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TESTE N.

º 5
TEMA – O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica
Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva | Análise comparativa de duas teorias
explicativas do conhecimento

GRUPO I
1. Na resposta a cada um dos itens que se seguem selecione a única opção correta.
1.1. Analise as afirmações que se seguem acerca de duas das teorias explicativas do
conhecimento.
1. Descartes é um filósofo racionalista que defende a existência de ideias inatas.
2. Para David Hume o ser humano tem perceções de dois tipos: relações de ideias e
questões de facto.
3. A primeira certeza cartesiana é a de que Deus existe, pelo que se afasta a
possibilidade do génio maligno.
4. Segundo David Hume, o funcionamento da causalidade é evidente.

Deve afirmar-se que:


(A) 1 é verdadeira; 2, 3 e 4 são falsas.
(B) 1, 2 e 3 são verdadeiras; 4 é falsa.
(C) 1 e 4 são verdadeiras; 2 e 3 são falsas.
(D) Todas são verdadeiras.

1.2. Segundo Descartes, Deus existe porque:


(A) Se Deus não existir, todas as perceções do mundo exterior são falsas.
(B) A ideia de um ser perfeito implica a existência.
(C) A causa do mundo exterior não pode ser o génio maligno.
(D) Deus é necessário para se vencer o ceticismo.

1.3. Descartes recorre à dúvida metódica para:


(A) Demonstrar que os sentidos nos enganam.
(B) Provar que a única certeza que temos é que não podemos estar certos de nada.
(C) Fundamentar o conhecimento de forma segura.
(D) Demonstrar a existência de Deus.

1.4. David Hume defende que a explicação da causalidade:


(A) É o resultado de uma relação entre uma causa eficiente e a sua consequência.
(B) É possível, dado que o conhecimento deriva da evidência empírica.
(C) Não é possível, dado que o que conhecemos dela resulta apenas do hábito.
(D) É o resultado da relação entre questões de facto e da relação entre ideias.

1.5. Segundo David Hume, o conhecimento tem origem:


(A) Nas impressões e ideias.
(B) Nos dados a priori.
(C) Nas impressões e nas ideias inatas.
(D) Nos conhecimentos de facto e nas relações entre ideias.

2. Classifique as afirmações que se seguem como verdadeiras ou falsas:


2.1. A dúvida cartesiana permitiu a consolidação do ceticismo de Descartes.
2.2. Segundo o método cartesiano, só devemos aceitar como conhecimento verdadeiro as
ideias claras e distintas.
2.3. Segundo o empirismo de David Hume, o conhecimento só é possível quando parte de
ideias inatas.
2.4. Para Descartes, o cogito é uma certeza clara e distinta.
2.5. Para David Hume todas as ideias, direta ou indiretamente, derivam da experiência.
2.6. Segundo Kant, o conhecimento fora do espaço e do tempo é possível.
2.7. Para David Hume há dois tipos de conhecimento: o que resulta da relação entre ideias e o
que deriva das questões de facto.
2.8. Para David Hume e Kant é possível demonstrar-se, através das impressões a priori, a
existência de Deus.
2.9. David Hume é cético; Descartes defende um dogmatismo ingénuo.
2.10. Para David Hume não há uma explicação cabal que nos permita compreender a
causalidade.

GRUPO II
1. Leia o excerto que se segue e responda às questões.
Duvidar que se está a refletir é impossível, já que o ato de duvidar é, em si, um caso de
reflexão.
Assim, a atividade mental irá sempre compreender o ato de pensar e, não podendo duvidar
que está a pensar (…), terá, portanto, uma premissa indubitável da qual extrai a conclusão
certa (…).
J. Cottinghan, A Filosofia de Descartes, Edições 70, 1989, p. 67.

1.1. A que "conclusão certa" chega Descartes com o ato de duvidar expresso no excerto?
1.2. Identifique duas características que, segundo Descartes, todo o conhecimento tem de ter
para que seja aceite pela razão.
1.3. Demonstre, apresentando uma das provas da existência de Deus, como chega Descartes à
sua segunda certeza.

GRUPO III
1. Leia o texto que se segue e responda às questões.
Onde quer que a repetição de qualquer ato ou operação particular manifeste uma propensão
para renovar o mesmo ato ou operação, sem ser impulsionado por raciocínio ou processo
algum do entendimento (…), dizemos sempre que essa propensão é o efeito do costume. Ao
empregarmos esta palavra, não pretendemos ter fornecido a razão de semelhante propensão.
Salientamos apenas um princípio da natureza humana, que é reconhecido universalmente e
muito conhecido pelos seus efeitos. Talvez não consigamos levar mais além as nossas
indagações, ou tentar fornecer a causa desta causa, mas devemos ficar contentes com ela
enquanto princípio último, que podemos atribuir, de todas as nossas conclusões a partir da
experiência. Já é satisfação bastante podermos chegar até aqui, sem nos lamentarmos da
estreiteza das nossas faculdades, porque não nos levarão mais longe. E é certo que, aqui,
apresentamos pelo menos uma proposição muito inteligível, se é que não uma verdadeira, ao
asserirmos que, após a conjunção constante de dois objetos – o calor e a chama, por exemplo,
o peso e a solidez –, somos determinados pelo costume a apenas esperar um a partir do
aparecimento do outro. (…) Nenhum homem, tendo visto unicamente um corpo mover-se
depois de ser impelido por outro, poderia inferir que todos os outros corpos se moverão após
um impulso semelhante. Por conseguinte, todas as inferências (…) a partir da experiência são
efeitos do costume, não do raciocínio. O costume, pois, é o grande guia da vida humana.
Unicamente este princípio nos torna útil a experiência e nos faz esperar, para o futuro, uma
série de eventos semelhantes àqueles que apareceram no passado. Sem a influência do
costume, seríamos plenamente ignorantes em toda a questão de facto para além do que está
imediatamente presente à memória e aos sentidos.
D. Hume, Investigação Sobre o Entendimento Humano, Edições 70, 2013, pp. 47-50.

1.1. Explique por que razão, segundo David Hume, todo o conhecimento deriva direta ou
indiretamente da experiência.
1.2. Partindo da posição expressa no texto, poderá o ser humano constituir um conhecimento
geral da realidade partindo da experiência?
1.3. Demonstre que a posição epistemológica de David Hume desemboca num ceticismo
moderado.
TÓPICOS DE RESPOSTA
TÓPICOS DE RESPOSTA
GRUPO I
1.
1.1. (A); 1.2. (B); 1.3. (C); 1.4. (C); 1.5. (A)
2.
2.1. F; 2.2. V; 2.3. F; 2.4. V; 2.5. V; 2.6. F; 2.7. V; 2.8. F; 2.9. F; 2.10. V

GRUPO II
1.
1.1. O texto apresenta o ponto de partida da dúvida cartesiana e a razão pela qual Descartes chega à
primeira certeza. A primeira certeza do sujeito que duvida é a de que existe porque duvida. O cogito é a
"conclusão certa" a que alude o texto. O texto pode, desta forma, ser resumido pela expressão
cartesiana "penso, logo existo".
1.2. Descartes defende que qualquer conhecimento assumido pela razão como verdadeiro deve ser
claro e distinto, à semelhança da primeira certeza (o cogito).
1.3. O sujeito que pensa tem em si a ideia de perfeição, mas, dado que o sujeito pensante duvida, não
pode ser ele a origem dessa ideia. Desta forma, para Descartes, é forçoso que Deus exista, dado que a
ideia de perfeição só pode ter em Deus a sua origem.

GRUPO III
1. 1.1. O conhecimento humano deriva de duas fontes, impressões e ideias. As impressões são vívidas e
resultam imediatamente da experiência. As ideias formam-se a partir das impressões, constituindo uma
memória desvanecida da realidade sensível. Assim, para David Hume, todo o conhecimento deriva
direta ou indiretamente da experiência.
1.2. Uma vez que todo o conhecimento deriva da experiência, ela constitui-se como a única condição de
possibilidade do conhecimento humano. Contudo, segundo David Hume, o conhecimento sensível
encontra-se fundado na indução, através do princípio da causalidade. Tal como se apresenta no texto, o
ser humano explica a causalidade através do costume, que não constitui uma verdadeira explicação do
funcionamento da relação causa-efeito. David Hume, enquanto filósofo, defende que apenas
conhecemos partindo da experiência, mas não conseguimos explicar cabalmente o funcionamento da
causalidade, logo, apesar de podermos conhecer a verdade, não conseguimos explicá-la. Por outro lado,
enquanto homem comum, David Hume não defende o abandono da indução e da causalidade, pois
estas são as únicas vias que têm tornado a vida possível. Desta forma, se enquanto filósofo David Hume
recusa que a experiência permita um conhecimento geral justificado da realidade, enquanto homem
comum considera que a experiência é a única via possível.
1.3. A posição epistemológica de David Hume, enquanto filósofo, desemboca no ceticismo. Contudo, o
filósofo não recusa que exista a verdade ou que a indução não possa ter uma explicação cabal, apenas
afirma que não está ao nosso alcance e que o costume, como explicação da causalidade, é insuficiente.
Assim, se enquanto filósofo põe em causa a justificação do conhecimento possível pela indução e se
enquanto homem comum defende o recurso à experiência e à indução, o seu ceticismo é moderado.

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