Sei sulla pagina 1di 28

BRUNO DE SOUSA TEIXEIRA

UTILIZAÇÃO DE TERMOGRAFIA PARA


DETECÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES

Artigo apresentado ao curso de graduação


em Engenharia Civil da Universidade
Católica de Brasília, como requisito parcial
para a obtenção de Título de Bacharel em
Engenharia Civil.

Orientador: MSc. Nielsen José Dias Alves

Brasília
2017
Artigo de autoria de BRUNO DE SOUSA TEIXEIRA, intitulado UTILIZAÇÃO DE
TERMOGRAFIA PARA DETECÇÕES DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM
EDIFICAÇÕES, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em
Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, em 13 de junho de 2017, defendido e
aprovado pela banca examinadora abaixo assinada:

__________________________________________________

Prof. MSc. Nielsen José Dias Alves


Orientador
Curso de Engenharia Civil – UCB

__________________________________________________

Prof. MSc. Robson Donizeth Golçalves da Costa


Examinador
Curso de Engenharia Civil – UCB

Brasília
2017
DEDICATÓRIA

Dedico este artigo às pessoas que sempre


estiveram ao meu lado e me deram forças
e nos momentos mais difíceis foram como
ancoras em minha jornada.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por iluminar e abençoar a minha jornada me


fortificando nos momentos mais difíceis.
Aos meus pais Antônio e Ivanilde, meus maiores exemplos, pelo apoio,
confiança, orações, amor e por tudo que sempre fizeram por mim; pelos
ensinamentos, amizade e carinho, fundamentais na construção do meu caráter. Mãe
obrigada pela sua incansável luta e ajuda em todos os momentos, obrigada por cada
palavra que me ajudaram e me fizeram crescer.
A minha noiva, Karina, por sempre me incentivar e encorajar. Obrigado pela
compreensão, por suas palavras, carinho, dedicação e paciência. Obrigado por me
fazer acreditar em mim mesmo e me fazer perceber que sempre podemos fazer
melhor.
Agradeço àquele que me conduziu pelos caminhos da pesquisa com paciência
e maestria: professor Nielsen Alves. Obrigada pelo apoio, confiança, ensinamento e
pelo exemplo de pessoa e profissional, o qual eu tenho como grande exemplo.
Agradeço por ser meu orientador, amigo e professor. Agradeço também a todo o corpo
docente que contribuiu para a minha formação acadêmica.
Agradeço ao professor Robson Donizeth por se dispor a participar da banca
examinadora deste artigo.
5

UTILIZAÇÃO DE TERMOGRAFIA PARA DETECÇÕES DE MANIFESTAÇÕES


PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES

BRUNO DE SOUSA TEIXEIRA

Resumo:
É recorrente a presença de manifestações patológicas em edificações, sendo
ocasionadas principalmente por vícios de execução, falta de manutenção ou má
qualidade dos materiais empregados no processo construtivo. Algumas
manifestações patológicas podem ocorrer inicialmente de forma oculta aos olhos
humanos, como é o caso de infiltrações e desplacamentos cerâmicos. Se a
descoberta desses defeitos construtivos ocorrer ainda no início dessas manifestações,
o custo para fazer as manutenções e reparos necessários será consideravelmente
mais baixo e será possível minimizar os efeitos causados por estas manifestações
patológicas na edificação. Para diagnosticar falhas de construções e manifestações
patológicas em edificações de forma não destrutiva e eficiente, pode-se utilizar
imagens geradas por câmeras térmicas, que permitem visualizar assinaturas térmicas
invisíveis ao olho humano, relacionadas a diversos problemas na construção civil.

Palavras-Chaves: Termografia. Infravermelho. Desplacamento cerâmico. Infiltrações.

1. INTRODUÇÃO

No Brasil, a partir da década de 60 cresceu de forma significativa a quantidade


de edificações e o seu desenvolvimento populacional, muitas delas de forma vertical,
prédios residenciais abrigando mais de uma família, que muitas vezes são executadas
por construtoras de forma tão acelerada que deixa a desejar nos acabamentos finais
(TRAUZZOLA, 1998). Entre as diversas manifestações patológicas ocasionadas
devido a vícios de execução, pode-se destacar as infiltrações e desplacamentos
cerâmicos.
A impermeabilização é vista como um agente separador entre o meio externo
com o interno, evitando assim danos posteriores às construções. A água quando
infiltra na estrutura e nas superfícies pode levar com ela agravos para toda a estrutura,
tais como: as alvenarias e as armaduras, fazendo com que o ambiente interno fique
6

insalubre devido à umidade e o aço seja agredido por agendes externos podendo vim
a apresentar corrosão, além disso, a vida útil da edificação é reduzida. Segundo
Trauzzola (1998), a impermeabilização funciona como uma barreira física, com a
finalidade de evitar a percolação e infiltração do fluído indesejável pela construção.
Segundo Sousa (2009), o revestimento de impermeabilização tem como função
principal garantir a satisfação das exigências de estanqueidade da água, ou seja,
evitar que a mesma cause danos futuros às obras. Os revestimentos de
impermeabilização devem ser protegidos das ações a que estão sujeitos durante o
seu tempo de vida útil, nomeadamente das ações climáticas e mecânicas. Para tal,
são usados diferentes materiais, diferentes metodologias, umas mais atuais, outras
mais tradicionais, que importa conhecer. No entanto, das anomalias verificadas,
resultam quase sempre infiltrações de água que condicionam a vida útil das
edificações, provocando prejuízos, muitas vezes significativos e com grandes danos.
A utilização de revestimentos cerâmicos em obras civis, se tornou algo habitual
e normal, pelo fato do revestimento em questão, possuir propriedades e atributos que
proporcionam as edificações maior qualidade e segurança, entre essas características
temos; durabilidade, proteção a chamas, eficiência e resistências mecânica. No
entanto vale ressaltar, que apesar de ser algo recorrente, o uso deste revestimento,
também é sujeito a manifestações patológicas, sendo as ocorrências mais frequentes,
as trincas, desplacamentos, eflorescências e fissuras.
É comum tais manifestações patológicas surgirem em edificações recém-
inauguradas, sendo as principais causas procedentes de execução e projetos
errôneos, má qualidade de materiais ou falha de planejamento.
Com relação ao aspecto de durabilidade e vida útil do revestimento cerâmico,
é importante destacar que esse aspecto deve atender como critério, a metade da
durabilidade das edificações. Embora, seja um critério mínimo, é comum encontrar
em obras civis, diversas manifestações patológicas ocorrendo á poucos anos
posteriormente a inauguração da edificação. Geralmente, esse fato, nas novas
construções se dá pela falta de aderência, ocasionada pela fadiga.
O desconforto devido as manifestações patológicas nas edificações é evidente,
exigindo de ambas as partes, construtoras e usuários, ações não previstas, que
consequentemente geram custos não esperados. Além disso, as manifestações
patológicas exercem grande influência na segurança e por este fato, é de suma
importância a prevenção, bem como uma intervenção eficaz, quando necessária.
7

Em grande parte das obras, os métodos executivos são a partir de


conhecimentos empíricos, recaindo em erros executivos não aplicados de forma
adequada. Sabe-se que as impermeabilizações e os revestimentos cerâmicos nas
construções funcionam como um envoltório de proteção, protegendo-as contra
agentes externos que podem provocar danos a estrutura.
Assim, diante do exposto, o presente trabalho tem por objetivo avaliar
problemas em obras, utilizando a técnica de termografia de infravermelho.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Infravermelho

Nossos olhos são detectores capazes de detectar a radiação eletromagnética


no espectro de luz visível. Todas as outras formas de radiação eletromagnética, como
infravermelho, são invisíveis ao olho humano.
A existência do infravermelho foi descoberta em 1800 pelo astrônomo Sir
Frederick William Herschel. Curioso para a diferença térmica entre diferentes cores
claras dirigiu a luz solar através de um prisma de vidro para criar um espectro e depois
mediu a temperatura de cada cor. Ele descobriu que as temperaturas das cores
aumentaram do violeta para a parte do vermelho do espectro.
Após perceber este padrão, Herschel decidiu medir a temperatura apenas para
além da parte do vermelho do espectro em uma região onde não havia luz solar. Para
sua surpresa, ele descobriu que esta região tinha a temperatura mais alta de todas.
A radiação infravermelho se situa entre as porções visíveis do espectro
eletromagnético. A fonte primária de radiação infravermelho é a diferença de
temperatura ou radiação térmica. Qualquer objeto que tenha uma temperatura acima
do zero absoluto (-273,15 °C ou 0 Kelvin) emite radiação na região do infravermelho.
Mesmo objetos que consideramos muito frios, como cubos de gelo, emitem radiações
do tipo infravermelho. Como mostra a Figura 1 a seguir, o espectro visível da luz.
8

Figuras 1: Espectro visível da luz

Diariamente experimentamos a radiação de infravermelho. O calor proveniente


de luz solar, a queima de uma lenha ou um incêndio são radiações do tipo
infravermelho. Embora os nossos olhos não sejam capazes de detectar esta radiação,
os nervos em nossa pele podem senti-lo como o calor. Quanto mais quente o objeto,
maior a radiação infravermelho ele emite.

2.2 Termografia

Um grande valor da termografia infravermelho é que fornece um meio de ver


as assinaturas térmicas invisíveis relacionadas a diversos problemas na construção
civil. Quando adequadamente utilizada, a termografia permite que os proprietários,
arquitetos, empreiteiros, engenheiros ou pessoas qualificadas localizem problemas,
para com isso, dá um detalhamento dos locais onde supostamente possa haver
manifestações patológicas em pontos específicos das edificações, reduzindo com isso
uma reforma geral ou algo do tipo. Quando algumas decisões são tomadas com base
nessas assinaturas térmicas é possível gerar uma considerável economia e um
satisfatório conforto nos edifícios.
Todas as superfícies irradiam energia térmica invisível a olho nu. É possível
então sentir energia emitida pelo sol ou por um fogão aceso. Câmeras do tipo
infravermelho, também conhecidas como imagens térmicas, são dispositivos
eletrônicos especialmente projetados para detectar radiação térmica. Eles convertem
essa radiação em imagens térmicas, ou termogramas, que retratam visualmente as
diferenças de temperatura da ordem de 0,05 ° C.
As câmeras térmicas registram os dados térmicos como imagens fixas, digitais
ou em vídeo. A imagem é exibida ao vivo em um visor ou em uma tela de exibição
9

LCD. Diferentes radiações de temperatura são mostradas como diferentes cores ou


tons de cinza, embora às vezes seja útil exibir uma graduação de temperatura, mas
isso muitas vezes é dispensado na construção civil, sendo as diferenças de tons o
mais importante.
Inspecionar edifícios usando uma câmera de imagem térmica é um meio
poderoso e não invasivo de monitoramento e diagnóstico da condição de edifícios. A
tecnologia de imagem térmica tornou-se uma das ferramentas de diagnóstico mais
valioso para as inspeções de construção. Uma câmera de imagem térmica pode
identificar problemas cedo, permitindo que eles sejam documentados e corrigidos
antes de se tornar mais grave e mais caro para reparar.
Uma inspeção de diagnóstico do edifício com uma câmera de imagem térmica
pode ajudar:
 Visualizar as perdas de energia.
 Detectar isolamento ausente ou defeituoso.
 Vazamentos de ar da fonte.
 Encontrar umidade no isolamento, nos telhados e paredes, tanto na
estrutura interna assim também externa.
 Detecção de mofo e zonas mal isoladas.
 Localizar pontes térmicas.
 Localizar infiltração de água em telhados planos.
 Detecção de brechas em tubos de água quente.
 Detectar falhas de construção.
 Monitorar a secagem de edifícios.
 Encontrar falhas nas linhas de alimentação e aquecimento.
 Detecção de falhas elétricas.

Câmeras de imagem térmica são ferramentas excelentes e precisas para


identificar falhas de construção e manifestações patológicas, já que elas permitem
detectar e visualizar aquilo que o olho humano não é capaz de enxergar.
Dadas às condições certas, a maioria dos edifícios exibe padrões térmicos
característicos que podem ser qualificados. A chave para usar a termografia com
sucesso é entender quais padrões térmicos estão associados aos problemas. Sendo
10

estudado e sabendo quando esses padrões se tornarão visíveis na imagem do


infravermelho, como mostra as Figuras 2 e 3 a seguir.

Figuras 2 e 3: Câmeras térmicas.

2.3 Padrões Térmicos para Infiltração e Desplacamento

Localizar a umidade com termografia é relativamente simples pois a água


possui uma alta condutividade térmica e uma alta capacitância de calor (transferência
de calor). Determinar a fonte da umidade, no entanto, pode ser um pouco mais
complexo, mas para o agente qualificado e que trabalha com esse tipo de
equipamento se torna fácil à detecção.
Determinar se houve ou não destacamento é de certa forma simples, pois a
área que houve o desplacamento do revestimento possui uma baixa capacitância, ou
seja, há uma dificuldade do fluxo de calor ser absorvido pela parede durante o
aquecimento da superfície originando um aumento na temperatura do local

2.3.1 Detecção de Infiltrações

Os danos causados pela umidade são a forma mais comum de deterioração de


um edifício. A fuga de ar pode causar formação de condensação dentro de paredes,
pisos ou tetos. Isolamento úmido leva muito tempo para secar e se torna um local
privilegiado para o molde e fungos.
Digitalização com uma câmera de imagem térmica pode localizar a umidade
que cria um ambiente condutor para moldar. Pode-se cheirar sua presença, mas não
11

saber onde ela está se formando. Um exame térmico irá determinar onde áreas
úmidas estão localizadas que podem levar a sérios mofos podendo com isso levar a
problemas de saúde.
As Figuras 4 e 5, a seguir mostram os pontos de umidade em um edifício,
impossível de ver com o olho humano, mas claramente visível na imagem térmica.

Figuras 4 e 5: Infiltração.

2.3.2 Detecção do Desplacamento do Revestimento

Esse tipo de manifestação patológica ocorre quando há a falha na junção entre


placas cerâmica e argamassa de assentamento ou argamassa de assentamento com
o substrato, geralmente gerado por tensões que ultrapassam o limite de resistência
desses materiais. Este problema é caracterizado pelo destacamento de porções do
revestimento, pontuais ou generalizados. Segundo Roscoe (2008) “as situações mais
comuns de descolamento costumam ocorrer por volta de cinco anos de conclusão da
obra. A ocorrência cíclica das solicitações somada às perdas naturais de aderência
dos materiais de fixação, em situações de subdimensionamento do sistema,
caracterizam falhas que costumam resultar em problemas de quedas”. As Figuras 5 e
6 mostram o desplacamento cerâmico.
12

Figuras 6 e 7: Desplacamento do Revestimento

2.4 Precisões das Câmeras Térmicas

Todas as medições no campo da engenharia em geral estão sujeitas a erros, e


dessa forma medições térmicas de temperatura e imagem também estão sujeitas.
Nas folhas de especificação da câmara de imagem térmica, a precisão é
expressa em percentagens e graus Celsius. Esta é à margem de erro dentro da qual
13

a câmera irá operar. A temperatura medida pode variar da temperatura real com a
referida porcentagem ou a temperatura absoluta, o que for maior.
O padrão atual da indústria para precisão é ± 2% / ± 2 ° C. Mas, câmaras de
imagens térmicas mais avançadas obtêm resultados ainda melhores podendo chegar
a ± 1% / ± 1 ° C.

3. METODOLOGIA

Para a realização deste artigo utilizou-se a câmera termográfica Flir T440 e o


Software FLIR Tools para fazer investigações de possíveis manifestações patológicas
que possam estar ocorrendo em edificações situadas na região administrativa de
Águas Claras.
Foram retiradas diversas fotos em alguns edifícios, com o propósito de
identificar infiltrações e desplacamento de revestimento. Em posse das fotos geradas
pela câmera térmica, foi possível analisar as imagens através do software, analisando
a temperatura em cada ponto da imagem e dessa forma diagnosticar a ocorrência de
manifestações patológicas nos locais objetos de estudo.
Como a termografia se baseia na diferença de radiação emitida na região
infravermelho, as fotos foram retiradas no período da manhã, antes das 10 horas, pois
é neste período que ocorre a trocar de calor, permitindo assim alcançar resultados
mais precisos e satisfatórios.

3.1 Objetos de Estudos

3.1.1 Detecção de Infiltrações

Para o estudo deste caso, foi selecionado a análise de uma edificação


localizada em Águas Claras que apresenta diversos pontos de infiltração na área da
piscina.

3.1.1.2 Identificação da Edificação

Nome: Metrópole Shopping & Residence


Endereço: Av. das Araucárias, 1525 – Águas Claras / DF
14

3.1.1.3 Tipologia

Compreende em uma edificação mista.

3.1.1.4 Localização

A imagem 1, retirada do Google Earth no dia 22/05/2017, mostra a localização


do Metrópole Shopping & Residence.

Figura 8: Visão Micro do Shopping Metrópole.

3.2.1 Detecção por desplacamento cerâmico

Para o estudo deste caso, foi selecionada uma edificação localizada em Águas
Claras que apresenta diversos pontos de desplacamento cerâmico em alguns de seus
prédios.

3.2.1.2 Identificação da Edificação

Nome: Universidade Católica de Brasília


Endereço: EPCT QS 07 LT 1 – Águas Claras / DF
Prédios: Bloco M , Bloco S e Ginásio do Bloco G
15

3.2.1.3 Tipologia

Compreende em uma edificação mista.

3.2.1.4 Localização

A imagem 2, retirada do Google Earth no dia 22/05/2017, mostra a localização


da Universidade Católica de Brasília, com a marcação dos prédios que foram
analisados.

Figura 9: Visão Micro da Universidade Católica.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A seguir serão apresentados os resultados pertinentes a cada uma das


situações que foram objetos de estudo.

4.1 Detecção por desplacamento cerâmico

As figuras 10,11, 12 e 13 apresentam os resultados encontrados para as


fachadas dos blocos que foram objetos de estudo. Nas imagens geradas pela câmera
térmica é possível perceber que em alguns pontos do revestimento a temperatura
16

apresenta-se consideravelmente mais alta que nos demais pontos, sendo esses
pontos diagnosticado com desplacamento do revestimento. Essa afirmativa pode ser
justificada pelo fato de que a área que apresenta desplacamento possui uma baixa
capacitância. Também é possível comprovar o desplacamento pelo teste de
percussão.
Nota-se que ainda que os revestimentos estejam presentes eles já estão
desplacados da alvenaria, o que pode ser provocado por vícios de má execução do
processo executivo do revestimento ou por má qualidade dos materiais empregados.

Figura 10 e 10.1 - Área apresentando desplacamento do revestimento.


17

Figura 11 e 11.1 - Área apresentando desplacamento do revestimento.


18

Nos locais onde foram tiradas as imagens 12 e 13 foi realizado o teste de


percussão com um martelo, a fim de identificar as regiões que ao serem percutidas
apresentam um som cavo, demonstrando então problemas de aderência. Os pontos
onde a temperatura apresentava-se mais alta foi diagnosticado com problemas de
aderência entre o revestimento e a argamassa, sendo comprovado pelo teste de
percussão.

Figura 12 e 12.1 - Área apresentando desplacamento do revestimento.

Figura 13 e 13.1 - Área apresentando desplacamento do revestimento.


19

4.2 Detecção por infiltração

As figuras 15, 16, 17, 18 e 19 apresentam os resultados encontrados para a


base da piscina, figura 14, que foi objeto de estudo. As imagens geradas pela câmera
térmica permitem visualizar a diferença de temperatura em cada local da foto, sendo
notório que alguns pontos apresentam uma baixa temperatura em relação aos demais.
Estes pontos com baixa temperatura foram diagnosticados com infiltração, o
que pode ser justificado pela alta condutividade térmica e capacitância de calor da
água, ou seja, a área que apresenta infiltração é resfriada de forma rápida quando
entra em contato com água.
Por tanto, foi constatado que a impermeabilização existente está danificada em
diversos pontos, possivelmente originada por vícios de má execução e fiscalização, a
estrutura apresenta fissuras, provavelmente ocasionadas pela movimentação
excessiva e devido à dilatação térmica.

Figura 14: Área objeto de estudo.


20

Figura 15 e 15.1: Área apresentando infiltração em estrutura de concreto.


21

Figura 16 e 16.1: Área apresentando infiltração em estrutura de concreto.


22

Figura 17 e 17.1: Área apresentando infiltração em estrutura de concreto.


23

Figura 18 e 18.1: Área apresentando infiltração em estrutura de concreto.


24

Figura 19 e 19.1: Área apresentando infiltração em estrutura de concreto.


25

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1 Considerações Finais

Quando adequadamente utilizado por pessoas qualificadas, a tecnologia de


imagem térmica pode desempenhar um papel extremamente preciso na visualização
de problemas e condições de construção. Atualmente, empreiteiros, engenheiros e
arquitetos estão usando a termografia para garantir o desempenho de seus edifícios.
Especialistas em construção contam com termografia para ajudá-los diagnosticar
problemas difíceis que, deixados sem solução, são caros ou perigosos. Os
proprietários confiam na termografia como uma ferramenta para construções novas,
afim de ser assegurado o completo desempenho e conforto de suas edificações.
Embora uma base de conhecimentos especializados seja latente à termografia
para o diagnóstico de edifícios, utilizar suas aplicações de forma precisa e correta não
é algo difícil. Para utilizar um sistema infravermelho de forma apropriada é necessário
também um operador com formação e experiência adequadas para manusear e
interpretar os dados obtidos. Ter bons conhecimentos complementares sobre
engenharia e ciências permite ao operador executar um trabalho mais direcionado,
completo e preciso.
O retorno primário de um investimento em termografia está em alcançar um
nível mais elevado de edifícios seguros e que irão funcionar como previsto, dessa
forma permitindo aos usuários obterem maiores sensações de conforto, e muitas
vezes a um custo menor.

5.2 Recomendações

A fim de aprofundar o estudo sobre a eficácia de câmeras térmicas, propõe-se


realizar novos estudos investigando diferentes tipos de manifestações patológicas em
diferentes tipos de ambientes condições climáticas.
26

USE OF THERMOGRAPHY FOR DETECTION OF PATHOLOGICAL


MANIFESTATIONS IN BUILDINGS

Abstract:

It is a proof of pathological manifestations in buildings, being caused mainly by


defects of execution, lack of maintenance or poor quality of the materials used in the
construction process. Some pathological manifestations may initially occur hidden from
human eyes, as is the case with infiltrations and ceramic displacements. Whether
constructive destructive discoveries presented are not yet exposed, such as
minimizing the effects caused by these pathological manifestations in edification. What
is what is what is the use of images generated by thermal cameras, can be used for
construction.

Keywords: Thermography. Infra-red. Ceramic displacement. Infiltrations


27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7200 –


Execução de revestimentos de paredes e tetos de argamassa inorgânica. Rio de
janeiro, 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 13528 –


Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Determinação da
resistência de aderência à tração – Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2010.

CORTIZO, Eduardo Cabaleiro. Avaliação da técnica de termografia infravermelha


para identificação de estruturas ocultas e diagnóstico de anomalias em
edificações: ênfase em edificações do patrimônio histórico. s. L.: s. Ed.: 2007.

CUNHA, A. G.; NEUMANN, W. Manual de impermeabilização e isolamento


térmico: como projetar e executar. Rio de Janeiro: Barbieri, 1979. 227p

Destacamento das placas é a principal patologia dos revestimentos cerâmicos


<https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/destacamento-das-placas-e-a-principal-
patologia-dos-revestimentos-ceramicos_13650_10_0> Acesso em: 20 Abr 2017

FLIR. Manual do utilizador. Março/2013

FLIR. Thermal imaging guidebook for building and renewable energy


applications. Disponível em:
<http://www.flirmedia.com/MMC/THG/Brochures/T820325/T820325_EN.pdf>.
Acesso em: 20 Abr 2017

MARIO, M. Uso da termografia como ferramenta não destrutiva para avaliação


de manifestações patológicas ocultas. 2011. 60 f. Trabalho de diplomação
(graduação em engenharia civil). Departamento de engenharia civil, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

PATOLOGIAS CERÂMICAS. Disponível em: <http://techne.pini.com.br/engenharia-


civil/116/artigo287385-1.aspx> Acesso em: 15 Mar. 2017
28

TRAUZZOLA, Neuza Maria. A patologia nas edificações ocasionadas por


infiltrações - estudo de caso. São Paulo, 1998, 81p. Dissertação de Mestrado em
Engenharia de Materiais. Programa de Pós-Graduação, Instituto Mackenzie, 1998

ROSCOE, Márcia Taveira. Patologias em revestimento cerâmico de fachada.


2008. Monografia para especialização em Construção – Escola de engenharia da
Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2008.

Potrebbero piacerti anche