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O SACERDÓCIO UNIVERSAL DOS FIÉIS

Texto Bíblico: Rm 12.1-2

Introdução

Dentre os princípios fundamentais defendidos pelos reformadores do século


XVI, está o “Sacerdócio Universal dos Fiéis” ou “Sacerdócio de Todos os Crentes”.
Os outros princípios, dos quais este decorre, são as Escrituras como norma suprema
de fé e vida e a salvação pela graça mediante a fé, alicerçada na obra redentora de
Jesus Cristo.

Embora o Velho Testamento apresente claramente a noção de um ofício


sacerdotal exercido por elementos da tribo de Levi em benefício do povo de Israel,
existem passagens que antecipam um entendimento mais amplo dessa função.
Êxodo 19.5-6: “Se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes a minha
aliança, então sereis a minha propriedade particular dentre todos os povos… vós me
sereis reino de sacerdotes e nação santa”. Outro texto relevante é Isaías 61.6: “Vós
sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus”.
No Novo Testamento, o conceito de sacerdócio tem dois aspectos:

I. JESUS CRISTO É O GRANDE SUMO SACERDOTE

Todas as funções do sacerdócio da antiga dispensação concentram-se nele,


e são por ele transformadas. Ele é o único mediador entre Deus e os seres humanos
(1 Tm 2.5). Ele é o representante de Deus junto aos homens e o representante dos
homens junto a Deus. Ele é, ao mesmo tempo, o sacerdote e o sacrifício. A Carta
aos Hebreus expõe claramente a superioridade do sacerdócio de Cristo sobre o
sacerdócio levítico e apresenta o caráter definitivo e totalmente eficaz do seu auto-
sacrifício sobre a cruz (Hb 2.17; 3.1; 4.14s; 5.10; 6.20; 7:24-27; 9:12,26; 10.12). A
literatura joanina também fala repetidamente do sacerdócio de Cristo, como em João
1.29.

II. TODOS OS CRENTES PARTILHAM DO SACERDÓCIO DE CRISTO

Essa participação se expressa principalmente nas áreas da adoração, serviço


e testemunho. Veja o que diz vários textos:

1. NA ADORAÇÃO

1 Pedro 2.5: “Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa
espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais,
agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”.

Hebreu 13.15 Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um


sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome.
Em Rom. 12:1, no entanto, o sacrifício que oferecemos não é uma forma específica
de louvor ou serviço, mas nossos próprios "corpos". Não é apenas o que podemos
dar que Deus exige; ele exige o doador.

2. NO TESTEMUNHO
1 Pedro 2.9: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.

Romanos 15:16 de ser um ministro de Cristo Jesus para os gentios, com o dever
sacerdotal de proclamar o evangelho de Deus, para que os gentios se tornem uma
oferta aceitável a Deus, santificados pelo Espírito Santo.

3. NO SERVIÇO

Filipenses 2:17 Contudo, mesmo que eu esteja sendo derramado como oferta de
bebida sobre o serviço que provém da fé que vocês têm, o sacrifício que oferecem a
Deus, estou alegre e me regozijo com todos vocês.
Filipenses 4:18 Recebi tudo, e o que tenho é mais que suficiente. Estou
amplamente suprido, agora que recebi de Epafrodito os donativos que vocês
enviaram. Elas são uma oferta de aroma suave, um sacrifício aceitável e agradável a
Deus.
Hebreus 13:16 Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que
vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada.
O Apocalipse destaca o aspecto governamental desse serviço: “Àquele que
nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino,
sacerdotes para o seu Deus e Pai…” (1.5-6);
“Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu
sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação,
e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes” (5.9-10).

APLICAÇÕES DOUTRINÁRIAS

a) O Novo Testamento não menciona a existência de um ofício sacerdotal na


Igreja. Essa ideia surgiu posteriormente, em escritores como Clemente (ministério
cristão composto de sumo sacerdote, sacerdote e levita), a Didaquê (chama os
profetas cristãos de “vossos sumos sacerdotes” e refere-se à eucaristia como um
sacrifício) e, mais especificamente, em Tertuliano e Hipólito, que se referem aos
ministros cristãos como “sacerdotes” e “sumos sacerdotes”. A igreja católica
continua com esse entendimento.

b) Os cristãos não oferecem mais sacrifícios literais; porque Cristo cumpriu e,


assim, pôs fim ao sistema sacrificial do AT. Mas a centralidade do sacrifício na
religião antiga tornou-se um veículo natural e inevitável para os primeiros cristãos
expressarem suas próprias convicções religiosas.
c) Ao mesmo tempo, o uso da linguagem cultual pelo NT tem uma importante
função histórico-salvífica e polêmica, reivindicando para o cristianismo o
cumprimento daquelas instituições tão centrais para o AT e para o judaísmo.
Filipenses 3.3 Pois nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos pelo
Espírito de Deus, que nos gloriamos em Cristo Jesus e não temos confiança alguma
na carne.

APLICAÇÕES PRÁTICAS

a) O princípio do sacerdócio universal dos crentes nos fala do grande privilégio que
temos como filhos de Deus: cada cristão é um sacerdote, cada cristão tem livre e
direto acesso à presença de Deus, tendo como único mediador o Senhor Jesus
Cristo.

b) Todavia, esse princípio jamais deve ser entendido de maneira individualista. A


ênfase dos reformadores está no seu sentido comunitário. Somos sacerdotes uns
dos outros, devendo orar, interceder e ministrar uns aos outros. À luz do Novo
Testamento, todo cristão é um ministro (diákonos) de Deus, o que ressalta as ideias
de serviço e solidariedade.

c) Num certo sentido, todos os crentes são “leigos”, palavra que vem do termo
grego laós, o povo de Deus. Todavia, a Escritura claramente fala de diferentes dons
e ministérios. Alguns cristãos são especificamente chamados, treinados e
comissionados para o ministério especial de pregação da Palavra e ministração das
ordenanças.

d) Os leigos, no sentido daqueles que não são “ministros da Palavra”, também têm
importantes esferas de atuação à luz do Novo Testamento. Os líderes da Igreja
devem falar sobre o ministério do povo de Deus, bem como instruir e incentivar os
crentes e desempenharem o seu ministério pessoal e comunitário. A placa de uma
igreja nos Estados Unidos dizia o seguinte: “Pastor: Rev. tal; Ministros: todos os
membros”.

e) O sacerdócio universal dos crentes corre o risco de tornar-se mera teoria em


muitas igrejas evangélicas. Sempre que os pastores exercem suas funções com
excesso de autoridade (1 Pedro 5.1-3), insistindo na distância que os separa da
comunidade, relutando em descer do pedestal em que se encontram, concentrando
todas as atividades de liderança e não sabendo delegar responsabilidades às suas
ovelhas, tornando as suas igrejas excessivamente dependentes de sua orientação e
liderança, não dando oportunidades para que as pessoas exerçam os dons e
aptidões que o Senhor lhes tem concedido, há um retorno ao sacerdotalismo
medieval contra o qual Lutero e os demais reformadores se insurgiram.

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