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A) INTRODUÇÃO AO TRIMESTRE
No entanto, embora não se possa dizer que não haja certa similaridade,
devemos, de pronto, fazer as necessárias distinções, inclusive para evitarmos um mal encaminhamento do
tema ao longo do trimestre que acabe gerando uma indesejável repetição, não que a repetição não seja bem-
vinda, já que, como o apóstolo Paulo, todo professor de Escola Bíblica Dominical, não podemos nos
aborrecer de ensinar as mesmas coisas, pois é segurança para a Igreja (cfr. Fp.3:1), já que podemos nos
esquecer de tudo quanto o Senhor tem nos ensinado.
Por fim, temos o terceiro bloco, que faz um estudo sobre o sistema de
sacrifícios e sobre o sacerdócio exercido no tabernáculo como um tipo perfeito de Cristo, das lições 10 a 13.
INTRODUÇÃO
- Neste trimestre, estaremos a estudar o tabernáculo e a sua tipologia em relação à obra redentora de Cristo.
- O tabernáculo muito nos ensina sobre o que é ser habitação de Deus, o que devemos ser (Ef.2:22).
- Estamos dando início a mais um trimestre letivo da Escola Bíblica Dominical e, desta feita, estaremos a
estudar o tabernáculo, a construção móvel que Deus mandou que os filhos de Israel construíssem para
que fosse o santuário e a habitação do Senhor no meio deles (Ex.25:8,9), construção esta que perdurou
até a derrota dos israelitas diante dos filisteus nos dias de Eli (I Sm.4:1-11), quando, após a tomada da arca
pelos inimigos, não mais houve a reunião das peças sagradas, o que somente se daria décadas depois, mais
de um século, quando Salomão edificaria o templo que, então, substituiu o tabernáculo.
- Deus havia formado a nação de Israel e, conforme prometera a Abrão, já se tinha uma “grande nação”
(Gn.12:2), com seiscentos mil homens de guerra (Ex.12:37), que chegaram ao monte Sinai, como sinal de
que havia sido o Senhor quem enviara Moisés para libertá-los do Egito (Ex.3:12).
- Este sinal dito por Deus a Moisés quando o chamou para a tarefa da libertação tinha ver com o serviço ao
Senhor no monte (Ex.3:12) e, então, faz o Senhor uma proposta aos israelitas, para que eles fossem o Seu
povo, a Sua propriedade peculiar dentre todos os povos, o Seu reino sacerdotal e povo santo (Ex.19:5,6).
- O povo aceitou a proposta e, após três dias de santificação, o Senhor desceu até o monte Sinai, para firmar
a aliança com o povo. Entretanto, o povo, que deveria ficar dentro dos limites traçados pelo próprio Deus,
não aguardou o som longo de buzina que o autorizaria a subir o monte e, assim, firmar uma aliança perene e
definitiva com o Senhor (Ex.19:11-13), tendo, antes, se afastado da presença de Deus e pedido que Moisés
subisse sozinho o monte e lá falasse com Deus (Ex.20:18-21).
- Tivesse o povo crido em Deus e subido o monte após o longo sonido de buzina, o Senhor os teria
justificado pela fé e estabelecido com eles uma perfeita comunhão, passando a habitar neles, exatamente
o que ocorre com quem crê em Jesus, que passa a ser morada de Deus (Jo.7:38,39; 14:23; Rm.8:9).
- No entanto, o povo não creu em Deus, achou que o Senhor fosse matá-lo e, por isso, se retirou e, deste
modo, não se estabeleceu a comunhão proposta. Tal atitude foi providencial, pois, com a incredulidade,
não poderia mesmo haver tal união e o próprio Senhor o disse, naquela oportunidade, a Moisés (Dt.18:15-
19), o que o líder somente revelaria pouco antes de sua morte, mostrando, assim, a necessidade que viesse
um outro profeta, semelhante a Moisés, que “completasse a obra”, estabelecesse esta comunhão perfeita
entre Deus e o Seu povo, esta unidade, o que somente seria feito por Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo
(Jo.17:20-23), a semente da mulher que restabeleceria a amizade entre Deus e os homens (Gn.3:15).
- Não estabelecida esta comunhão entre Deus e os israelitas, era mister que Deus habitasse no meio do
Seu povo, que houvesse um lugar onde o Senhor residisse, um local que fosse consagrado, ou seja,
separado exclusivamente para a Sua presença, de onde o Senhor pudesse Se relacionar com o povo,
enquanto não viesse o profeta que faria aquilo que Moisés não tivera condições de fazer.
- Eis, então, a necessidade de haver uma “habitação”, uma “residência”, um “local consagrado” para que
n’Ele o Senhor habitasse e Se relacionasse com o povo, um local que seria de culto e adoração, já que não há
outro modo de nos relacionarmos com Deus senão através do culto e da adoração, mas também um local
onde Deus Se manifestasse ao povo, seja perdoando os seus pecados, seja dando as devidas orientações e
direções ao povo que havia sido tomado como Sua propriedade peculiar, como reino sacerdotal e povo
santo.
- Não é por outro motivo que, depois que a primeira parte da lei foi promulgada por Moisés, o líder sobe o
monte e lá fica quarenta dias e quarenta noites, sendo que as principais instruções que recebe são
precisamente as referentes à construção do tabernáculo, que é apresentado como um modelo, em
hebraico, “tabhnîth” ()תַ ְבנׅ ת, cujo significado é “…estrutura, um modelo, semelhança(…) Substantivo
feminino que significa plano, padrão, forma…” (Bíblia de Estudo Palavras-Chave. Dicionário do Antigo
Testamento, n.8403, p.1997).
- O tabernáculo apresenta-se, portanto, como um “remédio”, um meio de Deus não abandonar o Seu
povo, manter-Se presente apesar da incredulidade dos filhos de Israel e da impossibilidade de se ter
uma aliança definitiva, perene e perfeita, o que somente poderia se dar quando viesse aquele “outro
profeta” mencionado por Moisés, profeta que ministraria, sim, no tabernáculo celestial, no original, e não
naquele que era feito cópia.
OBS: “…Os sacerdotes terrenos haviam sido agraciados por Deus com uma grande honra, a de serem ministros do santuário terrestre —
originalmente erigido no deserto e depois transferido para o templo construído por Salomão. Mas a honra de ser ministro do santuário celestial,
no Reino eterno de Deus, somente foi conferida a nosso Senhor Jesus Cristo. Moisés foi comissionado por Deus para construir o Tabernáculo no
deserto, quando recebeu de Deus o modelo de cada peça e a orientação divina acerca de cada detalhe. Deus ainda lhe advertiu dizendo: “Atenta,
pois, que o faças conforme o seu modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40). Nele, Arão e seus filhos foram ministros. Porém, este não
era o verdadeiro Tabernáculo que estava nos céus, cujo arquiteto foi Deus, e não o homem. Nele, somente Jesus teve o privilégio de entrar e nele
ministrar!…” (SILVA, Severino Pedro da. Epístola aos hebreus: as coisas novas e grandes que Deus preparou para você, p.144).
II – AS FUNÇÕES DO TABERNÁCULO
- Deus havia escolhido Israel como Sua propriedade peculiar dentre os povos. Israel era reino sacerdotal e
povo santo e, diante disso, mister se fazia que Deus Se fizesse presente, não só para que o povo pudesse
adorá-l’O, mas também para que fosse por Ele guiado na caminhada rumo a Canaã, podendo separar-se dos
outros povos para servi-l’O, como também interceder pelos outros povos.
- Como o povo não tinha entrado em unidade com o Senhor, necessário se fazia que se separasse um espaço
para que Deus Se fizesse presente e para que o povo fosse ao encontro do Senhor, como também um período
de tempo em que houvesse tal dedicação. É por isso que exsurge tanto a necessidade de criação do sábado
como também das demais festividades ao longo do ano (Páscoa, Festa das Semanas, Festa das Trombetas,
Dia da Expiação, Festa dos Tabernáculos, Início dos meses), este tempo dedicado a Deus, como de um lugar
em que fizesse o culto e a adoração ao Senhor, que é o tabernáculo.
- Como “santuário”, o tabernáculo apresentava-se como o protótipo da santidade que se exigia para se
chegar à presença do Senhor. A exigência da santidade era tanta que, logo após a inauguração do
tabernáculo, Nadabe e Abiú, que eram a metade dos sacerdotes consagrados, acabaram mortos porque
descuidaram deste item, trazendo fogo estranho ao altar (Lv.10:1-3).
- Como “santuário”, o tabernáculo é um tipo da santidade e tem muitíssimas lições a nos ensinar a respeito
da santidade, já que “sem a santificação, ninguém verá o Senhor” (Hb.12:14). O tabernáculo apresenta-se,
assim, como uma verdadeira figura do ser humano perfeito, daquele que se torna “templo do Espírito Santo”
(I Co.6:14), “morada de Deus no Espírito” (Ef.2:22). Paulo (II Co.5:1, 4) e Pedro(II Pe.1:13,14), mesmo,
chamam a seus corpos de tabernáculo, a demonstrar a biblicidade desta comparação.
- Neste ponto, aliás, o tabernáculo afigura-se como um tipo perfeito de Cristo, pois é o Senhor o último
Adão (I Co.15:45), o homem perfeito (Ec.7:29), aquele que, por nunca ter pecado, sempre teve a plenitude
do Espírito Santo (Is.11:1,2). E nós, como Seus imitadores (I Co.11:1), temos muito a aprender com a
tipologia do tabernáculo, pois ela nos mostra como Cristo é e, por conseguinte, como devemos ser.
- Como “habitação”, o tabernáculo mostra-nos que somos seres relacionais, que não podemos viver
sozinhos e, mais do que isto, que não podemos, em momento algum, estar longe do Senhor. Precisamos
da presença de Deus, da Sua companhia, sem o que não teremos como subsistir.
- Mesmo os israelitas tendo se retirado para longe do Senhor (Ex.20:18), Deus não quis Se afastar deles, mas
compreendendo até o gesto deles (Dt.18:17), mandou que se construísse o tabernáculo para que estivesse
com o povo, dando-lhes descanso (Ex.33:14), proteção e direção (Ex.40:36-38; Nm.9:15-23; Ne.9:19).
- Não foi outro o motivo pelo qual o Senhor Jesus disse aos Seus discípulos que estaria com eles todos os
dias até a consumação dos séculos (Mt.28:20), o que efetivamente ocorreu (Mc.16:20) e ocorre até hoje,
uma vez que Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente (Hb.13:8).
- Com o tabernáculo, portanto, temos a lição da presença de Deus e da Sua direção, o que nos é
importantíssimo pois os filhos de Deus são necessariamente guiados pelo Espírito Santo (Rm.8:14).
- Por isso mesmo, alguns têm tomado o tabernáculo como uma figura do relacionamento que devemos ter
com o Senhor, associando-o às virtudes teologais, ou seja, às disposições de atitudes, aos hábitos inseridos
em nós pela nossa participação em a natureza divina, a partir do instante em que cremos em Jesus Cristo e
somos vivificados n’Ele. O tabernáculo mostrar-nos-ia, então, o caminho que se faz desde a fé, passando
pela esperança, e chegando, por fim, ao amor, numa exposição que confirma tanto os dizeres de Asafe :
“Mas, para mim, bom é aproximar-me de Deus” (Sl.73:28a), quanto os de Tiago: “Chegai-vos a Deus, e Ele
Se chegará a vós” (Tg.4:8a).
III – O TABERNÁCULO
- Estaremos, durante todo o trimestre, a estudar toda a tipologia do tabernáculo, um riquíssimo conteúdo que
nos mostrará como tudo o que Deus faz e realiza é minucioso, coerente, harmonioso e tem como objetivo
mostrar aos homens como devemos servi-l’O e agradá-l’O.
- No entanto, como estamos em uma lição introdutória, faz-se necessário dizer, em linhas gerais, como era
este tabernáculo, quais as suas partes, quais as suas peças, quais os materiais que nele foram utilizados,
enfim, ter uma visão geral a respeito desta perfeita figura de Cristo e de Sua obra redentora.
- O tabernáculo era formado de peças móveis, tendo em vista que sua construção foi determinada quando
o povo estava a caminho de Canaã. Construído junto ao monte Sinai, onde o povo ficou durante um período
de aproximadamente um ano, ele deveria ter condições de ser deslocado durante a peregrinação, daí porque
ser uma construção que permitia ser desmontada e montada quantas vezes fossem necessárias.
- Neste particular, já temos aqui uma grande lição espiritual, qual seja, a de que esta vida terrena é
passageira, de que não devemos nos prender às coisas desta vida, de que somos peregrinos, estamos de
passagem, estamos em viagem para a nossa residência permanente. Era este o sentimento que direcionava a
vida espiritual dos patriarcas (Hb.11:9,10,13-16) e que também deveria estar presente entre os israelitas.
- Observemos que, mesmo após terem entrado e conquistado a Terra Prometida, em momento algum o
Senhor pediu que se construísse um templo para Si e faz questão de dizê-lo quando Davi se propõe a fazê-lo
(II Sm.7:5-7; I Rs.8:16), tendo, ademais, determinado que se instituísse a Festa dos Tabernáculos, também
chamada de Festa das Cabanas, precisamente para que o povo se lembrasse do caráter passageiro que possui
esta vida terrena.
- É também este o sentimento que deve estar no coração de todos quantos creem em Cristo Jesus, cujos
corações devem estar nas coisas eternas, nas coisas celestes, nas “coisas de cima” e não nas coisas desta
vida, nas coisas deste mundo (Mt.6:19-21; Cl.3:1-4).
- O tabernáculo possuía três partes: uma parte externa, chamada pátio, que era descoberta, separada
do restante do povo por tábuas e cortinas, acessível a todos os israelitas, onde, do lado interior, havia o
altar dos sacrifícios e a pia de bronze. Era a parte que era vista por todo o povo e que podia ser frequentada
por todos os filhos de Israel.
- A presença das tábuas e das cortinas ensina-nos que o lugar era um “santuário”, ou seja, um
território separado do restante do arraial, do restante do povo, lembrando, assim, que havia necessidade
de separação para cultuarmos e adorarmos a Deus.
- Somente podemos cultuar e adorar a Deus se nos separarmos do mundo de pecado, se nos separarmos para
Deus. A esta dupla separação denominamos “santificação” e “sem a santificação, ninguém verá o Senhor”
(Hb.12:14).
- Israel somente poderia ser propriedade peculiar de Deus dentre os povos se fosse “povo santo”, ou seja, um
povo separado dos demais, um povo dedicado a servir única e exclusivamente a Deus, que não
compactuasse com a vida pecaminosa e rebelde contra Deus das outras nações, rebelião, aliás, iniciada no
episódio da torre de Babel.
- Deus é santo (Js.24:19; Sl.99:9), Sua santidade é proclamada incessantemente pelos serafins (Is.6:2,3) e
pelos quatro animais (Ap.4:8), como Ele é santo, evidentemente quem pretende ter comunhão com Ele deve
igualmente ser santo (Lv.11:44,45; 20:7; I Pe.1:16).
- Esta parte externa e o próprio aspecto externo da parte coberta, que é propriamente a “tenda da
congregação”, não tinham qualquer aparência nem formosura. No pátio, nada havia, a não ser o altar,
que era de cobre, e a pia, igualmente de cobre.
- A acessibilidade a todos e o fato de as duas peças do pátio serem de cobre e o local onde se fazem os
sacrifícios, indica-nos, com absoluta clareza, que o acesso a Deus está ofertado a todos os homens, sem
qualquer distinção. Deus quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade (I
Tm.2:4).
- Entretanto, ao mesmo tempo em que há toda essa acessibilidade, vemos que as duas peças do pátio são de
cobre (ou bronze), metal que simboliza o juízo, o julgamento. O fato de o altar de sacrifícios ficar no
pátio é também um indicativo de que o primeiro passo no relacionamento com Deus é o necessário e
indispensável perdão dos pecados. É o pecado que faz a divisão entre Deus e o homem (Is.59:2) e sem se
resolver a problemática do pecado, jamais se terá o restabelecimento da comunhão entre o Senhor e a
humanidade.
- Isto é muitíssimo importante porque vivemos numa época em que se defende mesmo a pregação do
Evangelho sem que se toque na temática do pecado, como se isto fosse possível, já que, no dia de
Pentecostes, na primeira pregação da Igreja, foi o arrependimento de pecados o centro da mensagem, como
deve sê-lo sempre.
- O pátio costuma ser associado com o corpo, que é a parte externa e visível de todo ser humano, corpo
este que é formado do pó da terra e que, como tal, é perecível, não tendo, assim, o esplendor da imortalidade
e perenidade, que são próprios apenas do homem interior, isto é, da alma e do espírito.
- O pátio, também, costuma ser relacionado com a virtude teologal da fé, que é a virtude que nos faz dar
entrada na vida cristã (Rm.5:1,2).
- A parte coberta do tabernáculo tinha uma cobertura que também não era, também, possuidora de
qualquer atração visual. A parte coberta tinha como cobertura externa e visível uma cobertura de peles de
texugo (Ex.26:14), um animal que provavelmente era uma espécie de antílope, de pele limpa e sem qualquer
formosura ou beleza, provavelmente de cor cinzenta.
- Neste ponto, também, o tabernáculo faz-nos lembrar o Senhor Jesus, que era alguém sem aparência
nem formosura (Is.53:2). Cristo, enquanto homem, não se distinguia por sua aparência física, não era
alguém belo e que causava a admiração por seu físico, como aconteceu, por exemplo, com Saul (I
Sm.10:23,24). Tanto é verdade isto que Judas Iscariotes disse aos soldados que haveria de beijar Jesus para
que fosse distinguido dos demais, prova de que ele não tinha muita diferença física em relação aos Seus
discípulos (Mt.26:48,49).
- A parte coberta do tabernáculo possuía dois compartimentos: o lugar santo e o lugar santíssimo, separados
por um véu, assim como a parte coberta era separada do pátio por um véu. Isto nos faz lembrar que o
homem interior (Rm.7:22; Ef.3:16) é formado de duas partes: a alma e o espírito, que, embora inseparáveis,
são distintos (Hb.4:12).
- O lugar santo somente poderia ser frequentado pelos sacerdotes, que, antes de entrarem no local, deveriam
banhar-se e se purificar com água da pia de bronze. No lugar santo, havia três peças, todas revestidas de
ouro e não de cobre como as peças do pátio, a saber: a mesa dos pães da proposição, o candelabro e o altar
de incenso.
- O lugar santo costuma ser associado à alma, a sede da personalidade de cada ser humano, que precisa
ser alimentada pela Palavra de Deus (pães da proposição), ter a iluminação do Espírito Santo (o candelabro)
bem como estar em constante oração (o altar de incenso).
- Outros, ainda, associam o lugar santo com a virtude da esperança, que é um “degrau a mais” à fé. No
lugar santo, os sacerdotes ministravam aguardando o dia da expiação, quando o sumo sacerdote adentrava
no lugar santíssimo para expiar os seus pecados e os do povo, cobrindo a ira divina por mais um ano.
- Ao olharem continuamente para o véu que separava o lugar santo do lugar santíssimo, onde estava a arca
da aliança, o símbolo da presença de Deus, os sacerdotes podiam lembrar que o pecado separa o homem de
Deus e que teriam de aguardar o cumprimento da promessa divina de que seria restabelecida a comunhão
entre Deus e a humanidade. Tal esperança terminaria no dia do sacrifício de Cristo na cruz do Calvário,
quando este véu se rasgou de alto a baixo (Mt.27:51; Mc.15:38; Lc.23:45).
- Nós, salvos em Cristo, aguardamos a bem-aventurada vinda de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo
(Tt.2:13).
- O lugar santíssimo, separado do lugar santo por um outro véu, tinha apenas a arca da aliança como
peça, uma peça de madeira revestida de ouro, com uma tampa de ouro, com dois querubins e em cujo
interior foram colocadas as tábuas da lei, um vaso que continha maná e a vara de Arão que florescera.
- Este lugar santíssimo era frequentado pelo sumo sacerdote, uma vez ao ano, no dia da expiação,
única e exclusivamente para cobrir a tampa da arca com o sangue dos sacrifícios pelos seus próprios pecados
e pelos do povo.
- Era um compartimento que jamais era visto por qualquer um, nem mesmo o sumo sacerdote tinha visão
plena do lugar santíssimo, já que, quando ali entrava, o local estava cheio da fumaça do incenso, que, antes,
o próprio sumo sacerdote espalhava no santo dos santos.
- O lugar santíssimo é associado ao espírito humano, a parte do ser humano que faz ligação com o
Senhor, que fica morto enquanto não há salvação, salvação que ocasiona a vivificação de tal espírito. Por
isso, o véu do templo se rasga quando Cristo paga o preço dos pecados da humanidade, abrindo um novo e
vivo caminho dos homens para Deus (Hb.10:19-23).
- O lugar santíssimo, por fim, é associado ao amor, o amor divino que é derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo (Rm.5:5), o caminho mais excelente, a maior das virtudes teologais (I Co.12:31-13:13),
o verdadeiro fruto do Espírito (Gl.5:22).
- É esta exímia figura da obra redentora de Cristo, o tabernáculo, que estaremos a estudar neste trimestre,
pois todos nós teremos de ser verdadeiros tabernáculos enquanto estivermos nesta peregrinação terrena.