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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LINS

UNILINS

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SANEAMENTO E MEIO


AMBIENTE

MÁRCIO MARTINS DE SOUZA

TRABALHO DE AVALIAÇÃO:

Plano de ações mitigadoras dos impactos socioambientais em um município do


Estado de São Paulo

Lins - SP
2019
Resumo

Refere-se o presente trabalho, a implementação de um plano de ações


mitigadoras dos impactos socioambientais existentes em Narandiba – SP, onde serão
identificadas as características do referido município e principais fontes poluidoras
baseadas no desequilíbrio dos ciclos biogeoquímicos.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4

1.1. Ciclo biogeoquímico ....................................................................................... 4

1.2. Alteração do ciclo biogeoquímico ................................................................... 5

1.3. Ação do homem no ciclo biogeoquímico......................................................... 7

1.3.1. Chuva ácida ............................................................................................. 7

1.3.2. Eutrofização............................................................................................. 8

1.3.3. Efeito estufa ............................................................................................. 8

2. OBJETIVOS ........................................................................................................ 10

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 10

3.1. História do surgimento de Narandiba – SP .................................................... 10

3.2. Características do Município ......................................................................... 11

3.2.1. Demografia ............................................................................................ 12

3.2.2. Geologia e Geomorfologia ..................................................................... 13

3.2.3. Uso e ocupação do solo .......................................................................... 14

3.3. Principais fontes poluidoras .......................................................................... 14

3.3.1. Potenciais fontes poluidoras em Narandiba ............................................ 17

3.4. Medidas mitigadoras ..................................................................................... 21

4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 22

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1. INTRODUÇÃO
A formação do planeta Terra se iniciou com uma camada de gases que
cobria todo o planeta. Com o resfriamento da atmosfera aumentou também a quantidade
de água na superfície, originando os mares primitivos. O Sol emitia sua radiação sobre o
planeta e esta foi a responsável pelas mudanças de origem física e química na superfície
e na atmosfera.
Todas a mudanças ocorridas no planeta no início de sua formação
propiciaram o surgimento da vida na Terra e sua manutenção.
Com o surgimento da vida originou-se uma nova esfera na Terra, a partir
deste momento composta por atmosfera, litosfera, hidrosfera e biosfera, sendo a última
a correspondente à vida.
O conjunto das quatro esferas constituintes da Terra forma um ecossistema.
As esferas abióticas (atmosfera, hidrosfera, litosfera), se mantêm em equilíbrio
dinâmico, mantendo de forma constante a manutenção dos componentes abióticos
essenciais a vida na ecosfera. Os ciclos que mantém o equilíbrio dos elementos
essenciais a manutenção da vida no planeta são chamados ciclos biogeoquímicos e
manutenção dos ciclos mantém o equilíbrio da vida.

1.1. Ciclo biogeoquímico


Os ciclos biogeoquímicos correspondem aos ciclos da água, rochas,
carbono, cálcio, fósforo, nitrogênio e enxofre. Estes ciclos formam relações de interação
e/ou dependência durante as etapas de seu desenvolvimento. Os elementos químicos
essenciais a vida, citados acima, participam da composição dos seres vivos a nível
celular. O fósforo, carbono, nitrogênio e enxofre estão presentes na composição de
proteínas, do DNA e RNA.
A vida, a qual depende dos ciclos biogeoquímicos, relativo à esfera abiótica
do planeta, também necessita manter-se em equilíbrio para sua auto-sustentação, uma
vez que quase toda a vida no planeta depende da disponibilidade de oxigênio na
atmosfera. Este por sua vez é fornecido à atmosfera por meio da fotossíntese, realizada
pelos clorofilados. Os organismos clorofilados são também a base da cadeia alimentar,
responsáveis por inserir a energia necessária para a manutenção do ciclo biótico da
Terra, já que apenas os mesmo são capazes de produzir a própria energia retirando o gás
carbônico, resultado da respiração animal e vegetal, e transformá-lo em oxigênio e

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vapor de água, gerando por meio da fotossíntese a energia necessária para se
desenvolver e/ou reproduzir a espécie.

1.2. Alteração do ciclo biogeoquímico


Para atender à crescente demanda por alimento e energia, a humanidade
vem alterando o ciclo de dois importantes nutrientes para a vida no planeta: o nitrogênio
e o carbono. Entre os efeitos indesejáveis da mudança estão a chuva ácida, o aumento
na concentração de gases-estufa na atmosfera e a consequente elevação da temperatura
global.
Cerca de 78% do ar que respiramos é composto de N2. Para o nitrogênio
entrar no ecossistema e na cadeia alimentar ele precisa ser transformado em amônio
(NH4) ou em nitrato (NO3) e quem faz essa conversão é um grupo muito pequeno de
bactérias fixadoras de nitrogênio. Nessas novas formas, o nitrogênio pode então ser
usado pelas plantas, que são as produtoras primárias de alimento, pelos demais
microrganismos do sistema terrestre ou podem ir para o sistema aquático”, explicou
Nardoto.
A devolução do nitrogênio à atmosfera, na forma de N2, é feita graças à
ação de outras bactérias desnitrificantes. Mas esse ciclo natural começou a ser alterado
pelo homem há 10 mil anos com o advento da agricultura. Isso porque plantas
leguminosas, em associação com bactérias fixadoras, são capazes de fixar no sistema
terrestre grandes quantidades de nitrogênio.
Uma cultura de soja, por exemplo, fixa no solo de 70 a 250 quilos de
nitrogênio por hectare por ano, contou Nardoto. Para se ter um parâmetro de
comparação, um hectare de Floresta Amazônica fixa apenas de 3 a 7 quilos de
nitrogênio por ano.
O processo de mudança foi intensificado nos últimos 150 anos com o
aumento da produtividade agrícola, o uso de fertilizantes nitrogenados e a queima de
combustíveis fósseis para geração de energia.
Uma pequena parte desse nitrogênio fixado pela ação do homem é
transformada em proteína ao longo da cadeia alimentar, mas grandes quantidades são
perdidas e retornam à atmosfera não como N2, mas como óxido nítrico (NO) – reagindo
com o vapor d’água e dando origem à chuva ácida – ou como óxido nitroso (N2O), um
dos gases de efeito estufa.

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Pode ainda ser levado na forma de nitrato para o meio aquático causando a
eutrofização desse ambiente, ou seja, o crescimento de algas pelo excesso de nutrientes,
reduzindo dessa forma o oxigênio disponível para os outros organismos.
Entre os três dos limites que, segundo os cientistas, já teriam sido transgredidos pela
humanidade estão o aquecimento global, a extinção de espécies e as alterações no ciclo
do nitrogênio.
Ainda segundo Nardoto, o ciclo do nitrogênio está intimamente relacionado
ao ciclo do carbono. “Para ocorrer a produção primária de alimentos pelas plantas é
necessário haver carbono e nitrogênio. O carbono vai entrar na forma de dióxido de
carbono (CO2) durante a fotossíntese, mas esse processo requer uma enzima que tem
nitrogênio em sua composição. Por isso os fertilizantes nitrogenados são usados para
aumentar a produtividade na agricultura”.
Os impactos das mudanças promovidas pelo homem nos estoques de
carbono foram tema da apresentação da pesquisadora Simone Aparecida Vieira, do
Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), também realizada no encontro do BIOTA-FAPESP Educação.
Isso ocorre porque, desde a Revolução Industrial, as atividades humanas
têm jogado na atmosfera grandes quantidades de carbono que estavam estocadas na
litosfera, na forma de carvão, petróleo, gás natural e no sistema terrestre, principalmente
nas florestas.
No que se refere ao ciclo do carbono na Terra, as florestas prestam dois
importantes serviços ecossistêmicos: o sequestro de carbono da atmosfera, que ocorre
durante a fotossíntese, e a fixação e armazenamento desse nutriente.
A capacidade que o sistema tem de armazenar carbono varia entre as
diversas áreas de uma floresta e entre os vários ecossistemas florestais em decorrência
das condições do clima, do tipo de solo, das espécies existentes no local e dos eventos
de perturbação. Espécies de crescimento rápido podem sequestrar carbono mais
rapidamente que as de crescimento lento. Mas esse carbono que entra rapidamente no
sistema também pode sair rapidamente por meio da respiração ou pelo processo de
decomposição das folhas e galhos.
De acordo com a pesquisadora da Unicamp, as regiões da Amazônia Central
armazenam cerca de 360 toneladas por hectare de biomassa seca na vegetação – o que
dá cerca de 180 toneladas de carbono estocadas por hectare.

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Nas áreas do arco do desmatamento, como em Santarém (PA) ou no Acre,
onde há estação seca definida, o estoque é semelhante ao encontrado na Mata Atlântica:
em torno de 250 toneladas por hectare de biomassa seca – entre 125 e 140 toneladas de
carbono armazenadas por hectare.

1.3. Ação do homem no ciclo biogeoquímico


As relações entre os organismos vivos e o ambiente físico caracterizam-se
por uma constante permuta dos elementos, em uma atividade cíclica. Na verdade, o
fenômeno é estritamente cíclico apenas em relação ao aspecto químico, no sentido de
que os mesmos compostos químicos alterados se reconstituem ao final do ciclo.
Assim, há uma espécie de troca constante entre meio físico, denominado
abiótico (relativo à parte sem vida do meio físico) e o meio biótico (conjunto de seres
vivos), sendo esse intercâmbio de tal forma equilibrado, em relação à troca de
elementos nos dois sentidos, que os dois meios se mantêm praticamente constantes.
Neste caso, com a participação dos seres humanos, este ciclo pode ser
afetado, como por exemplo:
• Com a poluição dos corpos hídricos;
• Com o mau uso dos recursos hídricos, desperdício e represamento;
• Com os constantes desflorestamentos;
• Por meio da exposição do solo desnudo à intempéries – prática de
agricultura comercial ou plantation;
• Por meio da adição de sintéticos na natureza;
• Por meio do uso de agroquímicos e pesticidas;
Com essa interferência tem-se a quebra do ciclo ou um processo de
aceleração ou paralisação do mesmo, o que acarreta inúmeros problemas conforme
elencados a seguir.

1.3.1. Chuva ácida


Define-se como a chuva com mais propriedade de deposição ácida, cuja
acidez seja substancialmente maior do que a resultante da dissolução do CO2 (dióxido
de carbono), encontrado na água que precipita. A principal causa deste ácido é a
presença de partículas de enxofre e azoto na atmosfera, que são resultantes,
principalmente, da queima de combustíveis fósseis.

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A ação corrosiva do ácido é impiedosa, provoca acidificação do solo,
prejudicando as plantas e animais, a vida dos rios e florestas. Da mesma forma as
edificações presentes nas áreas afetadas, o excesso de nitrogênio lançado pela chuva
ácida em determinados lagos também pode causar crescimento excessivo de algas, e
consequentemente perda de oxigênio, provocando um significativo empobrecimento da
vida aquática.

1.3.2. Eutrofização
Também conhecida como eutroficação, é um processo normalmente de
origem antrópica (provocado pelo homem), ou raramente de ordem natural tendo como
princípio básico a gradativa concentração de matéria orgânica acumulada nos ambientes
aquáticos.
Entre os fatores impactantes, contribuindo com a crescente taxa de poluição
neste meio, estão: os dejetos domésticos (esgoto), fertilizantes agrícolas e efluentes
industriais, diretamente despejados ou percolados em direção aos corpos d´água (rios e
lagos, etc).
Durante esse processo, a quantidade excessiva de minerais (fosfato e nitrato)
induz a multiplicação de micro-organismos (as algas) que habitam a superfície da água,
formando uma camada densa, impedindo a penetração da luminosidade. Esse fato
implica na redução da taxa fotossintética nas camadas inferiores, ocasionando o déficit
de oxigênio suficiente para atender a demanda respiratória dos organismos aeróbios (os
peixes e mamíferos aquáticos), que em virtude das condições de baixo suprimento, não
conseguem sobreviver, aumentando ainda mais o teor de matéria orgânica no meio.
Em consequência, o número de agentes decompositores também se eleva
(bactérias anaeróbias facultativas), atuando na degradação da matéria morta, liberando
grandes quantidades de toxinas que agravam ainda mais a situação dos ambientes
afetados.

1.3.3. Efeito estufa


O surgimento do efeito estufa e sua aceleração por meio da ação antrópica
são indicadores diretos do desequilíbrio bioquímico na atmosfera do planeta,
principalmente os fluxos, processos e reservatórios do ciclo do carbono. Ele é a

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principal forma pela qual o meio ambiente faz transferências e armazenamentos
energéticos desta substância na natureza.
Para equilibrar o processo de respiração, o carbono é transformado em
dióxido de carbono (CO2). Outras formas de produção de CO2 são as queimadas e a
decomposição de material orgânico no solo. Os processos envolvendo fotossíntese nas
plantas e árvores funcionam de forma contrária.
Os reservatórios de CO2 na terra e nos mares e oceanos são maiores que o
total de CO2 na atmosfera. Porém, pequenas mudanças nestes reservatórios podem
causar grandes efeitos na concentração atmosférica. O carbono emitido para atmosfera
não é destruído, mas sim redistribuído entre diversos reservatórios de carbono. Os
outros gases causadores do efeito estufa (GEE), ao contrário, normalmente são
destruídos por ações químicas na atmosfera.
A escala de tempo de troca de reservas de carbono pode variar de menos de
um ano a décadas ou até mesmo milênios. Este fato indica que o tempo necessário para
que a perturbação atmosférica causada pela concentração do CO2 volte ao equilíbrio
não pode ser definido ou descrito através de uma simples escala de tempo constante.
Para se obter alguns parâmetros científicos, a estimativa de vida para o CO2 atmosférico
é definida em aproximadamente cem anos. A utilização de uma escala simples pode
criar interpretações errôneas.
Segundo DAILY (1997), desde aproximadamente 1850, a comunidade
científica constata um aumento gradual da temperatura do planeta. Esta variação vem
ocorrendo de forma natural durante milênios ou, por vezes mais bruscamente, durante
décadas. Ao longo do último século, principalmente após a Revolução Industrial, os
países começaram uma vertiginosa escalada de crescimento econômico o que gerou o
aumento da demanda energética, não só em função das necessidades das indústrias em
expansão, mas também por causa do crescimento da população mundial.
A consequência mais direta é o aumento da temperatura média do planeta
em função da concentração de CO2, numa média de 0,4% anuais. Este aumento se deve
principalmente à utilização crescente de combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) e
à destruição das florestas tropicais.

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2. OBJETIVOS
Definir um município do Estado de São Paulo, identificar suas
características, suas principais fontes poluidoras baseadas no desequilíbrio dos ciclos
biogeoquímicos e propor um plano de ações mitigadoras para os impactos
socioambientais existentes.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para realizar os estudos propostos neste trabalho, foi escolhido um
município localizado na região oeste do Estado de São Paulo, denominado Narandiba.

3.1. História do surgimento de Narandiba – SP


O primeiro a chegar as terras onde hoje é Narandiba, foi o senhor José Ruiz
Peres, espanhol, nascido em 25 de maio de 1905, e estabeleceu-se em Presidente
Prudente, trabalhando como taxista. Quando chegou nesta região, já era casado e pai de
dois filhos. Então veio com a família, com o sonho de ter uma vida melhor. Apesar de
ser considerado o pioneiro de Narandiba, nunca exerceu função política. Isso porque,
não quis se naturalizar brasileiro, por acreditar que se assim fizesse estaria traindo sua
pátria à Espanha.
Sua intenção era montar um comércio para amparar a população que estava
distante de Presidente Prudente, a cerca de 40 quilômetros. Essa ideia só vingou, porque
já estava começando a derrubada das matas das futuras fazendas. Com isso, o primeiro
comércio a ser construído foi um armazém.
Em 28 de março de 1964 é criado o Município de Narandiba. O movimento
de emancipação foi organizado pelos senhores Laudelino Ferreira, João Botelho Sena,
Arnaldo Ruiz. Este movimento aconteceu sem brigas ou grupos discordantes. Arvelino
Antônio Paes , este é o nome de um dos fundadores de Narandiba. Nasceu no dia 24 de
fevereiro de 1921, migrante de Olho da Água Flores (AL). Era peão e chegou na região
por volta do ano de 1943, quando tinha apenas 22 anos idade. Chegou até a trabalhar
para o primeiro prefeito da cidade, o farmacêutico Arnaldo Ruiz, como cabo eleitoral.
Morador em Narandiba, ao longo de sua vida teve nove filhos, 30 netos e 19 bisnetos.
A emancipação político administrativa ocorreu pela Lei Estadual nº 8092,
de 28 de março de 1964, quando é instituído município de Narandiba.

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3.2. Características do Município
O município pertencente à microrregião e mesorregião Administrativa de
Presidente Prudente e está a aproximadamente 45 km de Presidente Prudente e 580 km
(oeste) da capital do estado via rodovia. Localiza-se no Oeste do Estado de São Paulo
(Figura 1) e seus municípios limítrofes são: Anhumas, ao norte; Centenário do Sul/PR,
ao sul; Taciba, a leste; e Pirapozinho, a oeste (FUNDAÇÃO SEADE, 2014). O acesso à
cidade é pela Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425).

Figura 1 – Localização do Município de Narandiba em relação ao Estado de São Paulo. Fonte:


www.wikipedia.org.br.

De acordo com os dados do IBGE, Narandiba localiza-se a


uma latitude 22º24'26" sul e a uma longitude 51º31'28" oeste, estando a uma altitude de
419 metros. Sua população estimada em 2016 era de 4.702 habitantes, e possui uma
área de 358,2 km².

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NARANDIBA - SP

Figura 2 – Localização do Município de Narandiba em relação ao oeste paulista. Fonte: Google Earth.

3.2.1. Demografia
Serão utilizados os dados do Censo realizado no ano de 2000:

➢ População total: 3.743

• Urbana: 2.282;
• Rural: 1.461;
• Homens: 1.888;
• Mulheres: 1.855;

➢ Densidade demográfica (hab./km²): 10,45

➢ Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 10,99

➢ Expectativa de vida (anos): 74,06

➢ Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,41

➢ Taxa de alfabetização: 84,37%

➢ Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,763

• IDH-M Renda: 0,641;


• IDH-M Longevidade: 0,818;
• IDH-M Educação: 0,830;

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(Fonte: IPEADATA)

➢ Hidrografia

• Rio Paranapanema;
• Ribeirão Anhumas;
• Córrego da Onça;

➢ Rodovias

• SP-425

3.2.2. Geologia e Geomorfologia


A Bacia Hidrográfica do Pontal do Paranapanema, bacia a que o município
pertence, encontra-se no Planalto Ocidental Paulista da Bacia Sedimentar do Paraná.
Constitui-se essencialmente por formações geológicas areníticas do Grupo Bauru
(62,2% da Formação Adamantina, 28,7% da Formação Caiuá e 2,7% da Formação
Santo Anastácio). Apresentam-se em menores proporções basaltos do Grupo São Bento
(4,3% da Formação Serra Geral e 2,1 % de terrenos cenozoicos) (Figura 7).
Classificam-se cinco unidades de mapeamento: KaI, KaII, KaIII, KaIV, KaV. O relevo
tem predominância de colinas amplas e médias, morrotes e espigões alongados, feições
de morros amplos e planícies aluviais (CBH-RP, 2014). Através da Figura 3, que
apresenta a ocorrência do Grupo Bauru, nota-se que o município de Narandiba é
composto pela Formação Caiuá.

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Figura 3 – Mapa da ocorrência do Grupo Bauru. Fonte: www.ecodebate.com.br, modificado de IPT
(1981).

3.2.3. Uso e ocupação do solo


As atividades econômicas de Narandiba são a pecuária e a agricultura. O
uso e ocupação do solo do município de Narandiba são caracterizados, em sua maior
parte, por pastagens e culturas temporárias, conforme o Levantamento Censitário das
Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo – LUPA (2008). Os
demais usos são cobertura vegetal natural, culturas perenes, reflorestamento, entre
outros usos. As principais criações animais do município, com destaque para a criação
de gado e de ovelhas. Como culturas mais cultivadas foi observada grande produção de
braquiária (devido a grandes áreas de pastagens) e de cana-de-açúcar (devido à
existência de usina de açúcar e álcool nas proximidades do município). A estratificação
das áreas agrícolas do município, em sua maioria, é composta por propriedades de
pequeno porte (até 20 hectares).

3.3. Principais fontes poluidoras


A Organização Mundial de Saúde (OMS)estima que, anualmente, mais de 2
milhões de pessoas em todo o mundo corram o risco de morrer devido a problemas
respiratórios causados pela poluição. No Brasil, as principais fontes de poluição estão
divididas em três setores:

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Fixas – são classificadas assim as indústrias de transformação, de mineração
e de produção de energia através de usinas termelétricas;
Móveis – decorrentes de veículos automotores. Estão ligadas às emissões
resultantes da combustão (principal responsável pela poluição nas grandes cidades);
Agrossilvipastoris – são relacionadas às queimadas, incêndios florestais,
pulverização de fertilizantes e agrotóxicos.
Hoje, a queima de combustíveis fósseis derivados de petróleo e carvão
mineral são os principais geradores de poluição. Responsáveis por alimentar os setores
industrial, elétrico e de transporte urbano, a sua queima libera grandes quantidades de
monóxido e dióxido de carbono na atmosfera, além de causar sérios danos à saúde da
população. O monóxido de carbono prejudica o sistema respiratório e diminui a
capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue; já o dióxido de carbono, quando em
excesso no sangue, leva a uma condição anormal no estado de saúde, causando sintomas
que vão desde tonturas até convulsões, e podendo levar a morte.
A poluição agrossilvipastoril é decorrente das atividades ligadas à
agricultura, silvicultura e pecuária. O uso indiscriminado de agrotóxicos e fertilizantes –
que contaminam águas subterrâneas e superficiais – e o excesso de queimadas são os
principais problemas
A principal característica da destinação antropogênica dos resíduos é o fato
de não voltarem aos ciclos naturais, gerando, assim, a poluição ambiental que ocorre
muitas vezes conjuntamente.
A Poluição do Solo: é proveniente de atividades desenvolvidas sobre o
solo, danificando suas propriedades naturais.
As fontes poluidoras do solo são os agentes químicos e fertilizantes
empregados nas lavouras, resíduos de animais que podem contaminar as águas, os
lixões depositados a céu aberto resultando na proliferação de animais causadores de
doenças e os aterros sanitários, quando feitos incorretamente, também causam a
poluição do solo.
O destino do lixo é um problema de difícil solução, pois em contato com o
solo, ocorre a contaminação que tem consequências graves para o homem.
A Poluição da Água: com o aumento da população, nota-se uma
degradação da qualidade das águas, que recebem esgotos industriais e domésticos, além
dos resíduos agrícolas que estão acabando com a capacidade de autodepuração dos rios.

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Essas águas poluídas deságuam no mar, que ainda recebe lixo tóxico e vazamentos de
petróleo.
Quanto aos lençóis freáticos, estão cada vez mais poluídos, devido aos
produtos tóxicos lançados no solo. Esses ficam contaminados por muito tempo, como
consequência da falta de microrganismos para a degradação e a lenta circulação da
água.
Devido aos agentes poluidores, aumenta a quantidade de nitratos nas águas
e, consequentemente, há uma proliferação desordenada de vegetais aquáticos, que ao se
decomporem consomem muito oxigênio dissolvido prejudicando a vida aquática.
Substâncias como o cianeto e os cromatos podem matar peixes e algas a
uma concentração muito baixa se lançados nas águas.
A Poluição por Esgotos Domésticos: o esgoto domiciliar contém uma
grande concentração de matérias orgânicas, nutrientes e microrganismos, dentre esses os
causadores de doenças. Por outro lado, o consumo excessivo de oxigênio pelas bactérias
aeróbicas provocou a extinção do oxigênio dissolvido na água, resultando no
desequilíbrio ecológico.
Também são fontes de poluição a chuva escoada em superfície contaminada
e as ligações clandestinas de esgotos, contribuindo para a contaminação das águas.
A Poluição por Esgotos Industriais: deve-se à composição dos esgotos e
aos processos utilizados. Os resíduos industriais em geral são caracterizados por
Demanda Bioquímica de Oxigênio, presenças de produtos tóxicos e metais pesados,
nutrientes em excesso, turbidez indesejável, ácidos e álcalis.
Esses resíduos dissolvidos nas águas provocam alterações no meio aquático.
Os metais pesados são os dejetos que assumem uma importância exclusiva.
A Poluição do Ar: o ar é a camada da atmosfera mais próxima da Terra,
denominada Troposfera. Ao longo do tempo essa camada está sendo prejudicada
principalmente pelo homem. A Poluição do Ar é proveniente de substâncias naturais ou
emitidas pelo homem. Essas substâncias são os poluentes atmosféricos. Os resíduos
emitidos diretamente das fontes para a atmosfera são os poluentes primários, entre eles
o Fumo, CFCs e etc.
Os poluentes secundários são formados a partir dos primários, por meio de
reações químicas entre hidrocarbonetos e os óxidos de nitrogênio, na presença da luz
solar. A poluição do ar pode se manifestar em pequena escala, próximas às fontes
poluidoras, causando danos à saúde humana, à vegetação, aos animais, causando,

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também, alterações climáticas. No entanto as consequências da poluição podem ser
globais, isto é, afetar todo o Planeta, provocando perturbações nos principais ciclos
bioquímicos.

3.3.1. Potenciais fontes poluidoras em Narandiba


No município de Narandiba, existem algumas potenciais fontes poluidoras,
onde pode-se elencar: uma Usina de açúcar e álcool, uma pedreira, o setor da pecuária e
os efluentes domésticos.

Usina Sucroalcoleira Cocal: Qualquer atividade agrícola que emprega


recursos naturais, como água e solo, e usa insumos e defensivos químicos, como
fertilizantes e praguicidas, provoca algum impacto ambiental. Contudo, é possível
reduzir quaisquer impactos, ao fazer planejamento, ocupação criteriosa do solo agrícola
e emprego de técnicas de conservação para cada cultura e região.
A produção de cana-de-açúcar provoca os seguintes impactos:

• redução da biodiversidade, causada pelo desmatamento e pela implantação de


monocultura;
• contaminação das águas superficiais e subterrâneas e do solo, devido ao excesso
de adubos químicos, corretivos minerais, herbicidas e defensivos agrícolas;
• compactação do solo, devido ao tráfego de máquinas pesadas durante o plantio,
tratos culturais e colheita;
• assoreamento de corpos d’água, devido à erosão do solo em áreas de reforma;
• emissão de fuligem e gases de efeito estufa, na queima de palha, ao ar livre,
durante o período de colheita;
• danos à flora e à fauna, causados por incêndios descontrolados;
• consumo intenso de óleo diesel nas etapas de plantio, colheita e transporte;
• concentração de terras, rendas e condições sub-humanas de trabalho do cortador
de cana.

Na atividade industrial, o processamento da cana é feito com uso intenso de


água. São empregados, também, reativos químicos e biológicos, como soda cáustica,
cal, ácidos e leveduras. Como resultado do processo, são produzidos: açúcar, álcool e

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proteínas de levedura, além de uma série de resíduos sólidos, líquidos e gasosos (Figura
4).

Figura 4 – Produtos e resíduos da indústria canavieira. Fonte: Lora (2000).

Pedreira Jomane: A proximidade de pedreiras de centros habitados é uma


decorrência natural da forte influência do custo dos transportes no preço final do
produto. Isso ocorre, principalmente, com os agregados, devido ao seu baixo valor
unitário. Os fatores geológicos ligados à localização natural da jazida e ao grande
volume das reservas, proporcionando longa vida útil aos empreendimentos, são fatores
rígidos e imutáveis que impedem a mudança das áreas de extração.
Por outro lado, o crescimento desordenado e a falta de planejamento urbano
facilitam a ocupação de regiões situadas nos arredores das pedreiras, provocando o
fenômeno de "sufocamento" das mesmas e originando um quadro crescente de conflitos
sociais.
O consumo de agregados constitui-se em um importante indicador da
situação econômica e social de uma nação. Enquanto os EUA consomem, anualmente,
cerca de 7,5 t por habitante de agregados e a Europa Ocidental, de 5 a 8 t por

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habitante/ano, no Brasil, o consumo está pouco acima de 2 t por habitante/ano. Mesmo
dentro do país, os níveis de consumo de agregados têm diferenças significativas. O
consumo no Estado de São Paulo chega a 4,5 t/hab/ano, enquanto que, em Fortaleza e
Salvador, não atinge 2 t/hab/ano (Valverde, 2001).
Os efeitos ambientais estão associados, de modo geral, às diversas fases de
exploração dos bens minerais, como à abertura da cava, (retirada da vegetação,
escavações, movimentação de terra e modificação da paisagem local), ao uso de
explosivos no desmonte de rocha (sobrepressão atmosférica, vibração do terreno,
ultralançamento de fragmentos, fumos, gases, poeira, ruído), ao transporte e
beneficiamento do minério (geração de poeira e ruído), afetando os meios como água,
solo e ar, além da população local.
Criação de gado: O principal problema relacionado à pecuária é a elevada
emissão de gás metano – um dos principais causadores do efeito estufa -, que é gerado a
partir das fezes dos animais, e também da derrubada de florestas, que dão lugar aos
pastos. Além disso, o consumo de água da atividade também é elevado: são necessários
2.500 litros de água potável para produzir apenas um quilo de carne bovina.
Pesquisadores estimam que mais da metade da produção mundial de grãos, inclusive,
não é destinada ao consumo humano, mas, sim, à população animal.
Diante dos imensos impactos ambientais causados pelo setor, muitas
pessoas começaram a questionar a real necessidade de consumir carne e seus derivados,
e, assim, passaram a enxergar a dieta vegetariana e lifestyle vegano como alternativas
para se relacionar de forma mais equilibrada com a natureza. E, claro, para viver de
forma mais saudável e nutritiva.
Sistema de tratamento de esgoto sanitário – SABESP: Esgotos domésticos
são constituídos por água, em percentuais superiores a 99% da composição total, contendo
geralmente baixas concentrações de material orgânico e inorgânico, dissolvido ou em
suspensão, que variam em quantidade e em qualidade em função dos usos aos quais a água foi
submetida. Dentre as principais substâncias orgânicas comumente encontradas nos esgotos,
podem ser citados carboidratos, lignina, gorduras, sabões, detergentes, proteínas e seus produtos
de decomposição, além de várias outras substâncias naturais ou sintéticas, inclusive resíduos de
medicamentos.
A presença de nutrientes no esgoto sanitário pode constituir um problema nem
sempre de fácil solução, uma vez que é necessário atender às exigências do Conselho Nacional
do Meio Ambiente – Conama – para lançamentos em corpos d’água. Por outro lado, os
nutrientes podem significar uma vantagem substancial para o reúso de água, especialmente em

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irrigação e piscicultura, pois são insumos necessários para o cultivo de plantas e de animais
aquáticos. Os principais nutrientes de interesse são o nitrogênio e o fósforo, os quais se
apresentam, no meio aquático, sob diferentes formas.
O lançamento de esgoto, mesmo tratado, em corpos d’água pode resultar na
poluição destes últimos. Com relação aos nutrientes nitrogênio e fósforo, presentes no
esgoto bruto e nos efluentes de vários processos de tratamento, destaca-se o problema
de eutrofização. A eutrofização pode causar danos aos corpos receptores, podendo-se
enumerar: problemas estéticos e recreacionais; condições anaeróbias no fundo do corpo
d’água; eventuais condições anaeróbias no corpo d’água como um todo; eventuais
mortandades de peixes; maior dificuldade e elevação nos custos de tratamento da água;
problemas com o abastecimento de águas industrial; toxicidade das algas; modificações
na qualidade e quantidade de peixes de valor comercial; redução na navegação e
capacidade de transporte. Além disso, a amônia pode causar problemas de toxicidade
aos peixes e implicar em consumo de oxigênio dissolvido.
Em termos de águas subterrâneas, a maior preocupação é com o nitrato, que
pode contaminar águas utilizadas para abastecimento, podendo causar problemas de
saúde pública (metemoglobinemia). A resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do
Conama, dispõe sobre a classificação dos corpos d’água superficiais e sobre diretrizes
ambientais para o seu enquadramento e estabelece as condições e padrões para
lançamento de efluentes em corpos d’água. Esta resolução define os padrões de
qualidade para diversas formas de nitrogênio e fósforo, os quais são associados às várias
classes dos corpos d’água.
Dependendo da classe em que o corpo d’água foi enquadrado, variam os
teores máximos permitidos para nitrogênio amoniacal, nitrato, nitrito e fósforo na água
dos mananciais. No entanto, em termos dos constituintes relacionados às formas de
nitrogênio e fósforo, de acordo com a Resolução Conama 357/05, não há padrões de
lançamento introdução 23 para nitrito, nitrato e fósforo, existindo apenas o padrão de
lançamento para nitrogênio amoniacal (20 mg/L). Mesmo este padrão para nitrogênio
amoniacal foi suspenso temporariamente pela Resolução Conama nº 397, de 03 de abril
de 2008.
Os sistemas convencionais de tratamento biológico de esgoto, que são
projetados visando, principalmente, à remoção de matéria orgânica, resultam em
efluentes com concentrações de nitrogênio e fósforo próximas às do esgoto bruto,
dificultando o atendimento às exigências do Conama com relação aos teores dos

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mesmos nos corpos d’água. Esse problema é agravado quando a diluição do esgoto no
corpo receptor é baixa.

3.4. Medidas mitigadoras


Com relação ao setor sucroalcoleiro, algumas medidas são de suma
importância para minimizar os impactos causados pelas usinas, como por exemplo: a
implantação de filtros e ciclones nas chaminés, equipamentos estes que possibilitam a
extração de partículas sólidas em suspensão no escoamento de gases e dá solução para
mitigar a emissão de poluentes; coleta seletiva das embalagens de agrotóxicos, bem
como a sua destinação correta a partir de empresas certificadas, assim como o óleo
lubrificante das máquinas que, se não coletados devidamente são passivos ambientais. A
torta de filtro, resíduo gerado no tratamento do caldo é acondicionado na Estação de
Tratamento de Efluentes e sua disposição final poderá ser a compostagem, pois sua
utilização como adubo orgânico ainda está em processo de aprimoramento por conter
alto teor de metais pesados. Poderia ainda ser reutilizada neste processo em conjunto
com a vinhaça na fertirrigação que é aplicada a níveis controlados pela usina, não
causando efeitos danosos ao solo.
Em se tratando de empreendimentos de extração mineral, pode-se destacar
entre algumas medidas mitigadoras: Realizar constante umidificação nas estradas de
acesso ao empreendimento e também de acesso a lavra visando a diminuição dos
particulados no ar; os veículos e equipamentos utilizados nas atividades devem receber
manutenção preventiva para evitar emissões abusivas de gases e ruídos na área
trabalhada; A supressão vegetal deverá ser planejada e executada de forma conduzir a
fauna para áreas vizinhas não habitadas; Desenvolver a recuperação da área degradada
em lotes, conforme vai se encerrando as atividades de extração em uma certa área da
frente de lavra; Todos os equipamentos, tanto os de britagem quanto os caminhões,
passarão por constante manutenção preventiva e preditiva visando a diminuição de
ruídos e também evitar acidentes com os trabalhadores durante a sua operação.
No que diz respeito à pecuária, os esforços para a redução dos gases de
efeito estufa são, portanto, urgentes. Tornar a pecuária brasileira uma atividade menos
nociva ao clima do planeta significa torna-la mais produtiva. Por exemplo, colocar 2
bois por hectare ao invés de 1, reduz em 25% as emissões.
Além disso, é preciso coibir os desmatadores ilegais com penas que incluam
multas, embargos de áreas e confisco de bens. Atualmente, a aplicação de algumas
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penas tem sido bem-sucedida, mas pode melhorar. Outra medida importante é a
conservação das nascentes e a conservação das APP’s (Área de Preservação
Permanente), através da recomposição da mata ciliar nos cursos d’água e o seu
cercamento, evitando que a criação bovina tenha acesso a esses locais.
No caso dos efluentes, é necessário que sejam pesquisadas tecnologias de
tratamento de esgoto que garantam a qualidade dos efluentes, tanto para reúso como
para lançamento em corpos d’água.
O tratamento adequado de esgoto, seja para a obtenção de efluentes que
atendam aos padrões de lançamento do corpo receptor, seja para a sua utilização
produtiva, representa solução para os problemas de poluição da água e de escassez de
recursos hídricos, contribuindo para a proteção ambiental e para a geração de alimentos
e de outros produtos.
Há necessidade de que sejam pesquisadas tecnologias de condicionamento e
de reúso de águas residuárias visando a qualidade do efluente tratado necessária para as
utilizações em diversos fins e para atender aos padrões de enquadramento e aos
múltiplos usos dos corpos d’água, em conformidade com a legislação do Conselho
Nacional do Meio Ambiente – Conama.
Em outros casos, mesmo com o tratamento de efluentes sendo realizado nos
municípios, pelas concessionárias ou pelo poder público, poderá ser necessário um
tratamento especial, que consiste em técnicas avançadas para à remoção de organismos
patogênicos, a chamada desinfecção. Para esta etapa, é necessário a previsão de
instalações para a desinfecção do efluente a ser tratado. Os meio utilizados neste
processo, geralmente acontecem por meio do uso do cloro, ozônio e, mais recentemente,
radiação ultravioleta.

4. CONCLUSÃO
A influência antrópica mediante os ciclos biogeoquímicos,
indubitavelmente, é algo que está crescendo e afetando cada vez mais a situação do
planeta. A maior parte dos desastres geográficos, como chuva ácida, eutrofização, efeito
estufa e destruição da camada de ozônio, são causados por ações dos humanos, que com
suas vidas corridas, não param para analisar seus comportamentos e a "pegada
ecológica" que fazem no meio ambiente, e posteriormente, se frustram com as notícias
de acidentes ou esgotamentos de recursos.

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Mas ao contrário do que a maioria da população pensa, é que cada um pode
poupar essas tragédias com ações básicas, juntamente com a conscientização, como
reciclar resíduos e monitorá-los aos pontos de coleta seletiva, reduzir o uso de
automóveis, pois são grandes emissores de poluentes, e fazer o uso consciente dos
resíduos naturais, pois os mesmo se esgotarão ou levarão milhares de anos para se
recomporem. Tendo em vista os aspectos mencionados, com a colaboração de cada um
de nós em prol do meio ambiente, todos os seres vivos e o planeta serão beneficiados.
É de suma importância a conscientização da população sobre o que vem
acontecendo ao ciclo biogeoquímico, um fenômeno essencial que garante a vida de tudo
e todos.

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