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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

POS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”


INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A INFLUÊNCIA DA GESTÃO EMPRESARIAL SOBRE A


GESTÃO ESCOLAR

Por : Sebastião Rodrigues Andrade

Orientadora: Profa Dra Maria Claudia D. L. Barbosa

Rio de Janeiro
2009
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
POS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A INFLUÊNCIA DA GESTÃO EMPRESARIAL SOBRE A


GESTÃO ESCOLAR

Apresentação da monografia à universidade


Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
Administração e Supervisão Escolar.
Por: Sebastião Rodrigues Andrade.

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AGRADECIMENTO

A Deus que me sustentou nessa caminhada dia a dia.....


A minha esposa Lorena Andrade que foi implacável nessa
conquista. As minhas filhas Milena e Rafaela Andrade que
diante da ausência entenderam o significado por mais um
degrau conquistado.

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DEDICATÓRIA

Dedico ao meu pai, Sebastião de Paula Andrade (in


memoriam), por me oportunizar o estudo, a minha
mãe Joana Rodrigues Andrade por cada minuto de
incentivo, a minha irmã Rosalva Rodrigues Andrade
Diniz, que sempre colaborou com a minha conquista,
a todos os parentes e amigos que incentivaram essa
conquista e perceberam a minha ausência no
momento do estudo.

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RESUMO

A presente pesquisa buscou juntamente verificar o assunto abordado da


influencia da gestão empresarial sobre a gestão escolar, fundamentado em
vários autores renomados e especializados na área da gestão.
Por meio desse estudo constatou-se a influencia da gestão empresarial
na gestão escolar, por múltiplos segmentos que estão diretamente ligados,
principalmente nas relações administrativas no papel do diretor como também
do ensino em instituições privadas. Hoje o diretor de escola recebe o nome de
gestor onde todas as competências administrativas e financeiras são tratadas
diretamente pelo mesmo, não só apenas a questão educacional.
As instituições de ensino vêm cada vez mais se comparando com a
empresa, ate os alunos são denominados de clientes. O diretor da instituição
tem como sua principal função administrar a escola, criando recursos,
delegando tarefas, negociando valores e buscando alternativas para o melhor
desempenho dos objetivos acordados. O diretor não pode mais ficar
acomodado pensando nos modelos de antigamente, que era conduzir a escola
com sua experiência de anos vividos dentro de uma escola, hoje é necessário
buscar conhecimento, não somente dos conteúdos a serem trabalhados, mas
acima de tudo, buscar instrumentos necessários para lidar com as
adversidades no dia a dia.
A educação brasileira tem passado por inúmeras modificações, sejam
nas questões administrativas, conteúdos, profissionais, inflaestrutura, clientela,
programas e projetos educacionais. A educação não suporta mais o modelo de
antigamente, tudo mudou.
Mediante tais colocações, concluiu-se que o exercício efetivo de uma
gestão qualificada, pode favorecer a qualidade da instituição de ensino, visto
que a influencia da gestão empresarial é uma realidade na educação, seja no
segmento privado e público.

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METODOLOGIA

O presente trabalho se concretizou por meio de pesquisas bibliográficas


e de documentos com relação ao tema, onde se destaca o estudo sobre a
gestão empresarial gestão escolar e as suas relações. A gestão por ser uma
ferramenta administrativa, não é uma atividade individual, que tem o seu fim
em si mesmo, envolve várias pessoas, onde objetivos, pensamentos, decisões,
planejamentos são idealizados e compartilhados por um grupo de pessoas. A
simplicidade desaparece tornando necessário desenvolver processos especiais
e criteriosos para futuros objetivos.
O trabalho foi elaborado principalmente por analise de livros, artigos de
períodos e com material disponibilizado na internet, o que proporcionou um
aprofundamento no estudo (CHIAVENATO, 1979)

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Histórico da Administração 09

CAPÍTULO II - Gestão Escolar 19

CAPÍTULO III – Relações da Gestão Empresarial na Gestão Escolar 28

CAPÍTULO IV – Missão e Visão da Escola Brasileira 35

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 41

ÍNDICE 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO 46

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INTRODUÇÃO

As empresas e instituições de ensino estão em constante transformação,


a cada dia surgem demandas de mercado diferentes altamente competitivas
que por meio da globalização exige respostas inovadoras para os desafios que
se apresentam por isso esse trabalho visa analisar as metas e ferramentas da
gestão empresarial, auxiliando na gestão escolar, com o objetivo de mostrar a
importância da gestão participativa buscando a consonância com a
administração democrática.
As empresas bem como outros espaços estão relacionadas como a
família e a escola que é composta por uma estrutura formada por contatos e
conversas pelas quais atribuições, tarefas e responsabilidades são delegadas e
decisões compartilhadas.
Neste trabalho destacaremos também a finalidade maior da gestão
escolar que por meio de um estudo, oportunizar o cidadão a um ensino de
qualidade, com um olhar critico, como alternativa capaz de concretizar a
democracia no cotidiano escolar e explicar a gestão democrática, como
processo de mediação para as diferentes abordagens que permeiam a
educação brasileira, não só as relações interpessoais mas também a
democratização do saber.
Para tal feito comparar as relações inerentes de gestão empresarial de
sucesso a um modelo de gestão escolar ressaltando a importância da missão e
visão na educação.

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CAPITULO I

HISTÓRICO DA ADMINISTRAÇÃO

A Revolução Industrial impulsionou e transformou grande parte das


empresas mundiais da atualidade. Máquinas foram desenvolvidas e, a divisão
do trabalho preconizada, reduzindo os custos da produção, estreitando as
comunicações, ampliando as redes de transportes, transformando, não só o
mundo das organizações, bem como toda a sociedade. A Revolução Industrial
foi a responsável pela profunda transformação não só do mundo das
organizações, como também de toda a sociedade. A economia, anteriormente,
de base manufatureira e artesanal passa a se firmar como produção industrial
e mecanizada. Assim, com o surgimento das fábricas, criou-se um primeiro
modelo de administração, defendendo a racionalização da produção, divisão de
tarefas em múltiplas etapas, acompanhamento direto supervisionado e
obediência hierárquica. (FERREIRA, et al.1997).
Na primeira Revolução Industrial (1780/1840) aconteceu uma profunda
transformação econômica e social. O homem do campo e o antigo artesão
devidamente sem a cultura do conhecimento industrial, tendo apenas a força
de seu trabalho, passaram a vendê-la ao novo capitalista industrial. Os meios
de produção e o próprio resultado não mais pertenciam ao trabalhador
autônomo e pequeno proprietário (opus cit, 1997).
Durante a segunda revolução industrial o processo de industrialização se
alastrou da Grã-Bretanha para vários países, devido ao aprimoramento dos
meios de transporte, e assim a produção não se apoiava mais no pioneirismo
do setor têxtil e sim, na difusão das novas tecnologias e formas de
organização, estimulada pela industrialização do setor de bens de capital.
Paralelamente, a implantação do sistema parlamentarista legitimou a
profusão da burguesia política. Era o poder do novo capital sobrepujando a
tradição hierárquica secular (idem, 1997).

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As organizações emergentes passaram a dar todas as atenções para a
mecanização do trabalho. Maiores quantidades e menores custos na produção
eram resultados de aprimoramentos tecnológicos e mecânicos, possibilitando
aumentar o mercado potencial da organização e reduzir os preços praticados.
A perspectiva empresarial passa, então a ser abrangente, sistemática e de
mais longo prazo (FERREIRA, et al 1997).

1.1 - Princípios da Teoria Administração Científica

Na virada do séc. XIX, Frederick Taylor (1856-1915), americano,


consultor de empresas, desenvolveu estudos à respeito de técnicas de
racionalização do trabalho operário. Suas idéias eram para a divisão do
trabalho, defendida também por outros personagens na época. Taylor, em
1911, publicou um estudo mais elaborado, a partir de sua experiência,
elaborando assim um modelo para a prática administrativa (opus cit, 1997)
A característica marcante do estudo de Taylor foi a busca de uma
organização científica do trabalho, enfatizando métodos e tempos, sendo, por
isso, reconhecido como o precursor da Teoria da Administração Científica.
Frederick Taylor defendia esses princípios para o melhor desenvolvimento da
empresa, como por exemplo, o respeito ao dom específico de cada indivíduo,
cada trabalhador será mais bem aproveitado e reconhecido, onde seu potencial
for destacado. Com isso observou a necessidade em se ter uma base mínima
de produção estabelecida pelo gestor, onde o trabalhador deve atingir esta
marca (meta) de produção diária, semanal ou mesmo mensal. Para que não
venha a cair no ócio, pois todo ser humano tende a ser preguiçoso quando tem
uma garantia salarial. O incentivo salarial trás ao trabalhador o sentimento de
reconhecimento, satisfação e o estimulo, gerando no funcionário um melhor
entusiasmo, rendimento e aumento da produtividade, pois, o trabalhador
considera suas recompensas financeiras mais importantes a outros estímulos
(idem, 1997).
Taylor entendia ser diretamente proporcional a relação entre as
questões: Produção – remuneração – produtividade, ou seja, conciliar o

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interesse do trabalhador (aumento financeiro) com o interesse da
administração (aumento da produtividade). Estimulando financeiramente o
trabalhador, observa-se o aumento da sua produção consecutivamente o
aumento da produtividade. Outro ponto do estudo é a divisão entre as tarefas,
ao gestor cabe a responsabilidade do planejamento enquanto ao operário
caberá a execução de tais planejamentos. Subdividir cada tarefa torna o seu
desenvolvimento mais ágil, trazendo rapidez na execução da atividade de cada
funcionário, aumentando a produtividade gerando maior lucro. Com isso a
supervisão, deverá também ficar subdividida para um melhor desempenho em
cada área de atuação; e por fim a importância do estudo detalhado dos
métodos para a execução de cada atividade, encontrando assim a melhor
forma de ser desempenhada (FERREIRA, et al. 1997).

1.2 - Princípios da Teoria Científica

Henry Ford contribui com o estudo de Taylor e aprimora criando novos


princípios – que ainda hoje são utilizados -, depois de um trabalho de anos e
alguns protótipos errados, Ford atinge seu objetivo. Colocam em prática seus
princípios quando na escala de montagem de sua fábrica padroniza peças,
para que as mesmas pudessem ser encaixadas com facilidade por seus
funcionários, ganhando assim tempo em sua linha de produção. Com a
padronização Ford eliminou o desperdício dos fluxos produtivos e qualquer
paralisação em sua linha de montagem por componentes sem padronização,
isso o leva a uma relação e intercambialidade com vários fornecedores
(CHIAVENATO,1979)
Tornou possível a produção em massa por incrementar a fabricação com
tempos previamente calculados, já a padronização das peças e a
intercambialidade torna o processo ainda mais preciso, por não ser necessário
reparos finais na linha de montagem, e a repetição dos movimentos torna a
mão de obra dos operários mais simples, não necessitando de profissionais
especializados. Com ousadia, Henry Ford tornou-se pioneiro quando aumentou
os salários em mais que o dobro, tornando melhor o padrão de vida de seus

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trabalhadores, entendendo que assim eles viriam a consumir seu próprio
produto (ARAÚJO, 2004).
Henry Gantt, também contribuiu com desenvolvimento de métodos
gráficos para representar planos e permitir um controle melhor, este método é
utilizado ainda hoje no planejamento, programação e controle de atividades e
projetos, tendo sido adaptada para os sistemas de informática. Grantt também
destaca a importância do fator tempo, do custo e do planejamento, para a
realização do trabalho (FERREIRA, et al, 1997).

1.3 - Princípios Básicos de Fayol

Henri Fayol, mentor da teoria clássica em estilo esquemático e


estruturado, ajudou a tornar mais pratico o papel dos executivos, relacionando
quatorze princípios básicos, dentre eles estão a divisão da autoridade e
responsabilidade, mostrando que cada um tem um papel importante dentro da
administração seja o de dar ordens como também o de obedecer tais ordens,
também centralizou uma voz de comando, a cada operário cabe um supervisor
o qual dará os comandos, sem haver a contra-ordem, estabelece normas de
conduta trazendo então a disciplina para o ambiente de trabalho e um grande
espírito de equipe, onde os interesses da corporação prevalecem aos
interesses individuais. Com uma boa remuneração Fayol, mostra que o
trabalhador se torna mais satisfeito, garantindo um melhor desempenho. A
centralização é também um fator importante, visto que as organizações mais
importantes e a autoridade devem ser centralizadas, é primordial a justiça
dentro do ambiente de trabalho para justificar a lealdade e a devoção do
funcionário da empresa, entre outros (MOTTA, 1994)
Fayol enunciou as funções essenciais à gestão administrativa, o
conjunto dessas funções forma o processo administrativo. Hoje chamado
processo POC3 – que são: planejar, organizar, comandar, controlar e
coordenar (CHIAVENATO, 1983).

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1.4 - Teoria das Relações Humanas

Em essência Mayo diz que o desempenho das pessoas depende muito


menos dos métodos de trabalho, segundo a visão da administração científica,
dos que dos fatores emocionais ou comportamentais. Destes, os mais
poderosos são aqueles decorrentes da participação do trabalhador em grupos
sociais. A fábrica deveria ser vista como um sistema social, não apenas
econômico ou industrial, para a melhor compreensão de seu funcionamento e
de sua eficácia (MAXIMIANO, 2000).
A escola foi basicamente um movimento de oposição à desumanização
do trabalho decorrentes dos rígidos métodos científicos da Teoria Clássica. O
indivíduo deixa de ser visto como uma peça da máquina e passa a ser
considerado como um todo, como ser humano. A escola começou a enfatizar a
importância da satisfação humana para a produtividade, transferência da
ênfase na tarefa e na estrutura para a ênfase nas pessoas (CHIAVENATO,
1983).
A teoria das relações humanas tem suas origens nos Estados Unidos,
como resultado das experiências de Elton Mayo, denominadas experiências de:
Hawthorne. Originaram-se quando Mayo percebeu a necessidade de tornar a
administração mais humana e democrática e quando a ciências humanas
influenciaram as organizações (opus cit, 1983).
A abordagem humanística levantou aspectos que pela primeira vez
começaram a ser analisados com seriedade dentro do contexto organizacional.
Sua coerência e importância empírica os tornam atuais, mais de meio século
após seu surgimento. A análise constante dos fatores motivadores do trabalho,
o estimulo a um comportamento favorável as mudanças exigidas pelo ambiente
e a iniciativa dos funcionários são aspectos que não passam despercebidos por
nenhum executivo que se considere em dia com as modernas propostas de
gestão. O que se busca hoje não é mais do que um objetivo traçado pela
abordagem humanística. Percebe-se que o melhor é manter as pessoas
trabalhando efetivamente, ao mesmo tempo em que há permissão para que os

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indivíduos desenvolvam seu potencial e encontrem seu lugar na sociedade
(MEGGINSON, 1986).

1.5 – Burocracia, Behaviorismo e Estruturalismo

A concepção burocrática se originou de um modelo de organização, cuja


aplicação das regras para atingir a racionalidade plena exige qualificação
profissional, portanto aquele que possui qualificação pode ocupar o quadro
administrativo (MOTTA, 1994)
Weber criador da burocracia moderna. Contemporâneo das teorias
Científicas e Clássicas estudou a organização como parte de um contexto
social influenciada pelas mudanças sociais, econômicas e religiosas da época.
O modelo burocrático surgiu então como uma proposta de estrutura
administrativa para organizações complexas, dotada de características
próprias, eficiente na sociedade industrial emergente. As limitações das teorias
clássica, cientifica e de relações humanas, fizeram com que alguns autores se
voltassem nas obras de Weber, na busca de uma teoria adequada sobre tudo à
nova complexidade das organizações. A racionalidade da Revolução Industrial
tornava a inconstância do ser humano um empecilho ao bom funcionamento do
novo modelo de organização industrial. A teoria burocrática surgiu então como
modelo de gestão, regulada pelas normas e inflexibilidade hierárquica
(FERREIRA, et al.1997).
O termo behaviorista foi inaugurado por John B. Watson, que significa
comportamento, por isso, para denominar essa tendência teórica, usamos o
Behaviorismo, e também, comportamentalismo, análise aplicada ao
comportamento, analise experimental do comportamento, analise do
comportamento, analise cognitiva do comportamento, entre outras (BOCK,
2001).
Os Trabalhadores estavam mais interagidos a uma relação direta e
assim surgia um novo comportamento na classe trabalhadora. Onde
despontava a cooperação e a relação direta entre a classe trabalhadora e os
seus superiores, que por sua vez defendia a valorização do trabalhador em

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qualquer empreendimento baseado na cooperação, buscando um novo padrão
de teoria e pesquisas administrativas (BOCK, 2001).
O estruturalismo é uma modalidade de pensar e um método de analise
praticado nas ciências do século XX, especialmente nas áreas das humanas,
surgiu como um desdobramento da Burocracia, buscando resolver os conflitos
existentes. Metodologicamente, analisa sistemas em grande escala,
examinando as relações e as funções dos elementos que constituem tais
sistemas, que são inúmeros, variando das línguas humanas e das praticas
culturais aos contos folclóricos e aos textos literários. Partindo da lingüística e
da psicologia do principio do século XX, alcançou o seu apogeu na época da
antropologia estrutural (FERREIRA et al, 1997) .
A idéia básica do estruturalismo e considerar a organização em todos os
seus aspectos como uma só estrutura, fornecendo uma visão integrada da
mesma. A teoria estruturalista buscava resolver os conflitos entre a Teoria
Clássica, a Teoria das Relações Humanas e a própria Teoria Burocrática. Na
realidade as três teorias forneciam um aspecto somente parcial e fragmentado
da organização, vale ressaltar que isso Independe das clíticas a cada uma
dessas teorias. (opus cit, 1997).

1.6 - Teoria dos Sistemas e Teorias modernas da Gestão

Na teoria geral dos sistemas a ênfase e dada à interrelação e


interdependência entre os componentes que formam um sistema, onde é visto
como uma totalidade integrada sendo impossível estudar seus elementos
isoladamente. Na época buscava-se então uma teoria que fosse comum a
todos os ramos da ciência e que pesquisavam os denominadores comuns para
o estudo e abordagem dos sistemas vivos. Esta foi uma percepção de diversos
cientistas, onde entenderam que certos princípios e conclusões eram validos e
aplicáveis a diferentes setores do conhecimento humano, imbuído dessa
filosofia o biólogo Alemão Ludwing Von Bertalanffliy, lançou em 1937 as bases
da teoria geral dos sistemas (idem, 1997).

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Um sistema é bastante complexo quanto na sua organização, porem, pode ser
visto como estrutura organizada; uma combinação de partes, formando um
todo ou parte em sua estrutura e aplicabilidade (CHIAVENATO, 1983).
Na segunda metade da década de 70 mais um enfoque de ciências
administrativas chega a América Latina, o enfoque contingencial ou situacional.
Esse enfoque representa, em ultima analise a constatação e que continua não
existindo uma teoria administrativa aplicável a todos os casos e a todas as
circunstancias. Cada um dos enfoques ou combinações de enfoques se presta
melhor à analise de certa e determinada situação do que outro enfoque ou
combinação (WAHRLICH, 1986).
A abordagem contingencial salienta que não se atinge a eficácia
organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, ou seja,
não existe uma formula única que seja a melhor para organizar no sentido de
alcançar objetivos altamente variados das organizações dentro de um ambiente
de trabalho também variado (CHIAVENATO, 1983).
A abordagem contingencial surgiu como resultado de pesquisas que
estudaram a relação da empresa e seu ambiente. Os resultados não
aconteciam com as mesmas intenções, havia resultados diferentes, os
precursores da teoria contingencial tentaram encontrar justificativas para esses
resultados divergentes. Após várias pesquisas, chegaram à conclusão geral de
que os resultados eram diferentes, porque as situações eram diferentes. Daí o
nome contingencial, ou seja, baseada no conceito da incerteza. A questão
passava, então, a ser qual método aplicar em quais situações. (opus cit, 1983)
A teoria da contingência destaca que não há nada definido como certo
nas organizações, tudo é relativo, tudo depende. A abordagem contingencial
explica que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as
técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da
organização (FERREIRA, et ali 1997).

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1.7 - Administrações por Objetivos e Estratégias

Após a Segunda Guerra Mundial, os valores sócio-econômicos tiveram


outro enfoque, com as privações e dificuldades de consumo impostas pela
Guerra (1939-1945), as pessoas passaram a ver no consumo, sua
possibilidade de auto-realização. No mundo empresarial, as organizações
buscavam se adaptar aos novos tempos. Observa-se que a gestão por
objetivos, não surgiu como método revolucionário, contestador das práticas da
época, na verdade, propunha a adoção de alguns princípios que aprimoravam
as práticas correntes. A administração por objetivos incorpora a maioria dos
princípios de gestão geralmente aceitos. Além disso, entre as suas múltiplas
vantagens, figuram melhores métodos de avaliação de resultados. Na
administração por objetivos existem várias opções e indicações para a
formação de uma empresa dinâmica e contextualizada de acordo com a
satisfação dos gestores (FERREIRA et al, 1997)
A Estratégia é uma ferramenta importante e refere-se aos planos de alta-
administração para alcançar resultados consistentes com a missão e os
objetivos gerais da organização (WRIGHT, 2000).
O planejamento empresarial vem ganhando espaço nos últimos tempos,
inicialmente era elaborado para planejar o orçamento anual, posteriormente
passou a incluir projeções de tendências, resultando no planejamento de longo
prazo. Somente em meados dos anos 70, surgiu o planejamento estratégico
como um método estruturado para determinar o futuro (FERREIRA et ali,
1997).
O planejamento estratégico é o processo de planejamento formalizado e
de longo alcance empregado a atingir os objetivos organizacionais. Entretanto,
o planejamento empresarial não se resume ao planejamento estratégico; tal
fato se torna aparente se classificarmos de forma genérica a estrutura da
organização em três níveis: O nível estratégico, o nível tático e o nível
operacional (ODIORNE, 1970).

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1. 8 - Administração Participativa

A administração participativa é uma filosofia ou política de administração


de pessoas, que tem como objetivo envolver o grupo gestor e os demais
participantes da instituição, que valoriza sua capacidade de tomar decisões e
resolver problemas. A administração participativa aprimora a satisfação e a
motivação no trabalho, contribuindo para o melhor desempenho e a
competitividade das organizações (MAXIMIANO, 1995).
Administração participativa, tem como foco o aprimoramento, a
satisfação e motivação no trabalho, contribuindo para o melhor desempenho e
para a competitividade das organizações. Este método permite a manifestação
dos funcionários em relação ao processo de administração da empresa de
forma organizada e responsável, sempre contribuindo com suas experiências e
conhecimentos buscando sempre agregar mais valores as funções e pessoas
dos quais participa. Administrar de forma participativa consiste em compartilhar
as decisões que afetam a empresa, não apenas com funcionários, mas
também com clientes ou usuários, fornecedores, e eventualmente
distribuidores da organização. A meta da administração participativa e construir
uma organização participativa em todas as interfaces. Neste modelo
predominam a liderança, disciplina e autonomia (opus cit, 1995).

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CAPITULO II

GESTÃO ESCOLAR

Gestão escolar constitui uma dimensão e um enfoque que objetiva


promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições
materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio-
educacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção
efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de
enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia
centrada no conhecimento, desenvolvendo estratégias no dia a dia com a
finalidade de uma democratização no segmento educacional (LÜCK, 2000).

2.1 - Educação Brasileira - Movimentos Democráticos

Com o passar dos anos diferentes movimentos permearam a educação


brasileira a favor da democratização da escola. Até a década da 30, o ensino
era voltado para a classe elitista, cheio dos contextos literários, centrado na
concepção do ideal da vida humana. Naquela época os estudos estavam
centrados nos processos antidemocráticos sustentado pela elite aristocrática
da educação. O privilegiado para a escola nascia para tal, a escola era
privilegio só para alguns nem todos tinham o acesso, na qual era determinado
pela projeção social do rico que deveria ser padre ou doutor, esses eram
intelectuais letrados para satisfazer o ego familiar. As funções eram definidas e
hierarquizadas na organização escolar (CHIRALDELLI JR, 1991).
O processo de transformação e a divulgação do saber no Brasil não é
importante para as mudanças nas relações sociais, já que o desenvolvimento
cientifico e tecnológico do pais foi canalizado da moderna civilização ocidental,
com isso inibiu a transformação da produção cultural e tecnológica, como
suporte de consolidação do processo capitalista (BRAGA,1999).

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Com a consolidação do capitalismo industrial no Brasil, o atraso
cientifico deveria ser superado e a construção da escola insere-se na vontade
do crescimento e desenvolvimento do pais. O processo crescente de
industrialização e de modernização no sistema, exige o conhecimento, que
teve como destaque os processos autônomos de desenvolvimento econômico,
social, político, cultural e institucional, mobilizando os intelectuais a exigirem a
expansão do sistema educacional vigente (CHAGAS, 1984).
O período entre 1930 e 1937 foi importante, pois com o crescimento das
ideologias democráticas onde a aristocracia do ensino brasileiro foi atacada. O
período foi marcado por pressões dos movimentos como o Manifestos dos
Pioneiros, onde defendia a educação como um direito de todos (CHIRALDELLI
JR, 1991).
Houve uma explosão quantitativa na educação brasileira junto com a
participação ampliada da política, entretanto, qualitativamente, a proposta
idealizada foi esvaziada por falta de visão nítida das grandes metas
estabelecidas, estava sem uma consistência educacional. (CHAGAS, 1984).
A concepção pedagógica liberal defende a escola como forma de
ascensão social; O pensamento pedagógico entende que a função da escola é
a adaptação ao social. Nos anos de 1956 a 1961, houve uma agitação social,
uma queda no segmento educacional, gerando uma instabilidade política; que
em contrapartida novas ações promissoras foram destacadas para a
viabilização da democracia (XAVIER, 1990)
O movimento contra a aristocracia do ensino começa a ganhar força e
consegue alavancar idéias contra as injustiças desmoralizadoras da educação
brasileira, com o objetivo de tornar acessível a escola para a classe pobre, com
isso as mascaras da sociedade dominadora começam a perder espaços, as
ideologias, políticas e o tradicionalismo educacional sofrem ajustes, para
atender a realidade social. Os movimentos sinalizam a igualdade entre a escola
publica e particular viabilizando recursos para as escolas oficiais. Este
movimento idealiza um padrão com idéias de reformar uma sociedade
dominante em uma sociedade com igualdade, servindo também como um
termômetro para as mudanças na educação (BRAGA, 1999).

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O segmento educacional estava em constante transformação, surgem os
movimentos de educação popular e a LDB (1961) atualizada em 1971. Nesta
época surgem intensas manifestações sociais em favor da democratização
escolar, que por sua vez sufocada pela repressão de 1964 onde considerava
que as experiências educacionais eram contrarias as ordens estabelecidas
pelo governo. Já na década de 70 as manifestações populares lutam pela
melhoria da qualidade do ensino, destacando a necessidade da educação
acompanhar a tecnologia moderna; surge a teoria tecnicista baseada no
estruturalismo sendo criticada dando margem para o surgimento da
administração burocrática em que as expectativas buscam corrigir as
deficiências e as falhas da organização escolar, por meio da divisão racional do
trabalho especifico escolar, sendo esse método eficiente e produtivo (BRAGA,
1999).

Os educadores na época chegaram a desistir pois os métodos utilizados


não ofereciam alternativas de crescimento, então logo perceberam o fracasso
pois não visualizaram um aprofundamento nas propostas educacionais,
estavam desanimados com o momento que educação se encontrava (opus cit,
1999).

A teoria Critico-reprodutivista, contribuiu para intensificar o desanimo


entre os educadores, tornando ineficientes as articulações dos sistemas de
ensino para superação dos problemas apresentados, entretanto nos anos de
70 a 80, alguns estudiosos buscavam desenvolver pesquisas em prol da
educação no sentido de favorecer estratégias de mudanças com o objetivo de
consolidar a e universalizar o ensino, onde atentavam que a escola não era
redentora dos injustiçados e nem mera reprodutora passiva das desigualdades
sociais e sim uma ferramenta para a mudança social rumo a democracia
despontando assim a teoria Critica da educação (MELLO, 1989)

A função principal da escola é mediar para as gerações recentes


apropriando os conteúdos básicos que tenham ressonância na vida dos alunos,
contribuindo para eliminar a seletividade e torná-la acessível, mais democrática
em condições favoráveis de aprendizado (opus cit, 1989).

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Com um novo perfil a escola pode dar certo se a gestão escolar dedicar-
se a tarefas de equacionar prioridades, estabelecer planos funcionais de
melhoria qualitativa e comunicação, em um fazer político que transcende o
partidarismo, optando por um novo modelo de gestão em que a participação
efetiva e a co-responsabilidade exijam melhores serviços educativos e as
certezas que nutrem essa luta possam de fato democratizar a escola. Assim a
gestão de uma educação transformadora deve buscar a realidade do
planejamento baseado na realidade da mediação social, traduzidas pelas
condições históricas do homem (BRAGA, 1999).
O Gestor escolar deve ser suficientemente capaz de perceber qual o
melhor caminho a seguir diante da realidade, avançando com o grupo,
identificando os interesses em questão coletivamente, imprimir as mudanças
substanciais que garantam um fazer pedagógico critico e transformador, sendo
aberto a realidade social, compreender os conflitos de interesses que
perpassam a escola, priorizar o trabalho coletivo, solidário, lutando por espaços
possíveis, ser eficiente e produtivo de forma transparente, agregando esforços
com competência e demonstrando satisfação, para que o projeto pedagógico
da escola tenha um ensino de qualidade (COVRE, 1990).
A coordenação das atividades, a competência e o compromisso são
fatores importantíssimos para ajudar no cumprimento dos objetivos
estabelecidos a favor da gestão educacional que tem como meta alcançar uma
educação democrática pelo desenvolvimento da pratica pedagógica alterando o
perfil qualitativo na instituição de ensino (GARCIA, 1991).
Compreender cada natureza existente no âmbito da corrente pedagógica
permite explorar vários caminhos para a gestão escolar, atendendo as
necessidades do sistema educativo, baseado no modelo sociológico do
consenso tendo como objetivo a manutenção e o aperfeiçoamento do sistema
vigente, por meio da coesão, da satisfação das necessidades sociais e da
reprodução cultural e estrutural (SANDER, 1984).
A educação brasileira tem uma historia, portanto não se pode abrir mão
das raízes do conhecimento e das perspectivas para uma gestão escolar
democrática, consequentemente preocupada com a participação coletiva nas

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decisões, no sentido de melhorar com a qualidade de vida humana, na
sociedade e na escola, desmascarando as injustiças e as desigualdades
sociais e educacionais (BRAGA, 1999).

2.2 - Gestão Escolar uma Perspectiva Critica

O estudo fundamenta-se nas teorias que encaram a gestão escolar


numa perspectiva critica, apontando os elementos históricos da questão para
fomentar a discussão entre fundamentos políticos ideológicos focados na
pratica pedagógica. Esses elementos deverão constituir um suporte para as
idéias e favorecer o entendimento das razões que geram os problemas
cotidianos da pratica pedagógica, sendo por muitas vezes como naturais, na
causa do fracasso institucional de nossas escolas (ALGARTI, 1994).
Criar possibilidades para a formação da consciência e lidar com
situações de desafios são necessários ter conhecimentos e habilidades,
compreendendo os históricos da educação encarando como uma atividade
mediadora no seio da pratica social global (SAVIANI, 1995).
A educação é um caminho importantíssimo para a mudança, sabendo
dos valores que são determinados e determinantes na estrutura social. O
homem como ser individual e social, politicamente inserido na sociedade,
constitui a razão de ser da existência do sistema educacional, a escola deve
orientar-se por valores substantivos e éticos como liberdade e equidade que
ajudam na organização para a democracia qualitativa do ser humano
(SANDER, 1984).
A gestão escolar deve incorporar e dinamizar a reflexão sobre as
posturas tomadas na escola, em termos de caráter centralizador do processo
decisório, e articular propostas de contribuição coletiva onde o resultado de
esforços empregados transponha o relacionamento hierárquico que
compromete o bem estar social e leva a resultados desastrosos expressos no
fracasso escolar. Se o gestor da educação incentivar as mudanças qualitativas
na escola, buscando alternativas, criando, dinamizando e buscando um
relacionamento conjunto favorável a adesão de idéias e valores que estimulem

23
a consciência critica, revelará um processo educativo de imposição da
presença do ser humano, que, como peça principal de uma nova realidade,
contribui então com uma nova concepção de mundo que se identifique com os
elementos decisivos para uma ação aberta onde a convivência livre, justa e
responsável potencialize a tomada de consciência pelo acesso ao saber e
elimine as barreiras da democratização do ensino pela desocultação das
desigualdades que impregnam a educação (CURY, 1985).
O Gestor escolar, responsável pelo trabalho pedagógico precisa se
conscientizar do realismo político que emerge no sistema escolar, seja pelo
engajamento dos professores por um melhor ensino e condições de trabalho,
seja pela disputa das classes populares por uma escola que atenda suas
expectativas e interesses sociais, ou ainda pela tendência de maior controle
por parte dos detentores do poder por verem ameaçados os critérios de
sustentação da racionalidade burocrática. A gestão escolar constitui um desafio
a uma releitura e libertação do conceito pedagógico tradicional, para perceber a
diversidade de lutas em favor do processo educativo para o povo, e ainda
favorecer a discussão dos problemas e a participação cada vez mais crescente
nas decisões e no destino pedagógico, dando sentido político a luta coletiva por
melhor condições de desenvolvimento de oportunidades qualitativas da
educação. Deve ainda, revitalizar permanentemente o cumprimento
constitucional de igualdade democrática de oportunidades educativas por meio
de experiências pedagógicas que atinjam a esfera política e social para assim
eliminar o problema crônico da evasão escolar garantindo na escola o espaço e
o tempo de transmissão do saber (ARROYO, 1991).
O relacionamento humano se constrói por meio de conflitos
permanentes. Assim a gestão escolar deve explorar e fazer uma síntese da
idéias humanas, buscando superar as divergências para convergir as ações de
todos, orientando por critérios alicerçado no respeito, na liberdade, na equidade
social, no estilo democrático, politicamente efetivo e relevante para a
sustentação e edificação da qualidade de vida do ser humano, no coletivo.
Existe uma correlação estreita entre o ideal ético expresso numa forma de
convivência humana livre e justa e o tipo de educação e administração

24
educacional, como processo de participação coletiva que remete à importância
de perceber o prolongamento político do fazer pedagógico que, exigirá do
gestor escolar a capacidade criadora do preparo técnico, instrumento legitimo
de ordenação de estratégia para o cumprimento do seu compromisso com a
construção e distribuição do conhecimento.
O que se pretende é que a postura critica se estruture, em sua
essência, nos valores éticos, na fundamentação teórica e na instrumentação
metodológica, para compreender a natureza, o papel e a importância da gestão
escolar como mediadora das relações múltiplas que ocorrem na escola,
garantindo dessa maneira um mundo melhor e mais humano (SANDER, 1984).

2.3 - Gestão Escolar e a Qualidade de Ensino

A qualidade do ensino tem sido questionada, porque a escola não tem


cumprido a sua função na distribuição do saber historicamente acumulado e no
desenvolvimento da consciência critica da realidade (PARO, 1993).
Existe uma divergência entre os ideais democráticos e as propostas
pedagógicas. Efetivamente a pratica pedagógica não traduz os ideais
democráticos que estão na lei, devido a força política que absorve o progresso
cientifico e tecnológico, mas rompe com a forma democrática idealizada pelo
individuo, a qual se traduz na participação de todos, na confiança em cada ser
humano concebido com capacidade de construir a sociedade pelo seu caráter
de luta e busca constante para a melhoria, gerando uma educação gratuita
para todos confirmada então desde a Lei Magna de 1934 (BRAGA, 1999).
A Constituição de 1988 amplia as oportunidades educativas,
referendando a igualdade de condição para acesso, a liberdade e a gratuidade
do ensino, o artigo 206 da constituição faz referencia a permanência na escola,
ao pluralismo de idéias e concepções, à valorização dos profissionais do
ensino e a gestão democrática, já o artigo 208 reforça esses princípios
destacando a garantia do acesso ao ensino obrigatório e gratuito como direito
público e subjetivo (BRANDÃO, 1986)

25
A Lei constitucional não pode continuar sendo algo artificial, vazio, sem
perspectiva, mas verdadeiro com a participação geral das camadas sociais
nas oportunidades educativas e nas possibilidades objetivas de unificar os
princípios fundamentais da educação aos interesses efetivos, imediatos e
gerais de todo o povo. Destacando o fato importante de não perder o foco do
sentido universal do processo educativo (BRANDÃO, 1986).
A escola não deve continuar sendo apenas formalmente democrática
limitada e manipulada pelos exageros da racionalidade organizacional, em
detrimento dos aspectos pedagógicos. O formalismo nas escolas não pode
deturpar e esvaziar as funções da gestão escolar e comprometer o
desenvolvimento da liberdade, da coragem e da disposição para
definitivamente alcançar um ensino de qualidade (BRAGA, 1999).
A burocracia constitui um obstáculo as questões da democratização do
poder na escola, pois investe contra as decisões coletivas. A busca da
eficiência máxima acaba limitando a liberdade, a espontaneidade e a
criatividade, ameaçando o crescimento humano (FERREIRA, 1993).
As relações de poder presentes na hierarquia institucional, não podem
ter função repressiva. Os processos burocráticos devem ser vistos como força
entre meios e fins, na expectativa de disciplinar a ação do homem no contexto,
facilitando as relações para uma negociação e funcionalidade mutua buscando
um objetivo e tomadas de decisões, que devem resultar da competência de
cada um. (FURLANI, 1995).

2.4 - Finalidades da Gestão Escolar

As finalidades, os objetivos e os valores estabelecidos legalmente para o


sistema educacional precisam ser traduzidos em ações concretas pela gestão
escolar. A essência e a pureza do processo se traduzem pela confiança no
homem e no espírito cientifico, que é a busca imparcial da verdade. Onde
devem ser preservados a despeito do caráter autoritário de nossas instituições
escolares (TEIXEIRA, 1967).

26
É preciso compreender os fatores que geram a dicotomia entre os ideais
democráticos e a pratica escolar no dia a dia, buscando alternativas
construtivas que viabiliza o plano ideal, onde o debate, a identidade de
aspirações são sempre possíveis (BRAGA, 1999).
Os novos modelos da educação ressaltam a necessidade de revisão do
papel da gestão escolar, da estrutura geral e do funcionamento das atividades
administrativas, uma vez que destas depende a concretização dos objetivos, ao
encontro das necessidades do contexto social em que a escola esta inserida.
No entanto o trabalho escolar não pode se desenvolver a revelia, pois tem os
parâmetros e normas como conduta, uma vez que deve facilitar desempenhos
adequados dos alunos. Porem se usar as normas como único instrumento
pode desvirtuar a finalidade educativa. O relacionamento ameaçador gera
insatisfações, impede o pensamento autônomo e esgota a produtividade.
Portanto a escola deve utilizar a estratégia da gestão participativa, onde a
responsabilidade dividida no trabalho coletivo delimite as obrigações que irão
facilitar o alcance dos objetivos (opus cit, 1999).
O papel da gestão escolar será justamente o de preparar condições,
estimular e organizar o processo educativo, ao invés de simplesmente executar
medidas e decisões relativas ao papel da gestão escolar (ALONSO, 1988).
O novo perfil da gestão escolar como principio constitucional, que vem
ratificar as reivindicações democráticas dos diferentes segmentos da
comunidade escolar, deve ser aperfeiçoado e fortalecido dentro da escola, por
meio de participação nas decisões, como eixo principal do exercício da
cidadania, visto como construção e potencialidade para a transformação
(HORA, 1994).

27
CAPITULO III

RELAÇÕES DA GESTÃO EMPRESARIAL NA GESTÃO


ESCOLAR

A Gestão é uma ferramenta atualmente muito utilizada em todos os


setores, principalmente nas empresas e escolas. Por meio da gestão houve, no
entanto uma grande evolução que trouxe benefícios para o setor educacional,
onde o gestor escolar percebeu que tinha um novo desafio, não mais um papel
atrelado ao lado operacional e funcional da escola, mas um gestor inserido em
um contexto atual, moderno e atento as mudanças em destaque na sociedade,
capaz de reconhecê-las e de participar das novas relações sociais em
formação, capaz de criar parcerias, de envolver, de articular e garantir os
interesses coletivos. Ao sair da visão operacional o gestor escolar percebeu
sua amplitude de ação, cujo dinamismo precisava ser incorporado pelas
instituições de ensino. O segmento educacional percebeu que a dificuldade de
manter seu modelo tradicional estava cada vez mais difícil, era necessária uma
mudança, a busca por novos caminhos era real, pois o modelo tradicional de
administração escolar não estava mais atendendo as necessidades atuais
(GEUS, 1998)
Na atualidade, percebe-se uma mudança no sistema público e privado
do ensino nacional. Após ter chegado à beira da falência moral, a educação
brasileira se reconstrói e passa por profundas transformações, buscando
resgatar o espaço e a responsabilidade política e social que lhe cabem (opus
cit, 1998)

3.1 - Escola: Gestão Educacional ou Empresarial?

A educação é sem sombra de duvidas o ponto de discussão de muitos


segmentos, principalmente o segmento educacional público de qualidade, que

28
é um ideal esperado pela sociedade, ainda sendo um grande desafio para os
órgãos públicos da educação. Portanto no crescente da educação onde houve
um descaso para o ensino publico e a sociedade não era atendida pelo
governo, então sem alternativas a sociedade optou para o ensino privado, onde
foi compreendido como uma saída para suprir a deficiência do ensino publico.
Com uma demanda em alta a instituição de ensino particular passa a receber o
codinome de “tubarões de ensino” e é tratada pela mídia como uma categoria
de empresários pronta para explorar a classe média. A opinião publica é
contraria a idéia que a escola publica assuma o modelo utilizado pela escola
privada, temendo que a mesma tenha um caráter de negocio comercial.
(GEUS, 1998)

Alguns educadores ao defender princípios e valores inerentes a


atividade fim, relutam em aceitar algumas estratégias utilizadas no mercado
empresarial, como se por momentos as duas opções, ou seja, a gestão
educacional e empresarial fosse incompatível. A estratégia de marketing
utilizada pela escola privada conota a questão comercial, entendido pela
opinião publica como comercio. Alguns mecanismos utilizados na empresa,
não são bem aceitos no meio educacional. Em uma época onde a economia do
Brasil passa por um momento delicado, e o governo apresenta algumas
opções, o segmento escolar privado se preocupa apenas com as condições
financeiras, planilhas de gastos e mensalidades. Por mais que esse histórico
possa ter deixado marcas negativas, foi também por esse processo de crise e
planos econômicos que o aspecto empresarial das escolas passou a ser
livremente discutido se tornando importante para a aceitação e
amadurecimento do setor empresarial evidente (opus cit, 1998)

A própria sociedade cobra das escolas particulares um posicionamento


empresarial responsável e moderno. Por meio de uma demanda cada vez mais
atuante e exigente, sabe-se que uma gestão deve ter o foco nos dois aspectos,
o educacional e empresarial, e que com o desenvolvimento das duas
potencialidade equilibrada levará o sucesso, satisfação e o ideal desejado para
a humanidade. (idem, 1998)

29
Com uma gestão moderna da educação básica, pressupõe a existência
de um líder cujo conhecimento e perfil favoreçam o aprimoramento das
instituições nos dois sentidos. O gestor moderno tem a tarefa de difundir tal
comportamento e formar uma equipe competente, comprometida com o
trabalho e o bom desempenho da escola, pois esta só terá um caráter
empresarial a medida que cada componente, professor e funcionário venha a
valorizar e perceber como elemento responsável pela saúde da instituição, nos
aspectos econômicos, apresentação da instituição como cartão de visita e ter
um relacionamento com a clientela a qual se relaciona direta e indiretamente.
(GEUS, 1998)

3.2 - Empresário do Ensino

Existe um grande numero de escolas particulares em nosso país, dentre


essas escolas destacamos as escolas privadas, de um ou mais grupos, escolas
confessionais (religiosas), em fim um numero expressivo de instituições do
saber, logo as diferenças se destacam em relação ao comprometimento
pessoal com a profissão e seu ideal de educação (WHITELEY, 1992).
A instituição por melhor que seja não garante que aconteça equívocos
administrativos, que podem levar a condenação e queda da proposta bem
elaborada, bem feita e com uma visão completa do ponto de vista pedagógico.
É necessário que a consciência empresarial encontre espaço para que a
instituição seja gerida de forma profissional e eficiente (opus cit, 1992)
Administrar uma escola é importante ter uma visão de equipe, desde o
funcionário da portaria, professores e a direção, pois todos são importantes
para o trabalho. O envolvimento de todos colabora para o desenvolvimento da
instituição, alguns empresários do ensino observam a escola como uma
empresa e não como uma “escolinha”; o empresário do ensino tem que estar
preocupado com a qualidade e com a competitividade do segmento, alguns
também estão optando por não ter um grande numero de alunos porque
querem reunir condições para saber quem é quem no processo educacional

30
que desenvolvem, a qualidade é o ponto mais importante para determinadas
escolas (WHITELEY, 1992)
Se o setor busca longevidade para suas empresas, é necessário
compreender que a instituição que surge simplesmente para atender idéias
particulares ira envelhecer, adoecer e morrer com elas. Homens de negócios
precisam desprender da propriedade e realizar-se pelo mérito da criação, para
criarem novos desafios. Com isso surgem novas propostas, novos paradigmas,
novos conceitos e aprimoramentos, oportunizando o mercado educacional a
destacar-se como um mercado promissor e rentável mediante ao que se
propõem, com uma educação conceituada, valorizada em todos os sentidos
(opus cit, 1992).

3.3 - Estratégia de Negócio e Competição Empresarial na


Educação

Estratégia deriva da palavra grega strategos, que significa general. Tem


como função a característica de alcançar objetivos planejados com menor
tempo e custo, melhor custo beneficio para o empreendedor. A estratégia
abrange um conjunto de decisões que orientam as ações organizacionais,
mobilizando a empresa para construir seu futuro em um ambiente que esta
inserido, é a forma estabelecida para iniciar o negocio desejado com
segurança. Muitas escolas utilizam uma estratégia para atingirem seus
objetivos, que estão destacados como: aumento de alunos ou ensino de
qualidade. As estratégias são construídas para obterem um desempenho
superior, criando e desenvolvendo uma posição exclusiva, competitiva e
sustentável ao longo do tempo. A estratégia não é permanente, precisa de
manutenção, pois os objetivos também são modificados (COLOMBO, 2004).
As instituições de ensino em geral conviveram durante vários anos em
uma situação confortável, devido o processo de oferta e procura pela
educação, a procura era maior que a oferta, gerando alta rentabilidade nesse
segmento de ensino, desta maneira não tinha com que se preocuparem e os

31
empresários do ensino não fortaleceram o processo de elaboração e
implantação de estratégia, tão imprescindível atualmente para a sobrevivência
e o crescimento das organizações escolares. Novas empresas surgiram no
segmento educacional, sendo que já existia um numero expressivo no
mercado, tornando mais competitivo, diminuindo a lucratividade e causando o
encerramento das atividades para algumas que não conseguiam sobreviver
mediante a crise com que se deparavam. A competição esta relacionada com o
competir com o objetivo de alcançar o alto desempenho da organização, com
liderança da excelência e do saber, atendendo as necessidades e as
expectativas dos clientes e do mercado direto que atuam (COLOMBO, 2004).

3.4 - A Educação como Negócio

A educação que outrora compreendia em um tempo de estudo de 7 aos


25 anos de idade, hoje vem sendo complementado por ciclos continuo de
aprendizado, que acompanha um numero crescente de jovens e adultos
durante toda a vida profissional. No Brasil cerca de 9% do PIB e destinados
para o setor educacional, ou seja, em tempo de crise econômica fica difícil ter
um desenvolvimento nesse setor que a cada ano passa por decadência. O
setor privado de ensino vê essa decadência com bons olhos, se o publico não
consegue atingir suas metas então existe a possibilidade de ampliar os
negócios para atender a demanda do mercado. Outro ponto positivo para o
setor privado, esta na lista de aprovação do Enem, poucas instituições publicas
conseguem um numero expressivos de alunos em universidades publicas, já o
setor privado tem um numero considerável em suas metas. Investidores
preocupam-se cada vez mais com um ensino de qualidade acadêmica, nas
quais estão colocando seu capital, não apenas por uma questão social e sim
por uma questão de sustentabilidade de negocio. (opus cit, 2004).

32
3.5 - Ensino Público e Privado: Mudanças e Novas Posturas de
Gestão

As instituições de ensino seja privado ou público estão em constante


adaptação, essas adaptações são de caráter estrutural e organizacional de
acordo com a LDB para atender aos novos padrões de qualidade. Cada
instituição de ensino dentro da sua realidade buscou um melhoramento nas
suas deficiências para propiciar uma condição e oferecimento de serviços de
qualidade (COLOMBO, 2004)
Cada instituição tem o seu próprio olhar, até mesmo devido a grande
demanda do mercado, por isso cada uma procura oferecer melhores
equipamentos, infraestrutura, melhores metodologias, professores e condições
de ensino aprendizagem, ate mesmo para poderem ter um nome no mercado
ou servir como modelo de padrão para outras instituições (TRAMONTIN, 2002).
As mudanças para serem realmente eficiente e eficaz necessitam de
competência e criatividade diante da realidade educacional, para acontecer o
gestor busca algumas ferramentas para realizar seus objetivos, tais como,
busca de parcerias, equipe de alto desempenho, organização e alianças com
pessoas com novas mentalidades (OLIVER,1999).

3.6 - Instituição de Ensino: Papéis Comuns da Liderança.

Com a evolução da educação e a ampliação do papel da escola na


sociedade mostram que o exercício da liderança nos moldes tradicionais é
incompatível com o novo modelo de escola na atualidade. A gestão escolar
precisa superar o caráter personalista de liderança, para isso é necessário
apontar, diferenciar os conceitos e definir os papeis, seja na figura do diretor ou
proprietário da escola (COLOMBO, 2000).
No dia a dia as escolas estão sendo referencias para o crescimento em
todos os aspectos, pois estão abrindo espaço para uma relação de troca e
novas parcerias, principalmente com a família e a sociedade. A escola de hoje

33
entende que conteúdo não é o fim ultimo do processo ensino aprendizagem. O
diretor cabe indiscutivelmente uma postura em consonância com os
fundamentos da proposta da escola, pois não adianta ensinar, ou transmitir
conhecimento de uma idéia que não seja de fato vivenciada pela sociedade.
Tal fato se caracteriza pelo diretor quando ele coloca em pratica a sua
liderança, compartilhando tarefas, deveres e direitos com criatividade,
percebendo a visão macro do momento, definindo ações imediatas e tendo
uma comunicação eficiente com toda a sua equipe. Esses comportamentos são
úteis tanto para os diretores das escolas publicas e privadas (COLOMBO,
2000)

34
CAPITULO IV

A MISSÃO E VISÃO DA ESCOLA BRASILEIRA

A escola tem como função principal a construção do saber, cuja


essência deve ser encarada como a emancipação do homem, constituindo-se
como condição como condição para participar de forma saudável e consciente
da pratica social, buscando o caminho das conquistas e realizações coletivas.
Os problemas relativos a estrutura das escolas e suas organizações com as
atividades de ensino resultam de posturas incomuns não solidárias, elitistas,
privilégios, decisões egoístas, individualistas e a falta de participação coletiva,
que frustram a construção e reconstrução do processo democrático.E ainda
qualquer tipo de deterioração na estrutura pode estar ligado a figura de um
gestor, que não delega poderes e funções, que não confia, não favorece, não
encoraja e não estimula as pessoas ou grupo de profissionais que trabalham
com o mesmo objetivo. A gestão participativa contribui para o alcance dos
objetivos estabelecidos na organização escolar (MARQUES, 1993)
A escola é uma instancia da reunificação do saber e do poder, onde a
unidade de visão coletiva da pratica pedagógica possa criar espaço e tempo
para a discussão e avaliação de experiências sentidas e vividas por todos que
fazem parte da instituição escolar. O contexto social precisa ser discutido e
incorporado pela escola para respaldo, direcionamento e encaminhamento
institucional e pedagógico. As decisões devem representar os interesses
comuns, comprometidos com o desempenho democrático em busca da
reunificação do saber e do poder. O gestor escolar e a figura que viabiliza
esses processos, gerando um clima de participação essencial para a
democratização da escola. Os questionamentos são de certa forma bem vindos
pois é com os argumentos expostos e as duvidas esclarecidas é que constrói
uma sociedade participativa e de certa forma consolidada, certa de seus ideais
e objetivo alcançados. (CURY, 1983)

35
4.1 - O Que é a Missão Escolar?

A missão é o norte, a razão de ser da instituição de ensino no seu


negócio. A missão contempla as necessidades sociais a que ela atende, as
suas habilidades essenciais e o seu foco de atuação. Ao entender a missão de
uma instituição de ensino ou de qualquer outro segmento alguns
questionamentos e indagações são pertinentes tais como: Quem somos como
instituição de ensino? Porque existimos? Qual o nosso objetivo? Para que
existimos? Qual a nossa função mediante a sociedade? Onde estamos e para
onde vamos? Esses questionamentos são pertinentes pois sabemos que as
respostas levam a instituição a realização e satisfação de qualquer ser
humano, pois sabe-se que as respostas são complemento de um trabalho serio
e competente, não deixando nenhum ponto negativo que venham a impedir o
crescimento da instituição (COLOMBO, 2000)

A missão é um forte componente para a estruturação do planejamento


estratégico, servindo de estrutura para o seu desenvolvimento, bem como para
as definições políticas e diretrizes organizacionais. A missão como ferramenta
da gestão tem como características, produzir novos conhecimentos
contribuindo para o desenvolvimento dos alunos e de sua localidade,
promovendo e incentivando ações educacionais que estimulem o
empreendedorismo dos alunos e sua atuação como aluno, como também
preparar o aluno na sua investida junto ao mercado de trabalho com uma visão
critica e profissional reconhecido pela sociedade na qual esta inserido. A
missão da instituição de ensino não deve ser genérica e sim objetiva e
especifica, focada para o negocio da escola, precisa estar viva e atuante,
compreendida e atuante por todos que compõem a força de trabalho da
instituição, para que haja uma multiplicação dos objetivos levantados dentro do
planejamento. Uma equipe participativa contribui para o crescimento da
instituição escolar como também o crescimento de cada membro da equipe,
seja no âmbito pessoal como cidadão participativo, critico e responsável dentro

36
da sociedade, como também no profissional valorizado pela sua competência
(COLOMBO, 2000).

4.2 - A Visão no Foco Educacional

A visão é o que se deseja para a instituição de ensino em seu futuro, é o


desejo e a intenção do direcionamento da empresa. Ao definir a visão os
gestores educacionais estarão projetando os resultados da escola para longo
prazo, em todos os sentidos, seja nos componentes racionais e emocionais,
onde se deseja chegar, mobilizando toda a equipe, criando compromissos
internos perante o sonho desejado. Projetar expectativas para um
desenvolvimento, buscar alternativas para a concretização dos sonhos, realizar
eventos com a participação de todos com um único objetivo, de ver o sonho
realizado faz parte da visão de uma equipe engajada e compromissada perante
ao acordo realizado e planejado. Toda instituição precisa desenvolver sua
visão para o futuro, onde queremos chegar, não se estagnando com o
resultado alcançado e saindo assim da zona de conforto que por ventura
prejudica todo o empenho para um resultado desejado, pois o gestor escolar,
ou a equipe escolar, composta pelo dono até o coordenador que está em
conforto não se preocupa com o novo do mercado e acaba por muita das vezes
ficando para traz, prejudicando todo o projeto de crescimento da instituição,
não só com a questão estrutural e institucional, mas também com o
crescimento profissional de cada membro da equipe (opus cit, 2000)
A visão não deve ser elaborada por uma única pessoa ou gestor e sim
por todos que compõem a instituição um consenso do grupo de lideres. A visão
necessita ser inspirada para todos os componentes da comunidade escolar,
formado por mantenedores, funcionários, corpo docente, parceiros,
fornecedores e clientes, criando uma cadeia sinergética em prol do futuro a ser
alcançado. (idem, 2000)
Com a visão definida pode-se projetar, com maior segurança, os
objetivos e os investimentos necessários, proporcionando o direcionamento do

37
planejamento estratégico, tais como: que a instituição seja reconhecida pelo
mercado como a melhor instituição do ensino básico até o superior no Brasil,
ser referencia na educação infantil, tornar-se a maior instituição de ensino no
mercado brasileiro, e ser a melhor instituição em infraestrutura do Brasil e ter
os melhores equipamentos auxiliando a desenvolver o melhor ensino do
mundo. Com esses aspectos bem traçados, o gestor motiva a sua equipe e
busca meios para alcanças os objetivos planejados (COLOMBO, 2000)
Houve uma explosão quantitativa na educação brasileira e ampliação da
participação política, entretanto, qualitativamente a proposta idealizada foi
esvaziada por falta de visão nítida das grandes metas estabelecidas (CHAGAS,
1984).

38
CONCLUSÃO

A revolução Industrial trouxe um crescimento universal em todas as


instituições organizacionais, a escola passou a transmitir conhecimentos
técnicos, antes ela cuidava só dos interesses da aristocracia, ou seja, formava
grupos específicos para pensar e dirigir, enquanto a outra parte da sociedade
era orientada para trabalhar e obedecer. Na década de 60 houve uma
transformação significativa no comportamento das pessoas, principalmente dos
mais jovens. O comércio estava em evidência com ampla opção de
mercadorias, em fim, era um novo momento para a população de massa. Com
isso as mudanças começaram a acontecer – a produção e venda de
mercadorias em massa – trás ao povo uma maior conscientização e com isso
também gera escolhas com mais exigências. Surge então a realização de um
trabalho voltado para o desenvolvimento das organizações não como uma
medida para solucionar problemas emergenciais, mas com o objetivo de
melhorar sensivelmente as organizações administrativas como um todo.
No ensino, como uma organização, também necessitava mudanças.
Com a consolidação do capitalismo industrial no Brasil, o atraso
científico e tecnológico deveria ser superado e a construção da escola uma
evidencia de crescimento na perspectiva do desenvolvimento nacional. O
processo crescente das indústrias e a modernização do sistema em todos os
segmentos e instituições exigem um conhecimento cientifico e tecnológico que
com o passar dos anos ficaram mais lógicos e evidentes, com isso houve um
desenvolvimento econômico, social, político, cultural e institucional,
mobilizando os intelectuais a exigirem uma expansão do sistema educacional.
No decorrer dos anos houve uma busca do “saber”, pois era real o
crescimento da população, e a opção era a educação do ensino publico, mas
percebeu-se que o ensino publico não atendia mais as necessidades da
população, o setor publico de ensino estava em decadência,o que fazer? Os
empresários então começam a observar esse momento e investem em uma
educação privada, particular, pois acreditava que o ensino privado fosse

39
atender as demandas e falhas da educação pública. Acontece uma explosão
do mercado na educação privada. Com o crescimento tecnológico e da
população, buscado um ensino de qualidade.
A educação é um caminho importantíssimo para a mudança e o
crescimento de uma nação, sabendo dos valores que atribuem na estrutura
social.
Por meio desse estudo constatou-se a influencia da gestão empresarial
sobre a gestão escolar, por múltiplos segmentos que estão diretamente
ligados, principalmente nas relações das organizações administrativas e no
papel do diretor gestor. As instituições de ensino ao contrário de anos atrás
mudaram seus conceitos e passaram a olhar para si mesmas como empresas
inseridas em um cenário de negócios.
A educação brasileira pode melhorar muito em seus objetivos e
formação, mas seria pior se não fosse o fato de abrir sua visão e acompanhar
as mudanças geradas pela gestão empresarial que contribuiu muito com os
modelos e paradigmas para a gestão escolar.
Percebemos também que o crescimento foi possível devido a homens
de sucesso que acreditaram em seus ideais e se lançaram em busca de uma
sociedade madura com qualidade, pois devido aos experimentos de modelos
de gestão de produção em massa até a gestão participativa é que podemos
entender que existe uma saída para a melhora da educação.
Concluo meu trabalho afirmando que a gestão empresarial contribuiu em
inúmeros segmentos da gestão educacional, trazendo um aperfeiçoamento dos
processos operacionais e humanos dando aos seus gestores uma amplitude da
capacidade técnica visando uma melhoria para alcançarmos um ensino com
qualidade.

40
BIBLIOGRAFIA

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43
ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I
Histórico da Administração 09
1.1 – Princípios da Teoria Administração Científica. 10
1.2 - Princípios da Teoria Científica. 11
1.3 - Princípios Básicos de Fayol. 12
1.4 - Teoria das Relações Humanas. 13
1.5 - Burocracia, Behaviorismo e Estruturalismo. 14
1.6 - Teoria dos Sistemas e Teorias modernas da Gestão. 15
1.7 - Administrações por Objetivos e Estratégias. 17
1.8 - Administração Participativa. 18

CAPÍTULO II
Gestão Escolar 19
2.1 – Educação Brasileira - Movimentos Democráticos. 19
2.2 – Gestão Escolar uma Perspectiva Critica. 23

44
2.3 – Gestão Escolar e a Qualidade de Ensino. 25
2.4 – Finalidades da Gestão Escolar. 26

CAPÍTULO III
RELAÇÕES DA GESTÃO EMPRESARIAL NA GESTÃO ESCOLAR 28
3.1 – Escola: Gestão Educacional ou Empresarial? 28
3.2 – Empresário do Ensino. 30
3.3 – Estratégia de Negócio e Competição Empresarial na Educação. 31
3.4 – A Educação como Negócio. 32
3.5 – Ensino Público e Privado: Mudanças e Novas Posturas de Gestão. 33
3.6 – Instituição de Ensino: Papéis Comuns da Liderança. 33

CAPÍTULO IV
A MISSÃO E VISÃO DA ESCOLA BRASILEIRA 35
4.1 – O Que é a Missão Escolar? 36
4.2 – A Visão no Foco Educacional 37

CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 41
ÍNDICE 44

45
FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Titulo da Monografia: A influência da gestão empresarial sobre a gestão


escolar

Autor: Sebastião Rodrigues Andrade

Data da entrega: 28 de julho de 2009.

Avaliado por: Profa Dra Maria Cláudia D. L. Barbosa. – Conceito:______

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