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AO JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE ________

________ , ________ , ________ , ________ , ________ ,


inscrito no CPF ________ , ________ ________ , nº
________ , na cidade de ________ , ________ , ________

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
C/C PEDIDO LIMINAR em face de

________ , inscrito no ________ , telefone ________ , e-mail


________ com endereço na ________ , nº ________ , na cidade
de ________ , ________ , pelo rito ________ , e;

________ , inscrito no ________ , telefone ________ , e-mail


________ com endereço na ________ , nº ________ , na cidade
de ________ , ________ , pelo rito ________ pelas razões de
fato e de direito que passa a expor:
SÍNTESE DOS FATOS

O Reclamante foi contratado em ________ , pelo Reclamado


para trabalhar no cargo de ________ , com a função de ________ pelo
período de ________ horas diárias, das ________ horas às ________
horas com ________ de intervalo.

A remuneração contratada para ________ horas semanais foi de


________ .

Ocorre que ________ , não cumprindo com o pagamento de todas as


verbas rescisórias, motivo pelo qual vem em busca da tutela jurisdicional pela
presente Reclamação Trabalhista.

DA JUSTIÇA GRATUITA

A Reforma Trabalhista, em seu Art. 790 trouxe expressamente o


cabimento do benefício à gratuidade de justiça ao dispor:

§ 4º O benefício da justiça gratuita será


concedido à parte que comprovar insuficiência de
recursos para o pagamento das custas do
processo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Assim, considerando que a renda do Reclamante gira em torno de


________ , tem-se por insuficiente para cumprir todas suas obrigações
alimentares e para a subsistência de sua família.
Trata-se da necessária observância a princípios constitucionais
indisponíveis preconizados no artigo 5º inc. XXXIV da Constituição Federal,
pelo qual assegura a todos o direito de acesso a justiça em defesa de seus
direitos, independente do pagamento de taxas, por ausente prova em contrário
do direito ao benefício:

HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA. DECLARAÇÃO


VÁLIDA. GRATUIDADE DE JUSTIÇA. Constando nos
autos declaração de insuficiência econômica, não
infirmada por prova contrária, tem direito o
trabalhador ao benefício da gratuidade da justiça
(Lei 1.060/1950 e CPC/2015, art. 98). (TRT-12 - RO:
00033267020155120005 SC 0003326-70.2015.5.12.0005,
Relator: REINALDO BRANCO DE MORAES,
SECRETARIA DA 1A TURMA, Data de Publicação:
20/03/2017)

Trata-se de conduta perfeitamente tipificada pelo Código de


Processo Civil de 2015, que previu expressamente:

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser


formulado na petição inicial, na contestação, na petição
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

§ 1o Se superveniente à primeira manifestação da parte na


instância, o pedido poderá ser formulado por petição
simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá
seu curso.
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se
houver nos autos elementos que evidenciem a
falta dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido,
determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.

§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de


insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa
natural.

Para tanto, junta em anexo declaração de hipossuficiência que


possui presunção de veracidade e só pode ser desconsiderada em face de
elementos probantes suficientes em contrário, conforme lecionam grandes
doutrinadores sobre o tema:

"1. Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é


necessário que a parte seja pobre ou necessitada
para que possa beneficiar-se da gratuidade da
justiça. Basta que não tenha recursos suficientes para
pagar as custas, as despesas e os honorários do processo.
Mesmo que a pessoa tenha patrimônio suficiente, se estes
bens não têm liquidez para adimplir com essas despesas,
há direito à gratuidade." (MARINONI, Luiz Guilherme.
ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo
Código de Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista dos
Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 98)

Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição


Federal, pelo artigo 98 do CPC e 790 §4º da CLT requer seja deferida a AJG ao
requerente.
DA IRRETROATIVIDADE DA REFORMA TRABALHISTA
NOS CASOS PREJUDICIAIS AO TRABALHADOR

Não obstante a vigência e aplicação imediata da Lei 13.467/17 que


instituiu a Reforma Trabalhista, necessário dispor sobre a irretroatividade da
lei, quando em prejuízo do ato jurídico perfeito das relações jurídicas anteriores
à reforma.

Trata-se da observância pura à SEGURANÇA JURÍDICA


inerente ao Estado Democrático de Direito, e de preservar o DIREITO
ADQUIRIDO, nos termos de clara redação constitucional em seu Art. 5º:

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato


jurídico perfeito e a coisa julgada;

Trata-se de aplicação inequívoca do PRINCÍPIO DA


IRRETROATIVIDADE DE NORMA NOVA, especialmente quando trazem
normas prejudiciais ao trabalhador, conforme disposto no DECRETO-LEI Nº
4.657/42 (LIDB):

Art. 6º. A lei em vigor terá efeito imediato e geral,


respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a
coisa julgada.

A doutrina ao corroborar este entendimento destaca sobre a não


aplicabilidade de normas novas concernentes à situações constituídas antes de
sua entrada em vigor:
"Como se vê, a lei tem efeito imediato, mas não pode
retroagir para prejudicar o ato jurídico perfeito,
assim entendido como aquele já consumado segundo a lei
vigente ao tempo que se efetuou (Ar. 6º, §2º, da LINDB).
(...)
Admitir o efeito imediato aos contrato de prestação
continuada em curso é autorizar indevidamente a
retroatividade da lei no tempo, ferindo o direito
adquirido e o ato jurídico perfeito." (MIZIARA,
Raphael. Eficácia da lei 13.467/2017 no tempo: critérios
hermenêuticos que governam a relação entre leis
materiais trabalhistas sucessivas no tempo. In Desafios
da Reforma Trabalhista. Revista dos Tribunais, 2017. p.22-
23)

Sobre o tema, a jurisprudência já consolida o presente


entendimento:

REFORMA TRABALHISTA. LEI 13.467/17.


INTERTEMPORALIDADE PROCESSUAL. As teorias
clássicas da intertemporalidade processual podem ser
resumidas em 3 vertentes: (i) Teoria da Unidade do
Processo; (ii) Teoria da Autonomia das Fases
(postulatória, instrutória, decisória, recursal e executória)
e (iii) Teoria dos Atos Isolados. O CPC de 2015 parece
indicar a adoção, em seu art. 14, de uma forma geral, da
teoria dos atos isolados, de aplicação imediata aos
processos em curso, sem retroação, preservando a lei da
data da prática dos atos. Todavia, o próprio CPC já mitiga
tal teoria, ao distinguir entre 'atos praticados' e 'situações
jurídicas consolidadas',que é uma clara indicação de que a
teoria dos atos isolados pode e deve ser combinada com a
teoria da autonomia das fases processuais. Há outros
exemplos de mitigação da teoria dos atos isolados, como o
art. 1047 do CPC, que opta pela lei vigente à época em que
a prova foi requerida ou determinada ex officio pelo juiz,
não pela data da produção da respectiva prova. Por outro
lado, o TST já acenou até mesmo com a adoção de uma
teoria mais radical, a da unidade do processo, por ocasião
da promulgação da Lei 9957/2000, ocasião em que se
alterou a parte processual da CLT, oportunidade em que
tal teoria foi adotada pela jurisprudência da mais Alta
Corte Trabalhista, vazada na OJ 260 da SDBI-1, que
somente admitiu a aplicação do rito sumaríssimo aos
processos iniciados após a vigência da nova lei. Dessa
forma, toda a discussão entre as partes é anterior
à vigência da Lei nº 13.467/17, não devendo ser
aplicada ao caso em exame. (...) Não se imprime
eficácia retroativa a situação processual postulatória já
consolidada, por expressa vedação pelo art. 14 do CPC de
2015. (TRT-3 - RO: 00117317820155030027 0011731-
78.2015.5.03.0027, Relator: Jose Eduardo Resende
Chaves Jr., Primeira Turma - 09/05/18)

DIREITO INTERTEMPORAL
INAPLICABILIDADE DAS REGRAS CONSTANTES
DA LEI 13.467/2017 ÀS AÇÕES AJUIZADAS ATÉ
10.11.2017. A Lei nº 13.647/2017 não trouxe regramento
expresso quanto à aplicação da lei no tempo e a MP 808,
de 14 de novembro de 2017, além de ser flagrantemente
inconstitucional por não preencher os requisitos de
relevância e urgência preconizados no artigo 62, da
Constituição Federal, (...)Nesse sentido foi que, por
ocasião da promulgação da Lei 9957/2000, que instituiu o
rito sumaríssimo no processo do trabalho, o TST adotou o
entendimento de que a lei só seria aplicável aos processos
iniciados após a vigência da nova lei, conforme dicção da
OJ nº 260, da SDI1.Portanto, tendo em vista a necessidade
de conferir segurança jurídica às partes (art. 5º,
XXXVI, da Constituição Federal), afastando-se o
elemento surpresa (art. 10, do CPC) e em homenagem ao
princípio da colaboração (art. 5º, do CPC), decido, por
analogia com o disposto nos arts. 192, da Lei
11.101/2005, e 1046, § 1º, do CPC, considerar
inaplicáveis, às ações ajuizadas até 10.11.2017, as
regras processuais constantes da Lei nº
13.467/2017, com exceção da nova disciplina referente à
contagem dos prazos processuais (contados em dias úteis),
por considerar que tal medida não resulta prejuízos
processuais para quaisquer das partes. Quanto ao Direito
Material do Trabalho, não se pode dar efeito retroativo à
lei no tempo, com adoção de efeito imediato aos contratos
de trabalho extintos antes da sua vigência, sob pena de
ferimento ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito,
em confronto com o arts. 5º, inciso XXXVI, da
Constituição Federal e art. 6º, caput, da LINDB. Assim,
uma vez que, no presente caso, a lide versa sobre contrato
de trabalho já encerrado no momento da entrada em vigor
da Lei 13.467/2017, as disposições constantes do referido
diploma legal não terão incidência. (TRT-21 - RTOrd:
00009353120175210003, Data de Julgamento:
19/01/2018, Data de Publicação: 19/01/2018)

Este entendimento já foi concretizado pela Súmula 191 do TST que


entendeu em caso análogo a não aplicação de lei norma por ser prejudicial ao
empregado:

Súmula nº 191 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE.


INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO (cancelada a parte
final da antiga redação e inseridos os itens II e III)
(...)
III - A alteração da base de cálculo do adicional de
periculosidade do eletricitário promovida pela Lei nº
12.740/2012 atinge somente contrato de trabalho
firmado a partir de sua vigência, de modo que, nesse
caso, o cálculo será realizado exclusivamente sobre o
salário básico, conforme determina o § 1º do art. 193 da
CLT.

Assim, mesmo que em vigor, a nova lei só pode produzir efeitos


para a relação existente a partir 11/11/2017, em respeito à cláusula pétrea de
proteção ao direito adquirido.

INDENIZAÇÃO POR DOENÇA OCUPACIONAL

A reclamante laborou em ambiente de trabalho, ________ .

Por tais razões, a Reclamante adquiriu ________ , o que é


relacionado exatamente pelas condições de trabalho em que a Reclamante era
submetido, conforme CAT e laudo pericial que evidenciam o nexo causal em
anexo.

No presente caso, a relação da doença com o ambiente de trabalho


fica evidenciada laudo médico foi categórico ao concluir que ________

A Lei nº 6.367/76 tratou de conceituar didaticamente o que se


enquadra como acidente de trabalho, englobando a doença ocupacional:
"Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo
exercício do trabalho a serviço da empresa,
provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte, ou a perda ou redução
permanente ou temporária da capacidade para o
trabalho."

A responsabilidade do empregador tem como fundamento o art.


186 do CC/02 e o art. 7º, inciso XXVIII, da Constituição Federal, que assim
dispõe:

"Art. 186 - Aquele que por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito"

"Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,


além de outros que visem à melhoria de sua condição
social: (...) XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a
cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa".

Tem-se portanto, evidenciada a responsabilidade do empregador


por danos sofridos pelo Reclamante em decorrência de doença ocupacional.

Neste caso, tem-se a perfeita demonstração dos elementos


necessários à concessão da indenização:
a) AÇÃO OU OMISSÃO: O dolo ou culpa ficam
demonstrados, uma vez que a Reclamada não adotou
medidas de segurança necessárias em prol dos
trabalhadores, em especial por não disponibilizar
________ ;

b) NEXO CAUSAL: A relação entre a doença e o


ambiente de trabalho fica demonstrado pelo laudo médico
que evidenciou como causa da doença a exposição a
________ , e;

c) DANO: O prejuízo é inquestionável, diante das


sequelas permanentes deixadas no reclamante que não
pode continuar a exercer suas atividades habituais com o
mesmo desempenho.

Conforme leciona Aguiar Dias, citado por Sebastião Geraldo de


Oliveira, ao doutrinar sobre o tema:

"a culpa é a falta de diligência na observância da norma


de conduta, isto é, o desprezo, por parte do agente, do
esforço necessário para observá-la, com resultado, não
objetivado, mas previsível, desde que o agente se
detivesse na consideração das consequências eventuais
da sua atitude (...)". (in Indenizações por Acidente do
Trabalho ou Doença Ocupacional, LTr, 2ª edição, 2006, p.
148).

Assim, basta a evidência de que a Reclamada não tomou qualquer


cautela para evitar este quadro, como suficiência para se concretizar a culpa,
que, junto ao nexo causal e dano são suficientes à responsabilização.

Já o laudo médico, traz conclusões suficientes a demonstrar o nexo


causal, conforme precedentes sobre o tema:

DOENÇA OCUPACIONAL - o laudo pericial foi


categórico ao vincular o quadro clínico da autora,
disfonia funcional com presença de micro nódulos e fenda
glótica em ampuleto, à atividade desenvolvida no
âmbito empresarial, evidenciando-se dos autos o
nexo de causalidade entre a sua doença e o seu
labor diário para a empregadora, assim como a culpa
patronal, restando devido o pagamento de indenização
respectiva. Assim, nega-se provimento ao recurso
patronal. (TRT-20 00019526820135200004, Relator:
MARIA DAS GRACAS MONTEIRO MELO, Data de
Publicação: 03/08/2017)

Razão pela qual deve ser reconhecida a responsabilidade da


reclamada pela doença ocupacional gerada.

ESTABILIDADE PROVISÓRIA

A doença ocupacional vem perfeitamente enquadrada como


motivo do acidente de trabalho, responsável pela obtenção da estabilidade na
Lei 8213/91, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social em
seu art. 118, nos seguintes termos:
Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem
garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa,
após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de auxílio-acidente.

Assim, o empregado que, afastado de suas funções por mais de 15


dias decorrente de acidente de trabalho, faz jus à ESTABILIDADE
PROVISÓRIA prevista no artigo 118 da Lei 8213/91, pelo prazo mínimo doze
meses, contados do término do auxílio doença, conforme precedentes sobre o
tema:

DOENÇA OCUPACIONAL. Comprovada a presença


simultânea de requisitos que ensejam a responsabilidade
civil subjetiva (dano - LER/DORT -, nexo de causalidade e
culpa), são devidas as pretensões indenizatórias. Recurso
do reclamado não provido. ESTABILIDADE
ACIDENTÁRIA. Reconhecida a doença de cunho
ocupacional, persiste o direito à estabilidade
acidentária nos termos do art. 118, da Lei
8.213/1991 e da Súmula 378, II, do TST.
ESTABILIDADE PRÉ-APOSENTADORIA.
(...)REINTEGRAÇÃO. COMPLEMENTAÇÃO SALARIAL.
Reconhecido o direito à estabilidade provisória, deve ser
mantida a reintegração. Por ausência de impugnação
específica, permanece a condenação ao pagamento da
diferença entre a remuneração mensal fixa percebida e o
valor auferido pe...(TRT-24 00258472220145240001,
Relator: RICARDO GERALDO MONTEIRO ZANDONA,
2ª TURMA, Data de Publicação: 24/10/2017)

ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DE


TRABALHO. A teor da Súmula 378, I, do TST, o artigo 118,
da Lei nº 8.213/1991, assegura o direito à
estabilidade provisória por período de 12 meses
após a cessação do auxílio-doença ao empregado
acidentado. Assim, confirma-se a sentença que
condenou a reclamada a pagar ao obreiro os salários entre
a dispensa imotivada e o fim da estabilidade provisória.
(TRT-7 - RO: 00000628020165070027, Relator:
FRANCISCO JOSÉ GOMES DA SILVA, Data de
Julgamento: 07/08/2017, Data de Publicação:
16/08/2017)

Nesse sentido, foram publicadas as Orientações Jurisprudenciais


105 e 230 da SDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho:

Orientação Jurisprudencial - SDI-1 - 105. Estabilidade


provisória. Acidente de trabalho. É constitucional o art.
118, da Lei nº 8213/1991.

Orientação Jurisprudencial - SDI-1 - 230. Estabilidade. Lei


nº 8213/1991. Art. 118 c/c 59. O afastamento do trabalho
por prazo superior a 15 dias e a consequente percepção do
auxílio doença acidentário constituem pressupostos para o
direito à estabilidade prevista no art. 118 da Lei nº
8213/1991, assegurada por período de 12 meses, após a
cessação do auxílio-doença

Trata-se de reconhecimento inequívoco da jurisprudência do


direito à estabilidade provisória, devendo ser indenizado o período integral que
lhe era devido, não restando qualquer impedimento ao objetivo aqui pleiteado.
DANOS MATERIAIS

Os danos causados ao reclamante devem ser igualmente


indenizados, pois decorrentes de atividades habituais inerentes à função
exercida na empresa.

Por força da lesão, o reclamante teve que se submeter a inúmeros


procedimentos médicos e permanece recebendo tratamento contínuo. Conforme
relatado, o Reclamante teve sérias lesões físicas e prejuízos materiais, uma vez
que:

a) Teve despesas no montante de R$ ________


para tratamento médico contínuo, o que poderá
perdurar por toda vida;

b) Ficou com limitações físicas permanentes,


impactando no trabalho e na vida cotidiana com
dependência médica permanente;

c) Deixou de auferir renda durante ________ meses que


esteve incapacitado, totalizando ________ em danos
materiais;

d) Peça incapacidade gerada, deixará de receber mais de


R$ ________ representados pelo valor ________
anos (expectativa de vida) x 12 (meses do ano) =
________ salários do reclamante que hoje equivale ao
valor mensal de R$ ________ o que desde já se requer,
considerando que a expectativa de vida do homem
brasileiro é de 71 anos, sendo o valor compatível com a
extensão do dano e condição de reparação da reclamada.

Trata-se de dano inequívoco causado pelo Réu, gerando o dever de


indenizar:

ACIDENTE DE TRABALHO. DANOS MATERIAIS E


MORAIS. Comprovados o dano, o nexo de
causalidade entre este e o trabalho, bem como a
culpa da empregadora, são devidas as
indenizações a título de danos materiais e morais.
(TRT-4 - RO: 00200825220155040305, Data de
Julgamento: 09/12/2016, 1ª Turma)

ESTABILIDADE ACIDENTÁRIA. INDENIZAÇÃO


SUBSTITUTIVA. Constatada a dispensa do
empregado durante o período de estabilidade
acidentária, é devido o pagamento de indenização
substitutiva pelo período correspondente, na forma do
pedido sucessivo. (TRT-1 - RO: 00103231320155010058,
Relator: JOSÉ LUIS CAMPOS XAVIER, Data de
Julgamento: 05/07/2017, Sétima Turma, Data de
Publicação: 26/07/2017)

Afinal, todo transtorno e prejuízo causados originaram


exclusivamente por decorrência de uma doença causada pelo trabalho.
DANOS MORAIS

O dano moral em situações como estas é inequívoco. Afinal, o


Autor teve sérias sequelas físicas que impactaram em toda sua rotina para o
resto de sua vida!

Trata-se de um ato ilícito que dificultou a condução normal da vida


do Autor, ultrapassando os meros dissabores do dia a dia, gerando o dever de
indenizar.

A Reforma Trabalhista tratou de positivar o direito ao


recebimento de danos morais no seguinte sentido:

Art. 223-A. Aplicam-se à reparação de danos de natureza


extrapatrimonial decorrentes da relação de trabalho
apenas os dispositivos deste Título.’

‘Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a


ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial
da pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares
exclusivas do direito à reparação.’

‘Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade


de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a
integridade física são os bens juridicamente tutelados
inerentes à pessoa física.’

Pelos laudos e fotos que junta em anexo, o autor teve graves danos
físicos, além de ter um forte impacto em sua produtividade, afetando a auto
estima de qualquer ser humano, configurando dano moral devendo ser
indenizado:

" dano moral é todo sofrimento humano que não é


causado por uma perda pecuniária. Lição de Pontes de
Miranda: nos danos morais, a esfera ética da pessoa é
que é ofendida; o dano não patrimonial é o que, só
atingindo o devedor como ser humano, não lhe atinge o
patrimônio." (TJRJ. 1a c. - Ap . - Rel. Carlos Alberto
Menezes - Direito , j. 19/11/91-RDP 185/198).

E nesse sentido, a indenização por dano moral deve representar


para a vítima uma satisfação capaz de amenizar de alguma forma o abalo sofrido
e de infligir ao causador sanção e alerta para que não volte a repetir o ato, uma
vez que fica evidenciado completo descaso aos transtornos causados.

Diante do acidente e da conduta da Reclamada resta inequívoco o


direito de ser indenizado, conforme jurisprudência, in verbis:

INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL DECORRENTE DE


ACIDENTE DO TRABALHO. A ofensa à integridade física
e moral do trabalhador em decorrência de acidente de
trabalho, enseja o dever de indenizar. Sentença mantida.
(TRT-4 - RO: 00205738420155040232, Data de
Julgamento: 20/07/2017, 6ª Turma)

DANOS MORAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE


TRABALHO. Devida a compensação por danos morais se
provado que a sequela adquirida pelo trabalhador, que o
incapacitou parcialmente para o labor, decorreu das
atividades cotidianas desempenhadas na empresa. A dor e
o sofrimento do obreiro que ainda convalescem deve ser
minimizada pela indenização respectiva. (TRT-1 - RO:
00000413920105010009 RJ, Relator: Claudia de Souza
Gomes Freire, Nona Turma, Data de Publicação:
27/10/2017)

Afinal, considerando que a expectativa de vida do homem brasileiro é de


71 anos, o Reclamante teve mais de ________ anos de sua vida afetada pela
moléstia ocasionada pelo acidente, sendo inequívoco o abalo e dano à vida do
Reclamante, sendo devida a presente indenização.

DA TUTELA ANTECIPADA

Nos termos do Art. 300 do CPC/15, "a tutela de urgência será


concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo."

A Instrução Normativa nº 39 do TST, que dispõe sobre a aplicação


das normas do Código de Processo Civil de 2015 ao Processo do Trabalho,
dispõe em seu Art.3º:

“Sem prejuízo de outros, aplicam-se ao Processo do


Trabalho, em face de omissão e compatibilidade, os
preceitos do Código de Processo Civil que regulam os
seguintes temas: VI - arts. 294 a 311 (tutela provisória)”
A doutrina ao disciplinar sobre a matéria, reforça o entendimento
de que: "A tutela de antecedência, prevista no CPC, é compatível com o Processo
do Trabalho por força da aplicação do art. 769 da CLT." (SCHIAVI, Mauro.
Manual de Direito Processual do Trabalho. 13ª ed. Ed. LTR, 2018. p. 1.438)

Desta forma, diante da aplicabilidade do Art. 300 do CP/15, passa


a demonstrar o cumprimento aos requisitos do referido dispositivo legal:

Por fim, cabe destacar que o presente pedido NÃO caracteriza


conduta irreversível, não conferindo nenhum dano ao Reclamado.

Por todo exposto, REQUER seja concedido o pedido liminar para


fins de ________ , nos termos do art. 300 do CPC, aplicado subsidiariamente
por força do art. 769 da CLT.

DOS REQUERIMENTOS

Diante todo o exposto REQUER:

1. O deferimento do pedido liminar para:

1.1 que seja expedido alvará judicial, bem como a certidão


narrativa, para que a Reclamante possa sacar seu FGTS e
habilitar-se no programa do Seguro Desemprego, nos
termos do art. 300 do CPC, bem como seja imediatamente
corrigida a notação e consequente liberação da CTPS, sob
pena de multa diária, aplicado subsidiariamente por força
do art. 769 da CLT;
1.2 que seja determinado à Reclamante a exibição de
documentos ________ à composição das provas
necessárias a esta demanda, para fins de que seja
mensurado os valores devidos;

2. A citação dos Réus para responder a presente ação, querendo;

3. Que seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma


do previsto no artigo 334 do NCPC;

4. A produção de todas as provas admitidas em direito, em


especial a documental, testemunhal e ________ , com a inversão do
ônus da prova nos termos do Art. 818, §1º da CLT;

DOS PEDIDOS

A total procedência da presente Reclamatória, condenando o


Reclamado a:

5. Seja determinado o pagamento integral dos salários correspondentes


aos meses que o reclamante gozava de estabilidade provisória, com os juros
legais cabíveis e monetariamente corrigidos;
Valor devido R$ ________ 6. A condenação da reclamada ao pagamento
indenizatório de danos materiais e morais por todo prejuízo decorrente do da
doença ocupacional;
Valor devido R$ ________

7. Seja condenada a reclamada ao pagamento da multa do artigo 477,


§8º, da CLT, pelo desatendimento do prazo para efetivação e
pagamento da rescisão;

Valor devido R$ ________

8. Seja condenado ao pagamento dos honorários do procurador do


Reclamante na razão de 15% sobre o valor bruto da condenação, nos
termos do Art. 791-A;

Valor devido R$ ________

9. Seja determinado o recolhimento da contribuição previdenciária


de toda a contratualidade;

Valor devido R$ ________

10. Seja determinado o pagamento imediato das verbas


incontroversas, sob pena de aplicação da multa do artigo 467 da CLT;

Multa, se devida R$ ________

11. Requer a produção de todas as provas admitidas em


direito, em especial a documental, testemunhal e pericial;

12. Requer a aplicação de juros e correção monetária até o efetivo


pagamento das verbas requeridas.

Junta em anexo os cálculos discriminados das verbas requeridas nos termos do


Art. 840, §1º da CLT.

Dá à presente, para fins de distribuição, o valor de R$ ________

Nestes termos, pede deferimento.

________ , ________

________

OAB/ ________ ________

Documentos anexados:

1. Comprovante de renda

2. Declaração de hipossuficiência

3. Comprovante do comprometimento da renda

4. Prova do acidente de trabalho

5. Prova da incapacidade superior a 15 dias

6. Procuração
7. RG e CPF do Reclamante

8. Comprovante de residência

9. CTPS Reclamante

10. Cópia contracheques

11.Cópia do extrato da conta do FGTS

12. Cópia do atestado de saúde demissional

13. Incluir cálculo discriminados - Art. 840, §¹º CLT

14. Demais documentos relacionados a cada argumento

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