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necessidades nutricionais das pessoas activas ( aquelas que praticam exercícios regulares ). É
sabido que uma dieta adequada auxilia o desempenho, já que fornece os substratos
energéticos e a prática de exercícios regulares melhora a habilidade do organismo em utilizar
os nutrientes. Entretanto a nutrição desportiva ainda apresenta um amplo campo de pesquisa e
a relação entre exercício e nutrição ainda precisa ser melhor conhecida.
Sistemas Energéticos:
Os carboidratos, as proteínas e os lipídeos são oxidados por diferentes vias metabólicas,
fornecendo dióxido de carbono, água e ATP. O ATP é uma molécula altamente energética
que a qualquer momento que o organismo necessite ele pode utilizá-la para respirar, digerir
alimentos, ou correr muitos quilômetros. Durante o exercício, os músculos podem produzir
ATP através de 3 sistemas energéticos:
Creatina fosfato (CP): o organismo reserva uma pequena quantidade de ATP na forma de
creatina fosfato. Este sistema fornece energia suficiente para realização de exercícios de
explosão durante 5 a 10 segundos.
glicólise anaeróbia: durante exercícios intensos, a glicose pode ser oxidada pela via
anaeróbia, fornecendo ácido lático.
Carboidratos:
Os carboidratos são considerados como a fonte energética mais eficiente já que requerem
menos oxigênio para a sua oxidação quando comparados aos lipídeos e as proteínas.
Eles exercem importantes funções, dentre elas a preservação da proteína, já que quando a
quantidade de carboidratos ingerida é insuficiente, a proteína pode ser utilizada como fonte
energética. O uso da proteína como fonte energética não é desejável já que sua principal
função está relacionada com o crescimento, a manutenção e o reparo de tecidos e não ao
fornecimentoenergético.
Proteínas:
A quantidade de proteína que deve ser ingerida pelo indivíduo fisicamente ativo dependerá
do tipo, intensidade e duração do exercício, como também do seu consumo calórico. Caso a
ingestão calórica seja inadequada, a proteína poderá ser oxidada como fonte energética e não
estará disponível para o aumento da massa muscular (hipertrofia muscular). Para a promoção
da hipertrofia muscular o praticante de atividade física deve realizar exercícios de força
(contra-resistência), ter um consumo calórico suficiente e ingerir quantidade adequada de
proteínas.
Lipídeos:
Além de apresentarem função energética, os lípideos são utilizados na síntese de hormônios,
participam da estrutura das membranas celulares e os alimentos ricos em gorduras são
veiculadores de vitaminas lipossolúveis. Os praticantes de atividade física devem ser
orientados a ingerir em torno de 20% do consumo calórico total sob a forma de lipídeos..
Fluidos:
A água é considerada o nutriente mais essencial já que constitui 60 % do corpo e 90% do
plasma sanguíneo.
Através da eliminação do suor, o organismo mantém a temperatura corporal e em caso de
desidratação pode ocorrer redução do volume sanguíneo (hipovolemia) e prejuízos no sistema
cardiovascular (taquicardia). Outros sinais de desidratação incluem a fadiga e o pequeno
volume urinário de cor amarela intensa.
Suplementos:
Segundo a literatura, as pessoas ativas são maiores consumidores de vitaminas e minerais do
que indivíduos fisicamente inativos. As justificativas para o uso de tais suplementos deve-se à
possível melhora do desempenho, ao fato de compensar o hábito alimentar inadequado já que
muitas vezes o praticante de atividade física alega não ter tempo para se alimentar
apropriadamente e finalmente como forma de atingir as demandas da atividade física intensa.
Deve-se destacar que não existem evidências científicas de que as pessoas fisicamente ativas
alteram substancialmente suas necessidades de vitaminas e minerais e possivelmente uma
dieta adequada pode facilmente atingir estas necessidades. Muitas vezes os indivíduos fazem
uso destes suplementos como precaução.
CARBOIDRATOS
São os responsáveis pelo maior fornecimento de energia ao organismo, estando, por isso
mesmo, presente em todas as refeições em maiores proporções.
FUNÇÕES
1. Maior fonte de energia do corpo; cada grama fornece 4 kcal, e deve fornecer no mínimo
60% do valor calórico diário total (energia);
2. Ação economizadora das proteínas; se os carboidratos da dieta forem insuficientes, as
proteínas (cujos componentes são os aminoácidos) são convertidas em energia, em vez de
“contruírem” as células;
3. A presença de carboidratos na dieta é necessária para o metabolismo normal das gorduras;
se não houver carboidratos suficientes, ocorre o acúmulo de produtos ácidos intermediários
do metabolismo das gorduras;
4. No fígado, o ácido glicurônico (resultante do metabolismo da glicose) combina-se com
toxinas químicas e bacterianas e com outros metabólitos para convertê-los numa forma que
possam ser excretados;
5. Manutenção da integridade funcional do sistema nervoso; a glicose é a única fonte de
energia para o cérebro;
6. Os carboidratos e seus produtos derivados servem como precursores de compostos como
os ácidos nucléicos, matriz do tecido conectivo e os galactosídeos do tecido nervoso.
DIGESTÃO => hidrólise ou “quebra” dos nutrientes em moléculas menores, que possam ser
absorvidas;
ABSORÇÃO => “entrada” dos nutrientes para a corrente sangüínea, para utilização ou
armazenamento no organismo;
METABOLISMO => utilização (direta ou após transformação) ou armazenamento dos
nutrientes no organismo.
GORDURAS OU LIPÍDIOS
Ultimamente todos têm medo deste nutriente, e no entanto, é a minoria que consegue evitar
seu excesso.
Primeiramente, é importante ressaltar que os males que este nutriente tem provocado no
organismo são conseqüências de seu mau uso, tanto em relação à escolha do tipo, quanto em
relação à quantidade utilizada.
A gordura possui funções importantes e, no entanto, é necessária em pouquíssimas
quantidades, pois possui um alto teor calórico (cada grama fornece 9 kcal).
FUNÇÕES
Os ácidos graxos são derivados da DIGESTÃO dos TRIGLICÉRIDES*, que constituem mais
de 90% das gorduras ingeridas, e da hidrólise das gorduras já armazenadas (também na forma
de triglicérides).
Três ácidos graxos são essenciais: linolênico, linoléico e aracdônico, sendo os dois últimos
principais no organismo humano, por exercerem as seguintes funções:
- transporte de gorduras;
- manutenção da integridade e função das membranas celulares;
- fazem parte dos ésteres de colesterol e dos fosfolipídios nas lipoproteínas (proteínas ligadas
a gorduras para seu transporte na corrente sangüínea);
- precursores de PROSTAGLANDINAS, substâncias semelhantes a hormônios, que
participam da regulação da pressão sangüínea, dos batimentos cardíacos, da lipólise e do
sistema nervoso central.
Os ácidos graxos e os monoglicerídios, agora nas células da mucosa, são digeridos em ácidos
graxos livres e glicerol, que são, então, restituídos à forma de triglicerídios, sendo cercados
por um revestimento proteico, formando os quilomícrons. Estes passam no lúmen dos vasos
sangüíneos dos vasos dos vilos e são transportados pelos vasos linfáticos para a corrente
sangüínea. Os triglicerídios na forma de quilomícrons são então tranportados para o fígado e
para o tecido adiposo para serem metabolizados e armazenados.
O consumo elevado de gorduras, tanto vegetais quanto animais, pode elevar o percentual de
gordura corporal, o que desfavorece a saúde, a estética e o rendimento físico nos esportes
assim como no dia-a-dia.
Deve-se lembrar que a necessidade maior do organismo em relação aos nutrientes energéticos
é de CARBOIDRATOS, que ficariam reduzidos se aumentasse o consumo de gorduras. Isso
se justifica pela fácil digestão e aproveitamento dos carboidratos em relação a uma digestão e
absorção mais lenta das gorduras. A prioridade no gasto energético de nutrientes ingeridos é
dos carboidratos, mesmo quando as gorduras armazenadas estão sendo utilizadas, pois as
gorduras ingeridas não chegam “a tempo” para serem utilizadas numa determinada atividade
física. Ou seja, a refeição anterior ao exercício deve ser rica em carboidratos (uma hora antes)
e não em gorduras ou proteínas. Ao facilitar a digestão e fornecer glicose, o rendimento será
melhor.
PROTEÍNAS
VITAMINAS
SAIS MINERAIS
Através do termo “minerais” referimo-nos aos elementos em sua forma simples inorgânica.
Em nutrição, eles são referidos como elementos minerais ou, em relação àqueles necessários
em pequenas quantidades, “elementos-traço”.
São encontrados no corpo e nos alimentos principalmente em sua forma iônica. Os metais
formam íons positivos (cátions) e os não metais formam íons negativos (ânions). O sódio,
potássio e cálcio são cátions. Os não-metais que formam ânions incluem o cloro, enxofre
(como sulfato), e fósforo (como fosfato). O cloreto de sódio e o fosfato de cálcio são sais
típicos.
Os minerais são também compostos orgânicos tais como fosfoproteínas, fosfolípides e
hemoglobina. O hormônio tiroxina contém 4 átomos de iodo. O enxofre é parte integral de
alguns aminoácidos e enzimas.
FIBRAS
ÁGUA
A água constitui cerca de dois terços do peso corpóreo total sendo o principal componente do
corpo, tanto do ponto de vista anatômico quanto fisiológico.
Junto ao oxigênio ela é o constituinte mais importante para a manutenção da vida. A
desidratação mata muito mais rápido que a subnutrição.
Estruturalmente, 70% da massa livre de gorduras do peso corpóreo consiste de água. Existem
dois grandes compartimentos hídricos do corpo: o intracelular, que se refere ao interior da
célula, e o extracelular, que se refere ao exterior da célula; este inclui o plasma sangüíneo e a
linfa, a saliva, os líquidos existentes nos olhos, os líqüidos secretados pelas glândulas e pelos
intestinos, os líqüidos que banham os nervos da medula espinhal e os líqüidos excretados pela
pele e rins. Da água corporal total, uma média de 62% é de localização intracelular e os
outros 38% são extracelulares.
FUNÇÕES
1. Essencial para a vida;
2. Transporte entre o corpo e o meio reativo;
3. A difusão dos gases se processa sempre através de superfícies umedecidas pela água;
4. Transporte de nutrientes e gases;
5. Eliminação de metabólitos (produtos do metabolismo);
6. Termorregulação (regulação da temperatura corporal);
7. Lubrificação das articulações;
8. Dá estrutura e forma ao corpo, por ser imcompressível.
Os vegetais e as frutas contêm cerca de 90% de água. O leite é 87% água, a carne é 60 a 75%
água. Até mesmo os alimentos secos como figos e uvas passas contêm cerca de 20% de água.
Apenas os alimentos verdadeiramente secos, os alimentos comercialmente desidratados, não
a contêm.
Todo profissional nutricionista que atua na área de nutrição na atividade física e no esporte
deve estar preocupado com a busca constante de conhecimentos atualizados sobre o tema em
questão. Vale ressaltar que durante um ano em que serão realizadas os Jogos Olímpicos de
Pequim, o tema da nutrição esportiva tem sido amplamente discutido pelos veículos de
comunicação especializados na área. Por outro lado, não devemos nos limitar a discutir os
aspectos nutricionais da performance e do rendimento, uma vez que atletas de alto
rendimento representam menos de 1% da população, enquanto 50-60% dos brasileiros são
considerados insuficientemente ativos.
Na busca pela qualidade de vida de nossos clientes, o incentivo à prática da atividade física
deve ser uma rotina incluída no atendimento nutricional. Incentivar as pessoas a deixarem de
ser sedentárias (acumulando pelo menos 30 minutos de atividades físicas moderadas no
mínimo cinco vezes por semana) pode ser o primeiro passo para estimular que na população
surjam destaques e talentos esportivos.
Nesse contexto, o nutricionista que atua na área da atividade física e do esporte precisa
aprimorar seus conhecimentos sobre a fisiologia do exercício e as vias de utilização dos
substratos energéticos durante cada atividade desenvolvida, conceitos básicos em
bioenergética. Neste artigo, pretendemos de forma resumida abordar conceitos básicos de
uma forma que possa suscitar nos nutricionistas a curiosidade e o interesse pelo tema.
Metabolismo energético
Toda atividade física realizada corresponde à utilização de algum tipo de substrato energético
obtido da alimentação, que passa por transformações químicas no processo digestivo,
absortivo e metabólico até gerar energia.
A forma de energia química utilizável pelas fibras musculares durante as atividades físicas é
o ATP; sendo este o componente básico para a contração muscular.
Como referido acima, o estoque de ATP – CP disponível está limitado, sendo que a
quantidade celular disponível de ATP é de aproximadamente 2,43 mmol/100g de tecido seco,
o que permite que uma atividade de alta intensidade dure apenas 2 segundos às custas desse
substrato. Entra então em ação a fosfocretatina (CP) (disponível em torno de 6,78 mmol/kg
de tecido seco) que é consumida em aproximadamente 0,10 segundo de exercício.
Entre as características desse sistema, destacamos: alta potência, e baixa capacidade, o que
quer dizer que ocorre liberação de grande quantidade de energia em um curto espaço de
tempo, com baixa quantidade total de trabalho em duração prolongada.
Nessa via metabólica, ocorre libertação de energia para o trabalho muscular a partir da quebra
do glicogênio estocado, passando a liberar a glicose-6-fosfato para ser utilizada como
substrato energético.
A enzima responsável por essa quebra é a fosfofrutoquinase, que está envolvida em uma série
de reações responsáveis pela produção de ácido pirúvico.
Em condições de reduzidas taxas de oxigênio disponível no músculo, esse ácido pirúvico será
metabolizado formando duas unidades de ATP e ácido lático, sendo esta via conhecida como
anaeróbica lática, por ser realizada em situações de baixos teores de oxigênio e pela formação
de lactato.
Já na presença de oxigênio, o ácido pirúvico formado pela glicose vai até Acetil-coenzima A,
que por meio das etapas do ciclo de Krebs, ou do ácido cítrico, dará origem a 38 moléculas de
ATP, água e gás carbônico. Por utilizar oxigênio, esta via é denominada aeróbica (ou
metabolismo aeróbico).
Esse sistema é de capacidade ilimitada e, em termos de potência, produz 18 vezes mais ATP
que o sistema anaeróbico lático, antes comentado.
Então, quando um atleta está envolvido em uma atividade física de curtíssima duração, como
corridas de 50 a 100m, tem como fonte principal de energia o sistema ATP-CP ou o
metabolismo anaeróbico alático. Já em provas curtas como corridas de 250 a 300m, com
duração aproximada de 40 segundos, a energia produzida é função principalmente do sistema
do ácido lático. Já nas competições que possuem uma duração superior a 3 minutos, como as
maratonas e corridas de fundo, a energia provém principalmente do sistema aeróbico.
Para estudar melhor as características gerais dos três sistemas energéticos, apresentamos a
tabela abaixo:
Diversas têm sido as hipóteses para se explicar o EPOC, ressaltando-se os fatores envolvidos
na sua produção.
A magnitude do fenômeno de EPOC tem sido estimada desde 3 até 175 Kcal e sua duração
de menos de uma hora a até mais de 12 horas.Quando se procurou explicar o montante de
EPOC, a intensidade do exercício (80% VO2 máx) foi mais importante que a duração,
embora se tenha demonstrado que exercícios extremamente prolongados (90 min),
entremeados por intervalos de 5 minutos de repouso, também possam levar a duração do
EPOC para até 12-24h. Interessantemente, também determinou-se que duas sessões de 25
minutos de duração produziriam um EPOC de maior magnitude que uma sessão de 50
minutos, na mesma intensidade (70% VO2 máx).
A explicação prática desses conhecimentos para aqueles que fazem exercício buscando um
controle de peso corporal, poderia ser que, embora esforços mais intensos consumam mais
calorias, a dificuldade de mantê-los por longo período é enorme, indicando-se então
programas com exercícios mais moderados e duradouros.
Exercícios acumulados funcionam.
Esses resultados foram posteriormente confirmados por Murphy e Hardman,5 que mostraram
que mulheres submetidas por 10 semanas a protocolos intermitentes (três sessões de 10
minutos; 5 x/semana) conseguiram melhorar a potência aeróbica, a pressão arterial, as dobras
cutâneas, o peso corporal e a relação cintura-quadril em valores semelhantes ou superiores
aos obtidos pelas mulheres que fizeram os 30 minutos em uma só sessão, 5x/semana.
Importante ressaltar que esses estudos reforçam a adoção de períodos de atividades física
com baixa duração e períodos intervalados com a resultando do gasto similar.
O tema de maior controvérsia em fisiologia do esforço tem sido sem dúvida o que se refere
ao, assim chamado, limiar anaeróbico. Wasserman e Mcllory (1964), introduziram o termo
que foi definido como “a intensidade de exercício em que ocorre um aumento súbito na
concentração do lactato plasmático”.
Desde então, o fenômeno recebe uma impressionante quantidade de denominações, das quais
as mais significativas e aceitas são: Limiar de lactato e Ponto de deflexão do lactato – OBLA
(onset of blood lactate; Sjodin A. Jacobs, 1981).
De acordo com seus propositores, esse ponto de deflexão na curva de concentração de lactato
plasmático, em intensidades progressivas de exercício, indicaria um aumento de participação
anaeróbica. Normalmente ocorreria entre 55 – 65% do VO2Máx em indivíduos saudáveis não
treinados.
Em pessoas treinadas, esse ponto deslocar-se-ia mais à direita (por exemplo, 70 – 75% VO2
máx), sendo que, em atletas envolvidos em eventos de endurance, estaria acima de 80 – 85%
do VO2máx.
A técnica de determinação do OBLA seria mais segura, por não exigir levar diretamente o
indivíduo a esforços máximos, mas a esforços submáximos progressivos, embora tivesse
algumas desvantagens de custo.
Na busca de métodos mais práticos, Conconi (1982) propôs o uso da freqüência cardíaca, que
mostraria um platô a despeito do aumento na velocidade de corrida em adultos. Apesar de tal
fenômeno ter sido confirmado, inclusive em crianças (Mahon, 1981), outros autores não
puderam detectar o mesmo platô, sendo desde então o seu uso matéria de discussão.
Resumindo, pode-se afirmar que até o presente momento não existiria um consenso sobre as
razões bioquímicas do ponto de deflexão do lactato. Em termos fisiológicos, continua sendo
um indicador de desempenho em eventos de endurance, facilitando a monitorização do
treinamento.
A grande aplicação do limiar de lactato parece estar em que, em uma vez determinado, poder-
se-ia orientar o treinamento em intensidades iguais ou imediatamente abaixo desse valor,
permitindo que o atleta realize grandes volumes de treinamento sem alcançar o nível de
fadiga. Não é recomendável o seu uso como preditor de desempenho em eventos anaeróbicos
(de curta ou curtíssima duração), assim como para sedentários, atletas amadores ou em fases
iniciais de treinamento, além de existirem outras prioridades, a prescrição pode ser feita com
igual precisão, usando a escala de percepção do esforço de Borg.
Por outro lado, alguns estudos têm demonstrado que o tipo de carboidrato fornecido para
recuperação muscular pode influenciar diretamente na utilização dos substratos energéticos
na atividade seguinte. Isso porque os carboidratos a serem oferecidos podem ser classificados
da seguinte maneira:
Por outro lado, existem evidências na literatura que demonstram uma menor utilização de
lipídeos provenientes do tecido adiposo durante o exercício duradouro, quando a reposição do
dia anterior é originada dos alimentos com carboidratos de alto índice glicêmico. Isso porque
o elevado nível sérico de insulina (estimulado pelos carboidratos de alto índice glicêmico)
inibe a mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo e então os triglicerídeos
intramusculares e o glicogênio muscular passam a exercer papel mais determinante no
fornecimento de energia para o exercício de endurance.
Nesse sentido, seria mais interessante a reposição de estoques de glicogênio muscular a partir
de alimentos fontes de carboidratos de baixo índice glicêmico, que promoveriam uma
utilização mais eficiente de lipídeos.
A alimentação fornece energia para o funcionamento do organismo. No entanto, retirar a energia dos
alimentos que são consumidos só é possível a nível celular.
É através dos nutrientes energéticos que, na presença do oxigénio, as células do nosso organismo obtêm a
energia que necessitam. A este processo chama-se Respiração celular.
O vapor de água, o dióxido de carbono e outros produtos tóxicos resultantes da actividade
celular são levados para serem libertados para o exterior do organismo. A energia, assim obtida pelas células, é
utilizada em todas as funções vitais do organismo, como, por exemplo, na contracção dos músculos e na
produção de calor.
Percebeste que o consumo de energia varia essencialmente com a idade e a actividade física?
Quanto mais movimento, mais esforço físico e mais trabalho... mais energia gastamos; ora
essa energia é-nos fornecida principalmente pelos alimentos ricos em glúcidos (energéticos)
tal como o pão, a massa, o arroz, a batata e as leguminosas,mas também pelos refrigerantes,
pois contêm elevada quantidade de açúcar.Os alimentos ricos em lípidos também
nos fornecem energia, designada por energiacalorífica, pois têm como principal função
manter a temperatura do corpo noInverno.
Mas ... se a nossa alimentação for rica em lípidos, se abusarmos dos fritos, de boloscom
creme, natas e outros alimentos com gordura e se não realizarmos actividade física diária, o
excesso de gorduras acumula-se no interior dos vasos sanguíneos eem zonas do nosso corpo
pelo que ficamos doentes (doenças do coração e vasossanguíneos) e obesos
Cumprir as orientações da