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BIOTECNOLOGIA EM GENÉTICA

Figura 1 - Engenharia de DNA Fonte:


Microsoft

CONTEÚDOS

• A Clonagem
• Transgênicos – Organismos Geneticamente Modificados
• Impactos dos Organismos Geneticamente Modificados
• Os Exames de DNA
• Os Testes Genéticos de Paternidade

AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS

1
A Clonagem

Conforme vimos em capítulo anterior, os gêmeos univitelinos são considerados


clones. Um clone é um organismo geneticamente idêntico ao ser vivo que serviu como
fonte de material genético para sua produção. Um dos experimentos de clonagem mais
famoso do mundo é o da ovelha Dolly, realizado pelo pesquisador Prof. Ian Wilnut, do
Instituto Roslin, da Escócia, entre os anos de 1995 e 1996.

Figura 2 – Ovelha Dolly Fonte:


Microsoft

A ovelha Dolly nasceu em 05 de julho de 1996, a clonagem é um processo de


reprodução assexuada dos seres vivos, que resulta na obtenção de cópias
geneticamente idênticas – micro-organismo, vegetal ou animal. Clonagem em
biotecnologia refere-se aos processos usados para criar cópias de fragmentos de DNA
(Clonagem molecular), células (Clonagem Celular), ou organismos.

O experimento da clonagem da ovelha Dolly, foi um procedimento complexo, vale


destacar que foram realizadas 276 tentativas para os pesquisadores obterem sucesso.
Os cientistas escoceses usaram uma célula da glândula mamária de uma ovelha adulta
com cerca de seis anos, cujo núcleo (onde está armazenado o material genético) foi
retirado e transferido para um óvulo anucleado (sem núcleo). Em resumo, a ovelha Dolly,
apresenta o material genético da ovelha que cedeu a célula mamária, portanto, Dolly
tornou-se seu clone.

A nova célula formada com o auxílio de uma corrente elétrica foi então implantada
no útero de uma terceira ovelha para gestação. Porém, enquanto que a maior parte das

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ovelhas vive entre os onze e os doze anos, Dolly morreu com seis anos e meio após
manifestar doenças frequentemente associadas à velhice, a partir da idade de cinco
anos e meio. Observe na ilustração a seguir, um esquema da clonagem da
Dolly:

Figura 3 – Processo de clonagem da ovelha Dolly Fonte:


Centro de Ciência Júnior

A clonagem da Dolly representa um exemplo de clonagem reprodutiva realizada


em laboratório, mas essa não é a única forma de se obter clones. Na natureza, existe a
clonagem natural, que ocorre com organismos que se reproduzem assexuadamente,
isto é, sem a união de células gametas masculino e feminino, veja alguns exemplos:
No reino vegetal, também há situações de reprodução por clonagem. A
propagação vegetativa é uma modalidade de reprodução assexuada dos organismos
vegetais, que gera descendentes idênticos à planta original.

Na agricultura, é muito comum a reprodução de plantas através de fragmentos,


como pedaços de raízes, caules ou folhas, que plantados em meio nutritivo e úmido, se
desenvolvem em novas plantas, idênticas a original. Esse processo é possível porque
os organismos vegetais apresentam em sua estrutura, tecidos meristemáticos, ou seja,
tecidos responsáveis pelo crescimento do vegetal e pelo desenvolvimento de células
“adultas” no organismo. Observe a figura da propagação vegetativa por estaquia:

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Figura 5 – Propagação Vegetal
Fonte: Jornal Agrícola

Além da clonagem reprodutiva, há ainda um tipo de clonagem com a finalidade


de contribuir para o tratamento de doenças, é chamada de clonagem terapêutica. A
técnica é utilizada na produção de células-tronco para a produção de tecidos e órgãos
para pessoas doentes que necessitam de um transplante.

As células-tronco são particularmente importantes, porque apresentam um


caráter multifuncional, consistem em um tipo especial de células porque são capazes de
se diferenciar em qualquer tipo de tecido especializado, isto é, que desempenha uma
função específica no organismo, como uma célula óssea, uma célula nervosa, por
exemplo.

O intuito, portanto, é clonar células capazes de substituir células que foram


perdidas ou que não estão funcionando adequadamente por motivo de doença ou por
trauma, restaurando a função de tecido e órgãos.

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-

Figura 6 – Células-Tronco
Fonte: Info Escola

Há dois tipos de células-tronco, as embrionárias e as adultas. As células-tronco


embrionárias são originadas das primeiras divisões do embrião, já as células-tronco
adultas, são encontradas em pequenas quantidades em diversas regiões do corpo, entre
os diversos tecidos, entretanto, encontram-se indiferenciadas, isto é, sem uma função
definida no organismo.

As células tronco-adultas apresentam uma certa limitação na sua capacidade de


se transformar em outros tipos celulares, ao contrário das células-tronco embrionárias,
que são capazes de se transformar em qualquer tipo de tecido do organismo.

Saiba Mais!

Banco de Células-tronco

O cordão umbilical é uma fonte especial de células-tronco, devido ao seu amplo potencial
terapêutico. Hoje, muitas empresas oferecem o serviço de armazenamento dessas células, para
fins medicinais, caso o indivíduo precise realizar uma terapia celular. Essas empresas utilizam a
técnica de criopreservação, que consiste em acondicionar as células em temperaturas muito
baixas (-196 ºC), para preservar a integridade do material coletado por longos períodos de tempo.

Disponível em: <http://www.cordvida.com.br/new/por-que-armazenar/sobre-o-armazenamento>.


Acesso em: 02 jun 2016. 11h55min (Adaptado).

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Veja na ilustração a seguir, as diferenças entre a clonagem reprodutiva e a
clonagem terapêutica:

Figura 7 – Diferenças da clonagem reprodutiva e terapêutica Fonte:


Bibliblogue

No exemplo da ilustração, as células-tronco embrionárias são aplicadas no pâncreas


de um paciente diabético, pois suas células não produzem insulina de forma adequada,
o intuito é que essas células-tronco embrionárias se diferenciem em células
pancreáticas e comecem a produzir a insulina de forma correta, normalizando os níveis
de insulina no sangue do doente. Já no caso da clonagem reprodutiva, retira-se o núcleo
de uma célula somática1, inserem em um óvulo, isto é, uma célula reprodutiva, e em
seguida, o implantam no útero, para o desenvolvimento do embrião.

Apesar do emprego das células tronco embrionárias significar uma grande esperança
para a possibilidade de recuperação de órgãos e tecidos, especialmente para os casos
de doenças degenerativas, como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer, ela
também levanta uma série de questionamentos éticos e religiosos, já que essas células
são retiradas de um embrião viável, ou seja, uma nova vida em formação.

A grande polêmica entorno do uso dessas células, é que uma vida em potencial
estaria sendo interrompida em detrimento de um tratamento. Desta forma, vários setores

1
Célula somática: quaisquer células responsáveis pela formação de tecidos e órgãos em organismos
multicelulares.

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da sociedade questionam a ética de seu uso, enquanto outros, afirmam que no período
em que é retirado as células, o desenvolvimento humano ainda é muito inicial, destituído
de autoconsciência, sendo apenas um conjunto de células, sem qualquer semelhança
com um ser humano.

SAIBA MAIS!

As células tronco e a lei brasileira

No Brasil, depois de muitas discussões, entre especialistas do direito civil e


pesquisadores de várias áreas e entidades de pesquisa, em maio de 2008, o artigo
5° da Lei de Biossegurança foi votado como constitucional, ou seja, as pesquisas com
células-tronco, nos termos da Lei, foram definitivamente permitidas em nosso país. É
importante lembrar que para o uso desses embriões é fundamental que haja
consentimento dos genitores.

Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/biologia/celula-mae3.htm>.


Acesso em: 02 jun. 2016. 16h59min. (Adaptado)

Transgênicos – Organismos Geneticamente Modificados

Conceitualmente definimos organismos transgênicos aqueles que sofreram uma


mudança no seu material genético (DNA), por meio de técnicas de engenharia genética,
um procedimento que naturalmente seria inviável; estas permitem selecionar genes
individualmente, para que possam ser transferidos de uma determinada espécie a outra,
com o propósito de lhe agregar uma característica específica.

A publicação do primeiro organismo modificado geneticamente (OMG) ocorreu


em 1973. A bactéria Escherichia coli recebeu o gene humano responsável por codificar
a proteína insulina. Com o êxito do experimento, a bactéria passou a produzi-la em
escala industrial, uma vez que o processo reprodutivo desses organismos é
extremamente rápido.

A transgenia, isto é, a técnica para a produção de organismo geneticamente


modificado, é utilizada especialmente em melhoramento genético de plantas. Com o
avanço da biotecnologia e o aprimoramento das técnicas de manipulação de DNA,
muitas espécies vegetais de importância agrícola e econômica foram submetidas ao
processo de transgenia: o eucalipto, o milho, o algodão, o feijão são alguns exemplos
de espécies geneticamente modificadas no Brasil.

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Em termos de produção, o Brasil é o segundo maior produtor de transgênicos do
mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Os principais produtos transgênicos
cultivados no país são, a soja, o milho e o algodão. Observe no gráfico a seguir, a
proporção de cada um desses produtos, em hectares cultivados nos estados brasileiros.

Figura 8 – Produção de Transgênicos no Brasil


Fonte: Conselho de Informações sobre Biotecnologia

A tecnologia envolvida nesse procedimento denomina-se tecnologia do DNA


recombinantes, vejamos as etapas desta técnica na imagem a seguir:

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Figura 9 – Tecnologia do DNA Recombinante
Fonte: Globo Educação

Conforme ilustra a imagem, essa técnica de manipulação do DNA, depende da


ação de duas enzimas essenciais: as enzimas de restrição e as ligases. As enzimas
de restrição são enzimas especiais capazes de cortar o DNA em regiões específicas, ou
seja, em determinadas sequências de nucleotídeos. Já as enzimas ligases, atuam

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religando os fragmentos rompidos, refazendo o plasmídeo (o vetor de clonagem). Note
que sem a ação dessas enzimas, a produção de organismos modificados
geneticamente, não seria possível.

CURIOSIDADE

Observe no artigo a seguir, um exemplo do emprego de técnicas de transgenia para


a produção de eucaliptos geneticamente melhorados, a partir da manipulação de um
gene pertencente a uma espécie de ervilha!

Eucalipto transgênico absorve mais luz

Espécies de eucalipto foram alteradas geneticamente pela primeira vez no Brasil por
pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) coordenados pelo agrônomo
Carlos Alberto Labate, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz
(Esalq). Eles introduziram em plantas do gênero Eucalyptus um gene de ervilha que
codifica a síntese de uma das proteínas responsáveis pela absorção da luz nos
cloroplastos (estrutura das células vegetais responsável pela fotossíntese).

Estudos anteriores haviam modificado geneticamente o tabaco de forma a aumentar


sua biomassa e capacidade fotossintética em condições limitantes de luz. A
transformação genética do eucalipto tem princípio similar: nos dois casos, é
incorporado ao genoma da planta um gene da ervilha (Pisum sativum) que leva ao
aumento da absorção de luz pelo vegetal.

O primeiro passo foi incorporar o gene da ervilha à bactéria Agrobacterium


tumefaciens. Em seguida, o micróbio é levado a transferir parte do seu genoma
localizado num plasmídeo e infectar folhas de eucalipto. Com isso, a bactéria
transmite a elas o gene da ervilha, que comanda a produção de proteínas que são
enviadas para o cloroplasto. Embora todas as plantas possuam esse gene, sua
reinserção no organismo tende a potencializar o aumento da biomassa do vegetal.

Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/agricultura-e-agronomia/eucalipto-


transgenicoabsorve-mais-luz/?searchterm=transgênico>. Acesso em: 02 jun. 2016. 14h25min.

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Impactos dos Organismos Geneticamente Modificados

A técnica de transgenia pode trazer uma série de benefícios para a humanidade,


como a produção de alimentos nutricionalmente melhores, com melhor crescimento e
desenvolvimento, ou ainda a produção de novos produtos terapêuticos, como, por
exemplo, a produção de insulina humana a partir de bactérias geneticamente
modificadas. Entretanto, há também uma série de desvantagens, vamos conhecer
algumas delas:

• Uso excessivo de agrotóxicos:

Alguns organismos transgênicos são produzidos para adquirirem uma resistência


a um pesticida ou herbicida, com o objetivo de obter maior rendimento da colheita. A
desvantagem desse tipo de característica é o uso excessivo desses produtos químicos
nas plantações, o que pode trazer sérios problemas à saúde humana e contaminação
do solo e ambiente.

• Desequilíbrio da Cadeia Alimentar:


A existência de plantas resistentes a agrotóxicos, provoca uma redução dos seus
predadores naturais, afetando os níveis seguintes da cadeia alimentar, como por
exemplo, os pássaros que se alimentam de insetos.

Aumento na incidência de alergias:


A introdução de proteínas recombinantes na alimentação humana pode
apresentar um potencial alérgico ao nosso organismo, fato que já vem sendo relatado
para alguns alimentos.

• Organismos resistentes:
Alguns transgênicos apresentam genes que lhes conferem resistência a algumas
bactérias, essa condição pode estimular uma modificação evolutiva nesses organismos
por meio do fenômeno de seleção natural, desenvolvendo novos subtipos da mesma
espécie de bactéria, o que poderá acarretar o surgimento de novas doenças.

• Carência de informação:
O domínio das técnicas de obtenção de organismos transgênicos é relativamente
recente e os estudos que avaliam os impactos desses organismos tanto no ambiente
como para a saúde humana são considerados de curta duração e inconclusivos.

Saiba Mais!

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Confira no artigo a seguir, o impacto das tecnologias de DNA para as várias áreas de
atuação do homem.

As várias utilidades das técnicas de manipulação do DNA para a humanidade.

Na área da saúde, as aplicações do DNA recombinante e da genômica são essenciais


para o diagnóstico de distúrbios genéticos sendo possível determinar os genótipos e
rastrear o genoma humano. A terapia gênica é utilizada para tratar doenças genéticas
através da transferência de cópias clonadas de alelos funcionais para tecido-alvo.
Na área de farmacologia, o DNA recombinante tem sua aplicação na fabricação de
produtos farmacêuticos, contribuindo para diversos tratamentos, são exemplos: a
produção de insulina, hormônio de crescimento e fatores de coagulação.
Os organismos geneticamente modificados (OGM) constituem em uma das áreas de
mais rápida expansão biotecnológica, sendo utilizada para aumentar o valor nutritivo,
resistência a herbicidas, insetos e vírus e atrasar o amadurecimento. Hoje, é fácil
encontrar esses produtos em supermercados, fazendas, pomares e até mesmo na
indústria. O uso do DNA também permite identificar indivíduos em uma grande
população e é amplamente utilizado em testes de paternidade, nos quais se baseia
na identificação de marcas genéticas específicas encontradas no DNA. Isso só é
possível porque há transferência de características hereditárias dos pais aos seus
descendentes. Outra área de tecnologia relacionada ao DNA é a Investigação
Criminal, em que, a partir do material biológico bem preservado, é possível identificar
o criminoso.

Disponível em: <http://educacao.globo.com/biologia/assunto/genetica/dna-


tecnologiasrelacionadas.html>. Acesso em: 02 jun. 2016. 16h22min.

Os Exames de DNA

Um dos benefícios do avanço das técnicas de manipulação do DNA, consiste na


realização de testes para a busca de mutações sabidamente associadas às doenças.
Além disso, a manipulação e sequenciamento do DNA nos permite com certa rapidez,
fazer a identificação das pessoas, tais testes são atualmente empregados para a
determinação de paternidade, na identificação de pessoas envolvidas em crimes ou na
identificação de pessoas em desastres que impossibilitam o reconhecimento das
vítimas.

Contudo, para identificação de pessoas, apesar da coleta considerar todo o patrimônio


genético dos investigados, apenas uma pequena porção é analisada nesses ensaios

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laboratoriais. Na verdade, o que se considera são regiões hipervariáveis na população
em geral, denominadas de microssatélites.

Essas regiões consistem em repetições das bases nitrogenadas, como por


exemplo, “CAGCAGCAG”. Os microssatélites apresentam taxas mais altas de
variabilidade genética em relação a outras partes do DNA e, portanto, são as regiões
perfeitas para estudar o perfil genético de pessoas, funcionando como marcadores
genéticos. Esses marcadores também são reconhecidos como regiões polimórficas, por
apresentarem diferentes números de repetições.
Vejamos o exemplo a seguir, de um microssatélite localizado no cromossomo X:

Indivíduo A CAGCAGCAGCAGCAGCAGCAGCAGCAGC (11 repetições CAG)

Indivíduo B CAGCAGCAGCAGCAGCAGCAGCAGCAGCAGCAGCA (14 repetições CAG)

Figura 10 – Microssatélite no cromossomo X Fundação


Bradesco

Conforme observa-se na ilustração, o indivíduo A, apresenta 11 repetições


“CAG”, enquanto o indivíduo B, apresenta 14 repetições para a mesma região do DNA.
Sabe-se que essa região apresenta, aproximadamente, vinte tamanhos diferentes de
repetições CAG.

Na população brasileira, esse microssatélite variou de 10 a 31 repetições CAG.


Cada pessoa tem um padrão específico de repetições dessas unidades e esse padrão
é herdado de seus pais. Os testes de identificação de pessoas buscam determinar várias
regiões como essa, com o intuito de obter o tamanho desses marcadores genéticos em
cada um dos alelos herdados dos pais.

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Conforme dito, embora haja centenas de locus2 de microssatélites no genoma humano,
apenas um subconjunto é avaliado. O FBI (Federal Bureau of Investigation) e outras
agências legais de segurança dos Estados Unidos, selecionaram 13 regiões
microssatélites para serem usados como um sistema essencial para a identificação de
pessoas em perícias legistas.

Após as análises, os perfis de DNA dos suspeitos são armazenados em um banco de


dados genéticos, denominados de CODIS (Sistema Índice de DNA Combinado). Perfis
oriundos de casos criminais, ou de pessoas desaparecidas, ou de amostras coletadas
em cenas de crimes, são estocados no CODIS.

Em laboratório, os especialistas utilizam um corante fluorescente para destacarem os


fragmentos de microssatélites e os tamanhos dos fragmentos são medidos em um gel
de eletroforese padrão, que submete o material genético a um campo elétrico. Como o
DNA é carregado negativamente, ele migra para o polo positivo na cuba de gel, tal como
mostra a figura, os fragmentos DNA menores migram mais rápido que os maiores,
observe o esquema:

Amostra com DNA fragmentado

Gel

Campo elétrico
Eletrodo Eletrodo
negativo positivo
Fragmentos de DNA

Maiores Menores
Gel

Figura 11 – Eletroforese
Fonte: Fundação Bradesco

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Locus: Local; região

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Os tamanhos dos fragmentos são determinados por meio de um marcador de
peso molecular, o qual serve de parâmetro para o tamanho e é incluído no ensaio de
eletroforese junto com as amostras. Observe a fotografia do resultado de uma
eletroforese realizada em laboratório:

Marcador de Peso
Molecular
Amostras de DNA

Figura 12 – Eletroforese em gel


Fonte: Moura-Massari

Os Testes Genéticos de Paternidade

Os exames de DNA para a determinação da paternidade são extremamente sensíveis,


sua precisão chega a ser superior a 99,99%. Atualmente, há várias técnicas para a
determinação da paternidade a partir do perfil genético, uma delas avalia várias regiões
de microssatélites do DNA.

Para se realizar a extração do DNA dos envolvidos, utiliza-se qualquer amostra de


tecido biológico, até a raiz de um fio cabelo pode ser utilizada para a extração, mas na
maioria das vezes coleta-se uma amostra de sangue, que fornece células frescas e
intactas em abundância para a extração e análise do material genético.

O exame avalia um número suficiente de locus de microssatélites para concluir a


inclusão ou exclusão da paternidade. Basicamente, a exclusão acontece quando um
determinado perfil de microssatélite do filho não existe no perfil do DNA paterno. No

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caso da existência dessa inconformidade, pode-se estar à frente de uma exclusão de
paternidade, o que na maioria das vezes, é confirmado por meio da análise de outros
locus no DNA, nos quais o perfil do filho não é compartilhado pelo suposto pai.

No caso de investigação de paternidade, o filho de um casal deve herdar um


cromossomo do pai (também se diz um alelo paterno) e outro da mãe (alelo materno).
Isto quer dizer que, para cada locus analisado (isto é, para cada microssatélite) o filho
terá a informação (uma banda) de origem materna e outra de origem paterna. A figura
abaixo, representa uma situação hipotética de confirmação de paternidade para um filho
(Fo. 1) e a exclusão de paternidade para outro filho (Fo. 2), observe:

Figura 13 – Eletroforese
Fonte: Universidade Federal de Pernambuco

A figura acima retrata a situação em que um casal avalia a paternidade de dois meninos.
O primeiro (Fo.1) tem claramente uma banda de origem materna e a segunda banda
está na mesma altura da banda paterna. Portanto, o marido não pode ser excluído de
ser o pai. No segundo caso, contudo, a criança tem uma banda materna, mas nenhuma
que corresponda a alguma banda paterna. Esta situação exclui o marido de ser pai do
segundo filho (Fo. 2).

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CURIOSIDADE

A dúvida de Bentinho

Muitos casamentos eram desgastados pela “síndrome de Capitu”, assim chamada em


alusão ao famoso romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Na estória,
Bentinho, casado com Capitu, é atormentado pela dúvida de ser ou não pai de
Ezequiel, que se parece muito com Escobar, amigo do casal. No final, corroído pelas
incertezas, Bentinho se separa da esposa e do filho.

A grande demanda pelos testes de paternidade em DNA em nível privado e pessoal


desde a sua introdução no Brasil, em 1988, ilustra o grande número de suspeitas
similares existentes. Hoje em dia, a dúvida de Bentinho poderia ser resolvida
rapidamente, por meio de um teste de paternidade em DNA bem feito.

A determinação de paternidade pelo DNA alavancou no Brasil uma verdadeira


revolução judicial e social. Esse método agilizou a solução de dezenas de milhares
de casos judiciais e, paralelamente, permitiu a solução de dúvidas de paternidade na
esfera extrajudicial, dentro do seio das famílias, em total sigilo.

Disponível em:
<http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4321/n/a_revolucao_dos_testes_de_dna>.
Acesso em: 03 jun. 2016. 11h33min.

ATIVIDADES

1. (ENEM) Em um experimento, preparou-se um conjunto de plantas por técnica de


clonagem a partir de uma planta original que apresentava folhas verdes. Esse conjunto
foi dividido em dois grupos, que foram tratados de maneira idêntica, com exceção das
condições de iluminação, sendo um grupo exposto a ciclos de iluminação solar natural
e outro mantido no escuro. Após alguns dias, observou-se que o grupo exposto à luz
apresentava folhas verdes como a planta original e o grupo cultivado no escuro
apresentava folhas amareladas.

Ao final do experimento, os dois grupos de plantas apresentaram

a) os genótipos e os fenótipos idênticos.

b) os genótipos idênticos e os fenótipos diferentes.

c) diferenças nos genótipos e fenótipos.

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d) o mesmo fenótipo e apenas dois genótipos diferentes.

e) o mesmo fenótipo e grande variedade de genótipos

2. (ENEM) Um novo método para produzir insulina artificial que utiliza tecnologia de DNA
recombinante foi desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Biologia Celular
da Universidade de Brasília (UnB) em parceria com a iniciativa privada. Os
pesquisadores modificaram geneticamente a bactéria Escherichia coli para torná-la
capaz de sintetizar o hormônio. O processo permitiu fabricar insulina em maior
quantidade e em apenas 30 dias, um terço do tempo necessário para obtê-la pelo
método tradicional, que consiste na extração do hormônio a partir do pâncreas de
animais abatidos.

Ciência Hoje, 24 abr. 2001. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br>. (Adaptado).

A produção de insulina pela técnica do DNA recombinante tem, como consequência:

a) o aperfeiçoamento do processo de extração de insulina a partir do pâncreas suíno.

b) a seleção de microrganismos resistentes a antibióticos.

c) o progresso na técnica da síntese química de hormônios.

d) impacto favorável na saúde de indivíduos diabéticos.

e) a criação de animais transgênicos.

3. (ENEM) Os transgênicos vêm ocupando parte da imprensa com opiniões ora


favoráveis ora desfavoráveis. Um organismo ao receber material genético de outra
espécie, ou modificado da mesma espécie, passa a apresentar novas características.
Assim, por exemplo, já temos bactérias fabricando hormônios humanos, algodão
colorido e cabras que produzem fatores de coagulação sanguínea humana.

O belga René Magritte (1896 – 1967), um dos pintores surrealistas mais importantes,
deixou obras enigmáticas. Caso você fosse escolher uma ilustração para um artigo

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sobre os transgênicos, qual das obras de Magritte, abaixo, estaria mais de acordo com
esse tema tão polêmico?

(B)
(A) (C)

(D)

(E)

4. (ENEM) Segundo Jeffrey M. Smith, pesquisador de um laboratório que faz análises


de organismos geneticamente modificados, após a introdução da soja transgênica no
Reino Unido, aumentaram em 50% os casos de alergias. “O gene que é colocado na
soja cria uma proteína nova que até então não existia na alimentação humana, a qual
poderia ser potencialmente alergênica, explica o pesquisador.

Correio do Estado/MS. 19 abr. 2004 (Adaptado).

Considerando-se as informações do texto, os grãos transgênicos que podem causar


alergias aos indivíduos que irão consumi-los são aqueles que apresentam, em sua
composição, proteínas

a) que podem ser reconhecidas como antigênicas pelo sistema imunológico desses
consumidores.

b) que não são reconhecidas pelos anticorpos produzidos pelo sistema imunológico
desses consumidores.

c) com estrutura primária idêntica às já encontradas no sistema sanguíneo desses


consumidores.

d) com sequência de aminoácidos idêntica às produzidas pelas células brancas do


sistema sanguíneo desses consumidores.

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e) com estrutura quaternária idêntica à dos anticorpos produzidos pelo sistema
imunológico desses consumidores.

5. (ENEM) Cinco casais alegavam ser os pais de um bebê. A confirmação da


paternidade foi obtida pelo exame de DNA. O resultado do teste está esquematizado na
figura, em que cada casal apresenta um padrão com duas bandas de DNA (faixas, uma
para o suposto pai e duas para a suposta mãe), comparadas a do bebê.

Que casal pode ser considerado como pais biológicos do bebê? a)

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

INDICAÇÕES

Vídeo: Clonagem
Vídeo apresenta a clonagem realizada em organismos vegetais e animais, bem como,
as vantagens e desvantagens da técnica. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=mNB_kShEkOM>. Acesso em: 03 jun. 2016.
12h52min.

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Artigo: Herança monogênica: além de Mendel, além do DNA.
Artigo comenta o tipo de herança monogênica, descrita pelo monge Gregor Mendel.
Revista Genética na Escola. Disponível em:
<http://media.wix.com/ugd/b703be_6f70671053094a889452ed18a3bdaaa8.pdf>.
Acesso em: 03 jun. 2016. 16h04min.

Artigo: Dominante ou recessivo?


Artigo comenta o conceito de dominância e recessividade. Revista Genética na Escola.
Disponível em: <http://www.flipsnack.com/Eveli/revista-genetica-na-escolavolume-7-
numero-2-2012.html>. Acesso em: 03 jun. 2016. 16h06min.

Artigo: Genética no cardápio


Artigo comenta como é possível através da análise do DNA fazer um perfil da nutrição
humana individual, com o intuito de implementar melhoria na dieta. Disponível em: <
http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/1949/n/genetica_no_cardapio>. Acesso
em: 03 jun. 2016. 16h15min.

Artigo: Como as pesquisas genéticas estão presentes no cotidiano.


Na última década, tanto o meio acadêmico-científico, quanto os meios de comunicação
passaram a divulgar os grandes avanços da ciência no campo da genética, o artigo
comenta como essas novidades tecnológicas impactam a vida do homem.
Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biologia/ult1698u19.jhtm>. Acesso em: 03
jun. 2016. 12h47min.

Vídeo: Teste de Paternidade


Vídeo apresenta com linguagem acessível como é realizado o experimento e a análise
do DNA para a determinação da paternidade.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=rrkkCSK3QDU>. Acesso em: 03
jun. 2016. 12h51min.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIBLIBLOGUE. Diferenças da clonagem reprodutiva e terapêutica. Disponível em:


<https://bibliblogue.files.wordpress.com/2013/11/dfalaw1.gif>. Acesso em: 02 jun. 2016.
13h02min.

21
CENTRO DE CIÊNCIA JÚNIOR. Processo de clonagem da ovelha Dolly. Disponível
em:
<http://www.centrocienciajunior.com/images/UebeImg/Noticias/Img_151_1849.jpg>.
Acesso em: 03 jun. 2016. 15h22min.

CONSELHO DE INFORMAÇÕES EM BIOTECNOLOGIA. Produção de transgênicos


no Brasil. Disponível em: <http://cib.org.br/em-dia-com-a-ciencia/uso-de-
transgenicosreduz-demanda-por-terra/>. Acesso em: 25 abr. 2016. 12h41min.

GLOBO EDUCAÇÃO. Tecnologia do DNA recombinante. Disponível em: <


http://educacao.globo.com/biologia/assunto/genetica/celulas-tronco.html>. Acesso em:
02 jun. 2016. 15h35min.

INFO ESCOLA. Células Tronco. Disponível em:


<http://www.infoescola.com/citologia/celulas-tronco/>. Acesso em: 02 jun. 2016.
10h23min.

JORNAL AGRÍCOLA. Propagação vegetal. Disponível em: <


https://jornalagricola.files.wordpress.com/2011/09/propogac3a7c3a3o-vegetativa.jpg>.
Acesso em: 01 jun. 2016. 16h57min.

MOURA-MASSARI. Análise de genes moduladores do fenótipo da forma não clássica da


deficiência da 21-hidroxilase. Disponível em:
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-25082011-153332/pt-br.php>.
Acesso em: 06 jun. 2016. 15h24min.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Eletroforese. Disponível em:


<https://www.ufpe.br/biolmol/Pater2.jpg>. Acesso em: 03 jun. 2016. 15h26min.

GABARITO

1. Alternativa B. Sendo clones, os genes, portanto, são os mesmos que os da planta


original. Entretanto, todos os genes respondem ao ambiente de maneira diferente. Em
relação à planta original tem-se o mesmo genótipo, mas como foram submetidas a
ambientes diferentes, as características fenotípicas são diferentes (cores das folhas).

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2. Alternativa D. Como informado do texto, essa técnica permitiu a produção de
insulina em 1/3 do tempo que seria necessário para sua produção pelas técnicas
tradicionais. Essa técnica gera um impacto favorável na saúde dos diabéticos, pois pode
levar a redução do preço das doses de insulinas.

3. Alternativa B. Dentre as imagens sugeridas em cada alternativa, a que mais se


aproxima de um organismo geneticamente modificado é a imagem “B”. Nesta obra, o
artista ilustrou características de duas espécies diferentes (humano e peixe) em um
mesmo organismo.

4. Alternativa A. As proteínas alergênicas presentes na soja geneticamente


modificadas são reconhecidas pelo sistema imunológico humano como antígenos, ou
seja, estranhas ao corpo. A reação do organismo a esses antígenos causa a alergia.

5. Alternativa C. O código genético de um filho é gerado a partir de metade dos


cromossomos da mãe e metade dos cromossomos do pai. Com base nisso, a única
opção em que as características do bebê estão presentes ou no pai, ou na mãe é na
opção número 3.

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