ESPECIFICAÇÃO PADRÃO – MSS-SP-55

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INTRODUÇÃO

A MSS SP-55, Norma de Qualidade para Fundidos de Aço para Válvulas, Flanges, Conexões, e
Outros Componentes de Tubulação – Método Visual para Avaliação de Irregularidades da
Superfície, foi adotada originalmente em 1961. Ela foi elaborada com a finalidade de fornecer à
indústria meios uniformes para identificar diversos tipos de irregularidades na superfície de
fundidos.

Esta norma inclui um conjunto de 60 fotos de referência ilustrando estas irregularidades na

superfície de fundidos, que possibilitam uma comparação visual de uma superfície de fundido real
com aquelas fotos, com a finalidade de estabelecer um padrão de aceitação para ditas
irregularidades.

ÍNDICE

SEÇÃO PÁGINA

1. Escopo
2. Definição da Qualidade da Superfície Através de Inspeção Visual
3. Fotos de Referência
4. Terminologia das Fotos de Referência
5. Comparação do Critério de Aceitação da MSS SP-55 com a Norma Scrata
Relativa a Padrões de Qualidade da Textura da Superfície
TABELA 1 – Níveis de Aceitação dos Comparadores Scrata Considerados
Equivalentes ao Critério de Aceitação da MSS SP-55
ANEXO A – Normas de Referência

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NORMA DE QUALIDADE PARA FUNDIDOS DE AÇO PARA VÁLVULAS,
FLANGES, CONEXÕES, E OUTROS COMPONENTES DE TUBULAÇÃO –
MÉTODO VISUAL PARA AVALIAÇÃO DE IRREGULARIDADES DA SUPERFÍCIE
1. ESCOPO
1.1 Esta norma tem a finalidade de
complementar os requisitos das Especificações
ASTM A 216 / A 216M, A 217 / A 217M, A 351 /
A351M, A 352 / A 352M, A 389 / A 389M, A 487 / A
487M, e A 744 / A 744M, e apresentar uma série
de fotografias de referência típicas das várias
irregularidades de superfície comuns a fundidos
sob pressão de aço e ilustrações de qualidade
geralmente aceita e geralmente rejeitada. A Tabela
1 da Seção 5 apresenta a interpretação da MSS
quanto à relação entre esta norma de qualidade e
os níveis de qualidade de superfície ilustrados
pelos parâmetros de comparação e fotografias
dos Comparadores SCRATA para Definição da
Qualidade da Superfí-cie de Fundidos de Aço.
1.2 Para exames não-destrutivos
adicionais definindo qualidade para fundidos
de aço, esta norma poderá ser complementa-
da pelas Especificação Padrão MSS SP-53
para exame de partícula magnética, MSS
SP-54 para ensaios radiográficos, MSS SP-
93 para exame com líquido penetrante, MSS
SP-94 para exame ultra-sônico, e MSS SP-
112 para exame visual e tátil.
2. DEFINIÇÃO DA QUALIDADE DA
SUPERFÍCIE POR INSPEÇÃO VISUAL
2.1 Doze tipos gerais de
irregularidades de superfície são caracteriza-
dos no conjunto, cinco exemplos sendo
incluídos para cada tipo. Os dois exemplos
de cada caso indicados à esquerda ilustram
os graus aceitáveis do tipo de irregularidade
específico. Os três exemplos à direita são
caracterizados como contendo defeitos
inaceitáveis.
2.2 Admite-se que poderão ocorrer
problemas na avaliação das superfícies de
fundidos para uma ampla faixa de dimensões
e espessuras de seção utilizando o mesmo
conjunto de normas. Esta especificação
tenta minimizar o fator dimensional, e é
destinada a uso geral para qualquer área
de 4” x 5” (100mm x 125 mm).
3. FOTOS DE REFERÊNCIA
3.1 Esta norma inclui um conjunto de
60 fotos ilustrativas das várias irregularidades
de superfície de fundidos que podem ser
observadas por inspeção visual. Estas
fotografias são exemplos em tamanho real de
gradações em irregularidades aceitáveis e
não aceitáveis. Subentende-se que
irregularidades menos acentuadas do que
aquelas indicadas como não aceitáveis serão
aceitáveis sob esta especificação.
3.2 As fotos inclusas representam
fundidos reais, e poderão apresentar
irregularidades de superfícies além do tipo
caracterizado no título. Cada tipo de irregula-
ridade de superfície deverá ser analisado
somente contra a série de fotografias
identificadas com o tipo.
4. TERMINOLOGIA PARA AS FOTOS DE
REFERÊNCIA
4.1 Deve-se notar que todas as defini-
ções e discussões da terminologia se
aplicam apenas às irregularidades da superfí-
cie, e não aos defeitos internos. Os tipos de
irregularidades de superfície ilustrados nas
fotos de referência são os seguintes:
a) Tipo I – Trincas e Fissuras de
Fundição
Descontinuidades ou fraturas lineares da
superfície causadas por tensões internas ou
externas, ou uma combinação de ambas,
atuantes sobre o fundido. Elas podem ocorrer
durante ou após a solidificação. De modo
geral, trincas e/ou fissuras de fundição não
são aceitáveis.
b) Tipo II – Rechupe
Espaço oco que ocorre em metais
fundidos como resultado de rechupe durante
a solidificação e resfriamento progressivo do
metal, que fica exposto durante a retirada de
alimentadores e canaletas.
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c) Tipo III – Inclusões de Areia
Areia que fica retida no metal fundido e
aparece na superfície da peça.
d) Tipo IV – Porosidade Gasosa
Espaços ocos no metal fundido causa-
dos por retenção de gás durante o processo
de solidificação.
e) Tipo V – Veio
Aspectos na superfície do fundido com
aparência de estrias, associados com a
movimentação ou rachadura da areia.
f) Tipo VI – Rabos-de-Rato
Aspectos na superfície do fundido com
aparência de depressão, resultante de falha
ou ondulação nas superfícies do molde.
g) Tipo VII – Enrugamentos, Sobreposi-
ções, Dobras e Vazamento Incompleto
Irregularidades da superfície causadas
por fusão incompleta ou dobramento das
superfícies metálicas fundidas.
h) Tipo VIII – Marcas de Corte
Irregularidades da superfície causadas
por queima ou outros meios mecânicos utili-
zados na limpeza dos fundidos.
i) Tipo IX – Crostas
Defeitos da superfície levemente ressal-
tados que são geralmente incrustados de
areia por uma camada fina e porosa de
metal.
j) Tipo X – Chapelins
Aparecimento de chapelins na superfície
do fundido revelando fusão incompleta, que
pode também se aplicar a coquilhas internas.
k) Tipo XI – Áreas de Reparo de Solda
Evidência de preparação inadequada da
superfície após soldagem.
l) Rugosidade na Superfície
Textura da superfície devido a desenho,
modelo de fundição, rede de canais de
alimentação (gating) e condições da areia.
5. COMPARAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE
ACEITAÇÃO DA MSS SP-55 COM A
NORMA SCRATA RELATIVO A PADRÕES
DE QUALIDADE DA TEXTURA
5.1 A MSS e outras entidades têm
publicado normas ilustrando os vários níveis
de textura e irregularidades de superfície
classificados por tipo. A norma SCRATA
discutida nesta seção não identifica níveis
específicos como sendo aceitáveis, deixando
esta questão para a especificação do produto
ou documento de compra.
5.2 A Tabela 1 foi incluída com a fina-
lidade de mostrar a interpretação da MSS
quanto aos níveis de descontinuidade por
tipo que seriam atendidos pelos fundidos em
conformidade com a SP-55.
5.3 Os comparadores da SCRATA
são réplicas em plástico das superfícies
efetivas dos fundidos, cada uma das quais é
também representada por fotografia. A norma
sugere indicação dos critérios de aceitação
nos desenhos.
5.4 Os critérios de aceitação da MSS-
SP-55 foram analisados contra a norma
SCRATA para designar os critérios de
aceitação de cada tipo, que sejam
equivalentes aos critérios de aceitação da
SP-55. As comparações publicadas na
Tabela 1 representam a interpretação da
MSS. Elas têm a finalidade de auxiliar na
interpretação da norma SCRATA.
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TABELA 1 – Níveis de Aceitação dos Comparadores SCRATA Considerados

Equivalentes aos Critérios de Aceitação da MSS SP-55

CLASSIFICAÇÃO COMPRADORES SCRATA

MSS SP-55 EQUIVALENTES

TIPO I
Trincas e Fissuras de Fundição Nenhum aceitável
(Nenhum aceitável)
TIPO II SEM EXEMPLOS
Rechupe Utilizar MSS SP-55
TIPO III COMPARADOR B2
Inclusões de Areia ou melhor
TIPO IV COMPARADOR C2
Porosidade Gasosa ou melhor
TIPO V SEM EXEMPLOS
Veio Utilizar MSS SP-55

TIPO VI SEM EXEMPLOS

Rabos-de-Rato Utilizar MSS SP-55
TIPO VII
COMPARADOR D2
Enrugamentos, Sobreposições, Dobras e Vazamento
ou melhor
Incompleto
TIPO VIII COMPARADOR G2 ou melhor
Marcas de Corte COMPARADOR H4 ou melhor
TIPO IX COMPARADOR E1
Crostas ou melhor
TIPO X COMPARADOR F2
Chapelins ou melhor
TIPO XI COMPARADOR J3
Áreas de Reparo de Solda ou melhor
TIPO XII COMPARADOR A3
Rugosidade na Superfície ou melhor

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ANEXO A
Normas de Referência e Datas Aplicáveis
Este Anexo é parte integrante desta Norma Técnica, e é colocado no final para facilidade de consulta.
Designação da Norma
ASTM TÍTULO

A 216/A 215M-93 (R98) Fundidos de Aço Carbono Adequados para Solda por Fusão, para
Serviço a Alta Temperatura

A 217/A 217M-99 Fundidos de Aço Inoxidável Martensítico e Aço-Liga para Partes

Contentoras de Pressão, Adequados para Serviço a Alta Temperatura

A 351/A 351M-94 (R99) Fundidos de Aço Austenítico, para Serviço a Alta Temperatura

A 352/A 352M-93 (R98) Fundidos de Aços Ferríticos e Martensíticos para Partes Contentoras
de Pressão, Adequados para Serviço a Baixa Temperatura

A 389/A 389M-93 (R98) Fundidos de Aço Liga, com Tratamento Térmico Especial, para Partes
Contentoras de Pressão, Adequados para Serviço a Alta Temperatura

A 487/A 487M-93 (R98) Fundidos de Aço Adequados para Serviço à Pressão

A 744/A 744M-98A Fundidos, Base Ferro-Cromo-Níquel, Resistentes à Corrosão, para

Serviço Severo

MSS

SP-53-1999 Norma de Qualidade para Fundidos e Forjados para Válvulas,

Flanges, Conexões e Outros Componentes de Tubulação – Método
do Exame de Partícula Magnética

SP-54-1999 Norma de Qualidade para Fundidos de Aço para Válvulas, Flanges,

Conexões e Outros Componentes de Tubulação – Método do Exame
Radiográfico

SP-93-1999 Norma de Qualidade para Fundidos e Forjados de Aço para Válvulas,

Flanges, Conexões e Outros Componentes de Tubulação – Método
do Exame de Líquido Penetrante

SP-94-1999 Norma de Qualidade para Fundidos de Aço Ferrítico e Martensítico

para Válvulas, Flanges, Conexões e Outros Componentes de Tubula-
ção – Método do Exame Ultra-sônico

SP-112-1999 Norma de Qualidade para Análise do Acabamento de Superfícies

Fundidas – Método Visual e Tátil

SCRATA

Comparadores para Definição da Qualidade da Superfície de Fundidos de Aço