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E TECNOLOGIA
AULA 1
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tem de seu desempenho –, reduzem seus custos ou aumentam a
eficiência e a qualidade dos respectivos processos de produção.
Um exemplo desse tipo de inovação seria a introdução de
compensadores de temperatura nos volantes de relógio de pulso
mecânicos para aumentar sua precisão;
A inovação radical acontece quando são realizadas grandes
melhorias em um produto. Essas mudanças frequentemente fazem
com que os princípios de funcionamento do produto ou dos
processos de produção sejam alterados, envolvendo uma nova
tecnologia que torna obsoleta a que era anteriormente empregada
e, às vezes, exige o desenvolvimento de novos canais de
marketing. Um exemplo desse tipo de inovação seria o relógio de
quartzo, que emprega tecnologia eletrônica em substituição à
mecânica, não requerendo uma rede de relojoeiros qualificados
para serviço pós-venda;
A inovação fundamental ocorre quando o impacto da inovação for
de tal natureza que possibilita o desenvolvimento de muitas outras
inovações. Exemplos desse tipo de inovação são vários nas áreas
de computação, comunicações, biotecnologia, materiais polímeros,
entre outros. (Mattos; Guimarães, 2012, p. 68, grifo nosso)
2.1 Aspirar
De acordo com Jong, Marston e Roth (2015), utilizar uma visão de longo
alcance ousada, porém realista, aliada a estimativas concretas de quanto valor
uma inovação arrojada gera pode contribuir para alavancar ações de inovação
em uma organização. Contudo, os autores alertam que somente o desejo e a
inspiração não são suficientes para motivar CEOs a saírem de sua zona de
conforto para arriscar em ideias inovadoras. Assim, “quantificar uma meta de
inovação para o crescimento e torná-la parte explícita dos planos estratégicos
futuros ajuda a solidificar a importância e a responsabilidade pela inovação”
(Jong; Marston; Roth, 2015, p. 1). Ou seja, investimentos em inovação só
acontecerão se as metas a serem alcançadas com a sua inserção na empresa
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forem grandes o suficiente para correr o risco. Além disso, a aspiração não deve
ser de uma só pessoa, mas distribuída na organização na forma de metas de
desempenho e cronogramas para que todos participem e se sintam
responsáveis pelo processo inovador.
2.2 Escolher
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não fomenta o surgimento de inovações realmente importantes para a
organização.
2.3 Descobrir
2.4 Evoluir
Para atuar de forma eficaz com inovações, não basta que a empresa
enfatize a inovação de seus produtos. Para Jong, Marston e Roth (2015), é
preciso inovar no modelo de negócios da empresa, pois é ele que interfere na
cadeia de valor da organização, mantém os processos de inovação
acontecendo, assim como a competitividade da empresa. De acordo com os
autores, a maioria das grandes empresas fica com receio de alterar seu modelo
de negócios central até que ele esteja visivelmente ameaçado. Nesse momento,
talvez seja tarde demais para a mudança necessária. Assim, empresas que
inovam em seu modelo de negócios reavaliam constantemente sua posição na
cadeia de valor, apostando em projetos piloto e experimentos longe do negócio
principal para ajudar a combater concepções limitadas do que são e do que
fazem.
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2.5 Acelerar
2.6 Escala
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preparados para executar um lançamento rápido e completo” (Jong; Marston;
Roth, 2015, p. 10).
2.7 Ampliar
2.8 Mobilizar
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com culturas e formas de trabalho previamente estabelecidas. Em um cenário
assim, é possível adotar novas formas de trabalho em que grupos responsáveis
por inovações importantes trabalhem sem as restrições do ambiente normal,
enquanto a organização continua com sua estrutura tradicional.
Finalmente, em termos de mobilização, Jong, Marston e Roth (2015)
dizem que as grandes empresas têm dificuldade em se reinventar, em termos de
cultura e estrutura organizacionais, para se tornar inovadoras líderes. Assim, a
excelência em inovação é construída com esforço de vários anos e afeta grande
parte, senão toda a estrutura da empresa.
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nesta como um projeto de curto prazo, ou como uma tática para obter um
resultado instantâneo.
Além dessa consciência, a empresa precisa estabelecer se está aberta ou
não a relacionamentos externos para o desenvolvimento de inovações, visto que
inovações abertas e fechadas coexistem na sociedade e nas empresas, e que,
para cada uma delas, a lógica estratégica é diferente.
Para Carvalho (2009), essas duas formas diferentes de pensar a
estratégia de inovação em uma organização precisam ser conhecidas para que
as empresas possam ter sucesso em suas atividades de inovação. A autora
segue explicando que a estratégia de inovação fechada é tradicional e bem
conhecida no mercado. Já a estratégia de inovação aberta é mais recente e
ainda merece estudos mais aprofundados, mas traz vantagem competitiva às
organizações que vêm se arriscando a utilizá-la. Acompanhe, a seguir,
explicação mais detalhada de cada uma das estratégias.
1 Esse é um dos tipos clássicos de estratégia definidos por Michael Porter, em sua obra
Estratégia Competitiva, em que o autor comenta a existência de três grandes tipos distintos de
estratégia genéricas: a estratégia de liderança no custo total, a estratégia de diferenciação e a
estratégia de enfoque.
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O grande problema desse tipo de estratégia está em sua manutenção
como vantagem competitiva para a empresa, visto que as características que
delimitam um produto inovador, de forma geral, podem ser rapidamente
copiadas, e até mesmo melhoradas por competidores que se especializam na
imitação.
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como exemplo extremo de inovação aberta a Wikipedia, que teria tanto sua
criação como a captação de valores totalmente na dimensão do ecossistema.
Fonte: Muller; Välikangas; Merlyn, 2005, citados por Pearson, 2011, p. 115.
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autoras utilizaram 15: eficiência percebida com a inovação; incerteza sobre a
inovação; escassez de recursos; padronização de procedimentos; dependência
de recursos; formalização; eficiência percebida; influência; ambiente
demográfico; ambiente legal/regulador; dimensão da inovação; problemas
identificados; frequência de comunicação.
Quanto aos elementos da cultura organizacional, as autoras buscaram a
utilização dos conceitos clássicos da literatura sobre o tema, como: valores;
crenças e pressupostos; ritos, rituais e cerimônias; histórias e mitos; tabus;
heróis; comunicação; artefatos e símbolos.
O que Machado, Araújo e Lehmann puderam observar foi que, em uma
das organizações, que existe há mais tempo do que as demais estudadas, os
elementos de uma cultura de inovação são mais reconhecidos pelos seus
colaboradores. Em outra organização, mais jovem, os elementos de cultura não
são tão óbvios aos colaboradores, mas, mesmo assim, os fatores de inovação
são reconhecidos e entendidos. Assim, as autoras acreditam que, nessa
organização, a cultura de inovação ainda esteja em construção.
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somente alguns indivíduos excepcionais ou iluminados. Nesse sentido, Moreira
(2008, p. 31) propõe que se assiste “a uma mudança de paradigma, de um
mundo definido e concreto para um mundo em constante evolução e
autogeração”. Nesse mundo, qualquer pessoa ou grupo pode gerar, criar e
construir novas ideias. Se essas ações forem intencionais e trouxerem novas
soluções com utilidade e aplicação, elas podem ser denominadas de
criatividade.
Com base nessa conceituação, pode-se ter alguma dificuldade em
diferenciar criatividade de inovação, visto que a criatividade mantém estreita
relação com o conceito de inovação, já que a inovação é geralmente vista como
processo de traduzir ideias em novos produtos ou novos processos (Bruno-Faria
et al., 2013). Mas é importante recordar que a inovação é um processo em que
as ideias ganham uma dimensão econômica que não pode ser dissociada do
processo de criação ou transformação. Assim, criatividade e inovação não
devem ser confundidas. Na verdade, conforme Moreira (2008), a inovação é a
capacidade de um indivíduo, ou de um grupo de indivíduos, de usar a criatividade
para gerar ideias novas e diferenciadas, de modo a colocar essas ideias em
prática, gerando valor.
Bruno-Faria et al. (2013, p. 11) reforçam a diferença entre os conceitos,
chamando a atenção para o fato de que a criatividade pode, em algum momento,
ser individual, enquanto a inovação depende de suporte e de recursos de outros;
além disso, no processo de inovação podem ocorrer “ajustes ou aprimoramento
das ideias anteriormente concebidas, isto é, aprimorar um produto para que se
alcance o êxito necessário no mercado; rever um processo de trabalho para que
o resultado seja mais efetivo, dentre outros aprimoramentos da ideia”.
Ressaltando ainda mais a relação entre inovação e criatividade, Moreira
(2008, p. 35) diz que a forma atual de as empresas procurarem soluções
inovadoras dificilmente é encontrada nos processos tradicionais. Assim, a autora
entende que há um desenvolvimento, nas organizações, do “reconhecimento de
que a solução criativa de problemas pode revelar-se uma boa estratégia para
resolver algumas lacunas nos processos tradicionais”. Desse modo, a
criatividade e os mecanismos do pensamento criativo levariam a uma mudança
de atitude, promovendo a inovação no contexto organizacional.
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FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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