dia que passa,
estamos a dar cabo da criação de Deus.

O homem é um ser criativo, tal como Deus, temos a capacidade de criar coisas todavia,
quando essa criação feita em desordem, co falta de ética, tudo destrói. Logo no 1º livro
da Bíblia Deus deixa claro aquilo que deve ser a humanidade que reflete a imagem de
Deus – ela deve cuidar do mundo. Seria irónico Deus criar o mundo e entregar para o
homem destruí-lo.

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Gn. 2:16-17 – Um dos grandes avanços mundiais na sociedade foi com a Revolução
Industrial que nasceu em França por volta do ano e 1760. Com todo esse avanço
humano, saindo de ma era de artesanatos e passou a era das máquinas, produção em
séries, ele passou a ser o centro de todas as coisas. O orgulho no coração do homem
tomou conta de todas as suas acções e pensamentos. O homem quis a verdadeira
liberdade, porém, vive numa libertinagem.

Em Génesis temos o relato e a consequência na vida quando ela não é vivida dentro do
padrão de liberdade de Deus. Deus deu 2 instruções simples e directas a Adão. Uma
positiva e outra negativa. Em todo o relacto, vemos eus dizer somente um “NÃO” ao
homem. Deus na sua generosidade, deus árvores boas ao homem. Deus acesso a árvore
da vida, símbolo da comunhão contínua com Deus. O próprio Deus andava com o
homem no jardim. Como criação divina, Adão e Eva tinham conhecimento moral das
coisas “feitos a imagem de Deus”, porém, deliberadamente, deixaram-se enche o
coração de orgulho e egoísmo. Satanás disse que eles receberiam uma promoção:
Deixarão de ser criaturas e passarão a ser Deus. É ou não é uma proposta “indecente e
tentadora”. Esse é o desejo do homem. Essa é a visão da liberdade. Uma vida que não
tem que se preocupar com nada e que não tem que depender de regra alguma é um
desejo antigo. P – Mas será que Deus é livre de todas as coisas? Será que Deus não
depende de regras algumas? Eu creio num Deus que é livre, porém, não pode negar a
si mesmo.

Gn. 2:18-24 – Além do pilar do trabalho e cuidado do mundo criado, que é visível por
meio da obediente activa a Deus, o Senhor revela um outro pilar importante que faz
parte da humanidade. Ele fez homem e mulher. Ambos importantes e iguais perante
Ele. Este 2 seres deixariam de ser e passariam a ser 1. Isso acontece no casamento.

O casamento tem sofrido tantas ameaças no mundo de hoje. Na visão bíblica ele tem 6
seis características: (1) Heterossexual – ele é a união entre o homem e a mulher. (2)
Monogâmico – ambos no singular. (3) Compromisso – o homem deixa sua família e a
mulher deixa a sua para constituírem uma outra família. Isso revela compromisso.
(4) Público – Antes de casar é preciso “deixar” os pais e esse deixar é um ato público.
(5) Físico – Eles tornarão um só carne. Creio que essa união acontece no acto sexual. (6)

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Espiritual – o casamento também é uma união espiritual, visto que ela é feita dentro do
propósito de Deus que é Espírito, e partilhado por seres espirituais.

Conclusão

A Bíblia desde o início aponta para uma vida feliz. Essa felicidade passa por um viver
diário dentro do propósito de Deus. Esse propósito inclui o homem dedicar tempo
prazeroso com Deus. Esse cuido reflete-se também no cuidado da sua saúde, família,
tendo um tempo de descanso. Cuidar da criação, com empenho e dedicação revelam
amor com o compromisso divino. Homem e mulher são munidos do mesmo propósito
divino e a ambos é requerido a mesma obediência a voz do Senhor.

Deus lhes deu privilégio de se unirem numa esfera muito mais do que física ou social.
Essa união deve refletir o carácter de Deus, para que por meio desta união, uma
sociedade venha a ser transformada.

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3ª Semana
Introdução

O amor, a alegria e a paz do paraíso foram destruídos pela desobediência humana. Mas
não seria um mito a história de Adão e Eva. Muitas pessoas pensam dessa maneira.
Certamente que a serpente falante, as árvores com nomes específicos no jardim
parecem ser figuras míticas, pois elas reaparecem na Bíblia de maneira obviamente
simbólica. Mas o apóstolo Paulo, afirma categoricamente a historicidade de Adão. Ele
traça um paralelo entre Adão e Cristo, argumentando que assim como o pecado e a
morte entraram no mundo através da desobediência de um homem, Adão, e a salvação
e a vida foram oferecidas a nós pela obediência de um homem, Jesus Cristo. Este
argumento de Paulo seria pouco convincente se Adão fosse somente um ser místico.
Como comparar a historicidade de Jesus como algo místico com Adão. Então ao aceitar
a historicidade Jesus temos que aceitar a de Adão.

Mas indo ao princípio, o que acontece no jardim perfeito que Adão e Eva foram expulsos
dele? Devemos ter em mente que Deus deu a Adão e à Eva 3 instruções: a permissão
para comerem livremente dos frutos de todas as árvores do jardim, a proibição de comer
o fruto de uma determinada árvore e a punição no caso de desobediência.

Gn. 2:17 - A serpente, o diabo, torceu essas instruções em tentações. Deus havia dito
que no dia em que Adão e Eva comessem do fruto da árvore proibida, certamente
morreriam (2:17). Porém satanás lhes disse: Certamente não morrereis” (3:4) Dessa
forma Eva viu-se diante de uma contradição. Ambas as afirmações poderiam não estar
correctas; uma delas era uma mentira. Mas qual delas? Infelizmente ela aceitou a
mentira de satanás como verdade e a verdade de Deus como mentira. Adão e Eva
morrerão espiritualmente. Eles não poderiam mais comer do fruto da árvore da vida. Ao
mesmo tempo seus corpos tornaram-se mortais.

Gn. 3:1-5 - A serpente utiliza outro elemento de astúcia e também nega a bondade de
Deus. Na tentação de satanás a desobediência não somente não implicaria em nenhuma
pena (não morrerão), como também traria uma bênção para a vida (seus olhos serão
abertos) Além disso satanás insinuou que Deus já sabia de tudo, por isso proibiu que
eles comessem do fruto.

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Em seguida, continua afirmando que Deus negou-lhes o conhecimento que obteriam se


comessem o fruto, pois não estava interessado no bem-estar de ambos, mas em seu
empobrecimento.

Satanás ignora a bondade de Deus na provisão diária e da liberdade plena que


desfrutavam Adão e Eva, pois tinham tudo aquilo que precisavam no jardim de Deu, e
nada lhes faltava. Satanás mais uma vez torce a verdade de Deus, e faz com que aquilo
que era permitido tornasse insatisfatório e o que era proibido tornasse desejável.

Ainda hoje é a sua actividade preferida. Ele quer fazer com que tudo aquilo que é
permitido por Deus pareça sem graça, sem alegria, e tudo o que é proibido, seja
atraente.

Precisamos por a prova todas as coisas e ficar com aquilo que é bom (1 Ts. 5:21-22).
Precisamos confiar em Deus, aquele “cujo caminho é perfeito” (Sl. 18:30).

Gn. 3:6 – A terceira arma de satanás foi despertar o orgulho no coração humano. Vocês
serão como Ele. P – Quem não queria ser como um “deus”. Um dos maiores desejos da
humanidade. Deixaram de ser criaturas e passarão a ser “criador”.

Nessa sugestão satânica habita a essência do pecado. A Bíblia diz que Adão e Eva “era
como Deus”, feitos à sua imagem e semelhança, todavia, limitados comparado a Ele.
Somente Deus é auto-suficiente. Enquanto Ele não precisava de nada no jardim,
inclusive o próprio jardim, o homem precisa de todas as coisas para sobreviver.

Esse espírito de independência e arrogância ainda repercute em nossos ouvidos até dos
dias de hoje. Afirmamos que o homem já “atingiu a maioridade”, portanto não precisa
mais de Deus. Ele pode muito bem viver sem Deus. Deus existe somente por causa do
homem. Essas são algumas ideias de satanás que visam colocar o homem num lugar que
não lhe pertence. O pecado da humanidade é não reconhecer a sua dependência de
Deus. O pecado é a rebelião contra a autoridade exclusiva de Deus.

Gn. 3:7 – Depois de ter despertado esses sentimentos orgulhos e egocêntricos no


homem, a consequência desse acto leviano da humanidade gerou 2 sentimento:
Vergonha e Culpa.

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Primeiramente Adão e Eva sentiram vergonha. Seus “olhos se abrirão”. Eles agora
conseguiam ver a tolice que haviam feito. A nudez que antes não era sentida, agora
causava-lhes vergonha. Pensava que podiam disfarçar a sua culpa diante de Deus,
fazendo um patético avental de folhas de figueira.

O segundo expediente a que Adão e Eva recorreram foi o jogar a culpa um no outro.
Adão culpou primeiramente a Deus “ a mulher que me deste”, consequentemente
também atribuindo culpas à Eva pôr-lhe ter dado o fruto. Eva culpou a serpente. Porém
os grandes culpados foram Adão e Eva. Satanás apenas evidenciou aquilo que ele é, o
pai da mentira.

A culpa é bastante actual nos nossos dias. Podemos nos tornar especialistas em arranjar
desculpas para tentar diminuir nossa culpa: “Eu nasci assim”, ou “meus pais criaram
assim”, ou “sou fruto do sistema”, “não é culpa minha é do outro”. Deus quer que
assumamos nossos erros, arrependendo deles e nos tornando para Ele, e não fugindo
das nossas responsabilidades.

Por causa dessa desobediência, os seres humanos criados para viver em pleno
relacionamento íntimo com Deus gozando da sua eterna presença, foram lançados fora
da presença de Deus (Is. 59:2)

Gn. 3:8-9, 21 – A situação da humanidade no relato de Génesis tornara-se terrível Adão


e Eva rebeldes, agora foram expulsos do jardim de Deus. Porém, mesmo neste cenário
sombrio, de pecado, vergonha e culpa, vemos lampejos da graça de Deus.

Deus é quem vai em busca do homem pecador “Adão aonde estás” (v.9). Dizem que a
religião é o homem em busca de Deus; a fé cristã segundo a Bíblia é Deus em busca do
homem.

Embora o homem fosse merecedor de sofrer essa consequência, Deus ainda assim
revela bondade e provisão. De filhas de figueira (que tapavam sua vergonha), Deus lhes
vestiu com peles. Logo no início vemos que o propósito de Deus é restaurar a vida
humana que está presa pelo pecado que gera vergonha e sentimento de culpa. Logo no
Éden vemos lampejos da graça de Deus no homem.

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Gn. 3:14-15 – Porém o maior reflexo dessa graça está no v.15. Este verso é conhecido
como o “Proto-Evangelho” ou a 1ª proclamação do evangelho na Bíblia. Ela é feita pelo
próprio Deus anunciando aquele que seria o próprio Evangelho – Jesus Cristo. Essa é a
graça especial de Deus, restaurando a humanidade perdida em pecados, à vida eterna
em Cristo Jesus.

Conclusão

Vemos que o pecado destrói o relacionamento entre Deus e sua criação. Todo o planeta
terra sofre as consequências do pecado. Nossos pensamentos, escolhas, desejos,
relacionamentos foram impactados pelo pecado. Porém, a graça de Deus é visível e
estendida a todos quantos queiram se aproximar de Deus. É Ele que vem em busca do
homem. Ele o fez vindo ao mundo, como Cristo. O propósito é nos restaurar em todos
os sentidos, para que possamos viver segundo aquilo pelo qual fomos criados,
eternamente ao lado do Pai.

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4º SEMANA

Na semana passada vimos o 1º relato da desobediência humana. No capítulo 4 vemos o


reflexo dessa desobediência proveniente do pecado, o 1 homicídio. Este bloco de Gn 4
a Gn 11 é possível ver de maneira gradual o processo de deterioração do homem. Alguns
aspetos, tais como arrogância, violência, vingança, medo, culminando com os juízos de
Deus manifestados por meio do dilúvio e da torre de Babel.

Gn. 4:7 – Neste relato é visíveis os efeitos do pecado. Orgulho, inveja, autojustificação,
etc. Por causa desses sentimentos que assolavam o coração de Caim é que Deus não
aceitou a sua oferta. Quer Abel e quer Caim deram o fruto daquilo em que trabalhavam,
porém o propósito do coração era diferente. Se bem fizeres. Deus está a chamar a
atenção de Caim. “Cuidado Caim. O pecado jaz a tua porta. Deves ter domínio sobre o
teu desejo”. Mas Caim não resistiu e matou o seu irmão. A inveja, autojustificação
levaram Caim a ser um mentiroso e insensível a tudo o que estava ao seu redor. É
interessante que depois de Adão pecar, Deus pergunta: Ondes estás Adão? Depois do
pecado de Caim, Deus pergunta: Onde está Abel teu irmão? Quer Adão, quer Caim, não
se arrependem das suas falhas. Esse é um princípio contrário aquilo que Deus espera
de nós. Ao pecarmos/falharmos perante Deus a nossa atitude deve ser sempre de
arrependimento.

Gn. 5-6– Neste capítulo temos a genealogia de Sete a partir de Adão até Noé. A situação
moral era de extrema decadência.

Alguns teólogos acreditam que até relacionamentos entre anjos e mulheres estava a
acontecer (6:2). Tenho algumas dúvidas em relação a essa posição, pois Jesus ensina
que os anjos são seres assexuados (não possuem sexo). Creio que o mais correto neste
texto é vê-lo como o desagrado de Deus em relação a casamentos mistos. Creio que os
filhos de Deus seriam os descendentes de Sete que andavam com Deus. Esses estavam
a casar com as filhas dos homens, uma imagem da impiedade. Isso desagradou a Deus.
Deus não aceita o jugo desigual (2 Co. 6:14).

Gn. 6-8 – Em Gn 6 revela também que a depravação estava generalizada. Noé seria uma
flor perfumada em meio a um monte de esterco. Noé achou graça aos olhos de Deus.
Noé andava com Deus (v.9). A imagem perdida pelos efeitos do pecado.

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Ao contrário de todas as qualidades negativas na humanidade, Noé confiou em Deus e


foi obediente a ele, mesmo sofrendo efeitos sociais, tais como escárnio, indiferença
social, etc.

Uma das grandes maravilhas deste relato bíblico acerca da Arca, foi a segurança de Deus
na vida de Noé. Uma vida de relacionamento com Deus, desfruta de constante
protecção do Senhor (o Senhor o fechou dentro 7:16). Deus faria uma nova criação,
agora a partir de Noé.

Existe uma grande discussão acerca do dilúvio. Terá sido um acontecimento universal?
Será mesmo que toda a terra foi inundada, ou apenas uma parte dela?

A Bíblia não tem a preocupação de ser científica, histórica ou qualquer outra coisa.
Muitas vezes a Bíblia usa a expressão “todas” não no sentido absoluto. Podemos ler
“que toda a terra vinha ao Egipto para comprar trigo de José porquanto a fome assolava
em toda a parte” (Gn. 41:57). É evidente que “toda a terra” é uma referência aos países
próximos ao Egipto, e não todos os povos e pessoas do mundo. Nós também usamos
este tipo de expressão. “Todo mundo está a sua procura?”. Será que estamos a dizer
que todas as pessoas do mundo estão de facto a sua procura?

Assim, é evidente que “toda a terra” é uma referência a uma parte em que o autor vivia.
Creio que grande parte do Oriente Médio foi inundado, mas não a terra toda.

Contudo, o mais importante do que extensão do dilúvio, no entanto, é o que Jesus diz
acerca dele: “Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do
Homem” (Mt. 24:37). Quando Jesus voltar para julgar o mundo muitos não estarão
preparados para recebê-lo.

Gn. 9 - Outra grande verdade acerca do dilúvio é a extensão da Aliança de Deus (v. 9-
17). Quando você ver o arco no céu, lembra-te de louvar a Deus pelo cumprimento da
promessa do Senhor. Ele é digno da tua confiança.

Gn. 10 – A Bíblia revela a origem dos povos após o dilúvio. Os filhos de Noé, Sem, Cão e
Jafé.

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Gn. 11 – Havia uma universalidade entre os povos que vivam como tribos. Uma só língua
e dialeto. O que teria gerado o desagrado de Deus em relação a grande torre de Babel?
Não seria um avanço tecnológico, que revela a capacidade incrível do ser humano em
criar coisas maravilhosas? O QUE ESTARIA ERRADO ENTÃO? O grande problema está
na motivação egoísta de seus construtores.

Primeiramente, eles são culpados por desobedecerem a Deus: “Encham a terra”. Os


descendentes de Noé tal como os descendentes de Adão, eles tinham que povoar a
terra. Todavia, fizeram o contrário (11:2). Encontraram um campo belo aos seus olhos.

Segundo, a torre revela um acto de arrogância de seus construtores. “Nosso nome será
famoso” (11:4) Insatisfeitos em permanecer nos limites terrenos, eles queriam alcançar
o céu. Mais uma vez um reflexo do pecado no coração humano. A desobediência
deliberada contra Deus movido por uma arrogância e egocentrismo em desejar ser
como Ele.

Deus actua em juízo contra o povo desobediente e pecador Ele os espalha, cumprindo
assim o seu propósito

Conclusão – Hoje vimos os efeitos devastadores do pecado na vida humana. A dignidade


humana é perdida, o amor-próprio, o domínio próprio são deixados de lado por uma
vida altiva que só pensa em si e esquece-se dos demais. Vivemos rodeados por uma
sociedade cruel onde o pecado impera nos corações dos homens. Todavia, Deus sempre
deixar uma esperança. Essa esperança é como uma luz no final do túnel. Ele firma Sua
Aliança com o homem sobre o efeito do pecado. Essa Aliança é feita com base no Amor
de Deus pela sua criação e requer dela obediência, renúncia e dependência do Senhor.
Essas atitudes inibem os efeitos do pecado em nossas vidas.

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5ª Semana

Após os terríveis juízos expressos pelo dilúvio e na torre de Babel, Deus planeou um
novo começo. Babel representa a dispersão dos povos, mas com Abraão os povos
juntam-se novamente sob a promessa de Deus. Em sua extraordinária condescendência,
ele chamou a si mesmo de Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Esses 3 patriarcas, juntamente
com José, passaram fortes emoções, alternando entre altos e baixos e enfrentando
situações boas e ruins na vida. No entanto, eles colaboraram para a realização dos
propósitos de Deus e desempenharam um papel fundamental na história da salvação,
ou seja, no plano de Deus para a redenção do mundo. Ao olharmos para a vida destes
04 homens, podemos nos identificar com eles em suas lutas e proteção divina a todo
momento.

Gn. 12:1-3 – Não é exagero afirmar que os 3 primeiros versículos do capítulo 12 são um
resumo do plano da salvação de Deus. Deus que abençoa o mundo por meio de Cristo.
Essa promessa foi acompanhada por um duplo chamado divino. Abraão teria que deixar
sua terra e ir para o lugar que Deus lhe mostraria, e deixar seus parentes, pois Deus faria
dele uma grande nação. Em resumo, Deus iria abençoá-lo e ele se tornaria uma bênção
para as outras pessoas.

A promessa de um descendente e de uma terra foi repetida detalhadamente a Abraão


em diferentes situações da vida. Certa ocasião, por exemplo, Deus disse a Abraão que
olhasse para o norte, para o sul, para leste e oeste, porque tudo que a sua vista
alcançasse seria dado a ele e aos seus descendentes (13:14-15). Em outra ocasião, Deus
disse a Abraão que olhasse para o céu e contasse as estrelas, pois seus descendentes
seriam tão numerosos como as estrelas no céu (15:5) Essa promessa de Deus tem-se
cumprido de maneira maravilhosa. Primeiro, a multiplicação do povo de Israel
(Dt. 1:10-11). Segundo, através da missão da igreja, pois todos aqueles que pertencem
a Cristo são descendência de Abraão (Gl. 3:29), uma vez que ele é o pai de todos os que
creem (Rm. 4:16-17). Terceiro, ela irá se cumprir plenamente no grande ajuntamento
dos redimidos no céu, uma multidão incontável vinda de todas as nações (Ap. 7).
Somente nesta ocasião os descendentes de Abraão serão tão numerosos como as
estrelas no céu e os grãos de areia de todas as praias do mundo.

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Gn. 21:1-2 – Na altura e que Deus fez a promessa a Abraão, ele e a sua esposa, Sara, não
tinham filhos e eram aparentemente estéreis. Assim, a promessa de Deus levou-os aos
limites da fé. Como eles poderiam deixar um grande número de descendentes se não
tinham filhos? E para piorar as coisas eles já eram bem velhos de idade.

Certa vez, Abraão queixou-se a Deus de que, por não ter filhos, seu herdeiro seria ser
servo Eliezer, de Damasco. O Senhor, no entanto, garantiu a ele que seu herdeiro seria
mesmo um filho, nascido de sua semente (15:1-4). E Abraão creu em Deus. Todavia, logo
depois, Sara teve uma ideia brilhante de oferecer sua serva Hagar a Abraão, para lhe
servir de concubina…”Talvez possa formar uma família a partir dela…”. Abraão
concordou com sua esposa. Hagar engravidou de Abraão e deu a luz a Ismael. Sara ficou
enciumada. Os grandes problemas no oriente médio prendem-se por esta decisão
precipitada e errada de Abraão e sua esposa (árabes/muçulmanos e judeus).

Bom, Deus não alterou a sua promessa a Abraão. Ele confirmou-as, embora tenha
mudado o nome dos personagens principais. Abrão, passou a ser Abraão, que quer dize
“pai de muitas nações”, e sua mulher, Sara, “mãe de muitas nações” (17:5, 15-16). Como
confirmação, Abraão recebeu a visita de 3 homens (identificados como “o Senhor”) em
sua tenda. O Senhor prometeu-lhe que aproximadamente um ano Sara teria um filho.
Sara ouviu, do lado de fora da tenda, e riu-se, pois não acreditou que ela e Abraão
pudessem ter um filho em idade tão avançada. Deus ensinou e confortou Abraão e Sara
dizendo: “A coisa alguma demasiadamente difícil para o Senhor” (18:14). Repreendida,
Sara mentiu, afirmando que não havia rido.

No devido tempo o Senhor foi gracioso para com Sara, como havia prometido. Ela
engravidou e deu um filho a Abraão. Seu nome era Isaque, que significa em Hebraico
“riso”. Em Isaque o “riso” da incredulidade transformou-se no “riso” da celebração e
alegria.

Gn. 22:1 – Deus sempre atua em ensino para com seus filhos. Uma das fidelidades do
relato bíblico é que ele não esconde as falhas e o fracasso de seus personagens
principais. Abraão é um bom exemplo disso. Em um acto impressionante de fé, ele
deixou sua casa e sua família.

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

Mais tarde, mais tarde tenta refugiar-se no Egipto e pede a sua esposa Sara e disse as
pessoas que ela era sua irmã e não sua esposa. Abraão agiu de maneira desprezível,
arriscando a segurança dela para garantir a sua. O motivo que o levou a fazer isso foi a
sua incredulidade (12:10-20).

Depois de tomarmos conhecimento deste relato claro entre fé e dúvida, é natural


perguntar como Abraão irá reagir ao ser testado até o limite da sua fé, quando Deus lhe
ordena que sacrifique seu único filho, Isaque? Esta história tem um significado muito
mais profundo. Por 3 vezes, Isaque é descrito, de maneira tocante, como “seu filho, seu
único filho, Isaque, a quem amas” (22:2). Isso o identifica não somente como único e
precioso filho, mas também como sendo Isaque o único que se encaixava no que Deus
havia dito: “Será por meio de Isaque que a sua descendência há-de ser considerada”
(21:12). Abraão e Sara estiveram anos a espera do nascimento de um filho da promessa
e depois Deus pede que eles o entregue a morte.

É interessante o progresso da fé na vida de Abraão. Ele saiu de sua terra com fé, porém,
na sua caminhada resvalou, duvidou no Egipto da proteção Deus, duvidou no tempo de
espera que Deus lhe estava a proporcionar em relação ao nascimento de um filho.

P – O que acerca de Abraão? Será que ele vai desistir? Negará a Deus e tomará outra
direção?

Abraão levantou cedo, caminhou por 3 dias e levantou os olhos e viu o lugar onde Deus
havia ordenado que oferecesse seu filho em sacrifício. Três questões são importantes
aqui: (1) Abraão foi obediente a Deus (22:3); (2) Abraão revela uma fé incrível que
ultrapassa as dificuldades da vida (22:5); Abraão reconhece o poder da graça de Deus
em salvar a vida de seu único filho (22:8).

Conclusão

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

6ª Semana

Na semana passada vimos que apesar de Abraão e Sara terem falhado muito na sua
caminhada com Deus, o Senhor, mesmo assim, usou a vida dessas pessoas para cumprir
o seu propósito. Vimos que Abraão revela grande fé e compreensão do que é viver uma
vida de confiança em Deus. O Senhor proverá. Hoje o desafio é olhar para mais 03 figuras
importantes que o livro do Génesis revela, a saber, Isaque, Jacó e José. Iremos terminar
assim a nossa caminhada pelo livro do Génesis. Ingressaremos numa viagem rumo ao
Êxodo.

Isaque começou bem. Seus pais provavelmente lhe contaram sobre as circunstâncias de
seu nascimento, a razão para ele ter recebido o nome de Isaque (riso). Sua experiência
no monte de Moriá, em que sentia a terrível compreensão de que faltava o cordeiro
para o sacrifício, e o grande alívio de ver o cordeiro que Deus lhe havia prometido. Isaque
experimentou na sua vida a fidelidade de Deus. No seu nascimento sobrenatural e no
livramento da morte sacrificial. Deus operou em favor de sua vida.

Mais tarde Isaque iria se casar com uma mulher do seu povo. Seu nome era Rebeca.
Rebeca não conseguia engravidar nos vinte anos depois de seu casamento. Todavia,
Isaque sabia da promessa de Deus de que a partir dele seria uma grande descendência.
Ele orou ao Senhor em favor de sua mulher. O Senhor respondeu a sua oração e Sara
deu a luz a gémeos (Gn. 25:21). Certamente mais um sinal da Aliança de Deus com a sua
promessa. Deus é fiel. Mas um filho muda tudo no casamento. Ciente de que teria
gémeos, Rebeca consultou o Senhor acerca do futuro de seus filhos, e Ele respondeu:
“Duas nações estão dentro do teu ventre, […] mas, o mais velho servirá o mais novo”
(25:23). As Palavras de Deus foram uma revelação inequívoca da Sua vontade. A
promessa feita a Abraão e a Isaque não se cumprira na vida do primogénito do casal,
Esaú, mas sim, através do mais novo, Jacó. Entretanto, Isaque não se submeteu à
vontade de Deus e decidiu abençoar o primogénito, Esaú. Que grane burrada de Isaque.
Começou bem, porém, circunstâncias da vida o levaram a agir erradamente perante
Deus. Todavia, o mais incrível dessa história é a fidelidade de Deus. Mesmo com um
proceder confuso de Isaque, Deus continuou a chamar-se a si mesmo de o “Deus de
Abraão, Isaque e Jacó”. Deus é fiel à sua promessa!

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

Jacó herdou a promessa de seu pai Isaque. Não foi com a melhor das maneiras. Ele foi
um patriarca. Sua nação viria a ser conhecida como os “filhos de Jacó”. Jacó conhecia as
promessas de Deus, porém tinha muitas dúvidas quanto ao seu cumprimento. Por essa
razão, ele quase sempre procurou resolver as coisas do seu jeito. Ele começou
enganando o seu irmão, Esaú, na terra de Canaã. Depois, em Padã Harã ele e seu tio
Labão passaram o tempo enganando um ao outro. Labão tinha 02 filhas e Jacó apaixona-
se por uma delas. Uma era Lia e a outra Raquel. Jacó amava Raquel e disse a Labão:
Trabalharei para ti durante 07 anos para me casar com Raquel (29:18-20). Labão engana
a Jacó e entrega a filha mais velha, Lia. O casamento acontece. Jacó teve que trabalhar
mais 07 anos para se casar com Raquel. Passados alguns anos Jacó decide ir para outra
terra. E pede ao seu sogro Labão. Todavia entraram num acordo – um acordo de
enganadores. Jacó pede que todas os animais malhados e com riscas por salário.
Todavia, encontra uma espécie de bambu e todas as vezes que seus animais concebiam
filhotes ele cuidadosamente examinava.

Se eram fortes, ele guardava para ele, ou seja, ficavam escondidos atrás desses bambus.
Se eram fracos, ele dava-os a Labão (30:31-43)

Jacó, diferente de seu avô Abraão e consequentemente de seu pai Isaque, ele confiava
mais na sua astúcia do que na providência de Deus.

Mais tarde, quando retornou a Padã Harã, ele ficou sozinho (32:24). Deus, porém, não
deixou Jacó sozinho. Deus vem até a presença de Jacó na solidão. Naquela noite Jacó
teve um encontro com Deus. Este encontro foi decisivo e transformador, que se deu em
duas etapas

Primeiro, Deus lutou com Jacó Sabemos que foi Deus (uma teofania) por que Jacó mais
tarde chamou o lugar de Peniel, que quer dizer “a face de Deus”. (32:24-30). Deus lutou
com Jacó, e depois tocou em Jacó e conquistou o seu coração.

Se repararmos, Deus age da mesma maneira connosco. Ele vem ao nosso encontro,
chama nossa atenção, revela o seu amor (luta connosco), todavia, se somos teimosos,
Ele toma medidas mais drásticas para que possamo-nos render a Ele.

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

Na segunda etapa, Jacó luta com Deus dizendo “não te deixarei ir, a não ser que me
abençoes” (32:26). É como se Jacó dissesse a Deus: “O Senhor prometeu abençoar a
Abraão a Isaque e a mim. Agora cumpra a sua promessa e abençoe-me!”. Deus luta
connosco para quebrantar nosso coração. Deus muda nossa vida. Ele mudou a de Jacó,
pois de enganador, passou a ser chamado de Israel (aquele que luta com Deus). Nós
também devemos lutar para que as promessas se cumpram em nossa vida.

A terceira personagem e última de Génesis chama-se José. A história de José podemos


extrair várias lições, todavia, creio que Ele mesmo consegue ter uma compreensão do
ensino da sua própria vida. José diz no final do livro de Génesis: “Vocês planearam o mal
contra mim, mas Deus o tornou e bem” (Gn. 50:19-20).

O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó reafirmou a sua Aliança a cada geração. Porém,
quando Jacó ficou velho, uma grande fome atingiu suas terras. Jacó enviou seus filhos
ao Egipto para comprar grãos. José nesta viagem foi vítima de uma série de injustiças na
vida. Ele foi traído por seus irmãos. Vendido como escravo, foi falsamente acusado pela
mulher de seu senhor, preso injustamente e esquecido por seus colegas na prisão, que
haviam-lhe prometido interceder em seu favor. Ao ler esta história é impossível não
chegar a conclusão óbvia de que José teria todas as razões do mundo para se sentir a
pessoa mais injustiça e infeliz do mundo. Teria motivos para ir a “bucha”. Muitos o
fazem por menos! No entanto, em meio a toda essa maldade, Deus estava atuando de
modo a promover o seu bem. Como José mesmo disse a seus irmãos: “Vocês planearam
o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservado a vida
de muitos” (50:20). Certamente o NT confirma essa realidade. Paulo escreveu: Todas as
coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus…” (Rm. 8:28).

Por ultimo, na vida de José temos o perdão em ação. Ele poderia ter reagido de maneira
diferente em relação aos seus irmãos, vingando-se deles ou deixando-os envergonhados
ou até morrer por fome. Mas, ao invés disso, ele preferiu colocar à prova o poder do
perdão. Seus irmãos mudaram, José mudou. O perdão e o arrependimento eram
evidentes. Conclusão: Deus espera isso de seus filhos. Fidelidade a Ele. Entrega total à
sua vontade, negando a nossa, e tendo a certeza que podemos confiar nossa vida em
suas mãos. Ao sair do culto agradeça a Deus por Sua Fidelidade e Propósitos e sua vida!

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

6ª Semana (PARTE II)

O livro de Génesis termina com duas mortes no exílio egípcio. Primeiro Jacó morreu e
foi levado de volta para Canaã para ser sepultado. Mais tarde, José também morreu no
Egipto, porém ele morreu convencido de que no devido tempo Deus conduziria seu povo
à Terra Prometida, e então seus ossos seriam levados a fim de serem sepultados no
túmulo de sua família.

Hoje iremos continuar a viagem bíblica revelando os ensinos de um outro livro, o Êxodo
que significa “saída”. O personagem humano principal desse livro é Moisés, Ele
juntamente com Abraão foram um dueto dos nomes mais importantes da história de
Israel. Foi por meio dele que os israelitas foram libertos da opressão egípcia. Ele
conduziu o povo pelo Mar Vermelho em segurança até o outro lado da margem e os
levou até o Monte Sinai. Moisés liderou o povo durante os 40 anos no deserto. Ele
sempre lembrava o povo acerca da história da salvação, conclamando-os a serem fiéis à
Aliança. A história de Moisés é o tema predominante dos 4 livros até o final do
Pentateuco. Moisés morre sem poder entrar na Terra Prometida. O livro do Êxodo é um
livro onde o Senhor revela sua justiça, graça e misericórdia ao seu obstinado povo.

Êx. 2:23-24 – O livro do Êxodo começa com uma vívida descrição da opressão imposta
pelo novo faraó, que nada sabia acerca de José, aos israelitas. Os egípcios “tornaram-
lhes a vida amarga, impondo-lhes a árdua tarefa de preparar o barro e fazer tijolos
executar todo tipo de trabalho agrícola” (1:14). Essa opressão durou 430 anos. Porém,
eles clamaram a Deus por libertação e “Deus ouviu o lamento deles e lembrou-se da
Aliança que fizera com Abraão, Isaque e Jacó” (2:24). Na verdade, Deus já estava a
preparar o libertador. Moisés seria uma pré-figura do verdadeiro salvador do homem,
Cristo.

O povo de Israel crescia tanto no Egipto que o faraó, mandou matar a nascença todos
os bebés masculinos. Moisés foi poupado pelas parteiras.

Quando ainda bebé, Moisés escapou por pouco de ser arrastado pelas águas do Nilo. Ele
foi retirado do rio por uma das servas da filha de faraó, que entregou o menino à sua
própria mãe. Depois de crescido, ela o levou para a filha de faraó, que o adotou.

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

Moisés passou por decisões difíceis na vida. Uma delas foi a de decidir acerca da sua
própria identidade. Em determinado momento, tomou a decisão difícil e corajosa: “Pela
fé Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó, preferindo ser
maltratado com o povo de Deus a desfrutar os prazeres do pecado durante algum
tempo” (Hb. 11:24-29). Nesta passagem do livro dos Hebreus fica claro que a marca da
vida de Moisés foi sua fé. O que serias capaz de fazer em defesa da sua fé?

Mas apesar de amar o seu povo e identificar-se com ele, Moisés agiu de forma
imprudente, fazendo justiça com as suas próprias mãos ao matar um egípcio que
espancava um hebreu. No dia seguinte ao tentar separar uma briga entre dois hebreus,
eles recusaram a sua intervenção. A notícia da morte do egípcio espalhou-se
rapidamente, e Moisés teve que fugir para a terra de Midiã, na península do Sinai. Ele
permaneceu neste lugar por volta de 40 anos aprendendo a dominar suas emoções e
temperamento. Moisés teria que aprender que só é possível fazer a vontade de Deus
agindo da maneira que o Senhor quer, e não pela nossa.

Êx. 3:10 – Sendo um fugitivo de faraó, Moisés deve ter ficado apreensivo diante da
possibilidade de que seu esconderijo fosse descoberto. Porém, depois de algum tempo,
o faraó morreu (2:23). Na expetativa de que uma mudança de regime implicasse uma
mudança de política, os escravos israelitas passaram a clamar mais ainda por socorro.

Assim, tudo parecia estar pronto para que Moisés fosse chamado de volta. É isso que
acontece. Ali, próximo ao monte Horebe (ou Sinai), Deus fala com Moisés do meio de
uma sarça-ardente em chamas, dizendo: “Tenho visto a opressão sobre o meu povo no
Egipto, tenho escutado o seu clamor […] e sei quanto eles estão a sofrer. Por isso desci
para livrá-los das mãos dos egípcios e tirá-los daqui” (3:7-8). Deus queria levá-los para a
Terra Prometida, e queria fazer isso por intermédio de Moisés. Como Moisés respondeu
a esse chamado? Depois de 40 anos onde esteve como fugitivo no deserto, ele deveria
ter aprendido a lição. Todavia, ele segui na direção oposto, e arranjou 5 desculpas para
escapar. Ele se sentia despreparado para a tarefa? Deus estaria com ele. Os israelitas
tinha dúvidas acerca da identidade do seu Deus? Ele deveria apresenta-lo como o Deus
de seus antepassados, o Deus vivo e eterno. E se os israelitas se recusassem a ouvi-lo
ou não acreditassem em suas palavras? Então Moisés deveria usar seu cajado para

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

realizar milagres e confirmar seu ministério. Moisés mais uma vez insiste nas desculpas,
argumentando que tinha dificuldade para falar e carecia de eloquência. Deus disse que
ele falaria por meio de Moisés. Então, Moisés fez um último apelo: “Ah, Senhor! Peço-
te que envie outra pessoa” (4:13). Deus ficou irado com Moisés, mas mesmo assim
permitiu que ele levasse o seu irmão, Arão como seu porta-voz.

O chamado de Moisés revela que não devemos responder de maneira excessivamente


confiante nas nossas capacidades, e nem duvidando das nossas capacidades, mas com
humildade, confiando que Aquele que nos chama também nos capacita (Jz. 6:14-16).

Êx. 7:5 – Moisés e Arão foram falar com o faraó, e corajosamente exigiam que ele
libertasse os israelitas da escravidão. Ele, porém, tinham sido avisados de que o faraó se
recusaria a ouvi-los. A narrativa ora atribui a teimosia de faraó a obra de Deus (7:3) ora
o próprio faraó (8:15). Creio que não temos que escolher entre uma ou outra. Acredito
que Deus só endurece o coração daqueles que endureceram a si mesmo. Moisés havia
levado o seu cajado com ele para o encontro com o poderoso faraó, e sempre que ele
estendia, um novo juízo era lançado sobre a população egípcia. Dez pragas caíram sobre
o Egipto. As aguas do Nilo, a grande fonte te subsistência do povo, tornaram-se em
sangue. Rãs infestaram a terra. Piolhos e moscas, atormentaram o povo. Diversas
doenças mataram o gado e outros animais. Tempestade de pedras (granizo destruiu as
colheitas e árvores e um enorme enxame de gafanhotos consumiu aquilo que ainda
restava. Depois uma grande escuridão cobriu a terra, e por fim, um terrível clímax, os
primogénitos de todos os seres humanos e animais morreram. Podemos perguntar:
Qual o propósito dessas pragas? De um lado trazer o juízo de Deus sobre os egípcios e
por outro, persuadir a faraó a libertar os israelitas. Todavia, creio que o grande propósito
das pragas no Egipto era “para que você saiba que em toda a terra não há ninguém como
Eu” (9:14). Conclusão – Podemos entender que Deus continua a trabalhar por meio de
pessoas que cometem falhas, teimosas e com falta de coragem. Todavia, Ele trabalha de
tal maneira na vida do homem, que faz de medrosos, corajosos, de tímidos, ousados, de
duvidosos em pessoas de fé. Devemos viver pela fé em Cristo Jesus. Devemos assumir
nosso papel de trazer, tal como Moisés, a libertação da opressão que assola o mundo.
Nosso papel no Reino de Deus é revelar que em “toda a terra não há ninguém como o
Senhor Deus”. Devemos louvá-lo pelo livramento operado em nossa vida em Jesus.

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

7ª Semana

Retomando a nossa viagem pelo mundo da Bíblia, vamos dar continuidade até o Êxodo.
O povo saiu do Egito e passou por um grande livramento no Mar Vermelho. Passados
mais ou menos 3 meses o povo de Israel está ao pé do monte chamado Sinai. Uma vez
acampados no monte, ficaram mais ou menos 1 ano. Neste lugar Deus concedeu ao seu
povo 3 preciosas dádivas: A renovação da Aliança, a Lei Moral e os Sacrifícios. Porém,
durante o estudo de hoje iremos considerar aquilo que seria o clímax de toda a Lei de
Deus, os 10 Mandamentos. Três coisas precisamos de esclarecer: 1º Os 10
Mandamentos que foram entregues por Deus e a obediência do povo a este pacto com
Deus; 2º Jesus resumiu e aplicou os 10 mandamentos ao juntas as 2 Leis, ou seja, amar
a Deus e ao próximo; 3º Os 10 mandamentos só podem ser obedecidos através do poder
do Espírito Santo.

Êx. 20:3-5 – A proibição para adorar outros deuses “diante” de Javé é também uma
indicação de que não há outros deuses: “Eu sou o Senhor, e não há nenhum outro”
(Is. 45:6). Não precisamos adorar o sol, a lua, as estrelas para infringir o 1º mandamento.
Nós infringimos sempre que damos o 1º lugar em nossas vidas a qualquer coisa e não a
Deus. Em vez disso, devemos amá-lo com todas as nossas forças e fazer a sua vontade
nosso prazer e de sua glória nosso alvo.

Se o 1º mandamento exige adoração exclusiva, o 2º requer que a nossa adoração seja


espiritual e sincera. O 2º mandamento revela Deus como um Deus zeloso (v.5). Deus
recusa dividir a sua glória com outro, simplesmente porque não há nenhum outro com
quem possa compartilhar.

Êx. 20:7-8 – Ao equiparar esses dois mandamentos, 3º e 4º observando tanto o Nome


do Senhor como o Dia do Senhor, podemos ver que eles devem ser tratados com grande
respeito. Usamos o nome de Deus de maneira incorreta com linguagem indecorosa e
blasfémia. Deus também é contra o juramento. Jurar e não cumprir é desonrar o nome
de Deus. Jesus até disse que o melhor é não jurar. Pessoas honestas não precisam de
juramentos para garantir que vão cumprir seus compromissos; nossas palavras devem
ser sim ou não (Mt.5:33-37).

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

Êx. 20:12 – Uma vez que os 4 primeiros mandamentos abordam claramente nossos
deveres para com Deus (quem Ele é, como adorá-lo, o respeito pelo Seu Nome e pelo
Seu Dia). O 5º mandamento está relacionado com os relacionamentos entre os homens.
Este é o 1º mandamento com promessa. Paulo entedia que honrar os pais incluía uma
atitude de obediência e afirmou que isso agradava a Deus (Ef. 6:1; Cl. 3:20) A
desobediência aos pais é vista no NT como um sintoma de desagregação social
(Rm. 1:30; 2 Tm. 3:2).

Êx. 20:13 – O 6º mandamento “não matarás”, está também relacionado entre os


homens. Não se aplica a animais. O 6º mandamento proíbe derramar sangue inocente,
assassinato. O Homem é feito a imagem e semelhança de Deus. Esse mandamento é
muito importante e atual nos nossos dias, pois nele está incluído a valorização do ser
humano e o valor da vida humana. Isso é uma resposta para o aborto. A questão da vida
humana deve ser protegida, e não uma questão de escolha. Este mandamento tem
levantado muitas questões acerca das guerras. Poderá ou deverá um cristão envolver-
se em guerra, onde, as mortes a seres humanos é constante? Existem pacifistas que
defendem que os ensinos de Jesus é contrário a qualquer tipo de retaliação. Outros
defendem a “guerra justa”, e defendem que as guerras podem existir desde que sejam
cumpridas ou preenchidas algumas condições. Rejeitar armas de destruição em massa
etc.

Existem muitas pessoas que são contras as guerras, todavia esquecem-se a verdadeira
aplicação do 6º mandamento. A Bíblia diz que palavras ofensivas são homicidas
(Mt. 5:21-22) – “Quem odeia seu irmã é assassino” (1 Jo. 3:15)

Êx. 20:14 – Os cristãos vêm o sexo o casamento, a família como boas dádivas concedidas
por um Deus Criador se preocupa com o prazer do ser humano. Desde o princípio Deus
fez homem e mulher, macho e fêmea. Portanto, nossa sexualidade (homem e mulher)
foi criada e portanto definida por Ele. Esse propósito inclui o casamento para a satisfação
mútua dos parceiros e para a procriação da espécie.

As proibições bíblicas só têm sentido depois de estabelecidas algumas prerrogativas.


Deus instituiu o casamento como o contexto adequado para a satisfação sexual, e é por
isso que o relacionamento sexual é proibido em todos os outros contextos.

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

Tudo o que destrói o casamento para Deus é adultério, pois o casamento não é uma
aliança entre o homem e a mulher e sim em envolvimento muito maior, entre homem,
mulher e Deus. Tal como “não matarás” o 7º Mandamento inclui também os
pensamentos ilícitos. Eles também são adultério.

Êx. 20:16 – O 8 e o 10º mandamento estão interligados. Por isso vejamos o 9º


mandamento. Se observarmos até agora os primeiros 4º Mandamento é a relação entre
o homem e Deus. Do 5 em diante envolve o relacionamento entre os homens, e em
todos eles temos a valorização do ser humano criado a imagem e semelhança de Deus.
O amor é a base de todas as coisas. Por isso devemos ter cuidado com nossa língua.
Tiago ensina que ela pode atear fogo a uma floresta. Na Lei de Deus, Ele estava a
preservar os relacionamentos entre o Seu Povo.

Êx. 20:15, 17 – Não devemos tomar posse daquilo que não é nosso. Não podemos
esquecer que Deus estava a organizar uma sociedade que viveu durante mais de 400
anos como escravos. “Não furtarás” e “ não cobiçarás” estão ligados porque o furto
acontece porque antes acontece a cobiça. Mesmo que seja detetado uma doença, o que
motiva é um desejo de ter aquilo que é do outro.

Conclusão – Os 10 Mandamentos expressam de maneira clara o significado de amar a


Deus e ao seu próximo como a ti mesmo. Esta é a aplicação que Jesus faz, resumindo
toda a Lei. Para sermos felizes neste mundo, temos que nos preocupar com nosso
relacionamento com Deus e também com as pessoas ao nosso redor. Como os 10
mandamentos podem ajudar a sua vida e relacionamentos com Deus e com as pessoas
ao seu redor?

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

8ª Semana

Após a entrega dos 10 Mandamentos, Deus reforça um ensino “Não fareis outros
deuses para vós” (Êx. 20:22). Esse ensino tinha um princípio e uma obrigação “Um altar
me farás” (Êx. 21:24). Deus a partir daí dá várias instruções a Moisés para que pudesse
ensinar o povo e praticar todos os rituais de purificação, com diversas leis.

Porém, o tempo passa, e Moisés demora retornar do Sinai. Todo aquele povo chega-se
ao pé de Arão com um pedido “Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós.
Quanto a esse homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu”. Todo
o ensino e livramento de Deus até então, revela que o povo estava muito distante Dele
no seu coração.

Deus revela a Moisés que o povo estava em pecado (Êx. 32:8-9). Deus diz a Moisés que
fará dele uma grande nação. Por causa do pecado, Deus poderia exterminá-los da terra.
Deus não tolera o pecado. Todavia o propósito do Senhor sempre foi revelar graça e
favor ao homem perdido. Depois de uma intercessão de Moisés Deus preserva o seu
povo, exercendo misericórdia sobre eles.

É exatamente isso que Deus fez por nós em Cristo. Éramos merecedores da ira de Deus;
deveríamos ser exterminados da presença de Deus para todo sempre, tal como os
anjos que caíram, contudo, Ele nos revelou a sua graça.

Moisés traziam em suas mãos aquilo que deveria ser o momento ais glorioso do povo.
Podemos imaginar aquele homem a pensar: “Não vejo a hora de lhes mostrar aquilo que
tenho em minhas mãos. Deus revelou a Sua vontade a nós”. (Êx. 32:16). O povo cantava
o “cântico dos vencidos/derrotados”. O povo havia perdido a batalha com os poderes
das trevas. Longe de Deus, cegos paras as coisas celestiais, era instrumentos
manipulados por satanás.

Moisés ao ver aquela lastimável situação, num gesto de pura revolta justa, não algo sem
controlo, e lança para longe as tábuas e as quebra.

Vemos neste relato os efeitos do pecado na vida humana. Arão lança a responsabilidade
ao povo, tal como Adão o faz com Eva. É interessante que o pecado lança o erro aos
outros; o arrependimento é assumir o próprio erro e mudar.

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

Precisamos ler com algum cuidados os versos 32:27-29. Esse texto foi um dos escolhidos
pelo nosso Nobel da Literatura para chamar Deus de nomes impróprios. Mas aonde está
a misericórdia de Deus. Terá Ele o prazer na morte de 3000 pessoas do povo?

Creio que o melhor entendimento deste texto deve passar pelo propósito de Deus para
com este povo. Primeiro, deste povo Ele iria levantar a “sua semente” Gn. 3:15, que iria
derrotar a serpente. Segundo Deus estava a forma este povo, dando-lhe conceitos
valores, princípios para a vida segundo Ele. Terceiro, Deus não iria permitir que dentro
do povo ficassem pessoas com o desejo de permanecer em pecado. “Não podemos
esquecer que Moisés pergunta: Quem é do Senhor, venha a mim”. Isso leva-me a pensar
que houve pessoas que não escolheram ser do Senhor, mas sim, queriam permanecer
na idolatria. Deus manda exterminar instantaneamente aqueles que queriam
permanecer no pecado da idolatria. Os que escolheram o Senhor, deveriam matar
aqueles que permaneceriam na idolatria, mesmo que fosse parte da sua família.

Creio que este texto deve ser visto com os olhos postos na cruz. Nela ascendeu-se toda
a ira de Deus, de todos os tempos, pelo pecado de toda a humanidade. Deus, no seu
propósito eterno de julgar o pecado, teria que exterminar toda a humanidade. Ele julga
o pecado de todos os tempos, de uma vez por todas, indo Ele mesmo até a cruz para
morrer no lugar da humanidade.

Êx. 32:30-32a - Moisés revela-se como o intercessor entre Deus e o povo. Essa atitude
aponta para o Cristo de Deus que viria no tempo determinado por Ele.

Moisés pede a Deus que perdoasse o pecado do povo, se não que retirasse o seu nome
do livro do Senhor. Deus ensina que Deus responsabiliza cada pessoa pelo seu pecado.
Deus promete que um anjo irá diante do povo (Êx. 32:34, 33:3).

O povo estava arrependido do mal que havia cometido. Choram pelos pecados. Por
causa dos pecados, Deus ficava fora do arraial do povo, na tenda da Congregação (33:7).

Deus havia prometido a Moisés que Ele iria enviar um anjo para proteger o povo dos
inimigos e que lhes acompanhasse no caminho da terra prometida, cumprindo a Sua
Aliança com o povo.

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

Contudo, Moisés faz uma declaração maravilhosa acerca da importância da presença de


Deus. Ele diz: “Se não fores connosco, não nos faça sair daqui”. Para Moisés, não era a
terra, não era a glória da conquista da terra e nem da prosperidade que viria com a terra.
Para Ele o mais importante era a presença de Deus.

E na sua vida querido irmão? Você tem-se contentado com pouco. A presença de Deus
é de facto o mais importante. Se você tiver outras prioridades além Dele, isso é idolatria,
pecado. – Conclusão.

10ª Semana

Levítico

Levítico é a 3ª parte do Pentateuco. Os capítulos finais de Êxodo, que enfocam a


construção do tabernáculo, orientam naturalmente a abertura de Levítico, o qual
descreve vários sacrifícios executados no Santo Lugar (1 – 7). O nome o livro vem da
Septuaginta e o qual significa “relativos aos levitas”, embora a tribo não seja enfatizada
no livro, todavia, a questão sacerdotal torna-se o nome apropriado. O título em Hebraico
tem como título as 2 primeiras palavras do livro, “E Ele chamou”.

O livro de Levítico é com frequência visto pela igreja como irrelevante para os dias de
hoje. Nos poucos casos onde é considerado significativo, usa-se uma interpretação
alegórica. Creio que por meio de um estudo cuidadoso do conteúdo desse livro trará
uma rica contribuição de Deus e da história da redenção.

A mensagem Teológica do livro de Levítico prende-se na Santidade de Deus. A maior


parte do livro contém leis e rituais a respeito da adoração forma de Israel. As leis vão da
dieta até pureza sexual. Devemos ler essas leis e rituais debaixo deste prisma, Deus é
Santo (Lv. 18 – 19, 20:7). O Deus que está presente no meio do povo é SANTO, e por
isso o povo do Senhor deve ser SANTO.

Levítico, dessa maneira, ensina que Deus é separado do mundo existente, e que
somente os que também são libertos da mácula do pecado são permitidos na sua
presença. Essa atividade santa do povo passa por 2 níveis: sistema sacrificial e a pureza.

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Cassius Ribeiro – (04-09-2013)

O sistema sacrificial – o livro começa com uma grande explicação do sacrifício (1 – 7).
Essa ênfase não surpreender porque é a principal atividade do Velho Testamento.
Devemos entender os sacrifícios como 3 propósitos: oferta, comunhão e expiação. Os
sacrifícios eram ofertas do adorador a Deus. Essas ofertas revelam a gratidão ao Deus
da Aliança. A comunhão do adorador com o Deus da Aliança. E o terceiro é o conceito
de “expiação”. Esse por causa do pecado e ofensas a Deus, o povo arrependido podiam
buscar o perdão do Deus da Aliança, oferecendo um substituto para pagar pelo seu
pecado. Dessa maneira, o sacrifício expiatório, era um meio divino para reestabelecer a
relação entre o Deus da Aliança e o povo da Aliança.

Esse conceito é importante: Deus é santo e não pode tolerar a presença do pecado e da
impureza na Aliança. O sacrifício é o modo de tornar o profano puro novamente e
restabelecer a comunhão na presença de Deus.

O sacerdócio – grande porção do livro é acerca de instruções aos sacerdotes. Os


sacerdotes tinha a missão de proteger a santidade de Deus e de levar o povo a essa
santidade. Os sacerdotes tinha a missão de levar o povo a santidade, por isso que Deus
é intolerante a imoralidade sacerdotal (Lv. 10:1-3).

Pureza – o grande tema do livro é a pureza, ou purificação. Deus estava presente em


Israel, e a pureza do acampamento tinha que ser mantida. As leis que visavam a pureza
e indicavam que Israel e os guardiões da santidade, os sacerdotes, como manter povo
puro.

Qual o valor do livro de Levítico para a igreja do século XXI? Creio que o relacionamento
entre o povo e o Deus da Aliança não mudou em termos de propósitos. Deus continua
a ser Santo e a requerer santidade do seu povo. Nós, todos como sacerdotes, devemos
ser guardiões e protetores da santidade. Deus é Santo e o seu povo também deve ser
santo (1 Pe. 1:15-16). A Bíblia também revela o sacerdócio universal dos crentes em
Jesus (1 Pe. 2:9). E como tal, devemos defender a santidade e levar as pessoas a uma
vida santa. Também temos a missão de intercessores perante Deus, na evangelização e
missão. O Novo Testamento também revela a presença do verdadeiro sacrifício e da
expiação, Jesus Cristo. CONCLUSÃO.

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