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GERENCIAMENTO ENERGÉTICO NA CONSTRUÇÃO DA USINA

HIDRELÉTRICA BAIXO IGUAÇU

Hamilton Lopes de Lima Júnior (1)


André Jardim Prates (2)

RESUMO
O crescente aumento do consumo de energia elétrica e sua utilização de maneira
sustentável têm sido tema para discussões e acordos em âmbito nacional e
internacional. É possível afirmar que enfrentamos inúmeros desafios para
garantir um desenvolvimento embasado em medidas que visem ao
abastecimento energético sustentável, otimizando o uso dos recursos naturais.
De tal maneira, a eficiência energética se apresenta como uma das soluções que
agregam mais benefícios, tanto ambientais como econômicos e sociais.

Segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) de 2017, o Brasil possui uma


matriz energética predominante pela geração Hídrica (68%), seguida pela
Térmica (28%). Dessa forma, para compensar a baixa oferta de energia
armazenada, por falta de chuva e escassez de água em determinadas regiões,
o uso das Usinas Termelétricas é umas das principais alternativas para se evitar
um possível racionamento de energia, acarretando em cobrança adicional na
conta de energia do brasileiro.

A eficiência energética se dá por meio da introdução de novas tecnologias,


incentivo a mudança de hábito do próprio consumidor e políticas de conservação
e uso racional de energia. Para alcançar esse objetivo é necessário propor ações
e técnicas para limitar o consumo e reduzir perdas.

1. Cenário

As atividades em uma obra de construção civil são possíveis somente com a


utilização de uma fonte de energia elétrica. Essa energia é usada em aparelhos
simples (lâmpadas e tomadas) ou em sistemas mais complexos que necessitam
de maiores demandas (centrais industriais, guindastes, etc.).

Como todas as obras de construção de hidrelétricas, a UHE Baixo Iguaçu


necessitava de uma grande demanda energética, o que suscitava em um
elevado custo financeiro para o empreendimento.

(1) Odebrecht Engenharia e Construção / Engenheiro Industrial Mecânico


(2) Odebrecht Engenharia e Construção / Engenheiro Eletricista
Portanto, foi necessário identificar uma estratégia que estimulasse a eficiência e
o combate ao desperdício, sempre buscando conciliar equilíbrio social,
sustentabilidade econômica e qualidade ambiental.

Uma instalação elétrica pode ser considerada eficiente energeticamente quando


proporciona as mesmas condições com menor consumo de energia. Consumir
energia de maneira racional e eficiente significa evitar desperdícios e,
consequentemente, contribuir para “saúde financeira” do empreendimento.

Na busca por uma solução para o desafio, implantou-se um modelo de gestão


participativo adotando medidas de controle e redução do consumo de energia
elétrica.

1.2. Ideias e ações incorporadas

Estratégias foram necessárias para que fosse possível o cumprimento do


orçamento previsto para o consumo de energia elétrica no decorrer da obra. Em
um sistema elétrico de tamanha dimensão, com várias cargas interligadas e
operando ao longo de 24 horas por dia, o planejamento de consumo e as
características de operação precisam ser conhecidas para que o quadro de
carga planejado seja o mais próximo do que será realizado.

A adoção de soluções ou medidas eficientemente energéticas foram necessárias


na construção da UHE Baixo Iguaçu, o simples fato de substituir lâmpadas
incandescentes por lâmpadas econômicas, dimensionar as bombas de
esgotamento de modo que seu rendimento aumentasse e influenciar para o uso
racional de energia elétrica nos escritórios da obra contribuiu de forma
significativa para redução do consumo.

As cargas instaladas em sua maioria são para alimentação de equipamentos


como motores, transformadores e máquinas de solda, também chamadas de
cargas indutivas, pois requerem um campo magnético para seu funcionamento
e necessitam da energia reativa para criar e manter estes campos magnéticos
.
Porém, deve ser limitado ao mínimo possível o reativo indutivo, por não realizar
trabalho efetivo, servindo apenas para magnetizar as bobinas dos
equipamentos. Para evitar esse custo desnecessário, foram instalados bancos
capacitores para corrigir o fator de potência das instalações elétricas.

A identificação de cargas que poderiam ser desenergizadas no horário de ponta,


contribuíram para redução do consumo e influenciaram significativamente no
custo da energia. O horário de ponta refere-se ao período composto por três
horas diárias, 18:00h às 21:00h (com exceção aos sábados, domingos e feriados
nacionais), onde o custo da energia elétrica fica quase quatro vezes mais cara
do que nos demais horários.

A utilização de uma central de geração a diesel como complemento no horário


de ponta também contribuiu para redução do custo final.
2. Metodologia

Qual será o consumo de energia elétrica? Como economizar energia elétrica na


construção da UHE Baixo Iguaçu? Como controlar a conta de energia? Qual
programa de eficiência energética será adequado para obra? Será benéfico
contratar um serviço de gerenciamento e supervisão?

Essas foram as primeiras perguntas que surgiram logo no início da construção


da Usina.

Os estudos iniciais apontavam consumos elevados de energia elétrica, que


acarretaria um elevado custo das faturas, podendo chegar ao valor de até R$
800.000,00 por mês.

2.1. Contrato com a Concessionária de Energia Elétrica

O primeiro passo na busca por essas respostas foi agendar uma reunião com a
COPEL, Companhia Paranaense de Energia, para definir qual seria o sistema
de tarifação e quais seriam os primeiros valores de demanda contratada.

Na reunião realizada, concluiu-se que seria necessária uma melhoria na rede


elétrica que alimentaria o canteiro de obras, para garantir um atendimento
conforme os estudos preliminares.

Diante das informações coletadas, revisou-se estudo de carga e orçamento para


fornecimento de energia elétrica. Com a tarifa horossazonal já definida, o
contrato de fornecimento de energia elétrica foi assinado e em novembro de
2013 a unidade consumidora foi energizada

O contrato tinha o objetivo de regular o fornecimento de energia elétrica, pela


Distribuidora e pelo Consumidor, com a estrutura tarifária horossazonal verde,
subgrupo A3a, classificado para fins industriais, garantindo o fornecimento de
energia elétrica por todo período de construção.

2.2. Consultoria

Outra decisão tomada foi a contratação do serviço de consultoria, supervisão no


fornecimento de energia e locação de bancos capacitores.

Com histórico de atendimento em outros projetos, optou-se pela contratação da


empresa Nord Electric S/A, situada na cidade de Chapecó/SC.

2.3. Controle de Demanda

Em conjunto com a Nord Electric S/A, foram estimadas as demandas


necessárias e estipulado quais meses seriam oportunos solicitar alteração dessa
demanda.

Demanda é a média das potências instantâneas solicitadas à concessionária de


energia pela unidade consumidora, integradas num determinado intervalo de
tempo (período de integração) e, portanto, só existe quando finalizado este
intervalo.
Às vezes uma atitude de certa forma confortável é a elevação do valor contratado
de demanda, evitando multas elevadas por ultrapassagem desses valores. Isto
pode, de certa forma, evitar as multas por ultrapassagem, mas não garante
diminuição dos custos, pelo contrário, uma vez que esta demanda contratada
seja superior ao necessário, o valor total da fatura poderá ser onerado.

O sistema de supervisão utilizado na UHE Baixo Iguaçu permite o monitoramento


da demanda em tempo real, podendo gerar relatórios incluindo históricos de
anos anteriores, relatórios mensais e até mesmo diários.

Figura I - Controle de Demanda Ano 2016

Figura II- Controle de Demanda Ano 2017


No Brasil adota-se o período de integração igual a 15 minutos, em um mês,
portanto, teremos quase 3000 demandas (30 dias x 24 horas / 15 minutos = 2880
intervalos) as quais servirão de base para o cálculo de parte de sua conta de
energia. A concessionária cobra pela maior demanda registrada no mês, sendo
no mínimo igual a contratada. Por esse motivo se faz necessário um constante
acompanhamento da demanda contratada. O sistema de gestão implantado
permite essa constante avaliação, possibilitando análises por ciclos a cada 15
minutos.
Figura III - Controle de Demanda por Ciclo

Figura IV - Controle de Demanda por Ciclo

A forma utilizada para verificar se as demandas contratadas estão dentro do


previsto é por meio de tabelas/gráficos que mostram os perfis diários das
demandas (ver exemplo: Figura III e IV), pois a partir destes poderão ser
identificados os períodos críticos que implicarão em um novo arranjo das cargas
indutivas e com isto avaliar a necessidade de um novo contrato de demanda.
Isto a fatura não mostra!

2.4. Fator de Potência

Outro controle necessário e de grande impacto na fatura de energia é o fator de


potência. No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), estabelece
que o fator de potência nas unidades consumidoras deve ser superior a 0,92
capacitivo durante seis horas da madrugada e 0,92 indutivo durante as outras 18
horas do dia. Esse limite é determinado pelo Artigo nº 95 da Resolução ANEEL
nº414 de 09 de setembro de 2010, e o descumprimento acarreta em uma espécie
de multa que leva em conta o fator de potência medido e a energia consumida
ao longo de um mês.

Quando você usa a Corrente Alternada há dois tipos de Potência a serem


considerados: a Potência Ativa e a Potência Reativa. A primeira á aquela que
realiza o trabalho esperado, por exemplo, a produção de luz em uma lâmpada
ou a geração de calor em uma resistência de aquecimento ou ainda, o
movimento do eixo de um motor. Já a Potência Reativa é utilizada para a
produção e manutenção dos campos eletromagnéticos nas cargas indutivas e
campos elétricos nas cargas capacitivas.

A quase totalidade das instalações elétricas na UHE Baixo Iguaçu apresentam


uma predominância de cargas indutivas, o que nos faz deduzir que é grande a
solicitação de energia reativa pelas mesmas. Essas cargas indutivas são
caracterizadas por equipamentos, tais como: motores elétricos, lâmpadas
fluorescentes, máquinas de solda, transformadores, etc.

Dentre as vantagens pela correção do fator de potência podemos destacar:

 Aumento da eficiência energética da empresa;


 Melhoria da tensão;
 Aumento da vida útil das instalações e equipamentos;
 Redução do efeito Joule;

Estudos e análises indicam elevado consumo de energia reativa, podendo


representar cerca de 22% do custo total da fatura.

A correção do fator de potência é realizada por bancos automáticos de


capacitores na entrada da energia de baixa tensão. Optou-se por esses bancos
pelo elevado número de cargas com potências diferentes e regimes de utilização
poucos uniformes.

Figura V - Controle do Fator de Potência


2.5. Central de Geração à Diesel

Outra metodologia adotada para potencializar ganhos foi a implantação e


utilização de uma central de geração à diesel no horário de ponta.

Horário de ponta refere-se ao período composto por três horas diárias


consecutivas definidas pela distribuidora, considerando a curva de carga de seu
sistema elétrico, aprovado pela ANEEL, para toda a área de concessão, com
exceção feita aos sábados, domingos e feriados nacionais. A COPEL define o
horário de ponta sendo das 18:00h às 21:00h e no horário de verão das 19:00h
às 22:00 h.

O custo da energia elétrica no horário de ponta sofre um ajuste considerável e


atualmente esse valor representa algo em torno de quatro vezes mais que o
horário fora ponta. Por esse motivo, identificou-se que seria necessário controlar
e otimizar as cargas nesse horário.

A implantação de uma central de geração a diesel composta por quatro grupos


moto geradores, totalizando uma potência instalada de 2.000KVA, possibilitou
uma otimização desses custos.

A central de geração assumiria parte das cargas do canteiro e essa substituição


é realizada por transferência de carga automática, em paralelismo com a
concessionária. Essa transferência automática possibilita maior segurança na
operação e evita a necessidade de manobra com a rede de alta tensão. Também
vale ressaltar que a transferência de carga não causa perda de produtividade,
uma vez que essa operação é quase imperceptível, não sendo necessário a
paralisação das atividades no momento.

Figura VI - Central de Geração à Diesel


A tensão gerada em 440V é elevada por um transformador de 2.500KVA para
tensão de 13.800V, possibilitando a interligação com a rede de distribuição do
canteiro.

Em caso de falta de fornecimento de energia pela concessionária, a central de


geração possibilita a alimentação de energia das cargas principais do
empreendimento. As cargas a serem alimentadas dependerão principalmente
das necessidades do momento.

2.6. Horário de Ponta

O sistema de gestão implantado possibilita identificar, analisar e implementar


alterações nas cargas instaladas. Devido ao elevado custo, as cargas
alimentadas no horário de ponta sempre foram motivos de intensa avaliação.

Figura VII - Sistema de Gestão

Ao longo do empreendimento, foram necessários acompanhamentos e


alterações de rotinas para possibilitar maiores benefícios financeiros.

Ações simples e que não interferem nas atividades cotidianas contribuíram para
o processo de eficiência energética.

Nos horários de ponta não se utilizou a bomba de captação de água. A UHE


Baixo Iguaçu possuí um reservatório com autonomia para abastecimento do
canteiro no momento de ponta, evitando a utilização da bomba. Para que não
seja necessário o acionamento desse dispositivo no horário de ponta, adotou-se
como medida de controle um acompanhamento diário do reservatório duas horas
antes do horário de ponta.

O maior ganho conquistado com o controle de cargas no horário de ponta,


certamente foi a Central de Britagem.

A Central de Britagem instalada no canteiro de obras possui capacidade de 350


toneladas/hora, sendo o britador primário com uma potência instalada de
aproximadamente 350KW e a rebritagem 1.000KW. Toda essa carga sendo
utilizada em horário de ponta elevaria o consumo e, consequentemente,
aumentariam os custos com energia elétrica.

Como estratégia foi estabelecido o horário de ponta como período diário para
manutenção preventiva da central de britagem. Nesse caso, além de diminuir os
custos com energia elétrica, garantiu-se a disponibilidade mecânica média da
central de britagem acima de 90%.

O processo contínuo de monitoramento das cargas proporciona informações


relevantes para melhor planejamento de gestão energética.

Figura VIII - Sistema de Gestão


A todo momento é possível avaliar o comportamento das cargas, analisando as
tendências de operação e possibilitando simulações de situações futuras.

Figura IX - Gestão de Ponta Agosto 2016


Figura X - Gestão de Ponta Março 2017

Figura XI - Gestão de Ponta Agosto 2017

Nos gráficos apresentados é possível observar significativas diminuições de


consumo no horário de ponta. O consumo no horário de ponta está destacado
em vermelho. Essa diminuição de carga ocorre devido as identificações, análises
e implementação do processo continuo de eficiência energética.

Analisando os gráficos anteriores, também pode-se observar uma diminuição de


consumo nos horários compreendidos entre 3:00h às 7:00h, essa redução ocorre
devido ao encerramento do turno de trabalho. (Figura XI)
3. Composição das Equipes
A equipe necessária para implantação e monitoramento do sistema de gestão
energética foi composta pela equipe de manutenção elétrica já existente no
empreendimento e pela empresa contratada para consultoria.
4. Equipamentos, insumos e instalações envolvidas
Monitorar é fundamental quando se quer controlar, ao mesmo tempo que
controlar é fundamental quando se quer otimizar.

Para obter o máximo aproveitamento da demanda de energia ativa contratada


junto à concessionária de energia elétrica foi necessário um controle
automatizado sobre as cargas por meio de um controlador digital CLP
(controlador lógico programável).

Atualmente o mercado disponibiliza diversos métodos de controle. No


gerenciamento de energia elétrica temos no controle da demanda, um dos
pontos de grande potencial de economia.

Implantou-se na UHE Baixo Iguaçu um sistema de gestão e supervisão via


internet, chamado SMART ENERGY, contemplando assim, eventos e alarmes
via e-mail, disponibilizando relatórios e possibilitando melhores análises de
energia.

Figura XII - Gerenciamento Smart Energy

O SMART ENERGY possui diversas vantagens para gestão, dentre elas


podemos destacar:

 Comunicação via porta serial, celular ou ethernet;


 Controle de demanda, fator de potência e consumo;
 Sincronismo com a concessionária para os períodos de tarifação;
 Medições de energia elétrica através do medidor da concessionária;
 Simulações de tendências de consumo.
5. Produtividades alcançadas

Dentre as produtividades alcançadas destacam-se os ganhos com a utilização


da Central de Geração no horário de ponta, a não operação da Central de
Britagem e da Bomba de Captação no horário de ponta e também será
apresentado uma projeção de gastos com energia reativa caso não fosse
realizada a correção do fator de potência:

Central de Britagem
Tarifa [R$ Custo Horário de Ponta Custo Horário Fora
Consumo KWh] (R$) Ponta (R$) Diferença
Mês
[KWh] F. Tarifária (R$)
Ponta Diário Mensal Diário Mensal
Ponta
Fev/16 827,5 1,65 0,54 4.096,13 90.114,75 1.340,55 29.492,10 60.622,65
Mar/16 827,5 1,65 0,54 4.096,13 90.114,75 1.340,55 29.492,10 60.622,65
Abr/16 827,5 1,65 0,54 4.096,13 90.114,75 1.340,55 29.492,10 60.622,65
Mai/16 827,5 1,65 0,54 4.096,13 90.114,75 1.340,55 29.492,10 60.622,65
Jun/16 827,5 1,65 0,54 4.096,13 90.114,75 1.340,55 29.492,10 60.622,65
Jul/16 827,5 1,65 0,54 4.096,13 90.114,75 1.340,55 29.492,10 60.622,65
Ago/16 827,5 1,6 0,42 3.972,00 87.384,00 1.042,65 22.938,30 64.445,70
Set/16 827,5 1,6 0,42 3.972,00 87.384,00 1.042,65 22.938,30 64.445,70
Out/16 827,5 1,6 0,42 3.972,00 87.384,00 1.042,65 22.938,30 64.445,70
Nov/16 827,5 1,55 0,42 3.847,88 84.653,25 1.042,65 22.938,30 61.714,95
Dez/16 827,5 1,55 0,42 3.847,88 84.653,25 1.042,65 22.938,30 61.714,95
Jan/17 827,5 1,55 0,42 3.847,88 84.653,25 1.042,65 22.938,30 61.714,95
Fev/17 827,5 1,55 0,45 3.847,88 84.653,25 1.117,13 24.576,75 60.076,50
Mar/17 827,5 1,55 0,45 3.847,88 84.653,25 1.117,13 24.576,75 60.076,50
Abr/17 827,5 1,55 0,45 3.847,88 84.653,25 1.117,13 24.576,75 60.076,50
Mai/17 827,5 1,55 0,45 3.847,88 84.653,25 1.117,13 24.576,75 60.076,50
Jun/17 827,5 1,85 0,45 4.592,63 101.037,75 1.117,13 24.576,75 76.461,00
Jul/17 827,5 1,85 0,45 4.592,63 101.037,75 1.117,13 24.576,75 76.461,00
Ago/17 827,5 1,85 0,45 4.592,63 101.037,75 1.117,13 24.576,75 76.461,00
Set/17 827,5 1,87 0,45 4.642,28 102.130,05 1.117,13 24.576,75 77.553,30
1.289.460,15

Tabela I - Central de Britagem

Central de Geração
Geração Tarifa Ponta [R$ Custo Concessionária Custo Geração Diferença
Mês
[KWh] KWh] (R$) (R$) (R$)
Fev/17 49.900,00 1,55 77.345,00 42.600,00 34.745,00
Mar/17 42.700,00 1,55 66.185,00 52.285,58 13.899,42
Abr/17 32.000,00 1,55 49.600,00 36.390,02 13.209,98
Mai/17 37.300,00 1,55 57.815,00 48.704,85 9.110,15
Jun/17 35.100,00 1,85 64.935,00 45.951,25 18.983,75
Jul/17 32.200,00 1,85 59.570,00 38.829,27 20.740,73
Ago/17 35.160,00 1,85 65.046,00 41.431,00 23.615,00
Set/17 33.910,00 1,87 63.750,80 38.591,33 25.159,47
Out/17 31.270,00 1,89 59.413,00 51.437,18 7.975,82
Nov/17 31.440,00 1,90 59.736,00 36.102,00 23.634,00
Dez/17 34.110,00 1,90 64.809,00 49.063,00 15.746,00
206.819,32
Tabela II – Central de Geração Horário Ponta
Bomba de Captação
Tarifa [R$ Custo Horário de Custo Horário Fora
Consumo KWh] Ponta (R$) Ponta (R$) Diferença
Mês
[KWh] F. Tarifária (R$)
Ponta Diário Mensal Diário Mensal
Ponta
Fev/16 66 1,65 0,54 326,70 7.187,40 106,92 2.352,24 4.835,16
Mar/16 66 1,65 0,54 326,70 7.187,40 106,92 2.352,24 4.835,16
Abr/16 66 1,65 0,54 326,70 7.187,40 106,92 2.352,24 4.835,16
Mai/16 66 1,65 0,54 326,70 7.187,40 106,92 2.352,24 4.835,16
Jun/16 66 1,65 0,54 326,70 7.187,40 106,92 2.352,24 4.835,16
Jul/16 66 1,65 0,54 326,70 7.187,40 106,92 2.352,24 4.835,16
Ago/16 66 1,60 0,42 316,80 6.969,60 83,16 1.829,52 5.140,08
Set/16 66 1,60 0,42 316,80 6.969,60 83,16 1.829,52 5.140,08
Out/16 66 1,60 0,42 316,80 6.969,60 83,16 1.829,52 5.140,08
Nov/16 66 1,55 0,42 306,90 6.751,80 83,16 1.829,52 4.922,28
Dez/16 66 1,55 0,42 306,90 6.751,80 83,16 1.829,52 4.922,28
Jan/17 66 1,55 0,42 306,90 6.751,80 83,16 1.829,52 4.922,28
Fev/17 66 1,55 0,45 306,90 6.751,80 89,10 1.960,20 4.791,60
Mar/17 66 1,55 0,45 306,90 6.751,80 89,10 1.960,20 4.791,60
Abr/17 66 1,55 0,45 306,90 6.751,80 89,10 1.960,20 4.791,60
Mai/17 66 1,55 0,45 306,90 6.751,80 89,10 1.960,20 4.791,60
Jun/17 66 1,85 0,45 366,30 8.058,60 89,10 1.960,20 6.098,40
Jul/17 66 1,85 0,45 366,30 8.058,60 89,10 1.960,20 6.098,40
Ago/17 66 1,85 0,45 366,30 8.058,60 89,10 1.960,20 6.098,40
Set/17 66 1,87 0,45 370,26 8.145,72 89,10 1.960,20 6.185,52
Out/17 66 1,89 0,45 374,22 8.232,84 89,10 1.960,20 6.272,64
Nov/17 66 1,90 0,45 376,20 8.276,40 89,10 1.960,20 6.316,20
Dez/17 66 1,90 0,45 376,20 8.276,40 89,10 1.960,20 6.316,20
121.750,20
Tabela III – Bomba de Captação de Água

Economia
Mês Total Fatura (R$)
Correção Fator de Potência (R$)
Fev/16 186.226,65 40.532,13
Mar/16 481.240,01 105.829,63
Abr/16 662.788,91 144.166,88
Mai/16 616.028,05 136.310,75
Jun/16 682.744,91 148.926,77
Jul/16 649.854,74 141.168,38
Ago/16 692.214,05 152.275,58
Set/16 633.056,21 139.246,09
Out/16 663.008,83 145.850,43
Nov/16 234.486,44 51.564,37
Dez/16 480.931,69 105.662,52
Jan/17 490.053,46 107.783,23
Fev/17 631.954,76 139.017,43
Mar/17 609.385,55 134.024,23
Abr/17 565.541,63 124.379,67
Mai/17 484.438,22 106.532,14
Jun/17 516.630,88 113.625,18
Jul/17 588.823,65 129.507,59
Ago/17 469.803,32 103.356,73
Set/17 479.000,71 104.577,62
Out/17 416.501,01 91.582,19
Nov/17 366.567,52 79.926,09
Dez/17 301.043,87 65.483,82
2.611.329,45
Tabela IV – Correção do Fator de Potência
6. Problemas Observados
Na busca por melhores resultados para o empreendimento, se fez necessário
algumas alterações nas atividades da obra. Essas alterações influenciaram no
quadro de carga e, consequentemente na demanda contratada, com isso fez
necessárias alterações de demanda contratada.

As solicitações de alteração de demanda são condicionadas a uma série de


requisitos para serem deferidas. A não existência de pendências técnicas e
comerciais e a disponibilidade de fornecimento de energia sempre foram
tratadas com certa naturalidade, porém os prazos estabelecidos para solicitação
de alteração de demanda em algumas situações causaram desconforto.
A dificuldade para solicitação de alteração de demanda se dá pelo fato dos
prazos estabelecidos não atenderem a dinâmica e velocidade em que as
atividades ocorrem na construção de uma obra de grande porte.

A solicitação da redução de demanda deve ser realizada com antecedência


mínima de 180 dias, não sendo permitida mais de uma redução em um período
de 12 meses, conforme disposto no artigo 63, parágrafo 1º da Resolução nº
414/10 da ANEEL. Já a solicitação de aumento de demanda está condicionada
a uma antecedência mínima de 30 dias ao início do ciclo de faturamento a ser
considerado com o novo valor contratado.

Também foi observado que em alguns momentos falha na comunicação dos


dados coletados com o servidor. A perda de comunicação ocorria devido a
variação do sinal de telefonia, substitui-se a operadora, mas não foi suficiente
para que a comunicação fosse precisa e atualizada.
Como melhoria, foi modificada a comunicação por rede ethernet e essa alteração
possibilitou informações atualizadas em tempo real.
7. Custos incorridos e/ou investimentos
Os custos incorridos para implantação e manutenção do processo de eficiência
energética são baixos quando comparado aos benefícios proporcionados.

O custo de consultoria da Nord Electric é o único valor no qual não foi possível
reaproveitar recursos já existentes.

Assim, como nas produtividades alcançadas, tomaremos como referência os


custos incorridos nos anos de 2016 e 2017.
Consultoria NORD ELECTRIC
Mês Valor (R$) Mês Valor (R$)
Jan/17 14.954,45
Fev/16 12.042,41 Fev/17 15.478,65
Mar/16 12.042,41 Mar/17 15.478,65
Abr/16 14.954,45 Abr/17 15.478,65
Mai/16 14.954,45 Mai/17 15.478,65
Jun/16 14.954,45 Jun/17 15.478,65
Jul/16 14.954,45 Jul/17 15.478,65
Ago/16 14.954,45 Ago/17 15.478,65
Set/16 14.954,45 Set/17 15.478,65
Out/16 14.954,45 Out/17 15.478,65
Nov/16 14.954,45 Nov/17 15.478,65
Dez/16 14.954,45 Dez/17 15.478,65
Tabela V - Custo Consultoria Externa
Ao longo dos vinte e três meses os custos com a Nord Eletric estão
compreendidos em aproximadamente R$ 344.000,00. Os serviços prestados
incluem consultoria, fornecimento de controladores (SMART ENERGY) e
também locação dos bancos capacitores utilizados para correção do fator de
potência.
8. Resultados obtidos
A tabela a seguir ilustra os custos referentes ao sistema de gestão energético.

Resultados Obtidos (R$)


Central de Britagem 1.289.460,15
Bomba de Captação 121.750,20
Correção do Fator de Potência 2.611.329,45
Central de Geração 206.819,32
Consultoria Nord Eletric -343.894,47
3.885.464,65
Tabela VI - Resultados Obtidos

Podemos observar que com a correção do fator de potência somado as outras


estratégias adotadas, foi possível ter um ganho de R$ 3.885.464,65

Essa economia só foi possível com o processo contínuo de eficiência energética


que consistiu na identificação de possíveis oportunidades, nas análises e
implantações de ações que possibilitaram os resultados alcançados.
9. Áreas de aplicação
É fundamental para qualquer empresa ter efetivo controle da energia elétrica que
a abastece. Numa crise de energia esse controle pode determinar o sucesso ou
até mesmo o fracasso de muitos negócios. O sucesso ou fracasso também estão
condicionados ao custo desse fornecimento de energia.

Diante de um mercado cada vez mais competitivo e na busca por melhores


resultados para a Organização, o sistema de gestão energético pode ser
implantado nas mais diversas áreas de atuação onde se faz necessário o
consumo de energia elétrica.
10. Referências
EPE, Empresa de Pesquisa Energética, Balanço Energético Nacional 2017: Ano
base 2016, Rio de Janeiro, 2017.
ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica, Resolução Normativa Nº 414, 09
de setembro de 2010.
Odebrecht Engenharia e Construção, Acervo Prêmio Destaque 2017.
Nord Electric S/A.

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