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I – SEMINÁRIO DE CONTABILIDADE RURAL 2017

CNA FAEC SENAR


I - SEMINÁRIO DE CONTABILIDADE RURAL 2017

• Advogado Formado pela Universidade Salgado de


Oliveira (2005) e graduado em Ciências Contábeis pela
Faculdade Anhanguera de Ciências Humanas (1989);
• Pós Graduado em Auditória e Análise Contábil, pela
Universidade Católica de Goiás (1998);
• Assistente de ensino no MBA em Direito Tributário pela
FGV- Escola de Direito Rio de Janeiro (2006 e 2007);
• Professor titular dos cursos de Pós graduação da PUC
GOIÁS/IPECON; IPOG, UFG, ALFA, UNICAMPS
• Proprietário da Empresa - Master Processamento de
Dados Ltda - Auditoria Contábil;
• Sócio e Editor da empresa Objetiva Edições Empresariais
Ltda, Empresa com 27 anos de atuação nas áreas
Legislação Tributária, Federal, Estadual Municipal,
trabalhista e previdenciária e contábil;
• Consultor de empresas nas áreas de tributos federais,
estaduais e municipais com 20 anos de experiência.
CAPÍTULO 1
Atividade Rural
(Considerações Gerais)
ATIVIDADE RURAL
(Código Civil)

O empresário, cuja atividade rural constitua


sua principal profissão, pode, observadas as
formalidades de que tratam o art. 968 e seus
parágrafos, requerer inscrição no Registro
Público de Empresas Mercantis da respectiva
sede, caso em que, depois de inscrito, ficará
equiparado, para todos os efeitos, ao
empresário sujeito a registro (Artigo 971 da
Lei nº 10.406/2002).
ATIVIDADE RURAL

Para fins da conceituação dos agentes da atividade rural, conceitua-


se primeiramente a estrutura civil sobre a qual se desenvolve tais
atividades. Assim, tem-se:

ATIVIDADE EMPRESÁRIA ATIVIDADE CIVIL

É a organização econômica dos Ocorre quando da ausência de


fatores de produção desenvolvida um dos fatores de produção.
por pessoa natural ou jurídica para
produção ou circulação de bens ou A principal diferença é a
serviços através de um forma de exploração do
estabelecimento empresarial que objeto social.
visa o lucro.
FORMA DE EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE RURAL

EMPRESAS RURAIS

São aquelas que exploram a capacidade produtiva do


solo por meio do cultivo da terra, da criação de animais
e da transformação de determinados produtos
agropecuários.

CAMPOS DA ATIVIDADE RURAL

Produção vegetal Produção animal Indústrias rurais


(Atividade Agrícola) (Atividade Zootécnica) (Atividade Agroindustrial)
EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE AGRÍCOLA

PRODUÇÃO VEGETAL
A Atividade Agrícola divide-se dois grandes grupos:
CULTURA HORTÍCOLA E FORRAGEIRA:
Cerais (feijão, soja, arroz, milho, trigo)
Hortaliças (verduras, tomate, pimentão)
Tubérculos (batata, mandioca, cenoura)
Plantas oleaginosas (mamona, amendoim)
Especiarias (cravo, canela)
Fibras (algodão, juta, malva)
Floricultura (forragens, plantas ornamentais)

ARBORICULTURA:
Florestamento (eucalipto, pinho, mogno, cedro)
Pomares (manga, laranja, cupuaçu, graviola)
Vinhedos, olivais, seringais
EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE ZOOTÉCNICA

CRIAÇÃO DE ANIMAIS
A Atividade Zootécnica se desmembra em:
Apicultura - criação de abelhas
Avicultura – criação de aves
Cunicultura – criação de coelhos
Piscicultura – criação de peixes
Ranicultura – criação de rãs
Sericicultura – criação do bicho-da-seda
Pecuária – criação de gado
Outros pequenos animais
EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE ZOOTÉCNICA

CRIAÇÃO DE ANIMAIS

Pecuária
É a arte de criar gado, que são animais
geralmente criados no campo, para
serviços de lavoura, para consumo
doméstico ou para fins industriais.

“Gado” é o gênero em que as espécies são:


bovinos, suínos, caprinos, ovinos, eqüinos,
muares, asininos etc.
EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE AGROINDUSTRIAL

CRIAÇÃO E PROCESSAMENTO
A Atividade Agroindustrial compreende:
Beneficiamento de Produto Agrícola
Exemplo: arroz, milho, café.

Transformação de Produto Zootécnico


Exemplo: mel, laticínios.

Transformação de Produtos Agrícolas


Exemplo: cana-de-açúcar transformado em
álcool. Uva transformada em vinho.
Atividade Rural

PESSOA FÍSICA
X
PESSOA JURÍDICA
Existem no Cenário Tributário Brasileiro três formas jurídicas
de exploração da atividade rural: Exploração pela Pessoa Física
e Exploração pela Pessoa Jurídica e Exploração pela Pessoa
Física equiparada à Pessoa Jurídica.

EXPLORAÇÃO PELA PESSOA FÍSICA EXPLORAÇÃO PELA PESSOA JURÍDICA

Neste formato de exploração, o Imposto de Neste formato de exploração, o Imposto de


Renda é oriundo da elaboração do Livro Renda é oriundo do Lucro Apurado
Caixa. segundo um dos regimes tributários: Lucro
Real , Lucro Presumido e Simples Nacional

EXPLORAÇÃO PELA FÍSICA EQUIPARADA APESSOA JURÍDICA

Neste formato de exploração o empresário, cuja atividade rural constitua sua principal
profissão, pode requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva
sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário
sujeito a registro. Depois de equiparados às pessoas jurídicas, a regras contábeis lhes são
estendidas, devendo fazer escrituração regular utilizando como base o método das partidas
contábeis.
FORMAS DE ASSOCIAÇÕES
NAS EXPLORAÇÕES DE
ATIVIDADES RURAIS
A exploração da Atividade Rural poderá ser feita pelo próprio
produtor, enquanto pessoa física ou jurídica, ou ainda na forma de
associações para exploração das atividades rurais.
FORMA DE ASSOCIAÇÕES
INVESTIDOR AGROPECUÁRIO COM A PROPRIEDADE DA TERRA

Nesse caso, ele é detentor dos capitais fundiários e de exercício. Ele


mesmo administra seus negócios.

ARRENDAMENTO PARCERIA CONDOMÍNIO

Nesse caso o proprietário aluga Ocorre quando o É a propriedade em


a terra por determinado proprietário participa com comum, ou a co-
período. O prazo e as condições o capital, sem administrar propriedade, em que os
são estabelecidos em contrato o empreendimento, sendo condôminos proprietários
e o arrendador recebe do necessário associar-se a compartilham dos riscos e
arrendatário um valor terceiros na forma de dos resultados, da mesma
combinado, que a título de parceria. forma que a parceria, na
aluguel. proporção da parte que
lhes cabe no condomínio.
CONTABILIDADE RURAL

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


EMPRESA RURAL

Empresas Rurais são as que


exploram a capacidade produtiva
do solo, criação de animais e
transformação de produtos
agrícolas.

As atividades podem ser divididas em três grupos


distintos:
a) Produção Vegetal – Atividade Agrícola
b) Produção Animal – Atividade Zootécnica
c) Indústrias Rurais – Atividade Agroindustrial
Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.
ANO AGRÍCOLA X EXERCÍCIO SOCIAL

Ao término da colheita e da
comercialização, temos o
encerramento do ano agrícola. O
Ano agrícola é o período em que
se planta, colhe e normalmente
comercializa a safra agrícola.

A apuração do resultado, quando realizada logo após a


colheita e a comercialização, contribui na avaliação do
desempenho da safra agrícola.

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


ANO AGRÍCOLA X EXERCÍCIO SOCIAL

Se o ano agrícola terminar em


março, o exercício social poderá
ser encerrado em 31/3 ou 30/4,
se assim sucessivamente.

Desta forma, evita-se a cultura em formação, por


ocasião da apuração do resultado. Se o exercício social
fosse encerrado antes da colheita, teríamos plantas em
crescimento, o que seria difícil de avaliar, por exemplo.

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


ASSOCIAÇÃO NA EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA

PARCERIA
Ocorre parceria quando o
proprietário da terra contribui no
negócio com o capital fundiário e
o capital de exercício.
A parceria consiste em dividir o lucro da colheita entre
o proprietário e o parceiro.
a) Proprietário: Capitalista, geralmente gerente do
negócio.
b) Parceiro: Entra com a execução do trabalho
Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.
ASSOCIAÇÃO NA EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA

ARRENDAMENTO
Quando o proprietário da terra
aluga seu capital fundiário por
determinado período a um
empresário.

O arrendador recebe do arrendatário uma retribuição


certa, que é o aluguel.

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


ASSOCIAÇÃO NA EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA

COMODATO
Empréstimo gratuito.

Uma das partes cede por


empréstimo, para que se use pelo
tempo e nas condições
preestabelecidas no contrato.

Nesse caso, o proprietário cede seu capital sem nada


receber do comodatário.

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


ASSOCIAÇÃO NA EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA

CONDOMÍNIO
É a propriedade em comum, ou a
copropriedade.

Os condôminos proprietários compartilham dos riscos e


dos resultados, da mesma forma que a parceria, na
proporção da parte que lhes cabe no condomínio.

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


ATIVOS BIOLÓGICOS E
PRODUTO AGRÍCOLA

CPC nº 29
Resolução CFC nº 1.186/2009
IAS 41
EXEMPLOS DE ATIVOS BIOLÓGICOS E PRODUTOS AGRÍCOLAS

Ativos Produto Produto Resultante do


Biológicos Agrícola processamento
Carneiro Lã Fio, tapete
Árvores de uma
Madeira Madeira serrada, celulose
plantação
Algodão Fio de algodão, roupa
Plantas Cana colhida Açúcar, álcool
Café Café limpo, torrado, grão
Gado de leite Leite Queijo
Porcos Carcaça Salsicha, presunto

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


MENSURAÇÃO DO ATIVO BIOLÓGICO

Devem ser reconhecidos inicialmente e em períodos


subsequentes a cada data de reporte pelo seu valor
justo menos os custos estimados no ponto de venda, a
menos que o valor justo não possa ser mensurado de
forma confiável.

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


FLUXO CONTÁBIL

Culturas Temporárias
Culturas Permanentes

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


FLUXO CONTÁBIL

CULTURAS TEMPORÁRIAS são sujeitas ao replantio


após a colheita. Esse tipo de cultura também é
conhecido como anual.

Exemplos: SOJA, MILHO, ARROZ.

Esses produtos são contabilizados no Ativo Circulante,


como se fosse uma indústria contabilizando “Estoque
em Andamento”. Os custos são acumulados numa
subconta “Culturas Temporárias”.

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


FLUXO CONTÁBIL

CULTURAS PERMANENTES permanecem vinculadas ao


solo e permitem mais de uma colheita ou produção.

Exemplos: CANA DE AÇÚCAR, CAFEICULTURA,


OLEICULTURA.

Os custos para sua formação são considerados Ativo


Não Circulante, e são acumulados na conta “Cultura
Permanente em Formação”.

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


FLUXO CONTÁBIL (Fonte: Marion, 2016)
DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO
E EXAUSTÃO

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


DEPRECIAÇÃO

Uma pergunta natural que pode surgir nesse momento


é quanto a taxa de depreciação. E só pode ser
respondida por agrônomos, técnicos em agronomia ou
pelos próprios agricultores que conhecem a vida útil ou
o número de anos de produção da árvore, que varia
não só em função do tipo de solo, clima, manutenção,
etc, mas também em virtude da qualidade ou tipo de
árvore.

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


DEPRECIAÇÃO

No que tange às culturas permanentes, conforme


disposições contidas no Parecer Normativo CST nº 18
de 09/04/79, somente há depreciação em caso de
empreendimento próprio da empresa e do qual serão
extraídos os frutos.

Nesta hipótese, o custo de aquisição ou formação é


depreciado em tantos anos quantos forem os de
produção.

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


AMORTIZAÇÃO

Ocorre para os casos de aquisição de direitos sobre


empreendimentos de propriedade de terceiros. Assim,
por exemplo, ela se dá nos casos de aquisição de
direitos de extração de madeira de floresta
pertencente a terceiros ou exploração de pomar alheio,
por prazo determinado, a preço único e prefixado.

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


EXAUSTÃO

Uma empresa proprietária de uma floresta destinada


ao corte para comercialização, consumo ou
industrialização, levará a custos de cada período o
montante que expressa a parcela nela consumida.

Para o cálculo do valor da cota de exaustão será


observado o seguinte critério:

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


EXAUSTÃO

a) Apurar-se-á o percentual que o volume dos recursos


florestais utilizados ou a quantidade de árvores
extraídas durante o período-base representa em
relação ao volume ou quantidade de árvores
compunha a floresta;
b) O percentual encontrado será aplicado sobre o valor
da floresta registrado no Ativo, e o resultado será
considerado como custo dos recursos florestais
extraídos.

Fonte: Marion (Contabilidade Rural, 14ª ed. 2016.


CAPÍTULO 2
Atividade Rural: Pessoa Física
FORMA DE APURAÇÃO DO
RESULTADO DA ATIVIDADE
RURAL DA PESSOA FÍSICA
LIVRO CAIXA
O resultado da exploração da atividade rural exercida pela
pessoa física é apurado mediante a escrituração do livro Caixa,
abrangendo as receitas, as despesas, os investimentos e demais
valores que integram a atividade.

PARTICULARIDADES
A escrituração e a apuração devem ser feitas em destaque, por
contribuinte, pelo valor global das receitas auferidas das
unidades rurais exploradas individualmente, em conjunto ou
em comunhão em decorrência do regime de casamento.

Fundamento Legal:
Lei nº 9.250/95, artigo 18
IN SRF nº 83/01, artigos 22 a 25
TRIBUTAÇÃO DO
RESULTADO DA ATIVIDADE
RURAL
O resultado da atividade rural, quando positivo,
integrará a base de cálculo do imposto na Declaração
de Ajuste Anual.

Para apuração do Resultado, as receitas e despesas são


computadas mensalmente pelo regime de caixa.

Fundamento Legal:
Decreto nº 3.000/99, artigos 62 e 68
IN SRF nº 83/01, artigo 11
PRODUTOS DA ATIVIDADE RURAL
(ESTOCADOS E AINDA NÃO VENDIDOS)
Os produtos da atividade rural exercida pelo
contribuinte estocados e ainda não vendidos devem
constar no quadro Bens da Atividade Rural, do
Demonstrativo da Atividade Rural, com a
discriminação da quantidade e espécie dos produtos
existentes no final do ano, sem qualquer valor.

Relativamente aos produtos estocados, os


custos e despesas vinculados à produção dos
mesmos serão reconhecidos no período em
que forem incorridos.

Para fins do Livro Caixa, em função da


estocagem dos produtos, poderá ocorrer uma
insuficiência de Caixa.
A escrituração consiste em assentamentos das receitas,
despesas de custeio, investimentos e demais valores que
integram a atividade rural, em livro Caixa.

As insuficiências de caixa apuradas devem estar


inequivocamente justificadas pelos rendimentos das
demais atividades, rendimentos tributados
exclusivamente na fonte ou isentos e por adiantamentos
ou empréstimos, subsídios e subvenções obtidos,
coincidentes em datas e valores, comprovados por
documentação idônea.
ADIANTAMENTO DE RECURSOS FINANCEIROS
(VENDA PARA ENTREGA FUTURA)
Os adiantamentos de recursos financeiros, recebidos por
conta de contrato de compra e venda de produtos
agrícolas para entrega futura, serão computados como
receita no mês da efetiva entrega do produto.

Nos contratos de compra e venda de


produtos agrícolas, o valor devolvido após
a entrega do produto constitui despesa no
mês da devolução.

Nos contratos de compra e venda de


produtos agrícolas, o valor devolvido
antes da entrega do produto não constitui
despesa, devendo ser diminuído da
importância recebida por conta de venda
para entrega futura.
EMPRÉSTIMOS OU FINANCIAMENTOS RURAIS
(JUSTIFICATIVA DE ACRÉSCIMO PATRIMONIAL)
Os empréstimos destinados ao financiamento
da atividade rural, comprovadamente
utilizados nessa atividade, não justificam
acréscimo patrimonial.

Fundamento Legal:

IN SRF nº 83/2001, artigo 21


RECEITA DE ALUGUEL DE PASTAGEM,
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
O valor correspondente ao aluguel de pastagem,
máquinas e equipamentos não é considerado receita
da atividade rural.

Este perfil de receita deverá ser incluído como


rendimento mensal sujeito ao carnê-leão, se recebido
de pessoa física, ou submetido à retenção na fonte, se
pago por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na
declaração anual.

Fundamento Legal:
Decreto nº 3.000/99, artigo 49
IN SRF nº 83/01, artigo 4º, inciso V
RENDIMENTOS RECEBIDOS POR
PESSOA FÍSICA RELATIVOS A ANIMAIS
EM PROPRIEDADE DE TERCEIROS
Os rendimentos recebidos por pessoa física relativos a animais
que possua em propriedade de terceiros serão tributados no
seguinte formato:

PESSOA FÍSICA EXPLORA ATIVIDADE RURAL NA PROPRIEDADE DE TERCEIROS COMO


ARRENDATÁRIO DESTA OU COMO PARCEIRO
Neste perfil as quantias auferidas nessa atividade são incluídas como receita
da atividade rural explorada.
Fundamento Legal:
Lei nº 8.023/1990 e IN SRF nº 83/2001, artigo 14

DEMAIS HIPÓTESES ATIVIDADE DESENVOLVIDA COM HABITUALIDADE E


COM FINS DE LUCRO
Neste perfil os rendimentos auferidos
na venda são tributados como ganho de Se houver habitualidade e fim especulativo de
capital, se esta atividade não for lucro, a pessoa física é considerada empresa
exercida com habitualidade. individual equiparada a pessoa jurídica, sendo
seus lucros tributados nessa condição.
Fundamento Legal:
Fundamento Legal:
Lei nº 7.713/1988, art. 3º , § 2º
Decreto nº 3.000/1999, artigos 150, 541 e 542.
EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE RURAL
NA CAPTURA IN NATURA DO PESCADO
Considera-se atividade rural a captura in natura do pescado
realizada por embarcações, inclusive a exploração realizada
em regime de parceria, desde que a exploração se faça com
apetrechos semelhantes aos da pesca artesanal (arrastões
de praias, redes de cerca etc.).

O beneficiamento ou a
industrialização de pescado in
natura não são considerados
atividade rural definida no art. 2º da
Lei nº 8.023/1990, artigo 2º.

Fundamento Legal:

Decreto nº 3.000/1999, artigos 57 e 58


IN SRF nº 83/2001, artigo 2º, inciso V
EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE DE
AVICULTURA
A avicultura é considerada pela legislação tributária como
atividade rural, não a descaracterizando a utilização de
máquinas para lavagem, classificação e embalagem de
ovos.
O fato de o produtor rural entregar, mediante contrato
de prestação de serviços, ovos férteis de sua
produção, para que sejam incubados por terceiros,
não descaracteriza a atividade rural, uma vez que o
risco da atividade permanece com o produtor.

A incubação faz parte da produção das “aves”,


portanto é irrelevante se a mesma é executada pelo
produtor ou por terceiros.

Fundamento Legal:

Decreto nº 3.000/1999, artigo 61


IN SRF nº 83/2001, artigo 2º, inciso IV
EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE DE
TURISMO RURAL
As atividades de turismo rural, hotéis-fazenda, locais de
passeio etc. não constituem atividade rural.

O imóvel rural deve constar na Declaração de Bens e


Direitos da Declaração de Ajuste Anual do contribuinte
com a informação de que não é usado para exploração
rural.

Fundamento Legal:

Decreto nº 3.000/1999, artigo 798


IN SRF nº 83/2001, artigo 4º, inciso XI
PRODUÇÃO DE ALEVINOS E EMBRIÕES
A produção de alevinos e embriões de rebanho é
considerada atividade rural e os rendimentos dela
decorrentes são assim tributados,
independentemente de sua destinação: reprodução
ou comercialização.

Fundamento Legal:

Lei nº 8.023/1990, artigo 2º


Decreto nº 3.000/1990, artigos 57 e 58
IN SRF nº 83/2001, artigo 2º, inciso VI, alínea “e”
CONFINAMENTO DE BOVINO
(ESTRUTURA TRIBUTÁRIA)
A receita auferida na venda de rebanho bovino com permanência
em poder do contribuinte em prazo inferior a 52 dias, quando em
regime de confinamento, ou 138 dias nos demais casos, não é
tributada na atividade rural.
O tratamento tributário é o seguinte:

GANHO DE CAPITAL
SE ESTA ATIVIDADE NÃO FOR EXERCIDA
COM HABITUALIDADE

IMPOSTO SOBRE LUCRO (EQUIPARAÇÃO A PESSOA JURÍDICA)

SE HOUVER HABITUALIDADE E FIM


ESPECULATIVO DE LUCRO

Fundamento Legal:
Lei nº 7.713/988, art. 3º, § 2º e Decreto nº 3.000/1999, artigos 150, 541 e 542.
Atividade Rural: Pessoa Física

Livro Caixa
LIVRO CAIXA – A QUE SE DESTINA?
O resultado da exploração da atividade rural exercida pelas pessoas
físicas é apurado mediante escrituração do livro Caixa, abrangendo
as receitas, as despesas de custeio, os investimentos e demais
valores que integram a atividade.
O contribuinte deve comprovar a veracidade das receitas e das
despesas escrituradas no livro Caixa, mediante documentação
idônea que identifique o adquirente ou o beneficiário, o valor e a
data da operação, a qual é mantida em seu poder à disposição da
fiscalização, enquanto não ocorrer a decadência ou prescrição.
Considera-se prova documental aquela que se
estrutura por documentos nos quais fiquem
comprovados e demonstrados os valores das receitas
recebidas, das despesas de custeio e os
investimentos pagos no ano-calendário.
RECEITA DA ATIVIDADE RURAL
A receita bruta da atividade rural é constituída pelo
montante das vendas dos produtos oriundos das venda
exploradas pelo próprio vendedor.

A receita bruta da atividade rural é computada sem a


exclusão do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
(ICMS) e do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural
(Funrural).
DESPESAS DE CUSTEIO

Considera-se despesa de custeio aquela necessária à


percepção dos rendimentos da atividade rural e à
manutenção da fonte pagadora, relacionada com a
natureza das atividades rurais exercidas.
INVESTIMENTO NA ATIVIDADE RURAL
Considera-se investimento a aplicação de recursos
financeiros, durante o ano-calendário, que visem ao
desenvolvimento da atividade rural, à expansão da
produção e da melhoria da produtividade.

Os investimentos são considerados realizados no mês do


efetivo pagamento.

Não constitui investimento o custo de aquisição


da terra nua. O valor de venda da terra nua não
constitui receita da atividade rural, devendo o
resultado positivo apurado ser tributado como
ganho de capital.
INVESTIMENTO NA ATIVIDADE RURAL
São exemplos de investimos na Atividade Rural:
 Benfeitorias resultantes de construção, instalações, melhoramentos, reparos;
 Culturas permanentes, essências florestais e pastagens artificiais;
 Aquisição de tratores, implementos e equipamentos, máquinas, motores, veículos de
cargas e utilitários rurais;
 Animais de trabalho, de produção e engorda;
 Serviços técnicos especializados, devidamente contratados, visando elevar a eficiência
do uso dos recursos da propriedade ou exploração rural;
 Insumos que contribuam destacadamente para elevação da produtividade, tais como
reprodutores, aquisições de matrizes, alevinos e girinos, sementes e mudas
selecionadas, corretivos de solo, fertilizantes, vacinas e defensivos vegetais e animais;
 Estradas que facilitem o acesso ou a circulação na propriedade;
 Instalação de aparelhagem de comunicação, bússola, sonda, radares e de energia
elétrica;
RESULTADO DA ATIVIDADE RURAL

Considera-se resultado da atividade rural a diferença


entre os valores das receitas recebidas e das despesas
de custeio e dos investimentos pagos no ano-
calendário, correspondentes a todas as unidades rurais
exploradas pela pessoa física.
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS
Se o resultado da atividade rural for negativo (prejuízo), tal
resultado poderá ser compensado nos anos-calendário
posteriores.
Do resultado da atividade rural poderá ser excluído o montante
de prejuízos compensáveis de exercícios anteriores.
À opção do contribuinte, o resultado da atividade rural, quando
positivo, limitar-se-á a vinte por cento da receita bruta do ano-
calendário.

Para compensação de prejuízo acumulado, a pessoa física deve manter


escrituração do livro Caixa, mesmo que esteja dispensada desta
obrigação. A falta da escrituração implica a perda do direito à
compensação do prejuízo acumulado.
Atividade Rural: Pessoa Jurídica
LEGISLAÇÃO REFERENCIADA

As pessoas jurídicas que tenham por objeto a exploração da


atividade rural deverão observar toda a legislação do IRPJ e
da CSLL, mas em especial:

 Lei 9.250/1995, art. 17;


 Lei 9.430/1996, art. 59 e;
 Decreto nº 3.000/1999, artigos 406, 512, 541 e 542
 Lei 8.023/1990
 IN RFB 1.700/2017, artigos 248 ao 270
 CPC 29 – Ativo biológico
FORMAS DE TRIBUTAÇÃO DO LUCRO
De acordo com o art. 506 do Decreto 3000/1999, as pessoas
jurídicas que explorem atividades rurais são tributadas com
base nas mesmas regras aplicáveis às demais pessoas jurídicas
tributadas, ou seja, com base no:

Lucro real

Lucro presumido

Lucro arbitrado

Sujeitando-se o IRPJ inclusive, ao adicional de 10% (dez por


cento).
LUCRO PRESUMIDO
LUCRO PRESUMIDO
A pessoa jurídica que explora atividade rural, desde que não
esteja enquadrada em qualquer das situações que a obriguem à
apuração do lucro real, poderá optar pela tributação com base no
lucro presumido, apurado trimestralmente, observado os
procedimentos aplicáveis às demais pessoas jurídicas.

Para a determinação do lucro presumido, sobre o valor da receita


bruta proveniente da atividade rural aplica-se percentual de 8%
Para IRPJ e 12% para a CSLL.

No lucro presumido a pessoa jurídica não


pode aproveitar os benefícios fiscais
LUCRO REAL
LUCRO REAL

No regime do lucro real, a empresa que explora atividade


rural, assim como as demais pessoas jurídicas, pode:

Trimestral Apurar o lucro real Anual Optar pelo pagamento


mensal do IR e da CS
trimestralmente, por estimativa,
no final de março, hipótese em que fica
junho, setembro e obrigada a apurar o
dezembro; ou lucro real anualmente,
em 31 de dezembro.
ALÍQUOTAS
Sobre o lucro real, presumido ou arbitrado, apurado pela
pessoa jurídica que explora atividade rural incidirá o IRPJ
calculado de acordo com as mesmas normas aplicáveis às
demais atividades, ou seja, mediante a aplicação:

• da alíquota de 15% sobre a totalidade do lucro apurado.


Alíquota

• da alíquota adicional de 10% sobre a parcela do lucro que


exceder a: R$ 240.000,00 no ano (no caso de apuração anual);
ou no caso de início de atividades, ao limite equivalente ao
Adicional resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de
meses do período de apuração.
INCENTIVOS FISCAIS EXCLUSIVOS
PARA PESSOAS JURÍDICAS QUE
DESENVOLVEM ATIVIDADE
RURAL E QUE TRIBUTAM O IRPJ
COM BASE NO LUCRO REAL
DEPRECIAÇÃO DE BENS DO ATIVO, EXCETO TERRA NUA,
QUANDO DESTINADOS A PRODUÇÃO

Conforme os art. 314 do Decreto 3000/1999, os bens do ativo


imobilizado (máquinas e implementos agrícolas, veículos de cargas e
utilitários rurais, reprodutores e matrizes etc.), exceto a terra nua,
quando destinados à produção, podem ser depreciados, integralmente,
no próprio ano-calendário de aquisição:

Máquina agrícola: R$ 500.000,00 (ignore valor residual)


Data de aquisição: 1º de abril de 2012
Taxa de Depreciação Anual (hipotético): 20% a.a.
60 meses
DEPRECIAÇÃO DE BENS DO ATIVO, EXCETO TERRA NUA,
QUANDO DESTINADOS A PRODUÇÃO

Escrituração Comercial LALUR

Ano Período Quota de


Depreciação Depreciação Exclusão Adição
Anual Acumulada

9 04/2012 a 12/2012 R$ 75.000,00 R$ 75.000,00 R$ 425.000,00

12 01/2013 a 12/2013 R$ 100.000,00 R$ 175.000,00 R$ 100.000,00

12 01/2014 a 12/2014 R$ 100.000,00 R$ 275.000,00 R$ 100.000,00

12 01/2015 a 12/2015 R$ 100.000,00 R$ 375.000,00 R$ 100.000,00

12 01/2016 a 12/2016 R$ 100.000,00 R$ 475.000,00 R$ 100.000,00

3 01/2017 a 03/2017 R$ 25.000,00 R$ 500.000,00 R$ 25.000,00

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COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS

A Lei nº 8.981/95, que introduziu a limitação em 30% do lucro


líquido ajustado para compensação de prejuízos fiscais, não
revogou o art. 14 da Lei nº 8.023/90 que trata da tributação dos
resultados da atividade rural. Dessa maneira o limite de redução de
30% do lucro real não se aplica aos prejuízos decorrentes da
exploração de atividades rurais tanto para o Imposto de Renda
como para a Contribuição Social.
AVALIAÇÃO DE ESTOQUES AGRÍCOLAS

Conforme previsto no artigo 297 do Decreto 3000/99, os estoques


de produtos agrícolas, animais e extrativos poderão ser avaliados
pelos preços correntes de mercado, conforme as práticas usuais em
cada tipo de atividade. Essa faculdade é aplicável aos produtores,
comerciantes e industriais que lidam com esses produtos (PN CST
no 5/86).
AVALIAÇÃO DE ESTOQUES AGRÍCOLAS

A contrapartida do aumento do ativo, em decorrência da


atualização do valor dos estoques de produtos agrícolas, animais e
extrativos destinados à venda, tanto em virtude do registro no
estoque de crias nascidas no período de apuração, como pela
avaliação do estoque a preço de mercado, constitui receita
operacional, que comporá a base de cálculo do imposto sobre a
renda no período de apuração em que ocorrer a venda dos
respectivos estoques. Neste caso, a receita operacional constituirá
exclusão do lucro líquido e deverá ser controlada na Parte B do
Lalur.
No período de apuração em que ocorrer a venda dos estoques
atualizados, ela deverá ser adicionada ao lucro líquido para efeito
de determinar o lucro real
I SEMINÁRIO DE OBRIGADO
CONTABILIDADE RURAL 2017
PELA
PRESENÇA

Palestrante:
Marciel Augusto R. Lima

marciel@objetivaedicoes.com.br

Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a


oportunidade...

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