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ÍNptcr Dos DABRAKAS

ABITOI- o encontro com a nossa alma ,,..,....,.. ...,........,....... 122

HAB EB RON - harmonia, integraçáo e comunicaçáo ..............................lZ4


aZU gIRÍ * seruibilidade humanismo e .....,....,.'125
SHLEAJ ANÊ - encontro com o transcenclente ..,......,.......... tZl
IAMÚD ANUNÍM - enconrro com a nossa missáo.......... ..... IZB

MABE§H - íorça de vida e juventude .............. ..,..,.....,.,....... L3O

MA§UEPILIM- auto-aceitação .......... ...,,,.,,..,,136


A§HGUIA ANEKET * para combater o negativis(ro ..,...,;.....,...'.,,,,.'...',.. 137

AZUB - encontro e elevação ....... 139

TOU BRUK - para visualizar as cores da aura ..........,..:....... ....................,.. 143

üLI§HINATOR-paracriarenergiaedirigi-la ...........'.....,144
KAI-AF MEMAREIZ- êxito no plano material ..................146

MI§HELEI AfZÁOIK - governar com justiça .,..,..'....'.,.',.", 148

SHUMATADENE-criatividade ,.....'.'..'.."""' 151

§HEMET AmU - ansiedade para comer '........ 154

ATI§H ZIBEK - sentir a pessoa de nosso destino ..'....',.,.......156


SHu§HAT-reencontro ."."..",,' 158

MIUAú - elaborar siruaçóes que nos destróem ................. t6L

IOLEB AMITÁ - saúde .............. .,,.'................. 162

ME§HAMHEB-solidão......,.............j. ........,.,..,.i,...,;..,,.,'.,.167

ABTURÁ = segurança na gravidez ......'.....'...,... 169

EISOF - comunicação espiritual ..'..,.,....,'...'.....172


..)

AIMU AMET - superaçáo do rnedo damorte """""""""""" L74 CONSTDERAÇOES SOBRE OS SONS DOS
AIELET HANOIÍ - comunicação entre pais e filhos """"""' 176 DABRAKAS
SHUMAIET AIÍ - interptetar nossot sonhos """""""""""' 179
IOgl BE * para um clia produtivo, concretizar objedvos """' 182'
NU AT- elevaçáo """""""""""" 184 : H
-
como em TU HE MID ANK: o som do H é semelhan-
te ao som do ,/R/ produzido de modo aspirado, colocando-se leve-
HEMSHEI KAH - uma resposta """""""""""' 185
mente o dorso da parte posterior da língua no véu palatino ("céu
da boca") e vibrando suavemenLe as cordas vocais, como é pro'
SHABATAI - contra forças negativas..".'...'....." """""""""' 1BB nunciâdo na cidade de Sáo Paulo (ex: rua, recado, rosa).
A§EULÁl-securançanoplanosexual...............................,............,190 : I-como em ABITOI: o somdoJé semelhante ao som Â.,/
TU HE MID ANK - rejuvenescimento """""" 197 produzido de rnodo aspirado, colocando-se o dorso posterior da
HANU SHAI - proteçáo contÍa a inveja """"" L94 língua no véu palatino ("céu da boca") e vibrando as coÍdâs vocais
um pouco mais forte, como é pronunciado na cidacle de Sáo Paulo
BARAKÁ - paz pffanossa consciência .'...,'..".. """""""""" 196
(ex: carro, macarráo).
: M ou N em final de sílaba - como em HAB ER RON e
ME SHAM HER: devem ser pronunciados como consoante, sem
nasalizar a vogal anterior.
: R - colrlo em HAB ER RON e AZUR: o som do R é
ernitido com a colocação da ponta da língua no "céu da boca",
encoslando atrás dos dentes superiores e vibrando-a forlemen[e,
como na pronúncia do lR/ dos gaúchos ou semelhanle ao /R/ no
meio da palavra ou em fina1de sílaba para os paulistanos (ex: cor,
tar, porta)
: SH - como em ME SHAM HER: O som do SH é pro-
nunciado como o Nl ou o lClH.lno português (ex: xícara, caixa,
chave).
: TZ
-
como em ARETZ: esles dois sons são pronunciados
da seguinte forma: o T é emitido de forma breve, quase mudo,
com a ponta da língua atrás dos dentes superiores e o Z ffansfor-
ma-se no som /S/, corno na pronúncia clo nome da mosca Tsé.tsé.

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Da Kabala ao Kabaslt: Magía e Sabedoria Rolland

O prirneiro passo para a mística é essa comunicação com a a1ma,


ABITOJ o ABUA. É o instante em que o místico olha paia o ociclenre e
depois volta-se para o oriente, onde nasce a vida e a energia, bus-
O ENCONTRO COM A NOSSA ALMA
cando sua luz e seu caminho.
O segundo passo acontece, quando o homem, só e em silêncio,
Os grandes Mestres Hierofantes da época de Akenaton ensina- entra na mística do ABiTOJ. Sentado sobre uma pedra, que sim-
ram uma mística tão maravilhosa e táo profunda que poclernos sentir boliza a eternidade da alma, ele volta à origem de seu Ka, de sen
sua verdade milenar. Nesharná a . Faz uma viagem no tempo e no espaÇo. Sai de seus
Àr r.r"r,
parece que ouvimos suas palavras: limites e voa com as asas que Deus lhe deu para elevar-se.
'Abram seus corações e suas mentes. Aprendam Kabash, o gran- Ele mostrou-lhe tudo ao seu redon o lobo, o leão, a águia, a
de Sha Abiturl, o grande Nefter2, as grandes ciências dos Hiero- cobra, o escaravelho, e quis que o Homem aprendesse com cada
fan[es e dos magos. um desses seres, observando e aprendendo as lições que a vida
Fazemos magia com o coração, nunca com a mente. Se o amor pode the ensinar,
assim como a fé sáo magia, não podem nascer darazáo,muito menos ABITOJ é o princípio da vida. É o rro,r".rro em que o hornem,
rlossos sonhos de chegar a um plano místico e ir mais alérn, sentado sobre uma pedra, a sós consigo mesmo, encontra o primei-
Quando vocês começarem a aprender com o coração, saberáo ro sinal de sua alma. Sente seu caminho e sua verdade... "
que isso é mística. Como teria sido maravilhoso poder escutar essas aulas dos gran-
A primeira liçao de um místico é encontrar a essência sagrada des Mestres do passadol
contida no interior dos ensinamentos e sentir um grande respeito
por eles. Se uma sabedoria é encarada com respeiro, será aprendi-
da e poderá ser bem utilizada.
A hora do Grande Marif, quando a primeira estrela brilha no
céu, é o sinal para o iniciar da mística. Nesse rrofilento, pode-se
ouvir o seu canto, o Grande Niguenl .
O homem, entáo, lava suas mãos e seu corpo, purificando-se
com a grande força do TASHLEJ. Cortando com tudo que lembra
a vida doméstica e seu mundo material.
Prepara-se paÍa o chamado de sua alma, seu EU Eterno, bus-
cando a si rnesrno.
Quando o homem comeÇa a falar com a ahna é como se estives,
se falando com Deus. Deus deu uma alma aos homens para que se
comunicassem com Ele, Deu um sopro de vida para cada uln, para
que O sentisse.

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Rolland
Da Kabala ao Kobash: Magia e Sabedoria

HAB ER RON AZU BIRI


SENSIBILIDADE E HUMANISMO
HARMONIA, INTEGúÇEO E COMUNICAÇAO

Quero ensinar-lhes um Dabraká para se tornar mais humano.


Muitas vezes, édifícil man[er unla boa relaçáo com as Pessoas À, u"r., nos sentimos egoístas e lutamos para modificar essa
podemos encon-
que amamos e convivemos' Com esse Dabraká, situaçáo, mas náo conseguimos. Nos propomos a ser diferentes e,
ffar a harmonia desejada' no entanto, fracassamos.
com malor
Com ele, nos sentimos mais abertos, mais dispostos' Este é um meio místico para melhorar nosso comportamento e
para a comunicaçáo e integraçáo' elementos
táo ne-
capacidade superar nosso egoísmo. Serve para nos desprendermos de um ma-
cessários para uma convivência harmônica' terialismo que náo nos permite uma elevação espiritual e que,
sentam-se e
Pradcamos esse Dabraká, sentados' Os homens muitas vezes, a[é nos distancia do amor e dos nossos filhos.
As rnáos apoiam-
mantêm as pernas afastadas, e a mulheq unidas' Náo é urn Dabraká para salvar a alma e nem salvar a vida. Com
que o da mão esquerda deve
se em dois recipientes de cobre, sendo
se fecham' Nossa
ele, podemos salvar nossa consciência.
conter água. A cabeça deve cair para trás e olhos Para isso, temos que senth que estamos em conformidade com
devemos
.árr..rrrluçáo deve ,", po' três minutos' Nesse tempo' o que queremos e sentimos; caso contrário, estaremos sujeitos à
e de nosso espírito'
buscar un l p.rf.ita integraçáo de nossa mente
depressão. A autocrÍtica nos enche de angústia e nos destrói.
Os egípcios ensinavam AZU BIÚ para aqueles que se aproxi-
mavafil das casas sagradas, templos, a fim de que fossem mais hu-
m.anos e mais elevados.
É bonito podermos nos associar à nossa consciência, sermos
sócios do Grande Arquiteto, do Grande Criador.
)
A noite, em pé, nos concentramos em AZU BIRI com uma vela
atrás de nós, Nossa sombra, com o efeito da vela que ficou às nos-
sas costas, tem que estar refletida na parede.
Então, balançamos suavemente o corpo, deixando que nossa
consciência nos acornpanhe, uma consciência cheia de sentimen-
tos e humanismo.
Como ensinavam os arltigos sacerdotes, as luzes eram colo-
cadas no fundo dos remplos para que iluminassem as costas
dê quem enrrasse neles. Assim, as sombras que apareciam nos

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t24
Rolland
Da Kabala ao Kabashi LIagia e Sabedoria

pisos e nos muros dos templos moviam'se


como grandes consciên-
cias místicas'
SHLEAJ ANE
seja mais sensível' náo im-
Esse Dabraká é para que o homem ENCONTRO COM O TRANSCENDENTE
porta a profissáo qr.r. exerça' Para que' nas relações que ele
"1"
irlti* tàdos os dias, tenha Lrm contato mais humano e que trans'
cenda
-- o mero interesse' Como podemos "ver" o que náo se vê, "escutar" o que não se
será sua cons-
Fuçn* sua sombra com AZU BIRÍ e essa sombra ouve? Como desenvolver os sentidos para captar o que está além
mínimo gesto e nos pe"
ciência. Sintam que ela os acompanha no de nossa tazáo e nossa compreensáo?
quenos atos de sua vida' Através da mística do Dabraká, podemos consegui-lo.
Sentamos e deixamos nossos braços ao longo do corpo e a cabe-
ça caída para trás. Procuramos estar relaxados e totalmente entre-
gues à meditação.
Com grande concentração em SHLEAJ ANÊ, buscamos estar
seguros de que as idéias venham como mensagens.
As imagens que vierem à nossa mente podem converter-se em
realidades de nosso futuro.

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Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria
Rolland

IAMUDANUNIM
ENCONTRO COM A NOSSA MISSAO

Como encon[rar nosso caminho em direçáo à luz? Como sâber


se estamos na senda de nosso destino. Como descobrir nossa mis-
... --,4:. - .

sáo e encontrar o nosso Eu? , íli1.


'lt
IAMUD ANUNIM é a força que ilumina as verdades de nosso 'ê
<i
destino.
Antes de começar a meditação, deve-se lavar as máos como um
ato de purificaçáo.
O horário ideal é entre o pôr-do-sol e a nrcia-noite.
Esta prática é feita voltando-se para o oriente e em frente
à chama de uma vela. A mulher deve estar em pé, e o homem,
sentado, ambos com os braços ao longo do corpo, que sáo levan-
tados lentamente durante a concentração em IAMUD. No mo-
ürento em que os braços se cruzam sobre o peiro, medita-se em
ANUNIM.
Esta prática deve durar aproximadamente sete minutos.
Antigamente, ao sentir,se a luz de uma resposta, comemorava-
se com uma taça de vinho que era colocada simbolicamente ao
lado da vela. Representava um brinde ao "duplo", o nosso Ka, que
trouxe a mensagem esperada.

r28 t29
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabetoria Rrsllttttd

comprovei, através de diversas experiências de laboratório, que unr


MABESH animal, tirado de seu habitat na[ural, sofre de depressáo e chega a
Írorrer de tristeza.
FORÇA DE VIDA E JUVENTUDE Tirdo é a lnesrra coisa, saímos da mesma essência de vicla. Por-
que o mesrro Criador nos criou, temos algo um do outro. E Detrs
tem algo cle cada um de nós.
Os Antigos Hierofantes da Escola cle Prah Otep sabiam que o Deus colocou uma essência na colméia, e a colocou também no
homem carrega duas forças dentro de si, uma que o faz viver e formigueiro, e assirn o{ezna alcaréia dos lobos. Dentro de nós há o
outra que o leva até a lnorte. lobo, mas tambérn existe a flor, o romantismo e o cordeiro. Tbdos
Quando estas duas correntes oposlas se unem, elas criam uma os temos.
energia de contraste, como o dia e a noite, o calor e o frio, o bem e Os Hierofantes ensinavam a combater a corrente do Alesh, a
o mal, o belo e o feio. Este contraste nada mais é que a harmonia e corrente da desrruição e da morte.
a paz frente à força e à discórdia, Eles diziam que as guerras criaclas pelos Homens eralrr serrpre
Assim como há terremotos e tormenras com seus tfovões e re- justificadas eln nolne de Deus ou da pátria. Mas na verdade, o qlre
lâmpagos, também há brisa de veráo, porque é a própria vida que se queria era combater, havia a necessidade de matar.
caffega os seus contrários. Essa é urna força destrutiva, uma íorça da morte.
Os contrastes que existem no macrocosmos, no grande mundo, Dentro de um conceito mais atual, Freud chamou essas íclrças
também existem no microcosmos, que somos nós. contrárias de "instinto de vida e de morte". Ele agregou ao antigo
Se náo existisse a corrente negativa do Alesh dentro de nós, conceiro a palavra "instinto". Ein ladash tajat ashemesh, nada é
náo envelheceríamos e nem morreríamos. novo sob o sol. Tüdo que se cliz hoje, já foi dito onrem,
Entre estas duas correntes, Vida e Morte, temos que buscar a Não tiro o mérito desse grande mestre da psicanálise. O que
harmonia e o equilíbrio através da mística. Gmos que fazer que a pretendo é dar o devido valor aos velhos Mesrres da antigüidade.
força da Vida seja mais poderosa, maior e mais importante do que Os pesquisadores atuais parecem esquecer que a sabedoria do pas-
a força da Morte. sado é muito valiosa e que é muito impor[ante trazê-la ao conheci.
O Alesh se apresenta como depressáo, angústia, falta de vonta- mento do homern atual.
de, como um grande negativismo e, no limite, como um desejo de Quando sentimos um impulso para destruir uma pessoa ou de
morrer e de náo aceitar mais a vida. falar rnal dela, qual é a natureza desse desejo/
Com a corrente contrária, o lado positivo, o homem é impul- Muiras vezes fazemos coisas que podem prejudicar até o que
sionado para a vida, tem desejo de íazer coisas e de amar. mais procuramos: a nossa felicidade.
O Alesh nos leva à dúvida e até a destruir o que mais amamos. O que {azer para que isso não aconreça?
O seu contrário é portador da fé, que constrói e revitaliza. Só com muita mística o conqegr-riremos. Com rnuita rnística,
Estas forças opostas também estáo presentes nos animais. poderemos parar os impulsos qlle nos levam à depressão, à angús-
Assim como os humanos sofrem com a mudança de ambiente, tia e a dúvidas que provocam grandes conflitos.

130 t3l
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rolland

Este estado nos faz envelhecer. Entáo, preci.samos buscar a fé, de lado as coisas, porque náo as pode realizar, ele começa a pensar
que nos faz rejuvenescer, que nos clá esperalrÇa e clue nos faz so- e senLir que perdeu algo pelo caminho.
nhar e viver. Perdeu juventude, anos e vitalidade.
Até nos lnomenl-os diÍíceis da vida, podemos ver cores belas, se E evider-rte que lemos medos em todas as idades. Mas chega um
lutamos para que assim seja. momento em que eles crescern e passarnos a justificá-ios, dizendo
Morremos arites do tempo por causa do Alesl-r, quando deixa- que não podemos cumprir o que nos proplrsemos fazer. O medo da
mos que essa força invada nossa vida e a corte. morte e cle náo conseguir íazer projetos para viver estão sempre
presentes em nós.
Sr-ra influência pode ser percebida na aura, através de uma grancle
Têmos que criar ufira potência de vida diante da morte.
alteração de sr-ras cores.
A decepçáo e a desilusão, assim como as dúrvidas, são cargas
Uma pessoa que se encontra em conflito desrrói tudo que há
negativas que levamos dentro de nós. Com os Dabrakás, nos forta-
dentro de si, enírentando constantemente seLls próprios exércitos,
lecemos diante delas.
a parte boa e posiriva de sua vida, aniqr-rilando-a.
Muitos Dabrakás se realizam ern pé. Como Kabalista, devo vi-
Ela destroça inclr-rsive a essência geradora cla vida, aquilo que ver e rrorrer em pé. Ainda que me encontre sentado numa polmo-
faz o homem se sentír como tal, sentir alegria cle viver e criar, colrro na no momento de minha morte, quero morrer lutando para evirá-la.
capacidade de irnitar verdadeiramente Deus em sua criação. Mas este Dabraká é íeito deitado. Interpreta"se como'A Balan-
Nesse estado de negatividade, o homem perde a sua fé. Não crê ça", Com ele, buscamos equilíbrio. Criamos harmonia interior.
em Deus e em mais ninguém. Não crê nem ern si mesmo. Não Para criar essa potência, unimos um verbo de cinco letras.
pode an-rar. Não enconffa o que e nem a quem dar. Durante sua prática, [emos que senlir que combatemos o Alesh
os egípcios dizlam que aré rresmo Deus tem essa corrente que e que não queremos ter dúvidas cliante da vida. Pensamos: "em meu
se volta contra Ele, quando não consegue ordenar o seu rnunclo e espírito e coln rninl-ra força, tenho que anular esta parte negativa".
fazer as coisas que Ele quer para o Universo. Unirnos cinco letras para criar uma energia harmoniosa. Cada
Pode ser que as religiões tenham chamado esse estado divino de lera é uma potência. Cad:r letra é uma força. Cada qual represen.
Diabo. Glvez seja essa a ínterpretaçáo para os Demônios, Mas o la uma corrente cliferente, uma posi[iva, Llma negativa, uma femi-
meu Deus é um Deus cósmico, é o Deus que tão bem interpretou nina, uma masculina e ufira neutra que Llne as oulras quatro.
Spinoza. Él.,*u essêncía que transcende a simples personificaçáo. O antagonisrno, a oposiçáo cria a energia. Nem clois homens,
nem cluas mulheres podem criar uma vida,
É táo grande, táo importante, que náo se limita a um noure, a
É .orrto s. forr.Á quatro direções, se as unirmos, poderemos
r,rma palavra ou a um conceito.
conseguir energia para lutar contra a'dúvida.
Quando o homem chega a uma certa idade, começa a ter dúvi- Ao deitarmos, fecharnos a máo direita e cleixamos aberta a es-
clas e daí também começa a ter insegurânçâ. Têm medo porqlre
qr-rerda. Com isso, buscamos urna polarizaçáo5 dentro de nosso
sente que seu fil está próximo, e, diante dele, sente-se frágll. corpo e, daí, começamos a concentração.
Fisicamente, já não é mais o ürestlro, náo lem o rendimento de A prirneira letra do Dabraká é MEM (M). Tomamos essa lerra
antes, o que traz corno conseqüência a insegurânça em muitos pla- como elemenlo "ágLrà", que é negativo e, ao rneslno tempo, forma-
nos cle sua vicla. Quando fazia tudo, sentia-se jovem. Quando deixa mo§com ela um toclo, um polo que é positivo.

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Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rolland

O MEM (M), como pertence ao elemento água, é o mais nega-


tivo, tnas dentro das posições do Alesh, são os maiores negativos
que precisamos transformar em positivo.
Quais seriam entáo os pólos negativos? Os opostos, os que des-
cartamos como grandes positivos.
Os negativos não podern ser usados como tais, porque têm mui-
ta força e por isso nos desequili.bram,
A rraneira de unir nossá mente às letras é formar o Verbo, o
Dabraká. Estes Verbos fazem parte dos misrérios no interior dos
segredos da Criação.
//
,/,
Quando nos concentramos na letra MEM, devemos senrir frio tk)í
-/
-o_:-J
/,
na máo esquerda.
Depois, colocamos o ALEF (A), Unindo o MEM (M) ao
ALEF(A) temos MA (MA). Assim conseguitnos o fogo. Abrimos
# _/ f-

e íechamos a mão esquerda durante a concentraçáo.


Nos preparamos para entrar no BETH (B). A partir desse mo-
mento, náo movimentamos mais a máo esquerda, que permanece-
rá aberta.
O BETH é um elemento que une os díversos minerais de nosso
organismo para criar uma força.
Em seguida, chegamos ao EIN (E), que corresponde à vegeta-
ção, a grande força da natureza.
Por último, entramos no SHIN (SH) de Deus unido à vida.
MABESH é o Dabraká para lutarmos contra o Alesh, contra
aquilo que nos leva à destruição e à morte; para derrotarmos a
dúvida, para creÍrnos, termos Íé e vencer nossa corrente negativa.

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Da Kabala rto Kabash: Magia e Sabedoria RoLland

MASHEPILIM ASHGUJA AI.{EKET


AUTO-ACEITAÇAO PARA COMBATER O NEGATIVISMO

A harmonia é o único caminho para se alcançar uma cota de A aura tem uma grande capacidade de comunicação, ela trans-
felicidade, através de um lindo sentimenlo de paz interior' mite sentimentos e emoções setrl necessídade de palavras.
A auto-aceitação influi, por sua vez, na aceitaçáo do que está A vidência é um exernplo desse fato.
ao redor. Ajuda a ter um rnelhor relacionamen[o no casamento, Muitas vezes, há um grande entendimento enlre as auras.
coln a família, eln nosso an-rbiente de trabalho. À, u.r.r, gostamos cle esl-ar com aigumas pessoas, nos sentitnos
Com a grande força de MASHEPILIM, conseguiremos umbom bem ao lado delas, No entanto, com outrâs, desejamos deixá-las,
relacionamento em todos os aspectos de nossa vida. sair cle sua colnpanhia, queremos ir embora o mais rápido possível.
FazemÕs essa meditaçáo, sentados em frente a uilIa vela, com as Ainda assim, quando saímos de perto delas, nos sentimos sem âni-
rnãos sobre os joelhos. mo para nada.
Antes de nos concen[rarmos nessa palavra, projetarnos o que As auras se rejeitam. Por isso, muitos casais discutem e chegam
querernos alcançar para nós lrleslnos e para à nossa relaçáo com as ao ponto de não se suportarem mais. Um absorve a negatividade
pessoas que nos rodeiatn. do outro e sente-se mal. Por utrl fiIecânismo de defesa, colno se
íosse um instinto de conservação, há um protesto que gera
agressividade ou uma discussão constante.
Em geral, temos uma rendência narural a evitar os encontros
corn quem nos absorve energia. Essas pessoas, que chamamos cle
"negativas", têm um desequilíbrio, oride o polo negativo predomi-
na sobre o positivo, car-rsando-lhes perturbaçóes em todos os pla-
nos de sua vida.
Os antigos egípcios usavarn a palavra ABUBONET para ex-
pressar o negativismo. Em seu idioma, significava a pessoa que "pet-
deu sua boa sorte dentro de um poço de âgua". Alguém que tinha
sido afetado pela inveja e que constantemente enfrentava problemas.
ABUBONET diziam os egípcios, era uma enferrnidade tão rris-
te e táo dramática que podia alé mesmo levar à morte alguém qr-re

fosse afetado por ela.

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RolLand
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria

que a
Agora, charnamos tal estado de negativismo' ou dizemos
p"rrJ^ acometida desse mal está " carregada ", porque tuclo
na sua AZUR
em casa'
uidu ,. rompe: perde seu trabaiho, nuncâ há dinheiro ENCONTRO E ELEVAÇAO
vida está
uprr.."--the problemas e nunca soluções' Toda a sua
ou
piri.rrUrau, pod" chegar a sofrer uma inflr-rência paranormal
até uma maldiçáo.
Como podemos nos encontrar? Como achar um caminho de
ABUBONET é uma erva daninha, uma praga que contlnua luz e de místical Como conseguir utna maior elevação e superar o
crescendo à nossa revelia. Destrói a economia, destrói o amor' cles-
apego que terxos às coisas materiais?
ffói a casa, destrói os filhos, destrói tudo' Muitas vezes nos sentimos ameaçados, como se estivéssemos
Por meio de forças místicas, os antigos egípcios
conseguiam der-
essa sabedoria sendo perseguidos numa selva, onde pessoas em quem anles confi-
rubar esse inimigo do homern' Hoje, conservamos
uma ávamos, hoje nos decepcionam... A essência desse problema é a
de mais de três *il u.ro, para proteger'nos do ABUBONEII'
dentro dele' forma de vida que levamos e a nossa moral. O hornem carece de
calarnidade que entra em um lar e perturba tudo princípios e espíritualidade. Faka-lhe humanismo e sensibilidade.
de sal marinho
Peia manúã, bem cedo, colocamos uma colher
em ASHGUJÁ Com tantas carências, ele se tornâ constantemente agressivo e ri-
sobre um pedaço de linho, nos concentrando
val dos que o cercam. Em permanente luta, tenta proteger-se e
ANEKET enquanto o envolvemos no recido'
atrás da por' defender-se dos outros.
lJrna vez f..hudo, colocamos o saquinho com o sal
Podemos re- Sem perceber, todos nós nos fazemos cúmplices desla situação,
ta de entrada de nossa casa, para sair o negativismo'
nos transformando em folhas secas que o rio leva. Gmos necessi-
petir esta prática Llma vez a cada fase da lua'
^ o ABUBONET é compreender um dos grandes
dade de sair desse conflito e buscar uma porta ou, ao lnenos, uflla
Co*pr.ender pequena janela para respirar ar pllro e fugirmos do caos.
males que mais afetam a nossa sociedacle'
Hoje, é provávelque o homem enfrente uma guerra com o seu
rneio, muito pior do que a que enfrentou em ouffos tempos em que
havia mais princípios, mais religiosidacle e mais crenças.
Muitas vezes eu me sinto arrasado por estâ sociedade. Mas, afi-
nal, parricipo clela. E, quanclo me olho, percebo que sou igual aos
outros. Então, eu digo: não pode ser! Eu cenho que ser diferente.
Esse é um problema que afeta a cada um de nós. Náo é falta de
personalidade, mas a grande necessidade de sobrevivência, dentro
de uma sociedade de consumo, com crenÇas, princípios e até mo-
ral convencionais.
Isso nos leva à perda de nossa identidade e do que autentica-
mente queremos r.r. É um conflito de todos os tempos, contra o

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Da Kabaltt ao Kabash: Magia e Sabedoria

Shumaré clizia que existia uma estrela para a arquitetura, úma


qlral grandes heróis, grandes soldaclos perderan"r a batalha. Tàrn-
para a rnís[ica, Llma para a saúde e que cada uma transmitia um
bérn sou um soldado que perdeu a batalha frente a esta realidade.
perdi batalhas, mas náo a glrerta. Sigo lutando e seguirei, enquan- ensinamento, É .orro se, através desses munclos táo distantes e
desconhecidos, existisse uma sabedoria rransmitida para melhorar
to [iver vida, para ser quem eu sou, ser o que quero ser e seguir
a vida,
meu camiuho.
Nosso problerna é náo escutarmos as esüelas ou nos esquecer-
Muiros de vocês devem sentir e pensar o mesmo e sofrer esta
mos de olhar para elas.
crise de diferentes maneiras. Mas o importan[e é ter esperança, ter
Vou ensinar um Dabraká para criar urna grande força dentro de
fé de que vâmos sair dela mais adiante.
nós, levando-nos a irnensas transformações. Com ele, podemos
Relordo-rne de um Grande Mestre que se chamava Even Gabirol
Tinha superâr até mesmo os nossos problernas de saúde e suporlar a con-
e que estudou mui[o a Kabala. Era matemático e astrólogo.
mundos e vivência nurna sociedade que nos rouba a sensibilidade para rece-
a iàeia cle clue toda a nossa inteligência vinha de outros
que setrl ela seríamos animais. ber mensagens das estrelas.
É um Dabraká de ajr:da e de muita fé.
Ern algurnas das poucas mas belas páginas que escreveu e qlle
Há uma lenda que os antigos egípcios contavam às suas crian-
foram maduzidas para o hebraico, ele nos fala de como o homem se
iluminor-r ar.avésàas estrelas. Ele diz que, cerrando os olhos frente ças. Qr-rando perguntavam aos ser:s pais porque as águias voavaln
ráo alro e as pombas náo chegavam tão longe como elas, a resposta
a essas "Kojab", encontramos a luz e a chave de nossa inteligência.
dos pais, embora eu não conheça a história inteira, era, em essên-
De um ponto de visra religioso, tal pensamento se une a Deus ou
vem do céu' Mas se formos cia; "a águia teve fé, por isso pôde cl-regar até a montanha".
Jeová, para expressar que a inteligência
mais aten[os, verelnos que ele nos fala de uma linguagem que as
O que quero dizer é que clepende de nós sermos pombas ou
sermos águias, para voar muito ako dentro da mística.
eslrelas nos ensinaram.
Eu tenho uma janela para o céu e procuro olhar para ele quan.
O Falcáo tarnbém era muito importante como símbolo, no An-
do necessito. Se o visse todos os dias, creio que deixaria de ser táo
tigo Egito, pela altura que atingia e pelo seu vôo reto. Elevar-se
corn retidão é, sem dúvida, tima grande condição.
importante. Existe um momento para cada coisa, um momento
olhar o céu' O Dabraká pode ser feito em qualquer lugar e posição. Não é
- procurar a Deus, uln momento para
para
que queria dizer, através de necessário acender uma vela. Mas a luz da vela tem que estâr em
Eu"r-, Gabirol expressa muito bem o
seu pensamento, vocês têm que buscá-la na mente e vê-la.
sua poesia: "câda estrela ensinou-me alguma coisa"'
Existiu rambém, no Antigo Egito, urn escriba chamado Shumaré, A prirneira concentraÇáo é ANER ASHMI. Se, através dela,
viveu na época ramesisla, que dizia algo muito parecido: " Em
qr_re
vocês náo consefuirem enxergar aluz, não poderão continuar.
cada estrela 1-rá um mundo, há vida e um ensinamento'" Em seguida, iniciamos uma au[o-reflexáo a respeito do que de-
sejamos alcançar. É irrportarrte pensar nos problemas que quere-
Shurnaré e Even Gabirol uniram-se depois de quase três rnil
rnos superar.
anos, Os dois olharam o céu para aprender com ele'
Eu náo busco mensagens nas estrelas, acredito que elas trans' Primeiro, ANERASHMI para buscar a luz. Se tiverem dúvidas
mitem sabedoria. ao fazê-lo, náo irão conseguir um bom resultaclo.

141
140
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria I
I
Rolland
I

I
Depois que vkem a luz, vocês faráo a grande meditaçáo.
Com AZUR, vocês iráo ter a sensaçáo de que estão levitando.
Concentrem-se nessa palavra até se perderern em suâ menLe, em
TOU BRUK
seu espírito. Vão sentir o vôo... a superação... PARA VISUALIZAR AS CORES DA
AURA

Quando queremos ver â aura normal de uma pessoâ, existe


rlma
concentração que, a princípio, pode captar
as cores de nossa pró-
pria aura. Mas é arravés de nossa propiia
ruz que ,,uiu À.ir*.,.,r.
chegaremos ao outro, porque entramos
nurna mesma dimensão.
O Dabraká para ver a aura é TOU BRUK.
colocamos nossas mãos na artura do peito,
com as parmas para
frente e nos concentramos em Tou BRUK,
com os olhos fecrra-
dos, uma vez que vamos enxergar com
o terceiro olho,
A pessoa para quem olhamos deve estar a" p".ni. -'
Essa prática deve ser realizada à noite,
ou durante o dia, em um
lugar sem luz natural, porque a luminosidade
dificulr,
mos as cores da aura. ".,*.rgrr-
Ao nos concentrarmos, primeiro veremos uma
luz similar à cha-
ma de uma vela. Nela, aparecerão as cores,
qr. , pri".rp. p"a.*
ser as nossas, mas depois veremos o que
nos propus.mos obs"rrrrr.

142
143
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rolland

reumático, urna nevralgia or-r ou[ra dor que não seja um problema
SHLISHIN ATOR crônico de saúde, podemos dirigir a energia ao lugar afetado.
Após a rnediraçáo, aplicamos os cledos indicador e médio da
PARA CRIAR ENERGIA E DIRIGI.LA rnão direita no lugar onde há a dor.
se acendemos urna veia para fazer esta experiência, o efeito é
muito mell-ior porque damos a ela um caráter místico e nossa alma
A ahna é o centro da vicla, é seu motor, se harmoniza.
Ao dialogannos corn nossa Alma através de um Dabraká, o "idio- Há um alívio da dor.
ma" que ela pode compreendeq desenvolvemos energia para con- Esta prática é para que vocês possam gera! essencialmente,
seguir o que desejamos, energia para fortalecer sua âura e, ao mesmo tempo, levá-la aos
Por exemplo, se o que queremos é uma maior força para nossa lugares onde haja necessidade.
aura, vemos que se pode obtê-la unindo-se a po[ência do Dabraká
a elementos cliferentes.
Se colocamos a mão direita em um recipiente de cobre e a es-
querda em outro recipiente, tarnbém de cobre, porém contendo
água, criamos uma polarização em nosso organismo, sem nenhurn
tipo de Dabraká.
Se a isto agregarmos um recipiente grande con[endo sai, no
qualapoiamos nossos pés descalços, formaremos o "triângulo egíp-
cio dos elernentos", obtendo assim uma maior força energética.
Em que tipo de recipiente colocamos o sal?
Pode ser de madeira, ferro, louça, ou cerâmica.
Enrão, nos posicionarnos corrr os pés sobre o sa[, a rnáo direita
apenas no cobre e a esquerda no cobre com água, e nos concentra-
rnos err SHLISHIN ATOR.
Para urn rnelhor resultado, devemos estar vestidos com roupas
de fibras naturais cle linho, lã ou algodáo. Gmos que evirar os
materiais sintéticos e as anilinas o que, lamentavelmente, é co-
.mum
encon[rarmos hoje em dia, já que a roupa, os calçados e até
a comida os con[êm. Vivemos em uln laboratório e, por mais que
queiramos, é difícil sair dele e viver naturalmente,
Fazemos a concentraçáo ern SHLISHIN ATOR durante
i
l alguns minutos. Depois, se tivermos alguma dor, um problema

!
t44 t45
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria
Rolland

ensrnamentos e que não os tenha compreendido, os


tenho tomado
KALAF MEM ARETZ para rnim, porque não sou o juiz que decide o que
é ou não correto,
principalmente no que diz respeito ao que é transcendente.
Êxro No PLANo MATEzuAL

êxito e realizaçáo no plano mate-


Essa rneditação destina-se ao
rial, para que nossa colheita seja farta, para termos motivação e
esperanÇa naquilo que estamos construindo.
Ao longo dos tempos, a "colheita", que hoje podemos traduzir
por empresa ou [rabalho, foi uma das grandes preocupações do
homem.
Antigamen[e, existia uma tradiçáo de colocar um punhado de
trigo envolvido ern um pano vermelho, no cháo, e durante três
minutos meditava-se ern KALAF MEM ARETZ. Em seguida, fe-
chava-se o tecido coln o trigo e deixava-se na porta da casa ou no
campo, corno um sinal de vida para o momento de semear e cle
colher.
Tiês vezes durante a semana, energizava-se o trigo pas-
sando as mãos sobre ele, concentrando-se no Dabraká para dar-
lhe vitalidade.
Esta prática exercia uma influência psicológica em quem a fa-
zia, dando ânimo e auto-convencimento para lutar. Representava
um motor de fé, tão necessária em tudo que íaz o homem.
Como funcionava esse pano com trigo? Não sei. Mas durante
muitas dinastias do Antigo Egito, praticou-se esse costume. Quando
uma tradiçáo é preservada é porque ela é útil.
Hoje, no século XX, custa-nos acei[ar esses rituais. No entanto,
conseryamos tradições e crenças de épocas muito distantes, as quais
clistintas filosofias e religióes têrn dado especial valor.
Nem eu sei o porquê de rnuitas coisas, mas sempre tive o maior
respeito pelos "Mestres do Tempo". Ainda que me tenham dado

t46
t41
ÍlolLttrtcl
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria

Para todos os homens interessaclos em fazer o bem, o Dabraká é


MISHELEI ATZADIK.
MISHELEI ATZADIK A palavra ATZADIK significa "jusLo".
GOVERNAR COM ]USTIÇA MISHELEI quer dizer "a grancle corrente do rio sagrado".
MISHELEI ATZADIK é também para aquele homem que, sen-I
ser presidenle de um país, governa a sua própria casa'
que vem do
Quero falar sobre um Íelato histórico e místico Uma pessoa que tem gtandes responsabilidades, muitas vezes,
Antigo Egito. necessi[a de forças para levá-ias acliante. Aiém clisso, quer ser justa
Ak.rrutor"r realizou a primeira revoluçáo religiosa dando origem em sua casa e tarnbém qller que sua voz jusla e honesta seja consi'
às grandes religiões monoteís[as atuais: a judaica, a cristã e a mu- derada para qlle f-iaja harrnonia em seu lar.
çrl*uru. As três nasceraln dessa revolução que se contrapunha Antes de falar sobre a forrna de fazê'lo, gostaria de dizer'lhes
ao politeísmo e a Amon Rá. algo mais sobre as suas finalidades e em qlre outra situação pocleria
Mas Akenaton, quando reinou, viu-se pressionado pelos sacer- ser aplicaclo.
dotes de Têbas, contrários ao monoteísmo. Então, ele buscott , atta' Muitas vezes, 1-rá injustiça eln nosso lar e nos sentitnos realtnen-
vés de seus sacerdotes e através de seu deus Aton, inspiraçáo para te afetaclos por ela. Então, nos pergun[al-rlos: como lutar conffa
poder governar corn força, apesar das pressóes dos vários setoles isso? O que íazer para que o que dizemos tenha valor?
poliri.or que o rodeavam naquela época. Queria poder dirigir com Há siruaçÕes em que nos acusam de algo que não fizemos ou
leis boas e jus[as para que o povo vivesse bern e náo numa sifuaçáo sentimos qLle nos olham de maneira inquisitiva. As vezes, senti-
tão desigual como até aquele momento vivia. lnos qLre estamos cotrl a verclade, mas lemos tanlas oposiçóes que
A dinastia xvlll foi revolucionária e viveu uma guerra inlerna náo sabemos como prová-la.
em que irmáos se enfre,tavam por essa situação religiosa. Mas o As acr-rsaçóes náo giram apenas em torno cle uma apropriação
mais importante é que Akenaton reinou com grande firmeza sobre indevida ou de uma fraude, mas há si[r-rações que clizem respeito à
o Alto e Baixo Egito. Esse Dabraká qr-re vamos aprender conlri- nossa vida privada, como por exemplo, a infidelidaile, e aí nos da-
buiu para que assim o fosse. mos conta cle que nossâ felicidade eslá a ponto de ruir. Senlimos
Em muitos momentos de minha vida, tive oportunidade de co' que tr-rclo está contra nós e que a dúvida é nossa companheira.
nhecer hornens que cumpliam funções em diferen[es governos, e Como podernos demonstrar Llma verdade, se não telnos como
em nossas conversas surgia esta pelgunta: como se pode g6vernar prová-la? Com este Dabraká.
fren[e a forças contrárias que geram tantos obstáculos? Este Dabraká ajuda a iluminar a mente dos que dr-rvidarn ou clos
. Não exislem apenas as influências políticas, mas também a in' qlre estão contra nós, justa ou injuslamente, com ou sem amor,
veja, a negalividade, que pocle até rnatar o governante ou rnandá- com inveja oll com ódir:. Como lutar contra essas pessoas que se
1o para a UTI de um hosPital. conver[eln em nossos inquisidores? Ainda que, às vezes, não quei'
Quanto me agradaria qr-re os dirigentes, que estáo à frente do ram nos destruir, inconscientemente o fazem'
goverllo de seus países, pudessem inspirar-se em um Dabraká qr-re O qr-re vou ensinar, cotno Mestre cle mística, é para que vocês
além da forçatraz a jusriça. náo o uselrl âpenas pela força que pode gerar, mas também para ter

149
148
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rollan.d

humanismo e inspiraçáo. Usem-no apenas quândo a injustiça os


rodear, no lugar onde vocês rêm que governar, em casâ ou na em' SHUMAT ADEI\trE
presa, onde sabem que sua voz será justa.
CRIATIVIDADE
Não o utilizem por capricho, por egoísmo, pol arnbiçáo ou por
vaidade de mando. Façam-no apenas pela verdade.
Tomem um tecido negro e cubram as pernas no lnomento em
que se sentarem no chão, em posição oriente.
Há muitos anos atrás, li Henrique Heine, um lírico, vercladeira-
Os antigos sacerdotes do Egito diziam que a cor negra, usada na
mortalha, foi eleita como símbolo de purificaçáo, porque a tnorte é mente famoso por suas "lieder", Uma delas me impressionou mui-
o momento mais puro que o homem pode experimentar, porque já
to, jamais pude esquecê-la. Era um canto que escreveu e clue se
chamava "Mulher Desconhecida".
não tem ambições e desejos.
O tecido tem que ser suficiente para cobrir o sexo. Depois, unam Lembro-me de que esse canto, em si, encerrâva toda uma lírica
as suas máos, entrelançando'as com força'
cheia de mistério.
Com uma vela acesa na direção do oriente, pensem no bem que Gostaria muito de perguntar a Heine se essa mulher realmente
irá.o {azer e que a es[rela que os guia pertença a MISHELEI existiu erl sua vida. Mas, se eia náo foi conternporânea a ele quan.
AIZADIK. Dessa forma, ela também será a estrela da justiça' do escreveu seus versos, com certeza teria existido em outra vida.
Antes dessa prática, vocês devem realizar uma outra concen- Por que amou tanto essa rnulher desconhecida, náo seria ela a mais

tração; HASH AMAAT para que suas palavras sejam verdadei- conhecida de todas ?
ras. Depois, meditem em MISHELEI AfZADIK sete vezes. Sin' Mas havia outro canto de Heine, "O cavalo de fogo". O con-
tam-no sete vezes em seu coração. Assim, o êxito será garantido' ceito que demonstra em sua lírica, poderia aproximar-se à visão
de Ezequiel6 do Carro de Fogo. Nele, há algo de misterioso e aré
de rnágico, porque nos fala do simbolismo de um cavalo que
podia voar.
Ele o via quando estava deitado. Na escuridáo da noite, através
de sua janela, avistava ao longe uma luz no céu, que se movia e
que oferecia ao seu olhar todo o aspecto de um cavalo.
Depois daquela visáo, ele sentia surgir uma poesia.
Como podemos explicar isso? Que fenômeno é esse de um "Ca-
:, valo de Fogo" que podia inspirar um poeta?
Se percorrelnos a literatura alemá, em seu aspecto paranormal,
.-:i, ($,,=';:
.. fr.
tl esotérico ou místico, por assim diz"er, temos que mencionar Goethe.
LT
d» Um gigante que ninguém pôde superar. Ninguém pôde ser maior
do que Goethe e acrediro que se passarão anos até que apareça

150 15r
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rolland

outro homern capaz de igualar-se a ele. Li suas obras, como Wertheq Mas, o mais interessante é que Schiller confessa que ao criar
Gotz Berlishinger e, em especial, Fausto, German e Dorotea e[c. sua obra-prima "Os bandidos", ele acendia uma vela e fazia uma
Em Fausto, vi como Goethe quis negociar corn o Diabo, com concenúação para inspirar-se.
Mefistófeles, e vender sua alma por causa da rnulher que ele amava. E possível que l-ivesse uma combinação de Kabala, já que foi um
Podernos nos perguntar por que quis {azê.-lo. Possivelmente, kabalista, essencialmente, um grande místico.
pensou: "para que me serve uma alma, se náo tenho a quem amar?" Náo sei se a combinaçáo que vou ensinar a vocês é a mesma
Or-r será que acreditava no destino, já que, em uma carta de que fazia Schiller. Mas vou ensinar um Dabraká para conseguir
'Werther
a Carlota, escreve palavras mui[o especiais: "eu não inspiração, para que o homem possa ser um criador. Tànto no tra-
creío em um a[ror que não seja um amor de destino", diz balho, como no plano ir-rtelectual e afe[ívo, criar é crescer e viver.
Goetl-re, e acrescenta: "porque um amor sern desrino é um amor O Dabraká é SHUMAT ADENE. Para praticá-lo, deve-se sen-
que nLrnca existitr." tar diante de uma vela acesa e, assim, permitir-se voar. Essa medi-
Quanta irnportâncía tem a profundidade deste gigante da lite- tação é uma ajuda em qualqr-rer plano da vida em que se coloque a
ralural Quanto nos ensina... mente e o coraçáo.
Para que nos serve a alma, se náo temos o amor?
Dentre os grandes escritores alemáes, podemos falar de Schiller,
qlle tamllém era um lírico e ao firesmo tempo um místico, um ad-
mirador cle Cervantes, um admirador da loucura qlle carregamos
dentro de nós e que é tão importante para nos identíficarmos colrr
os sonhadores. Schiller nos fala da "mulher de púrpura", assím era
chamada a rnulher dos seus sonhos.
Dizia que essa mulher chegava através do rúnel do tempo.
Que bonito encontrar "o túnel do tempo" numa época onde se
começava a adorar o Deus Razáo.
Essa rnulher vesticla de púrpura representava, para Scl-riller, a
magia. Dizia que, enquanto para outros autores apareciam sírnbo-
los que os faziam criar, para ele, a rnulher de púrpura era sua grân-
de Íbnte de inspiraçáo.
Com certeza, os críticos de literatura não deram muila impor-
tância a este conceito. Mas eu, como místico, busquei a sua essên-
cia e a encontrei na magia dessa mulher, que o comovia e o levava
além da razáo.
A última coisa que disse em seu leito de morte foi: "Se náo fosse
essa mulher que sempre vi, mas nunca conheci, o que seria de mim?"

152 153
Da Kabala ao Kabaslt: Magia e Sabedoria Rolland

SHEMET APTU MU SHET


ANSIEDADE PARA COMER PARA COMBATER O STRESS

Um grande médico da dinastia XVIII, chamado Mern Ptah, Quero ensinar um Dabrakâ para quando nos sentirmos sobre-
continuador da Escola de Ptah Otep, recomendava a seus pacien- carregados, estressados, muito nervosos ou emocionaimente mal.
tes com tendência à obesidade, que se banhassem em água quente Para quando quisermos estar bem conosco e com os olltros.
com sal, durante meia hora, e depois se deitassem com muitas rou- A concentração é MU SHET Ela é muito anriga, poderíamos
pas para transpirar intensamente. Esta receita náo podia ser apli- dizer que ela vem das pirâmides.
cada em enfermos cardíacos. Podemos praticá-la em vários momentos do dia; à noite, para
Além desse tratamento, Mem Ptah aconselhava a prática de náo termos pesadelos e conseguirmos ter um bom descanso; antes
um Dabraká muito especial para cortar a ansiedade de comer' das refeições, para não gerar ou agravar uma gasrrite através de
A desconformidade consigo mesmo e a autocrítica geram uma nossos estados emocionais; ou pela manhá, antes de começarmos
grande ansiedade. Existe uma necessidade de ingerir algo constan- nossos afazeres e obrigações,
temente e de procurar uma auto-satisfaçáo através da cornida, já Viramos para o oriente e cruzamos os braços sobre o peito. Os
que faltam outras coisas. Muiras vezes, as carências ou insatisfa- homens devem estar com as pernas afastadas, e a mulher, unid:rs.
Fechamos os olhos. Podemos acender uma vela a nossa frente, se
ções no plano aferivo, na intimidade, buscam soluções na comida'
O Dabraká de Mem Ptah praticava-se à noite, antes de se dei- quisermos.
tar, clepois de um banho de purificaçáo 7, cruzando-se os braços Com uma vela, sempre temos companhia, o desconhecido nos
sobre o peito e rneditando-se em SHEMET APTU. acompanha. Esse algo ou alguém que muitas vezes nos ajuda e nos
orienta, e até mesmo nos salva, quando estamos frente a um perigo.

t54 155
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rolland

ATISH ZIBEK
SENTIR A PESSOADE NOSSO DESTINO

Este é um Dabraká que nos orienta quando nos sen[imos atraídos


por ufira pessoa e queremos saber se ela perrence ao nosso destino'
Em sua linguagem, é como se o Dabraká perguntasse: "alma mi-
nha, tu sentes a alma dessa pessoa que conheci, já estive unido a ela?"
Vamos sentfu o "Não" ou o "Sim"' Ainda que náo acreditemos,
sentiremos muito profundamenfe que uma resposta irá surgir .
Para fazer esta consulta, tetnos que conseguir uma grande
integração com o Dabraká, para que ele nos permita chegar a nos'
sa alma e senti-la. Alérn de nos concenffarmos nessas palavras,
terros que viajar através delas ao mais profundo de nosso se6 dei-
xando de lado nossa consciência, nossa tazáo, que sempre nos
condiciona e nos limita em nossas experiências rnísticas.
Têmos que nos libertar clos pensamentos munclanos e domésti-
cos, cleixar em branco nossâ mente para enlrarmos na luz e na
força do Dabraká. Antes de praticar uma mística táo elevada, te-
remos que meditar muito bem.
ATISH ZlBLKrealizamos à noite, sentados sobre o piso, com as
pernas cruzadas, frente a utna vela acesa'
Nesca posiçáo, consullamos a nossa alma sobre a pessoâ que
sentimos e que pode ser nosso destino. Fazemos durante sete clias
seguidos, à mesma hora.

156 151
RolLand
Da Kabula ao Kabash: Magia e Sabedoria

SHU SHAT
REENCONTRO

Este é o Dabraká para reencontrar alguérn a quem queremos,


mas que perdemos através clo tempo e da distância, seja urn filho,
um amor ou alguém com quem estivemos casados.
Queremos que essa pessoa se aproxime de nós, ou que dê um
sinal de vida, de interesse'
É ,- Dabraká que os antigos camponeses usavam. O "felah
ajadesir-', o camponês sagrado, que coln suas máos cheias de ener- 'l:.i,t.
rii$Í
gia curava os seus irmáos' 'ü
Não se conhece bem a procedência desse Dabraká. Alguns cli. é,

zem que José o levou para o Egito, ulna vez que, à distância, queria
recordar seu pai e sua teffa.
SHU SHAT é para reencontrar um amigo que há muito teffIpo
náo vetnos.
Praticamos o Dabraká na posiçáo oriente, com os braços crüza-
dos sobre o peito. O homem com os olhos abertos e a mulher, fe-
chados, frente a uma luz.
Concentrados etn SHU SHAI colocamos o desejo guardado ern
nosso coração de reencontrar esse alguém que há muito não vetnos.

,9 lt:.
11.
Àó

159
158 I
I
L
Da Kabala cLo Kabash: Magia e Sabedoria Rolland

ME AT ANE MISHALA
ORIENTAÇÁO PARA OS JOVENS ELABORAR SirUAÇÕsS QUE NOS DESTROEM

Este Dabraká é para os jovens que necessitam ter força para Em nossas vidas, exis[em situaçóes que gostaríamos de apagar
lutar contra a corrente que os arrasta para caminhos que r-ráo clese- no plano consciente, como também grandes traumas que estáo
jam seguir. alojados em nosso inconsciente.
ME AT ANE é para que eles possam se enconttar e conquistar À, ,r.r", queremos esquecer coisas que não conseguimos es-
um equilíbrio dentro de seus lares. quecer ou afrancar o peso de fatos que nos perseguem constante-
Muitas vezes, os jovens se distanciam de suas casas, porque náo mente.
suporlam determinadas situaçóes. Queremos superar um engano, uma frusrraçáo que não nos dei-
E às vezes, me pergunto: fogem de seus lares ou de si mesmos? xa viver em paz.
ME, ÂT ANÊ é um Dabraká apropriado para aqueles que se Podemos conseguir essa paz, esse esquecimento que tanto ne-
encontram clesorientados e até fugmdo de sua própria realidacle' cessi[amos, se dermos magia ao MISHALA, através da força de
A prática é feita fiente à luz de uma janela, enquanto há sol, ou nosso coração.
frente a uma vela. Os braços clevem se cruzar sobre o peito. O Todas as noites, antes de deitarmos, nos sentamos no cháo e
homem deve estar com os pés separados, e a mulher, juntos. frente a uma vela acesa, enlramos nesta profunda mística que che"
É um Dabraká muito antigo, pois, em todas as épocas, o jovem ga alé onde nem sequer imaginamos.
tem procurado encontrar a si mestrro e ser compreendiclo. Assim, nos concentramos; MISHALA, esquecimento,
MISHALA, paz, MISH ALA, um bálsamo para nossas feridas.

r60 161
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoría Rolland

JOLEB AMITA
SAUDE

Este Dabraká é para ajudar uma pessoa que está passando um


momento difícil no plano da saúde, quando está mal ou até paira
uma ameaÇa sobre ela.
A concentraçáo é JOLEB AMITA e se pudermos aplicá-la di-
retamente na pessoa enferma, seu efeito será maior. Mas se náo for
possível, utilizamos uma vela e através de nosso Ka, de nossa alma
e nosso espírito, da mesma forma chegaremos ao cloente.
Se náo estivermos próximos da pessoa a quem queremos ajudar,
nos sentamos no cháo, frente a uma luz de vela e apoiamos as
máos sobre o joelho. Mentalizamos o nome da pessoa e seu rosro,
entrando na mística da concentraçáo. Nesse belo transe em que
nos transportamos, sentimos que somos verdadeiramente instru-
mentos de ajuda.
Se estamos diante do doente, tofftamos sua máo direita, e nos
concentramos três vezes emJOLEB AMITÁ. Depois, tomamos as
duas mãos, direita com direita e esquerda com esquerda, e volta'
mos a repetir três vezes o Dabraká: JOLEB AMITA... JOLEB
AMITA... JOLEB AMITA...

t62 163
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria

Quantas vezes, sem saber porquê, entramos em estados


LU BEH HARAH depressivos e buscamos justiÍicativas no plano psicológico. Mas não
está aí o motivo. É qr. estamos desconec[ados dessa força tão ne-
TNTEGRAÇAO COM O SOL
cessária, ou seja, nossa própria energia.
Como pode uma planta viver sem o sol?
Há muitas formas de sentir essa energia maravilhosa. Ela não se
No Antigo Egito, considerava"se que o sol era a fonte e a essên-
cia de nossa energia. O ponto mais irnportante de nosso sistema. A manifesta apenas no plano físico. Da mesma forma que a lua, ela
essência do homem é solar. Nosso sol tem urn movimento interno tem uma influência invisível.
a cacla onze anos. Quando cumpre duas etapas de onze, ele entra O homem, atualmente, pelo menos em sua grande maiorià, não
u
"sente"t, o sol.t L,
í i.
ern grande magnetismo e força. A cada vinte e dois ciclos de onze indiferenre a todas as essências da criaçáo. Perdeu,
anos, o sol emite cargas que inflr-rem sobre a humanidade, e que e continua perdendo cada vez mais, o contato com o universo.
até podern ser negativas. Nas terras de Kem, os sacerdo[es diziam aos fiéis que iam ao
O egípcio observou o seu Deus Rá, o Grande Criador de seu templo: "Queremos que cada um que chegue aprenda o Dabrai<á
sis[ema. Náo devemos deixar de lado o sistema em que vivemos. para náo perder-se da natureza. O dia em que vocês morrerem, seu
Têmos que ser naturistas, sentir a na[ureza dentro de nós e não coração será retirado para que possam voar e desprender-se da vida,
sermos artificiais. daquilo a que se apegaram, para servirem a queül devem servir.
O homem é regido por ciclos lunares, qllel na mulher, se mani- "Será colocado no lugar do coração, ufir escaravelho, o símbolo
festam em sua rnaternidade e em seus períodos férteis.
da inreligência, da grande força que constrói, que eleva, que vai
Tüdo clue tem vida está diretamente ligado aos astros do sisterna.
abaixo do rnar e caminha sobre a terra, que [rorre e ressuscita,
Antigamente, a cada vinte e dois anos, os remplos de Rá
'Assirn, vocês poderáo servir como a ahna, como o vento, colno
cumpriam urna função especial. Quando chegava o dia cle Rá, os
a luz. Poderão integrar-se a essa força que não tem nome nem for-
sacerdotes esperavam o ano com grandes meditações, para que seu
ma. O coraçáo nos deu uma forma porque nos deu um lar, nos
Der-rs cornpreenclesse este mundo e os homens que esperavam suas
mensagens.
identiíica com quern somos e com aquilo que queremos.
Interpretava-se, então, que o sol era vida, amor, a parte mais "Deixarros o coração porque vamos servir a Deus. Queremos
impor[ante do Todo. Llm escaravelho nesse lugar para podermos construir, para serrnos
Os homens associavam suas desgraças e seus êxitos ao so[. úteis a essa energia e não nos senlirmos atados a nada.
O LU BEH TIARAH é para que o homem cliegue a uma comuni- "Parafazermos o Dabraká que nos mantém no caminho da na-
caçáo com essa íorça maravilhosa que é a essência de nosso sistema. turezâ, temos que nos aproximar cle um rio e buscar o reflexo do
Muiras vezes, nos sentimos desfalecer, cansados de nossa sol. Tiatamos de ser um espelho, para que nossa alma reflita seu
lr-rta. Se buscarmos a força deste Dabraká, ela nos ajudará a brilho assim como nos vemos refletidos no riô."
seguir adiante. Até mesmo quando começarmos a duvidar e nos Os egípcios se clescobriam frente ao sol e diziam: Ashi Aba Ará,
desorientarmos. ou, quero es[ar em contato contigo.

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Da Kabala ao Kabàsh: Magia e Sabedoria Ilolland

O Dabraká que aqueles sacerdotes ensinavam é LU BEH


HARAH: uma integração maravilhosa çom o sol' ME SHAM HER
Sua prática é feita com os braços estendidos na altura dos om-
SOLIDAO
bros e com os polegares para dentro. Os braços se cruzam, sempre
estendidos, depois voltam para a posição inicial.
Realiza-se pela manhã, ao meio dia e à noile'
Meshamher é o nome de um pássaro egípcio que, hoje em dia,
Pode-se íazer uma vez por semana, no máximo, e recomenda'se não existe em seu país de origem, mas em outros lugares da África.
que seja aos domingos. Esse pássaro saía sempre às seis horas da tarde para voar. Era a hora
do Meshamher, a hora da depressão no homem.
Era uma ave que só gostava das árvores que não davam írutos.
Nunca voava acompanhada, como se ela fosse um súnbolo da soliclão.
Os sacerdotes, num certo momento, começaram a buscar ni-
nhos de Mesl-ramher. Eles tinham jaulas nos templos e em cac{a
uma havia um casal destes pássaros. Ainda que vivessem sós, os
sacerdotes diziam: "se ensinarmos aos pássaros o amor, eles podern
amar", Foi assim que essas aves começaraln a cantar em ou[ras
horas do dia, o que antes não acontecia.
No iclioma hebraico existe a palavra "Mezamer", eue signi-
fica cantar o canto. Talvez a origem desta palavra seja o nome
daquele pássaro.
A grande iiçáo do Meshamher é que, na hora em que o sol se
põe, quando Ra nos abandona, no momento da tristeza, tem que ha-
ver um canto. Na hora da mudança, de buscar uma estrela, ainda que
fosse sobre uma árvore morta e sem folhas, o Meshamher cantava.
Fazemos o Dabraká ME SHAM HER às seis horas da tarde,
depois de passadas seis horas sem ingerir nenhum alimento. Bus-
camos um lugar confortável dentro de casa para realizá"\o,
Numa vasilha de barro com água, colocamos três colheres de
sal grosso. Apoiamos a vasilha sobre a mesa e paramos frente a ela,
com a mão direita na altura do peito, com a palma para baixo e a
esquerda estendida até a vasilh4, sem tocá-la. Nos concen[ramos,
então, em ME SHAM HER, inclinando o corpo aré a vasilha e, em
seguida, voltamos, expirando.

t66 t6l
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rolland

Essa prática pocle ser realizada umâ ou duas vezespor semana.


Ela é feita quando sentiulos os efeiros da solidão e nos deprimi-
mos. Sabemos que a solidáo é pá conselheira e muitas vezes carre-
ABTURA
ga consigo diversos problemas que afetam nosso plano mental e SEGURANÇA NA GRAVIDEZ
espirirual.
O ME SHAM HER dá c\areza à nossa m.en[e, apaga os pensa-
lnentos negativos que nos destróem. Dá alegria ao nosso espírito. Muito se falou sobre a gravidez, no Antigo Egito.
Quando um filho rejeitava seus pais e, em especial, sua mãe, se
interpretava que ele havia escutado denffo do ventre matemo que
ela náo o queria.
Muitas vezes a mulher pensa que não é o momento de [er filhos
ou de estar grávida. O bebê, que está em gestaçáo, escuta isso e
sente que náo é desejado, que não é esperado.
Talvezse acredite que esse ser ainda não compreenda nada. Pode
ser que seja assim. No entanto, essa criança registra tudo. Tirdo o
que a máe the diz durante a gravidez fica gravado no subconscien-
te e vai aflorar nele. Quando tiver desenvolvido sua capacidade
para compreender, recordará essas palavras.
Mas não são só palavras. O bebe rern sensibilidade para câptar
o que a mãe deseja. Sabemos que até os seus caprichos, durante o
período de gestaçáo, são [ransmitidos ao filho. Quantas marcâs
ficam na criança por câusa clos desejos. Que unidacle há entre eles!
Os antigos magos falavam dos desenconffos entÍe mães e filhos.
Quando uma mulher cornerita aflita que seu filho dela se sepa-
rou, que esqueceu que tem uma rnãe, nos perguntamos: o que acon-
teceu naquele momento em que ela náo desejava urn filho, e que
tão pouco o queria?
Por isso, naquelas épocas, quando a criança estava no venlre,
os pais eram cuidadosos ao falar: "estão nos escutandol". O ser
que ainda não havia nasciclo era, também, uma testemunha.
Seguramente, quando falavam mal de um irnrão desse novo
hóspede, ele com o tempo, também experimentaria essa rejeição
ou agressividade que os pais transmitiram.

168 169
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rolland

Tirdo que vivemos na época da gestaçáo, fica. E uma realidade.


Já não se pode mudar.
Hoje em dia, a ciência e os psiquiatras do mundo inteiro confiÊ
marn esta idéia, através de regressões até â etapa de vida intra-
uterina. Quer dizer, antes mesrno do nascimento, existe um regis-
tro. Essas experiências regressivas demonstraln que os egípcios ti-
nham tazáo, que, mesmo denrro do útero, temos uma memória.
Quando a mulher está grávida, ela fica insegura e muito sensí-
vel, Sente-se insegura porque não tem amparo ou proteçáo sufici-
ente do cornpanheiro, ou até da própria mãe, no momento em que
está gerando urna nova vida.
Nessa etapa, os medos também são transmitidos.
Como eu gostaria que uma rnulher grávida pudesse transmitir
alegria, bom humor e ânimo ao seu filho. Mas, para que isso acon-
teça, ela tem que se superâr e superar as situações externas que
podem afetá-la.
Para que não existam mâus pensamentos e desejos que não de-
veriam surgir, ABTURA é o Dabraká. Faz-se com as mãos sobre o
ventre, com as pontas dos dedos voltadas para o umbigo, sentada
frente a uma vela, com as pernas um pouco separadas.
O Dabraká é como uma bênção para o filho que está no ventre.
-.....:"t;t..
É u*, segurança para ele e a máe. '":: í^l :" ',
-'.
.

Realiza-se sempre ao pôr-do-sol, com grande mística, duranre rü. i tr i'i-'

cinco ou seis minutos. Õ


Este é um Dabraká cheio de ternura e segurança, que contém
toda a pureza do ato de ser rnãe. Não há vida sem criaçáo.

170 t'71
Da Kulttlt ao Kobuslt: Magiu e Subccloria Rolland

sen[adas no chão. As caderias eram usadas somente pelos altos


EISOF funcionários, nuncâ por camponeses, ou soldados.
Mesmo nos templos ficava-se em pé, às vezes, durante horas.
COMUNICAÇAO ESPIRITUAL Era uma lei. No templo ninguérn podia sentar-se.
Sobre a mesa, além do vinho, havia um páo sagrado do qual se
cortava um pedaço - mas ninguém comia. Tàmpouco se bebia.
Para o antigo iclion'ra egípcio, a traduÇão da palavra "infinito" é
Tlrdo era muito simbólico: "es[ás conosco, estás em tua casa".
"eisof", o que é parecido com o hebraico, só que, nesle, agrega-se a Era uma bela rradiçáo. O EISOF era o Dabraká da família. Atra-
letra "n", o que nos dá a palavra "einsof". vés clele, todos se uniarn num grancle sentimento de elevação, pro-
EISOF é, ao mesmo tempo, uma grande energia e uma bela curando se comunicar espiritualmente com aquele sacerdote.
combinaçáo mística. Por isso, acredito que o EISOF conserva uma essência de co-
Onde nasceu/ Como e para que era praticado/ municaçáo através da mística, da alma, do espírito. É o *o*.nto
Nasceu de uma forma muito especial. Anligamente, os sacer- eÍrl que nosso Ka pode sentir o outro, para, assim, se unir com
dc;tes e sacerdotisas percorriam os diferentes lugares de Kern, visi- alguém sem â limitação das distâncias. EISOF é a grande comuni-
tando as famílias e deixando um vaso repleto de sementes cle bons cação com a essência de nossa vida.
sentimentos e de amor. Semeavaln alnor através de un-ia comuni-
cação mística. Ern clias determinados e em horas específicas, eles
se uniarn através desse "vaso".
No Egito, o vaso ocupou um lugar sagrado, porque ao se retirar
o coração, no rriomenlo da mumificação, ele era colocado num
vaso canótipo, clue devia ter o peso exato do coraçáo que conti-
r-rl-ra. Interpretava-se que, na primeira lua, depois da morte, a alma
se apresentava ao grande Juiz, rnomento eln que se pesava o vaso
c1e suas açÕes.
O EISOF é clo amor, ou do Meer 8 colno diziam os antigos
egípicios.
O sacerdote visitava a casa e ao se retirar dizia; "Voltarei dentro
de quatro luas, quando a caravana voitar a passar. Até então, no
sexto dia cla sernana, à meia-noite, nos comunicaremos através do
E,lSOF. Qr-re a paz esteja en-r tlra casa."
Assim, toda noite de sexta-feira, a família se preparava. Depois
corniam, reservavam Llma laçâ cle vinho para o EISOE
qr-re toclos
Eram utilizadas mesas muito baixas, porque as pessoas comiam

t]2 t73
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria RoLland

É i*portr.rte
que a prática desse Dabraká seja feita uma vez por
semana, para dar harmonia e paz para nossa alma.
AJMU AMET virados para o oriente, írente a uma vela, realizamos a concen-
SUPERAÇAO DO MEDO DA MORTE traçáo AJMU AMET com os olhos abertos e sem pestanejaq como
se estivéssemos cheios de vida e de morte ao mesmo tempo.
Vida e morte em harmonia.
Existem momentos em nossa vida em que enftentamos situa-
Ções limiles, que podem nos transtornar emocionalmente, como,
por exemplo, antes de uma operaÇão.
Sentimos que devemos estar mais assistidos em nosso plano es-
piritual do que psicológico.
Devemos ter forças para enfrentar esles graves momentos, in-
clusive naqueles em que pensamos que podemos rnorrer,
O homem deve sentir a morte não como utn fim, mas colrro um
meio. Deve sentir que ela náo é apenas a decomposiçáo de urn
corpo, mas que há algo rnais.
É ,* dever enfrentá-la e perder esse temor inconsciente da
morte. Se vencermos esse medo, superaremos uma grande quanti-
dade de problemas em nossa psique.
A vida carrega uma existência de eternos conflitos. A morte é,
possivelmenre, a harmonia entre eles. É o .rr.o.rtro de um cami-
nho onde Deus talvez ponha uma pedra atrás da outra para que,
em cada uma delas, encontremos um sinal para chegarmos até Ele.
Este Dabraká tira o medo da morte, já que ela é uma transiçáo
que, cedo ou tarde, teremos qLle encarar. Oxalá, esse dia nos en-
contre com muita grandeza.
Se sentimos a morte com grandeza, sentiremos a vida cotn mais
altura. O homem que sabe morreÍ, sabe viver.
Esse grande medo pode nos afetar inconscientemente. Com o
pensamento, podemos criar uma enfermidade e até nosso próprio
final.
As fobias e as angústias de origem desconhecida que aparecem
ern nós, podem seç essencialmente, a tradução desse medo.

t74 115
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria
Ralland

descansando. Para não acordá-las, muitas vezes as obnervam da


AIELET HAI\OJI porta, através de uma fresta aberra. E nesta penumbra, é a única
COMUNICAÇAO ENTRE PAIS forma em que vêem os fill-ios durante a semana.
E FILHOS
Aos domingos, quandr: imaginam poder estar per[o das crian-
ças, provavelmente virá um amigo ou alguma visita. Entáo, as cri-
anças os moles[am com barulhos, mestrro que não os tenham visto
Quantas vezes pensamos que, se somos pais com dinheiro, so-
mos reis. Mas se levamos este pensamenlo adiante e o concretiza- durante toda a semana,
mos, pode ser que no futuro sejamos "reis dos mendigos,,. porque O Dabraká que thes vou ensinat é para estabelecer uma melhor
nossos filhos podem nos odiar por havermos sido pais com senti- comunicação dos pais com os filhos, para aproximarem-se deles e
menlo rnaterialista coln relação a eles, ou seja, que manifestamos senti-los melhor.
nossos sentimentos de carinho exclusivamente através de brinque- Este Dabraká é para que vocês melhorem como pais. É
dos ou dinheiro. para sen[ir a necessidade cle ser realmente pais, desenvolverem o
Nao lhes damos nossa compreensáo. Não nos sentarnos parâ sen[irnento, tanto paternal como rnaternal, alérn do que já existe.
dialogar com eles. Que náo haja justificativas para não compartilhar seu tempo com
Devemos nos recordar de quando éramos jovens ou crianças. seus filhos.
como era nossa problemática de vida e, a partir daí, entenãer Como é possível que os pais não tenham tempo para dedicar
melhor os nossos filhos. Não esperemos que venham até nós, já aos filhos?
maduros, para haver um entendimento. A única solução para demonsffarem carinho é cornprando brin-
Nós, adultos, sempre queremos que os jovens nos compreen- quedos e roupas?
darn. Por que não procuramos enrendê-torl É muiro fá.iI. AIELET HANOJÍ é o Dabraká que {az os pais chegarem ao
^uis
Fon-ros crianças, mas nossos fill-ros ainda não têm a nossa idade. filho ou à filha.
Perto do Nilo, nos tempios, os Mesffes ensinavam aos pais e Tüdo qr-re saiu de dentro de nós, tudo que criamos em um mo.
lhes rransmitiam três conselhos; mento cle amoq por que náo os conservâmos com o mesmo amor?
Primeiro, bem cedo, pela manhã, procurassem despertar junto Sobre uma mesâ ponham fotos de seus fill-ros e sentem-se de
com seus filhos e caminhar com eles até o trabalho ou para alguma
írente para elas, acompanhados por urna vela, Não irnporta a idade
obrigação.
de seus filhos, até grandes, eles continuam sendo crianças para nós.
Segundo, nos dias de folga do trabalho, saíssem juntos para
Comecem a dizer seus nomes e, com. muira mística e concen-
caÇar ou pesca! os esportes da época.
tração, recordem situações iindas que tenham viviclo juntos. Tia-
Têrceiro, que levassem comida e fossem a algum lugar para
gam até a sua melnória os momentos em que eles estavam enfer-
correrern juntos. Ou, enlão, que comessem o produlo da caça ou
lnos e necessitavam de vocês.
da pesca.
O Dabraká é praticado tanto pela máe quanto pelo pai.
os pais de hoje levanram-se muito cedo. As crianças estáo dor-
Com esta força, vocês vão conseguir um diálogo, uma comunicaçáo.
mindo qr-rando eles saem, e quando chegam, já é tarde e elas estão
Vocês náo váo ser apenas reis de brinquedos, mas reis de coraçáo.

116
117
Da Kabala ao Kabash: Magía e Sabedoria Roll«rtd

Tiatem de dar a seus filhos algo que não se rornpa, algo que não
seja para brincar. SHUMAJET ATI
O que náo vai se romper é o AIELET HANOJI, a comunicação
que os pais podem man[er com seus filhos através clo tempo. INTERPRETAR NOSSOS SONHOS

Enquanto dormimos, vivemos dentro do fascinante rnr-rndo de


nossos sonhos, ainda que nem sernpre recordemos o que sonhamos.
Nesse estado, tudo é possívei: voar, mudar de um lugar
para outro em instantes, ou nos transforffiarmos em olltra pes-
soa. Podemos até faiar com seres queridos que já não estão mais
neste mundo...
Vivemos nos sonhos o que náo poclernos viver na realidacle.
Outras vezes, nos encontramos) através deles, enfrenranclo nossos
nredos, que se apresentam a nós como monstros ou grandes amea-
ças, situações de perigo que nos ievam a nos escollcler ou aré fugir.
Os sonhos manifestam, permanentemente, através de sírnbo-
los, nossas grandes preocupações e necessidades, nossos [ralllnas e
[emores, assim como nossos grancles desejos e profundos anseios.
Há momentos em que despertamos muito maI, logo depois cle
um pesadelo ou cle um "sonho mau". Chegamos a ser acordados
pelo nosso próprio pranto, com um grande desespero.
Outros dias, nos levantamos felizes, ainda que saibamos que a
situação que vivemos era apenas um sonho, mas aproveilamos e guar-
damos essa felicidade que nos dá esperança e que nos faz sentir bern,
Por outro lado, nem sempre recordamos os nossos sonhos, mas
pode ser que despertemos muito bem ou muito mal sem saber o
motivo. O motivo de nosso estaclo anímico, de estar como estamos,
tem origem em plano mais profundo, ao qual náo chegamos atra-
vés de nosso consciente, mas que se manifesta quando sonhamos.
Que bonito chegarmos a conhecer os símbolisrnos cle nossos
sonhos, as verdades que eles encqrram.
Há vezes em que nos pergunlamos: por que sonhei com isso/
Ou pensamos: rreu sonho foi um disparate.

178 t79
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rolland

Seguramen[e, uma situação pode parecer um disparate, por náo


entendermos a linguagem dos símbolos. Mas, sem dúvida, no inte,
rior dos sonhos existe uma grande realidade a ser descoberta.
Como podemos interpretár nossos sonhos?
Existem muitos livros sobre este tema. Diferentes autores dáo
cliversos sentidos para Lrm mesmo elemento ou situação.
Pessoalmente, considero que o símbolo de um sonho está inti-
rnamente ligado à vida de cada pessoa. Para ínterpretar um sonho,
teremos que saber se é de um homem ou de uma mulher, que idade
tem, se a pessoa é casada ou náo. Sáo pontos de referência de sua
vida atual. Creio que é difícil estabelecer, além das bases, um guia
de sifuações com sua interpretaçáo.
Ern busca do caminl-ro para chegar às profundezas de nosso se!
vamos aprender urna chave que nos abrirá a porrâ do mundo náo
consciente. Ela nos permitirá resgatar o signiíicado, a mensâgem e
a verdade que os nossos sonl-ros encerram.
A chave é o Dabraká SHUMAIET ATI.
Fazemos a concentraçáo sentados, frente a uma vela acesa. Tia-
tamos de reconstruir em nosso pensamento as cenas dos sonhos
que recordamos, nos concentramos no Dabraká, esperando uma
luz que nos ílumine.
SHUMAJET ATI não é apenas para os sonhos, mas também
para situações confusas que se apresentam em nossa vida e que
desejamos que se tornem claras.
Tàlvez a resposta não se apresente de imediato, mas devemos
continuar buscando. Lembrem-se de que a mística não tem um
tempo determinado.

181
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Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rollatd

JOSH BE é praticado nas primeiras horas da manhã, em pé,


para o oriente, frente à luz de uma janela oll umâ portâ, com os pés
JOSH BE juntos e as mãos na al[ura do urnbigo.
PARA UM DIA PRODUTIVO, CONCRETIZAR
oBJETIVOS
1

Quantas vezes acontece que no ritmo de vida qlre levamos, fa-


zefiros pianos, e por "íalta de tetnpo", náo os podemos realizar.
Muita coisa fica no caminho porque o tempo náo nos é sufici'
ente. Escutamos ou usamos expressões como: "o dia deveria ter
mais horas", ou, "o [empo não dá para nacla".'.
O tempo se [ransformou em nosso grande patráo e nós nos trans'
íormamos em escravos da hora e de uma agenda, na quai nurtca
existe um momento pafa nós mesmos, para uma auto-reflexão'
Quantas vezes, desmarcamos atividades, porque náo conseguimos
ajustá-las a nossa rotina.
Em alguns casos, nós mesmos náo nos permitimos um tempo
para realizar o que queremos, o que é resultado de uma desordem
em nossa vida, quase sempre relacionada a um fator emocional'
Na maioria das vezes, temos tempo, mâs temos dificuldade em
ordená-lo, porque seguramente nos custa ordenar outros aspectos
de nossa vida.
Tàmbém pode ocorrer que, por causa de certas atividacles que
nos são impostas, compromissos sociais, etc..r nos privemos de fa'
zer o que realmente queremos.
Nessa "correria" em que se transforma nossa vida, a mística,
nosso plano sensível, elevado, espirirual, fica de lado ou colocado
em último lugar.
Por isso, através deste Dabraká, buscamos organizar nossa vida
de forma a realizar o que desejamos, e, ao meslno tempo, êflcoÍr"
trar o momento para a mística, para estabelecer uma comunicação
com o nosso Eu superior, com nossa alma e chegar ao nosso sentir
mais profundo e verdadeiro.

r82 183
Da Kabala ao Kabash: Magia e
Sabedoria
tíoLtclnu

NU AT HEMSHEJ KAH
ELEVAÇÃO
UMA RESPOSTA

um poeta egípcío, como mesrno nome do regente shemenkare,


Os Dabrakás sempre foram considerados como uma força que
disse; "o
correto não é apenas o que conserva
nossa arma, senão o
que sentimos com honestidade.,, une o homem com o "transcenderrte", onde os limites da razão e
Para que nossa alma tenha força
da lógica ficam para trás. Sáo como urn vôo, e através dele, pode-
através das vidas, teremos que se chegar ao inÍinito e alcançar respostas a tantas perguntas: Qual
alimentá-la com sentim".rtos erevrdos.
Não âpenas *-.or..çao, o sentido da vida e da morre? O que é o amor? Por que exíste o
rnas hmbém com o que vive
ern nosso coração, no silêncio
grande rnístério de nossas emoções e no ódio?Oqueéodestino?
e de nossa espirituaridade. Essas questóes não podem ser respondidas pela razáo.
p"r".^b.rÃos aruas com mísdca e etevação,
ruurc Mas a mística do Dabraká pode responder a essas e rnuitas ou-
"^*r:^?^rl:*,1,:
L,oas as lerc e nornas. para trabarhar
com grandiosidàde, tras perguntas que fazem parte de profundas reílexões sobre a vida.
corno verdadeiramente quer nossa
alma. HEMSHEJ KAH é uma mediraçáo que fazemos sentados, com
NU AT é a grande concentração' Fixamos
.
de urna vela; podernos estar em pé
nossos olhos na luz as máos entrelaçadas, com um grande sentimento de humildade
ou sentados. frente à nossa ignorância em relação a [antâs verdades sobre o
i NU AT e a alma vão ditar o caminho
I
I
arravés da ruz da mísdca. homem e o universo.
I

I
Essa rneditaçáo é feita à noite, durante três a cinco minutos,
I

uma vez por rnês, nos primeiros dias de lua cheia.


A resposta às nossas perguntas dependerá da nossa força místi-
ca e da nossa fé.
I

l
I
I

184
185
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rolland

Buscamos unir nossos sentimentos com os da pessoa que eslá mal,


e desenvolvemos, através da mística, uma grande energia para [rans-
BI KU AJ JA BA mitir-lhe através desse contato de auras. Assim, nos concentramos
ENERGIA PARA BENEFICIAR O OUTRO em BI KU Al JA BA.

Assim como buscamos estar bem e superar nossas dificul-


dades pessoais, podemos ajudar os outros para que também consi-
gam o mesmo.
Aprendemos, através cle diferentes Dabrakás, urn catninho para
enfrenlar nossos problemas em vários planos e lutar para superá-los.
Da mesma forma que procuramos desenvolver uma energia para
nos beneficiaq aprendemos como criar energia e canaiizát-la em
direção ao outro.
Quantas vezes nos encontramos com pessoas que estáo necessi-
tando de uma força que as irnpulsione para poder seguir adiante,
indo contra as adversidades que elas têm que enfrentar. Queremos
ajudá-las, tratamos de apoiá-las e escutá-las, de dar-lhes ânimo e,
no entanto, não é suficiente.
Quando uma pessoa está mal, deprimida ou desequilibrada
animicamente, com angústias, ansiedades, faka de vontade para
assumir suas responsabilidades, quando parece que não tem força
nem energia para nada, como podemos ajudá"la?
Sabemos que bons sentimentos ajudam, mas em algumas oca.
siões, a boa intenção náo é suficiente, falta algo rnais...
Este Dabraká nos dá, através de sua força, esse algo mais que
umâ pessoa necessita para sentir-se melhor.
A energia que se cria, destina-se a um plano anímico, mas não
devemos esquecer que muitas vezes somatizamos nossos estados
anÍmicos convertendo-os em doenças ftsicas.
A íorma de praticar o Dabraká é a seguinte: nos sentamos fren-
te a frente com a pessoa e lhe pedimos que apoie as pahnas de suas
mãos sobre as nossas e que, nesta posição, pense em seu problema.

186 r8t i
I

i
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I
Da Kabala ao Kabaslt: Magia e Sabedoria Rolland

SHABATAI
CONTRA FORÇAS NEGATIVAS

Muitas vezes nos sentimos mal só por conviver ou freqüen[ar a


casa de certas pessoas.
Por que? Pode ser que estejam negativas; o contato com elas
nos altera. Mas pode ser que o mal-estar seja conseqüência do fato
cle não serem honestas conosco ou porque nutrem sentimentos
negativos que nos afecam.
E necessário que saibamos como barrar a influência que essas
pessoas exercelrr sobre nós.
Para que vocês possam rer força para se sentirem bem dianre
dessas sítuações, é que ensino a grande energia do SHABATAI.
Este Dabraká pertence a uma rradiçáo muito antiga. Consistia
em colocar três moedas sobre uffra mesa com urna toalha branca e
uma vela acesa. Era feito à noite, à luz da lua.
Concentrava-se em SHABAIAi enquanto se tocavam as moe-
das, urna a uma, transmitindo-lhes uma energia especial. Depois,
essas moedas eram usadas no bolso ou junto ao corpo, quando se
rinha que visitar alguém ou encontrar-se corn pessoas que causa.
vam efeitos negativos.
Quando alguém estava mal, sofrendo conseqüências da malda-
cle do hornem, tarnbém era usado envolver tais moedas em um
lenço verrnelho; as moedas eram dadas à pessoa, que as levava
consigo como proteçáo.
SHABATAI é uma grande ajuda, quando necessitamos de sor.
te para encon[rar soluções para os nossos problemas.

r88 189
Da Kabatá ao Kabash: Magia e Sabedoria Roiland

ASHU LAJ
SEGURANÇA NO PLANO SEXUAL

Este Dabraká é para nos sentirmos seguros, não apenas no pla-


no sexual, como em tudo, porque esse plano é o motor dos dernais.
Ele nos afera nos estudos, no trabalho e na realização de outros
aspectos de nossa vida.
A insegurança pode gerar agressividade fora do controle ou até
uma constante rebeldia.
ASHU LAJ é a força que nos dá segurança no sexo.
Com ele, sentimos que podemos seÍ íelizes.
Ele se dirige para a mulher que passa por um estado de írigiclez
ou o homem que sofre de impotência, ou para aquele que se en-
contra indiferente ao sexo ou bloqueado por uma influência nega-
tiva, originada por inveja ou por maus pensamentos.
Nos concenffamos em ASHU LAJ, em pé, írente a uma vela
acesa e com os braços cruzados sobre o peito, as mulheres com as
pemas juntas, e os homens, separadas, Se fór possível, ficamos frente
a uma janela voltada para o oriente.
Antes de copeçar a prática, lavamos as mãos, tirando os pensa-
mentos que nos perturbam, para entrarmos na mística do Dabraká.
Entáo, pensamos por um instante em nossa problemática e nos
concentramos depois em ASHU LAJ. As letras, os hieróglifos, se
unem e provocam a grande magia denrro de nós...

190 t9t
Da Kabala ao Kabash: Magh e Sabedoria Rolland

TU HE MID AI.{K
REJUVENESCIMENTO

Nosso rosto é o espelho dos nossos estados emocionais. Quar-r-


do nos sentimos jovens ou velhos, re[ratarnos o que levamos em
nosso interior. Assim colno nos sentinlos in[eriormerlte, nos ve-
rnos exteriorrnente.
Na época de Ramsés II, havia um escriba chamado Tütu. É o
rresmo no[re que enconlramos em diversas dinastias.
Esse escriba tinha grar-rcle conhecirnento de medicina, entre tân.
tos olltros que dorninava. Ele aconsellrou ao Faraó que praticasse
r-rm Dabraká todas as manhás para rejuvenescer.
O Faraó, seguindo seu conselho, passou a fazê-lo todos os dias,
quando o,sol se levantava, e na direção do oriente, colocava-se
descalço sobre as pedras de seus aposentos, olhando a luz do novo
dia. Com seus braços cruzados sobre o peito, concentrava-se em
TU HE MID ANK, o grancle Dabraká para rejuvenescer, para sen-
tir-se bem animicamente e ter desejo de viver e amar.
Sabemos que Ramsés ii teve uma vida longa e grande juvenrude.
Os vários pesqr.risadores que estudaram sua múmia encon[ra-
ram sinais de sua vitalidade, grande parte criada por esse Dabraká,
que ficou conhecido corno o "Dabraká do Grande Escriba Tirru",
O homem e a rnulher realizarn essa prática na mesma posição.
Os l-romens devem estar com âs pernas separadas, e as mulheres,
com as pernas juntas.
A concentração deve durar de três a se[e minu[os.

t92 193
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rolland

HANU SHAJ
PROTEÇAO CONTRA A INVE,JA

Gostaria de falar sobre o que comumente chamamos de "fator sor-


te", Dizemos que temos boa ou má sorte, mas desconhecemos a causa.
Através de minha experiência, pude comprovar que uma alta
porcentagem de má sorte origina-se da inveja, um mal que faz tan-
tos estragos a nossa sociedade. Essa energia negativa que afeta uma
pessoa, e a destrói em muitos aspectos de sua vida.
Vou me referir, mais especificamente, à inveja sobre o casal ou
qualquer uniáo entre amigos, no trabalho ou na família.
É por isso que o Dabraká que vou thes ensinar não se faz indivi-
dualmen[e, rnas a dois.
Quando duas pessoas estão unidas pelo vínculo do amor e do
carinho, ou até pelo trabalho, quando estão juntas no mesmo ne-
gócio, e querem conservar essa união, protegendo-se da inveja,
podem consegui-lo através do HANU SHAJ.
Para praticá-lo, elas se colocam frente a frente, em pé, toman-
do-se as máos. Se elas são de sexos diferentes, tomam as duas máos,
se forern do mesmo sexo, apenas a máo direita. Perto delas, deve
haver uma vela acesa.
Antes de começar a concentração, elas se olham nos olhos e,
em seguida, entram na bela mística do HANU SHAJ durante al-
guns minutos.
Nela, encontrarão a força para lular conra a energia negativa
que quer separar, desunir e destruir a harmonia e a feiicidade.

t94 195
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria Rolland

BARAKA
PAZ PARA NOSSA CONSCIENCIA

O rnístico, através dos tempos, fez uur juramento com a sua


consciência: "Tüdo que não puder realízar nesta vida, voltarei para
continuá-1o".
Para ele, náo existem limites e Íionteiras. A morte náo é um fim.
BARAKA, diziam os antigos sacerdotes, como um gri[o: "Vol-
tarei !". Esse era seu compromisso com sua consciência mística, de
seguir sua luta, sua rnissáo, acreditando que existe um "retorno".
O conceito de eternidade que, ern parte, foi a essência das pirâmi-
des e da murnificação.
Tiata-se de criar o concei[o de uma vida futura, de pocler reali-
zâr suas metas nesta vida e dela sair, como diziam os antigos, "corn
urn sorriso", sentindo que cumprimos, ainda que, em parte, com o
que nos propusemos. E que demos tudo de nós para que tais metas
fossem realizadas.
Se vocês querem estar em paz com sua consciência e conseguir
a felicidade que esta paz proporciona, unam-se ao BARAKA.
Ao amanhecer, quando o sol está por nascer, corn os braços
cruzados sobre o peito e a fronte elevada em direçáo ao céu, espe-
rando os primeiros raios de luz, nos concentramos na grande mís-
tica do BARAKA, em pé, voltados para o oriente, esperando uma
nova vida.
BARAKA é a essência de criaçáo. "Bará" significa "criar".
íh, a inspiração dos místicos para vencer o tempo.
.Caminho de enaltecimento para o homem, através do respeito
por sua consciência.
Como eu gostaria que vocês sentissem, no silêncio, o grande
griro cla mística: Barakál Voharei! ...BARAKA.

t96 t9'1
\
Da Kabala ao Kabash: Magia e Sabedoria

ír-

(1)
Sha Ab ltur- Cor-rhecimento do ritual de como viver. Antiga teoria de orde-
nar o ser humano de acordo coln as regras de atividade, nos mesmos horá' O Instituto Nefru - Sáo Pauio dedica-se, alravés de
rios, toclos os dias.
palestras e publicações, à divulgação e prática dos
(2)
Nefter- Antiga Sabedoria baseacla no conceito de concentraçáo do pensa' conhecimen[os ffansmitidos pelo Prof. Rollancl;
mento no que fazemos. A urente e o espítito , unidos a cada atividade que
o KABASH - Sabedoria dos Sacerdotes do Antigo Egito'
realizamos.
e sua prática mística, o DasRA«Á.
(3)
Niguen- Entonação musical repetitiva que se utilizava para entrar em tran§e
e eievaçáo.
Para informações ou para faTer parte de nosso caddstro e receber
(4) ' d nossd programação mensal, entre em con,tdto conosco.
Nesl-ramá-Alma.
()l
Polarização-Ver capítulo sobre a aura, Rur Dr. Jesuino Maciel, 1702 - Campo Belo - 04615-005
(6) SãoPaulo - SP - rel.; (011) 5535,1592
Ezequiel- Profeta bíblico,
(7)
Banho de Puriffcação- Realiza-se deixando a água correr pelo corpo durante
alguns minutos. Pode-se, tatnbém, praticar algum Dabraká durante o banho Vsite nosso site
como TASH LEJ, para descarregar a energia negativa. wwwroliand.com,br
(B)
Meer- Amot pâra os antigos egípcios. institutonefru @rolland.com, br

INÍTIÍUTO

NE}K}
198
Principal sfmbolo do kabash.

Ele é passado pela nuca no chakra laríngeo-


Usada a Arrk de lsis (curadora)
Kabash abre o terceiro olho fazendo com que você enxergue o lado bom da
vida, praticado com uma vela acesa (deveria ser de cera de abelhas, mas
pode usar amarela ou de mel), aplicado no escuro, âurante a noite é mais
fone.
Você deve ter um pão(fartura), poisvai partire dar urn pedaço para a pessoa que vai atender.
Mqeda de 2 cores (RS 1,00)
Tunica ou Roupa branca
Debraka: União das posigões mais os mantras do kabashl.
Achar o norte em direção a e.le esquentar as mãos e saudar o sol Deus Rá, a pessoa chega a
sua frente, cotocâ as mãos ent cima da sua ( Seja bem vido, está entre amigos agorâ você vai
fazer uma viagem) reparte o pão junta as inão da pessoa no coração em forma de oração.
Mentalizar debraka ou mantra.

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